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-A isosporíase (causada por um protozoário coccídio), além de quadros correlacionados com a AIDS, já foi observada em pacientes com infecções, como a doença de Hodgkin, doenças linfoproliferativas não Hodgkin, leucemias de células T e leucemias linfoblásticas agudas; -A baixa prevalência de isosporíase é devido a profilaxia secundaria com sulfametoxazol- trimetoprim para a pneumocistose (Pneumocistis carinii), que os pacientes com AIDS realizam durante o curso da doença, já que o Isospora belli é sensível a esta droga; -São esporozoários ou apicomplexa, sendo do filo Apicomplexa, classe Sporozoa. São parasitos intracelulares obrigatórios, e vão alternar o ciclo sexuado com assexuado. Possuem o complexo apical, que é responsável pela penetração; -É cosmopolita, estando mais frequente em regiões tropicais e subtropicais, acometendo adultos e crianças, sendo mais graves quando estes possuem imunodeficiência; -É do filo filo Apicomplexa, classe Sporozoa, ordem Coccidiida, família Eimeriidae, gêneros Eimeria e Isospora e espécie Cystoisospora belli; -A forma infectante é o oocisto esporulado, com o mecanismo de transmissão sendo a contaminação fecal com oocisto em água e alimentos; -A pós a ingestão desses oocistos esporulados, na luz do intestino delgado, os esporozoítas são liberados e vão invadir as células epiteliais da mucosa, onde se multiplicam abundantemente por esquizogonia, dando origem aos merozoítas; -Assim que as células parasitadas se degeneram e se rompem, pois os merozoítos estão sofrendo divisão binária, os merozoítos passam a invadir novos pontos do epitélio, produzindo extensas destruições; -Parte dos merozoítos evoluem para gametócitos que irão copular e dar origem aos oocistos, que serão eliminados imaturos nas fezes. -O macrogametócito é o feminino e o microgametócito é o masculino, sendo essa a fase sexuada do ciclo; -No solo, dependendo das condições ambientais, um processo de esporogonia ocorre dentro de cada oocisto, originando dois esporocistos, cada qual com quatro esporozoítos; -O oocisto imaturo, que é eliminado nas fezes, é o zigoto que se divide e origina 2 esporoblastos, e o maduro vai possuir 2 esporocistos e 4 esporozoítos; -O oocisto é elíptico, com dupla parede lise de hialina, sendo eliminados de forma não esporulados, com essa eliminação sendo irregular. Eles são as formas resistentes, principalmente em ambientes úmidos; -Já o esporozoíto é alongado e móvel e vai apresentar o complexo apical; -A fonte de contaminação é o homem, que vai liberar os oocistos imaturos pelas fezes, e o habitat é a mucosa do intestino delgado, com o ciclo biológico sendo monoxênico e tendo 2 fases, a sexuada e a assexuada. A reprodução assexuada (ciclo esquizogônico) é quando há a formação de merozoítos, e a sexuada (ciclo esporogônico) é quando há a formação dos gametas, oocistos e esporozoítos; -Vai promover algumas alterações na mucosa, devido a lesão direta do parasito e a resposta inflamatória celular, levando a uma má absorção; -Microscopicamente se observa atrofia de vilosidades, hiperplasia de criptas e infiltrado de células plasmáticas (linfócitos, leucócitos e eosinófilos); -Nos pacientes imunocompetentes há infecção benigna do intestino delgado, sendo autolimitada e assintomáticos. Caso apresentem sintomas, os mais comuns são diarreia (aquosa ou pastosa, com aspecto espumoso devido ao excesso de gases, e com odor fétido), dor abdominal em cólica, anorexia e perda de peso, durando cerca de 10 a 14 dias, com a eliminação de oocistos durando 2 a 3 semanas; -Os imunodeprimidos apresentam diarreia aquosa abundante (vários meses), sendo cerca de 6 a 10 evacuações diárias, levando a um acentuado emagrecimento, desidratação grave, deficiência eletrolítica e proteica e hospitalização; -Ainda não existe sorologia sendo usado o diagnóstico laboratorial, que ocorre por meio do exame direto a fresco, usando técnicas de concentração. Pode ser por microscopia de fluorescência, de contraste interferencial, por coloração de Ziehl-Neelsen modificada ou por coloração pela hematoxilina-eosina; -Pode fazer também o exame histopatológico de biopsia do intestino delgado, encontrando formas evolutivas nos enterócitos, ou por hemograma, apresentando eosinofilia; Em pacientes com AIDS, a C. belli pode ser encontrada na vesícula biliar, causando quadros agudos e crônicos de difícil tratamento. -O tratamento é feito com reidratação, correção das deficiências eletrolíticas e proteicas. Também pelo uso de sulfametoxazol + trimetropim ou metronidazol. Caso paciente seja alérgico as sulfas, usa-se sulfadiazina + pirimetamina; -Tratamento de pessoas doentes ou infectadas (sem sintomas), higiene, educação sanitária e saneamento básico; -É uma doença intestinal causada pelo protozoário coccídio Crystosporidium; -É uma doença frequente em imunocompetentes, sobretudo após a emergência dos surtos epidêmicos de transmissão pela água contaminada; -É uma zoonose de ampla distribuição geográfica, descrita em animais e no homem, produzindo extensa fonte de infecção; -Também é um esporozoário ou apicomplexo, sendo parasitos intracelulares obrigatórios, sendo agentes oportunistas, e vão alternar o ciclo sexuado com assexuado; -É do filo Apicomplexa, classe Sporozoa, ordem Coccidiida, família Cryptosporidiidae, gêneros Cryptosporidium e espécies, C. parvum, C. hominis, C. meleagrides, C. felis, C. canis, C.suis e C. muris; -É cosmopolita, sendo mais frequente em regiões tropicais e subtropicais. É uma zoonose emergente e possui algumas particularidades, como a falta de especificidade, produzindo extensa fonte de infecção, a resistência aos desinfetantes e infectividade prolongada em ambientes úmidos e frescos; -No Brasil é uma das 3 principais causas de diarreias infecciosa com alta morbidade e mortalidade entre crianças de zero a 5 anos e adultos imunocomprometidos. Pode ser encontrado na água, rios, riachos e reservatórios de água; -A sua forma de infecção é o oocisto esporulado, com a transmissão sendo pela contaminação fecal de oocisto em água e alimentos, pessoa-pessoa e sexual. A via de infecção pode ser oral ou autoinfecção; -Os oocistos são esféricos, apresenta 1 esporocisto com 4 esporozoítos. Quando o oocisto é eliminado ele já é infectante, com cerca de 109 oocistos eliminados nas fezes por indivíduos na fase aguda, vão apresentar parede delgada, que vai se romper, e vão agir no intestino delgado; -Também podem apresentar parede espessa (resistência), resistindo a 140 dia na agua, ao tratamento da água com cloro e aos desinfetantes comuns, como cloro, iodo e amônia. Vão ser sensíveis ao congelamento, fervura, aquecimento por 30min a 65ºC e uso de filtro (poro 1 micrometro); -A fonte de contaminação é homem, gado e animais domésticos, com habitat sendo o intestino delgado (jejuno e íleo, podendo generalizar), afetando as microvilosidades (intracelular extracitoplasmática). Vai apresentar ciclo monoxênico; -É o ciclo típico dos coccídios. Os oocistos podem apresentar parede espessa, sendo eliminado nas fezes, ou parede delgada, que se rompe no intestino e causa autoinfecção. Quando são eliminados, são infectantes; -Microscopicamente vai apresentar atrofia de vilosidade, hiperplasia das criptas e infiltrado de células plasmáticas. Vai causar alterações na mucosa do intestino delgado, apresentando má absorção; -Nos pacientes imunodeprimidos, com menos de 100 células CD4+, vão apresentar diarreia aquosa por vários meses (2 a20 litros por dia), desequilíbrio eletrolítico, má absorção de gordura (esteatorreia), perda de peso acentuada e mortalidade elevada; -A diarreia pode ser intermitente ou contínua, com movimentos intestinais até 25 vezes ao dia, e produzir uma perda de 2 a 12 litros de líquidos por dia. A diarreia dos humanos é devida a hipersecreção de fluidos e eletrólitos do intestinodelgado proximal no lúmen, ocorrendo perda proteica e má absorção de gorduras e carboidratos. O período de incubação é de 7 a 10 dias; -Nos imunocompetentes há enterocolite aguda, apresentando febre, diarreia, cólica, náusea, vomito, anorexia e perda de peso. É autolimitada, durando cerca de 1 a 4 semanas; -Pode ser sorológico, por meio de RIFI, que detecta IgM e IgG no soro, ELISA e imunocromatografia. Pode ser coproantígenos, como ELISA e imunofluorescência direta e indireta. E também por técnicas moleculares, como PCR; -Nos sintomáticos é a reidratação e uso de antidiarreicos. Já nos imunodeficientes, o uso de anti-retoviral. Os medicamentos utilizados são nitazoxanida, azitromicina e espiramicina. O prmeiro fármaco a ser liberado para o tratamento foi o Annita (nitazoxanida); -É feita evitando alimento contaminado, contato com animal doente e por meio da higiene pessoal;
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