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Descomplica _ Microbiologia E Parasitologia Clínica Veterinária

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C
Diagnóstico Laboratorial
oprocultura e Hemocultura 
A Coprocultura é um exame que auxilia na detecção de
bactérias nas fezes. Geralmente auxilia no diagnóstico da
etiologia de diarreias bacterianas, por meio do seu isolamento em cultura.
Fezes é a amostra adequada para a coprocultura, mas um swab retal,
contendo material fecal visível, também pode ser utilizado.
Preferivelmente, coletar a amostra durante os primeiros quatro dias do
início da diarreia. O tempo de transporte para o laboratório é crítico,
principalmente para e a amostra deve ser processada em, no máximo, 1 a
2 horas após a coleta. Para tempos superiores é importante usar um swab
e meio de transporte mantido a 4 °C, inclusive durante o transporte. Após
a coleta, essa amostra é adicionada em meios de cultura para o devido
crescimento e identificação.
A disseminação de microrganismos através da corrente circulatória,
processo este denominado bacteremia, representa um estado séptico
com importante implicação clínica (BARCELOS, 2018). Nesse contexto, o
laboratório clínico tem papel extremamente importante, uma vez que uma
hemocultura positiva para microrganismos patogênicos é um indicador
altamente específico de infecção da corrente sanguínea, permitindo que a
subsequente identificação do agente e o teste de suscetibilidade auxiliem
na orientação da terapia antimicrobiana, com significativa redução nas
taxas de morbimortalidade (BARCELOS, 2018).
Para que o exame seja acurado, se faz necessária a realização de um
controle eficiente para alguns parâmetros, tais como: a) indicação clínica
para a coleta de hemoculturas; b) número de amostras a serem coletadas;
c) volume de sangue; d) tipos de frascos de cultura de acordo com a
atmosfera de incubação (BARCELOS, 2018)
 
Cultura e Antibiograma
A seleção de meios de cultura, de condições atmosféricas e de outros
fatores essenciais para isolamento são determinados pela suspeita de um
patógeno bacteriano. O isolamento de rotina de muitos patógenos envolve
inoculação em placas de ágar-sangue e ágar MacConkey, seguidas de
incubação por 24 a 48 horas (QUINN, 2007).
As características de crescimento e as reações no ágar-sangue e no ágar
MacConkey formam a base para a identificação preliminar de muitas
bactérias patogênicas. O ágar-sangue, favorece o crescimento de muitos
patógenos, é apropriado para o isolamento primário de rotina. Meios
seletivos podem ser usados para microrganismos específicos. Alguns
meios são destinados a uma identificação presuntiva de colônias
bacterianas, com base em reações bioquímicas (QUINN, 2007). O ágar
MacConkey, que contém sais biliares, é selecionado para muitas bactérias
Gram-negativas. Esse meio contém lactose com vermelho neutro como
indicador de pH. Se o microrganismo que cresce nesse meio fermentar a
lactose, os subprodutos ácidos envermelham o meio. Bactérias não-
fermentadoras da lactose metabolizam as peptonas do meio, gerando
subprodutos alcalinos que amarelecem o meio e as colônias. As placas
devem ser inoculadas usando-se uma técnica de esgotamento por estrias
que facilita o crescimento de colônias isoladas (QUINN, 2007).
Os testes de sensibilidade aos antimicrobianos, também denominados
antibiogramas, visam avaliar in vitro a interação do antimicrobiano com a
bactéria, determinando assim, se uma bactéria é capaz de expressar
resistência aos agentes utilizados para tratamento da infecção
(BARCELOS, 2018).
O método de disco-difusão, de Kirby-Bauer, é uma técnica flexível e de
baixo custo, muito utilizada em laboratórios de diagnóstico. Discos de
papel-filtro contendo quantidades apropriadas do agente antibacteriano
são colocados em um ágar uniformemente semeado com a bactéria a ser
testada. O diâmetro de cada zona de inibição é medido em milímetros, e
os resultados são comparados a tabelas padrão para a interpretação do
tamanho da zona sensível a uma droga antibacteriana (QUINN, 2007;
BARCELOS, 2018).
 
Cultura de bactérias de sítios não cutâneos
O fato de um isolado ser “clinicamente relevante” ou não dependerá das
condições de isolamento. Por exemplo, o isolamento de grande
quantidade de um microrganismo em particular de um local normalmente
estéril, na presença de células inflamatórias, seria interpretado como
relevante. Deve- se estar atento ao local e ao método de obtenção da
amostra para cultura. A determinação da relevância é muito mais fácil
quando a amostra provém de um local normalmente estéril. A obtenção de
amostra do sistema digestório, em busca de respostas significantes, pode
ser impraticável, a menos que se pesquise a presença ou a ausência de
um microrganismo específico, como Salmonella ou Campylobacter
(MCVEY, 2017).
Em cultura de bactérias de sítios não cutâneos, amostras como secreções
(exsudatos), secreção-traqueal, líquido sinovial, leite, placenta, sangue,
fragmentos de órgãos, muco cervico-genital, são úteis na investigação
microbiológica.Também são utilizados, amostras de alimento, do suco
ruminal, do sangue e/ou das fezes são de grande valor no
reconhecimento e na diferenciação de doenças dos órgãos digestivos.
 
Cultura para fungos
Os fungos crescem aerobicamente, sendo que muitos são aeróbios
estritos. Necessitam de temperatura e tempo apropriados para
crescimento ótimo de diferentes grupos de fungos patogênicos (QUINN,
2007). As amostras para diagnóstico incluem pelos e raspas cutâneas de
micoses superficiais e biópsias ou espécimes post-mortem de micoses
subcutâneas e sistêmicas. Os procedimentos culturais micológicos devem
ser realizados em cabines de biossegurança devido ao risco de infecções
humanas por esporos em aerossóis (QUINN, 2007).
Os fungos geralmente são isolados em ágar dextrose Sabouraud (pH
5,5), que inibe o crescimento da maioria das bactérias. A adição de
cloranfenicol e de ciclo-heximida aumenta a seletividade pela inibição de
alguns fungos contaminantes de crescimento rápido, como os
zigomicetos. Para estimular o crescimento da fase de leveduras de fungos
dimórficos, há necessidade de meios enriquecidos, como ágar com
infusão de cérebro e de coração, mais 5% de sangue e incubação a 37°C
(QUINN, 2007). A demonstração histopatológica de hifas fúngicas ou de
formas de leveduras geralmente é necessária para confirmar o significado
dos isolados de infecções micóticas profundas. A reação do ácido
periódico de Schiff (PAS) ou a impregnação de prata-metanamina pode
ser usada para demonstrar elementos fúngicos em cortes de tecidos
(QUINN, 2007).
 
Diagnóstico para Leveduras
Alguns fungos, particularmente as espécies patogênicas, exibem
dimorfismo – duas formas de crescimento. Esses fungos podem crescer
tanto na forma de fungos filamentosos quanto na forma de levedura. O
dimorfismo em fungos patogênicos é dependente da temperatura: a 37°C,
o fungo apresenta forma de levedura, e a 25°C, forma de bolor
(TORTORA, 2017). Os fungos e as leveduras crescem em uma faixa
maior de pH que as bactérias, mas o pH ótimo dos fungos e das
leveduras geralmente é menor que o bacteriano, entre pH 5 e 6.
As leveduras crescem aerobicamente em ágar-dextrose Sabouraud, e
aquelas espécies capazes de invasão tecidual crescem bem a 37°C. As
colônias, que geralmente são de textura cremosa e úmida, assemelham-
se a grandes colônias bacterianas (QUINN, 2007).
Desse modo, se a levedura apresenta hifas hialinas e ramificadas, é
sugestivo do gênero Candida sp e se, além disso, desenvolver
clamidósporos -células de reserva- ou tubos germinativos, em
determinadas condições in vitro, é identificada como Candida albicans.
Outros gêneros, tais como, Cryptococcus, Rhodotorula, Geotrichum e
Trichosporon, também podem, na grande maioria das vezes, ser
identificados apenas por sua morfologia característica. O restante dos
gêneros e espécies, porém, necessita de provas bioquímicas para sua
identificação
 
Diagnóstico de Infecções Virais
Muitas doenças virais dos animais podem ser diagnosticadas com base
nos sinais clínicos, juntamente com achados post-mortem e alterações
histopatológicas (QUINN, 2007). As amostras paraexames laboratoriais
devem ser coletadas de animais afetados antes que se estabeleçam
infecções bacterianas ou fúngicas secundárias. É aconselhável coletar
amostras de animais aparentemente normais que estejam em contato
com animais doentes, porque alguns desses animais podem estar
eliminando ativamente os vírus (QUINN, 2007).
Como muitos vírus são lábeis, os espécimes para isolamento dos vírus
devem ser coletados e colocados em meio de transporte, refrigerados e
enviados ao laboratório sem demora. As amostras devem ser congeladas
a –70°C se for prevista alguma demora na entrega. Congelador doméstico
a –20°C diminui a infecciosidade da maioria dos vírus. O meio de
transporte consiste em solução salina isotônica tamponada contendo alta
concentração de proteína, como albumina ou soro fetal bovino, que
prolonga a sobrevivência dos vírus. Drogas antibióticas e antifúngicas são
adicionadas a fim de inibir o crescimento de contaminantes (QUINN,
2007).
A presença de vírus nos tecidos pode ser confirmada pelo isolamento de
vírus vivo, pela demonstração de partículas virais ou de antígenos virais e
pela detecção do ácido nucléico viral. Também são utilizadas técnicas de
ELISA, imunodifusão, teste de fixação do complemento, Hemaglutinação
e hemoadsorção e diagnósticos sorológicos (QUINN, 2007).
 
 
 
Atividade Extra
 
Para aprender mais sobre Diagnóstico de Vírus, não deixe de assistir esse
vídeo, “Teste de imunofluorescência direta para diagnóstico de raiva”,
disponível no link https://www.youtube.com/watch?v=Yq8DFQQHR2A
 
 
 
Referência Bibliográfica
 
BARCELOS, Luiz Fernando; AQUINO, Jerolino Lopes (editores). Tratado
de análises clínicas. 1. ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2018.
GREENE, Craig E. Doenças infecciosas em cães e gatos. 4. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2015.
MCVEY, Scott. Microbiologia veterinária. 3. ed. Rio de Janeiro :
Guanabara Koogan, 2017.
PROCOP, Gary W. Diagnóstico microbiológico. 7. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2018.
QUINN, P. J, et al. Microbiologia veterinária e doenças infecciosas.
Porto Alegre : Artmed, 2007.
TORTORA, Gerard J. Microbiologia. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.
TRABULSI, Luiz B, ALTERTHUM, Flávio. Microbiologia. 6 ed. Atheneu,
2015.
ZAWADZKI, Fernando. Microbiologia veterinária aplicada. Londrina:
Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2016.
https://www.youtube.com/watch?v=Yq8DFQQHR2A
 
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