Buscar

2018-tcc-racpereira

Prévia do material em texto

0 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ 
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PESCA 
 
 
 
 
 
ROCHELLY ALEXANDRE CUNHA PEREIRA 
 
 
 
 
 
COMUNIDADE FITOPLANCTÔNICA DO AÇUDE SANTO ANASTÁCIO, CAMPUS 
DO PICI, FORTALEZA (CEARÁ, BRASIL) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FORTALEZA 
2018 
 
0 
 
 
 
ROCHELLY ALEXANDRE CUNHA PEREIRA 
 
 
 
 
 
COMUNIDADE FITOPLANCTÔNICA DO AÇUDE SANTO ANASTÁCIO, CAMPUS 
DO PICI, FORTALEZA (CEARÁ, BRASIL) 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada ao Curso de 
Engenharia de Pesca do Departamento de 
Engenharia de Pesca da Universidade 
Federal do Ceará, como requisito parcial 
para obtenção do Título de Engenheira de 
Pesca. 
 
Orientador: Prof. Dr. Aldeney Andrade 
Soares Filho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FORTALEZA 
2018 
 
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação 
Universidade Federal do Ceará
Biblioteca Universitária
Gerada automaticamente pelo módulo Catalog, mediante os dados fornecidos pelo(a) autor(a)
P495c Pereira, Rochelly Alexandre Cunha.
 Comunidade fitoplanctônica do açude Santo Anastácio, Campus do Pici, Fortaleza
(Ceará, Brasil) / Rochelly Alexandre Cunha Pereira. – 2018.
 42 f. : il. color.
 Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) – Universidade Federal do Ceará, Centro
de Ciências Agrárias, Curso de Engenharia de Pesca, Fortaleza, 2018.
 Orientação: Prof. Dr. Aldeney Andrade Soares Filho.
 1. Microalgas. 2. Ambiente Lêntico. 3. Qualidade da Água. I. Título.
 CDD 639.2
0 
 
 
 
ROCHELLY ALEXANDRE CUNHA PEREIRA 
 
 
COMUNIDADE FITOPLANCTÔNICA DO AÇUDE SANTO ANASTÁCIO, CAMPUS 
DO PICI, FORTALEZA (CEARÁ, BRASIL) 
 
Monografia apresentada ao Curso de 
Engenharia de Pesca do Departamento 
Engenharia de Pesca na Universidade 
Federal do Ceará, como requisito parcial 
para obtenção do Título de Engenheira de 
Pesca. 
 
 
Aprovada em: 25 / 06 / 2018. 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
________________________________________ 
Prof. Dr. Aldeney Andrade Soares Filho (Orientador) 
Universidade Federal do Ceará (UFC) 
 
 
 
 
_________________________________________ 
Prof. Dr. Rômulo Farias Carneiro 
Universidade Federal do Ceará (UFC) 
 
 
 
 
_________________________________________ 
Prof.a Dr.a Kelma Maria dos Santos Pires Cavalcante 
Universidade Federal do Ceará (UFC 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Se um homem não descobriu nada pelo 
qual morreria, não está pronto para viver.” 
(Martin Luther King) 
 
0 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Deus. 
A minha mãe Lenir Alexandre Cunha e 
avó Elizabeth Alexandre Cunha. 
 
 
0 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
A Universidade Federal do Ceará pela oportunidade de ensino. 
 
A Pró-Reitoria de Extensão da UFC , pela apoio de ser bolsista. 
 
Ao Prof. Dr. Aldeney Andrade Soares Filho pela excelente orientação. 
 
Aos professores participantes da banca examinadora, Rômulo Farias Carneiro e 
Kelma Maria dos Santos Pires Cavalcante pelo tempo disponível, pelas valiosas 
colaborações e sugestões que engrandeceram este trabalho. 
 
A minha mãe Lenir Alexandre Cunha e irmão Ronald Alexandre Pereira, pelo 
amor,carinho e dedicação. 
 
A meu namorado Danilo Roberto Loureiro paciência, amizade, força, empenho e 
dedicação em toda a execução das atividades deste trabalho. 
 
Ao meu colega Winston Kleine Ramalho Viana, pela sua ajuda, amizade e 
companheirismo que foi de fundamental importância na realização deste trabalho. 
 
A todos os professores do Departamento de Engenharia de Pesca, que contribuíram 
para minha formação acadêmica. 
 
Aos meus colegas que tive a oportunidade de conhecer, Renata Bessa, Ana Paula 
Diniz, João Eudes, Alexandra Regia, Ana Paula Delboux, Jessica Duarte e Maiara 
Avelar. 
 
 
0 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Talvez não tenha conseguido fazer o 
melhor, mas lutei para que o melhor fosse 
feito. Não sou o que deveria ser, mas 
Graças a Deus, não sou o que era antes.” 
(Marthin Luther King) 
 
0 
 
 
 
RESUMO 
 
Os açudes são ambientes lênticos, que normalmente apresentam uma boa 
produtividade primária, devido principalmente ao aporte de nutrientes que favorece o 
desenvolvimento do fitoplâncton, maior produtor primário e base de toda teia 
alimentar do ecossistema aquático. O trabalho visou identificar a comunidade 
fitoplanctônica no açude Santo Anastácio, em Fortaleza. Foram realizadas coletas 
quinzenais na saída do açude, entre maio e dezembro de 2017, filtrando-se uma 
amostra com uma rede de plâncton, concentrada para 10 mL e preservada em 
formol a 4%. Em laboratório, foram identificadas e classificadas com base em 
referências pertinentes ao assunto, bem como, consultas a especialistas e a 
endereços eletrônicos. Ainda, foram obtidos in situ dados de temperatura da água, 
oxigênio dissolvido, pH, salinidade e transparência da água. Em laboratório, foram 
analisados os teores de amônia e nitrito. Dados de precipitação pluviométrica foram 
obtidos junto ao site do Instituto Nacional de Meteriologia - INMET. No período 
chuvoso e seco a diversidade foi boa, com baixa riqueza de espécies. Já a 
equabilidade foi significante. Foram identificadas 29 espécies inseridas nas Classes 
Cyanophyceae (seis espécies); Bacillariophyceae (duas espécies); Euglenophyceae 
(uma espécie); Chlorophyceae (16 espécies) e; Zygnematophyceae (quatro 
espécies). Ainda, como espécies bioindicadoras de ecossistemas eutrofizados e/ou 
poluídos, citam-se: Chroococcus dispersus, Chroococcus sp., Merismopedia 
elegans, Merismopedia sp., Microcystis aeruginosa, Synedra sp., Euglena oxyurus e, 
Scenedesmus spp. 
 
Palavras-chave: Microalgas. Ambiente Lêntico. Qualidade da Água. 
 
0 
 
 
 
ABSTRACT 
 
The weirs are a lentic environment, which normally have a good primary productivity, 
mainly due to the nutrient supply that favors the development of phytoplankton, the 
largest primary producer and base of all food webs in the aquatic ecosystem. The 
work aimed to identify the phytoplankton community in the Santo Anastácio weir, in 
Fortaleza. Biweekly collections were carried out at the exit of the weir, between May 
and December 2017; the sample was filtered with a plankton net, concentrated to 10 
mL and preserved in 4% formaldehyde. In the laboratory, they were identified and 
classified based on pertinent references to the subject, as well as, expert 
consultations and electronic addresses. In addition, data on water temperature, 
dissolved oxygen, pH, salinity and water transparency were obtained in situ. In the 
laboratory, the ammonia and nitrite contents were analyzed. Rainfall data were 
obtained from the website of the National Institute of Meteorology (INMET). In the 
rainy and dry period the diversity was good, with low species richness. And the 
equability was significant. A total of 29 species were identified included in the 
Cyanophyceae Classes (six species); Bacillariophyceae (two species); 
Euglenophyceae (one species); Chlorophyceae (16 species) and; 
Zygnematophyceae (four species). Thus, as bioindicator species of eutrophic 
ecossystem and/or poluited, we have: Chroococcus dispersus, Chroococcus sp., 
Merismopedia elegans, Merismopedia sp., Microcystis aeruginosa, Synedra sp., 
Euglena oxyurus e, Scenedesmus spp. 
 
 
Keywords: Microalgae. Lentic environment. Water quality. 
 
0 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1 - Médias dos parâmetros físicos e químicos do açude Santo 
Anastácio.......................................................................................... 
 
220 
 
 
 
LISTA DE QUADRO 
 
Quadro 1- Quantificação dos organismos fitoplanctônicos (ind/L) no açude 
Santo Anastácio, Fortaleza, Ceará, no período seco e chuvoso de 
2017........................................................................................... 25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
0 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 - Localização do açude Santo Anastácio, Fortaleza/CE........................ 18 
Figura 2 - Variação pluviométrica mensal em 2017, na área de estudo. (Posto 
de coleta, Pici, Fortaleza/Ce)............................................................ 21 
Figura 3 - Relação percentual das classes fitoplanctônicas, presentes no 
açude Santo Anastácio durante 2017................................................ 
 
24 
Figura 4 - Participação relativa das espécies fitoplantônicas, no período 
chuvoso e seco, no açude Santo Anastácio, durante 2017............... 
 
27 
Figura 5 - Merismopedia elegans........................................................................ 28 
Figura 6 - Microcystis aeruginosa...................................................................... 29 
Figura 7 - Chroococus sp.................................................................................... 29 
Figura 8 - Scenedesmus armatus ....................................................................... 30 
Figura 9 - Pediastrum duplex.............................................................................. 30 
Figura 10 - Eucapsia sp...................................................................................... 31 
Figura 11 - Cyclotella sp ................................................................................... 31 
Figura 12 - Scenedesmus quadricauda............................................................... 
32 
Figura 13 - Euglena oxyuris................................................................................ 
32 
Figura 14 - Synedra sp........................................................................................ 33 
Figura 15 - Índice de diversidade de Berger-Parker (1/d)................................... 35 
Figura 16 - Índice de Simpson (1/D)................................................................... 35 
Figura 17 - Índice de Diversidade de Shannon (H)............................................ 36 
Figura 18 - Equabilidade de Pielou (J)................................................................ 36 
Figura 19 - Riqueza de Espécies de Margalef (d).............................................. 37 
 
 
 
 
 
 
 
 
0 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 13 
2 REVISÃO DE LITERATURA .................................................................................. 15 
2.1 Qualidade da água .............................................................................................. 15 
2.2 Eutrofização ........................................................................................................ 15 
2.3 Fitoplâncton ......................................................................................................... 16 
3 MATERIAL E MÉTODOS ....................................................................................... 18 
3.1 Local de Estudo ................................................................................................... 18 
3.2 Coletas de dados ................................................................................................ 19 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 21 
4.1 Análises pluviométricas ....................................................................................... 21 
4.2 Parâmetros Físicos e Químicos .......................................................................... 22 
4.3 Comunidades Fitoplânctônica ............................................................................. 23 
4.4 Índices Ecológicos ............................................................................................... 34 
5 CONCLUSÁO ......................................................................................................... 38 
 REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 39 
 
 
13 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Do ponto de vista ecológico, uma comunidade ou biocenose constitui a 
totalidade dos organismos vivos que fazem parte do mesmo ecossistema aquático 
ou terrestre que interagem entre si e com outros componentes, podendo ocorrer 
mudanças em sua estrutura e nos processos da comunidade ao longo do tempo 
(ODUM, 2011). 
Essas mudanças ocorrem durante o desenvolvimento da sucessão dos 
organismos no ecossistema até atingir um estado de equilíbrio, que é usualmente 
chamado de clímax, que exibe a mais completa forma de exploração dos recursos 
ambientais e a ocupação de todos os nichos disponíveis (FOSBERG, 1967). 
Os organismos fitoplanctônicos são produtores primários, autotróficos, 
que pela fotossíntese produzem O2 e glicose, sendo a base da teia alimentar, tanto 
da comunidade planctônica quanto para outras comunidades aquáticas, tais como a 
bentônica e a nectônica, fornecendo alimentos para os consumidores primários, 
incluindo organismo como protozoários, insetos, zooplâncton e peixes (BEYRUTH, 
1996; ESTEVES, 2011). 
Portanto, a comunidade de algas planctônicas assume papel fundamental 
na dinâmica e na estrutura biológica dos ecossistemas aquáticos, pois além da 
contribuição na produção de matéria orgânica, o fitoplâncton é uma das principais 
fontes de oxigenação do ambiente (ODUM, 2011). 
Leão et al. (2008) citam que as ações antrópicas interferem 
significativamente na dinâmica dos ecossistemas, com efeito direto sobre a 
comunidade fitoplanctônica, já que a descarga direta de efluentes nos ambientes 
aquáticos causa mudanças na composição e biomassa das microalgas. 
Por outro lado, a análise espaço-temporal dos parâmetros limnológicos de 
um ambiente aquático também pode fornecer um diagnóstico das condições 
ecológicas e, portanto, auxiliar no entendimento da dinâmica das comunidades, bem 
como suscitar questões relevantes quanto aos mecanismos de respostas do sistema 
a estímulos internos e externos, naturais ou antrópicos (BICUDO; MENEZES, 2006). 
Assim, os estudos sobre a comunidade fitoplanctônica o seu 
funcionamento e composição constituem uma ferramenta importante para avaliação 
do ambiente aquático, já que respondem muito bem as mudanças físicas e químicas 
14 
 
 
 
da água, gerando informações sobre sua variabilidade e abundância, bem como das 
condições ecológicas do ecossistema (CERVETTO; MESONES; CALLIARI, 2002; 
ROUND, 1973). 
O presente trabalho teve por objetivo, analisar a comunidade 
fitoplanctônica no açude Santo Anastácio, município de Fortaleza, Estado do Ceará, 
verificando a diversidade, a riqueza e a equabilidade das espécies, bem como a 
variação da transparência e temperatura da água, oxigênio dissolvido, amônia, nitrito 
e pH . 
 
 
15 
 
 
 
2 REVISÃO DE LITERATURA 
 
2.1 Qualidade da água 
 
A água possui grande importância para toda condição de vida existente 
no planeta, assim sendo, está presente em diversos processos físicos, químicos e 
biológicos. No entanto, a sociedade humana tem explorado este recurso natural de 
forma não sustentável, e com isso, acarretando graves problemas incluídos à baixa 
qualidade dos recursos hídricos e também sua insuficiência (TUNDISI, 2003). 
As fontes que levam à deterioração da qualidade da água podem ser 
qualificadas em pontuais, que são aquelas caracterizadas pelos efluentes 
domésticos e industriais, e em difusas, que são os resíduos provenientes da 
agricultura (fertilizantes, herbicidas, inseticidas, fungicidas, entre outros),o 
escoamento superficial (urbano e rural) (SÃO PAULO, 2012). 
A qualidade da água depende da intenção à qual ela se destina. Assim 
sendo para que a água seja designada ao consumo humano, são estabelecidos 
pelos órgãos competentes padrões de potabilidade, que representam as 
quantidades limites dos diversos elementos que podem ser tolerados nas águas de 
abastecimento público (BRASIL, 2005). 
Outra forma de enfatizar a qualidade da água também depende de todas 
as fases de tratamento, distribuição e armazenamento da produção. Deste modo, 
para que um programa de qualidade exerça com sucesso suas funções é necessário 
que não só a tecnologia disponível para o tratamento e distribuição seja adequada, 
mas também que o sistema de armazenamento doméstico seja eficiente. 
(BATTALHA; PARLATORE, 1993). 
 
2.2 Eutrofização 
 
A expressão eutrofização deriva do grego e significa bem-nutrido, não 
relacionado à poluição. Compõe o processo de contribuição natural ou artificial de 
nutrientes aos corpos d’água e os efeitos resultantes dessa adição. 
O crescimento excessivo de organismos aquáticos autotróficos 
(fitoplâncton e macrófitas) devido à grande acúmulo de nutrientes (principalmente 
16 
 
 
 
fósforo e nitrogênio) é uma das principais características do fenômeno eutrofização 
(PORTO et al.,1991). 
O processo de eutrofização vem causando um impacto ambiental, sendo 
assim um dos grandes problemas relacionados com a preservação da água (SMITH; 
SCHINDLER, 2009). Eutrofização é o fenômeno na qual um ecossistema se torna 
mais produtivo pelo acúmulo de nutrientes, principalmente fósforo e nitrogênio. 
A concentração de nutrientes pode surgir na forma natural, com a 
deposição de matéria orgânica ao longo do tempo, ou pode ser causada por ações 
antrópica, de resíduos domésticos (BARRETO et al., 2013). 
Em conformidade Von Sperling (1996), é aconselhável ter um controle 
das fontes de fósforo, com o objetivo de controlar o problema da eutrofização em 
corpos d’água continentais. 
Entre outros impactos causados pela eutrofização estão à expansão da 
contaminação dos corpos hídricos por metais e substâncias tóxicas, a diminuição do 
oxigênio dissolvido, o abaixamento do espelho d’água, a morte de plantas e animais 
aquáticos e a produção de toxinas através das algas cianofíceas (AZEVEDO et al., 
2002; MORAES, 2009; VIANA et al., 2009). 
 
2.3 Fitoplâncton 
 
As algas são divididas por dois grupos, quanto a suas células, 
denominados de procariontes e eucariontes. Apesar de possuir natureza 
heterogênea, elas possuem certas características em comum, por exemplo, realizam 
fotossíntese na presença de clorofila a; precisam de um meio liquido para completar 
seu ciclo de vida; possuem aparelho vegetativo constituído por um talo e não 
possuem envoltos estéreis em suas estruturas reprodutivas (FRANCESCHINI et al., 
2010). 
A comunidade fitoplanctônica é de fundamental importância por ser o 
produtor primário em muitos ecossistemas aquáticos, sendo a base da cadeia 
alimentar tanto da comunidade planctônica, quanto das outras comunidades 
aquática, bentônica ou nectônica, fornecendo alimentos para os consumidores 
primários, incluindo organismos como protozoários, insetos, zooplâncton e peixes, 
17 
 
 
 
servindo ainda aos organismos da cadeia detritívora, tais como bactérias e fungos 
(BEYRUTH, 1996; ESTEVES, 2011). 
Os principais filos do fitoplâncton encontrados em ecossistemas aquáticos 
continentais são: Cyanophyta, Chlorophyta, Charophyta, Euglenophyta, 
Heterokontophyta, Cryptophyta e Dynophyta. Vale evidenciar que alguns destes, 
possuem espécies produtoras de toxinas. Dentre estas algas, as cianoficias são bem 
abundantes e bem mais diversificadas nos ambientes límnicos, podendo se 
desenvolver rapidamente em ambientes bastante poluídos, formando florações, que 
ocupam geralmente as camadas superiores do corpo hídrico, causando o 
sombreamento e a morte das outras espécies (ESTEVES, 2011) 
 
 
18 
 
 
 
3 MATERIAL E MÉTODOS 
 
3.1 Local de Estudo 
 
A pesquisa foi desenvolvida na vazante do açude Santo Anastácio 
(03º44’27,16”S; 038º34’26,03”W), no período de maio a dezembro de 2017. 
 
Figura 1- Vista aérea do açude Santo Anastácio, Fortaleza/CE. 
 
Fonte: Google (2017). 
 
O açude possui uma área de 12,8 ha, com barragem de 182 m de 
comprimento e foi construído em 1918, pelo represamento do riacho Alagadiço 
Grande, efluente da lagoa de Parangaba, compondo a bacia hidráulica do Rio 
Maranguapinho. O açude é contornado pelos bairros do Padre Andrade, Presidente 
Kennedy, Parquelândia, Amadeu Furtado, Bela Vista e Pici (BRASIL, 2005). 
As margens do açude Santo Anastácio, encontram-se condomínios e 
casas de populares, exceto a parte física que se localiza na área do Campus do Pici. 
A população que reside nesta área é, em sua maioria, de baixa renda e sem acesso 
a uma educação ambiental, o que faz com que contribua com lixo e esgoto 
doméstico para o processo de eutrofização e assoreamento do açude Santo 
Anastácio (OLIVEIRA, 2013). 
Os dados pluviométricos para a área de estudo foram obtidos no site do 
INMET. 
19 
 
 
 
3.2 Coletas de dados 
 
Foram obtidos in situ quinzenalmente os dados de temperatura da água e 
do ar, com auxílio de um termômetro de mercúrio; transparência da água, com um 
disco de Secchi de 20 cm de diâmetro; pH, utilizando um medidor de pH portátil 
1800, precisão de 0,1, bem como oxigênio dissolvido, com oxímetro MO 910, 
precisão de 0,01 mg/L, todos da marca Instrutherm®, a salinidade da água, com um 
refratômetro portátil. 
Também foi coletada água para determinação de amônia e nitrito 
utilizando um kit portátil PRO TEST, no Laboratório de Bioecologia – LABEC, da 
Universidade Federal do Ceará. 
O fitoplâncton foi coletado quinzenalmente com rede de plâncton, com 
abertura de malha de 25 μm e diâmetro de boca de 25 cm, sendo filtrados 100 litros 
de água. O material coletado foi concentrado para 10,0 mL, e fixado em solução de 
formol 4%, na proporção de 1:1. Em média, foram analisadas 10 subamostras de 0,1 
mL, em microscópio OPTON TIM – 2008. Nos casos de florescimento se utilizou a 
câmara de Neubauer espelhada nas análises quantitativas, 
A classificação sistemática foi baseada em Barsanti e Gualtieri (2006) 
utilizando-se, também, na identificação os trabalhos de Alves-da-Silva, Juliano e 
Ferraz (2008); Bicudo e Bicudo (1970); Bicudo e Menezes (2006); Bold e Wynne 
(1985); Griffith (1967); Infante (1988); Moresco e Bueno (2007); Parra, Ugarte e 
Dellarossa (1981); Prescott (1970); Rivera (1973 e 1974); Sant’Anna et al. (2004; 
2006) e Verlecar e Desai (2004) bem como, consultas a endereços eletrônicos. 
A quantificação do fitoplâncton foi obtida pela relação proposta por 
Villafañe e Reid (1995), dada por: 
 , (em indivíduos/L) (1) 
Onde: 
N = número de indivíduos da i-ésima espécie na amostra; 
V = volume de água filtrada (L). 
Observação: cada célula, cenóbio, colônia ou filamento será considerado 
como um indivíduo. 
V
N
Densidade 
20 
 
 
 
O valor de N foi obtido pela relação: 
 (2) 
Onde: 
Vt = volume total da amostra (mL); 
Vc = volume da subamostra (mL); 
x = número de indivíduos da i-ésima espécie na subamostra. 
 
 
Com base na abundância relativa, as espécies foram classificadas como: 
(1) espécie dominante, àquela com abundância relativa maior que 50%; (2) espécie 
abundante, entre 30 e 50%; (3) espécie pouco abundante, entre 10 e 30%; e (4) 
espécie rara, menos de 10% (PARANAGUÁ, 1991). 
Também foram analisados os seguintes índices ecológicos (MAGURRAN, 
2007): 
a) índice de diversidade de espécie, que relaciona o número de espécies e sua 
abundância relativa. Sendo mensurados três índices: Berger-Parker (1/d), 
Simpson (1/D) e Shannon (H, em bits/indivíduo);b) índice de riqueza de espécies de Margalef (d), que avalia o número de espécies 
presentes na amostra; 
c) índice de equabilidade de Pielou (J), que analisa a distribuição dos indivíduos 
entre as espécies na amostra. O índice varia de 0 a 1, sendo significativos os 
valores ≥ 0,05 (ODUM, 2011). 
 
 
 
 
 
Vc
x.Vt
N 
21 
 
 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
4.1 Análises pluviométricas 
 
A média pluviométrica histórica para a região do açude Santo Anastácio 
no município de Fortaleza/CE, mostrou a ocorrência de um ciclo sazonal, 
caracterizado pelo período chuvoso e seco durante o ano de 2017, com pico 
acentuado de chuva nos meses fevereiro, março, abril e maio, justamente o período 
denominado de quadra invernosa. 
 O período compreendido nos meses de janeiro a maio representa como o 
período chuvoso com a maior precipitação no ano de 2017 no mês de março (480,7 
mm), e no mês de abril (340,5 mm), conforme a Figura 2, e o período de estiagem 
de julho a dezembro. 
Segundo Richter (2009), as chuvas influenciam diretamente nos valores 
de material em suspensão em um corpo hídrico, devido o carreamento de material 
particulado. No entanto, durante os estudos, essa relação entre turbidez e 
precipitação não ocorreu no açude Santo Anastácio, provavelmente, devido o regime 
hídrico que açude está condicionado, tanto ao aporte do sistema de esgotos dos 
bairros ao seu redor, como também do canal que interliga a lagoa de Parangaba a 
esse. 
 
Figura 2 – Variação pluviométrica mensal em 2017, na área de estudo. (Posto de coleta, Pici, 
Fortaleza/Ce). 
 
Fonte: INMET (2017). 
22 
 
 
 
4.2 Parâmetros Físicos e Químicos 
 
A Tabela 1 mostra a variação dos parâmetros físicos e químicos no açude 
Santo Anastácio, verificando-se que a salinidade se manteve zerada, temperaturas 
normais, água com baixa transparência na faixa eutrófica (SCHMITTOU, 1999), pH 
na faixa alcalina, teores de O2 dissolvido dentro da faixa ótima. Quanto aos os níveis 
de amônia e nitrito registrados encontra-se em um a parâmetro aceitável. 
 
Tabela 1 – Médias dos parâmetros físicos e químicos do açude Santo Anastácio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para Palma-Silva (1999), a temperatura da água é influenciada pela 
temperatura do ar, já que pela ação dos ventos existe uma sempre troca de calor, 
hora doando hora retirando calor. Pela localização do açude, em Fortaleza/CE, onde 
o clima é estável durante praticamente todo o ano, variação térmicas são pequenas, 
mesmo considerando verão e inverno. No estudo podemos acompanhar isso, com 
variações na temperatura não superiores a 2 ºC em todas as coletas. 
Segundo Sperling (2005), os corpos d’água têm capacidade própria de 
assimilar os esgotos lançados com certa tolerância, em um processo de ciclo natural 
biológico. Justificando os valores de oxigênio sempre bons. 
O pH durante todo estudo não apresentou variações que pudessem 
expressar alterações no corpo d’água. Sua apresentação foi de levemente alcalino. 
Mesmo em períodos chuvosos e dias de intensa chuva, dado o aporte d’água 
advindo dessa fonte, não houve alteração. 
Apesar do alto volume de chuvas em 2017, na água analisada, o pH não 
apresentou alterações significativas, no mês em que houve maior registro de 
Parâmetros Média 
Chuvoso 
Média 
Seco 
Salinidade (ppt) 0,0 0,0 
Temperatura 26,66 28,34 
Transparência (cm) 36,69 35,29 
[O2] dissolvido (mg/L) 7,75 6,98 
pH 7,90 7,94 
Teor de Nitrito( mg/L) 1,32 1,45 
Teor de Amônia ( mg/L) 0,04 0,04 
 
23 
 
 
 
precipitações. Esse comportamento pode esta relacionado com a presença de íons 
bicarbonato (HCO3) comuns em água naturais, que tem pH na faixa de 4,6 a 8,3 
(Richter, 2009). 
Águas naturais podem ter valores de pH entre 6 a 8, porém, como 
observado por Naime e Fagundes (2005), os valores de pH podem baixar em função 
do aumento no regime pluviométrico. 
O pH é uma das variáveis hídricas mais importantes, dado que alterações 
de 1 ponto trazem uma realidade totalmente diferente para água, por representar 10 
vezes mais acidez ou alcalinidade. E, apesar de sua importância, é uma das mais 
difíceis de ser interpretada, em razão do grande número de fatores que podem 
influenciá-la (ESTEVES, 2011). Níveis de amônia e nitrito mantiveram-se dentro da 
faixa aceitável, com leve alteração pra mais teor de nitrito (faixa ótima, até 1,0 mg/L). 
Segundo a resolução do CONAMA 357/2005 as águas do açude Santo 
Anastácio são classificadas como corpo de água doce Classe 3, utilizado para o 
abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional ou avançado, 
para a irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras, para a pesca 
amadora, para recreação de contato secundário, e à dessedentação de animais. 
(BRASIL, 2005). No entanto, o valor médio de OD está de acordo com essa 
resolução, porém para corpos de água doce Classe 1, não inferior a 5 mg/L. 
 
4.3 Comunidades Fitoplânctônica 
 
No açude Santo Anastácio foram identificadas 29 espécies de microalgas, 
distribuídas em nove famílias e cinco classes (Quadro I). As classes Cyanophyceae 
(68,18%) e Chlorophyceae (26,90%) demonstraram maiores abundância, enquanto 
as classes Bacillariophyceae, Zygnematophyceae e Euglenophyceae surgiram de 
forma discreta, não apresentando percentuais superiores a 4% cada uma, das 
microalgas coletadas (Figura 3). 
Todas as classes foram identificadas ocorreram tanto no período chuvoso 
quanto no seco. A classe Chlorophyceae apesar de apresentar maior abundancia 
relativa em espécies durante todo período de estudo foi considerada pouco 
abundante, enquanto a classe Cyanophyceae com apenas seis espécies dentre as 
29 identificadas foi considerada dominante, embora cada espécie em isolado tenha 
24 
 
 
 
se apresentado apenas como rara e pouca abundancia de acordo com a 
classificação de PARANAGUA,1991. 
Foi observado um bloom de microalgas da classe Cyanophyceae, sem 
floração, em outubro, sem que fosse identificado uma alteração dos demais 
parâmetros coletados no estudo, os quais poderiam justificar esse aumento 
exponencial na população da Microcystis aeruginosa. Tendo sido identificada 
durante o estudo apenas em maio de forma discreta, e em outubro, quando essa 
microalga sozinha representou 20 % do total coletado em todo estudo, tendo sido 
superada apenas pela Merismopedia elegans que esteve presente em todos os 
meses estudados, com distribuição temporal praticamente homogênea. 
 
Figura 3 – Relação percentual das classes fitoplanctônicas, presentes no açude Santo Anastácio 
durante 2017. 
 
 
 
 
68,13% 
26,90% 
3,37% 1,18% 0,43% 
Cyanophyceae
Chlorophyceae
Bacillariophyceae
Zygnematophyceae
Euglenophyceae
25 
 
 
 
 
Quadro I – Quantificação dos organismos fitoplanctônicos (ind/L) no açude Santo Anastácio, 
Fortaleza, Ceará, no período seco e chuvoso de 2017. 
 
PERÍODO CHUVOSO - Maio-junho/2017 
Classe Família Espécies 
Total 
Inds./L 
Cyanophyceae Chroococcaceae Chroococcus dispersus 41.667 
 Chroococcus sp. 53.333 
 Merismopedia elegans 333.333 
 Merismopedia sp. 20.000 
 Microcystis aeruginosa 1.667 
 Eucapsia sp. 40.000 
Bacillariophyceae Diatomaceae Synedra sp. 1.667 
 Thalassiosiraceae Cyclotella sp. 40.000 
Euglenophyceae Euglenaceae Euglena oxyurus 1.667 
Chlorophyceae Volvocaceae Eudorina sp. 11.667 
 Hydrodictyaceae Pediastrum boryanum 31.667 
 Pediastrum simplex 20.000 
 Pediastrum duplex 25.000 
 Scenedesmaceae Scenedesmus armatus 30.000 
 
Scenedesmus 
quadricauda 11.667 
 Scenedesmus disciformis 10.000 
 Scenedesmus acuminatus 5.000 
 Scenedesmus quadrispina 3.333 
 Scenedesmus bicaudatus 6.667 
 Scenedesmus javanensis 5.000 
 Crucigenia tetrapedia 21.667 
 Crucigenia sp.10.000 
 Coelastrum astroideum 28.333 
 Coelastrum sp. 36.667 
Zygnematophyceae Palmellaceae Sphaerocystis sp. 5.000 
 Desmidiaceae Staurodesmus sellatus 1.667 
 Staurodesmus sp. 1.667 
PERÍODO SECO - Julho-dezembro/2017 
Classe Família Espécies 
Total 
Inds./L 
Cyanophyceae Chroococcaceae Chroococcus dispersus 110.000 
 Chroococcus sp. 188.333 
 Merismopedia elegans 483.333 
 Merismopedia sp. 91.667 
 Microcystis aeruginosa 620.000 
 Eucapsia sp. 140.000 
Bacillariophyceae Diatomaceae Synedra sp. 5.000 
 Thalassiosiraceae Cyclotella sp. 58.333 
Euglenophyceae Euglenaceae Euglena oxyurus. 11.667 
Chlorophyceae Volvocaceae Eudorina sp. 13.333 
 Hydrodictyaceae Pediastrum boryanum 63.333 
 Pediastrum duplex 50.000 
 Scenedesmus armatus 86.667 
 
26 
 
 
 
 
Quadro I – (Continuação). 
PERÍODO SECO - Julho-dezembro/2017 
Classe Família Espécies 
Total 
Inds./L 
 Scenedesmaceae 
Scenedesmus 
quadricauda 40.000 
 Scenedesmus disciformis 31.667 
 
 Scenedesmus acuminatus 41.667 
 Scenedesmus quadrispina 10.000 
 Scenedesmus sp. 23.333 
 Scenedesmus bicaudatus 20.000 
 Scenedesmus javanensis 35.000 
 Crucigenia tetrapedia 25.000 
 Crucigenia sp. 25.000 
 Coelastrum sp. 116.667 
 Sphaerocystis sp. 11.667 
 Closterium setaceum 5.000 
Zygnematophyceae Palmellaceae Staurodesmus sellatus 5.000 
 Desmidiaceae Staurodesmus sp. 6.667 
 
 
A dominância da Cyanobacteria (Figura 3) em relação às demais classes 
é decorrente da própria fisiologia dos organismos dessa classe que possuem 
diversas estratégias adaptativas, tornando possível sua manutenção em condições 
normais e sua dominância em condições extremas como a eutrofica. Entre elas: a 
capacidade de fixar nitrogênio atmosférico, exclusivo dessa classe; seus aerótopos 
(vesículas de gás) nas células, que lhes permitem migração vertical na coluna d 
água, podendo aproveitar com maior eficácia a luz; a presença de pigmentos 
acessórios que permitem captar um maior espectro de radiação solar; entre outros 
(SANT’ANNA et al., 2006). 
Uma demonstração percentual de todos os gêneros encontrados, tanto no 
período chuvoso quanto seco, com visualização clara da dominância de 
Cyanobacteria, assim como a floração de Microcytis aeruginosa durante período 
seco constam nas Figuras 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
 
 
 
 
Figura 4 – Participação relativa das espécies fitoplantônicas, no período chuvoso e seco, no açude 
Santo Anastácio, durante 2017. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41,75% 
6,68% 
5,22% 
5,01% 
5,01% 
4,59% 
3,97% 
3,76% 
3,55% 
3,13% 
2,71% 
2,51% 
2,51% 1,46% 
1,46% 1,25% 
1,25% 
0,84% 
0,63% 
0,63% 
0,63% 
0,42% 0,21% 
0,21% 
0,21% 
0,21% 
0,21% 
Merismopedia elegans
Chroococcus sp.
Chroococcus dispersus
Eucapsia sp.
Cyclotella sp.
Coelastrum sp.
Pediastrum boryanum
Scenedesmus armatus
Coelastrum astroideum
Pediastrum duplex
Crucigenia tetrapedia
Merismopedia sp.
26,74% 
20,85% 
8,12% 
6,04% 
5,03% 
4,74% 
3,95% 
3,74% 
2,73% 
2,52% 
2,16% 1,80% 
1,73% 
1,51% 
1,37% 
1,08% 
1,08% 
1,01% 
0,86% 
0,58% 
0,50% 
0,50% 
0,43% 
0,29% 
0,22% 
0,22% 0,22% 
Microcystis aeruginosa
Merismopedia elegans
Chroococcus sp.
Eucapsia sp.
Coelastrum sp.
Chroococcus dispersus
Merismopedia sp.
Scenedesmus armatus
Pediastrum boryanum
Cyclotella sp.
Pediastrum duplex
Scenedesmus acuminatus
Chuvoso 
Seco 
28 
 
 
 
Dentre os gêneros que contribuíram com maior número de espécies 
foram: 
 
 
Merismopedia elegans 
 
Gênero colonial tubular, apresentando células esféricas arranjadas em 
linhas perpendiculares tendo seu conteúdo celular homogêneo. São conhecidas 
mais de 30 espécies, sendo a Merismopedia elegans comumente encontrada em 
reservatórios brasileiros (BICUDO, 2006). 
 
Figura 5 - Merismopedia elegans. 
 
Fonte: o Autor. 
 
 
 
Microcystis aeruginosa 
 
Gênero colonial caracteristicamente planctônico e que forma florações em 
corpos d’ água eutrofizados. As colônias podem ser microscópicas e macroscópicas, 
esféricas e irregulares. São produtoras de hepatotoxina microcistina considerando 
tóxicas e apresentando maior incidência em reservatórios de abastecimento público 
(BICUDO, 2006). 
 
 
29 
 
 
 
Figura 6 - Microcystis aeruginosa. 
 
Fonte: o Autor. 
 
 
 
 
Chroococcus sp. 
 
O gênero Chroococcus sp. sua colônias são esféricas, ovais ou 
hemisféricas, com conteúdo geralmente homogêneo e composto de subcolônias 
microscópicas e podem conter duas, quatro ou mais células (BICUDO, 2006). 
 
Figura 7 - Chroococcus sp. 
 
 Fonte: o Autor. 
 
30 
 
 
 
Scenedesmus armatus 
 
 O gênero Scenedesmus armatus são indivíduos colônias de vivem 
flutuando na água, formado por 2, 4, 8, 16, ou 32 células dispostas lado a lado e 
com seu eixo longo e paralelo entre si. A parede celular é lisa e formada por 
celulose. Possuem espinhos de comprimentos variados nos pólos (FRANCESCHINI, 
2010). 
Figura 8 - Scenedesmus armatus. 
 
 
Fonte: o Autor. 
Pediastrum duplex 
 
 O gênero Pediastrum duplex possui estrutura cenóbios planos circulares 
ou ovais, formados por 4, 8, 32, 16,64 até 128 células, encontram-se dispostas em 
círculos concêntricos ou em espiral. A parede celular pode ser lisa ou fixado de 
grânulos, cristais e verrugas (BICUDO, 2006). 
 
Figura 9 - Pediastrum duplex. 
 
Fonte: o Autor. 
31 
 
 
 
Eucapsia sp. 
 
Gênero Eucapsia sp. colonial, livre-flutuante e com caracterização de 
suas células em arranjo cúbico sendo levemente alongadas antes da divisão 
celular.Em seu têm conteúdo finamente granular,de coloração verde-azulado 
sendo homogênea (BICUDO,2006). 
Figura 10 - Eucapsia sp. 
 
 
Fonte: o Autor. 
 
Cyclotella sp. 
 
 O gênero Cyclotella sp. é uma espécie cilíndrica com o diâmetro maior 
que a altura, solitárias e formando cadeias filamentosas unidas por mucilagem. 
Possuem estrias radias que se encontra na região central e freqüentemente 
apresentam câmaras internas sob cada um dos feixes de estrias marginais 
(BICUDO, 2006). 
 
Figura 11 - Cyclotella sp. 
 
 
Fonte: o Autor. 
32 
 
 
 
Scenedesmus quadricauda 
 
 O gênero Scenedesmus quadricauda são indivíduos colônias de vivem 
flutuando na água, formado por 2, 4, 8, 16, ou 32 células dispostas lado a lado e 
com seu eixo longo e paralelo entre si. A parede celular é lisa e formada por 
celulose. Possuem espinhos de comprimentos variados nos pólos (FRANCESCHINI, 
2010). 
Figura 12 - Scenedesmus quadricauda. 
 
Fonte: o Autor. 
 
Euglena oxyuris 
 
 O gênero Euglena oxyuris são indivíduos unicelulares de vida livre e 
solitária e altamente metabólico. Sua forma varia sendo como globoso, elipsóide, 
fusiforme ou cilíndrica, podendo encontrar em águas ricas em matérias orgânicas 
(BICUDO, 2006). 
 
Figura 13 - Euglena oxyuris. 
 
 
Fonte: o Autor. 
33 
 
 
 
 
Synedra sp. 
 
 O gênero Synedra sp. possui indivíduos coloniais que não formam 
filamentos e são regulares. As valvas são lineares ou em forma de lança. Na maioria 
das vezes, as valvas são simétricas em relação aos eixos apicais e transapical 
(BICUDO, 2006). 
 
Figura 14 – Synedra sp. 
 
Fonte: o Autor. 
 
No açude Santo Anastácio foi registrada a presença dos seguintes 
bioindicadores de águas eutrofizada e/ou poluídas, tais com: Chroococcus 
dispersus, Chroococcus sp., Merismopedia elegans, Merismopedia sp., Microcystis 
aeruginosa, Synedra sp., Euglena oxyurus. e, Scenedesmus spp. (PEREIRA; 
PEQUITO; COSTA, 1999; REVIERS, 2006; ZAGATTO; BERTOLETTI, 2006). 
A sanidadeda comunidade biológica é o indicador mais eficiente da 
sustentabilidade dos ecossistemas. Portanto, utilizar bioindicadores na qualificação 
da qualidade da água é uma forma rápida de se analisar a integridade ambientação. 
Por outro lado, o monitoramento ambiental poderá ser feito numa escala mais ampla 
e com um custo menor (NIEMI; MCDONALD, 2004; QUEIROZ; TRIVINHO-
STRIXINO; NASCIMENTO, 2000). 
Segundo Anzecc, Armcanz (2000), uma análise ambiental considerando 
os parâmetros físicos, químicos e microbiológicos é de grande valia, pois se verifica 
as causas e os efeitos (mudanças na comunidade biológica), principalmente quando 
34 
 
 
 
se quer avaliar a qualidade de água, para exploração e/ou proteção do meio 
ambiente. 
 
 
 
4.4 Índices Ecológicos 
 
 O índice de diversidade de Berger-Parker(1/d) no açude Santo Anastácio foi 
considerado bom, geral (3,38) e médio(3,18), tendo tido uma baixa em outubro para 
(1,48) e alta em dezembro de (6,30), não tendo havido diferenças entre períodos 
chuvoso e seco, acompanhando o resultado, o índice de Simpson (D) também foi 
bom de forma geral (7,73), sem diferenças entre chuvoso e seco. O índice de 
Shannon (H) foi bom tanto no período chuvoso quanto seco, permanecendo com 
valores médios durante todo estudo (3,26) (Figuras 16, 17 e 18). 
 A equabilidade de Pielou (Figura 19) teve um resultado significativo (≥0,5) 
em todo estudo, a exceção de outubro que apresentou resultado regular de (0,47), 
com valor mínimo e máximo de (0,69) e (0,87) respectivamente (ODUM, 2011). 
 Apesar dos índices de diversidade terem demonstrado bons resultados o 
índice de riqueza de Margalef (d), não acompanhou, demonstrando que apesar da 
diversidade ser boa sua riqueza foi baixa, tendo apresentado durante os períodos 
chuvoso e seco, uma média de (1,67), com valores mínimos e máximos 
respectivamente (1,46) em agosto e (1,90) maio (Figura 20). 
 Em ambientes eutrofizados e de pouca profundidade, como é o caso do 
açude Santo Anastácio, as classes mais representativas quanto à riqueza de táxons 
são Chlorophyceae e Cyanophyceae (TUCCI et al., 2006; SANT’ANNA et al., 2006). 
 
 
35 
 
 
 
 
 
Figura 15 - Índice de diversidade de Berger-Parker(1/d). 
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez./17
Ín
d
ic
e
 d
e
 B
e
rg
e
r-
P
a
rk
e
r
Meses
 
 
 
Figura 16 - Índice de diversidade Simpson (1/D). 
 -
 2,00
 4,00
 6,00
 8,00
 10,00
 12,00
Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez./17
Ín
d
ic
e
 d
e
 S
im
p
so
n
Meses
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
 
 
Figura 17 - Índice de Diversidade de Shannon (H). 
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
4,00
Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez./17
Ín
d
ic
e
 d
e
 S
h
an
n
o
n
Meses
 
 
 
Figura 18 - Equabilidade de Pielou (J). 
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
1,00
Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez./17
E
q
u
a
b
il
id
a
d
e
 d
e
 P
ie
lo
u
Meses
 
 
 
 
37 
 
 
 
 
 
Figura 19 - Riqueza de Espécies de Margalef (d). 
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
1,40
1,60
1,80
2,00
Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez./17
R
iq
u
e
za
 d
e
 E
sp
é
ci
e
s
Meses
 
 
 
 
 
 
38 
 
 
 
5 CONCLUSÁO 
 
No açude Santo Anastácio a temperatura foi considerada normal para 
ambientes da região de clima tropical; a água com baixa transparência sem 
variações acentuadas; pH na faixa alcalina e, teores de O2 dissolvido dentro da faixa 
ótima. Quanto aos os níveis de amônia e nitrito, estes se mantiveram em níveis 
aceitáveis. 
Na comunidade fitoplanctônica foram identificadas 29 espécies 
distribuídas entre as Classes Cyanophyceae, com seis espécies; Bacillariophyceae, 
com duas espécies; Chlorophyceae, com 16 espécies; Euglenophyceae, com uma 
espécie; e Zygnematophyceae, com quatro espécies. 
Quanto aos índices de Shannon, Sympsom e Berger Parquer este 
mostraram boa diversidade de espécies, porém com baixa riqueza e equabilidade 
significativa, não havendo diferenças entre o período chuvoso e seco. A espécie 
Merismopedia elegans e Microcystis aeruginosa foram pouco abundantes, as 
demais espécies foram raras. 
Como espécies bioindicadoras de ambientes eutrofizados e/ou poluídos, 
presentes no açude, citam-se: Chroococcus dispersus, Chroococcus sp., 
Merismopedia elegans, Merismopedia sp., Microcystis aeruginosa, Synedra sp., 
Euglena oxyurus e, Scenedesmus spp. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
AZEVEDO, S.M.F.O et al. Human intoxication by mycrocystins during renal dialysis 
treatment in Caruaru-Brasil. Toxicology, v. 181-182, p. 441-446. 2002. 
ALVES-DA-SILVA, S. M.; JULIANO, V. B.; FERRAZ, G. C. Euglenophyceae 
pigmentadas em lagoa ácida rasa, Parque Estadual de Itapuã, Sul do Brasil. 
HERINGIA: Série Botânica, Porto Alegre, v. 63, n. 1, p. 15-36, 2008. 
ANZECC; ARMCANZ (Australian and New Zealand Environment and Conservation 
Council & Agriculture and Resource Management Council of Australia and New 
Zealand). Australian guidelines for water quality monitoring and reporting. 
Canberra: National Water Quality Management Strategy, n.7a, 2000. 
BARRETO, L. V. et al. Eutrofização em rios brasileiros. Enciclopédia Biosfera, 
Centro Científico Conhecer, v. 9, n. 16; p. 2-165, 2013. 
BARSANTI, L.; GUALTIERI, P. Algae: anatomy, biochemistry, and biotechnology. 
New York: Taylor & Francis Group, 2006. 
 
BATTALHA, B. L.; PARLATORE, A. C. Controle da qualidade da água para 
consumo humano: bases conceituais e operacionais. São Paulo: CETESB, 
1993. 198p 
 
BEYRUTH, Z. Comunidade fitoplanctônica da represa de Guarapiranga: 1991-
1992. Aspectos ecológicos, sanitários e subsídios para reabilitação da qualidade 
ambiental. 1996. 191 f. Tese (Doutorado em Saúde Ambiental) – Faculdade de 
Saúde Pública, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1996. 
BICUDO, C. E. M.; BICUDO, R. M. T. Algas de águas continentais brasileiras. 
Fundação Brasileira para o Desenvolvimento do Ensino da Ciência, São Paulo, 
1970. 
BICUDO, C. E. M.; MENEZES, M. Gêneros de Algas de Águas Continentais do 
Brasil: chave para identificação e descrições. 2 ed. São Carlos: Rima, 2006. 
BOLD, H. C.; WYNNE, M. J. Introduction to the algae: structure and reproductions. 
2ed. New Jersey: Prentice-Hall, 1985. 
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Conselho Nacional do Meio Ambiente – 
CONAMA. Resoluções e outros atos. CONAMA no 357/2005. Disponível em: 
<http://www.mma.gov.br/conama/>. Acesso em: 07 fev. 2018. 
CERVETTO, G; MESONES, C.; CALLIARI, D. Phytoplankton biomass and its 
relationship to environmental variables in a disturbed coastal area of the Río de la 
Plata, Uruguay, before the new sewage collector system. Atlântica, Rio Grande, v. 
24, p.45-54, 2002. 
 
40 
 
 
 
ESTEVES, F. A. Fundamentos de limnologia. Rio de Janeiro: Interciência, 2011 
 
FRANSCESCHINI, I. M. et al. Algas: uma abordagem filogenética, taxonômica e 
ecológica. Artmed, Porto Alegre , p. 332, 2010. 
FOSBERG, F. R. Succesion and condiction of ecossystems. The Journal of the 
Indian Botanical Society, New Delhi, v. XLVI, n. 4, p. 312-316, 1967. 
GOOGLE. Google Earth. 2017. Disponível em: <https://www.google.com/intl/pt-
BR/earth/desktop/>. Acesso em: 01 jun 2017. 
GRIFFITH, R. E. Phytoplankton of Chesapeake Bay. Solomons: University of 
Maryland, Department of Research and Education. Solomons, MD, 1967. 
 
INFANTE, A. G. El plancton de las aguas continentales. Caracas: Escuela de 
Biología, Facultad de Ciencias, Universidad Central, Caracas, Venezuela, 1988. 
 
INMET. Instituto Nacional de Meteorologia. 
2017.Disponível:http://www.inmet.gov.br/portal/index.php?r=tempo/graficos / 
LEÃO, B. M. et al. Ecologia do microfitoplâncton do estuário do Rio Igarassu, PE, 
Brasil. Acta. Bot. Bras., Feira de Santana, BA, v. 22, n. 3, p. 711-722, 2008. 
MAGURRAN, A. E. Measuring biological diversity. Oxford: Blackwell Publishing,2007. 
MORESCO, C.; BUENO, N. C. Scenedesmaceae (Chlorophyceae – Chlorococcales) 
de um lago artificial urbano: Desmodesmus e Scenedesmus. Acta Scientiarum. 
Biological Sciences, Maringá, v. 29, n. 3, p. 289-296, 2007. 
MORAES, L.A.F. A visão integrada da ecohidrologia para o manejo sustentável dos 
ecossistemas aquáticos. Oecologia Brasiliensis, v. 13, n. 4, p. 676-687. 2009. 
NAIME, R.; FAGUNDES, R.S. Controle da qualidade da água de Arroio Portão-RS. 
Pesquisas em Geociências, v.32, n.1, p. 27-35, 2005. 
NIEMI, G. J.; MCDONALD, M. E. Application of ecological indicators. Annual 
Review of Ecology, Evolution, and Systematics, Duluth, MN, v. 35, p. 89-111, 
2004. 
ODUM, E.P. Ecologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S. A., 2011. 
OLIVEIRA, A. C. B, Avaliação da Qualidade das Águas do Açude Santo 
Anastácio. 2013. 124 f. Dissertação (Mestrado em Química) - Programa de Pós-
Graduação em Química. Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2013. 
 
PALMA-SILVA, G.M. Diagnóstico ambiental, qualidade da água e índice de 
depuração do Rio Corumbataí - SP. 1999. 155 f. Dissertação (Mestrado em 
Manejo Integrado de Recursos) - Centro de Estudos Ambientais, Universidade 
Estadual, Paulista, Rio Claro, 1999. 
http://www.inmet.gov.br/portal/index.php?r=tempo/graficos%20/
41 
 
 
 
PARANAGUÁ, M. N. Cladocera (Crustacea) do estuário do Rio Capibaribe – 
Recife – Pernambuco. 1991. 102 f. Tese (Professor Titular da Área de Zoologia) - 
Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife. 1991. 
PARRA, O.; UGARTE, E.; DELLAROSSA, V. Periodicidad estacional y asociaciones 
en el fitoplancton de tres cuerpos lenticos en la Región de Concepción, Chile. 
Gayana Botanica, Concepción, v. 36, p. 1-35, 1981. 
PEREIRA, G. P. C.; PEQUITO, M. M. A.; COSTA, P. C. R. O impacto do 
incremento das cianobactérias como indicador de toxicidade. 1999. Disponível 
em: <http://www.inovint.org/bibliot/cieam/ambiente.htm>. Acesso em: 26 nov.2017. 
PORTO, R. L. L. et al. Hidrologia Ambiental. São Paulo: Editora da Universidade 
de São Paulo: Associação Brasileira de Recursos Hídricos. Coleção ABRH de 
Recursos Hídricos, v. 3. 1991. 
PRESCOTT, G. W. The fresh water algae. Dubuque: WM. C. Brown Company 
Publishers, Iowa/USA, 1970. 
QUEIROZ, J. F.; TRIVINHO-STRIXINO, S.; NASCIMENTO, V. M. C. Organismos 
bentônicos bioindicadores da qualidade das águas da Bacia do médio São 
Francisco. Jaguariúna: Embrapa Meio Ambiente - Comunicado Técnico n. 3, 2000. 
REVIERS, B. Biologia e Filogenia das Algas. Tradução e adaptação de Iara Maria 
Franceschini. Porto Alegre: Artmed, 2006. 
RICHTER, C.A. Água-métodos e tecnologia de tratamento. São Paulo: Blucher, 
2009. 
RIVERA, P. Diatomeas epifitas en Gracilaria verrucosa (Hudson) Papenfuss 
recolectada en la costa chilena. Gayana Botanica, Concepción, v. 25, p. 1-115, 
1973. 
______. Diatomeas de agua dulce de Concepción y alrededores (Chile). Gayana 
Botanica, Concepción, v. 28, p. 3-134, 140 figs, 1974. 
ROUND, F. E. Biologia das algas. 2. ed. Rio de janeiro: Guanabara Dois, 1973. 
SANT’ANNA, C. L. et al. Planktic cyanobacteria from São Paulo State, Brazil: 
Chroococcales. Revista Brasileira de Botânica, São Paulo, v. 27, n. 2, p. 213-227, 
2004. 
SANT’ANNA, C. L. et al. Manual Ilustrado para identificação e contagem de 
cianobactérias planctônicas de águas continentais brasileiras. Rio de Janeiro: 
Interciência Ltda., 2006. 
 
SÃO PAULO. Companhia Ambiental do Estado de São Paulo - CETESB. Índices de 
qualidade das águas. São Paulo: CETESB, 2012. Disponível em: http://www. 
cetesb.sp.gov.br/agua /%C3%A1guas-superficiais/108-%C3%ADndices-de-
qualidadedas-%C3%A1guas> Acesso em: 18 Mai. 2018 
42 
 
 
 
 
SMITH, V.H.; SCHINDLER, D.W. Eutrophication science: where do we go from here? 
Trends. Ecology and Evolution, v. 24, n. 4, p. 201-207, 2009. 
SCHMITTOU, H. R. Produção de peixes em alta densidade em tanques-rede de 
pequeno volume. Traduzido por Eduardo Ono. Ed. Silvio Romero C. Coelho. ASA – 
Associação Americana de Soja, São Paulo, [1999]. 
 
SPERLING, M. V. Introdução à Qualidade das Águas e ao Tratamento de 
Esgotos. 3. ed. Belo Horizonte: Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental, 
v. I, 2005. 
 
TUCCI, A. et al. Fitoplâncton do Lago das Garças, São Paulo, Brasil: um reservatório 
urbano eutrófico, Hoehnea. São Paulo, v.33, p. 147-175. 2006. 
 
TUNDISI, J. G. Água no século XXI: enfrentando a escassez. São Carlos: Rima, 
2003. 
VERLECAR, X. N.; DESAI, S. R. Phytoplankton Identification Manual. New Delhi: 
National Institute of Oceanography, 2004. 
VILLAFAÑE, V. E.; REID, F. M. H. Métodos de microscopia para la cuantificación del 
fitoplancton. In: AVEAL, K.; FERRARIO, M. E.; OLIVEIRA, E. C.; SAR, E. (Eds.). 
Manual de métodos ficológicos. Concepción: Universidad de Concepción, 1995. p. 
169-185. 
VIANA, R.B. et. al. Risk assessment of trihalomethanes from tapwater in Fortaleza, 
Brazil. Environmental Monitoring and Assessment, v. 151, p. 317-325. 2009. 
 
VON SPERLING, M.; Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de 
esgotos. Belo Horizonte: Editora do Depto de Eng. Sanitária UFMG,p.1- 243, 1996. 
 
ZAGATTO, P. A.; BERTOLETTI, E. Ecotoxicologia aquática. São Carlos: Rima, 
2006.

Mais conteúdos dessa disciplina