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CULTURA DA CANA-DE-AÇÚCAR (Saccharum spp.) 
Prof. Carlos Alexandre Costa Crusciol 
Sites: 
 
www.udop.com.br 
 
www.unica.com.br 
 
www.iac-centrodecana.sp.gov 
 
www.embrapa.br 
 
 
http://www.udop.com.br/
http://www.unica.com.br/
http://www.iac-centrodecana.sp.gov/
http://www.iac-centrodecana.sp.gov/
http://www.iac-centrodecana.sp.gov/
http://www.embrapa.br/
1. ORIGEM 
Sudeste da Ásia e Índia Ocidental 
 Ilhas do Arquipélago da Polinésia 
Expansão (8000 a.C): Nova Guiné 
 
 - Ilhas Fiji e Taiti (Leste) 
 - Malásia e Índia (Oeste) 
 - Filipinas e China (Noroeste) 
 Árabes: 
 - região do Mediterrâneo 
Portugueses e Espanhóis: 
 - Ilha de Cabo Verde 
 - Ilhas Canárias 
 - Ilha da Madeira 
 - Ilha de São Tomé 
 - África Ocidental 
 América (1493): 2ª expedição de 
Cristóvão Colombo. 
 - Região das Antilhas (Santo 
Domingo) 
 - Cuba 
 - México 
 - Peru 
• Durante 100 anos (1480 a 1580): 
 atividades políticas e econômicas 
portugueses e 
espanhóis 
Brasil (1502): Martin Afonso de 
Souza 
 - provenientes da Ilha da Madeira 
-1532  1° engenho de cana-de-
açúcar no Brasil 
 
Capitania de São Vicente 
 
“Engenho do Senhor Governador” 
“São Jorge de Erasmo” 
 
 - 1538  BA - 1622  MA 
 - 1575  AL - 1730  MT 
 - 1579  PB - 1878  AC 
 - 1615  Planalto Paulista 
 (Itu) 
 
FONTE: CESNIK & MIOCQUE (2004). 
1933: Getúlio Vargas  Instituto do 
Açúcar e do Álcool (IAA) 
 - administração da produção 
 - preço fixo/ton. de cana 
 - volume X para exportação 
FATOS IMPORTANTES: 
 1975: Proálcool 
 - reduzir a dependência de energia 
 -amenizar os problemas da 
balança comercial 
 - aumentar a renda interna, etc. 
 
 1985:  venda de automóveis a 
álcool 
 Década de 90: crise e extinção do 
Proálcool e do IAA 
 
 1993: Lei n° 8.732 
 - mistura de álcool anidro como 
aditivo da gasolina 
 - faixa de 20 a 25% 
 
 2003: Projeto Genoma da Cana-de-
Açúcar 
 
FONTE: CESNIK & MIOCQUE (2004). 
 Brasil: principal país produtor de 
cana-de-açúcar 
CANA-DE-AÇÚCAR 
açúcar álcool 
alimentação 
animal 
Aguardente 
 
Caldo de cana 
100% Colmo 
Fibra 
(9-16%) 
Celulose 
Hemicelulose 
Lignina 
Pentosanas 
Caldo 
(84-91% 
Água (75-82%) 
Sólidos Solúveis 
(5-18%) 
COMPONENTES QUÍMICOS E 
TECNOLÓGICOS DA CANA-DE-AÇÚCAR 
FONTE: STUPIELLO (1987). 
PRODUTOS E SUBPRODUTOS 
 Álcool e Açúcar (Aguardente, 
caldo de cana e forragem) 
 Palhiço (fonte E) 
 Bagaço (fonte E) 
 Torta de filtro – 20 a 40 kg/ton. 
cana 
 Melaço – 40 a 60 kg/ton. de cana 
 Levedura – 2,5 kg/100 L de álcool 
 Vinhaça – 12 a 13 L/L de álcool 
*** Observações: 
1 ha de cana-de-açúcar = 60 barris de 
petróleo. 
Cana-de-açúcar – PRODUÇÃO BRASILEIRA (*) 
toneladas 
Regiões 2010/11 2011/12 2012/13** 
NORTE 1.278.400 2.529.300 3.116.800 
NORDESTE 62.079.600 62.896.700 62.978.100 
SUDESTE 423.799.500 362.089.900 382.386.400 
SUL 43.403.100 40.614.600 41.024.000 
C. OESTE 93.344.700 92.233.600 107.124.500 
BRASIL 623.905.300 560.364.100 596.629.800 
* Os dados referem a produção de cana destinada às usinas de açúcar e álcool. 
** Previsão em Agosto/2012. 
Fonte: Ministério da Agricultura – Depto. do Açúcar e do Álcool até 2006/07 após CONAB. 
AGRIANUAL 2013 
AGRIANUAL 2013 
Cana-de-açúcar - PRODUÇÕES MUNDIAIS 
Países 2005 2006 2007 2008 2009 2010 
Produção (Mil ton) 1.321.501 1.422.110 1.620.593 1.734.088 1.668.021 1.685.445 
Brasil 422.957 477.411 549.707 645.300 672.157 719.157 
Índia 237.088 281.172 355.520 348.188 285.029 277.750 
China 87.578 93.306 113.732 124.918 116.251 111.454 
Tailândia 49.586 47.658 64.366 73.502 66.816 68.808 
México 51.646 50.676 52.089 51.107 49.493 50.422 
Paquistão 47.244 44.666 54.742 63.920 50.045 49.373 
Filipinas 31.400 31.550 32.000 34.000 32.500 34.000 
Austrália 37.822 37.128 36.397 32.621 30.284 31.457 
Argentina 24.400 26.450 29.950 30.000 29.000 29.000 
Indonésia 29.300 29.200 25.300 26.000 26.500 26.500 
Outros 302.480 302.893 306.791 304.533 309.945 287.524 
 
Fonte: FAO 
Cana-de-açúcar - ÁREAS MUNDIAIS 
Países 2005 2006 2007 2008 2009 2010 
Área Colhida (Mil ton) 19.862.408 20.731.821 22.821.659 24.174.675 23.735.892 23.815.177 
Brasil 5.805.520 6.355.500 7.08.920 8.140.090 8.420.000 9.080.770 
Índia 3.661.500 4.201.100 5.150.000 5.055.200 1.707.582 4.200.000 
China 1.365.777 1.388.980 1.596.643 1.754.020 932.465 1.695.228 
Tailândia 1.035.230 942.396 986.220 1.029.260 1.029.400 977.956 
Paquistão 966.400 907.300 1.029.000 1.241.300 710.565 942.800 
México 669.781 679.936 690.441 669.231 434.700 703.943 
Cuba 517.200 397.100 329.500 380.300 420.000 431.400 
Indonésia 382.083 396.441 404.653 415.578 420.000 420.000 
Austrália 433.953 415.000 408.624 380.543 391.291 405.000 
Filipinas 368.944 392.280 382.956 397.991 404.00 362.834 
Outros 4.656.020 4.655.788 4.762.702 4.711.162 4.762.449 4.595.246 
Fonte: FAO 
AGRIANUAL 2013 
Cana-de-açúcar – EXPORTAÇÕES MUNDIAIS toneladas 
Países 2008 2009 2010 2011 
Exportações 23.203.581 25.290.696 28.073.509 27.921.524 
Brasil 13.624.578 17.925.543 20.938.704 20.152.914 
Tailândia 2.977.767 2.348.116 2.074.999 4.122.135 
Guatemala 1.297.406 1.591.296 1.742.078 1.288.211 
Filipinas 211.417 247.406 73.698 580.915 
El Salvador 269.945 270.363 314.397 276.118 
México 366.214 344.281 229.757 274.384 
Nicaragua 129.346 102.303 209.073 186.137 
França 101.062 104.345 181.933 146.457 
África do Sul 462.278 631.373 204.213 128.769 
Colômbia 102.990,0 265.329,0 172.003 113.362 
Outros 3.660.578 1.460.341 1.932.384 652.122 
Fonte: GTIS 
AGRIANUAL 2013 
Cana-de-açúcar – IMPORTAÇÕES MUNDIAIS toneladas 
Países 2008 2009 2010 2011 
Importações 19.080.747 21.396.795 24.005.080 24.551.053 
China 530.176 916.738 1.564.794 2.564.423 
Indonésia 380.225 1.276.443 1.191.481 2.305.032 
Estados Unidos 1.697.677,0 1.765.160,0 2.022.574 2.174.009 
Rússia 2.417.610 1.251.564 2.072.601 2.091.630 
Malásia 1.452.023 1.561.143 1.702.283 1.777.745 
Coréia do Sul 1.614.808 1.645.741 1.635.640 1.627.091 
Algeria 774.808 811.724 1.002.410 1.346.695 
Japão 1.396.218 1.293.681 1.101.820 1.309.765 
Canadá 1.282.142 1.019.105 1.109.961 1.128.659 
Irã 0 970.263 1.804.613 988.433 
Outros 7.535.060 8.885.233 8.796.903 7.237.571 
Fonte: GTIS 
AGRIANUAL 2013 
O pequeno intervalo entre a produção global de açúcar e o consumo 
Produção global de açúcar em 2013/14 é estimada em 175 milhões toneladas, quase um recorde, com o 
crescimento no Brasil e na Tailândia que vem compensando a acentuada baixa produção na Índia. Os preços 
internacionais do açúcar bruto estão em níveis não vistos em quase três anos, com preços menos de metade 
do mais alto, visto em fevereiro de 2011. Os preços baixos são esperados para estimular o consumo mundial 
e comércio, com previsão de exportações de 4% superior aos 59 milhões de toneladas. 
Foreign Agricultural Service 
May 2013 
Foreign Agricultural Service 
May 2013 
Foreign Agricultural Service 
May 2013 Açúcar Mundial 
Maio
2013/14
Brasil 31.850 36.400 38.350 36.150 38.600 40.400
Índia 15.950 20.637 26.574 28.620 27.430 25.320
UE-27 14.014 16.687 16.699 18.110 15.623 15.940
China 13.317 11.429 11.199 12.341 13.977 14.005
Tailândia 7.200 6.930 9.663 10.235 9.900 10.500
Estados Unidos 6.833 7.224 7.104 7.700 8.179 7.787
Mexico 5.260 5.115 5.495 5.351 6.588 6.240
Russia 3.481 3.444 2.996 5.545 5.000 4.900
Austrália 4.814 4.700 3.700 3.733 4.247 4.540
Paquistão 3.512 3.420 3.920 4.520 4.670 4.540
Guatemala 2.381 2.340 2.048 2.499 2.600 2.600
Filipinas 2.150 1.800 2.520 2.400 2.450 2.500
Colombia 2.277 2.294 2.280 2.270 2.210 2.400
Argentina 2.420 2.230 2.030 2.150 2.300 2.350
Turquia 2.1 2.530 2.274 2.262 2.128 2.200
África do Sul 2.350 2.265 1.985 1.897 2.020 2.175
Indonésia 2.053 1.910 1.770 1.830 1.970 2.080
Egito 1.612 1.820 1.830 1.980 2.000 2.020Ucrania 1.71 1.382 1.540 2.300 2.100 1.700
Cuba 1.340 1.250 1.150 1.400 1.600 1.600
Outros 17.390 17.596 17.796 18.685 18.876 19.011
Total 144.014 153.403 161.923 171.978 174.468 174.853
 PRODUÇÃO toneladas, valores brutos
Países 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13
Foreign Agricultural Service 
May 2013 
Maio
2013/14
Índia 23.500 22.500 23.000 24.500 25.500 26.000
UE-27 16.760 17.400 17.800 18.000 18.100 18.100
China 14.500 14.300 14.000 14.200 15.400 16.604
Brasil 11.650 11.800 12.000 11.500 11.200 11.260
Estados Unidos 9.473 9.861 10.171 10.042 10.342 10.487
Russia 5.500 5.700 5.523 5.700 5.500 5.700
Indonésia 4.500 4.700 5.000 5.050 5.130 5.200
México 5.293 4.615 4.142 4.288 4.452 4.516
Paquistão 4.175 4.100 4.250 4.300 4.400 4.500
Egito 2.748 2.629 2.800 2.850 2.840 2.820
Outros 55.389 55.842 55.549 58.304 60.739 62.160
Total 153.488 153.447 154.235 158.734 163.603 167.347
Países 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13
 CONSUMO HUMANO DOMINANTE toneladas, valores brutos
Foreign Agricultural Service 
May 2013 
Maio
2013/14
UE-27 3.180 2.561 3.755 3.410 3.800 3.800
Indonésia 2.197 3.200 3.082 3.027 3.565 3.700
Estados Unidos 2.796 3.010 3.391 3.294 2.633 3.119
Emirados Árabes 1.490 2.100 1.969 2.154 2.580 2.700
China 1.077 1.535 2.143 4.430 2.800 2.600
Argeria 1.159 1.260 1.193 1.594 1.942 2.000
Malasia 1.504 1.527 1.813 1.720 1.850 1.900
Coreia 1.687 1.617 1.688 1.668 1.780 1.820
Irã 973 1.643 1.292 1.079 1.703 1.806
Nigéria 1.250 1.400 1.399 1.450 1.500 1.600
Bangladesh 1.315 1.361 1.537 1.700 1.528 1.150
Índia 1.358 2.431 405 188 1.300 1.500
Arábia Saudita 1.432 989 986 1.486 1.432 1.450
Japão 1.279 1.199 1.331 1.230 1.162 1.215
Egito 1.382 978 1.120 1.480 1.050 1.200
Canadá 1.255 1.114 1.135 1.103 1.167 1.195
Marrocos 990 762 891 936 1.005 1.050
Iraque 382 315 435 918 1.020 1.035
Russia 2.150 2.223 2.510 510 700 1.030
Venezuela 579 800 850 800 850 850
Outros 13.661 16.109 16.023 14.725 14.559 15.186
Total 41.927 46.857 47.769 48.477 49.496 52.305
Países 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13
 Importações toneladas, valores brutos
Foreign Agricultural Service 
May 2013 
Maio
2013/14
Brasil 21.550 24.300 25.800 24.650 27.650 29.300
Tailândia 5.295 4.930 6.642 7.898 8.000 8.500
Austrália 3.522 3.600 2.750 2.800 3.100 3.400
Guatemala 1.654 1.815 1.544 1.162 1.640 1.655
México 1.378 751 1.557 985 1.715 1.610
UE-27 1.332 2.647 1.113 2.348 1.500 1.500
Colômbia 585 870 830 876 820 880
Cuba 727 538 577 815 840 850
Emirados Árabes 874 673 1.228 935 665 750
Índia 224 225 9.007 9.288 5500 600
Outros 8.634 8.557 9.007 9.288 10.456 10.146
Total 45.775 49.906 54.951 55.971 56.936 59.191
Países 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13
 Exportações toneladas, valores brutos
 
REGIÃO 
ÁREA (Em mil ha) PRODUTIVIDADE (Em Kg/ha) PRODUÇÃO (Em mil t) 
Safra 
2012/13 
Safra 
2013/14 
VAR.% Safra 
2012/13 
Safra 
2013/14 
VAR.% Safra 
2012/13 
Safra 
2013/14 
VAR.% 
NORTE 41.990 51.000 21.50 70.432 72.551 3.01 2.957,4 3.700,1 25.10 
NORDESTE 1.083,220 1.060,660 (2.10) 48.903 51.119 4.50 52.972,2 54.219,7 2.40 
CENTRO-
OESTE 
1.504,110 1.667,170 10.80 70.474 72.523 2.91 106.001,3 120.907,5 14.10 
SUDESTE 5.243,290 5.398,490 3.00 73.852 79.337 7.40 387.228,3 428.298,5 10.60 
SUL 612.390 621.830 1.50 64.920 72.190 11.20 39.756,4 44.890,1 12.90 
NORTE/NORDESTE 1.125,210 1.111,660 (1.20) 49.706 52.102 4.80 55.929,7 57.919,8 3.60 
CENTRO-SUL 7.359,790 7.687,490 4.50 72.419 77.281 6.70 532.968,0 594.096,1 11.50 
BRASIL 8.485.000 8.799,150 3.70 69.407 74.100 6.80 588.915,7 652.015,9 10.70 
PRODUTOS DA INDÚSTRIA SUCROALCOOLEIRA 
COMPARATIVOS DE ÁREA, PRODUTIVIDADE E PRODUÇÃO 
SAFRAS 2012/13 e 2013/14 
FONTE: CONAB – 2º Levantamento: agosto de 2013. 
PRODUTOS DA INDÚSTRIA SUCROALCOOLEIRA 
ESTIMATIVA DE PRODUÇÃO E DESTINAÇÃO 
Safra 2013/14 
 
REGIÃO 
INDÚSTRIA SUCROALCOOLEIRA 
TOTAL AÇÚCAR ETANOL 
NORTE 3.700,1 498.8 3.201,3 
NORDESTE 54.219,7 33.034,5 21.185,2 
CENTRO-OESTE 120.907,5 33.905,1 87.002,4 
SUDESTE 428.298,5 218.120,8 210.177,7 
SUL 44.890,1 26.654,3 18.235,8 
NORTE/NORDESTE 57.919,8 33.533,3 24.386,5 
CENTRO-SUL 594.096,1 278.680,1 315.416,0 
BRASIL 652.015,9 312.213,5 339.802,4 
Em 1.000 toneladas 
FONTE: CONAB – 2º Levantamento: agosto de 2013. 
Fonte: Klein, 2010 
Fonte: Klein, 2010 
Fonte: Klein, 2010 
2. CLASSIFICAÇÃO BOTÂNICA 
Divisão: Embryophyta siphogama 
 Subdivisão: Angiospermae 
 Classe: Monocotyledoneae 
 Ordem: Glumiflorae 
 Família: Gramineae 
 Tribo: Andropogoneae 
 Subtribo: Sacchareae 
 Gênero: Saccharum 
 Espécies: Saccharum barberi J. 
 S. edule H. 
 S. officinarum L . 
 S. robustum J. 
 S. sinensis (Roxb) J. 
 S. spontaneum L. 
Em nível comercial  Saccharum spp. 
 Raízes 
 - sistema fasciculado 
 - profundidade: 4,0 m 
 - >>> concentrações: 50 cm 
 
3. DESCRIÇÃO DA PLANTA 
Algumas formas de nódios. 
Nó – cicatriz foliar, primórdios radiculares e 
gema. 
primórdios radiculares: nutrindo o rebendo por 
aproximadamente 30 dias, período de formação do 
seu sistema radicular, vindo depois a morrer. 
Fig. 1. Aparecimento das raízes da cana-de-açúcar. 
Foto: Raffaella Rossetto. 
- 3 tipos de raízes: 
a – sustentação ou fixação (primeiras raízes) 
b – superficiais – função de absorção 
c – cordões (podem chegar a garndes 
profundidades – 4,0 m) 
 
OBS.: quanto maior a profundidade do sistema 
radicular e volume de raiz - maior volume de 
solo explorado e resistência a seca – maior 
longevidade do canavial 
 
Cana planta X cana soca – cana soca possui 
maior volume de raízes (mais pontos de 
emissão), mas mais superficial e menos 
vigorosas. 
- Importante: a cada corte/colheita (ciclo), um 
novo sistema radicular é formado (renovação), e 
cada vez é mais superficial. 
 
- há variação na proporção entre raízes vivas e 
mortas durante o ano (perído de colheita – mais 
raízes mortas). 
 
- Fatores que influenciam no desenvolvimento 
radicular: 
 - variedade 
 - umidade do solo (cuidado com época de plantio da 
cana – relação parte aérea/volume de raíz) 
 - porosidade 
 - densidade do solo 
 - nutrientes 
Fonte: 
Beauclair/
ESALQ 
 Rizomas 
 
 - nódios 
 - internódios 
 - gemas 
 
Gemas  perfilhos – touceiras 
• Rizomas  brotação (cana-planta) 
 rebrota (cana-soca) 
Rizomas de cana-de-açúcar. 
 Colmo 
 - parte acima do solo 
 - sustentação de folhas e panícula 
 - nódios e internódios 
 -porte: 
 *ereto 
 *semi-ereto 
 *decumbente 
 - entouceiramento: 
 *fraco 
 *médio 
 *forte 
 - capitel: 
 *ralo 
 * médio 
 *fechado 
rrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr
rrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr 
Detalhe do capitel. Detalhe do capitel. 
 Nódio (nó ou região nodal) 
 - descrição de variedades 
 - constituição: gema, anel de 
crescimento, cicatriz foliar e a zona 
radicular 
 Internódio (entrenó) 
 - situada entre dois nódios 
 - forma: cilíndrica, carretel, 
conoidal, obconoidal, tumescente ou 
em barril 
 - Ø: fino (< 2 cm), médio (2 a 3 
cm), grosso (> 3 cm) 
 
 - polpa: branca, verde creme ou 
castanha 
 - casca: amarelo ao vermelho 
 
 
Algumas formas de nódios. 
Tipos de internódios 
FONTE: ADAPATADA DE ARTSCHWAGER (1954). 
 Folhas 
 - ligadas ao colmo 
 - duas fileiras alternadas 
 - lâmina foliar, bainha e colar 
(identificação botânica) 
 
Fonte: 
Beauclair/
ESALQ 
Fonte: Beauclair/ESALQ 
 Inflorescência 
 - gema apical do colmo  gema 
floral  panícula 
 - panícula aberta (flor, bandeira ou 
flecha) 
 - eixo principal (raque)  
ramificações 2ªs e 3as 
 - ramificações espiguetas (flor) 
 Flor 
 - hermafrodita 
 
 Fruto 
 - cariopse (maioria das gramíneas) 
 - dimensões: 1,5 x 0,5 mm 
 
Fonte: Beauclair/ESALQ 
 Pêlos 
 
 - identificação das variedades 
 - agrupados nas costas da bainha 
e no colar 
FONTE: CESNIK & MIOCQUE (2004). 
Inflorescência da cana-de-açúcar. 
Pêlos encontrados nas folhas. 
3. ECOFISIOLOGIA: 
Cana-de-açúcar: 
 Cultivada latitudade 35ºN a 30ºS 
 Altitude desde o nível do mar até 1000 m 
 Crescimento regulado por um complexo conjunto de 
fatores internos e externos 
3.1. GERMINAÇÃO DE SEMENTES: Melhoramento 
  TºC < 20ºC (germinação lenta) 
  Aumento progressivo até um ótimo de 30ºC 
  Luz (germinação no escuro) 
  Água – embebição da semente (processos de respiração e 
translocação  enzimático 
 
3.2. BROTAÇÃO DOS TOLETES 
 Propagação vegetativa – toletes nós e entrenós) – colmos com 
dominância apical da gema do ápice sobre as gemas laterais (balanço 
de reguladores vegetais – aunxinas/citocininas 
3.2.1. FATORES QUE INFLUEM NA BROTAÇÃO 
 A) TEMPERATURA 
  Diferenças com relação às variedades 
  Tº ≤ 10ºC – gemas não brotam e sofrem injúrias 
  Brotação e n.º de colmos industrializáveis/toceiras – ótimo 
em TºC entre 30 e 33ºC (27 – 32ºC) 
  Tº ≤ 21ºC – brotação muito lenta 
 
B) TEOR DE ÁGUA E AERAÇÃO DO SOLO 
  Estresse hídrico – falta ou excesso – prejudica 
 - ▼aeração ▲ respiração 
  Melhor – 0 atm 
 
C) VARIEDADE 
  Gama de variedades (híbridos ou clones) – comportamento diferencial na 
brotação. 
  Brotação de toletes e da soca – diferencial – variedades com boa 
brotação de toletes nem sempre tem boa brotação de soca e vice-versa. 
 
D) PRESENÇA DA BAINHA - PALHA: 
  Obstáculo mecânico do contato gema/solo (água) bem como 
isolante à condutividade térmica do solo para a gema. 
  Retirada da palha (variedades com palha acarrada) – processo 
oneroso e moroso 
* solução - ▲ população de gemas / m de sulco. 
 
 
E) OUTROS FATORES 
  N.º de gemas e idade do tolete – mudas novas (até 10 meses) não há 
necessidade de “picar” porém se a muda for + velha tal processo melhora a 
brotação pela quebra da dominância apical  usual é a utilização de 15 gemas 
ou + por metro de sulco (“pé com ponta”). 
 Usual: utilizar toletes oriundos de colmos em bom estado nutricional 
 Intervalo entre o corte da muda e distribuição no sulco – armazenamento – 
perda de peso dos colmos. 
  Maiores prejuízos no armazenamento – gemas do meio e da base. 
 Toletes menores – plantio mais rápido. 
  Toletes maiores – plantio + tardio (até uma semana). 
 No sulco de plantio – cobertura com terra o + rápido possível. 
3.3. SISTEMA RADICULAR 
 
 
  Trabalho difícil e criterioso: mobilização do solo e separação das 
raízes. 
  Técnicas agronômicas: sistema de preparo do solo, espaçamento, 
aplicação de fertilizantes e corretivos, cultivo, drenagem, irrigação, 
controle de erosão, culturas intercaladas e outros. 
 
3.3.1. CANA – PLANTA 
  Logo após o plantio: 
 - primeiras raízes de fixação, originadas dos primórdios radiculares 
situados na zona radicular do tolete. 
 - 30 dias de sustentação às custas das reservas de nutrientes contidas no 
tolete + suprimento de água e nutrientes absorvidos. 
  Após 30 dias: 
 - desenvolvimento das raízes dos perfilhos primários, secundários e assim 
sucessivamente. 
 - cana-planta passa a depender exclusivamente das raízes dos perfilhos. 
 - dependendo do tipo de solo: 3 tipos de raízes podem ser diferenciadas 
com variação do crescimento em profundidade. 
 - raízes superficiais absorventes 
 - raízes de fixação e absorventes 
 - raízes de cordões 
3.3.2. SOCAS 
  Corte dos colmos: 
 - brotação das socas e formação de um novo sistema radicular 
 
  Algumas raízes vivas no período após o corte: 
 - são importantes para a “alimentação” do rebento na fase incial, 
até que produza seu próprio sistema radicular. 
 
  As raízes da cana soca são + superficiais (ciclo da planta + curto). 
 - Varia com o solo, tráfego de máquinas e brotação mais próxima 
a superfície do solo. 
 
  Sistema radicular da cana soca; 
 - depende do tipo de solo, variedade, espaçamento e manejo que 
será dado a cultura e ao solo 
3.3.3. DISTRIBUIÇÃO QUANTITATIVA NO SOLO 
  85% do sistema radicular ativo até 60 cm de profundidade: 
 - manejo de irrigação, calagem e adubação e métodos culturais. 
 
  Distribuição do sistema radicular 
 - variável com o tipo de solo, variedade e época de amostragem. 
 
3.3.4. FATORES QUE INFLUEM NO DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA 
RADICULAR 
 A) VARIEDADE 
  O volume do sistema radicular não reflete em alta produtividade e 
qualidade industrial – isso depende da somatória de muitas características. 
  Variedades com sistema radicular vigoroso terão: 
 - maior capacidade de adaptação em condições de solo de baixo nível 
de água ou baixa fertilidade 
 - maior tolerância à incidência de pragas e doenças no solo. 
 B) TEOR DE ÁGUA NO SOLO 
  Solo + seco: aprofundamento do sistema radicular 
  Textura do solo: permeabilidade e retenção de água 
 
 * IMPORTANTE: época de plantio (cana de ano e cana de ano e ½) 
 
 
 
 
 
 C) POROSIDADE DO SOLO 
  Drenagem: oxigênio para as raízes (valores superiores a 10%) 
 
 
 
 
 D) DENSIDADE DO SOLO 
  Adensamento e compactação: ▼ desenvolvimento do sistema 
radicular (textura do solo x capacidade de retenção de água x resistência a 
penetração x variedade). 
 
 E) NUTRIENTES 
  Ca e P - mais importantes: 
 - melhor desenvolvimento do sistema radicular. 
 
  Al3+ - encurtamento e engrossamento das raízes com menor 
ramificação e menor volume de solo explorado. 
 - tolerância varia com a variedade 
 S. officinarum + tolerante 
 S. spontaneum + sensíveis 
 
3.3. PERFILHAMENTO 
  Gramíneas: brotação das gemas - rebentos - novos rebentos (perfilhos) 
  Perfilhamento: subterrâneo, variável - tipo de solo, manejo e variedade 
  Perfilhos: gemas dos toletes – maternas ou primárias – secundárias … 
  Perfilhamento: touceira – densa, média e frouxa. 
3.3.1. FATORES QUE INFLUEM NO PERFILHAMENTO 
 
 A) VARIEDADE 
 Saccharum officinarum L. – baixo perfilhamento 
 Saccharum spontaneum L. – alto perfilhamento 
 
 B) LUMINOSIDADE E TEMPERATURA 
 
  Intensidade x duração: brotação proporcional a intensidade de luz 
 
  Luminosidade e fotoperíodo: alteram o perfilhamento – atuam na 
produção de auxinas. 
 
  Dominância apical: síntese de auxina no ápice do colmo, que por sua 
vez promove a biossíntese de enzimas específicas que atuam na degradação de 
polissacarídeos específicos de parede celular na haste, produzindo 
oligossacarídeos que são inibidores das gemas laterais. Quebrada a domiância 
apical – perfilhamento. 
 
  Dias Curtos – perfilhamento diminuido ou cessado dependendo do grau 
de manifiestação de luminosidade. 
 
 
  TºC ótima para perfilhamento – 30ºC. 
 C) NUTRIENTES E TEOR DE ÁGUA NO SOLO 
  N e P – fluxo de massa e difusão, altamente dependente de água no 
contato ion/raiz. 
 
  Conteúdo de água no solo: comportamento semelhante ao crescimento 
radicular e perfilhamento. 
 
 D) ESPAÇAMENTO 
  Quantidade de gemas por m linear: consenso de 15 p/ > produção 
  Espaçamento: compensação - ▲n.º de colmos ▼ peso e vice-versa 
 
 E) ACAMAMENTO 
  Ventos: acamamento – quebra da dominância apical 
 - maior perfilhamento 
  Grau de acamamento: brotos próximos à base do colmo que por serem 
tardios - ▼teor de sacarose e menor valor da matéria prima final. 
3.4. CRESCIMENTO DAS PARTES AÉREAS 
  Cana-de-açúcar: alta eficiência na conversão de energia radiante em 
energia química com taxas fotossintéticas calculadas em até 100 mg CO2 dm
-2 de 
áreafoliar/hora. 
 
  Alta eficiência fotossintética: não correlaciona-se diretamente com a 
elevada produção de biomassa. 
 
  Mais importante: IAF x ciclo de crescimento – elavadas produções 
acumuladas de matéria seca. 
 
  Taxa fotossintética: varia com a idade das folhas – folhas recém 
expandidas atingem valores característicos de plantas C4 e folhas + velhas e 
muito jovens realizam fotossíntese em taxas semelhantes às plantas C3. 
3.4.1. CICLO, ACÚMULO DE MATÉRIA SECA DOS COLMOS E FOLHAS E IAF 
 
  Cana-de-ano (12 meses): 
 - plantada set/out/novembro: máximo desenvolvimento de nov-dez/abr 
diminui do após este mês devido ao clima. Colheita à partir de agosto/setembro 
(dependendo da variedade) 
 
 
  Cana-de-ano e meio (18 meses): 
 - plantada em a partir de final de janeiro até final de abril: crescimento 
restrito, nulo ou mesmo negativo - clima maio/setembro. Maior crescimento: 
out/abril, com pico máximo de nov/abril. Pode ser colhida a partir de maio. 
 
  Cana-de-inverno (12 meses) 
 - plantada em a partir nos meses de junho, julho e agosto (período seco): 
na maioria da vezes necessita de irrigação. Maior crescimento de outubro a maio, 
com pico máximo de nov/abril. Pode ser colhida a partir de final de junho. 
3.4.1. CICLO, ACÚMULO DE MATÉRIA SECA DOS COLMOS E FOLHAS E IAF 
 
 
  INDICE DE AREA FOLIAR - IAF 
 - máximo valor é alcançado em plantas com 6 meses de idade – 
paralelamente o n.º máximo de colmos é obtido aos 5 meses de idade. 
 - ▲IAF - ▲produção de sacarose (desde que não haja sombreamento 
foliar). 
 - No máximo desenvolvimento: IAF é 7x > da área de solo ocupada. 
 - IAF = 4 - intercepta 95% da radiação foliar. O IAF varia de 2 a 8 
 - depende da variedade, local e espaçamento 
 
3.4.2. FATORES QUE INFLUENCIAM O CRESCIMENTO DAS PARTES 
AÉREAS 
 
 A) VARIEDADE 
  Maturação: ciclo precoce, médio e tardio. 
  Diferente: ciclo vegetativo para a produção de biomassa – no início da 
safra, variedade precoce com relação à maturação, pode produzir menos 
biomassa / área que uma variedade tardia. 
 
 B) LUMINOSIDADE 
  C4 – alta taxa de saturação luminosa: fotossíntese varia com a 
variedade. 
  Intensidade luminosa deficiente: colmos longos, finos, folhas menores e 
mais delgadas - ▼produção de MS. 
  Regiões tropicais e subtropicais: crescimento vigoroso, verão (DL). 
  Comprimento do colmo: aumenta com o comprimento do dia. 
 (10-14 h luz) e reduzido em 16 e 18 h luz 
 C) TEMPERATURA 
  Comprimento, diâmetro e n.º de entrenós aumentam com 
temperaturas > 20ºC, sendo que a 25ºC como média mensal 
  T ≥ 38ºC - ▼fotossíntese e ▲ respiração (consumo de sacarose) 
  Frio não muito intenso 
  Folhas com “mancha – de – frio” 
  Ocorre em todo o talhão sempre na mesma altura e em todas as 
touceiras, assim como “mancha – de – calor” 
 
 D) GEADAS 
•Região centro – sul 
 a) BRANCA 
  Orvalho congelado, resultante da sublimação do vapor d’ água próximo 
a superfície, quando o ponto de orvalho (TºC na qual umidade relativa atinge 
100%) está abaixo de 0ºC 
 
 B) NEGRA 
  UR ar e a TºC cair abaixo de 0ºC (acima do ponto de orvalho), ocorre 
aparecimento de tecido vegetal escuro 
 
 * Áreas declivosas, vales 
  Efeitos da geada são mais prejudiciais na ausência de ventos, maior 
esfriamento de solos, menor radiação solar e ar frio mais denso que se acumula. 
 
 * Parte superior da planta 
  Mais susceptível 
  Mais longe do solo (absorve menos calor) 
 *Danos causados dependem 
  Valor das TºC baixas 
  Duração da TºC + baixa 
  TºC após a geada 
E) CONDIÇÕES HÍDRICAS: KOPFLER (1989) 
 A)- Apta 
  Condições térmicas e hídricas satisfatórias para cana – de - açúcar 
  Tº média anual >20ºC e deficiência hídrica anual inferior a 200mm 
 B) Marginal por restrição térmica 
  Temperatura entre 16 a 20ºC, Tº mês de julho acima de 14ºC e 
defiência hídrica abaixo de 200mm 
 C) Marginal por restrições hídricas 
  Justificando irrigações suplementares: temperatura ≥ 18ºC e DH entre 
200 a 400 mm 
 D) Marginal e inapta por falta de estação de repouso por frio ou por seca 
  Temperatura > 24ºC e DH anual nula 
 E) Inapta por insuficiência hídrica 
  DH anual > 400mm 
 F) Inapta por carência térmica ou geadas excessivas 
  T < 18ºC e Tº média de julho inferior a 14ºC 
 * Necessidade de água 
  Depende da planta (idade e AF) 
  Variação de genótipos x cultivo 
 
*Scardua (1969) 
  Consumo de água: 
 * Cana planta 
  máximo = 4,5mm/dia 
  minimo = 2,3mm/dia 
  médio = 3,3mm/dia 
* Cana soca 
•4,4mm/dia 
•2,2mm/dia 
•3,2mm/dia 
3.5. INFLORESCÊNCIA: 
 *Panícula ou flecha ou bandeira 
  Tamanho, cor e floração dependente da variedade 
 *Origem 
  Gema apical (raquis é o prolongamento do último entrenó do ápice) 
 Eixos secundários  terciários: diminuindo as ramificações de baixo 
pra cima (aspecto piramidal) 
 *Ramificações 
  Espiguetas (pares), cada espigueta com 1 flor 
 
 3.6.1) FORAMAÇÃO DA INFLORESCÊNCIA: 
  Dectação de período que ocorre estímulo para modificação do 
meristema apical 
 
 *Clone, clima, local e mudanças nos últimos anos agrícolas 
  Hemisfério sul  estímulo: FEV/MAR/ABR  crescimento: 
ABR/MAI/JUN 
 *Período de indução 
  18 a 21 dias 
*CLEMENTS & AWADA (1965) 
 
  Emissão de 4 a 5 semanas 
  Abertura das flores, formato de frutos e maturação de 2 a 3 semanas 
3.5.2) FATORES QUE INFLUEM NO FLORESCIMENTO 
 A) Fotoperíodo: 
  Controvérsio:  PDC ou intermediários para florescimento 
  Consenso:  Período de escuro de 11h e 30 minutos até o máximo de 
12 h no período de indução floral 
 
 B) Temperatura 
 *Variabilidade do índice de florescimento  SP 
 *PEREIRA (1985)  Tº noturnas < 18ºC por 5 dias consecutivos não afetam o 
florescimento, mas 10 noites prejudicam e mais de 10 noites inibiram 
completamente 
SP  período termofotoindutivo  25/02 – 20/03 
 
 C) LATITUDE: 
 
*Efeito no florescimento 
  Comprimento das noites por indução e a medida que se afasta do 
Equador, além do comprimento das noites, também a duração das noites 
indutoras e a temperatura 
 
 D) ÁGUA 
*Período seco  na época de indução ↓ índice de florescimento 
*Irrigação 
3.5.3) EFEITO DO FLORESCIMENTO NA PLANTA E QUALIDADE DA MATÉRIA 
PRIMA: 
*Florescimento 
  Um dos principais problemas agronômicos da cultura 
  Varia em função do dia e da variação genética 
*Problemas com florescimento 
  Perdas em tonelada de cana e teor de sacarose na colheita 
(isoporização) 
*Fatores que afetam as perdas pelo florescimento 
- Idade da cultura no período de florescimento 
  Cana – de – açúcar (12 meses) 
  Florescimento em julho 
  ↓Possibildade de formação de mais entrenós nos meses de 
SET/OUT/NOV (colheita) 
  Cana de ano e meio (18 meses) 
  Prejuízos menores pois esta pode ser colhida mais no ínicio da 
safra 
 
B) Condições climáticas após florescimento 
  ↓TºC  nas florescidas perdem menos água 
  ↑ Conservação e menores perdas qualitativas 
C) Secamento do ápice 
  Inadequada brotação lateral e deterioração da matéria prima 
(perda de água e processo de deterioração da sacarose) 
 
D) Desenvolvimento de brotação no ápice 
  ↓Reserva do colmo pela queda da dominância apical, posterior 
brotamentoE) Grau de isoporização 
  Teor de sacarose do tecido isoporizado é semelhante ao não 
isoporizado, porém a extração do açúcar deste tecido requer processos 
industriais diferentes dos utilizados hoje (moendas) 
  Varia de acordo com a variedade  alguns entrenós até o colmo 
todo 
 
3.5.4. CONTROLE DE FLORESCIMENTO 
*Usar variedade que não floresçam ou pouco floríferas 
*Variedades que florescem  aplicação de reguladores vegetais: 
 
  ETHEFON (ETREL)  Maturador com ação inibidora do 
florescimento, entretanto, leva á senescência da planta  retarda o 
crescimento dos entre nós  aplicado antes da iniciação floral, inibe o 
florescimento e estimula a brotação da soqueira 
  FLUAZIFOP – BUTIL (FUSILADE)  Herbicida (absorção foliar) 
que causa necrose da gema apical e interfere na produção de ATP  
inversão da sacarose 
  GLIPHOSATE (ROUNDUP)  Herbicida em baixas concentrações 
(300ml/ha)  maturador 
  Cortar a irrigação 3 meses antes da iniciação floral 
  Florescimento em julho 
  Adubação N 
 
3.6. BIOSSÍNTESE, TRANSLOCAÇÃO E ACÚMULO E SACAROSE: 
 3.6.1. BIOSSÍNTESE: 
  Plantas C4 (melhor desempenho fotossintético que C3)  enzima 
específica CO2  PEP 
  Fontes (folhas)  sacarose (frutose+glicose) dreno 
armazenamento (colmo)  dreno consumo (meristemas) 
*Parâmetros ambientais: 
  Luz (intensidade e qualidade) 
  [CO2] 
  Disponibilidade de água 
  Nutrientes 
  TºC 
 
*Fotossíntese: 
  Linear com aumento de irradiância, entre 0,2 a 0,6 cal/cm2/min  
saturação acima de 0,9 cal/cm2/min 
 
Fixação do CO2 
fotossíntese 
(mesofilo) 
1º composto 
ácido oxalacético 
(mesofilo) 
Cloroplasto 
(mesofilo) 
Reduzido 
a malato 
(mesofilo) 
Descarboxilação pela enz. malato 
desidrogenase 
(mesofilo) 
Ciclo 
Calvin – Benson 
(bainha) 
Produção 
hexose 
(Metabolismo C4) 
Biossíntese 
Castro e Kluge (2001) 
Descarboxilação 
enz. PEPcarboxiquinase 
(mesofilo) 
Respiração 
Armazenamento 
Fotossíntese 
Biossíntese 
Taiz e Zeiger (2004) 
3.6.2. TRANSLOCAÇÃO 
A) Movimento da bainha para o colmo: 
 *Fotossintetizados 
  Nervura principal até a bainha (v = 2,5 cm/min)  velocidade 
tende a diminuir em folhas mais velhas  com influência de TºC, luz, 
disponibilidade de água e nutrientes (K) 
 
B) Movimento no colmo: 
*Gramínea 
  Não há separação entre xilema/floema  fácil translocação 
 
*Fotossintatos da bainha vão: 
  Nós 
  Base do colmo 
  Raízes e folhas jovens e rebentos tecidos meristemáticos 
 
SACAROSE 
É MAIS NEUTRA PARA SER TRANSLOCADA! 
A GLICOSE É MAIS REATIVA! 
Translocação 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Saccharose.png
3.6.3. ACÚMULO DE SACAROSE: 
*Colmo 
  Reservatório (maturação) 
  Entrenós imaturos  fibrosos com [⇧] hexoses e [⇩] sacarose 
  Cana madura: todos os entrenós com [ ] semelhante de sacarose com 
⇩ taxa de crescimento (falta de água e ⇩ TºC) 
  Maturação: condições com ⇩ TºC (10 - 20ºC), ⇩ teor de água no solo e ⇧ 
luminosidade. 
  Produto final da fotossíntese: sacarose – neutra para translocação 
(xilema/floema), ao contrário da glicose que é bastante reativa. 
  Acúmulo de sacarose: vacúolos das células – regulado por 
reguladores vegetais (auxinas) e invertases. 
  Tecidos imaturos: [⇧] invertases – hexoses usadas nos processos 
respiratórios, glicólises, síntese de aas, proteínas, lípideos e outros compostos 
orgânicos. 
  Tecidos adultos: invertase ácida com atividade quase nula (pH = 7,0) – 
acúmulo de sacarose.

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