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Apêndice A Revisão: Campos Escalares e Vetoriais Neste Apêndice será apresentado um breve resumo sobre campos vetoriais, e que pode ser aplicado a campos escalares ou vetoriais. Um sistema de coordenadas generalizadas será apresentado, a partir do qual poderão ser deduzidas as expressões dos operadores gradiente, divergente, rotacional e laplaciano em coordenadas diferentes do sistema de coordenadas retangular como, por exemplo, em coordenadas cilíndricas e esféricas. A.1- Álgebra de Vetores Dados dois vetores A e B no espaço, e que formam entre si um ângulo , como descritos na Fig.A.1(a), e, sendo − A o vetor oposto ao vetor A , como mostrado na Fig.A.1(b), aplicam-se as seguintes propriedades: A B A+B (a) A -A â (b) Figura A.1 – Vetores no espaço. a) Soma de vetores. b) Vetor oposto. a) Propriedade comutativa ABBA (A.1 a) b) Propriedade associativa CBACBA )()( (A.1 b) c) Diferença entre vetores )( BABA (A.1 c) d) Vetor unitário (versor) A Aa ˆ (A.1 d) e) Multiplicação por escalar BmAmBAm AnAmAnm AmnAmnAnm )( )( )()()( (A.1 e) A.1.1- Produto escalar, interno ou "dot product" A seguir, apresentam-se algumas propriedades do produto escalar entre vetores, designado pelo símbolo " " (dot ou ponto). a) Definição básica (0≤≤ rad) cos.. BABA (A.2 a) b) Projeção escalar de B na direção de A A = B A A (A.2 b) c) Projeção de B na direção de A A = A AB A A . (A.2 c) d) Produto escalar nulo BAouBouABA ,0,00 (A.2 d) e) Propriedade comutativa ABBA (A.2 e) f) Módulo do vetor 2 AAA (A.2 f) g) Propriedade distributiva CABACBA )( (A.2 g) A.1.2- Produto vetorial ou cruzado A seguir apresentam-se algumas propriedades do produto vetorial entre vetores, designado pelo símbolo " x " (cross product). a) Definição básica senBABA .. x (A.3 a) b) Produto vetorial nulo BAouBouABA //,0,00 x (A.3 b) c) Propriedade distributiva CABACBA xxx )( (A.3 c) d) Comutação (não obedece à propriedade comutativa) ABBA xx (A.3 d) e) Área do paralelogramo BA x área do paralelogramo com lados A e B (A.3 e) A.1.3 – Vetores Unitários ou Versores Versores coordenados (ou bases) são vetores unitários na direção dos eixos do sistema de coordenadas de referência. No caso do sistema retangular (x,y,z), são designados por kji ˆeˆ,ˆ , sendo paralelos às direções dos eixos x, y e z, respectivamente, e tais que a) 1ˆˆˆˆˆˆ kkjjii (A.4 a) b) 0ˆˆˆˆˆˆ ikkjji (A.4 b) c) 0ˆˆˆˆˆˆ kkjjii xxx (A.4 c) d) ijkkj ˆˆˆˆˆ xx (A.4 d) e) kijji ˆˆˆˆˆ xx (A.4 e) f) jkiik ˆˆˆˆˆ xx (A.4 f) Assim, kji ˆeˆ,ˆ são vetores linearmente independentes e formam uma base tri-ortogonal e, portanto, qualquer vetor u no espaço pode ser descrito por: kujuiuu zyx ˆˆˆ (A.5) onde ux, uy e uz são as coordenadas do vetor u . A.1.4- Propriedades Gerais dos Vetores Dados dois vetores escritos em coordenadas retangulares como kajaiaA ˆˆˆ 321 (A.6 a) e kbjbibB ˆˆˆ 321 (A.6 b) então a) kbajbaibaBA ˆ)(ˆ)(ˆ)( 332211 (A.7 a) b) ).().().( 332211 bababaBA (A.7 b) c) 23 2 2 2 1 2 aaaAAA (A.7 c) d) 2/12 3 2 2 2 1 2/12 3 2 2 2 1 332211 ).()( ... cos bbbaaa bababa (A.7 d) e) 321̀ 321 ˆˆˆ bbb aaa kji BA x (A.7 e) f) 321 321 321 )( ccc bbb aaa CBA x (A.7 f) g) )( CBA x volume do paralelepípedo com lados A , B e C (A.7 g) h) CBACBA )()( xx (A.7 h) i) )()()( BACACBCBA xxx (A.7 i) j) )()()()( ABCCABBCACBA xxxx (A.7 j) k) CBABCACBA )()()( xx (A.7 k) l) ACBBCACBA )()()( xx (A.7 l) m) )()()()()()( CBDADBCADCBA xx (A.7 m) n) )}({)}({)()( CBADDBACDCBA xxxxx (A.7 n) )}({)}({ CBADDBAC xx A.1.5- Derivadas no Tempo Dados o seguinte vetor variável no tempo ktujtuitutuu zyx ˆ)(ˆ)(ˆ)()( (A.8) define-se sua derivada temporal pelo vetor t tuttu dt ud t )()( lim 0 (A.9) e assim, k t tuttu j t tuttu i t tuttu dt ud zz t yy t xx t ˆ)()(limˆ )()( limˆ )()( lim 000 (A.10) ou seja k dt du j dt du i dt du dt ud zyx ˆˆˆ (A.11) ou ainda kdujduiduud zyx ˆˆˆ (A.12) Em particular, se kzjyixru ˆˆˆ é o vetor posição, então, kdzjdyidxrd ˆˆˆ (A.13) é o vetor deslocamento infinitesimal. Na Fig.A.2 ilustram-se os vetores r e d r . 0 dr r+dr r Figura A.2 – Vetor deslocamento infinitesimal. A seguir, listam-se algumas propriedades da derivada temporal: a) dt vd dt ud dt vud )( (A.14 a) b) dt udu dt d dt ud )( (A.14 b) c) dt vduv dt ud dt vud )( (A.14 c) d) dt vduv dt ud dt vud xxx )( (A.14 d) e) )()()()}({ dt wdvuw dt vduwv dt ud dt wvud xxxx (A.14 e) f) ))))}({ dt wdvuw dt vduwv dt ud dt wvud xx (xx (xx ( xx (A.14 f) g) dt ud u dt udu (A.14 g) h) 0 dt udu se u é uma constante (A.14 h) i) Cdtukdtujdtuidtu zyx ˆˆˆ , onde C é constante (A.14 i) A.2- Gradiente de um Campo Escalar Um campo escalar é estabelecido a partir de uma função escalar ),,( zyx . Sua diferencial total é dz z dy y dx x d (A.15) Na figura A.3, C é simplesmente uma curva no espaço e, a cada ponto r de C, associa-se um valor )(r . A derivada direcional do campo escalar é a taxa de variação de ),,( zyx por unidade de comprimento em uma certa direção particular, caracterizada pelo elemento de arco rdds da curva C: x y z r dr C ( )r ( )r+dr Figura A.3- Curva C no espaço e a definição de derivada direcional. ds dz zds dy yds dx xds d ... (A.16) É conveniente expressar d e d/ds em termos do gradiente do campo escalar ),,( zyx , definido como: k z j y i x grad ˆˆˆ)( (A.17) Assim, a partir de (A.13) e (A.17) obtém-se ds rd ds d (A.18 a) rdd (A.18 b) Como foi estabelecido rdds , então, se ŝ for o vetor unitário na direção d r , k ds dzj ds dyi ds dx ds rds ˆˆˆˆ (A.19) Uma forma alternativa de escrever ŝ utiliza cossenos diretores kkrjjriirs ˆ)ˆ,cos(ˆ)ˆ,cos(ˆ)ˆ,cos(ˆ (A.20) onde )ˆ,cos( ir é o cosseno entre os vetores r e î , e assim por diante. Combinando-se (A.18 a) com (A.19) obtém-se s ds d ˆ (A.21) ou seja, a projeção do gradiente em qualquer direção é igual à derivada direcional de naquela direção. A Fig.A.4(a) auxilia a visualização deste fato. Como o máximo valor de projeção de um vetor é o módulo do próprio vetor, fica claro que está sobre a direção de maior taxa de variação de (x,y,z). Esta taxa de variação é justamente o seu comprimento, . Dada uma superfície onde é constante, denominada de superfície equipotencial, tem- se d/ds=0 nos pontos r sobre a superfície C. Portanto, (A.19) e (A.21) conduzem a 0 ds rd (A.22) sobre a superfície. Como as extremidades de r e r +d r estão sobre a superfície C, d r está sobre esta superfície. Então, d r , informando que o gradiente em qualquer ponto de uma equipotencial é perpendicular a ela. s ds/d s (a) 0 dr r . C equpotenc =cte (b) Figura A.4- O gradiente. a) Projeção na direção ŝ . b) Gradiente normal a equipotencial. Finalmente, se (v), onde v=v(x,y,z), então, de (A.17) e a regra da cadeia, conclui-se que v dv d (A.23) (recomenda-se ao leitor demonstrar isto !!) A.3- Campos vetoriais O vetor u , escrito em função das coordenadas x,y e z como kzyxujzyxuizyxuzyxuu zyx ˆ),,(ˆ),,(ˆ),,(),,( (A.24) é denominado campo vetorial (atenção: neste apêndice, u é um campo de velocidade). A.3.1- Campo conservativo Da definição (A.17), observa-se que se for diferenciável, sempre define um campo vetorial: ),,( zyxu (A.25) Neste caso, o campo vetorial u é denominado campo conservativo, campo gradiente ou campo potencial. Usando-se (A.13) e (A.17), considere-se a avaliação da integral, N CCurvaM N CCurvaM dz z dy y dx x rdu ,, (A.26) entre os pontos M=(x1 ,y1 ,z1) e N=(x2, y2, z2) tomados sobre uma curva C. Se os valores de (x,y,z) em M e N ocorrerem nos instantes t1 e t2 conhecidos, pode-se realizar a integração usando t como variável de integração. dt dt dz zdt dy ydt dx x rdu t t N CCurvaM 2 1, (A.27) que, por sua vez, conduz a )()( 12, 2 1 ttdt dt drdu t t N CCurvaM (A.28) Portanto, se u = , a integral é simplesmente a diferença entre os valores de (x,y,z) nos pontos M e N, e, assim, independe da escolha de um caminho de integração específico. Reciprocamente, se a integral for independente do caminho, então, mantendo-se M fixo e variando-se N, pode-se definir ),,(),,( ),,( zyx M zyx zyx M dzudyudxurduzyx (A.29) Permutando-se x por x+x na expressão acima, calcula-se ),,( ),,( ),,(),,( zyxx zyx zyx dzudyudxuzyxzyxx (A.30) ou seja, a integral através de um caminho onde y e z são constantes. Isto equivale a ),,( ),,( ),,(),,( zyxx zyx x dxudx x zyxzyxx (A.31) Aplicando o teorema fundamental do cálculo a (A.31), obtém-se xux (A.32) Analogamente, determina-se yuy e zuz (A.33) Portanto, (A.17), (A.32) e (A.33) informam que u (A.34) Mostrou-se assim, que a condição necessária e suficiente para que u = é a independência de caminho de integração em (A.26). Neste caso, u é dito ser um campo vetorial conservativo. A.3.2- Circulação de um campo vetorial Define-se como circulação (ou circuitação) a integral de u ao longo do caminho fechado C, como representado na Fig.A.5. Escolhendo-se dois pontos arbitrários M e N sobre C=C1+C2 da figura: M N C2 C1 Figura A.5- Caminho C ao longo do qual se realiza a circulação. N CM N CM M CN N CM C rdurdu rdurdurdu 21 21 ,, ,, (A.35) Assim, se u for um campo conservativo, as integrais de M a N independem do caminho utilizado, e assim, as integrais no lado direito de (A.35) são iguais e, consequentemente: C rdu 0 (A.36) isto é, a circulação de u é nula para um caminho fechado se e somente se u for um campo conservativo. A.3.3 – Fluxo de um campo vetorial Considerando-se um elemento dS de uma superfície S, como indicado na Fig.A.6, define- se o fluxo do campo vetorial u através de S como S Sdu (A.37) com unidades de m3/s. Por exemplo, se u for um campo de velocidade, as partículas do fluido atravessando dS no instante t, ocuparão a face ABCD do paralelepípedo da Fig.A.6 no instante t+dt S dS dS A B C D u.dt Figura A.6 – Fluxo de um fluido através da superfície S. Todas as partículas que cruzam dS no instante t estarão dentro do paralelepípedo no instante t+dt . Logo, a quantidade (volume) de fluido que atravessa dS no intervalo dt é dtSdudtudS ).(cos... [m2]. O fluxo [m3/s] é obtido dividindo-se esta igualdade por dt. A.3.4- Rotacional no Plano A seguir investiga-se a circulação de u no caminho fechado C, mostrado na Fig.6: C Sx y Figura A.7- Malhas para o cálculo da circulação ao longo de C. MalhasC rdurdu (A.38) pois, a contribuição de uma fronteira comum entre duas malhas se cancela devido as orientações opostas dos vetores d r . Com isto restarão apenas as contribuições dos segmentos de C. Considerando-se que no limite, para S0, cada malha (a qual se reduz a um ponto) gera: ),(lim 0 yxf S rdu S (A.39) no qual procura-se, a seguir, determinar o valor de f(x,y). Da equação (A.38) e (A.39) conclui-se que dSyxfSyxfrdu S S MalhasC ).,().,( 0 (A.40) Porém, C yx C dyudxurdu (A.41) e então, determina-se cada parcela do lado direito de (A.41) separadamente. Isolando-se uma das malhas, conforme a Fig.A.8 (a) e, considerando-se que ux e uy sejam diferenciáveis . Py M x y x 0 . (a) x y 0 A B CD (b) Figura A.8- Malha unitária para o cálculo do rotacional no plano. )()( P P x P P x P x M x yyy uxx x uuu (A.42 a) )()( P P y P P y P y M y yyy u xx x u uu (A.42 b) aplicando-se a Série de Taylor. Assim, por exemplo, dxyy y udxxx x udxudxu P P x P P x P xx )()( (A.43) ou então, dxyydx y udxxxdx x udxudxu P P x P P x P xx ... (A.44) Na avaliação da primeira integral do lado direito (A.44), utiliza-se a Fig.A.8(b). 000 BC AD B A DA D BC B xx xx x x xx x D C xx x B A dxdx dxdxdxdxdx (A.45) De forma similar, mostra-se que 0. dxx (A.46) Por outro lado, Sxy dxydxy dxydxydxydxydxy BC AD B A DA D BC B xx xxD x xA xx x D C D xx x B A A . 00 ... (A.47) Por um procedimento análogo demonstra-se que 0. dydyy (A.48 a) Sdyx . (A.48 b) e portanto, S y u x u rdu PMalha xy (A.49) Com isso, (A.39) torna-se y u x u S rdu yxf xy S 0 lim),( (A.50) onde P passa a ser um ponto arbitrário no interior de S. Finalmente, de (A.40) e (A.50) obtém-se a relação dS y u x u dyudxurdu S xy C yx C . (A.51) a qual constitui o Teorema de Green no plano. Definindo-se o rotacional (no plano) de um campo vetorial como S rdu yxfucurlurotu S 0 lim),()()(x (A.52) isto é, a circulação ao longo de um caminho fechado infinitesimal por unidade de área, obtém-se: y u x u u xy x (A.53) o qual é escalar na caso bidimensional. Observe-se que se o campo u for irrotacional, isto é, tem rotacional nulo, então (A.51) e (A.53) geram 0.)( dSurdu SC x (A.54) e portanto, o campo é conservativo. É possível mostrar também que a recíproca é válida, isto é, se u é conservativo (u = ), entãoele é irrotacional se e somente se possuir derivadas parciais de segunda ordem contínuas. Como resultado, para verificar se um campo u é conservativo, basta verificar se seu rotacional é nulo. _____________________________________________________________________________ Exemplo 1: Verificar se o campo de velocidade mostrado na Fig. A.9 não é conservativo (é um campo solenoidal). Solução: Na Fig.A.9, ilustra-se um campo de velocidade de um fluido que gira em torno de um obstáculo. v Figura A.9 – Campo de velocidade. A circulação do vetor v ao longo de qualquer círculo não pode resultar nula, pois o produto rdv tem sempre o mesmo sinal. Portanto, o campo v não é campo conservativo. A.3.5- Divergente no Plano O fluxo também pode ser calculado no plano. Com o auxílio da Fig.A.10 escreve-se que: S S dr n̂ C y x0 Figura A.10- Caminho C e malha unitária usada para o cálculo do fluxo no plano. CC ndudrnu ˆ [m/s2] (A.55) onde drnnd .ˆ . Como rd e nd são ortogonais, então, se jdyidxrd ˆ.ˆ. , pode-se concluir que jdxidynd ˆ.ˆ. (A.56) e assim, C yx C dxudyundu (A.57) Aplicando-se o Teorema de Green (A.51) ao fluxo (A.57), obtém-se S S yx C dSu dxdy y u x undu . (A.58) onde, define-se y u x u udivu yx )( (A.59) o divergente de u no plano. Nota-se ainda que, a partir de (A.39) e (A.40) S S ndu ndu MalhasC (A.60) e assim, de (A.58) e (A.60) pode-se concluir que S ndu u S 0 lim (A.61) ou seja, o divergente de u corresponde ao fluxo que sai de uma área infinitesimal, por unidade de área. A.3.5- Teorema de Gauss Considere-se um volume V, dividido em pequenos blocos cúbicos elementares conforme esquematizado na Fig.A.11(a). VS V y x0 z (a) A B C D A' B' C' P z xy P x x 2 z x u u P x x 2 z x u u V (b) Figura A.11 – Volume usado no cálculo do divergente no espaço. a) A superfície S envolve o volume V. b) Bloco unitário de volume V. Calculando-se o fluxo de u através de cada bloco elementar e somando-se o resultado, obtém-se o fluxo através da fronteira S. O fluxo através das faces comuns apresenta-se na soma com sinais opostos devido à mudança de d S , na direção da normal exterior. V V Sdu Sdu S Blo cos (A.62) Independentemente do sistema de coordenadas, define-se a divergência de u no espaço por V Sdu u S V 0 lim (A.63) Como no caso bidimensional, o divergente espacial representa a quantidade de fluxo que diverge de uma fonte envolvida por um volume V, atravessando a superfície que limita tal volume. Se u >0 implica que existe uma fonte de campo u num dado ponto P. Por outro lado, se u <0, existe sorvedouro. O fluxo através do retângulo ABCD da Fig.A.11(b) é zyu P xABCD (A.64) Porém, 222 )()()( z z uy y ux x uu zz z uyy y uxx x uuu P x P x P x P x P P x P P x P P x P xx (A.65) E assim, o fluxo na face A’B’C’D’ será zyz z uy y ux x uu P x P x P x P x . 222 (A.66) e o fluxo na face oposta zyz z uy y ux x uu P x P x P x P x . 222 (A.67) Somando-se os dois fluxos, obtém-se o fluxo líquido na direção x V x u zyx x u P x P x (A.68) Os fluxos nas outras quatro faces são obtidos de forma semelhante, o que conduz a V z u y u x u Sdu zyx Bloco Bloco (A.69) Portanto, z u y u x u V Sdu u zyx V 0 lim (A.70) o qual corresponde ao divergente do vetor u . Percebe-se, portanto, que em coordenadas retangulares, o operador dado em (A.17), ou seja, zzyjxi /ˆ/ˆ/ˆ , se comporta como um simples vetor na operação de produto escalar dada em (A.70). Ressalta-se que o mesmo não ocorre no caso de outros sistemas coordenados, como nas coordenas esféricas ou cilíndricas. Além disso, o fluxo é dado por (A.62) e (A.70) como VBloS dVuV V Sdu Sdu cos (A.71) ou seja VS zzyyxx S dVudSudSudSuSdu (A.72) o qual constitui o Teorema Gauss ou do Divergente. A.3.6- Teorema de Stokes Considere-se agora uma curva fechada C, fronteira de uma superfície orientada S, conforme ilustrado na Fig.A.12(a). x y z C dS S (a) x y z k n j ^ ^ ^ S'xy S (b) Figura A.12- Superfície usada na dedução do teorema de Stokes. a) A curva fechada C é fronteira da superfície S. b) Malha unitária sobre S e sua projeção sobre o plano x-y. Dividindo-se a superfície S em malhas, calcula-se a seguinte circulação S S rdu rdu MalhasC (A.73) para áreas elementares 0S . Neste caso, S dzudyudxu S S rdu zyx SMalhasS 00 limlim (A.74) Usando-se a expressão de ux em Série de Taylor, calcula-se (por exemplo): dxzz z u dxyy y u dxxx x u dxudxu P PS z P PS x P PS x PS xx )()()( (A.75) Pode-se executar estas integrações no plano xy, sabendo-se que )ˆ,ˆcos(' knSS xy , a projeção da área S no plano x-y, conforme esquematizado na Fig.A.12(b). Como resultado obtém-se: 0 '' SS dxxdx (A.76 a) ' ' xy S Sdxy (A.76 b) ou seja )ˆ,ˆcos( knSdxy S (A.77) Projetando-se S no plano x-z, obtém-se )ˆ,ˆcos(' jnSS xz , e assim ' ' xz S Sdxz (A.78) Então, Sjn z u Skn x u dxu P x P x x )ˆ,ˆcos()ˆ,ˆcos( (A.79) As outras integrais são calculadas de forma similar. Assim, a integral em (A.74) conduz a )ˆ,ˆcos()ˆ,ˆcos()ˆ,ˆcos( kn y u x u jn x u z u in z u y u Srdu P xy P zx P yz S (A.80) Dado que S é a superfície fechada que limita o volume V, define-se (independentemente do sistema de coordenadas) S rdu nu C S 0 limˆ)( x (A.81) onde kknjjniinn ˆ)ˆ,ˆcos(ˆ)ˆ,ˆcos(ˆ)ˆ,ˆcos(ˆ (A.82) obtém-se o rotacional do vetor u k y u x u j x u z ui z u y uu P xy P zx P yz ˆˆˆ x (A.83) Simbolicamente, pode-se escrever (A.83) na forma de determinante: zyx uuu zyx kji u /// ˆˆˆ x (A.84) a qual é válida somente em coordenadas retangulares. _____________________________________________________________________________ Exemplo 2: Discutir a seguinte interpretação: a designação rotacional está relacionada com a presença de rotação associada a um vetor. Solução: Por exemplo, considere-se um ponto P de um corpo rígido que gira em torno de um eixo , como mostra a Fig.A.13. A velocidade angular ̂ é um vetor da direção de , que obedece a regra da mão direita. P r 0 Figura A.13 – Rotação em torno do eixo . A velocidade linear do ponto P é rxsenrv onde kzjyixr ˆˆˆ kji zyx ˆˆˆ Então, a velocidade linear tem expressão kxyjxziyzv yxzxzy ˆ)(ˆ)(ˆ)( e, portanto, 2ˆ2ˆ2ˆ2 )()()( /// ˆˆˆ kji xyxzyz zyx kji v xyx yxzxzy x Desta forma v x 2 1 A conexão entre o rotacional de v e a ocorrência de rotação é evidente. Se vx for nulo, implica que não existe rotação do corpo rígido em torno do eixo . Um importante teorema pode ser obtido partindo-se (A.81) S zy C x C Sdudzudyudxurdu x (A.85) o qual constitui o Teorema de Stokes. Com o auxílio da definição de gradiente (A.17), observa-se que 0ˆˆˆ 222222 xyyx k zxxz j yzzy i x (A.86) aplicando-se o Teorema de Schwartz. Portanto, u é irrotacional se e somente se u for conservativo ( u = ). _____________________________________________________________________________ Exemplo 3: Interpretar fisicamente o que expressa o rotacional. Solução: Na Fig.A.14 a) ilustra-se um dispositivo (o medidor de rotacional) que indica que o rotacional é não-nulo a medida em que gira devido a ação de movimento das pás. Na Fig. A.14 b), mostra-se o fluxo de velocidade da água num rio, sendo nulo nas margens e máximo no centro. O medidor de rotacional gira no sentido anti-horário para y>0, evidenciando que vx >0, e, gira no sentido horário em y<0, onde vx <0. (a) y x +a -a v 0vx 0vx 0vx MARGEM MARGEM RIO (b) Figura A.14 – Medidor de rotacional. a) Movimento de pás. b) Fluxo de água num rio. Exemplo 4: O campo de velocidade na Fig. A.14 b) é igual a xyav ˆ)( 22 . Calcular os valores do rotacional em y=-a, o e +a. Solução: As componentes do vetor velocidade são: 22 yavx , 0 zy vv . Então, aplicando (A.84) calcula-se zav ay ˆ x 0 0 y vx zav y ˆ 0 x A.3.7- Laplaciano O Laplaciano escalar é definido como 2 (A.87) e assim, substituindo-se (A.17) e executando-se o produto escalar (isto é válido apenas no sistema de coordenadas retangulares) obtém-se 2 2 2 2 2 2 2 zyx (A.88) Por outro lado, o Laplaciano do vetor u é definido a partir de suas componentes por zyx ukujuiu 2222 ˆˆˆ (A.89) A.3.8- Propriedades Gerais As propriedades abaixo são válidas em quaisquer sistemas de coordenadas ortogonais: a) )( (A.90 a) b) )( (A.90 b) c) 2 )()( (A.90 c) d) 1nn n (A.90 d) e) vuvu )( (A.90 e) f) uuu)( (A.90 f) g) uuu xxx )( (A.90 g) h) uuu (A.90 h) i) vuuvvu xxx )( (A.90 i) j) vuvu xxx )( (A.90 j) k) )()()()()( uvvuvuuvvu xx (A.90 k) l) )()()()()( uvvuuvvuvu xxxx (A.90 l) m) 0 x (A.90 m) n) 0 u x (A.90 n) o) uuuuu 2)()()( xx (A.90 o) A.4- Coordenadas Curvilíneas Em geral o operador conforme definido em (A.17) atua como vetor somente no sistema de coordenadas retangulares. Neste caso, u funciona como um produto escalar entre e u , e, ux funciona como um produto vetorial. Como será observado a seguir, o mesmo não é válido para sistemas de coordenadas esféricas ou cilíndricas. Normalmente, num sistema de coordenadas genérico um ponto no espaço pode ser representado por três parâmetros , m e n. A análise a seguir será desenvolvida com o auxílio da Fig. A.15. plano n plano plano m curva n curva curva m curva z curva x curva y plano x plano y plano z m0 0 n0 i j k ^ ^ ^ ^ ^ ^ r P O Figura A.15 – Curvas , m e n no sistema curvilíneo. Mantendo-se m e n constantes e variando-se obtém-se uma curva que passa por P, chamada curva de "". De forma similar, definem-se as curvas de "m" e "n ". Os vetores unitários ao longo das tangentes a estas curvas são 000 ˆeˆ,ˆ nm . Os eixos podem ser ortogonais ou não, e a orientação relativa entre os versores pode não ser constante. Seja o vetor associado a PO que, segundo o sistema x,y,z é representado por r knmzjnmyinmxr ˆ),,(ˆ),,(ˆ),,( (A.91) Assim, kdzjdyidxrd ˆˆˆ (A.92) onde dn n xdm m xdxdx (A.93 a) dn n ydm m ydydy (A.93 b) dn n zdm m zdzdz (A.93 c) Deslocando-se (por exemplo) ao longo da curva de "" (dm = dn = 0), vem: dkzjyix kdzjdyidxrd nmnm .)ˆˆˆ( )ˆˆˆ( ,, (A.94) a partir da qual obtém-se kzjyixr d rd nm ˆˆˆ , (A.95) um vetor ao longo de 0̂ , onde 2/12220 ])/()/()/[( ˆ/ˆ/ˆ/ / /ˆ zyx kzjyix r r (A.96) Chamando-se 2/1222 zyxrh (A.97) então, o comprimento elementar de arco, dr, obtido quando somente varia é dado por dhrdds nm , (A.98) e não apenas por d. A partir de (A.96) e (A.97) deduz-se que 0̂ h r (A.99) Analogamente, mh kmzjmyimx m ˆ/ˆ/ˆ/ ˆ 0 (A.100 a) nh knzjnyinx n ˆ/ˆ/ˆ/ ˆ0 (A.100 b) onde 2/1222 m z m y m xhm (A.101 a) 2/1222 n z n y n xhn (A.101 b) Da equação (A.99) para a variável , e similares nas direções m e n, obtém-se que 000 ˆˆˆ ndnhmdmhdh dn n rdm m rdrrd nm (A.102) Agora, se os versores 000 ˆeˆ,ˆ nm forem ortogonais, então, de (A.102) deduz-se que 2/1222222 ][ dnhdmhdhrdds nm (A.103) Uma forma alternativa de escrever h, hm e hn baseia-se no seguinte fato: se y = f(x), então, sua inversa é dada por x=f -1(y)=g(y), e, y = f [g(y)]. Aplicando-se a regra da cadeia, mostra-se que dx dy dy dg dg df dx dy (A.104) e assim, )/( 1 dydgdg df (A.105) Como f=y e g=x, então )/( 1 dydxdx dy (A.106) em termos de diferenciais totais. Como se sabe, num sistema de coordenadas retangulares s ds d ˆ (A.107) ou sdsdd ds ˆ 1 / 1 (A.108) Seja =, isto é, uma curva . Então, (A.98) e (A.108) conduzem a dhs dds ˆ (A.109) no sistema curvilíneo. Se o sistema curvilíneo for ortogonal, então, 000 ˆeˆ,ˆ nml são perpendiculares entre si. Numa curva-, os m e n são constantes (dm=dn=0), como representado na Fig.A.16.. 0 curva curva n curva m (m0,n0) m0 n0 0= s ^ ^ ^ m0 ^ n0 ^ ^ Figura A.16 – Desenho da curva . Como aponta na direção de maior variação de , então, está na direção do próprio , ou seja, // ŝ , em cada ponto. Assim, (A.109) gera dh dds (A.110) e assim, 2/1 222 2 2 11 zyx hl (A.111) e, analogamente, 2/1 222 2 z m y m x mhm(A.112) 2/1 222 2 z n y n x nhn (A.113) em termos de derivadas em x, y e z. _____________________________________________________________________________ Exemplo 5: Calcular as métricas h, hm e hn para os sistemas de coordenadas retangular, cilíndrico e esférico. Solução: Na Fig.A.17 ilustra-se os sistemas de coordenadas cilíndricas e esféricas relativamente ao sistema de coordenadas retangular P z r x y z (a) P R x y z (b) Figura A.17 – Sistemas de coordenadas curvílineas. a) Coordenadas cilíndricas. b) Coordenadas esféricas. a) Para o sistema retangular, tem-se que (, m, n)=(x, y, z), então, aplicando-se (A.97) a (A.101a-b) mostra-se que h = hx =1, hm = hy = 1, hn = hz = 1 b) Para o sistema cilíndrico, (, m, n)=(r, , z), tal que x = r.cos, y = r.sene z=z. Portanto, aplicando-se (A.111) a (A.113), obtém-se as métricas h = hr = 1, hm =h = r, hn =hz = 1 c) Para o sistema esférico, (, m, n)=(r, ), tal que x = R.sen cos, y = R.sen sen e z=R.cos. Portanto, aplicando-se (A.111) a (A.113), obtém-se as métricas h = hr = 1, hm =h = R, hn =hz = R.sen A.4.1- O Gradiente no sistema curvilíneo A diferencial total no sistema ortogonal , m, n vale: dn n dm m dl l d (A.114) Usando novamente a propriedade (A.18 b), ou seja rdd , a qual é válida para sistemas ortogonais dnh nh dmh mh dh h drd n n m m 111 (A.115) Usando (A.102) conclui-se que deve possuir a seguinte forma, a fim que (A.115) seja satisfeita: 000 ˆ 1 ˆ 1ˆ1 n nh m mhh nm (A.116) A.4.2- O Divergente no sistema curvilíneo Por sua vez, o divergente no sistema curvilíneo é calculado usando-se a definição (A.61). A partir de (A.98), é construída a Fig. A.18. curva n curva lcurva m A B C D hmdm h d hndn Figura A.18 – Cálculo do fluxo que atravessa a face ABCD. O fluxo na direção 0̂ , que atravessa a área ABCD, é dada por dndmhhudnhdmhu nmnmABCD )( (A.117) Expandindo-se (uhmhn) em Série de Taylor )()()()( P P nm P P nm P P nm P nmnm nnn hhumm m hhuhhuhhuhhu (A.118) pois hm, hn também são funções de , m e n. Seguindo uma análise semelhante a desenvolvida na seção A.3.5, o fluxo será dndmdhhu P nm ..)( (A.119) Considerando-se as contribuições das outras quatro faces, e dividindo-se pelo volume dnhdmhdhV nm .. , obtém-se finalmente )()()( 1 nmnmnm nm hhu n hhu m hhu hhh u (A.120) o divergente no sistema (, m, n). A.4.3- O Rotacional no sistema curvilíneo O rotacional no sistema curvilíneo é calculado por S rdu u S 00 limˆ)( x (A.121) Considerando-se um elemento de malha da Fig.A.19. curva n curva m A B C D u um un u hndn hmdm 0dŝ Figura A.19- Figura usada no cálculo da circulação no caminho ABCD. A D D C C B B A rdurdurdurdurdu (A.122) O vetor u no sistema (, m, n) é escrito como: 000 ˆˆˆ numuuu nml (A.123) Primeiramente, avalia-se a soma de integrais dnhuhu dnhudnhurdurdu ADnnBCnn ADnnBCnn A D C B ].)()[( )()( (A.124) pois dn é o mesmo para os trechos BC e AD. Expandindo-se unhn no caminho BC em Série de Taylor, )()()( AD AD nn AD AD nn AD AD nn AD nn BC nn nnn hu mm m huhu huhu (A.125) Sobre AD e BC, tem-se -AD=0, n-nAD=0, m-mAD=dm. Então, a partir de (A.125) obtém- se dm m hu huhu AD nn AD nn BC nn (A.126) e assim, (A.124) conduz a dndm m hu rdurdu nn A D C B . (A.127) Analogamente, mostra-se que dndm n hu dmhudmhurdurdu nn ABmmCDmm B A D C . )( )()( (A.128) Portanto, de (A.122), (A.127) e (A.128) obtém-se dndm n hu m hu dnhdmhS rdu nnnn nm .. . 1 (A.129) De forma similar, calcula-se as demais componentes 0ˆ)( mu x e 0ˆ)( nu x . A partir daí, conclui-se que o rotacional total deve ser da forma: 000 ˆ. 1 ˆ. 1ˆ. 1 n m hu l hu hh m l hu n hu hh l n hu m hu hh u llmm ml nnll ln mmnn nm x (A.130) A.4.4- O Laplaciano escalar no sistema curvilíneo O Laplaciano escalar em coordenadas curvilíneas pode ser obtido por nh hh nmh hh mh hh hhh n m m nnm nm 12 (A.131) _____________________________________________________________________________ Exemplo 6: Expressar o gradiente, divergente, rotacional e laplacianos no sistema de coordenadas cilíndricas (, m, n) = (r, , z). Solução: Utilizando-se as métricas deduzidas no Exemplo 5, e as fórmulas generalizadas (A.116), (A.120), (A.130) e (A.131), calculam-se as expressões dos gradiente, divergente, rotacional e laplacianos: z z ff r r r ff ˆˆ1ˆ z uu rr ur r u zr )()(1)(1 z u r ur rr u z u r z uu r ux rzrz ˆ )()(1ˆ)()(ˆ )()(1 2 2 2 2 22 2 2 11 z ff rr f rr ff zu r u u r ur r uu r uu zrrr ˆˆ] 2 [ˆ] 2 [ 2 22 2 22 22 (conferir estes resultados!). Exemplo 7: Expressar o gradiente, divergente, rotacional e laplacianos no sistema de coordenadas esféricas (, m, n) = (R, ). Solução: Utilizando-se as métricas deduzidas no Exemplo 5, e as fórmulas generalizadas (A.116), (A.120), (A.130) e (A.131), calculam-se as expressões dos gradiente, divergente, rotacional e laplacianos: ˆ . 1ˆ1ˆ f senR f R R R ff )( . 1 cot )(12)( u senR gu u RR u R u u RR ˆ1ˆ . 1ˆcot. . 11 R uu RR u R u R uu senR R R guu senR u R ux RR 2 2 222 2 2 2 111 f senR fsen senRR fR RR f ˆ] 12cos2 [ ˆ] 2cos22 [ ˆ] 22 )( 2 [ 22222 2 22222 2 222 22 u senr u senr u senr u u senr u senr u r u ru r u senr usen senr uu r r rr (conferir estes resultados!). É importante ressaltar que as propriedades deduzidas com o sistema de coordenadas generalizadas não se aplicam somente aos sistemas esférico e cilíndrico, mas também, a outros sistemas como, por exemplo, ao sistema de coordenadas parabólicas, ao sistema cilíndrico- parabólico, às coordenadas paraboloidais, ao sistema cilíndrico-elíptico, ao sistema esferoidal prolato, esferoidal oblato, às coordenadas bipolares, coordenadas toroidais, coordenadas cônicas, às coordenadas elipsoidais confocais, paraboloidais confocais, dentre outras. A.5 Algumas Identidades Envolvendo Integrais Antes de se concluir este apêndice, apresenta-se abaixo algumas identidades obtidas do cálculo vetorial, e que podem ser importantes no estudos de eletromagnetismo avançado:a) Teorema do gradiente V S dSdV (A.132 a) Primeira identidade de Green SV SddV )()}()({ 2 (A.132 b) c) Segunda identidade de Green SV SddV )(}{ 22 (A.132 c) d) Vários teoremas integrais uSddVu SV xx )( (A.132 d) SV SduuSdudVuuuxux ]2 1 )[(])[( 2 (A.132 e) SC Sdrd x (A.132 f) Os resultados aqui apresentados são particularmente úteis ao estudo de propagação de ondas eletromagnéticas, guiadas ou irradiadas. Estes resultados também podem ser úteis em estudos de propagação de ondas elásticas em meios isotrópicos gasosos, líquidos ou sólidos, à propagação de ondas térmicas por condução, convecção e radiação, etc. Para maiores detalhes, sugere-se ao leitor pesquisar na bibliografia abaixo selecionada. A.6 Bibiografia [1] Wylie, C.R., Barrett, L.C., Advanced Engineering Mathematics, fifth edition, McGraw- Hill, 1982. [2] Butkov, E., Física Matemática, Guanabara Koogan, 1988. [3] Sadiku, M.N.O, Electromagnetics, second edition, Saunders College Publishing, 1994. [4] Johnk, C.T.A., Engineering Electromagnetic Fields and Waves, John Wiley & Sons, 1988.
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