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PROCESSOS DE REFINO

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Processos de RefinoProcessos de Refino
11
  
C C URSO URSO   DE DE  F  F ORMAÇÃO ORMAÇÃO   DE DE  O  O PERADORES PERADORES   DE DE  R  R EFINARIAEFINARIA
P P ROCESSOS ROCESSOS   DE DE   R R EFINO EFINO 
  
2 2 
Processos de RefinoProcessos de Refino
  
Processos de RefinoProcessos de Refino
3 3 
CURITIBACURITIBA
20022002
P P ROCESSOS ROCESSOS   DE DE   R R EFINO EFINO 
ADAPTADO ADAPTADO   DO DO   MATERIALMATERIAL  ORIGINALORIGINAL
DE DE  E  E LIE LIE  A ABADIE BADIE 
Equipe PetrobrasEquipe Petrobras
Petrobras / AbastecimentoPetrobras / Abastecimento
UN´s: Repar, Regap, Replan, Refap, RPBC, Recap, SIX, RevapUN´s: Repar, Regap, Replan, Refap, RPBC, Recap, SIX, Revap
  
4 4 
Processos de RefinoProcessos de Refino
MóduloMódulo
A Indústria de Petróleo e EnergiaA Indústria de Petróleo e Energia
Ficha TécnicaFicha Técnica
UnicenP – Centro Universitário PositivoUnicenP – Centro Universitário Positivo
Oriovisto GuimarãesOriovisto Guimarães
(Reitor)(Reitor)
José Pio MartinsJosé Pio Martins
(Vice Reitor)(Vice Reitor)
Aldir AmadoriAldir Amadori
(Pró-Reitor Administrativo)(Pró-Reitor Administrativo)
Elisa Dalla-BonaElisa Dalla-Bona
(Pró-Reitora Acadêmica)(Pró-Reitora Acadêmica)
Maria Helena da Silveira MacielMaria Helena da Silveira Maciel
(Pró-Reitora de Planejamento e (Pró-Reitora de Planejamento e AAvaliaçãovaliação
Institucional)Institucional)
Luiz Hamilton BertonLuiz Hamilton Berton
(Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa)(Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa)
Fani Schiffer DurãesFani Schiffer Durães
(Pró-Reitora de Extensão)(Pró-Reitora de Extensão)
Euclides MarchiEuclides Marchi
(Diretor do Núcleo de Ciências Humanas e(Diretor do Núcleo de Ciências Humanas e
Sociais Aplicadas)Sociais Aplicadas)
Helena Leomir de Souza BartnikHelena Leomir de Souza Bartnik
(Coordenadora do Curso de Pedagogia)(Coordenadora do Curso de Pedagogia)
Marcos José TozziMarcos José Tozzi
(Diretor do Núcleo de Ciências Exatas e(Diretor do Núcleo de Ciências Exatas e
Tecnologias)Tecnologias)
Antonio Razera NetoAntonio Razera Neto
(Coordenador do Curso de Desenho Industrial)(Coordenador do Curso de Desenho Industrial)
Maurício DziedzicMaurício Dziedzic
(Coordenador do Curso de Engenharia Civil)(Coordenador do Curso de Engenharia Civil)
Júlio César NitschJúlio César Nitsch
(Coordenador do Curso de Eletrônica)(Coordenador do Curso de Eletrônica)
Marcos Roberto RodacosckiMarcos Roberto Rodacoscki
(Coordenador do Curso de Engenharia(Coordenador do Curso de Engenharia
Mecânica)Mecânica)
Adaptado do Material Original deAdaptado do Material Original de
Elie AbadieElie Abadie
(Autor)(Autor)
Marcos CordiolliMarcos Cordiolli
(Coordenador Geral do Projeto)(Coordenador Geral do Projeto)
Iran Gaio JuniorIran Gaio Junior
(Coordenação Ilustração, Fotografia e(Coordenação Ilustração, Fotografia e
Diagramação)Diagramação)
Carina Bárbara R. de OliveiraCarina Bárbara R. de Oliveira
Juliana Claciane dos SantosJuliana Claciane dos Santos
(Coordenação de Elaboração dos Módulos(Coordenação de Elaboração dos Módulos
Instrucionais)Instrucionais)
Érica Vanessa MartinsÉrica Vanessa Martins
Iran Gaio JuniorIran Gaio Junior
Josilena Pires da SilveiraJosilena Pires da Silveira
(Coordenação dos Planos de Aula)(Coordenação dos Planos de Aula)
Luana Priscila WünschLuana Priscila Wünsch
(Coordenação Kit Aula)(Coordenação Kit Aula)
Carina Bárbara R. de OliveiraCarina Bárbara R. de Oliveira
Juliana Claciane dos SantosJuliana Claciane dos Santos
(Coordenação Administrativa)(Coordenação Administrativa)
Claudio Roberto PaitraClaudio Roberto Paitra
Marline Meurer PaitraMarline Meurer Paitra
(Diagramação)(Diagramação)
Cláudio Roberto PaitraCláudio Roberto Paitra
Hamilton Santos da SilvaHamilton Santos da Silva
(Ilustração)(Ilustração)
Cíntia Mara R. OliveiraCíntia Mara R. Oliveira
(Revisão Técnica e Ortográfica)(Revisão Técnica e Ortográfica)
Contatos com a equipe do UnicenP:Contatos com a equipe do UnicenP:
Centro Universitário do Positivo – UnicenPCentro Universitário do Positivo – UnicenP
Pró-Reitoria de ExtensãoPró-Reitoria de Extensão
Rua Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza 5300Rua Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza 5300
81280-320 Curitiba PR81280-320 Curitiba PR
Tel.: (41) 317 3093Tel.: (41) 317 3093
Fax: (41) 317 3982Fax: (41) 317 3982Home Page: www.unicenp.brHome Page: www.unicenp.br
e-mail: mcordiolli@unicenp.bre-mail: mcordiolli@unicenp.br
e-mail: e-mail: extensao@unextensao@unicenp.bricenp.br
Contatos com a Equipe da Repar:Contatos com a Equipe da Repar:
Refinaria Presidente GRefinaria Presidente Getúlio Vaetúlio Vargas – Reparrgas – Repar
Rodovia do Xisto (BR 476) – Km16Rodovia do Xisto (BR 476) – Km16
83700-970 83700-970 Araucária Araucária – – ParanáParaná
Mario Newton Coelho ReisMario Newton Coelho Reis
(Coordenador Geral)(Coordenador Geral)
TTel.: (41) 641 2846 – Fax: el.: (41) 641 2846 – Fax: (41) 643 2717(41) 643 2717
e-mail: e-mail: marioreis@petrobmarioreis@petrobras.com.brras.com.br
Uzias AlvesUzias Alves
(Coordenador Técnico)(Coordenador Técnico)
Tel.: (41) 641 2301Tel.: (41) 641 2301
e-mail: e-mail: uzias@petrobrasuzias@petrobras.com.br.com.br
Décio Luiz RogalDécio Luiz Rogal
Tel.: (41) 641 2295Tel.: (41) 641 2295
e-mail: e-mail: rogal@petrobrasrogal@petrobras.com.br.com.br
Ledy Aparecida Carvalho Stegg da SilvaLedy Aparecida Carvalho Stegg da Silva
Tel.: (41) 641 2433Tel.: (41) 641 2433
e-mail: e-mail: ledyc@petrobras.comledyc@petrobras.com.br.br
Adair MartinsAdair Martins
Tel.: (41) 641 2433Tel.: (41) 641 2433
e-mail: adair@petrobras.com.bre-mail: adair@petrobras.com.br
Fernando Henrique FalkiewiczFernando Henrique Falkiewicz
Tel.: (41) 641 2737Tel.: (41) 641 2737
e-mail: e-mail: fhalkiewicz@pfhalkiewicz@petrobras.coetrobras.com.brm.br
  
Processos de RefinoProcessos de Refino
5 5 
Apresentação Apresentação 
É com grande prazer que a equipe da Petrobras recebe você.É com grande prazer que a equipe da Petrobras recebe você.
Para continuarmos buscando excelência em resultados, dife- Para continuarmos buscando excelência em resultados, dife- 
renciação em serviços e competência tecnológica, precisamos de renciação em serviços e competência tecnológica, precisamos de você e de seu perfil empreendedor.você e de seu perfil empreendedor.
Este projeto foi realizado pela parceria estabelecida entre o Este projeto foi realizado pela parceria estabelecida entre o 
Centro UniversitCentro Universitário ário Positivo (UnicPositivo (UnicenP) e a enP) e a Petrobras, rPetrobras, representada epresentada 
pela UN-Repar, buscando a construção dos materiais pedagógicos pela UN-Repar, buscando a construção dos materiais pedagógicos 
que auxiliarão os Cursos de Formação de Operadores de Refinaria.que auxiliarão os Cursos de Formação de Operadores de Refinaria.
Estes materiais – módulos didáticos, slides de apresentação, planos Estes materiais – módulos didáticos, slides de apresentação, planos 
de aula, gabaritos de atividades – de aula, gabaritos de atividades – procuram integrar os saberes téc- procuram integrar os saberes téc- 
nico-práticos dos operadores com as teorias; desta forma não nico-práticos dos operadores com as teorias; desta forma não podem podem 
ser tomados como algo pronto ser tomados como algo pronto e definitivo, mas sim, como um e definitivo, mas sim, como um processo processo 
contínuo e permanente de aprimoramento, caracterizado pela contínuo e permanente de aprimoramento, caracterizado pela 
flexibilidade exigida pelo porte e diversidade das unidades da flexibilidade exigida pelo porte e diversidade das unidades da 
Petrobras.Petrobras.
Contamos, portanto, com a sua disposição para buscar outras Contamos, portanto, com a sua disposição para buscar outras 
fontes, colocar questões aos instrutores e à turma, enfim, aprofundar fontes, colocar questões aos instrutores e à turma, enfim, aprofundar 
seu conhecimento, capacitando-se para sua nova profissão na seu conhecimento, capacitando-se para sua nova profissão na 
Petrobras.Petrobras.
Nome: Nome: 
Cidade:Cidade: 
Estado: Estado: 
Unidade: Unidade: 
Escreva uma frase para acompanhá-lo durante todo o módulo.Escreva uma frase para acompanhá-lo durante todo o módulo.
  
6 6 
Processos de RefinoProcessos de Refino
SumárioSumário
1. 1. ESQUEESQUEMAS MAS DE DE REFINREFINO ............................................O ............................................ 77
1.1 1.1 Introdução Introdução ............................................................................................................................ 77
1.2 1.2 ObjetivoObjetivos s do Refinodo Refino .............................................................................................. 77
1.3 1.3 Tipos Tipos de de Processos Processos ................................................................................................ 88
1.3.1 1.3.1 ProcessoProcessos de Separaçs de Separaçãoão ................................................................ 88
1.3.2 1.3.2 ProcessoProcessos de Conves de Conversãorsão .......................................................... 1010
1.3.3 1.3.3 Processos dProcessos de Tratamee Tratamento ...........nto ........................................... 1414
1.3.4 1.3.4 ProcessoProcessos Auxiliars Auxiliareses .................................................................... 1515
2. 2. PROCESSOS PROCESSOS DE DE REFINO REFINO PARA PARA OBTENÇÃOOBTENÇÃO
DE COMBUSTÍVEIS – UMA ABORDAGEMDE COMBUSTÍVEIS – UMA ABORDAGEM
MAIMAIS DETS DETALHALHADA ADA .................................................................................................... 1616
2.1 2.1 DestilaçãoDestilação .......................................................................................................................... 1616
2.1.2.1.1 1 Introdução Introdução .................................................................................................... 1616
2.1.2 2.1.2 Pré-APré-Aquecimequecimento e Dessalinto e Dessalinização .......nização ................. 1818
2.12.1 .3 Destilação .3 Destilação Atmosférica .............Atmosférica ............................................... 1818
2.1.4 2.1.4 DestilaDestilação a Vácuoção a Vácuo .......................................................................... 2020
2.1.5 2.1.5 Tipos de Unidades Tipos de Unidades de Destilação .....de Destilação ....................... 2121
2.2 Craqueamento 2.2 Craqueamento Catalítico .....................................Catalítico ..................................... 2121
2.2.12.2.1 .. IntroIntrodução dução .................................................................................................... 2121
2.2.2 2.2.2 Seção de Seção de Reação ou Reação ou ConversãoConversão
(Conve(Conversor)rsor) .................................................................................................. 2222
2.2.2.2.3 3 Seção de FrSeção de Fracionameacionamento nto ........................................................ 2323
2.2.2.2.4 4 Seção Seção de Recupde Recuperação eração de Gasesde Gases .................................. 2323
2.2.5 2.2.5 Características Características da Carga da Carga parapara
CraqCraqueameueamento .............................................nto ............................................. 2424
2.2.6 2.2.6 Produtos Produtos de de Craqueamento Craqueamento CatalíticoCatalítico .............. 2424
2.2.7 Características do Catalisador2.2.7 Características do Catalisador
de Craqueamento de Craqueamento ............................................................................ .... 2525
2.2.8 2.2.8 Atividade de Atividade de um Catalisadorum Catalisador .......................................... 2525
2.2.9 2.2.9 ConConversversãoão ...................................................................................................... 2626
2.2.10 Regeneração do Catalisador ..............2.2.10 Regeneração do Catalisador ............................ 2626
2.3 Reformação 2.3 Reformação Catalítica ..........................................Catalítica .......................................... 2727
2.3.2.3. l l IntroIntrodução dução .................................................................................................... 2727
2.3.2 2.3.2 CatalisCatalisadores de Refoadores de Reformação ........rmação .................................. 3131
2.4 2.4 AlquilaçãAlquilação o CatalítiCatalítica ca ...................................................................................... 3232
2.42.4 .1 .1 Introdução Introdução .................................................................................................... 3232
2.4.2 2.4.2 PrincipPrincipais Vais Variáveis dariáveis de Operação ..............e Operação .............. 3333
2.4.3 2.4.3 CaractCaracterístierísticas da Gasolicas da Gasolina de alquina de alquilaçãolação .. 3434
2.5 2.5 Processos TéProcessos Térmicos de Convrmicos de Conversão ersão ............................................ 3535
2.5.2.5.1 1 Introdução Introdução .................................................................................................... 3535
2.52.5 .2 Craqueamento .2 Craqueamento Térmico Térmico ............................................................ 3636
2.5.2.5.3 Visc3 Viscorreorreduçãdução .............................................o ............................................. 3737
2.5.2.5.4 Coqueamento 4 Coqueamento Retardado ............................Retardado ............................3838
2.6 2.6 HidroHidrocraquecraqueamentoamento.............................................................................................. 3939
2.6.2.6.1 1 Introdução Introdução .................................................................................................... 3939
2.6.2 2.6.2 CatalisCatalisadores Empreadores Empregados ...........gados ....................................... 4040
2.6.3 2.6.3 Reações do ProceReações do Processo ............sso ........................................................ 4040
2.7 Processos de Tr2.7 Processos de Tratamento atamento de Derivadde Derivadosos .............................. 4242
2.7.2.7. l l IntroIntrodução dução .................................................................................................... 4242
2.7.2 2.7.2 TratamTratamento Benderento Bender .......................................................................... 4343
2.7.2.7.3 Lavagem 3 Lavagem Cáustica ...............................Cáustica ............................................. 4444
2.72.7 .4 .4 TratamTratamento Meroxento Merox ............................................................................ 4444
2.7.5 2.7.5 TratamTratamento com Dea ............ento com Dea ........................................................ 4646
3. 3. PROCESSOS PROCESSOS DE DE REFINO REFINO PPARA ARA PRODUÇÃOPRODUÇÃO
DE DE LUBRIFILUBRIFICANTES ...............................................CANTES ............................................... 4646
3.1 3.1 Introdução .............Introdução ........................................................................................................... 4747
3.2 3.2 DestilaçãDestilação Atmosfério Atmosférica e a Vácuo ca e a Vácuo .............................................. 4747
3.2.3.2.1 1 Introdução Introdução .................................................................................................... 4747
3.2.3.2.2 Destilação 2 Destilação Atmosférica ..............Atmosférica .............................................. 4848
3.2.3 3.2.3 Destilação a Vácuo ...........Destilação a Vácuo ........................................................... 4848
3.3 Desasfaltação 3.3 Desasfaltação a a PropanoPropano .............................................................................. 5050
3.3.3.3.1 1 Introdução Introdução .................................................................................................... 5050
3.3.2 3.3.2 Seção de ExtraçSeção de Extração ão ............................................................................ 5151
3.3.33.3.3 Seção de RecupSeção de Recuperação de Soeração de Solventelvente
do do Extrato ..................................................Extrato .................................................. 5252
3.3.3.3.4 4 Seção de RecupSeção de Recuperação de Soeração de Solventelvente
do do Rafinado ................................................Rafinado ................................................ 5252
3.4 Desaromatização 3.4 Desaromatização a a FurfuralFurfural .................................................................... 5252
3.4.3.4.1 1 Introdução Introdução .................................................................................................... 5252
3.4.2 3.4.2 Seção de ExtraçSeção de Extração ão ............................................................................ 5454
3.4.3 3.4.3 RecuperaçãRecuperação de o de Solvente Solvente do Rafdo Rafinadoinado .............. 5555
3.4.4 3.4.4 Recuperação Recuperação de Solvde Solvente do ente do Extrato .....Extrato ............. 5555
3.4.3.4.5 5 Seção de PuSeção de Purificação rificação do Furfudo Furfural ...........ral ................... 5555
3.3.5 Desparafinação 5 Desparafinação a a MEK-TMEK-Toluenoolueno ...................................................... 5656
3.5.3.5.1 1 Introdução Introdução .................................................................................................... 5656
3.5.2 3.5.2 Seção de Seção de Resfriamento Resfriamento e Filte Filtração ............ração ............ 5757
3.5.3 3.5.3 Recuperação de Recuperação de Solvente do Solvente do FiltradoFiltrado ................ 58583.5.3.5.4 4 DesoleiDesoleificaçãficação de Parafìnas...........o de Parafìnas..................................... 5858
3.6 3.6 HidrotratHidrotratamento de Lubrifamento de Lubrificantes e Parafinicantes e Parafinas as .......... 5959
3.3.6.1 6.1 Introdução Introdução .................................................................................................... 5959
3.6.2 3.6.2 CatalisCatalisadores Empradores Empregados .........egados ......................................... 6060
3.6.3.6.3 3 Reações do ProceReações do Processo ............sso ........................................................ 6060
3.6.3.6.4 4 HidrotHidrotratamentratamento de Lubrio de Lubrifìcantefìcantes .............s ............... 6161
3.7 3.7 Geração de Geração de HidroHidrogêniogênio .................................................................................. 6262
3.3.7.1 7.1 Introdução Introdução .................................................................................................... 6262
3.7.3.7.2 2 Seção de Pré-Seção de Pré-TratamTratamento ...........ento ........................................... 6363
3.7.3 3.7.3 Seção de ReformaçãSeção de Reformaçãoo .................................................................... 6464
3.7.4 3.7.4 Seção de Absorção Seção de Absorção do COdo CO
22
................................................ 6565
3.8 3.8 Introdução ......Introdução .................................................................................................................. 6666
4. 4. PROCESPROCESSOS ESPSOS ESPECIAIS ......ECIAIS ............................................................................ 6969
4.1 Extração e Industrialização do Xisto4.1 Extração e Industrialização do Xisto
– tirando – tirando óleo de óleo de Pedra Pedra .............................................................................. 6969
REFERÊREFERÊNCIAS NCIAS BIBLIOGBIBLIOGRÁFICASRÁFICAS.............................................................. 7373
  
Processos de RefinoProcessos de Refino
7 7 
11 Esquemas  Esquemas dede Refi Refinono
O petróleo, no estado em que é extraído doO petróleo, no estado em que é extraído do
solo, tem pouquíssimas aplicações. É uma com-solo, tem pouquíssimas aplicações. É uma com-
plexa mistura de moléculas, compostas princi-plexa mistura de moléculas, compostas princi-
palmente de carbono e hidrogênio – os hidro-palmente de carbono e hidrogênio – os hidro-
carbonetos, além de algumas impurezas. Para quecarbonetos, além de algumas impurezas. Para que
o aproveitamento energético aproveitamento energético adequado do pe-o adequado do pe-
tróleo, deve-se submetê-lo a processos de tróleo, deve-se submetê-lo a processos de se-se-
paração, conversão e paração, conversão e tratamentos.tratamentos.
A presente apostila tem por objetivo forne-A presente apostila tem por objetivo forne-
cer algumas informações básicas sobre o pro-cer algumas informações básicas sobre o pro-
cessamento de petróleo de uma refinaria.cessamento de petróleo de uma refinaria.
1.1 Introdução1.1 IntroduçãoO petróleo é uma complexa mistura de com-O petróleo é uma complexa mistura de com-
postos orgânicos e inorgânicos, em que predo-postos orgânicos e inorgânicos, em que predo-
minam os hidrocarbonetos. Para que ele tenhaminam os hidrocarbonetos. Para que ele tenha
seu potencial energético plenamente aproveita-seu potencial energético plenamente aproveita-
do, bem como sua utilização como fonte de do, bem como sua utilização como fonte de ma-ma-
térias-primas, é importante que seja rtérias-primas, é importante que seja realizado seuealizado seu
desmembramentdesmembramento em cortes, com o em cortes, com padrões pré-padrões pré-
estabelecidos para determinados objetivos, queestabelecidos para determinados objetivos, que
denominamos frações.denominamos frações.
Além da complexidade de sua composição,Além da complexidade de sua composição,
não existem dois petróleos idênticos. Suas dife-não existem dois petróleos idênticos. Suas dife-
renças vão influenciar, de forma decisiva, tantorenças vão influenciar, de forma decisiva, tanto
nos rendimentos quanto na qualidade das frações.nos rendimentos quanto na qualidade das frações.
Dessa forma, o petróleo deve ser processa-Dessa forma, o petróleo deve ser processa-do e transformado de maneira conveniente, comdo e transformado de maneira conveniente, com
o propósito de obter-se a maior o propósito de obter-se a maior quantidade pos-quantidade pos-
sível de produtos de maior qualidade e valor sível de produtos de maior qualidade e valor co-co-
mercial. Atingir este objetivo, com o menor cus-mercial. Atingir este objetivo, com o menor cus-
to operacional, é a diretriz básica da refinação.to operacional, é a diretriz básica da refinação.
As características dos petróleos têmAs características dos petróleos têm
ponderável influênponderável influência sobre a técnica adotadacia sobre a técnica adotada
para a refinação e, freqüentemente, determinampara a refinação e, freqüentemente, determinam
os produtos que melhor podem ser obtidos. As-os produtos que melhor podem ser obtidos. As-
sim, é óbvio que nem todos os derivados podemsim, é óbvio que nem todos os derivados podem
ser produzidos a partir de qualquer tipo de pe-ser produzidos a partir de qualquer tipo de pe-
tróleo. Da mesma forma, não existe uma técnicatróleo. Da mesma forma, não existe uma técnica
de refino adaptável a todos os tipos de petróde refino adaptável a todos os tipos de petróleo.leo.
A arte de compatibilizar as característicasA arte de compatibilizar as característicasdos vários petróleos que devam ser processa-dos vários petróleos que devam ser processa-
dos numa dada refinaria, com a necessidade dedos numa dada refinaria, com a necessidade de
suprir-se de derivados, em quantidade e qualidade,suprir-se de derivados, em quantidade e qualidade,
que atendam uma certa região de influência des-que atendam uma certa região de influência des-
sa indústria, faz com que surjam arranjos de váriassa indústria, faz com que surjam arranjos de várias
unidades de processamento, para que tal objeti-unidades de processamento, para que tal objeti-
vo seja alcançado da forma mais racional e eco-vo seja alcançado da forma mais racional e eco-
nômica possível. O encadeamento das várias uni-nômica possível. O encadeamento das várias uni-
dades de processo dentro de uma refinaria é odades de processo dentro de umarefinaria é o
que denominamos de Esquema de Refino.que denominamos de Esquema de Refino.
Os esquemas de refino variam de uma refi-Os esquemas de refino variam de uma refi-
naria para outra, não só pelos naria para outra, não só pelos pontos acima ex-pontos acima ex-
postos, como também pelo fato do mercado depostos, como também pelo fato do mercado de
uma dada região modificar-uma dada região modificar-se com o tempo. Ase com o tempo. A
constante evolução na tecnologia dos processosconstante evolução na tecnologia dos processos
faz com que surjam faz com que surjam alguns de alta eficiência e ren-alguns de alta eficiência e ren-
tabilidade, enquanto outros, de menor eficiênciatabilidade, enquanto outros, de menor eficiência
ou com maiores custos operacionais, entram emou com maiores custos operacionais, entram em
obsolescência. Os processobsolescência. Os processos de refino não sãoos de refino não são
estáticos e definitivos, e sim dinâmicos num hori-estáticos e definitivos, e sim dinâmicos num hori-
zonte de médio e longo prazo.zonte de médio e longo prazo.
1. 2 Objetivos do Refino1. 2 Objetivos do Refino
Uma refinaria de petróleo, ao ser Uma refinaria de petróleo, ao ser planejadaplanejada
e construída, pode destinar-se a dois objetivose construída, pode destinar-se a dois objetivos
básicos:básicos:
–– prodproduçãução de coo de combusmbustívtíveis e meis e matéatériasrias-pri-pri--
mas petroquímicas;mas petroquímicas;
–– produprodução ção de lde lubriubrificaficantes ntes básibásicos cos e pae pa--
rafinas.rafinas.O primeiro objetivo constitui a maioria dosO primeiro objetivo constitui a maioria dos
casos, uma vez que a demanda por casos, uma vez que a demanda por combustíveiscombustíveis
é muitíssimo maior que a de outros produtos.é muitíssimo maior que a de outros produtos.
Aqui, é fundamental a produção em larga escalaAqui, é fundamental a produção em larga escala
de frações desde frações destinadas à obtenção de GLP, gaso-tinadas à obtenção de GLP, gaso-
lina, diesel, querosene e óleo combustível, dentrelina, diesel, querosene e óleo combustível, dentre
outros. Todas as refinarias brasileiras encontram-outros. Todas as refinarias brasileiras encontram-
se neste grupo.se neste grupo.
O segundo grupo, de menor expressão,O segundo grupo, de menor expressão,
constitui-se num grupo minoritário, cujo objetivoconstitui-se num grupo minoritário, cujo objetivo
é a maximização de é a maximização de frações básicas lubrificantesfrações básicas lubrificantes
e parafinas. Estes produtos têm valores agrega-e parafinas. Estes produtos têm valores agrega-
dos cerca de duas a dos cerca de duas a três vezes muito maiores quetrês vezes muito maiores que
os combustíveis e conferem alta ros combustíveis e conferem alta rentabilidade aosentabilidade aosrefinadores, embora os investimentos sejam tam-refinadores, embora os investimentos sejam tam-
bém maiores. No Brasil, não temos nenhumabém maiores. No Brasil, não temos nenhuma
refinaria dedicada exclusivamente à produção derefinaria dedicada exclusivamente à produção de
  
8 8 
Processos de RefinoProcessos de Refino
lubrificantes e parafinas, existem, no entanto, con-lubrificantes e parafinas, existem, no entanto, con-
 ju juntntos os dedentntro ro de de alalguguns ns de de nonossssos os paparqurques es de de refrefi-i-
no que têm esse objetivo e funcionam quase comono que têm esse objetivo e funcionam quase como
refinarias independentes. Nesta situação, podemosrefinarias independentes. Nesta situação, podemos
citar as refinarias: Reduc (Refinaria Duque citar as refinarias: Reduc (Refinaria Duque dede
Caxias – RJ, RLAM (Refinaria Landulpho AlvesCaxias – RJ, RLAM (Refinaria Landulpho Alves
– BA) e Lubnor (Lubrificantes do Nordeste – CE)– BA) e Lubnor (Lubrificantes do Nordeste – CE)
onde existem os conjuntos acima citados.onde existem os conjuntos acima citados.
1.3 Tipos de Processos1.3 Tipos de ProcessosOs processos em uma refinaria podem serOs processos em uma refinaria podem ser
classificadoclassificados em s em quatro grandes grupos:quatro grandes grupos:
–– ProProcescessos sos de de SepSeparaaraçãoção;;
–– ProProcecessssos os de Cde Cononveversãrsão;o;
–– ProProcecessossos ds de Te Tratratamamentento;o;
–– PrPrococesessosos s AuAuxixililiarareses..
1.3.1 Processos de Separação1.3.1 Processos de Separação
São sempre de natureza física e têm por São sempre de natureza física e têm por ob-ob-
 jeti jetivo vo desdodesdobrar brar o o petrópetróleo leo em em suas suas fraçõefrações s bá-bá-
sicas, ou processar uma fração previamente pro-sicas, ou processar uma fração previamente pro-
duzida, no sentido de retirar dela um grupo espe-duzida, no sentido de retirar dela um grupo espe-
cífico de compostos.cífico de compostos.Os agentes responsáveis por estas operaçõesOs agentes responsáveis por estas operações
são físicos, por ação de energia (na forma desão físicos, por ação de energia (na forma de
modificações de temperatura e/ou pressão) ou demodificações de temperatura e/ou pressão) ou de
massa (na forma de massa (na forma de relações de solubilidadrelações de solubilidade ae a
solventes) sobre o petróleo ou suas solventes) sobre o petróleo ou suas frações.frações.
Uma importante característica nos proces-Uma importante característica nos proces-
sos de separação é o fato dos produtos obtidossos de separação é o fato dos produtos obtidos
poderem, exceto em situações de eventuais per-poderem, exceto em situações de eventuais per-
das ou contaminações, quando novamente mis-das ou contaminações, quando novamente mis-
turados, reconstituir a carga original, uma vez queturados, reconstituir a carga original, uma vez que
a natureza das moléculas não é alterada.a natureza das moléculas não é alterada.
Como exemplos deste grupo de processos,Como exemplos deste grupo de processos,
podem ser citadas: Destilação (em suas váriaspodem ser citadas: Destilação (em suas várias
formas), Desasfaltação a Propano, Desaromati-formas), Desasfaltação a Propano, Desaromati-zação a Furfural, Desparafinação/Desoleificaçãozação a Furfural, Desparafinação/Desoleificação
a solvente (MIBC), Extração de Aromáticos ea solvente (MIBC), Extração de Aromáticos e
Adsorção de N-parafinas.Adsorção de N-parafinas.
DestilaçãoDestilação
É um processo de separação dos componentesÉ um processo de separação dos componentes
de uma mistura de líquidos miscíveis, baseado na di-de uma mistura de líquidos miscíveis, baseado na di-
ferença das temperaturas de ebulição de seus com-ferença das temperaturas de ebulição de seus com-
ponentes individuais. Muito importante para uma re-ponentes individuais. Muito importante para uma re-
finaria, utiliza-se destilação quase que na totalidadefinaria, utiliza-se destilação quase que na totalidade
dos processos de refino do petróleo e derivados.dos processos de refino do petróleo e derivados.
As primeiras refinarias eram, na realidade,As primeiras refinarias eram, na realidade,
destilarias, porque as diferentes propriedades dodestilarias, porque as diferentes propriedades do
petróleo não eram conhecidas. O processo erapetróleo não eram conhecidas. O processo eradescontínuo, feitdescontínuo, feito em bateladas e toda a cargao em bateladas e toda a carga
era aquecida, sendo dividada em parte era aquecida, sendo dividada em parte vaporiza-vaporiza-
da (topo) e parte da (topo) e parte líquida (fundo) independenlíquida (fundo) independentete
das composições intermediárias ou absorvidas nadas composições intermediárias ou absorvidas na
separação.separação.
ExtremamentExtremamente versátil, é usada em e versátil, é usada em larga es-larga es-
cala no refino. Outros processos de separação,cala no refino. Outros processos de separação,
conversão e tratamento utilizam-na como etapaconversão e tratamento utilizam-na como etapa
intermediária ou final de suas intermediária ou final de suas operações.operações.
A destilação pode ser feita em várias etapasA destilação pode ser feita em várias etapas
e em diferentes níveis de pressão, conforme oe em diferentesníveis de pressão, conforme o
objetivo que se deseje. Assim, quando se trataobjetivo que se deseje. Assim, quando se trata
de uma unidade de destilação de petróleo bruto,de uma unidade de destilação de petróleo bruto,pode-se ter a destilação a vácuo, o pré-fracio-pode-se ter a destilação a vácuo, o pré-fracio-
namento e a debutanização. Nesse caso, o obje-namento e a debutanização. Nesse caso, o obje-
tivo é o seu desmembramento nas frações bási-tivo é o seu desmembramento nas frações bási-
cas do refino, a saber: gás combustível, gáscas do refino, a saber: gás combustível, gás
liqüefeito, nafta, querosene, gasóleo atmosféricoliqüefeito, nafta, querosene, gasóleo atmosférico
(óleo diesel), gasóleo de vácuo e resíduo de vá-(óleo diesel), gasóleo de vácuo e resíduo de vá-
cuo. Seus rendimentos são variáveis, em funçãocuo. Seus rendimentos são variáveis, em função
do óleo processado.do óleo processado.
A unidade de destilação de petróleo existeA unidade de destilação de petróleo existe
sempre, independentsempre, independente de qual e de qual seja o esquemaseja o esquema
de refino. É o principal processo, a partir do de refino. É o principal processo, a partir do qualqual
os demais são alimentados.os demais são alimentados.
Desasfaltação a propanoDesasfaltação a propanoEste processo tem por objetivo extrair, porEste processo tem por objetivo extrair, por
ação de um solvente (propano líquido em altaação de um solvente (propano líquido em alta
pressão), um gasóleo, que seria impossível obterpressão), um gasóleo, que seria impossível obter
por meio da destilação.por meio da destilação.
Como subproduto de extração, obtém-se oComo subproduto de extração, obtém-se o
resíduo asfáltico, que, conforme o tipo de resí-resíduo asfáltico, que, conforme o tipo de resí-
duo de vácuo processado e a severidadeduo de vácuo processado e a severidade
operacional, pode ser enquadrado como asfaltooperacional, pode ser enquadrado como asfalto
ou como óleo combustível ultraviscoso.ou como óleo combustível ultraviscoso.
O óleo desasfaltado, principal produto doO óleo desasfaltado, principal produto do
processo, pode ter dois destinos, de acordo comprocesso, pode ter dois destinos, de acordo com
o objetivo do esquema de refino. Caso este sejao objetivo do esquema de refino. Caso este seja
a obtenção de combustíveis, o óleo desasfaltadoa obtenção de combustíveis, o óleo desasfaltado
deverá incorporar-se ao gasóleo pesado (GOP)deverá incorporar-se ao gasóleo pesado (GOP)e ambos seguie ambos seguirão rão para a unidade dpara a unidade de craquea-e craquea-
mento catalítico, para sua conversão em nafta emento catalítico, para sua conversão em nafta e
GLP.GLP.
Se o objetivo for a produção de lubrifican-Se o objetivo for a produção de lubrifican-
tes, então o óleo desasfaltado irá tes, então o óleo desasfaltado irá gerar, em fun-gerar, em fun-
ção de sua viscosidade, o óleo ção de sua viscosidade, o óleo básico Brightstockbásico Brightstock
ou o óleo de cilindro. Em ambos os casos, estesou o óleo de cilindro. Em ambos os casos, estes
lubrificantes inacabados irão passar por outroslubrificantes inacabados irão passar por outros
processos para melhoria de qualidade.processos para melhoria de qualidade.
Desaromatização a furfuralDesaromatização a furfural
Processo típico da produção de lubrifican-Processo típico da produção de lubrifican-
tes, a desaromatização a furfural, como o pró-tes, a desaromatização a furfural, como o pró-
prio nome sugere, consiste na extração de com-prio nome sugere, consiste na extração de com-postos aromáticos polinucleados de altas mas-postos aromáticos polinucleados de altas mas-
sas molares por meio de um sas molares por meio de um solvente específico,solvente específico,
no caso o furfural.no caso o furfural.
  
Processos de RefinoProcessos de Refino
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Um óleo lubrificante pode trabalhar em con-Um óleo lubrificante pode trabalhar em con-
dições de alta e dições de alta e baixa temperaturabaixa temperatura, esperando-, esperando-
se dele um se dele um comportamento o mais uniforme comportamento o mais uniforme pos-pos-
sível em relação à viscosidade. Sabe-se que ossível em relação à viscosidade. Sabe-se que os
compostos causadores das maiores flutuações decompostos causadores das maiores flutuações de
viscosidade são justamente os aromáticos.viscosidade são justamente os aromáticos.
Assim sendo, quando os aromáticos são re-Assim sendo, quando os aromáticos são re-
tirados de um corte lubrificante, assegura-se umatirados de um corte lubrificante, assegura-se uma
menor variação da viscosidade com a tempera-menor variação da viscosidade com a tempera-
tura. A tura. A propriedadpropriedade que mede o inverso da variaçãoe que mede o inverso da variaçãoda viscosidade com a variação da temperatura éda viscosidade com a variação da temperatura é
chamada de índice de viscosidade (IV). Quantochamada de índice de viscosidade (IV). Quanto
maior o IVmaior o IV, menor a v, menor a variação da viscosidade ariação da viscosidade comcom
a temperatura.a temperatura.
A desaromatização a furfural tem, então, porA desaromatização a furfural tem, então, por
objetivo aumentar o índice de viscosidade de óle-objetivo aumentar o índice de viscosidade de óle-
os lubrificantes. O subproduto desse processo éos lubrificantes. O subproduto desse processo é
o extrato aromático, um óleo pesado e vo extrato aromático, um óleo pesado e viscoso,iscoso,
que pode ser utilizado como óleo extensor deque pode ser utilizado como óleo extensor de
borracha sintética, ou pode ser adicionado aoborracha sintética, ou pode ser adicionado ao
“pool” de óleo combustível da refinaria. O pro-“pool” de óleo combustível da refinaria. O pro-
duto principal, o óleo desaromatizado, é estoca-duto principal, o óleo desaromatizado, é estoca-
do para seu posterior do para seu posterior processamento, na unida-processamento, na unida-
de de de de desparafinação a Metil-Isobutil-Cetonadesparafinação a Metil-Isobutil-Cetona(MIBC).(MIBC).
A desaromatização de lubrificantes era rea-A desaromatização de lubrificantes era rea-
lizada, no passado, usando-se o fenol como sol-lizada, no passado, usando-se o fenol como sol-
vente. Com o advento da utilização do furfural, ovente. Com o advento da utilização do furfural, o
processo que usava fenol entrou emprocesso que usava fenol entrou em
obsolescêobsolescência. Apesar disto, a RLAM, por ncia. Apesar disto, a RLAM, por terter
um conjunto de lubrificantes antigo, possui umaum conjunto de lubrificantes antigo, possui uma
unidade que usa esse solvente.unidade que usa esse solvente.
O investimento inicial para a construção deO investimento inicial para a construção de
uma unidade de desaromatização é bastante pró-uma unidade de desaromatização é bastante pró-
ximo ao valor estimado para a de desasfaltação,ximo ao valor estimado para a de desasfaltação,
sendo ligeiramente superior devido ao sistema desendo ligeiramente superior devido ao sistema de
purificação do solvente.purificação do solvente.
Desparafinação a MIBCDesparafinação a MIBC
Um lubrificante colocado num equipamento,Um lubrificante colocado num equipamento,
inicialmente opera em condições ambientais deinicialmente opera em condições ambientais de
temperatura, ou em alguns casos em baixas tem-temperatura, ou em alguns casos em baixas tem-
peraturas, uma vez que a máquina, em geral, nãoperaturas, uma vez que a máquina, em geral, não
é aquecida. O óleo deve ter, então, em tais con-é aquecida. O óleo deve ter, então, em tais con-
dições, possibilidades de escoamento adequadodições, possibilidades de escoamento adequado
para que a para que a lubrificação não fique comprometida,lubrificação não fique comprometida,
necessitando, em função disto, apresentar baixonecessitando, em função disto, apresentar baixo
ponto de fluidez. Para que esta caracteríponto de fluidez. Para que esta característica sejastica seja
alcançada, deve-se remover as cadeias parafínicasalcançada, deve-se remover as cadeias parafínicas
lineares, uma vez que estas são responsáveispelalineares, uma vez que estas são responsáveis pela
baixa fluidez do óleo.baixa fluidez do óleo.
A remoção das n-parafinas é feita com oA remoção das n-parafinas é feita com oauxílio de um solvente que, em baixas temperatu-auxílio de um solvente que, em baixas temperatu-
ras, solubiliza toda a fração oleosa, exceto asras, solubiliza toda a fração oleosa, exceto as
parafinas, que permanecem em fase sólida. Emparafinas, que permanecem em fase sólida. Em
face da baixa viscosidade reinante no meio, emface da baixa viscosidade reinante no meio, em
função da grande quantidade de solvente presen-função da grande quantidade de solvente presen-
te, é possível fazer-se uma filtração, separando-te, é possível fazer-se uma filtração, separando-
se as n-parafinas.se as n-parafinas.
O óleo desparafinado é enviado à estocagemO óleo desparafinado é enviado à estocagem
intermediária, de onde seguirá para o processointermediária, de onde seguirá para o processo
de hidroacabamento, enquanto a parafina de hidroacabamento, enquanto a parafina oleosaoleosa
será também estocada, podendo ter será também estocada, podendo ter dois desti-dois desti-
nos. Caso exista no conjunto de nos. Caso exista no conjunto de lubrificantes umalubrificantes uma
unidade de desoleificação de parafinas, ela deveunidade de desoleificação de parafinas, ela deveser aí processada, com o propósito de produzir-ser aí processada, com o propósito de produzir-
se parafinas comerciais. Se essa opção não exis-se parafinas comerciais. Se essa opção não exis-
tir, o destino será sua adição ao gasóleo, que tir, o destino será sua adição ao gasóleo, que seráserá
processado no craqueamento catalítico.processado no craqueamento catalítico.
O solvente utilizado, atualmente, é a Metil-O solvente utilizado, atualmente, é a Metil-
Isobutil-CetIsobutil-Cetona (MIBC). Já fona (MIBC). Já foram usados, nooram usados, no
passado, a mistura de Metil-Etil-Cetona (MEC)passado, a mistura de Metil-Etil-Cetona (MEC)
e tolueno, e, mais e tolueno, e, mais remotamente, o propano líqui-remotamente, o propano líqui-
do. A MIBC apresenta vantagens significativasdo. A MIBC apresenta vantagens significativas
em relação aos demais solventes, sendo por issoem relação aos demais solventes, sendo por isso
empregada atualmente.empregada atualmente.
A desparafinação é, certamente, a mais caraA desparafinação é, certamente, a mais cara
das unidades de conjunto de lubrificantes, em fun-das unidades de conjunto de lubrificantes, em fun-
ção, principalmente, do grande número de equi-ção, principalmente, do grande número de equi-pamentos existentes no processo.pamentos existentes no processo.
Desoleificação a MIBCDesoleificação a MIBC
A desoleificação a MIBC é um processoA desoleificação a MIBC é um processo
idêntico à desparafinação, apenas realizada emidêntico à desparafinação, apenas realizada em
condições mais severas, visando remover o condições mais severas, visando remover o óleoóleo
contido na parafina, de forma a contido na parafina, de forma a enquadrá-la comoenquadrá-la como
produto comercial, o que seria impossível semproduto comercial, o que seria impossível sem
essa unidade.essa unidade.
A parafina oleosa, carga do processo, éA parafina oleosa, carga do processo, é
desmembrada em duas correntes. A fração ole-desmembrada em duas correntes. A fração ole-
osa, removida pela ação do solvente e da fosa, removida pela ação do solvente e da filtra-iltra-
ção, é denominada parafina mole, e, por tratar-ção, é denominada parafina mole, e, por tratar-
se de um gasóleo, normalmente é enviada ao crse de um gasóleo, normalmente é enviada ao cra-a-
queamento, depois de ter a MIBC removida. Aqueamento, depois de ter a MIBC removida. A
parafina mole pode ser também aproveitada paraparafina mole pode ser também aproveitada para
a produção de geléias, óleos, vaselinas e a produção de geléias, óleos, vaselinas e outrosoutros
produtos farmacêuticos, embora seu mercadoprodutos farmacêuticos, embora seu mercado
seja bem restrito.seja bem restrito.
O produto comercial, conhecido como pa-O produto comercial, conhecido como pa-
rafina dura, depois desta operação, é estocadorafina dura, depois desta operação, é estocado
para posterior processpara posterior processamento na unidade de hi-amento na unidade de hi-
drotratamento onde finalmente é drotratamento onde finalmente é especificaespecificada.da.
Devido à desoleificação ser quase sempreDevido à desoleificação ser quase sempre
integrada à desparafinação e também por ter umintegrada à desparafinação e também por ter um
porte menor, o capital investido nessa unidade éporte menor, o capital investido nessa unidade é
bem menor, situando-se na faixa de US$ bem menor, situando-se na faixa de US$ 60–60–
90.000.000,00.90.000.000,00.
Extração de aromáticosExtração de aromáticos
A extração de aromáticos, também conhe-A extração de aromáticos, também conhe-
cida como recuperação de aromáticos (URA), écida como recuperação de aromáticos (URA), é
  
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Processos de RefinoProcessos de Refino
uma unidade que tem um objetivo semelhante àuma unidade que tem um objetivo semelhante à
DesaromatizaDesaromatização a ção a Furfural, embora carga, sol-Furfural, embora carga, sol-
vente, produtos e condições operacionais sejamvente, produtos e condições operacionais sejam
bem distintas. Em ambas as unidades, o objetivobem distintas. Em ambas as unidades, o objetivo
é extrair os aromáticos da carga por meio de umé extrair os aromáticos da carga por meio de um
solvente.solvente.
A carga é uma nafta proveniente de uma uni-A carga é uma nafta proveniente de uma uni-
dade de reforma catalítica, bastante rica em aro-dade de reforma catalítica, bastante rica em aro-
máticos leves, como benzeno, tolueno e xilenosmáticos leves, como benzeno, tolueno e xilenos
(BTXs). Estes hidrocarbon(BTXs). Estes hidrocarbonetos têm um alto valoretos têm um alto valorno mercado, uma vez no mercado, uma vez que são importantes maté-que são importantes maté-
rias-primas para a indústria petroquímica, poden-rias-primas para a indústria petroquímica, poden-
do do atingir preços datingir preços duas a três vezuas a três vezes superiores àes superiores à
nafta.nafta.
A extração é feita com um solvente, poden-A extração é feita com um solvente, poden-
do ser o Tdo ser o Tetra-Etilenoetra-Etileno-Glicol (TEG), a N-Metil--Glicol (TEG), a N-Metil-
Pirrolidona (NMP) associada ao Mono-Etileno-Pirrolidona (NMP) associada ao Mono-Etileno-
Glicol (MEG), ou o Sulfolane. O uso de um delesGlicol (MEG), ou o Sulfolane. O uso de um deles
é feito em função das condições do processo es-é feito em função das condições do processo es-
colhido.colhido.
Os aromáticos extraídos, depois da remo-Os aromáticos extraídos, depois da remo-
ção do solvente, são fracionados e destinados àção do solvente, são fracionados e destinados à
estocagem para futura comercialização, os nãoestocagem para futura comercialização, os não
aromáticos, depois também da remoção do sol-aromáticos, depois também da remoção do sol-vente, são enviados ao “pool” de gasolina.vente, são enviados ao “pool” de gasolina.
A URA é uma unidade que confere boaA URA é uma unidade que confere boa
lucratividade ao parque de refino, devido à grlucratividade ao parque de refino, devido à gran-an-
de distância entre o preço de carga e dos aromá-de distância entre o preço de carga e dos aromá-
ticos. O investimento necessário à sua implanta-ticos. O investimento necessário à sua implanta-
ção não é dos mais elevados, situando-se entreção não é dos mais elevados, situando-se entre
US$ US$ 40-55.000.000,40-55.000.000,00.00.
Adsorção de n-parafinasAdsorção de n-parafinas
A unidade de adsorção de n-parafinas é pró-A unidade de adsorção de n-parafinas é pró-
pria para a remoção de cadeias parafínicas linea-pria para a remoção de cadeias parafínicas linea-
res contidas na fração querosres contidas na fração querosene. Tene. Tais hidrocar-ais hidrocar-
bonetos, embora confiram excelente qualidade aobonetos, embora confiram excelente qualidadeao
querosene de iluminação, são extremamente pre-querosene de iluminação, são extremamente pre- judiciais  judiciais em se em se tratando tratando do qdo querosene uerosene de avde avia-ia-
ção, por elevarem seu ponto de ção, por elevarem seu ponto de congelamentcongelamentoo
quando presentes quando presentes em concentrações em concentrações razoáveis.razoáveis.
As n-parafinas removidas, por outro lado, sãoAs n-parafinas removidas, por outro lado, são
valiosas matérias-primas para a indústria petro-valiosas matérias-primas para a indústria petro-
química, especificamenquímica, especificamente para a te para a produção de de-produção de de-
tergentes sintéticos biodegradáveis. Assim sen-tergentes sintéticos biodegradáveis. Assim sen-
do, a adsorção de n-parafinas do querosene édo, a adsorção de n-parafinas do querosene é
um processo bastante interessante, porque, nãoum processo bastante interessante, porque, não
só consegue especificar adequadamente o que-só consegue especificar adequadamente o que-
rosene de aviação rosene de aviação (QA(QAV), como V), como também produztambém produz
n-parafinas. Isto é conseguido por meio de uman-parafinas. Isto é conseguido por meio de uma
adsorção das cadeias lineares presentes no que-adsorção das cadeias lineares presentes no que-
rosene, através de sua passagem em fase gasosarosene, através de sua passagem em fase gasosanum leito de peneiras molecularenum leito de peneiras moleculares. O leito captu-s. O leito captu-
ra as n-parafinas, permitindo a ra as n-parafinas, permitindo a passagem dos de-passagem dos de-
mais compostos presentes no querosene. Maismais compostos presentes no querosene. Mais
tarde, numa outra etapa, os hidrocarbonettarde, numa outra etapa, os hidrocarbonetos ab-os ab-
sorvidos são removidos do leito com sorvidos são removidos do leito com auxílio deauxílio de
um diluente, separados deste, fracionados e es-um diluente, separados deste, fracionados e es-
tocados para o futuro envio à indústria petroquí-tocados para o futuro envio à indústria petroquí-
mica.mica.
A adsorção de n-parafinas, em face do gran-A adsorção de n-parafinas, em face do gran-
de número de equipamentos e da alta complexi-de número de equipamentos e da alta complexi-
dade, é uma unidade de elevado investimentodade, é uma unidade de elevado investimento
(US$ 100-150.000.000,00) e longo tempo para(US$ 100-150.000.000,00) e longo tempo para
retorno, não sendo de grande atratividade eco-retorno, não sendo de grande atratividade eco-nômica. Apenas quando existem fábricas consu-nômica. Apenas quando existem fábricas consu-
midoras das n-parafinas produzidas, colocadasmidoras das n-parafinas produzidas, colocadas
a preços aceitáveis, tal unidade pode ser econo-a preços aceitáveis, tal unidade pode ser econo-
micamente viável.micamente viável.
1.3.2 Processos de Conversão1.3.2 Processos de Conversão
Os processos de conversão são sempre deOs processos de conversão são sempre de
natureza química e visam transformar uma fraçãonatureza química e visam transformar uma fração
em outra(s), ou alterar prem outra(s), ou alterar profundamente a consti-ofundamente a consti-
tuição molecular de uma dada fração, de forma atuição molecular de uma dada fração, de forma a
melhorar sua qualidade, valorizando-a. Isto podemelhorar sua qualidade, valorizando-a. Isto pode
ser conseguido através de reações de quebra,ser conseguido através de reações de quebra,
reagrupamento ou reestruturação molecular.reagrupamento ou reestruturação molecular.
As reações específicas de cada processo sãoAs reações específicas de cada processo sãoconseguidas por ação conjugada de temperaturaconseguidas por ação conjugada de temperatura
e pressão sobre os cortes, sendo bastante fre-e pressão sobre os cortes, sendo bastante fre-
qüente também a presença de um agente promo-qüente também a presença de um agente promo-
tor de reação, denominado catalisador. Confor-tor de reação, denominado catalisador. Confor-
me a presença ou ausência deste agente, podeme a presença ou ausência deste agente, pode--
se classificar os processos de conversão em doisse classificar os processos de conversão em dois
subgrupos: catalíticos ou não catalíticos.subgrupos: catalíticos ou não catalíticos.
É importante ressaltar que, devido às altera-É importante ressaltar que, devido às altera-
ções químicas processadas, os produtos que saemções químicas processadas, os produtos que saem
desses processos, se misturados, nãodesses processos, se misturados, não
reconstituem a carga original.reconstituem a carga original.
Processos de conversão são, em geral, deProcessos de conversão são, em geral, de
elevada rentabilidade, principalmente quandoelevada rentabilidade, principalmente quando
transformam frações de baixo valor transformam frações de baixo valor comercialcomercial(gasóleos, resíduos) em outras de maiores valo-(gasóleos, resíduos) em outras de maiores valo-
res (GLPres (GLP, naftas, querosene, naftas, querosenes e diesel).s e diesel).
De forma similar aos processos de separa-De forma similar aos processos de separa-
ção, os de conversão apresentam, também comoção, os de conversão apresentam, também como
característicacaracterística, elevado , elevado investimentinvestimento para o para suassuas
implantações, no entanto principalmente os pro-implantações, no entanto principalmente os pro-
cessos de craqueamento térmico ou catalíticocessos de craqueamento térmico ou catalítico
apresentam curto tempo de retorno apresentam curto tempo de retorno do capitaldo capital
investido. Em alguns casos, o retorno do capitalinvestido. Em alguns casos, o retorno do capital
pode ocorrer em cerca de um ano apenas. Comopode ocorrer em cerca de um ano apenas. Como
exemplo destes processos, podem ser citados oexemplo destes processos, podem ser citados o
Craqueamento Catalítico, o Craqueamento Catalítico, o HidrocraqueamHidrocraqueamentoento
(Catalítico e Catalítico Brando), a Alcoilação, a(Catalítico e Catalítico Brando), a Alcoilação, a
Reformação e a Isomerização, todos catalíticos.Reformação e a Isomerização, todos catalíticos.Dentre os não catalíticos, podemos citar proces-Dentre os não catalíticos, podemos citar proces-
sos térmicos tais como: o Craqueamento Térmico,sos térmicos tais como: o Craqueamento Térmico,
a Va Viscorredução, o Coqueamiscorredução, o Coqueamento Retardado ouento Retardado ou
  
Processos de RefinoProcessos de Refino
1111
Fluido. Cabe ressaltar que a Alcoilação e a Fluido. Cabe ressaltar que a Alcoilação e a Re-Re-
formação são processos de síntese e rearranjoformação são processos de síntese e rearranjo
molecular, respectivamente, enquanto os outrosmolecular, respectivamente, enquanto os outros
exemplos aqui abordados são de craqueamento.exemplos aqui abordados são de craqueamento.
Cada um dos processos anteriormente cita-Cada um dos processos anteriormente cita-
dos será abordado a seguir, primeiramente, dedos será abordado a seguir, primeiramente, de
forma resumida e, posteriormente, em seção es-forma resumida e, posteriormente, em seção es-
pecífica, com maior riqueza de detalhes.pecífica, com maior riqueza de detalhes.
Craqueamento CatalíticoCraqueamento Catalítico
O craqueamento catalítico é um processo deO craqueamento catalítico é um processo de
quebra molecular. Sua carga é uma mistura dequebra molecular. Sua carga é uma mistura de
gasóleo de vácuo e óleo desasfaltado, que, sub-gasóleo de vácuo e óleo desasfaltado, que, sub-
metida a condições bastante severas em presen-metida a condições bastante severas em presen-
ça do catalisador, é transformada em várias ou-ça do catalisador, é transformada em várias ou-
tras frações mais leves, produzindo gás combus-tras frações mais leves, produzindo gás combus-
tível, gás liqüefeito, nafta, gasóleo leve (diesel detível, gás liqüefeito, nafta, gasóleo leve (diesel de
craqueamento) e gasóleo pesado de craqueamen-craqueamento) e gasóleo pesado de craqueamen-
to (óleo combustível). As reações produzem tam-to (óleo combustível). As reações produzem tam-
bém coque,que se deposita no catalisador e ébém coque, que se deposita no catalisador e é
queimado quando na regeneração desse último,queimado quando na regeneração desse último,
gerando gás de combustão, de alto conteúdogerando gás de combustão, de alto conteúdo
energético, usado na geração de vapor d’águaenergético, usado na geração de vapor d’água
de alta pressão.de alta pressão.
O processo surgiu um pouco antes da se-O processo surgiu um pouco antes da se-
gunda guerra mundial, tomando um notável im-gunda guerra mundial, tomando um notável im-
pulso com este conflito, em face à pulso com este conflito, em face à grande neces-grande neces-
sidade dos aliados em relação a suprimentos desidade dos aliados em relação a suprimentos de
gasolina e material petroquímico para suas tro-gasolina e material petroquímico para suas tro-
pas. Com o fim da guerra, o craqueamentopas. Com o fim da guerra, o craqueamento
catalítico firmou-se, devido, principalmente, àcatalítico firmou-se, devido, principalmente, à
produção de nafta, em maior quantidade, de me-produção de nafta, em maior quantidade, de me-
lhor qualidade e com custos de produção bem infe-lhor qualidade e com custos de produção bem infe-
riores aos outros processos existentes na época.riores aos outros processos existentes na época.
É um processo destinado, por excelência, àÉ um processo destinado, por excelência, à
produção de nafta de alta octanagem, o deriva-produção de nafta de alta octanagem, o deriva-
do que aparece em maior quantidade, de 50 ado que aparece em maior quantidade, de 50 a
65% do volume em relação à carga processada.65% do volume em relação à carga processada.
O segundo derivado em maior proporção é oO segundo derivado em maior proporção é o
GLPGLP, de 25 a 40 % do volume em re, de 25 a 40 % do volume em relação à car-lação à car-
ga. Em menores rendimentos, temos também oga. Em menores rendimentos, temos também o
óleo dieóleo diesel de sel de craqueamentcraqueamento (LCO), o o (LCO), o óleoóleo
combustível de craqueamento (óleo decantado/ combustível de craqueamento (óleo decantado/ 
clarificado), o gás combustível e o gás ácidoclarificado), o gás combustível e o gás ácido
(H(H22S). O coque gerado é S). O coque gerado é depositaddepositado no catali-o no catali-
sador e queimado na regeneração.sador e queimado na regeneração.
A grande necessidade nacional de produçãoA grande necessidade nacional de produção
de GLP e, de GLP e, principalmenprincipalmente, de gasolina até o te, de gasolina até o finalfinal
dos anos setenta, fez com que dos anos setenta, fez com que a PETROBRAS ins-a PETROBRAS ins-
talasse este processo em todas as suas refinarias.talasse este processo em todas as suas refinarias.
O craqueamento catalítico, também conhe-O craqueamento catalítico, também conhe-
cido como FCC (“Fluid catalytic cracking”), écido como FCC (“Fluid catalytic cracking”), é
um processo de grande versatilidade e um processo de grande versatilidade e de eleva-de eleva-
da rentabilidade no quadro atual do refino, em-da rentabilidade no quadro atual do refino, em-
bora seja também uma unidade de alto investi-bora seja também uma unidade de alto investi-
mento para sua implantação.mento para sua implantação.
HidrocraqueamHidrocraqueamento ento CatalíticoCatalítico
O hidrocraqueamento catalítico, tambémO hidrocraqueamento catalítico, também
conhecido como HCC (Hidrocatalytic cracking),conhecido como HCC (Hidrocatalytic cracking),
é um processo que consiste na quebra de molé-é um processo que consiste na quebra de molé-
culas existentes na carga de gasóleo por culas existentes na carga de gasóleo por açãoação
conjugada do catalisador, altas temperaturas e conjugada do catalisador, altas temperaturas e prespres--
sões, e presença de grandes volumes de hidrogênio.sões, e presença de grandes volumes de hidrogênio.
Ao mesmo tempo em que ocorrem as Ao mesmo tempo em que ocorrem as quebras, si-quebras, si-
multaneamente acontecem reações de hidrogenaçãomultaneamente acontecem reações de hidrogenação
do material produzido. É um processo que concorre,do material produzido. É um processo que concorre,
portanto, com o craqueamento catalítico fluido.portanto, com o craqueamento catalítico fluido.
O HCC surgiu na O HCC surgiu na década de cinqüenta, atin-década de cinqüenta, atin-
gindo seu apogeu no início dos anos setenta, pou-gindo seu apogeu no início dos anos setenta, pou-
co antes da crise do petróleo. Com o aumento doco antes da crise do petróleo. Com o aumento do
preço do óleo, de seus derivados, e do preço dopreço do óleo, de seus derivados, e do preço do
gás natural, principal matéria-prima para obtençãogás natural, principal matéria-prima para obtenção
do hidrogênio, este também teve seu preço extre-do hidrogênio, este também teve seu preço extre-
mamente elevado, afetando bastante a rentabilida-mamente elevado, afetando bastante a rentabilida-
de do processo. Isto fez com que houvessede do processo. Isto fez com que houvesse
retração na implantação de novas unidades, tantoretração na implantação de novas unidades, tanto
nos Estados Unidos, quanto nos demais países.nos Estados Unidos, quanto nos demais países.
A grande vantagem do hidrocraqueamento éA grande vantagem do hidrocraqueamento é
sua extrema versatilidade. Pode operar com car-sua extrema versatilidade. Pode operar com car-
gas que variam, desde nafta, até gasóleos pesadosgas que variam, desde nafta, até gasóleos pesadosou resíduos leves, maximizando a fração que ou resíduos leves, maximizando a fração que de-de-
sejar o refinador – desde gasolina, até gasóleo parasejar o refinador – desde gasolina, até gasóleo para
craqueamento – obviamente em função da carga.craqueamento – obviamente em função da carga.
Outra grande vantagem constatada é a qua-Outra grande vantagem constatada é a qua-
lidade das frações no que diz respeito a contami-lidade das frações no que diz respeito a contami-
nantes. Diante das severíssimas condições em quenantes. Diante das severíssimas condições em que
ocorrem as reações, praticamente todas as im-ocorrem as reações, praticamente todas as im-
purezas, como compostos de enxofre, nitrogê-purezas, como compostos de enxofre, nitrogê-
nio, oxigênio e metais, são radicalmente reduzi-nio, oxigênio e metais, são radicalmente reduzi-
das ou eliminadas dos produtos.das ou eliminadas dos produtos.
A desvantagem do processo consiste nas drás-A desvantagem do processo consiste nas drás-
ticas condições operacionais. Elevadas pressões eticas condições operacionais. Elevadas pressões e
temperaturas são usadas, o que temperaturas são usadas, o que obriga a utilizaçãoobriga a utilização
de equipamentos caros e de grande porte, com ele-de equipamentos caros e de grande porte, com ele-vado investimento, não só pelo que já foi exposto,vado investimento, não só pelo que já foi exposto,
mas também pela necessidade de implantação demas também pela necessidade de implantação de
uma grande unidade de geração de hidrogênio, cujouma grande unidade de geração de hidrogênio, cujo
consumo no processo é extremamente alto.consumo no processo é extremamente alto.
Nenhuma refinaria no país dispõe de umaNenhuma refinaria no país dispõe de uma
unidade HCC, porém existe a perspectiva de ins-unidade HCC, porém existe a perspectiva de ins-
talação futura de uma unidade desta na Refap,talação futura de uma unidade desta na Refap,
para o ano 2003, de modo a atender o para o ano 2003, de modo a atender o crescentecrescente
mercado de diesel na região sul.mercado de diesel na região sul.
Hidrocraqueamento Catalítico BrandoHidrocraqueamento Catalítico Brando
O hidrocraqueamento catalítico brando, tambémO hidrocraqueamento catalítico brando, também
conhecido como MHC (“Mild Hydrocraking”), de-conhecido como MHC (“Mild Hydrocraking”), de-
senvolvido durante a década de oitenta na França esenvolvido durante a década de oitenta na França enos Estados Unidos, é uma variante do HCC, nos Estados Unidos, é uma variante do HCC, ope-ope-
rando porém, em condições bem mais brrando porém, em condições bemmais brandas que oandas que o
anterior, principalmente em termos de pressão.anterior, principalmente em termos de pressão.
  
12 12 
Processos de RefinoProcessos de Refino
Sua grande vantagem é Sua grande vantagem é que, a partir de umque, a partir de uma carga cargaa
de gasólede gasóleo conveno convencional, é cional, é possível possível produzir produzir gran-gran-
des volumes de óleos diesel de des volumes de óleos diesel de excelente qualida-excelente qualida-
de, sem gerar de, sem gerar grandes quantidades de gasolina.grandes quantidades de gasolina.
Devido ao elevado consumo de diesel no BrDevido ao elevado consumo de diesel no Brasil easil e
à perspectiva de um aumento em sua à perspectiva de um aumento em sua demanda nodemanda no
final do século e anos seguintes, esta pode ser umafinal do século e anos seguintes, esta pode ser uma
alternativa interessante para o refino no país.alternativa interessante para o refino no país.
Embora seja um processo pouco mais bara-Embora seja um processo pouco mais bara-
to que o to que o HCC convencional, ainda assim suaHCC convencional, ainda assim suaconstrução requer volumosos investimentos (US$construção requer volumosos investimentos (US$
300–400.000.000,00)300–400.000.000,00), o que torna sua implan-, o que torna sua implan-
tação pouco viável economicamente na atual con-tação pouco viável economicamente na atual con-
 jun junturtura a brabrasilsileireira a de de refirefino. no. Há, Há, porporém, ém, a a hiphipóteóte--
se de instalação de uma unidade como esta nase de instalação de uma unidade como esta na
Replan após o ano 2000, também parReplan após o ano 2000, também para o atendi-a o atendi-
mento da demanda de diesel da região sudeste.mento da demanda de diesel da região sudeste.
Alcoilação CatalíticaAlcoilação Catalítica
A alcoilação catalítica ou alquilação, consisteA alcoilação catalítica ou alquilação, consiste
na junção de duas moléculas leves para a na junção de duas moléculas leves para a forma-forma-
ção de uma terceira de maior peso molecular, rea-ção de uma terceira de maior peso molecular, rea-
ção esta catalisada por um agente de forte ção esta catalisada por um agente de forte carátercaráter
ácido. Na indústria do petróleo, esta rota ácido. Na indústria do petróleo, esta rota é usadaé usadapara produção de gasolina de para produção de gasolina de alta octanagem aalta octanagem a
partir de componentes de gás liqüefeito de petró-partir de componentes de gás liqüefeito de petró-
leo, utilizando-se como catalisador HF (ácidoleo, utilizando-se como catalisador HF (ácido
fluorídrico) ou Hfluorídrico) ou H22SOSO44 (ácido sulfúrico). (ácido sulfúrico).
Além da gasolina de alquilação, seu princi-Além da gasolina de alquilação, seu princi-
pal produto, a unidade gera em menor quantida-pal produto, a unidade gera em menor quantida-
de nafta pesada, propano e n-de nafta pesada, propano e n-butano de alta pu-butano de alta pu-
reza. A primeira é endereçada ao “pool” de ga-reza. A primeira é endereçada ao “pool” de ga-
solina comum, enquanto os gases podem ser ven-solina comum, enquanto os gases podem ser ven-
didos separadamente para usos especiais, ou serdidos separadamente para usos especiais, ou ser
incorporados ao “pool” de GLP da refinaria. Oincorporados ao “pool” de GLP da refinaria. O
produto alquilado vai para a produção de produto alquilado vai para a produção de gasoli-gasoli-
na automotiva de alta octanagem ou para a na automotiva de alta octanagem ou para a gera-gera-
ção de gasolina de aviação.ção de gasolina de aviação.Em petroquímica, a alquilação é largamenteEm petroquímica, a alquilação é largamente
utilizada para a geração de intermediários de gran-utilizada para a geração de intermediários de gran-
de importância, tais como o de importância, tais como o etil-benzeno (produetil-benzeno (produ--
ção de estireno), o isopropil-benzeno (produçãoção de estireno), o isopropil-benzeno (produção
de fenol e acetona) e o dodecil-benzeno (produ-de fenol e acetona) e o dodecil-benzeno (produ-
ção de detergente).ção de detergente).
No que se refere à produção de gasolina deNo que se refere à produção de gasolina de
alta octanagem, este é um processo largamentealta octanagem, este é um processo largamente
utilizado em países onde a demanda por gasolinautilizado em países onde a demanda por gasolina
é elevada e, é claré elevada e, é claro, haja disponibilido, haja disponibilidade do GLPade do GLP,,
matéria-prima essencial ao processo. Nessa si-matéria-prima essencial ao processo. Nessa si-
tuação, são destacados os Estados Unidos, otuação, são destacados os Estados Unidos, o
Canadá e o México. Há também unidades des-Canadá e o México. Há também unidades des-
sas construídas na Europa Ocidental e no Japão,sas construídas na Europa Ocidental e no Japão,embora em muito menor proporção.embora em muito menor proporção.
No Brasil, apenas uma No Brasil, apenas uma pequena unidade, lo-pequena unidade, lo-
calizada na RPBC (Cubatão) e conhecida comocalizada na RPBC (Cubatão) e conhecida como
U-GAU-GAVV, supre as nec, supre as necessidadessidades do país em reles do país em rela-a-
ção à gasolina de aviação.ção à gasolina de aviação.
O investimento para a implantação de unida-O investimento para a implantação de unida-
des desse tipo situa-se entre US$ 30.000.000,00des desse tipo situa-se entre US$ 30.000.000,00
e US$ 60.000.000,00, em fe US$ 60.000.000,00, em função do porte e daunção do porte e da
tecnologia utilizada.tecnologia utilizada.
Reformação CatalíticaReformação Catalítica
 A reformação catalítica ou reforma, como é A reformação catalítica ou reforma, como é
mais conhecida, tem por objetivo principal trans-mais conhecida, tem por objetivo principal trans-
formar uma nafta de destilação dirformar uma nafta de destilação direta, rica em hi-eta, rica em hi-
drocarbonetos parafínicos, em uma outra, rica drocarbonetos parafínicos, em uma outra, rica emem
hidrocarbonetos aromáticos. É um processo dehidrocarbonetos aromáticos. É um processo de
aromatização de compostos parafínicos e naftê-aromatização de compostos parafínicos e naftê-
nicos, visando a produção de gasolina de altanicos, visando a produção de gasolina de alta
octanagem ou a produção de aromáticos levesoctanagem ou a produção de aromáticos leves
(benzeno, tolueno e xilenos) para posterior gera-(benzeno, tolueno e xilenos) para posterior gera-
ção de compostos petroquímicos.ção de compostos petroquímicos.
O catalisador utilizado é constituído de umO catalisador utilizado é constituído de um
suporte de alumina, impregnado do elemento ati-suporte de alumina, impregnado do elemento ati-
vo de natureza metálica, geralmente Platina asso-vo de natureza metálica, geralmente Platina asso-
ciada a um ou dois outros elementos de transi-ciada a um ou dois outros elementos de transi-
ção, Rênio, Ródio ou Germânio. Embora a quan-ção, Rênio, Ródio ou Germânio. Embora a quan-
tidade dos elementos citados na composição dotidade dos elementos citados na composição docatalisador seja bem baixa (1,0% em massa nocatalisador seja bem baixa (1,0% em massa no
máximo), devido ao preço desses metais, o cus-máximo), devido ao preço desses metais, o cus-
to do catalisador é extremamente alto.to do catalisador é extremamente alto.
O principal produto do processo é a naftaO principal produto do processo é a nafta
de reforma, porém, outras fde reforma, porém, outras frações são geradasrações são geradas
em menores quantidades, tais como gás liqüefeito,em menores quantidades, tais como gás liqüefeito,
gás combustível, gás ácido e uma corrente ricagás combustível, gás ácido e uma corrente rica
em hidrogênio. Esta última pode ser usada emem hidrogênio. Esta última pode ser usada em
unidades de hidrotratamento que não necessitemunidades de hidrotratamento que não necessitem
de grandes vazões e de elevadas purezas de Hde grandes vazões e de elevadas purezas de H22..
A reforma surgiu no início da 2.ª GuerraA reforma surgiu no início da 2.ª Guerra
Mundial, tendo se desenvolvido muito nos anosMundial,tendo se desenvolvido muito nos anos
cinqüenta, quando, ao lado do craqueamentocinqüenta, quando, ao lado do craqueamento
catalítico, era a principal geradora de gasolina decatalítico, era a principal geradora de gasolina dealta octanagem. Entretanto, o crescimento da in-alta octanagem. Entretanto, o crescimento da in-
dústria petroquímicdústria petroquímica, tendo a nafta como sua prin-a, tendo a nafta como sua prin-
cipal matéria-prima, fez com que o preço dessacipal matéria-prima, fez com que o preço dessa
fração aumentasse bastante, aproximando-sefração aumentasse bastante, aproximando-se
muito do preço final da gasolina, afetando sobre-muito do preço final da gasolina, afetando sobre-
maneira a rentabilidade do processo. Hoje estemaneira a rentabilidade do processo. Hoje este
processo não é mais considerado como interes-processo não é mais considerado como interes-
sante economicamente para a produção de ga-sante economicamente para a produção de ga-
solina.solina.
TTal raciocínio não vale, poral raciocínio não vale, porém, se o objetivoém, se o objetivo
final é a produção de aromáticos puros (BTXs).final é a produção de aromáticos puros (BTXs).
Os preços destes no mercado mundial são emOs preços destes no mercado mundial são em
média o dobro do preço da nafta petroquímica,média o dobro do preço da nafta petroquímica,
o que torna a o que torna a reforma catalítica extremamereforma catalítica extremamententerentável nessa situação.rentável nessa situação.
Este processo é largamente empregado nosEste processo é largamente empregado nos
Estados Unidos, Canadá e Estados Unidos, Canadá e Europa Ocidental,Europa Ocidental,
  
Processos de RefinoProcessos de Refino
113 3 
constituiu-se nesta última durante muito tempoconstituiu-se nesta última durante muito tempo
como a principal rota para a prcomo a principal rota para a produção de gasoli-odução de gasoli-
na de alta octanagem, superando até mesmo ona de alta octanagem, superando até mesmo o
craqueamento catalítico. Hoje, com o progressi-craqueamento catalítico. Hoje, com o progressi-
vo aumento do uso do gás natural na vo aumento do uso do gás natural na Europa eEuropa e
com o conseqüente deslocamento do óleo com-com o conseqüente deslocamento do óleo com-
bustível, implementa-se o uso do FCC. Boa par-bustível, implementa-se o uso do FCC. Boa par-
te das unidades de reforma opera te das unidades de reforma opera atualmente naatualmente na
produção de aromáticos e muito menos à produção de aromáticos e muito menos à produ-produ-
ção de gasolina.ção de gasolina.A restrição ambiental que limita o teor mA restrição ambiental que limita o teor máxi-áxi-
mo de aromáticos presente na gasolina poderámo de aromáticos presente na gasolina poderá
fazer com que a nafta reformadfazer com que a nafta reformada seja banida aosa seja banida aos
poucos da constituição do “pool” daquele pro-poucos da constituição do “pool” daquele pro-
duto, ficando sua operação destinada quase queduto, ficando sua operação destinada quase que
exclusivamente à produção de aromáticos. Istoexclusivamente à produção de aromáticos. Isto
 já  já ocoocorre rre em em muimuitas tas refirefinarnarias ias nornorte-te-ameamericricanaanas.s.
TTemos cinco unidades de Refoemos cinco unidades de Reforma Catalíti-rma Catalíti-
ca instaladas no Brasil. Duas delas instaladas nosca instaladas no Brasil. Duas delas instaladas nos
anos sessenta em refinarias da PETROBRASanos sessenta em refinarias da PETROBRAS
(Reduc e RPBC). A primeir(Reduc e RPBC). A primeira opera ainda para aa opera ainda para a
produção de gasolina, enquanto, a segunda pro-produção de gasolina, enquanto, a segunda pro-
duz aromáticos.duz aromáticos.
Além dessas, a Petrobras tem duas unida-Além dessas, a Petrobras tem duas unida-
des de grande porte instaladas em centrais pe-des de grande porte instaladas em centrais pe-
troquímicas (Petroquímica União e COPENE)troquímicas (Petroquímica União e COPENE)
que produzem aromáticos. A quinta unidade, deque produzem aromáticos. A quinta unidade, de
pequeno porte, está na Refinaria de Manguinhos,pequeno porte, está na Refinaria de Manguinhos,
para a produção de para a produção de gasolina.gasolina.
O investimento necessário para a implan-O investimento necessário para a implan-
tação de uma reforma pode oscilar entretação de uma reforma pode oscilar entre
US$ 40.000.000,00 e US$ US$ 40.000.000,00 e US$ 80.000.000,0080.000.000,00..
Craqueamento TérmicoCraqueamento Térmico
O craqueamento térmico é o mais antigo dosO craqueamento térmico é o mais antigo dos
processos de conversão, surgindo logo após oprocessos de conversão, surgindo logo após o
advento da destilação. Seu aparecimento data doadvento da destilação. Seu aparecimento data doinício do século XX, tendo uma importância rele-início do século XX, tendo uma importância rele-
vante até o início dos vante até o início dos anos cinqüenta, quandoanos cinqüenta, quando
entrou em obsolescência, deslocado pelo craque-entrou em obsolescência, deslocado pelo craque-
amento catalítico.amento catalítico.
TTem por em por finalidade quebrar moléculas pre-finalidade quebrar moléculas pre-
sentes no gasóleo de vácuo ou no resíduo atmos-sentes no gasóleo de vácuo ou no resíduo atmos-
férico, por meio de elevadas temperaturas e pres-férico, por meio de elevadas temperaturas e pres-
sões, visando obter-se principalmente gasolina esões, visando obter-se principalmente gasolina e
GLPGLP. Gera também, . Gera também, como subprodutos, gás com-como subprodutos, gás com-
bustível, óleo leve (diesel de craqueamento) e óleobustível, óleo leve (diesel de craqueamento) e óleo
residual, além da formação de coque.residual, além da formação de coque.
Este, por sinal é o principal problema do Este, por sinal é o principal problema do pro-pro-
cesso, porque, como o coque não é removidocesso, porque, como o coque não é removido
continuamente dos equipamentos, acaba sendocontinuamente dos equipamentos, acaba sendo
acumulado, o que acumulado, o que provoca entupimentos obrigan-provoca entupimentos obrigan-
do assim a freqüentes paradas para descoqueifi-do assim a freqüentes paradas para descoqueifi-
cação, reduzindo em muito o fator operacional.cação, reduzindo em muito o fator operacional.
A PETROBRAS teve uma unidade de cra-A PETROBRAS teve uma unidade de cra-
queamento térmico instalada na RPBC, quequeamento térmico instalada na RPBC, que
craqueava, simultaneamente, resíduo atmosféri-craqueava, simultaneamente, resíduo atmosféri-
co e nafta. Sua operação iniciou-se em 1955,co e nafta. Sua operação iniciou-se em 1955,
sendo paralisada em 1971, quando entrou emsendo paralisada em 1971, quando entrou em
operação o craqueamento catalítico. Suas insta-operação o craqueamento catalítico. Suas insta-
lações foram aproveitadas, sendo ela transforma-lações foram aproveitadas, sendo ela transforma-
da em unidade de da em unidade de destilação atmosféricadestilação atmosférica, consti-, consti-
tuindo-se hoje na U-N.tuindo-se hoje na U-N.
ViscorreduçãoViscorredução
A viscorredução é um processo desenvolvi-A viscorredução é um processo desenvolvi-
do por volta dos anos trinta, seguindo a linha dodo por volta dos anos trinta, seguindo a linha do
craqueamento térmicocraqueamento térmico. O objetivo é a . O objetivo é a reduçãoredução
da viscosidade de um resíduo, que será usadoda viscosidade de um resíduo, que será usado
como óleo combustível, por meio da quebra decomo óleo combustível, por meio da quebra de
suas moléculas mais pesadas, através da açãosuas moléculas mais pesadas, através da ação
térmica.térmica.
Para que isso ocorra sem que haja uma ex-Para que isso ocorra sem que haja uma ex-
cessiva formação de coque, uma vez que a cargacessiva formação de coque, uma vez que a carga
é um resíduo, as condições operacionaié um resíduo, as condições operacionais são sen-s são sen-
sivelmente mais brandas que as existentes no sivelmente mais brandas que as existentes no cra-cra-
queamento térmico convencional.queamento térmico convencional.
Em função da

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