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Elementos de Álgebra Linear – Transformações Lineares Profa. Emília / Edméa 1 Transformações Lineares Def: Sejam U e V Espaços Vetoriais sobre R. Uma aplicação F: U V é denominada Transformação Linear de U em V se, e somente se: → a) F(u1+u2) = F(u1) + F(u2), ∀ u1, u2 ∈U; b) F( uα ) = )u(Fα , u∈U; ∀ OBS: Se U=V então F: U →U é denominado Operador Linear. Propriedades: Sejam U e V Espaços Vetoriais sobre R. Se F: U →V é uma Transformação Linear, então valem as seguintes propriedades: P1) F(0) = 0 ( F transforma o vetor nulo de U no vetor nulo de V); P2) F(-u) = - F(u), ∀ u∈U; P3) F( u1 – u2) = F(u1) – F(u2) P4) Se W é um subespaço de U, então a imagem de W por F é um subespaço de V, isto é, W U T(W) V SE ⊂ ⇒ SE ⊂ P5) Sendo F: : U →V linear, então: F( nn11 u...u αα ++ ) = )u(F...)u(F nn11 αα ++ Transformações Lineares Planas 1) Expansão ou Contração Uniforme T: R2 R→ 2, R∈α (x,y) → )y,x(α , se 1≥α , Expansão e se 0 1<≤ α contração. 2) Reflexão em torno do eixo x T: R2 R→ 2 (x,y) (x, -y) → 2) Reflexão em torno do eixo y T: R2 R→ 2 (x,y) (-x, y) → 4) Reflexão na origem T: R2 R→ 2 (x,y) (-x, -y) → 5)Cisalhamento Na direção do eixo x T: R2 → R2, R∈α (x,y) (x+→ yα , y) Na direção do eixo y Elementos de Álgebra Linear – Transformações Lineares Profa. Emília / Edméa 2 T: R2 → R2, R∈α (x,y) → (x, y+ xα ) 6) Rotação de um ângulo θ (sentido anti-horário) Tθ : R2 R→ 2 (x,y) → ( )θθθθ senxcosy,senycosx +− OBS: 1) A Translação T: R2 R→ 2, R∈α (x,y) (x + a, y + b), não é linear pois T(0) → ≠ 0. 2) Se T(0) 0, então T não é linear, mas T(0) = 0 não garante que T é Linear. ≠ Ex:T: R→ R u u→ 2 Teorema: Dados dois espaços vetoriais reais U e W e uma base { } Vv,...,v n1 ⊂ , sejam w1, ..., wn elementos arbitrários de W. Então existe uma aplicação linear T: V W tal que T(v→ 1)=w1, ..., T(vn)=wn. Esta aplicação é dada por: como v∈V temos v = nn11 v...v αα ++ e daí T(v) = )v(T...)v(T nn11 αα ++ = α . nn11 w...w α++ Obs: T: V W fica completamente determinada quando se conhecem as imagens dos vetores de uma base de V. → Núcleo e Imagem Def. Núcleo: Sejam U e V espaços vetoriais sobre R e F: U V uma transformação linear. Indica-se ker(F) ( ou N(F)) e denomina-se NÚCLEO de F o seguinte subconjunto de U: → ker(F) = { }0)u(F|Uu =∈ Proposição: Dada F: U V uma transformação linear então ker(F) é um subespaço vetorial de U. → Def. Imagem: Sejam U e V espaços vetoriais sobre R e F: U V uma transformação linear. Indica-se Im(F) e denomina-se IMAGEM de F o seguinte subconjunto de V: → Im(F) = { }Uuumlgapara),u(Fv|Vv ∈=∈ Proposição: Dada F: U V uma transformação linear então Im(F) é um subespaço vetorial de V → Transformações Lineares Injetoras, Sobrejetoras e Bijetoras] Sejam U e V espaços vetoriais sobre R . Def. Injetora: Dada a transformação linear F: U →V dizemos que F é injetora se, e somente se: )u(F)u(Fuu,Uu,u ou uu)u(F)u(F,Uu,u 212121 212121 ≠⇒≠∈∀ =⇒=∈∀ Elementos de Álgebra Linear – Transformações Lineares Profa. Emília / Edméa 3 Def. Sobrejetora: Dada a transformação linear F: U →V dizemos que F é sobrejetoras e, e somente se, Im(F) = V, ou seja, para todo .)u(F|Uu,Vv v=∈∃∈ Def. Bijetora: Dada a transformação linear F: U V dizemos que F é bijetora se, e somente se F é injetora e sobrejetora ao mesmo tempo. → Obs: F é bijetora existe F⇔ -1 Proposição: A transformação Linear F: U →V é injetora se, e somente se ker(F) =0. Teorema do Núcleo e Imagem: Sejam U e V dois espaços vetoriais de dimensão finita sobre R. Dada a trasformação linear F: U V então: → dim U = dim ker(F) + dim Im(F) Teorema: Se F: U V é uma transformação e → { }n1 u,...,u geram U então { })u(T),...,u(T n1 gera a Im(F). Teorema: Sejam U e v espaços vetoriais sobre R com mesma dimensão finita n e suponhamos F:U→V uma transformação linear. Então são equivalentes as seguintes afirmações: I) F é sobrejetora II) F é bijetora III) F é injetora IV) F transforma uma base de U em uma base de V (isto é, se B é base de U então F(B) é base de V). Lista de Exercícios 10 1) Verificar se a aplicação F: 3→ 2 definida por: F(x,y,z) = (z, x+y) é linear. 2) Verificar se a aplicação F: → 2 é uma transformação linear, onde F(x) = (x,2) para todo x ∈ 3) Seja V=Mn( ) e B uma matriz fixa desse espaço vetorial. O operador F: V V dado por F(X) = BX, para todo X ∈V é linear? E quanto ao operador G: V V dados por G(X)=XB ? É verdade que F=G ? ℜ → → 4) Sabendo que F: 2→ 2 é um operador linear e que F(1,2) = (3,-1) e F(0,1)=(1,2), achar F(x,y), onde (x,y) é um vetor genérico do 2. 5) Seja P uma matriz inversível de Mn(ℜ ). Mostrar que F: Mn( )→ Mn( ) dada por F(X)=P-1XP é um operador linear desse espaço. 6) Num espaço vetorial V sobre , dado w∈V, chama-se translação definida por w a aplicação Tw: V → V tal que Tw(u) = u+w, para todo u ∈ V. Mostrar que se w≠ 0, então T não é linear. 7) Sendo F: U V uma transformação linear com a seguinte propriedade: se {u→ 1,...,un} é uma base de U, então {F(u1),...,F(un)} é linearmente independente em V. Provar que F é injetora. Elementos de Álgebra Linear – Transformações Lineares Profa. Emília / Edméa 4 8) Seja F o operador linear do 2 tal que F(1,0)=(2,1) e F(0,1)=(1,4). a) Determinar F(2,4); b) Determinar (x, y) ∈ 2 tal que F(x,y) = (2,3); c) Provar que F é sobrejetor e injetor (bijetor). 9) Seja F: 3→ 2 a transformação linear dada por F(x,y,z) = (x+y, 2x-y+z). a) Dar uma base e a dimensão de Ker(f); b) Dar uma base e a dimensão de Im(f). 10) Seja F o operador linear de M2(ℜ ) definido por F(X)=BX, para todo X ∈M2( ), onde B∈M ℜ 2(ℜ ). No caso de B = determine Ker(f) e uma base da imagem de F. −1 0 2 1 11) Mostrar que o operador F do 3 dado por F(x,y,z) = (x+z,x-z,y) é um automorfismo. Determinar F-1. 12) A aplicação linear F: 3→ 3 dada por F(1,0,0) = (1,1,0), F(0,1,0)=(0,0,1) e F(0,0,1)=(1,-1,6), é um automorfismo? 13) Provar que o espaço vetorial 2 é isomorfo ao subespaço U = {(x, y, z) ∈ 3: z=0} do 3. 14) Determinar o núcleo e a imagem, bem como as dimensões respectivas, de F: ) → ) dada por F(f(t)) = f (t) + t2 f ’ (t). 15) Determinar um operador linear F: 3→ 3 cuja imagem é gerada por (2,1,1) e (1,-1,2). 16) Determinar um operador linear do 4 cujo núcleo é gerado por (1,1,0,0) e (0,0,1,0). 17) Determinar um operador linear do 3 cujo núcleo tenha dimensão 1. 18) Seja F: 3→ 3 definida por F(1,0,0)=(1,1,0) e F(0,0,1)=(0,02) e F(0,1,0)=(1,1,2). Determinar uma base de cada um dos seguintes subespaços vetoriais: ker(f), Im(f), ker(f) Im(f) e ker(f)+Im(f). ∩ 19) Seja {e1, e2,..., en} a base canônica do n. Seja F: n→ n o operador linear dado por F(e1)= e2, F(e2)= e3, ..., F(en) e1. Determinar F(x1, x2,..., xn) e verificar se F é um automorfismo. Se for, ache o automorfismo inverso. 20) Considere o operador linear F do 3 definido por F(1,0,0)=(1,1,1); F(0,1,0)=(1,0,1) e F(0,1,2)=(0,0,4). F é inversível? Se for, determine o isomorfismo inverso.
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