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DIRETRIZES 2023 1 Diretrizes Para o funcionamento das Escolas Cidadãs Integrais, Escolas Cidadãs Integrais Técnicas e Escolas Cidadãs Socioeducativas da Paraíba 2023 DIRETRIZES 2023Governador do Estado da Paraíba JOÃO AZEVÊDO LINS FILHO Vice-Governador do Estado da Paraíba LUCAS RIBEIRO NOVAIS DE ARAÚJO Secretário de Estado da Educação CLAUDIO BENEDITO SILVA FURTADO Secretária Executiva de Adm. de Suprimentos e Logística ELIS REGINA NEVES BARREIRO Secretário Executivo de Gestão Pedagógica GABRIEL DOS SANTOS SOUZA GOMES Secretário Executivo da Ciência e Tecnologia RUBENS FREIRE RIBEIRO Coordenadora geral da Comissão Executiva de Educação Integral - CEEI LUIZA IOLANDA PEGADO CORTEZ DE OLIVEIRA Especialista Pedagógica da Comissão Executiva de Educação Integral - CEEI JARLEYDE ANDRESSA SANTOS SALES DE OLIVEIRA Especialista em Gestão da Comissão Executiva de Educação Integral - CEEI SÂMEA DAMÁSIO DA MOTA SILVA Especialista em Infraestrutura da Comissão Executiva de Educação Integral - CEEI FRANCISCO DIASSIS DE ARAÚJO SOARES Coordenação Pedagógica da Comissão Executiva de Educação Integral - CEEI ÍSIS DA SILVA OLIVEIRA GONÇALVES Coordenação em Gestão da Comissão Executiva de Educação Integral - CEEI LUIZ CORDEIRO DE LIMA NETO Coordenação de Infraestrutura da Comissão Executiva de Educação Integral - CEEI VALÉRIO DAMÁSIO DA MOTA SILVA Coordenação de Protagonismo da Comissão Executiva de Educação Integral - CEEI ROMÁRIO FARIAS PEDROSA DOS SANTOS DIRETRIZES 2023 3 Coordenação de Socioeducação da Comissão Executiva de Educação Integral - CEEI ANTÔNIO SOARES VIEIRA Coordenação de Núcleo de Acompanhamento Formativo da Comissão Executiva de Edu- cação Integral - CEEI DANUSA CLEA ARAUJO MENDES Coordenação de Ensino Técnico Comissão Executiva de Educação Integral - CEEI WENNIA RAFAELLY SOUZA FIGUEIREDO Coordenação de Comunicação - CEEI FHELIPY ARRUDA ROCHA Colaboradores de Propulsão CLEIDISON CÂNDIDO DA SILVA RITA NOGUEIRA DA SILVA Coordenação de Tecnologia da Informação ANTÔNIO DE PÁDUA RIQUE DE PLÁCIDO GABRIEL GOMES DA SILVA GABRYELLE ALVES DA SILVA CABRAL VIVIANE PINHEIRO RIBEIRO Coordenadora Pedagógica de Colabore & Inove SANDRA HELENA DOS SANTOS Coordenador de Logística e Egresso da Escola Cidadã Integral JÚLIO CÉSAR ALVES Coordenação Financeira CELLY ALANA CARVALHO MODESTO Secretária da CEEI VIVIAN PINHEIRO RIBEIRO Revisão Textual ANNECY BEZERRA VEN NCIO ÍSIS DA SILVA OLIVEIRA GONÇALVES RITA NOGUEIRA DA SILVA Capa, Projeto Gráfico e Diagramação FHELIPY ARRUDA ROCHA 9 OLÁ, ESCOLAS CIDADÃS INTEGRAIS! 10 ESCOLAS CIDADÃS INTEGRAIS 1.1 Escolas Cidadãs Integrais Propedêuticas 1.2 Escolas Cidadãs Técnicas 1.3 Escolas Cidadãs Socioeducativas 1.4 Escolas Cidadãs Integrais Indígenas 12 PROTAGONISMO JUVENIL 2.1 Conceito 2.2 Protagonismo Profissional 2.3 Acolhimento Inicial 2.4 Liderança de Turma 2.5 Conselho de Líderes 2.6 Grêmios Estudantis 2.7 Monitoria 2.8 Clubes de Protagonismo 2.9 Orgulho ENEM 2.9.1 Lista de ações do Orgulho ENEM 2.10 Orgulho IDEB 2.11 Se Liga Prota 2.12 Olimpíadas 2.12.1 Sugestões de Olimpíadas do Conhecimento 28 METODOLOGIAS DE ÊXITO 3.1 Projeto de Vida 3.2 Protagonismo Juvenil sumário 3.2.1 Distribuição das aulas de PJ 3.2.2 Perfil do professor(a) de Protagonismo Juvenil 3.2.2 Avaliação de PJ 3.3 Tutoria 3.3.1 Tutoria para os professores T30 nas ECITS 3.3.2 Tutoria nas ECIS - Escolas Socioeducativas 3.3.3 Tutoria e o Novo Ensino Médio 3.4 Colabore E Inove 3.4.1 Colabore e Inove e o Novo Ensino Médio 3.4.2 Quem pode lecionar esta disciplina? 3.4.3 Quais são os dias destinados à disciplina de Colabore e Inove? 3.4.4 Como avaliar em Colabore e Inove? 3.5 Pré-Médio 3.6 Pós-Médio 3.7 Estudo Orientado 3.8 Eletivas 3.8.1 Eletivas nas Escolas Técnicas 3.9 Propulsão 3.10 Práticas Experimentais 3.10.1 SHAPE 3.11 Avaliação Semanal 3.12 Simulado 54 PRÁTICAS EDUCATIVAS 4.1 Acolhimento Diário 4.2. Bandas Marciais 57 ECOSSISTEMA AUDIOVISUAL DAS ESCOLAS CIDADÃS 58 ESPECIFICIDADES DAS ESCOLAS CIDADÃS INTEGRAIS TÉCNICAS 6.1 Educação Profissional e Inovação 6.2 Educação Profissional nas ECITs 6.3 Conhecendo a Matriz Curricular? 6.4 Aula inaugural sobre Escola Cidadã Integral Técnica 6.5 Coordenação de Área 6.5.1 Atribuições do(a coordenador(a) de Área Técnica 6.5.2 Carga horária do Coordenador de Área Técnica 6.5.3 Reuniões de fluxo da área técnica 6.5.4 Envio da ata assinada 6.6 Coordenação de estágio 6.6.1 Atribuição do(a) Coordenador(a) de Estágio 6.6.2 Carga horária do(a) Coordenador(a) de Estágio 6.6.3 Produção de ata e visitas ao Setor Produtivo 6.7 Orientações sobre Formação Básica para o Mundo do Trabalho 6.7.1 Disciplinas Complementares : Educação Tecnológica e Midiática 6.7.2 Disciplinas Empreendedoras 6.7.3 Atribuições do(a) professor(a) T30 6.7.4 Orientações no contexto híbrido e remoto 6.8 ORIENTAÇÕES SOBRE FORMAÇÃO PROFISSIONAL 6.8.1 Carga horária dos componentes curriculares x quantidade de avaliações por carga horária 6.8.2 Avaliações Formativas e Somativas nas disciplinas da Área Técnica 6.8.3 Competências e Habilidades 6.8.4 Ementários das Disciplinas Profissionais 6.8.5 Avaliação semanal das disciplinas técnicas e aplicação da avaliação técnica 6.8.6 Conceito das disciplinas do curso Técnico (Aprovação e Reprovação) 6.8.7 Integração curricular 6.9 Trabalho de Conclusão de Curso -TCC 6.9.1 Orientações Gerais sobre TCC 6.9.2 Diferença de TCC e Relatório de Estágio 6.9.3 Apresentação do TCC e Relatório de Estágio 6.9.4 Documentação necessária para defesa de Trabalho de Conclusão de Curso e Relatórios de Estágio 6.9.5 Propostas de modelo de TCC para 2023 6.9.6 Orientações Específicas de TCC 6.9.7 Carga horária dos(as) Professores(as) Orientadores(as) 6.9.8 Estágios Curriculares 6.9.9 Orientações específicas sobre Estágios 6.9.10 Informações sobre o Programa Primeira Chance 6.10 Summer Job 89 BOLETIM ESCOLAR CURSOS TÉCNICOS 7.1 Pontuação para Avaliação Final 7.2 Processo de certificação das ECIT 7.3 Histórico e certificado de conclusão de cursos 7.4 Hospedagem de material didático dos cursos técnicos 7.5 Transferência de Escola, como proceder? 7.6 Contratação de Professores(as) Técnicos(as) 91 AÇÕES DOS CURSOS TÉCNICOS 8.1 Feiras de Profissões 8.2 Palestras 8.3 Fóruns 8.4 Visita técnica 8.5 Exposição de Maquetes Interativas 8.6 Oficinas em Parceria com Setor Produtivo 93 OPERACIONALIZAÇÕES E PARTE ADMINISTRATIVA 9.1 Equipe administrativa e Apoio administrativo 9.2 Infraestrutura 9.3 Recurso financeiro 9.3.1 Recurso EMTI 9.3.2 Alimentação - Gás 9.3.3 PDDE 9.3.4 Transporte escolar 9.4 PDDETEC 9.5 Funcionamento e Operacionalização das Escolas Cidadãs Integrais 9.6 Carga horária dos Professores com duas matrículas na ECI/ECIT 98 ROTINAS DE GESTÃO 10.1. MACROESTRUTURA 10.1.1 Macroestrutura das ECI Socioeducativas 10.2 Atribuições 10.2.1 Função e papel 10.3 Monitoramento 10.3.1 Indicadores e Metas 10.3.2 Ciclo de Acompanhamento formativo 10.4 Ritos de gestão 10.4.1 Reuniões de fluxo 10.4.2 Planejamento estratégico 10.4.3 Conselho escolar 10.5 Plano de Ação 10.5.1 Quadro de Monitoramento 10.5.2 Quadro de resultados 10.6 Gestão à vista 10.7 Calendário de ações 10.8 Rotinas escolares 10.8.1 E-Saber 10.8.2 Cardápio 10.9 GPS das Disciplina da Parte Diversificada do Currículo 10.10 Programa de Ação + Guia de Aprendizagem + plano de aula (pactuado com Pla- no de Ação). 10.10.1 Programa de Ação 10.10.2 Guia de Aprendizagem 10.10.3 Plano de aula 129 O DIREITO NA ESCOLA 11.1 Estrutura Jurídica (Leis) relativas ao setor educacional 11.2 O Direito dos(as) estudantes ao Continuum Curricular - Resolução 480/2022 do Conselho Estadual de Educação da Paraíba. 133 ESCOLAS CIDADÃS INTEGRAIS SOCIOEDUCATIVAS 12.1 ROTINAS E PRÁTICAS EDUCATIVAS NAS ECIS 12.1.1 Pedagogia da Presença nas ECIS 12.1.2 Presença educativa no SINASE: 12.2 Acolhimento nas ECIS 12.3 Protagonismo Juvenil nas ECIS 12.4 Clubes de Protagonismo nas ECIS 12.5 Tutoria nas ECIS 12.6 Plantão Pedagógico nasECIS 12.7 Reuniões de Fluxo nas ECIS 12.8 Observação em Sala de Aula nas ECIS 12.9 METODOLOGIAS DE ÊXITO NAS ECIS 12.9.1 Projeto de Vida nas ECIS 12.9.2 Projeto de Vida no SINASE: 12.9.3 Disciplinas Eletivas nas ECIS 12.9.4 Estudo Orientado nas ECIS 12.9.5 Práticas Experimentais nas ECIS 12.9.6 Propulsão nas ECIS 12.10 INSTRUMENTOS DE TECNOLOGIA EM GESTÃO EDUCACIONAL (TGE) NAS ECIS 12.10.1 Plano de Ação nas ECIS 12.10.2 Macroestrutura nas ECIS 12.10.3 Planilha de Monitoramento de Frequência nas ECIS 12.10.4 Programa de Ação nas ECIS 12.10.5 Ciclos de Acompanhamento Formativo nas ECIS 12.11 Outros Componentes e Aspectos do Modelo Integral nas ECIS 12.12 OUTRAS ESPECIFICIDADES DAS ESCOLAS CIDADÃS INTEGRAIS SOCIOEDUCATI- VAS 156 MATRIZES 13.1 Matrizes dos cursos técnicos 157 REFERÊNCIAS 162 ANEXOS DIRETRIZES 2023 DIRETRIZES 2023 9 Começamos um novo ano. Com ele, no- vos desafios; mas, também, novas opor- tunidades. Em novembro de 2022, uma nova gestão foi nomeada para a coordenação do Pro- grama de Educação Integral do Estado da Paraíba. Assumimos com a missão de organizar, reconstruir e pensar em novas possibilidades e horizontes para a Edu- cação Integral no Estado. Após muita reflexão, constatamos que inovar é preciso. E, para nós, nesse con- texto, a inovação surge como um retor- no ao básico: precisamos fortalecer con- ceitos, práticas e princípios do modelo pedagógico e de gestão das Escolas Ci- dadãs Integrais. Munidos(as) desse intuito, buscamos construir, por meio de muitas mãos, ori- entações e ações que fortaleçam a base fundante da Educação Integral no Estado. Estas diretrizes são uma parte do resulta- do desse esforço coletivo. Destacamos que é uma parte, cujo todo se manife- stará em formação para gestores(as), co- ordenadores(as) pedagógicas, coorde- nadores(as) administrativo-financeiros e docentes; ações de monitoramento; construção de material didático e feed- backs. Desse modo, buscamos, através das diretrizes, ofertar maior segurança no modelo das Escolas Cidadãs Integrais e apontar caminhos integradores, que am- pliem possibilidades de parcerias e atu- ação nas escolas. É fundamental destacar que essa análise não foi feita de maneira isolada ou “en- castelada”. Buscamos compreender o cenário que se apresentava, aos nossos olhos, de maneira intersetorial e inter- institucional, a fim de construir aponta- mentos e orientações que conversem e façam sentido para as mais diversas real- idades escolares, no âmbito das Escolas Cidadãs Integrais. Desse modo, alme- jamos espaços e meios de diálogo que fortaleçam o propósito da oferta de uma educação integral de qualidade na nossa terra. Neste documento, há algumas seções que são novidade em relação às diretriz- es de anos anteriores: ecossistema audio- visual, orientações jurídicas gerais (que serão detalhadas em documento poste- rior), além de sugestões de novas abord- agens metodológicas e links que tratam de oferta formativa online. Com esse ânimo, desejamos uma boa lei- tura e um bom aproveitamento destas diretrizes que vocês têm em mãos. Um grande abraço, cheio de esper- ança. Luiza Iolanda Pegado Cortez de Oliveira Jarleyde Andressa Santos Sales de Oliveira Sâmea Damásio da Mota Silva Francisco Diassis de Araújo Soares Coordenação da Comissão Executiva de Educação Integral/CEEI OLÁ, ESCOLAS CIDADÃS INTEGRAIS! DIRETRIZES 2023 ESCOLAS CIDADÃS INTEGRAIS 1.1 Escolas Cidadãs Integrais Propedêuticas O modelo de educação integral, desen- volvido nas Escolas Cidadãs Integrais, traz inovações e propostas que buscam rep- resentar um divisor de águas na história da educação do Estado da Paraíba, e tem como objetivo formar indivíduos protag- onistas, agentes de mudança sociais e produtivos, que possam contribuir com o mundo atual e suas necessidades. As escolas possuem um currículo ped- agógico voltado para a formação edu- cacional interdimensional de excelência, conforme a regulamentação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), e a profissionalização do(a) estudante con- forme método didático e administrativo próprios. O objetivo é oferecer os fundamentos de uma escola inclusiva, que visa a for- mar a(o) cidadã(o) para os desafios do século XXI, e também para as exigências profissionais do mundo contemporâneo, tendo como ponto de partida o(a) estu- dante, e buscando desenvolver os pilares essenciais para a formação de indivíduos, que possam contribuir com a sociedade a partir de sua autonomia, das diferentes competências e das ações solidárias. Tudo isso, baseado no incentivo e no desenvolvimento do Protagonismo Ju- venil. As Escolas Cidadãs Integrais Propedêuti- cas são alicerçadas através dos modelos de Tecnologia de Gestão Educacional e do Modelo Pedagógico. A partir desses dois modelos, as ECIs Propedêuticas pas- sam a definir seus princípios, suas prem- issas, bem como os componentes que estão inseridos na Parte Diversificada do Currículo. A movimentação da Premis- sa Educação Profissional e Inovação nas escolas propedêuticas é feita através de disciplinas específicas, sem a oferta de cursos técnicos. 1.2 Escolas Cidadãs Técnicas A Escola Cidadã Integral Técnica (ECIT) segue o mesmo modelo que a Escola Cidadã Integral Propedêuticas, mas tem como diferencial os cursos técnicos in- tegrados, que visam à formação dos(as) jovens para atuarem no mercado de tra- balho. Ambas têm, como foco, propor- cionar aos(às) jovens se reconhecerem como protagonistas em seus locais de atuação. Assim, quando um(a) estudante DIRETRIZES 2023 11 concluir o Ensino Médio numa ECIT, se sentirá seguro(a) para lidar com questões da vida, num contexto profissional. Além do Curso Técnico, os(as) discentes terão o suporte educacional de Profes- sores(as) Tutores(as), participarão de dis- ciplinas Eletivas, terão momentos de Es- tudo Orientado e Avaliações Semanais, para mediarem seus conhecimentos e treinarem para as avaliações externas. Poderão ainda, criar ou participar de Clubes de Protagonismo, tendo todo o suporte para a concretização dos seus sonhos na disciplina de Projeto de Vida e muito mais, que será apresentado no decorrer desta Diretriz. 1.3 Escolas Cidadãs Socioeducativas No ano de 2017, na Paraíba, iniciou-se uma nova história de sucesso na ofer- ta de políticas públicas de atendimen- to aos(às) adolescentes em privação de liberdade, levando o Estado a se tornar uma referência para o Brasil. Através do decreto nº 37.505, de 18 de julho de 2017, foi implementada a Escola Cidadã Integral Socioeducativa, cuja missão é de promover atendimento escolar de excelência, seguindo a adoção de um modelo de educação inclusiva, a fim de contribuir na ressocialização, na ressig- nificação e (re)construção dos Projetos de Vida dos(as) adolescentes. Além do atendimento escolar, o sistema socioeducativo envolve profissionais do Direito, da Saúde, da Assistência Social, da Segurança e da Educação. No estado da Paraíba, a garantia do atendimento socioeducativo a esses(as) adolescentes e jovens, é atribuição da Secretaria de Desenvolvimento Humano (SEDH), at- ravés da Fundação Desenvolvimento da Criança e do Adolescente Alice de Almei- da (FUNDAC). 1.4 Escolas Cidadãs Integrais Indígenas O modelo de Educação Integral alcançou as Escolas Cidadãs Integrais Indígenas (ECII) em 2021, apoiando a modalidade de Educação dos povos indígenas de for- ma diferenciada, intercultural e bilíngue. Desse modo, possibilita-se às comuni- dades indígenas, a difusão e a afirmação de sua cultura e de sua identidade étni- ca. Busca-se assegurar, também, o acesso aos conhecimentos das sociedades não indígenas, em consonância com a Res- olução 207/03 do Conselho Estadual de Educação da Paraíba. DIRETRIZES 2023 PROTAGONISMO JUVENIL 2.1 Conceito O Protagonismo Juvenil é uma das bas- es de sustentação do modelo da Escola Cidadã Integral e, enquanto modalidade de ação educativa, visa desenvolver jov- ens autônomos(as), solidários(as)e com- petentes, atores(atrizes) e sujeitos(as) da própria ação, preparados(as) para buscar soluções de problemas reais na escola, na comunidade e na vida pessoal e social. Esse Protagonismo pode ser compreen- dido como princípio, premissa e prática. Enquanto princípio, ele defende que to- dos(as) da escola podem ser Protagoni- stas, pois são agentes transformadores de suas histórias e da história da comu- nidade do entorno escolar. Enquanto Premissa, observa-se que ele é um ponto de partida para o desenvolvimento de metas e de objetivos. Enquanto prática, leva a comunidade escolar ao ato da ação educativa, capaz de possibilitar espaços e condições para o pleno desenvolvimen- to das capacidades dos(as) jovens. Assim, o Protagonismo Juvenil refere-se à formação de um(a) sujeito(a) ativo(a), com espírito de liderança, capaz de tomar decisões e fazer escolhas embasadas no conhecimento, na reflexão, na consider- ação de si próprio(a) e do coletivo. Nesse sentido, o(a) jovem deve ser visto(a) como fonte de liberdade, de iniciativa e de compromisso, sendo impulsionado(a) e acompanhado(a) pela equipe escolar, a fim de que assuma o papel consciente e intencional das ações que executa. 2.2 Protagonismo Profissional Além dos atributos trabalhados nas ECIs para o desenvolvimento do protago- nismo dos(as) estudantes, as Escolas Ci- dadãs Integrais Técnicas desenvolvem a preparação desses(as) jovens para o mundo do trabalho, por meio de proje- tos empreendedores e da aplicação de conteúdos ligados ao desenvolvimento de competências e de habilidades, com os(as) estudantes sendo inseridos(as) em contextos reais para analisar e para solu- cionar possíveis problemas. As disciplinas de Inovação Social e Cientí- fica, Intervenção Comunitária e Empresa Pedagógica – que serão detalhadas mais à frente – são importantes espaços para o desenvolvimento do Protagonismo Profissional, cujos princípios e valores são alicerçados concomitantemente, com a disciplina de Protagonismo Juve- DIRETRIZES 2023 13 nil: da heteronomia à autonomia (uma exclusividade da nossa rede de ensino), e outras importantes disciplinas da Parte diversificada do currículo, como: Projeto de Vida, Pós-Médio e Eletivas. Nas escolas propedêuticas, o protagonismo profis- sional também ganha sentido através de componentes curriculares como Co- labore e Inove (outra exclusividade da nossa rede) e práticas experimentais, que ajudam o(a) estudante a aprender a fazer. Nas Escolas Cidadãs Integrais Indíge- nas, o currículo é voltado para a sua re- alidade, com componentes curriculares que relacionam história, língua e cultura local. Nessa perspectiva, o Protagonismo Profissional possibilita que o(a) jovem, no contexto em que está inserido(a), possa atuar com responsabilidade, val- orizando seus costumes e ampliando as possibilidades de atuação no mundo do trabalho, econômico e social. Aqui, o protagonismo juvenil e o desdo- bramento em protagonismo profissional, enquanto modalidade de ação educati- va, também necessita do acompanha- mento de todos(as) os(as) profissionais da escola e do engajamento da comu- nidade escolar, com metas e objetivos previamente estabelecidos, garantindo que todas as ações sejam planejadas e executadas com intencionalidade. Essas estratégias de um currículo pensa- do para integrar conteúdos interdisciplin- ares da BNCC, da Base Técnica e da Parte Diversificada, favorecem a ampliação do repertório profissional, tecnológico, científico e cultural da comunidade es- tudantil, respeitando sempre sua cultura, língua e o contexto em que está inserida. 2.3 Acolhimento Inicial Nas Escolas Cidadãs Integrais o acolhimento inicial é considerado o pas- so inicial para a construção do Projeto de Vida dos estudantes. Toda ação é desen- volvida pelos estudantes veteranos da instituição que são formados pela Secre- taria Estadual de Educação por meio da Gerência Executiva de Educação Integral e atuam nessa ação enquanto Protag- onistas Acolhedores, impulsionando o Protagonismo dos novos estudantes da escola. Objetivos do acolhimento inicial: • Acolher os novos estudantes ingres- santes na escola; • Apresentar o Modelo Integral; • Instigar o Protagonismo dos Estu- dantes, acolhedores e ingressantes; • Possibilitar a construção de novos laços de amizade; • Dar início a criação de vínculo a um ambiente estável ao estudante. DIRETRIZES 2023 Produtos do acolhimento inicial: • Coletar os sonhos dos estudantes para realizar a tabulação dos son- hos que servirá para o planejamento geral da equipe; • Elaboração do Portfólio de cada es- tudante; • Elaboração das Cápsulas do tempo dos estudantes; • Elaboração do contrato de convivên- cia. 2.4 Liderança de Turma Eleitos(as) por suas respectivas turmas, os(as) líderes possuem a missão de se co- municarem adequadamente entre os(as) seus(suas) colegas de turma e a gestão escolar, além de tornarem-se parte da equipe gestora, buscando a solução de possíveis desafios enfrentados pela co- munidade escolar. Os(As) líderes precisam exercer o papel de protagonistas sempre buscando o melhor para a convivência solidária na escola. É de suma importância que esta invista diretamente, na formação e no fortalecimento dos(as) líderes à luz da Liderança Servidora. Dentre as atribuições dos(as) Líderes de Turmas, temos: 1. Reunir com o trio gestor(a) sempre que necessário, porém fica alinha- da uma reunião periódica sema- nal (fluxo) com data, horário, local e pauta, que devem estar expostas e acessíveis a todos(as); 2. Representar as turmas no Conselho de Líderes de Turma; 3. Representar os(as) estudantes nos Conselhos Bimestrais e em outras reuniões da escola cuja sua partici- pação esteja prevista; 4. Colaborar com o monitoramento de infrequência dos(as) colegas de tur- ma, a fim de fortalecer os trabalhos de busca ativa na escola; 5. 5. Apoiar no planejamento e na ex- ecução dos acolhimentos diários; 6. Apoiar a formação dos(as) colegas em relação aos princípios do mod- elo e da liderança servidora; 7. Apoiar e estimular a participação dos(as) colegas em eventos, ações e programas estudantis como Orgulho IDEB, Redação Nota Mil, Se Liga Pro- ta, Conexão Mundo, Programa Celso Furtado, Programa Ouse Criar, dentre outros promovidos pela SEE-PB; 8. Apoiar o planejamento de eventos e ações recreativas e culturais da escola; DIRETRIZES 2023 15 9. Apoiar e incentivar a participação dos(as) colegas no grêmio estudantil; 10. Apoiar e incentivar a participação dos(as) colegas em monitoria de dis- ciplinas, encontros de tutoria, clubes de protagonismo e outros espaços de protagonismo da escola; 1. Colaborar com a movimentação e monitoramento dos instrumentos da escola, como Guias de Aprendiza- gem, Quadro de Monitoramento de Frequência, Cardápio, Plano de Ação, Agenda Bimestral etc. Todos esses pontos devem ser trabalhados pelo trio gestor(a) durante os momentos de formação dos líderes de turma, bem como durante as reuniões com a gestão e o Conselho de Líderes. 2.5 Conselho de Líderes O Conselho de Líderes de Turma consiste num potente espaço de protagonismo da escola, onde os- (as) Líderes de Turma serão estimulados(as) a desenvolverem o pro- tagonismo autêntico, sendo uma ponte de diálogo entre a comu- nidade estudantil e a gestão escolar. No Conselho de Líde- res, os(as) estudantes desenvolvem habilidades de organi- zação, autogestão, comunicação, artic- ulação e resolução de desafios. As re- uniões do Conselho de Líderes devem possuir pautas, e os líderes devem orga- nizar os registros das reuniões através de atas, fotos e outros meios que acharem pertinentes. É muito importante que a gestão escolar não confunda CONSELHO DE LÍDERES DE TURMA com CONSELHO BIMES- TRAL OU CONSELHO ESCOLAR, esses dois últimos serão conceituados mais adiante. Durante a formação dos(as) Lí- deres de Turma, a gestão escolar deve esclarecer aos(às) estudantes sobreas 5 etapas de organização e funcionamento do Conselho de Líderes: 3 - Reunião entre Líderes de Turmas 4- Reunião entre Líderes de Turmas e Trio Gestor 2 - Reunião entre o Líder e sua turma 5 - Reunião de feedback entre o líder e sua turma. 1 -Implantação do Conselho de Líderes de Turma após eleição. DIRETRIZES 2023 1. momento: Os(As) Líderes de Turma, após eleitos(as) no início do ano, es- tabelecem a implantação do Consel- ho de Líderes e o cronograma de re- união semanal (sempre em horários que não concorram com as aulas), a forma de registro das reuniões, a nomeação do(a) secretário(a) re- sponsável pela elaboração de atas, etc. 2. momento: Os(As) Líderes devem se reunir com as suas respectivas turmas para desenvolver a escu- ta atenta e pautar os assuntos que serão abordados com os(as) demais líderes de turma, a fim de encamin- har as demandas que serão discuti- das com o trio Gestor(a). Essa etapa, assim como as demais, deve ter ata com a assinatura de todos(as) os(as) presentes ou outra forma de registro (a exemplo dos prints de grupos de whatsapp ou google meet, que ates- te a participação da turma). 3. momento: Os(As) Líderes se reúnem entre si, no conselho de líderes, a fim de discutir as pautas elaboradas em todas as turmas e unificá-las em ape- nas uma, além de apresentá-las na reunião com o Trio Gestor. Trata-se de uma ocasião em que é estimula- da a capacidade de síntese, de me- diação e de interlocução entre os(as) estudantes envolvidos. 4. momento: Os(As) Líderes se reú- nem com o Trio Gestor(a) para apre- sentação da pauta definida ante- riormente, para fazer acordos, para definir prazos e para formular en- caminhamentos. Tudo isso deve ser registrado em ata, a ser assinada por todos os(as) participantes no final do encontro. Logo, eventuais de- mandas da Gestão, na perspectiva pedagógica, administrativa e finan- ceira podem ser levadas para essa re- união. O laço de confiança entre os- (as) estudantes e a Equipe Gestora é reforçado a cada encontro realizado. 5. momento: Os(As) Líderes formulam devolutivas e apresentam feedback às suas turmas, a partir dos acordos feitos na reunião com o(a) Gestor(a). É de suma importância que a gestão observe se a 1º etapa de implantação do Conselho de Líderes foi concluída, e estimulem a movimentação das de- mais etapas, garantindo a autonomia necessária para a condução dos tra- balhos pelos(as) Líderes de Turma. 2.6 Grêmios Estudantis O grêmio estudantil consiste na repre- sentação máxima dos(as) estudantes no âmbito escolar. Os membros do grêmio podem atuar juntos ao conselho esco- lar, no desenvolvimento de eventos es- tudantis, bem como na representação DIRETRIZES 2023 17 dos(as) estudantes junto aos órgãos exter- nos da escola. Além da representatividade, o grêmio estudantil possui a finalidade de estimular o desenvolvimento do protag- onismo dos(as) estudantes, engajando os(as) estudantes em ações de transfor- mação da escola e da comunidade. Os grêmios estudantis possuem regula- mentação através das legislações federais e estaduais, de forma que seus estatu- tos devem respeitar a legislação vigente. Nesse sentido, as escolas cidadãs integrais, da nossa rede de ensino, reconhecem os grêmios como um importante espaço de protagonismo dos(as) estudantes e por esse motivo, devem garantir as condições, dentro da legislação vigente, para que os- (as) estudantes tenham o direito de con- stituir o grêmio estudantil. Para garantir esse suporte, os gestores e as equipes escolares podem tomar como uma das referências as sequências didáti- cas do componente curricular Protagonis- mo Juvenil: da heteronomia à autonomia, para as turmas da 1ª série, que foi inserida no currículo das ECIs e ECITs a partir do ano de 2022, e tem um capítulo sobre o funcionamento dos Grêmios Estudantis. A referida sequência didática está disponível no Drive de Materiais da GEEI/SEE. 2.7 Monitoria A monitoria de turma consiste num importante espaço de protagonismo, no qual os(as) estudantes terão a opor- tunidade de se inscrever para atuarem como monitores(as) das disciplinas que possuem maior afinidade, fortalecendo a movimentação da BNCC e dos com- ponentes da Parte Diversificada ou Base Técnica. A atuação dos(as) monitores(as) de dis- ciplinas deve ocorrer sob a orientação dos(as) professores(as) e por meio da regulamentação da coordenação ped- agógica da escola, que ficará responsável pela articulação do Plano de Trabalho dos(as) estudantes monitores de disci- plinas e dos(as) professores supervisores. Dessa forma, se faz necessário que os(as) professores(as) elaborem o Plano de Tra- balho da Monitoria e que o referido pla- no seja validado pelas coordenações de área e pela coordenação pedagógica. Em relação a construção do Plano de Tra- balho da Monitoria de disciplinas, FICA VEDADO AO(À) ESTUDANTE: 1. Substituir o(a) professor(a) em sala de aula; 2. Atribuir nota em trabalhos e provas de alunos(as); 3. Realizar o registro de frequência e dos conteúdos no diário de classe e as de caráter administrativo. DIRETRIZES 2023 A Coordenação Pedagógica e as Coorde- nações de Áreas devem orientar a equi- pe escolar sobre a elaboração do: 1. Edital de abertura da monitoria para seleção de monitores(as); 2. Plano de Trabalho da Monitoria; 3. Termo de ciência e compromisso dos(as) monitores(as); 4. Modelo de relatório anual da mon- itoria para os(as) estudantes e para o(a) professor(a). Para garantir esse alinhamento, às equi- pes escolares podem tomar como uma das referências as sequências didáticas do componente curricular Protagonismo Juvenil: da heteronomia à autonomia, para as turmas da 1ª série, que foi inseri- da no currículo das ECIs e ECITs a partir do ano de 2022, e tem um capítulo com o passo a passo de como implantar e im- plementar a monitoria de disciplinas na escola. A referida sequência didática está disponível no Drive de Materiais da GEEI/ SEE. 2.8 Clubes de Protagonismo O Clube de Protagonismo é um espaço destinado aos(às) estudantes, oferecido para colaborar com o seu sucesso e o da comunidade de forma coletiva e solidária. Nele, os(as) estudantes desenvolvem e exercitam muitas habilidades essenciais para a sua formação e para a sua atuação na vida pessoal, social e produtiva. O que há de mais atraente no Clube de Protag- onismo é que ele possibilita a integração das pessoas e o desenvolvimento delas. Nesse espaço, os(as) estudantes têm a oportunidade de assimilar posturas e atitudes que são indispensáveis para o desenvolvimento do protagonismo. Tal prática configura-se como um dos principais instrumentos para o desen- volvimento do protagonismo autêntico, que é um dos princípios norteadores do Modelo da Escola Cidadã Integral. Eles surgem a partir da vivência e do interes- se coletivo dos(as) estudantes, ou seja, ocorrem em períodos de intervalo, na hora do almoço, até mesmo em horários depois das aulas ou nos fins de semana (exceto nas ECI Socioeducativas, pois são integrados ao horário das aulas). Porém, é preciso sempre haver a comunicação e o agendamento dessas atividades junto à gestão escolar, assim como a presença de um adulto (no caso dos fins de sema- na e horários pós-aula). Os Clubes de Protagonismo têm como objetivo a convivência e o desenvolvi- mento da solidariedade e do respeito às diferenças. Além disso, nos clubes, os(as) estudantes desenvolvem habilidades da BNCC de formas variadas e intencionais, em cujo processo os professores atuam como padrinhos, orientando os(as) par- ticipantes, quando necessário. Os(as) estudantes escolhem e elegem os DIRETRIZES 2023 19 seus membros representantes como pres- idente(a), vice-presidente(a), secretário(a), etc. Tudo para colaborar de forma efetiva com o bom funcionamento desse espaço de protagonismo. Para a efetivação de- les, a GEEI/SEE media a realização de uma Semana de Protagonismo, que é re- alizadaentre os meses de março e abril (e, nas ECI Socioeducativas, bimestralmente). Em suma, o objetivo é que 100% dos(as) estudantes estejam engajados(as) nessa prática. Portanto, o(a) Gestor(a) e toda a comunidade escolar precisam incentivar a participação e acompanhar o funciona- mento dos clubes. Para isso, é necessário fazer reuniões semanais (fluxo) com os- (as) presidentes(as) dos clubes. Nessas re- uniões, os planos de ação dos clubes são revistos, formações são realizadas e orien- tações são dadas para o desenvolvimen- to e para a manutenção dos clubes. Ade- mais, a escola precisa compreendê-los como espaços de aprendizado contínuo e interdimensional. Para garantir o aprofundamento sobre o funcionamento dos Clubes de Protago- nismo, as equipes escolares podem tomar como uma das referências as sequências didáticas do componente curricular Pro- tagonismo Juvenil: da heteronomia à au- tonomia, para as turmas da 1ª série, que foi inserida no currículo das ECIs e ECITs a partir do ano de 2022, e tem um capítulo com o passo a passo de como conduz- ir as ações dos Clubes de Protagonismo. A referida sequência didática está dis- ponível no Drive de Materiais da GEEI/ SEE. 2.9 Orgulho ENEM As ações referentes ao #OrgulhoENE- MPB, serão desenvolvidas em três etapas: planejamento, divulgação e execução. Assim, a gestão precisará organizar as ações e as atribuições dos(as) profes- sores(as) e dos(as) líderes, a fim de alca- nçar a excelência desse movimento e atingir os objetivos que foram traçados abaixo: OBJETIVO 01 Motivar os(as) estudantes a realizarem o ENEM; OBJETIVO 02 Preparar os(as) estudantes para o ENEM; OBJETIVO 03 Comunicar e engajar os(as) estudantes sobre as ações a serem desenvolvidas. DIRETRIZES 2023 2.9.1 Lista de ações do Orgulho ENEM AÇÕES DA ESCOLA A escola precisa organizar ações que mo- bilizem, motivem e movimentem os(as) estudantes e a comunidade (premissa da corresponsabilidade) para a realização das provas do ENEM. Dentre estas ações, estão: • Mobilização dos(as) para solicitarem isenção da taxa de inscrição (a meta é 100% dos estudantes das 3ª séries solicitem); • Mobilização dos(as) estudantes que precisam justificar ausência no ENEM de anos anteriores; • Realizar acolhimentos temáticos; • Realizar reuniões e planejamento das ações de mobilização para pedi- dos de isenção e inscrição; • Disponibilização de ferramentas para que os estudantes realizem todas as etapas de isenção, justificativa de ausência e inscrição no ENEM 2023; • Realizar reuniões e planejamento das ações DENOMINADA DE MARA- TONA DO ENEM; • Realizar aulões de todas as áreas do conhecimento com os professores da escola, e quando possível, fazer intercâmbio de professores com es- colas vizinhas. Estudantes egressos da rede, também podem ser convidados para essas ações. A GEEI irá disponibilizar orientações es- pecíficas para essas ações, com datas es- pecíficas, junto com os materiais para o planejamento das Escolas Cidadãs. AÇÕES DO (A) GESTOR (A) O(A) gestor(a), como principal fonte irra- diadora de referência da escola, exercen- do a sua função de líder, precisará engajar todos os(as) atores/atrizes do processo na ação. Para isso, é de suma importância que ocorra o momento de reunião com os(as) sujeitos(as) do processo: profes- sores(as) e estudantes. Assim, será pos- sível desenvolver um planejamento de acordo com as especificidades de sua escola. É importante que o(a) gestor(a): • Realize reuniões de planejamento; • Participe das ações de divulgação; • Convoque estudante e profes- sores(as) para participar da ação; • Mobilize a comunidade escolar; • Participe ativamente das ações; DIRETRIZES 2023 21 • Monitore todo o processo. AÇÕES DO (A) COORDENADOR (A) O(A) coordenador(a) Pedagógico(a) pre- cisará organizar, junto com os(as) profes- sores(as) coordenadores(as) de áreas, a organização dos aulões da Maratona do Enem de acordo com áreas de conheci- mento do ENEM no turno da manhã. • Pensar em estratégias pedagógicas para o desenvolvimento das ações; • Engajar os(as) professores(as) no desenvolvimento dos aulões; • Organizar, orientar e acompanhar o planejamento dos(as) profes- sores(as) de acordo com as áreas do conhecimento. AÇÕES DO(A) PROFESSOR(A) Dessa forma, como você já observou nas ações a serem desenvolvidas, alguns irão atuar de acordo com a sua disciplina e com a área do conhecimento. Logo, os- (as) professores(as) irão atuar, prioritaria- mente, nas seguintes ações: • Desafio Redação Nota 1000; • Aulão de acordo com aula do Con- hecimento; • Divulgação dos eventos escolares e estaduais. Primeiramente, é importante que o(a) professor(a) possa motivar os(as) estu- dantes a participarem da ação, e claro, desenvolver um aulão com muita mo- tivação e dinamicidade. AULÕES DAS ÁREAS DO CONHECI- MENTO: Com o intuito de revisar os conteúdos didáticos cobrados pelo ENEM, a escola pode realizar aulões por áreas curricu- lares, de modo que os(as) professores(as), alinhados(as) com as coordenações de áreas e pedagógica, se envolvam na elaboração e na metodologia desses aulões. Destarte, a escola pode elaborar um calendário de aulões de acordo com o contexto escolar específico de cada in- stituição de ensino. PARA A DINAMICIDADE DA AÇÃO • O(A) professor(a) de Pós-Médio deve estar à frente de toda a ação, orga- nizando, orientando e monitorando; • Os(As) professores(as) deverão or- ganizar o aulão temático, de acordo com a área do conhecimento; • Por ser uma das últimas ações a ser- em desenvolvidas referente ao ENEM, o momento requer motivação para que os(as) estudantes fiquem con- DIRETRIZES 2023 fiantes quanto a sua participação no exame, toda a equipe escolar deve se encarregar de dar o apoio necessário aos(às) estudantes; • Para a divulgação da ação, o(a) professor(a) também pode fazer vídeos, convites ou utilizar o ele- mento suspense para gerar curi- osidade nos(as) estudantes insti- gando-os(as) a participarem das ações; • Nos aulões, fazer uso de ferra- mentas atrativas para os(as) jov- ens, músicas, aplicativos, paródias, questões do dia a dia; • A estratégia de realizar parceria com outros(as) professores(as) de outras escolas para aulões, geram um bom engajamento dos(as) es- tudantes (pensem nisso!); • Pensar em desafios a serem solu- cionados durante os aulões. DICAS PARA O DESENVOLVIMENTO DAS AÇÕES • Os(As) jovens articuladores são de grande importância no processo de comunicação com os(as) estudantes. Assim, a participação deles(as) é de suma importância para o sucesso da ação. Convoque-os(as) para que possam gravar vídeos, Tik-Toks, fazer paródias, músicas, danças e veiculem nas redes sociais informando os(as) participantes sobre as ações que serão desenvolvidas, datas e hora; • Após a escola ter realizado várias ações para o ENEM, nos últimos aulões, na Maratona ENEM, é impor- tante que seja pensado como um momento de descontração e como uma ação motivacional para com os- (as) estudantes; • Que tal pensar em uma ação in- terescolar, com aulões articulados entre duas escolas ou mais? • Utilizem a criatividade para o desen- volvimento das ações, fantasias, e músicas. MONITORAMENTO DA GESTÃO Por fim, mas não menos importante, é necessário que o(a) gestor(a) escolar já tenha montado o seu banco de dados acerca dos estudantes que prestaram o Exame Nacional do Ensino Médio, em pelo menos dois anos anteriores, para que possam tomar decisões de acordo com esse material. As informações, de notas e aprovações, serão solicitadas pela Secretaria Estadual de Educação para consolidação de dados estaduais. DIRETRIZES 2023 23 2.10 Orgulho IDEB A Ação “Orgulho IDEB” será realizada em três etapas, mas, primeiramente, teremos alguns objetivos a serem atingidos nesse processo: • Garantir que todos os estudantes da escola tomem conhecimento das avaliações externas; • Envolver toda a escola na mobili- zação “Orgulho IDEB”;• Mobilizar todos/as estudantes a par- ticiparem das provas. Nossa meta é aumentar a nota do IDEB da Paraíba, sermos destaque Nacional e conhecermos ainda mais as necessidade e potencialidades da educação no nosso Estado. A Paraíba tem um potencial in- crível e podemos ser referência para todo o Brasil. Vem fazer parte dessa história! A Ação Orgulho IDEB irá movimentar toda a escola e, num primeiro momen- to, haverá uma reunião dos(as) Líderes com a gestão escolar para definir alguns passos, que deve acontecer uma semana antes da SEMANA DE MOBILIZAÇÃO. • Passo 1: Contextualizar a Ação Or- gulho IDEB e a sua importância para o estado da Paraíba e a garantia da Educação Pública de Qualidade. • Passo 2: Definir a data e o turno em que as ações serão realizadas. • Passo 3: Formar as duplas, prezan- do a equidade de gênero, garantin- do presença de meninas e meninos no processo. É de suma importância garantir a diversidade presente nas nossas escolas. • Passo 4: Organizar o material que será utilizado: slides, vídeos e con- teúdos. ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVI- DAS: • Acolhimento Temático do IDEB: a escola deverá desenvolver, durante uma semana, todos os dias, o acolhi- mento diário com o tema de “Incen- tivo à participação no IDEB”. • Exibição de vídeo pela escola sobre a importância e/ou engajamento para o IDEB. • Fala dos líderes com a turma sobre o IDEB. DESAFIO Os(As) líderes de cada escola deverão elaborar uma campanha que envolva estudantes e que seja criativa, atrativa e protagonista. Pode ser: vídeos, fotos, paródia, poesia, cordel e etc! DIRETRIZES 2023 A campanha deverá ser postada nas re- des sociais da Escola e divulgada am- plamente nas redes sociais pessoais dos estudantes. Quem tiver maior engaja- mento, mobilização, views e participação protagonista, estará em destaque nas nossas redes sociais oficiais. TEMA DA CAMPANHA: Eu Sou #ORGULHOIDEB 2.11 Se Liga Prota O SE LIGA PROTA é um evento que tem o objetivo de abrir as portas das Escolas Cidadãs Integrais a toda a comunidade externa, apresentando o modelo e suas especificidades por meio dos estudantes protagonistas, que mostram em suas palavras, ações e escolhas, o que é ser estudante de uma ECI, e assim angariar matrículas para o modelo integral. O 1º SE LIGA PROTA ocorreu no ano de 2018 quando tínhamos 100 escolas inte- grais, depois em 2019 com todas as 153 escolas. No ano de 2021 a ação ocorreu 2 vezes de forma virtual, e depois pres- encial, de acordo com a possibilidade de cada escola, em 2022 foi facultado às es- colas o desenvolvimento dessa ação e, a partir de 2023 a ação deverá ser desen- volvida por todas as Escolas Cidadãs In- tegrais. O evento é um momento para apresen- tar os princípios da Escola Cidadã Integral a possíveis estudantes no ano seguinte, e fortalecer o protagonismo de nossos Jovens Protagonistas, que já estão estu- dando no modelo. A formação dos Estu- dantes acontece por meio da Secretaria Estadual de Educação, via Gerência Ex- ecutiva de Educação Integral, que en- caminhará todas as informações e mate- riais necessários para sua execução. 2.12 Olimpíadas A SEE acredita que a participação em olimpíadas de conhecimento é um grande privilégio para os(as) estudantes da rede, pois, nessas competições, eles(as) desenvolvem não só o conhe- cimento acadêmico, como também o espírito esportivo e outras habilidades socioemocionais essenciais para a for- mação como ser humano. Atualmente, existem olimpíadas de con- hecimento nas mais diversas áreas. Elas acontecem em níveis locais, estaduais, nacionais e até internacionais. Incenti- vamos a participação dos(as) estudantes nestes eventos, pois, dessa forma, eles desenvolvem muitas habilidades, como a autonomia, a ética, a linguagem, o ra- ciocínio, etc. Ademais, a Base Nacional Comum Cur- ricular (BNCC) estabelece que é papel do Ensino Básico, entre outros: DIRETRIZES 2023 25 “ III – o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pens- amento crítico; IV – a compreensão dos fundamen- tos científico-tecnológicos dos pro- cessos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.” Alinhados a essa proposta, estão dentro dos objetivos educacionais da SEE/PB, a compreensão do significado da ciên- cia, das letras e das artes nos processos de transformação social e cultural e no desenvolvimento da dimensão humana, incluindo-se a formação ética, a autono- mia intelectual e o espírito crítico. Para isso, as Olimpíadas do Conhecimen- to são ótimas aliadas. Elas auxiliam o(a) estudante a desenvolver autonomia nos estudos, pensamento crítico, resolução de problemas de forma ética, responsab- ilidade e capacidade de lidar com desafi- os e frustrações. 2.12.1 Sugestões de Olimpíadas do Conhecimento Diante do universo rico e diversificado das Olimpíadas do Conhecimento, de- stacamos e sugerimos as seguintes: • Olimpíadas de Língua Portugue- sa (OLP): Consiste num concurso de produção textual de professores(as) e de estudantes, de caráter forma- tivo, que foi criado em 2008 com o intuito de contribuir para a melhoria da leitura e da escrita de estudantes do 5º ano do Ensino Fundamental à 3ª série do Ensino Médio de escolas públicas brasileiras. Para saber mais, clique aqui. • Olimpíadas Brasileiras de Matemática das Escolas Públi- cas e Privadas (OBMEP): A OBMEP é uma realização do Instituto de Matemática Pura e Aplicada - IMPA, que tem como objetivo estimular o estudo da Matemática e revelar tal- entos na área. Para mais informações clique aqui. • Olimpíada Nacional de Ciências (ONC): A ONC se destina aos(às) estudantes que estiverem regular- mente matriculados(as) no Ensino Fundamental II (6º, 7º, 8º ou 9º ano); no Ensino Médio (1ª, 2ª ou 3ª série); e estudantes da 4ª série do Ensino Técnico, bem como estudantes da Educação de Jovens e Adultos das séries ou anos citados acima. Mais in- formações podem ser obtidas aqui. • Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) e Mostra Brasile- ira de Foguetes (MOBFOG): Podem https://www.escrevendoofuturo.org.br/concurso http://www.obmep.org.br/ https://www.onciencias.org/ DIRETRIZES 2023 participar da OBA e da MOBFOG estudantes do primeiro ano do en- sino fundamental até estudantes do último ano do ensino médio. O con- junto dessas atividades levam a des- pertar nos(as) jovens, o interesse por ciências, desenvolvendo habilidades cognitivas e socioemocionais, que fazem parte das metas de desen- volvimento humano da Educação Cidadã. Mais informações aqui. • Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas (OBFEP): Acontece anualmente desde 2012 em todo o Brasil, sendo destinado, exclusiv- amente, aos estudantes do Ensino Médio, e do último ano (9o ano) do Ensino Fundamental de Escolas Públicas. São premiados, estudantes, escolas e professores; os estudantes, melhor classificados, podem receber Bolsas de Iniciação Científica Júnior. Mais informações aqui. • Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB): A Olimpíada Nacional em História do Brasil começou em 2009 e tem sido um sucesso entre alunos(as) e professores(as) de todo o país. Elaborada pelo Departamen- to de História da Unicamp, a iniciati- va firmou-se no cenário educacional como uma proposta inovadora de estudo consistente de história. Mais informações aqui. • Olimpíada Brasileira de Robóti- ca (OBR): A Olimpíada Brasileira de Robótica, ou OBR, é uma olimpíada de conhecimento para estudantes do ensino fundamental e ensino mé- dio. Foi fundada como parte de uma iniciativa de pesquisadores na área de robótica para difusão da robótica na sociedade brasileira. Para saber mais, clique aqui. http://www.oba.org.br/site/ https://www.sbfisica.org.br/~obfep/ https://www.olimpiadadehistoria.com.br/ https://www.olimpiadadehistoria.com.br/ https://www.obr.org.br/ DIRETRIZES 2023 27 DIRETRIZES2023 METODOLOGIAS DE ÊXITO As Metodologias de Êxito são os compo- nentes curriculares que estão inseridos na Parte Diversificada do Currículo. Tais metodologias precisam ser o fio condu- tor entre as práticas sociais e o mundo acadêmico, considerando o plano de ação da escola, de modo a contribuir, maximizar e diversificar as experiências e os conhecimentos dos(as) nossos(as) es- tudantes. Desse modo, para garantir a eficiência da execução das Metodologias de Êxito nos espaços escolares, é necessário “lançar mão” de práticas pedagógicas que levam em consideração a experimentação de atividades contextualizadas e significati- vas, nas mais distintas áreas, para os(as) estudantes. Em outras palavras, as met- odologias de êxito nos convidam a rep- ensar: • O que vamos ensinar? • Como vamos ensinar? • Como conduzir os processos de en- sino e de aprendizagem a fim de contribuir com a formação protago- nista de nossos(as) discentes? Além disso, é de suma importância que as Metodologias de Êxito estejam bem articuladas às temáticas e aos conteúdos das áreas e dos componentes da BNCC, levando em consideração o Plano de Ação da Escola, com foco nos objetivos a serem alcançados. Para que essa articulação aconteça, o Modelo Pedagógico e o Modelo de Gestão precisam caminhar lado a lado, traçando as metas a serem atingidas e o modo como cada uma das Metodologias de Êxito contribuirá com o sucesso da es- cola. As Metodologias de Êxito são divididas em categorias: Projeto de Vida, Pré-Mé- dio, Pós-Médio, Propulsão, Eletivas, Pro- tagonismo Juvenil, Estudo Orientado, Avaliação Semanal e Práticas Experimen- tais. 3.1 Projeto de Vida O Projeto de Vida é a Metodologia de Êxito que se traduz na centralidade do modelo de Escola Cidadã Integral, que objetiva refletir as múltiplas dimensões da identidade dos(as) jovens ainda em formação. Assim, as aulas de Projeto de Vida não se referem apenas a um projeto de carreira voltado, exclusivamente, para DIRETRIZES 2023 29 o lado profissional, pois é uma Metodolo- gia de Êxito, que nos convoca à reflexão sobre o “ser e o querer ser”, tendo por ob- jetivo ajudar nossos(as) jovens a planejar- em e traçarem os caminhos que precis- am trilhar, tendo solidez nas dimensões pessoal, social e produtiva da vida, em períodos de curto, médio e longo prazos. Dessa forma, é importante frisar que o Projeto de Vida acontece na junção de duas variáveis: A primeira diz respeito à identidade, ou seja, quanto mais o(a) jo- vem se conhece, experimenta as poten- cialidades individuais, descobre o gosto, aquilo que sente prazer em fazer, maior será sua capacidade de elaborar seu projeto. Já a segunda, contribui na elab- oração do Projeto de Vida por meio do conhecimento da realidade. Logo, quanto mais eles(elas) conhecem a realidade na qual estão inseridos, mais compreendem o funcionamento da es- trutura social, com seus mecanismos de inclusão e de exclusão, além de terem consciência dos limites e das possibili- dades na área em que queiram atuar, am- pliando as possibilidades de elaborarem e de implementarem os seus projetos. Sendo assim, as duas variáveis deman- dam espaços e tempos de experimen- tação, bem como uma ação educativa. Ademais, o(a) professor(a) de Projeto de Vida desempenha esse papel de orienta- dor(a) e de interlocutor(a) desse proces- so na vida do(a) jovem protagonista. Para os(as) professores(as) das aulas de Projeto de vida, há especificidades que devem ser consideradas. Não existe um “perfil perfeito”, entretanto, esses(as) do- centes precisam ter a habilidade de in- fluenciar o(a) jovem, cultivando uma atuação transformadora, que envolve subjetividade e objetividade, além de motivar sobre seus sonhos, interesses, aquilo que desejam para suas vidas, onde pretendem chegar e o que anseiam ser, refletindo sempre sobre a ação e suas etapas para alcançar um Projeto de Vida bem sucedido. Outrossim, por se tratar do principal condutor para realizar junto ao jovem seus sonhos, desejos e planos de vida, orientamos que, o(a) professor(a) de Projeto de Vida não lecione nenhuma outra disciplina da base diversificada do currículo, nem assuma a Coordenação de Área, pois garantirá o foco no que se deseja e poderá contribuir para o suces- so da escola a partir desta Metodologia de Êxito. O acompanhamento da disciplina de Projeto de Vida deve ser realizado pelo(a) Coordenador(a) Pedagógico(a) com re- uniões regulares e registro em ata. Ori- entamos que seja disponibilizado um horário específico, dentro da realidade de cada escola para este momento, de modo que os professores possam se re- unir com a coordenação pedagógica para alinhamento e monitoramento das aulas estruturadas e ações do Projeto de Vida. Diante da necessidade de incentivar e DIRETRIZES 2023 apoiar os(as) estudantes para realização do seu Projeto Escolar, o desenvolvimen- to do Projeto de Vida na escola deve seguir fielmente todas as orientações específicas deste componente curricu- lar. O(A) professor(a) de Projeto de Vida deve acompanhar as ações dos protag- onistas no acolhimento inicial, recolher os produtos gerados, à saber: escada dos sonhos e carta do futuro (para a cápsu- la do tempo), acompanhando e moni- torando todo o processo a fim de prov- er condições para desenvolvimento de competências dos(as) estudantes, que permitirão atravessar e atuar frente aos desafios que encontrarão no caminho para consolidação de um projeto para a sua vida. O Projeto de Vida do(a) estudante é o coração da escola. Apesar de existir uma metodologia específica do currículo, toda equipe escolar deve acompanhar e se envolver em suas ações, inclusive, acompanhar o GPS de Projeto de Vida, articulando as temáticas aos componen- tes curriculares que ministram. Nas ECITs não é diferente, essa articulação também deve acontecer, de modo que os(as) es- tudantes visualizem isto na prática dos educadores(as), e se sintam apoiados, motivados e capazes de construir um projeto que crie expectativas para o fu- turo. IMPORTANTE! Os(As) estudantes que realizaram matrícula após o acolhimen- to inicial, o(a) professor(a) de Projeto de Vida deve realizar o processo em sala de aula, de modo que esse(a) estudante também passe pelo mesmo processo que os demais. Esse monitoramento é imprescindível, e deve ser rigorosamente acompanhado, e culminado na abertura da cápsula do tempo ao final do ano le- tivo. 3.2 Protagonismo Juvenil Nas nossas ECIs e ECITs encontramos várias expressões do protagonismo, que foram impulsionadas com a criação de espaços e condições de participação dos(as) estudantes, como: Liderança de Turma, Grêmios Estudantis, Clubes de Protagonismo, Monitoria, Acolhimentos, entre outras ações. Diante de um processo de avaliação do protagonismo, tendo em vista as neces- sidades de nossos jovens, alinhadas aos princípios, premissas e práticas da Escola Cidadã Integral e frente a implantação do novo ensino médio, foi pensado na im- plementação de um componente curric- ular da parte diversificada, que apoiasse os(as) jovens estudantes na fase de sua travessia entre a heteronomia da infân- cia e adolescência, até a autonomia da vida adulta, atuando em nossas ações estudantis, fortalecendo os processos de desenvolvimento do protagonismo autêntico por meio do acompanhamen- to do professor. DIRETRIZES 2023 31 O componente curricular “Protagonismo Juvenil: da heteronomia à autonomia” - gentilmente abreviada por “PJ” - surgiu como mais um espaço na Escola Cidadã Integral para que os(as) jovens possam desenvolver suas habilidades alinhadas às 10 competências gerais da BNCC. Os- (as) estudantes serão acompanhados pelos(as) professores(as) em Encontros Educativos e nos Encontros de Mentoria, com reflexões sobre inúmeras temáti- cas relevantes para a discussão atual do cenário local e global, contribuindo para sua formação pessoal,social e produtiva. A implantação da disciplinaestá di- vidida em três fases: • Na 1ª fase, o componente curricular foi inserido nas escolas cidadãs inte- grais e técnicas, no ano de 2022, para as turmas da 1ª série do ensino mé- dio; • A segunda fase da implantação ocorrerá no presente ano de 2023, com a inserção do componente para as turmas da 1ºe 2ª séries das ECIs e ECITS, e para algumas turmas das escolas socioeducativas; • Por fim, no ano de 2024 ocorrerá a conclusão da 3ª fase da implantação, com a inserção do componente nas turmas do 1ª, 2ª e 3ª série do ensino médio das ECIs e ECITs. 3.2.1 Distribuição das aulas de PJ Nas ECIs e ECITs, a disciplina contará com 1h/aula semanal por turma. Dessa forma, recomenda-se que cada professor(a) de Protagonismo Juvenil assumam no máxi- mo 5 turmas por série, ou seja, a partir de 6 turmas em cada série, se faz necessário 2 professores, de forma que as turmas se- jam distribuídas de maneira proporcio- nal. Nas escolas onde o somatório de tur- mas da 1ª e 2ª série não ultrapassem o total de 10 turmas, é possível manter o(a) mesmo(a) professor(a) de PJ para as duas séries, no intuito de maximizar a apro- priação dos(a) professores(as) em relação aos materiais desse componente curric- ular. Para realizar a distribuição da disciplina junto aos professores, é necessário que o gestor observe as restrições no que diz respeito ao acúmulo de disciplinas, de forma que os(as) professores de PJ não devem: • Acumular Protagonismo Juvenil com Projeto de Vida; • Acumular Protagonismo Juvenil com Colabore e Inove; • Ser professor(a) da Base Técnica T(20). DIRETRIZES 2023 3.2.2 Perfil do professor(a) de Protagonismo Juvenil Sobre o perfil do(a) professor(a) de PJ, é importante que a gestão faça a dis- tribuição do componente, atentando para os seguintes critérios: • Espírito juvenil; • Atenção às questões das gerações juvenis da contemporaneidade; • Domínio de ferramentas audiovi- suais básicas; • Proatividade; • Apreço por causas sociais; • Abertura para o novo; • Criatividade e capacidade de in- ovação. Além dessas características, os(as) profes- sores(as) devem participar das formações ofertadas pela Coordenação de Protago- nismo Juvenil da GEEI/SEE, para fortalecer sua apropriação sobre os materiais de PJ. Cabe ao Coordenador Pedagógico ga- rantir o monitoramento e alinhamento das ações do Componente Protagonis- mo Juvenil na escola, mantendo a equi- pe escolar informada sobre a movimen- tação dos indicadores de Protagonismo Juvenil, que estiverem presentes no Pla- no de Ação da Escola , e alinhada sobre ações de PJ. 3.2.2 Avaliação de PJ O componente curricular Protagonismo Juvenil: da heteronomia à autonomia, conta com um instrumento de avaliação denominado “avaliação em foco”. Nesse instrumento, o professor transforma os CONCEITOS da autoavaliação realizada pelos estudantes em notas que devem ser registradas no boletim do(a) estu- dante. Esse instrumento, bem como seu passo a passo estão contidos nas sequên- cias didáticas de PJ, cabendo aos pro- fessores(as) observar as instruções e ex- ecutá-las. Outra observação importante, é que por se tratar de um componente da Parte Diversificada, não há retenção de estudantes por nota em Protagonis- mo Juvenil. 3.3 Tutoria A Tutoria visa a promover a interação, por meio da qual uma pessoa dá apoio a out- ra para tornar possível que ela se desen- volva e ponha em ação algum direito, dever, conhecimento, competência ou habilidade. Trata-se de uma das práticas que fortalecem a Pedagogia da Presença nas escolas, e dela devem participar os- (as) professores(as) e a gestão escolar, DIRETRIZES 2023 33 sem exceções. Ou seja, os(as) integrantes do trio gestor também precisam ser tu- tores de alguns estudantes, mas com o quantitativo reduzido. Nas Escolas Cidadãs Integrais, a tutoria é um caminho para realizar uma inter- ação pedagógica, alicerçada no acom- panhamento acadêmico, em que o(a) educador(a) (tutor(a)) acompanha e se comunica com os(as) estudantes de for- ma sistemática, planejando seu desen- volvimento e avaliando a eficiência de suas orientações, de modo a resolver problemas que possam ocorrer durante o processo educativo, registrando as in- formações pertinentes em instrumento padrão (Ficha de Tutoria Padrão da GEEI - acessada via link de materiais), com vis- tas ao desenvolvimento do seu Projeto de Vida. Cada professor(a) tutor(a) deve com- preender a devida importância de sua função e compreensão de o quanto a Pedagogia da Presença, Tutoria e Projeto de Vida devem estar alinhados em suas ações e apoio aos estudantes. Para isso, é importante e indispensável o uso de instrumento de apoio e monitoramento dos estudantes (Ficha de Tutoria Padrão da GEEI), acessada via link de materiais. Não há como conceber a tutoria sem registro. Por isso, é importante que as in- formações contidas na Ficha de Tutoria estejam disponíveis para a gestão escolar e, de preferência, em drive online. Tutoria e Pedagogia da Presença são in- dissociáveis no Modelo Escola Cidadã In- tegral. O modelo da estratégia de escol- ha dos(as) tutores(as) a ser adotado pela escola deverá ser objeto de discussão e de definição em virtude das condições existentes, buscando adequação de es- tratégias e visando a atingir a totalidade dos(as) estudantes matriculados(as). Para qualquer que seja a definição, é funda- mental assegurar que os(as) estudantes tenham a liberdade de fazer a escolha so- bre aquele que será o(a) seu(sua) tutor(a). Para isso, é importante que os(as) estu- dantes do Ensino Fundamental possam escolher professores(as) deste segmen- to, e que estudantes do Ensino Médio possam escolher os(as) professores que atendam a essas turmas. 3.3.1 Tutoria para os professores T30 nas ECITS Na Implantação do Novo Ensino, a Tu- toria passou a ser um componente cur- ricular. A disciplina de tutoria será exe- cutada nas turmas de 1ª e 2ª séries. A carga horária deste componente só deve ser atribuída no quadro dos(as) profes- sores(as) T30 quando os(as) profissionais tiverem carga horária excedente em seu quadro. Nas turmas de 3ª séries a tuto- ria NÃO é um componente curricular, pois, a inserção do Novo Ensino Médio só começou ser implantada em 2022 nas turmas de 1ª séries. DIRETRIZES 2023 A prática da tutoria é diferente do com- ponente curricular. A disciplina irá seguir uma sequência didática com conteúdos e a prática deve ser realizada por todos(as) os(as) professores(as) da Escola, inclusive os professores T30. A distribuição da car- ga horária dessa categoria foi apresen- tada neste documento e ela elenca que o(a) docente tem 10h de Planejamento, sendo (cinco) horas/aula no dia da re- união de Fluxo na Escola + 5 hrs de EPA (Estudos, Planejamento e Atendimento). Resumindo, a disciplina curricular Tutoria é inserida no quadro do(a) professor(a) T30 quando tiver disponibilidade em sua carga horária. E a prática educativa de TUTORIA deve ser desenvolvida por todo o corpo docente, inclusive os(as) profes- sores T30. 3.3.2 Tutoria nas ECIS - Escolas Socioeducativas A Tutoria pode ser, também, realizada de modo anônimo. Isto é, embora o(a) estu- dante não saiba quem é seu(sua) tutor(a), ele(a) será acompanhado(a) de perto e encorajado(a) por meio de ações con- juntas entre o(a) tutor(a) e os(as) demais professores(as). 3.3.3 Tutoria e o Novo Ensino Médio Dando seguimento a implantação do Novo Ensino Médio, para este ano de 2023, as turmas da 1ª e 2ª Séries do En- sino Médio, terão aulas de Tutoria. Os(As) estudantes destas turmas ainda poderão escolher seus tutores. Esse processo de escolha, que envolve todas as turmas da escola, se dará na segunda semana de aulas, após os(as) professores(as) de Projeto de Vida consolidarem os sonhos dos(as) estudantes, repassando assim, para os(as) respectivos(as) tutores(as). O modelo da estratégia de escolha dos(as) tutores(as) a ser adotado pela escola deverá ser objeto de discussãoe definição em virtude das condições ex- istentes. Seja através do Google Forms, do Sympla ou até mesmo em fichas de papel. Para qualquer que seja a definição, é fundamental assegurar que os(as) estu- dantes tenham a liberdade de fazer a es- colha sobre aquele(a) que será o seu(sua) tutor(a). Para estudantes do Ensino Fun- damental - Anos Finais, sugerimos que eles(as) possam optar por professores(as) do Fundamental. E que estudantes do Ensino Médio possam escolher profes- sores(as) deste segmento. Neste proces- so de escolha, os(as) estudantes deverão ter no mínimo três opções. A divisão de estudantes tutorados(as) deve ser pro- porcional para todos(as) os(as) profes- sores(as). O trio gestor também faz parte desse processo de escolha, mas com um quantitativo menor de estudantes. Para estudantes que se matricularem na DIRETRIZES 2023 35 escola após esse processo coletivo de escolha de tutores(as), deve-se tratar ess- es casos da mesma maneira com que se trata na disciplina de Projeto de Vida. Eles também devem ter seus sonhos registra- dos e terem a oportunidade de escolher- em seus(suas) tutores(as). Na disciplina de Tutoria serão tratados aspectos para o fortalecimento desta prática educativa, da orientação do currí- culo e da participação ativa dos(as) estu- dantes na vida escolar. As aulas de Tutoria serão geminadas e devem ser realizadas nas terças-feiras nas 6ª e 7ª aulas. Algu- mas especificidades serão detalhadas em documento à parte, que orienta o desen- volvimento da disciplina de Tutoria. O acompanhamento da disciplina de Tu- toria será feito pelo(a) Coordenador(a) Pedagógico (CP) que deve realizar re- uniões com registro em ata. Para os de- mais tutores, o acompanhamento de- verá ser realizado pelo(a) Coordenador(a) de Área nas respectivas reuniões. 3.4 Colabore E Inove A disciplina Colabore e Inove nasceu por meio de uma parceria única realizada entre o Governo da Paraíba (através da SEE), a Comissão Executiva das Escolas Cidadãs Integrais e o Proakatemia, uma escola de empreendedorismo vinculada à Universidade de Ciências Aplicadas de Tampere (TAMK- Tampere University of Applied Sciences), na Finlândia. A construção desse novo componente curricular foi guiada pela coach Hanna Saraketo, tendo como objetivo principal o ensino de empreendedorismo e hab- ilidades fundamentais para o(a) profis- sional do século XXI. Essa iniciativa busca alinhar a educação paraibana aos siste- mas educacionais públicos de referência, adaptando-a para a nossa realidade. Des- sa maneira, os(as) estudantes poderão se envolver mais ativamente no processo de ensino e aprendizagem, tornando-o mais significativo, ao traçar paralelos en- tre educação escolar, educação para a vida e o mundo do trabalho. Dentre as habilidades fundamentais mencionadas acima, destacam-se com- petências socioemocionais, tais como: a criatividade, o trabalho colaborativo, a autonomia, a confiança, a capacidade de contextualização e a de exercitar o diálogo. Os(As) professores(as) trabalham eixos temáticos com os(as) estudantes, utilizando metodologias ativas, por ex- emplo, aprendizagem baseada em equi- pes (TBL: team-based learning), apren- dizagem baseada em problemas (PBL: problem-based learning) e aprendiza- gem baseada em projetos (PrBL: proj- ect-based learning). O propósito é dar ênfase ao poten- cial do corpo discente no processo de ensino-aprendizagem. Neste ínterim, pretende-se estimular a participação DIRETRIZES 2023 do(a) estudante, destacando qualidades e conhecimentos prévios; mas, para isso, é necessário que haja o desenvolvimento de certas habilidades do(a) educador(a) e também do(a) estudante. Nesse processo de ensino-aprendizagem, a construção de uma relação de confiança entre profes- sores(as) e estudantes cria um ambiente mais favorável e significativo para o desen- volvimento. Partindo desse pressuposto, a disciplina Colabore e Inove irá viabilizar o desenvolvi- mento de uma ambiência que cria possib- ilidades variadas de aprendizagem; valori- za métodos autênticos de avaliação, ação e compreensão do contexto; promove o fortalecimento da autoconfiança, empod- eramento e participação; estimula a colab- oração e favorece a autonomia. A proposta da disciplina Colabore e Inove apresentada se constitui em um processo educacional, com o intuito de relacionar métodos educacionais e pessoas - estu- dantes e professores(as). Sua base funda- menta-se no método desenvolvido por Carl Rogers, da aprendizagem centrada no(a) estudante, e na pedagogia da au- tonomia, de Paulo Freire. É importante salientar que essa discipli- na abre espaço para que professores(as) possam engajar os(as) estudantes em Pro- gramas da Rede, tais como: Celso Furtado; Ouse Criar; Redação Nota 1.000; Flirede; Arte em Cena. A Colabore e Inove é desenvolvida nas escolas, através dos seguinte Eixos Temáticos: • Criatividade • Direitos Humanos • Economia • Educação • Empreendedorismo Social • Saúde • Sustentabilidade • Tecnologia 3.4.1 Colabore e Inove e o Novo Ensino Médio Esse componente curricular da parte di- versificada do currículo, é ofertada nas 1ª séries do Ensino Médio, das Escolas Cidadãs Integrais Propedêuticas. Porém, em 2023 teremos Colabore e Inove tam- bém, na 2ª Série como parte das ações de implantação do Novo Ensino Médio. Os temas a serem abordados durante este ano letivo serão: • Criatividade e Inovação • Contrato de Aprendizagem DIRETRIZES 2023 37 • Cultura Maker • Aprendizagem Baseada em Prob- lemas - PBL (Problem Based Learning) • Aprendizagem Baseada em Times - TBL (Team-Based Learning) • Aprendizagem Baseada em Projetos - PrBL (Project Based Learning) • Design Thinking • Economia Criativa e Comportamental • Educação Financeira 3.4.2 Quem pode lecionar esta disciplina? Professores(as) de qualquer área/disci- plina propedêutica que sejam dinâmi- cos(as), tenham identificação com met- odologias ativas e desenvolvimento de projetos. Sugerimos, no entanto, professores(as) que já participaram de formações, a exemplo do Programa Gi- ramundo Finlândia, não sendo essa for- mação uma condição obrigatória para lecionar a referida. Não recomendamos que professores(as) coordenadores(as) de área ou que ministram a disciplina Projeto de Vida sejam os(as) responsáveis pelo ensino da Colabore e Inove, a fim de evitar sobrecarga de atribuições. Em relação ao número de professores(as) de- sta disciplina por escola, orientamos que sejam divididos conforme a quantidade de turmas das 1ª e 2ª séries das ECIs. Recomendamos, no máximo, 3 profes- sores para o componente, por escola, dependendo do número de turmas. 3.4.3 Quais são os dias destinados à disciplina de Colabore e Inove? Para o contexto de ensino presencial, a disciplina poderá ser ofertada no dia que melhor se encaixar na realidade de cada unidade escolar. No entanto, as duas aulas destinadas à disciplina pre- cisam, necessariamente, ser gemina- das/conjugadas. Já para o contexto de ensino híbrido, a recomendação é que se utilize as sequências didáticas dis- ponibilizadas prezando pela transver- salidade de conteúdos entre a Colabore e Inove e as disciplinas propedêuticas. 3.4.4 Como avaliar em Colabore e Inove? É importante ressaltar que a avaliação desse componente curricular será feita com base em competências e habil- idades. Competência pode ser com- preendida como a capacidade de o(a) estudante mobilizar recursos visando a abordar e compreender situações complexas. Constitui-se, portanto, no DIRETRIZES 2023 processo do saber conhecer do discente. Habilidade, por sua vez, pode ser com- preendida como a aplicação prática de uma determinada competência para a resolução de situações complexas. Incide, preferencialmente, sobre os processos desenvolvidos pelos(as) estudantes face às tarefas propostas tanto no contexto de ensino presencial quanto no ensino remoto. Assim, os critérios de avaliação relacionam-se ao processoformativo. Os erros detectados devem ser encarados como parte integrante da aprendizagem, não sendo redutíveis a algo culpável ou punível. Pelo contrário, devem ser aprove- itados para revelar a natureza das repre- sentações, lógicas e estratégias, elabora- das pelo(a) estudante. É importante, pois, identificar o erro e a causa. Apenas assim, é possível ao(à) professor(a) encontrar a adequação do seu ensino às necessi- dades de aprendizagem do(a) estudante. Algumas sugestões para a avaliação da disciplina são: • Avaliação Diagnóstica • Avaliação Formativa • Sessões de feedbacks (Mentoria com vista a localizar o(a) estudante onde e como ele(a) se encontra na disci- plina) • Sessões de feedforward (Mentoria com vista a melhoria e ao alcance de resultados) • Desempenho em Critérios (esforço, motivação, progresso, autonomia etc) • Portfólio • Perfil (descrição da performance do(a) estudante de maneira descri- tiva e detalhada, apontando seus pontos fortes e fracos) O acompanhamento da disciplina de Colabore e Inove será feito pelo(a) Co- ordenador(a) Pedagógico (CP) que deve realizar reuniões com registro de ata. 3.5 Pré-Médio É uma disciplina destinada apenas para os(as) estudantes do 9º ano, na qual em duas aulas semanais, terão espaço para avaliar o percurso de desenvolvimento desde os anos iniciais, e se preparar para as experiências em uma nova fase. Ela procura contribuir com o processo de transição entre o Ensino Fundamental e o Ensino Médio. A disciplina deve ga- rantir aos(às) estudantes a possibilidade de fortalecer o foco no Projeto de Vida, correlacionando-o com a rotina escolar e os repertórios apresentados nas aulas. O horário destinado para o Pré-Médio é de duas aulas semanais dentro da carga horária destinada para esta disciplina. Este componente curricular possui ma- terial próprio, elaborado por professo- ras da Rede Estadual da Paraíba. Logo, DIRETRIZES 2023 39 suas aulas devem seguir o que sugere o Material Norteador junto com o materi- al das Aulas Estruturadas. Professores(as) também devem realizar aulas com ori- entações sobre as mudanças que os(as) estudantes enfrentarão no Novo Ensino Médio e as novas disciplinas. Para isso, devem ser convidados(as) professores(as) das matérias de Física, Química, Biologia, Filosofia e Sociologia para apresentarem esses componentes curriculares e tirar dúvidas, uma vez que são essas as disci- plinas com que os(as) estudantes ainda não tiveram contato, assim como pro- fessores(as) de língua portuguesa que já apresentem as aulas de redação, literatu- ra e gramática. Recomenda-se, ainda, a realização de au- las com temas de atualidades, rodas de conversas sobre suas expectativas, dúvi- das e anseios sobre o Ensino Médio. Além de convidar ex-estudantes matriculados em Universidades para contar como a dedicação durante a Educação Básica foi determinante para o ingresso no Ensino Superior. O acompanhamento da disciplina de Pré-Médio será feito pelo(a) Coorde- nador(a) Pedagógico (CP) que deve re- alizar reuniões com registro de ata, se- melhante ao que ocorre na disciplina de Projeto de Vida. 3.6 Pós-Médio É um componente curricular destinado apenas para os(as) estudantes da 3ª série do Ensino Médio e oportuniza uma série de diálogos referentes a área escolhida por eles(as) frente a importância do Ex- ame Nacional do Ensino Médio (ENEM) entre outras possibilidades que os(as) discentes seguirão Seja no ingresso no mercado de trabalho, na carreira militar, no empreendedorismo, etc. Entre tantas reflexões, aquelas referentes ao caminho que se deve tomar para a sua formação profissional certamente acompanharão os(as) protagonistas, e suas decisões se tornarão tão mais com- plexas, quanto menos eles(as) tiverem sido apoiados(as) e/ou dedicado tempo e atenção ao planejamento do seu Pro- jeto de Vida. Por isso, cabe ao(à) profes- sor(a) deste componente acompanhar os(as) estudantes nessa reflexão e de- cisão, apoiando-os(as) na construção do seu próprio marco lógico e levando-os- (as) a pensar sobre o fato de que talvez tenham preferências por alguma área da atividade humana (paixão) e até sejam bons nessa área (talento), mas também precisam considerar formas de prover seu sustento (necessidade). Por outro lado, não é recomendável lim- itá-los(as) a uma reflexão que os(as) leve a vislumbrar uma profissão que remune- re bem (necessidade), mas que não lhes traga felicidade (paixão) ou não explore as suas habilidades (talento). Contudo, é importante levar em consideração todo DIRETRIZES 2023 o arcabouço estudado e vivido por es- te(a) jovem que chega na 3ª série pronto para revisitar seu Plano de Ação do seu Projeto de Vida, construído na 2ª série. Um dos materiais do Pós-Médio, denom- inado “Pós-Médio: Um Mundo de Possi- bilidades”, traz um conjunto robusto de referências, informações e orientações que deverão auxiliar o trabalho que você, professor(a), organizará para apoiar seus(suas) estudantes neste momento de consolidação das escolhas voltadas ao seu Projeto de Vida. Por mais que este material não apresente aulas estru- turadas, como apresentadas nas séries anteriores, o desenvolvimento das aulas com base neste material, deve se dar a partir de um planejamento sistematiza- do que organize sequências alternadas entre Aulões Preparatórios para o ENEM, Intercâmbio dialógico com os mais di- versos profissionais (de modo a ampliar a visão dos(as) estudantes). Outro ma- terial disponível na Rede tem por título “Ainda Mais Possibilidades” e se apresen- ta como material complementar para o repertório do(a) professor(a) na disciplina de Pós-Médio (será disponibilizado em tempo hábil de ser aplicado no 2º seme- stre de 2023). O acompanhamento da disciplina de Pós-Médio será feito pelo(a) Coorde- nador(a) Pedagógico (CP) que deve re- alizar reuniões com registro de ata, se- melhante ao que ocorre na disciplina de Projeto de Vida. 3.7 Estudo Orientado Todos nós, enquanto professores(as) - provavelmente - já ouvimos a expressão “estudo tanto, mas na hora da prova me dá um branco e esqueço de tudo o que estudo”. Ouvir esta frase de nossos(as) es- tudantes é mais comum do que aparen- ta, e talvez já tenha acontecido conos- co também. Isso ocorre pela forma que buscamos organizar a nossa rotina de estudos, na qual, muitas das vezes, não é a forma mais adequada. De forma mais popular, isso quer dizer que não estamos sabendo estudar da forma correta. Quando o assunto é estudar e estudar da forma correta, a disciplina de Estudo Ori- entado (E.O) entra com força total na vida dos(as) nossos(as) estudantes. Estudo Orientado integra um dos componen- tes da Parte Diversificada do Currículo, e é uma metodologia de êxito de suma importância na carreira acadêmica dos nossos(as) discentes. Vale a pena ressal- tarmos que é nessa disciplina, que serão apresentadas um leque de técnicas de estudos, visando que cada pessoa possui uma forma de compreensão diferente da outra e aprende em ritmo distinto. Pensando nisso, o E.O apresenta à co- munidade acadêmica a ideia de que não existe uma fórmula eficaz de estudo, que sirva como padrão para aprendermos, pois somos diferentes, e cada um(a) pos- sui um processo de aprendizagem di- DIRETRIZES 2023 41 verso. Talvez, a melhor forma para Maria aprender, não seja a melhor forma para João, e assim entre os(as) demais. O objetivo desse componente é apre- sentar à comunidade escolar diversas formas de estudos e, com isso, auxiliá-la a desenvolver autonomia suficiente para identificar qual a melhor técnica se en- caixa no seu perfil e na sua rotina. Ferra- mentas como o Kanban, cronogramas de estudos, técnica Pomodoro, mapas men- tais, resumos, organização de tópicos, seminários, entre outras, são técnicas de estudos que proporcionam aos(às) dis- centes meios para aprender a aprender, tornando-os(as) protagonistas do seu desenvolvimento científico, deixando de ser
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