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Centro Cirúrgico - períodos perioperatório e central de materiais e esterilização;

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PARTE 2
Assistência de enfermagem
no período perioperatório
Centro Cirúrgico (CC)
Sala de Recuperação Pós-Anestésica
(SRPA), Sala de Operação (SO)
“É uma especialidade médica que consiste
em praticar, manualmente ou com ajuda de
instrumentos, atos operatórios sobre um
corpo vivo”
CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS POR
FINALIDADE:
● Diagnóstica: esclarecer a doença
ex: biópsia ou laparotomia
exploradora
● Curativa: corrigir ou extirpar
● Reparadora: reconstituir parte do
corpo lesada
● Paliativa: aliviar ou corrigir
provisoriamente o dano/dor/
sintoma causado pela doença
CLASSIFICAÇÃO POR GRAU DE URGÊNCIA:
● Emergência: necessita de atenção
imediata, o distúrbio ameaça a vida.
● Urgência: o paciente necessita de
atenção imediata dentro de 24-30h
● Necessária: o paciente precisa ser
operado
● Eletiva: pode ser operado e sua não
realização não é catastrófica
● Opcional/ reconstrutora: a decisão
é do paciente
CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO O POTENCIAL
DE CONTAMINAÇÃO
● Cirurgia limpa: tecidos estéreis ou
passíveis de descontaminação, na
ausência de processo infeccioso
local
● Cirurgia potencialmente
contaminada: tecidos colonizados
por flora microbiana pouco
numerosa, em tecidos cavitários
com comunicação com o meio
externo ou de difícil
descontaminação, na ausência de
processo infeccioso.
● Cirurgia contaminada: tecidos
colonizados por flora bacteriana
abundante
● Cirurgia infectada: qualquer tecido
com processo infeccioso local
Período Perioperatório
É o intervalo de tempo que constitui a
experiência cirúrgica e inclui as fases:
Pré-operatório: decisão pela cirurgia até a
transferência do paciente para a mesa
cirurgia;
Transoperatório: desde o início da cirurgia
até quando é admitido na SRPA;
Pós-operatório: admissão do paciente na
SRPA até uma avaliação de
acompanhamento no ambiente clínico ou
em casa;
Período Pré-operatório
↝ ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM
Avaliação basal do paciente; Conferência
dos exames necessários antes da cirurgia;
Identificar alergias, comorbidades; Hábitos
de tabagismo
**solicitar parar de fumar 4 a 6 semanas antes da
cirurgia(risco para complicações
pulmonares); Ingestão de álcool e uso de
drogas (maior tolerância aos anestésicos);
Idade; Estado nutricional; Uso de
medicamentos (interação com anestésicos).
Antibióticos → altera a ação de anestésicos e
podem levar a uma parada respiratória
Antiarrítmicos → comprometem a condução
cardíaca durante a anestesia
Anticoagulantes
Anticonvulsivantes → podem alterar o metabolismo
dos agentes anestésicos
Anti-hipertensivos → interagem com anestésicos e
resulta em bradicardia, hipotensão, comprometendo
a circulação
Antidepressivos → aumentam o efeito hipotensor
dos anestésicos
Corticosteróides → levam à imunossupressão e
prolongam a cicatrização
Insulina → durante o jejum pré cirurgia, devem ser
diminuída e o estresse e administração de SG pode
aumentar a dosagem no PO
Diuréticos →potencializam desequilíbrios
hidroeletrolíticos após a cirurgia
*CLASSIFICAÇÃO DO RISCO CIRÚRGICO
>>>> ASA - ESCALA DO ESTADO FÍSICO
- Diagnóstico de enfermagem:
● Ansiedade relacionado ao déficit de
conhecimento sobre a cirurgia;
●Medo relacionado com a cirurgia iminente/
antecipação da dor no PO;
● Distúrbio do sono relacionado ao medo da
cirurgia;
- Prescrição de enfermagem:
explicar, ensinar e orientar o
paciente sobre as sensações, dores,
sintomas e limitações após a
cirurgia.
Plano de cuidados no período
pré-operatório:
Orientação sobre o PO
Mensurar peso e altura
Verificar SSVV
Encaminhamento para exames
(preparo do intestino se indicado)
Jejum
Preparo da pele do paciente (banho)
com clorexidina → medida
profilática para diminuir a flora
microbiota do paciente
Higiene corporal e oral
Tricotomia (remoção de pêlos)
Remoção de adornos, prótese,
esmalte, maquiagem;
Esvaziamento da bexiga
Verificação dos SSVV antes de entrar
na SO
Verificação de prontuários, exames,
consentimento do paciente assinado
Administração de medicamentos
pré-anestésicos
Vestir o paciente (camisola, gorro)
Exames: hemograma, eletrólitos, creatinina,
albumina, glicose, tempo de coagulação, urina, raio
X, ECG.
Período Transoperatório
↝ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM
No Centro Cirúrgico (CC):
- Receber o paciente de forma calma e
tranquila
- Realizar leitura do prontuário e
recomendações da enfermagem,
assim como identificação do
paciente e cirurgia a ser submetido.
Na Sala de Operação (SO):
1. Material de anestesia e cirurgia deixando em
fácil acesso
2. Testar equipamentos (monitores, pontos de
02, vácuo)
3. Verificar condições de limpeza da sala
4. Posicionar equipamentos móveis
5. Observar segurança da sala como
posicionamento de fios, chá molhado
6. Ajustar temperatura da sala (21°C- 24°C)
7. Observar se os cuidados pré-cirúrgicos
foram realizados (medicamentos
pré-anestésicos - efeitos, preparo do local -
pele, intestino)
8. Verificar SSVV e mais…
Diagnóstico de Enfermagem:
● Ansiedade relacionado às preocupações expressas
sobre a cirurgia ou ambiente da SO;
● Risco de lesão relacionado ao posicionamento
perioperatório/a anestesia e cirurgia;
● Sensopercepção alterada relacionada a sedação
ou anestesia geral;
*CHECK-LIST DE CIRURGIA SEGURA
**FORMULÁRIO DE PRÉ-OPERATÓRIO DE
ENFERMAGEM
Período Pós-operatório
Admissão do paciente na SRPA até ser
realocada para outro local ou UTI
↝ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM
Comunicar informações pertinentes sobre a
cirurgia para as demais equipes de
enfermagem
No SRPA:
- Monitorização da circulação,
respiração, estado de consciência e
intensidade da dor **na 1ª hora a
cada 15min, na 2ª hora a cada 30min
e na 3ª hora a cada 1h
- Quando receber plantão:
classificação (ASA), tipo de técnica
anestésica e agentes, profilaxias
administradas, analgésicos, tipo de
cirurgia/procedimento, perdas
hídricas/sanguíneas, complicações.
- Atentar para a cabeceira a 30°
Em torno de 2h na SRPA, é necessário que:
os SSVV estáveis, acordado, orientado,
ventilação espontânea, saturação maior que
90%, dor controlada, vômitos e náuseas
controlados, bloqueio motor em regressão.
Na enfermaria:
- Preparação de leito e quarto para
pós-operatório (disposição de
móveis, equipamentos adicionais e
funcionamento)
- Preparação da
família/acompanhamento sobre a
condição do paciente pós-cirurgia.
- Avaliar e registrar condições físicas e
psicológicas do paciente, condições
do local cirúrgico, características de
infusões e drenos
Diagnósticos de Enfermagem:
● Eliminação traqueobrônquica ineficaz relacionada
aos efeitos depressores do agente anestésico;
● Dor/desconforto pós-operatórios;
● Eliminação urinária alterada relacionada aos
efeitos das medicações e a reduzida ingestão de
fluídos;
● Ansiedade sobre o diagnóstico PO, possíveis
mudanças do estilo de vida e alteração do auto
conceito;
PLANO DE ALTA
- Restrições de atividades
- Instruções nutricionais
- Cuidados com a ferida operatória
- Instruções quanto a uso de medicamentos
- Higiene pessoal
- Agendamento do retorno
Complicações pós-operatórias:
Choque (hipovolêmico, séptico…),
hemorragia, trombose venosa, retenção
urinária, complicações gastrointestinais,
infecção da ferida.
Assistência de enfermagem
em bloco cirúrgico
Recuperação Pós- Anestésica
(RPA)
A Sala de Recuperação Pós-Anestésica é a
área destinada ao paciente logo após o ato
anestésico cirúrgico, responsável pela
equipe de enfermagem e o médico
anestesiologista. Sua localização deve ser
centralizada, favorecendo o transporte ao
retorno à sala cirúrgica. Paredes brancas e
pisos antiderrapantes, equipamentos fixos
à parede, acima da cabeceira de cada leito e
sendo removível para facilitar o
atendimento em situações de emergência.
Equipamentos: negatoscópio, drenos de
tórax, bandeja de traqueostomía,
ventilador/respirador, eletrocardiograma,
monitor cardíaco, aquecedor (manta
térmica), material para coleta de sangue,
oxímetro de pulso, carrinho de parada
cardiorrespiratória.
ÍNDICE DE ALDRETE E KROULIK
São parâmetros utilizados para avaliar a
recuperação pós-anestésica
*cada parâmetro recebe um valor de 0-2 de
acordo com a respostado paciente,
totalizando o máx de 10
ALTA DA SRPA
- Saturação de O2 em ar ambiente
- PA e FC dentro da variação normal
- Temperatura normotérmico
- Orientação em tempo e espaço
- Dor reduzida - a nível tolerável
Dor no pós-operatório
A dor no pós-operatório é constante quanto
intermitente piorando quando o indivíduo
movimenta-se, tosse, etc, por tanto
devemos ter empatia sobre o paciente.
*Atenção: aos efeitos colaterais da
analgesia
Avaliação da intensidade da dor: tolerância
a dor (duração), localização, efeitos,
preocupação do paciente em relação a dor e
avaliar a dor → escala de dor de 0 a 10
Consequências da dor:
- Emocionais: insônia, ansiedade,
medo, irritabilidade, fadiga,
depressão
- Metabólicas: taquicardia,
taquipnéia, hipertensão, maior carga
cardíaca, agitação motora, sudorese,
pele fria, náuseas, palidez, mais
consumo de O2.
O que é anestesia?
Anestesia Regional
- Raquianestesia: inserir o
raquianestesia em um espaço
subaracnóideo com uma agulha de
fino calibre e que contém duração
média de 2-3h e instalação mais
rápida de bloqueio (15min). Ex:
cesáreas e ortopedias
- Peridural: inserir no espaço
peridural, sendo agulha de maior
calibre que permite a introdução de
um cateter para o controle peri e
pós-operatório e sua instalação é
mais lenta do bloqueio (40min). Ex:
cirurgias de grande porte, potencial
álgico, analgesia de parto.
- Bloqueio de nervos periféricos:
anestésico somente na região
operada guiada pelo auxílio do
ultrassom ou auxílio de
neuroestimulador
Anestesia Geral:
- Sedação: associação de
benzodiazepínicos, opióides,
dexmedetomidina, propofol em
razão de um estímulo doloroso
menos intenso como…
ASA - Avaliação Pré-Anestésica
Central de Material e
Esterilização
↝ É uma unidade funcional destinado ao
processamento de produtos para saúde dos
serviços de saúde.
*Somente materiais não categorizados de
uso único
ESTRUTURA FÍSICA
Tipos de CME:
1. Classe I é chamada de barreira
técnica, sendo a divisão feita por
bancadas e portas, geralmente,
utilizada em UBS.
2. Classe II é a chamada barreira física,
sem acesso, sendo a divisão por
equipamentos e paredes, utilizada
em hospitais com o intuito de evitar
o cruzamento de artigos
PROCESSAMENTO DE PRODUTOS
Classe I: o processamento dos produtos
não críticos, semicríticos e críticos é feito
com conformação não complexa em que o
diâmetro é maior/superior que 5mm
Classe II: o processamento dos produtos
não críticos, semicríticos e críticos há a
conformação complexa e não complexa
em que o diâmetro são menores/inferiores
que 5mm e também superior.
FLUXO UNIDIRECIONAL
EXPURGO (área suja)➜ PREPARO DE
MATERIAL E CARGA DA AUTOCLAVE (área
limpa)➜ RETIRADA DE MATERIAL DO
AUTOCLAVE E GUARDA DE MATERIAL
ESTÉRIL (área estéril)
Expurgo (área suja, contaminada)
Uso de EPIs
LIMPEZA MANUAL ➜ remoção das
sujidades com água e sabão neutro e
enxágue criterioso
LIMPEZA AUTOMÁTICA ➜máquinas que
mantém limpeza de pontos críticos e em
maior quantidade
AVALIAÇÃO DA LIMPEZA ➜ teste para
certificação da eficácia da limpeza - TESTE
PROTEÍNA 3M - verde (limpo), cinza
(atenção), roxo (contaminado)
Área limpa
ÁREA DE PREPARO ➜ preparo de materiais
com uso de EPIs e organização dos
materiais em embalagem adequada,
observação da integridade do material
O rótulo do material deve conter:
Nome do produto, número do lote, data da
esterilização, data do vencimento da
esterilização, método e nome do
responsável pelo preparo.
DESINFECÇÃO ➜ lavagem em 60°C e
SELAGEM ➜
ESTERILIZAÇÃO ➜ o material
acondicionado em embalagens é levado aos
autoclaves
ARMAZENAMENTO E DISTRIBUIÇÃO ➜
ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM
↝ Prever artigos e provê-los; elaborar
relatórios mensais de custos e
produtividade; planejar
CLASSIFICAÇÃO DE SPAULDING
(MATERIAIS)
- Não críticos: entra em contato com
pele íntegra (bacia, papagaio,
estetoscópio, termômetro)➜
LIMPEZA
- Semicríticos:entra em contato com
a pele não íntegra e mucosas
íntegras (cânulas de aspiração,
respiradores)➜ DESINFECÇÃO
- Críticos: entra em contato com
tecidos sanguinolentos - utilizados
no CC➜ ESTERILIZAÇÃO
DESINFECÇÃO
Processo indicado para eliminação de
microorganismos na forma vegetativa dos
artigos semicrítico e não críticos
Alto nível -
Médio nível - elimina bactérias e a maioria
de vírus e fungos; ex: cloro, álcool etílico
70%, iodóforos
Baixo nível - elimina bactérias, alguns vírus
e fungos, mas não as micobactérias; ex:
quaternários de amônia
ESTERILIZAÇÃO
Processo pelo qual microrganismos são
mortos a tal ponto que não seja possível
detectá-los por meio de cultura.
Métodos de esterilização:
- Físicos: vapor saturado/autoclaves,
raios gama/cobalto
- Químicos: formaldeído, ácido
peracético
- Físico-químicos: esterilizadas a
óxido de etileno (ETO), plasma de
peróxido de hidrogênio e vapor de
formaldeído
*Autoclave à vapor saturado sob pressão:
monitorização de parâmetros essenciais
como temperatura (121° a 134°C), pressão (
1 a 1,8 atm) e tempo (30min)
*Na embalagem, o rótulo precisa conter
todas as informações relevantes, mais o
indicador químico e a fita de autoclave
Os materiais na autoclave devem conter
distância entre os pacotes e sua ocupação
interna deve ter de 70 a 80% e
carregamento adequado.
MONITORIZAÇÃO DO PROCESSO DE
ESTERILIZAÇÃO

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