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22/02/2019 1 Suinocultura Luciano Hauschild Departamento de Zootecnia Luciano.hauschild@unesp.br Jaboticabal, 2019 Revisão • Origem do suíno; • Evolução da produção mundial de suínos; • Evolução da produção brasileira de suínos. 2 1 2 22/02/2019 2 Sistemas de Produção na Suinocultura Jaboticabal, 2018 Objetivos aula • Descrever sistemas de produção • Modelos de produção • Suinocultura no Agronegócio 4 3 4 22/02/2019 3 • Conceito de Sistema: a maneira como se organiza a produção • Brasil: Diversidade modelos de produção • Manejo • Fluxo de produção • Instalações e equipamentos Sistemas de produção de suínos 5 • A produção de suínos pode ser classificada de acordo com o grau de controle da produção em extensiva e intensiva. Sistemas de produção de suínos 6 5 6 22/02/2019 4 7 Sistemas de produção de suínos Sistema extensivo • Extrativista e de subsistência; • Presença de animais com alta porcentagem de gordura; • Criações de baixo índice de produtividade; • Não há separação dos animais de acordo com a fase. 8 7 8 22/02/2019 5 Sistema extensivo • Instalações rústicas; • Alimentação baseada em restos de cultura; • Não há controle técnico sobre a criação. 9 10 9 10 22/02/2019 6 11 Sistema extensivo https://youtu.be/zWQz_AEGoTA 12 Sistema extensivo 11 12 22/02/2019 7 13 Sistema extensivo Sistema intensivo • Presença de animais com bom rendimento de carcaça; • Existe um controle técnico sobre a criação; • Existe separação dos animais de acordo com a fase. 14 13 14 22/02/2019 8 Sistema intensivo • Viabilidade econômica e produtividade; • Investimentos; • Condições controladas de genética, nutrição, instalações e sanidade; • Confinados ou ao ar livre. 15 CONFINADOS 16 15 16 22/02/2019 9 • Foto gestação 17 18 17 18 22/02/2019 10 19 Sistema intensivo confinado 20 19 20 22/02/2019 11 21 22 21 22 22/02/2019 12 • A produção de suínos também pode ser classificada pelo tipo de vínculo de produção como independente, integrada ou cooperativa, com diferente distribuição e predominância de acordo com a região do país. Sistemas de produção de suínos 23 • Os sistemas de produção podem ser classificados quanto a localização dos sítios de produção em ciclo completo (único sítio de produção), dois, três e quatro sítios. Sistemas de produção de suínos 24 23 24 22/02/2019 13 • Engloba todas as fases da produção; • Mesma propriedade comtempla desde a chegada de leitoas destinadas à reprodução até o fim da terminação. Ciclo completo 25 • A produção será realizada em dois locais independentes; • Primeiro sítio: Leitoas e Matrizes para reprodução, fase de maternidade e creche; • Segundo sítio: Crescimento e terminação. Sistema de dois sítios 26 25 26 22/02/2019 14 • A produção será realizada em três locais independentes; • Primeiro sítio: Leitoas e Matrizes para reprodução e fase de maternidade; • Segundo sítio: Creche; • Terceiro sítio: Crescimento e terminação. Sistema de três sítios 27 • Semelhante ao sistema de três sítios; • Primeiro sítio: Leitoas de reposição são alojadas e preparadas, onde é feito todo o manejo necessário e, com 35 a 40 dias após a cobertura, se comprovada a prenhez são enviadas para o sítio seguinte. • Segundo sítio: Matrizes para reprodução e fase de maternidade; • Terceiro sítio: Creche; • Quarto sítio: Crescimento e terminação. Sistema de quatro sítios 28 27 28 22/02/2019 15 Modelos de produção de suínos 29 CICLO COMPLETO (CC) – todas as fases de produção em local geográfico único. Instalações em ciclo contínuo com vazio sanitário por sala. • Foto 30 29 30 22/02/2019 16 Modelos de produção de suínos 31 UNIDADE PRODUTORA DE LEITÕES (UPL) – UPLs de grande ou pequeno porte com creche em ciclo contínuo com vazio sanitário por sala. UNIDADE DE TERMINADOS (UT) – UT com origens únicas ou múltiplas de leitões para crescimento e terminação, com ciclo contínuo e vazio sanitário por sala ou “all in, all out” Modelos de produção de suínos 32 UNIDADE PRODUTORA DE LEITÕES DESMAMADOS (UPD) – UPDs de grande ou pequeno porte com vazio sanitário por sala. UNIDADE DE TERMINADOS (UT) – UT com origens únicas ou múltiplas de leitões para crescimento e terminação, com ciclo contínuo e vazio sanitário por sala ou “all in, all out” CRECHÁRIO – creche com origens únicas ou múltiplas de leitões, com ciclo contínuo e vazio sanitário por sala ou “all in, all out” 31 32 22/02/2019 17 Modelos de produção de suínos 33 UNIDADE PRODUTORA DE LEITÕES DESMAMADOS (UPD) – UPDs de grande ou pequeno porte com vazio sanitário por sala. UNIDADE DE TERMINADOS (UT) – UT com origens únicas ou múltiplas de leitões para crescimento e terminação, com ciclo contínuo e vazio sanitário por sala ou “all in, all out” CRECHÁRIO – creche com origens únicas ou múltiplas de leitões, com ciclo contínuo e vazio sanitário por sala ou “all in, all out” SÍTIO PARA LEITOAS – as leitoas podem ser entregues aos sítios de reprodução preparas para inseminação ou gestantes Unidade produtora de leitões - UPL • Comum em integrações e cooperativas; • Necessita de mão-de-obra especializada; • Instalações adequadas. 34 33 34 22/02/2019 18 • Vantagens: • Melhor controle sanitário do rebanho; • Programação de parições para vendas; • Rápido retorno de capital; • Menor quantidade de dejetos. 35 Unidade produtora de leitões - UPL • Desvantagens: • Mercado e preço do leitão são instáveis; • Produto “inacabado” sendo necessário escoamento da produção. 36 Unidade produtora de leitões - UPL 35 36 22/02/2019 19 Unidade de terminação - UT • Somente as fases de crescimento e terminação; • Aquisição de animal com ± 27 kg; • Até a terminação – 100 kg; • Menor necessidade de gerenciamento; • Habilidade para compra e venda de animais. 37 • Vantagens: • Retorno econômico é rápido; • Facilidade de manejo; • 1 homem: 1000 animais; • Mão-de-obra menos exigente; • Não necessita de rebanho de reprodução; • Facilidade de interrupção de atividade. 38 Unidade de terminação - UT 37 38 22/02/2019 20 • Desvantagens: • Preço do leitão é variável; • Problemas sanitários (aquisição de leitões de granjas diferentes); • Grande volume de dejetos (problema?) 39 Unidade de terminação - UT Ciclo completo – CC • Rebanho permanente com todas as categorias: • Matrizes e reprodutores; • Leitões lactentes; • Leitões nas fases de creche, crescimento e terminação 40 39 40 22/02/2019 21 • Vantagens: • Possibilidade de melhor controle sanitário do rebanho; • Custo com reprodutores é distribuído entre o grande número de animais. 41 Ciclo completo – CC • Desvantagens: • Alto capital inicial; • Controle rigoroso na reprodução; • Necessidade de seleção rigorosa de marrãs; • Grande volume de dejetos. 42 Ciclo completo – CC 41 42 22/02/2019 22 • A decisão sobre o melhor sistema de produção a ser implantado depende de um conjunto de variáveis; • Biosseguridade regional; • Escala de produção; • Perfil dos produtores; • Logística e viabilidade operacional; 43 Qual o melhor? • Fundamental considerar fatores indispensáveis como: • Recursos ambientais; • Mão de obra; • Disponibilidade de tecnologias; • Avaliação de custos. 44 Qual o melhor? 43 44 22/02/2019 23 45 Divisão do trabalho e eficiência econômica Divisão de tarefas Eficiência econômica AGRONEGÓCIO 46 Principais operações técnicas dissociáveis na Cadeia Produtiva Agroindustrial (CPA) da carne suína e seus derivados 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1. Genética de reprodutores e matrizes (GR) 2. Preparação de marrãs e primeira prenhez 3. Fabricação e transporte de ração 4. Criação de matrizes e produção de leitões (UPL) 5. Terminação (UT) 6. Abate e processamento 7. Embalagem e rotulagem 8. Distribuição para o mercado interno 9. Varejo 10.Exportação 45 46 22/02/2019 24 47 Peculiaridades dosprodutos agroindustriais Demanda Oferta Consumo Produção carne • Desafio: conciliar uma demanda de produtos relativamente estável por parte dos consumidores com uma oferta de produtos de natureza instável por parte dos produtores. 48 Peculiaridades dos produtos agroindustriais Custo de produção e de transação 47 48 22/02/2019 25 • Na etapa de produção nas granjas: • Produzir com menor custo; • Buscar melhores índices de eficiência alimentar; • Maiores índices de produtividade animal; • Redução das perdas por mortalidade; • Garantia de maiores desfrutes. 49 Levando para cadeia produtiva da carne suína • Na distribuição: • Garantir fluxos de informações precisas e eficazes; • Redução dos custos com operações e armazenagem. 50 Levando para cadeia produtiva da carne suína Estratégias empresarias e governança Formalização de contratos entre as partes Minimizar a incerteza e o oportunismo 49 50 22/02/2019 26 • Garantia de fornecimento da matéria-prima em quantidade e qualidade desejadas; • Contratos e de programas de fomento pecuário; • Padronização e estabilidade da matéria-prima; • Permitem a transferência de riscos entre os diversos segmentos; 51 Estratégias empresariais e de governança INTEGRAÇÃO • Produção não integrada com predominância para sistema em ciclo completo; • Mercado spot e supply contracts; • Predominante na região sudeste e centro-oeste do Brasil. 52 Produtores independentes 51 52 22/02/2019 27 • Responsabilidades do produtor (todas): • Compra de todos os animais; • Compra de ingredientes ou ração; • Compra de medicamentos; • Busca por tecnologias/aperfeiçoamentos; • Manejo de dejetos; • Venda dos animais; • Alto grau de gerênciamento. 53 Arranjo organizacional da CPA da carne suína com produtores independentes • Esse tipo de vínculo representa maior risco para o suinocultor, principalmente pela falta de garantia de escoamento da produção. • No entanto, permite obter maior remuneração, principalmente em períodos de mercado aquecido. 54 Arranjo organizacional da CPA da carne suína com produtores independentes 53 54 22/02/2019 28 Arranjo organizacional da CPA da carne suína com produtores independentes • Os suinocultores se relacionam com as empresas de genética mantendo, em geral, alguma fidelidade as linhagens dos fornecedores; • Empresas de insumos da mesma forma; • Análise de custo/benefício; • Sem exclusividade; • Podendo haver ou não contratos com empresas de genética ou de nutrição. 55 56 55 56 22/02/2019 29 Arranjo organizacional da CPA da carne suína com produtores integrados • Forma predominante de organização da produção no Brasil; • Abrange quase 2/3 dos estabelecimentos suinícolas, mais da metade dos abates e a maioria das empresas e cooperativas agroindustriais; • Existem três tipos básicos: • Contrato de compra e venda (geralmente com UPLs); • Contrato de parceria (UTs); • Contrato de comodato (UPLs). 57 Arranjo organizacional da CPA da carne suína com produtores integrados • Investimentos em instalações; • Equipamentos; • Água; • Energia; • Manutenção; • Tratamento de dejetos; • Mão de obra. 58 Responsabilidade financeiro do produtor: 57 58 22/02/2019 30 Arranjo organizacional da CPA da carne suína com produtores integrados • Contrato de compra e venda: • Criação de matrizes e produção de leitões; • O suinocultor responsável por aquisição da genética; • E esses animais pertencem a ele. 59 Arranjo organizacional da CPA da carne suína com produtores integrados 60 Nos três tipos de contrato a integradora é responsável por fornecer a ração para alimentar os animais 59 60 22/02/2019 31 61 Cria os animais Suínos 62 61 62 22/02/2019 32 63 64 63 64 22/02/2019 33 65 Ração – 70% Capital de depreciação e mão de obra – 74% Suinocultor independente • Mercado especulativo; • “Tomador de risco”; • Preços voláteis >>rentabilidade instável; • Crise>>redução produtores 66 65 66 22/02/2019 34 Suinocultor integrado • Menor influência de mercado; • Os custos estáveis; • Variabilidade rentabilidade entre produtores. 67 Suinocultor integrado • Garantia escoamento da produção; • Riscos >> integradoras; • Acesso a assistência técnica, novas tecnologias e financiamento agrícola. • Produtor: prestador de serviços. 68 67 68 22/02/2019 35 69 Trabalho • Escolha um sistema de produção da suinocultura (um, dois, três ou quatro sítios) e elabore um croqui com o modelo de produção escolhido (CC, UPL, UPD, UT, SL), coloque todas as informações necessárias para cada sítio do sistema de produção escolhido, bem como suas vantagens e desvantagens. • Em seguida, caracterize o seu sistema de produção de acordo com o arranjo organizacional da CPA da carne suína, inserindo todas as informações de operações técnicas, transações externas e agente econômico. 70 69 70
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