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1 
Khilver Doanne Sousa Soares 
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Nefrolitíase & 
ITU 
* ver também pielonefrite, lombalgia e DIP - superficialmente 
 
 
 
 
 
Vista Anterior do Rim Direito 
 
Fonte: TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de Anatomia e Fisiologia. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2016.
Nefrolitíase 
A litíase ou calculose urinária é conceituada 
como a existência de um ou mais cálculos no 
interior do aparelho urinário. Os cálculos são 
estruturas cristalinas que alcançaram tamanho 
suficiente para causar sintomas ou serem 
percebidos por exames de imagem. Apesar de a 
urina ser frequentemente supersaturada com 
sais de cálcio e oxalato, na maioria das pessoas 
não se formam cálculos. O mecanismo exato da 
sequência “supersaturação-cristalização-litíase 
urinária” ainda não é totalmente conhecido. 
A nefrolitíase deve ser diferenciada da 
nefrocalcinose, na qual há deposição difusa de 
cálcio nos rins, incluindo o parênquima, 
principalmente em sua porção medular - 
hiperparatireoidismo primário, acidose tubular 
renal distal e hipervitaminose D são causas 
comuns de nefrocalcinose. 
2 
Khilver Doanne Sousa Soares 
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Fonte: https://www.infoescola.com/sistema-urinario/rim/. 
A nefrolitíase representa uma das afecções 
mais comuns do trato urinário, cuja incidência, 
inclusive, tem aumentado nos últimos anos, em 
ambos os sexos e em todas as etnias. 
Patogênese – do Cristal ao Cálculo 
Provavelmente há desequilíbrio entre a 
solubilidade e a precipitação de sais na urina. O 
produto de solubilidade (PS, zona de 
subsaturação) é o produto de concentração no 
qual existe equilíbrio entre a porção cristalina e 
a solvente, não havendo formação de novas 
partículas. O produto de formação (PF, zona de 
cristalização espontânea) refere-se ao produto de 
concentração no qual haverá precipitação, em 
velocidade significativa, mesmo sem a inclusão 
de materiais pré-formados ou outras superfícies 
cristalinas. Soluções com concentrações abaixo 
do PS não possibilitam a formação de cristais. 
Contudo, quando o produto de concentração está 
maior que o PS, inicia-se a nucleação, a primeira 
fase de formação de qualquer substância 
cristalina. 
 
Estados de saturação. 
A maioria dos cálculos de oxalato de cálcio 
se iniciam no interstício medular. Essas placas se 
formariam na membrana basal dos ramos finos 
da alça de Henle, crescendo pelo interstício até 
se projetarem, erodindo para o espaço urinário 
subepitelial. 
Os cálculos formados por deposição de 
cálcio são os mais comuns, correspondendo a 70 
a 80% dos casos. Cálculos de ácido úrico 
constituem aproximadamente 10 a 15% dos casos. 
Os cálculos de estruvita são formados por fosfato 
amoníaco magnésio e representam 
aproximadamente 5 a 10% dos cálculos. 
Fatores de Risco 
Baixo Volume Urinário 
A nefrolitíase representa um distúrbio de 
concentração urinária. O objetivo do tratamento 
é modificar a concentração dos fatores 
litogênicos. A concentração urinária de cálcio, por 
exemplo, pode ser diminuída reduzindo-se a 
excreção de cálcio ou aumentando-se o volume 
urinário. 
Hipercalciúria 
É tradicionalmente conceituada como 
excreção urinária de cálcio maior que 4 mg/kg/dia 
ou até 300 mg/dia, no homem, e 250 mg/dia, na 
mulher. Afeta cerca de 5% da população normal 
e até 50% dos pacientes litiásicos. 
Apesar de o mecanismo preciso da 
hipercalciúria não estar ainda definido, existe 
consenso quanto à ocorrência de algumas 
anormalidades fisiopatológicas: 
I. Aumento primário na absorção intestinal 
de cálcio: por aumento dos níveis séricos 
de vitamina D e/ou aumento na expressão 
dos receptores intestinais para vitamina D. 
Em indivíduos com excreção normal de 
cálcio, cerca 20% do cálcio dietético é 
absorvido. Em portadores de hipercalciúria, 
essa taxa corresponde a 30%; 
II. Aumento na perda renal de cálcio: por 
aumento da carga filtrada de cálcio ou por 
redução na reabsorção tubular de cálcio. 
https://www.infoescola.com/sistema-urinario/rim/
3 
Khilver Doanne Sousa Soares 
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Os estudos sugerem que a excreção renal 
de cálcio aumenta em hipercalciúricos 
pela diminuição da reabsorção tubular de 
cálcio (principalmente nos túbulos 
proximais) em vez de aumento da filtração 
de cálcio; 
III. Aumento primário na reabsorção óssea: 
estudos demonstraram diminuição da 
densidade óssea e aumento de fraturas 
em portadores de hipercalciúria idiopática.
Aspectos Morfológicos de Cálculos Urinários 
 
A redução de densidade mineral óssea tem 
sido relatada em jovens, de ambos os sexos, 
portadores de hipercalciúria e nefrolitíase. 
Pacientes hipercalciúricos, mesmo quando 
submetidos à restrição dietética de cálcio, 
excretam maiores quantidades de cálcio que 
indivíduos normais. Sugere-se participação do 
osso na patogênese da hipercalciúria pelo 
aumento de atividade das interleucinas 1 e 6, 
potentes agentes reabsortivos ósseos, do sistema 
RANK-RANKL- osteoprotegerina, do receptor para 
a vitamina D (VDR) e da esclerostina, entre 
outros. 
Fatores de Risco para Cálculo de Oxalato de 
Cálcio 
 
A. Cálculo de vevelita (fosfato 
de cálcio mono-hidratado). B. 
Cálculo de vedelita (fosfato de 
cálcio dihidratado). C. Cálculo 
de estruvita. D. Cálculo de 
apatita. E. Cálculo de brushita. 
F. Cálculo de ácido úrico. G. 
Cálculo de cistina. Imagens 
cedidas pelo Laboratório de 
Análise de Minerais e Rochas 
(LAMIR) da Universidade 
Federal do Paraná. 
4 
Khilver Doanne Sousa Soares 
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Hiperoxalúria 
A excreção normal de oxalato em indivíduos 
sadios varia entre 10 e 40 mg/dia. Valores que 
excedam 40 a 45 mg/dia são considerados 
hiperoxalúria clínica. A maioria dos portadores de 
nefrolitíase tem níveis normais de oxalato na 
urina. Entretanto, a solubilidade do oxalato 
(quando ligado ao cálcio) em solução aquosa é 
de apenas 5 mg/l, o que torna a urina 
permanentemente supersaturada com esse íon. 
Medidas de transporte de oxalato obtidas 
em segmentos intestinais in vitro sugerem que, 
no intestino delgado, há secreção e, no cólon, 
predomina absorção de oxalato proveniente da 
luz intestinal. 
Didaticamente, pode-se dividir as causas de 
hiperoxalúria de acordo com o nível de excreção 
em: 
 Dietética: geralmente apresenta 40 a 60 
mg/dia de oxalato na urina. Excesso de 
consumo de oxalato ou de seus 
precursores (p. ex., vitamina C) e baixa 
ingestão de cálcio são fatores de risco; 
 Entérica: oxalúria de 60 a 120 mg/dia. Pode 
ocorrer após ressecção intestinal, doença 
de Crohn ou síndromes disabsortivas. 
Nessas situações clínicas, há ligação do 
cálcio com a gordura presente na luz 
intestinal e hiperabsorção do oxalato livre, 
não conjugado, pela mucosa colônica; 
 Primária: níveis de oxalato na urina acima 
de 120 mg/dia. Acontece em hiperoxalúrias 
hereditárias tipo 1 (80% dos casos). 
Hiperuricosúria 
Pode ser conceituada como excreção 
urinária maior que 800 mg/dia para homens e 
750 mg/dia para mulheres. Isoladamente é uma 
anormalidade detectada em até 10% dos 
portadores de nefrolitíase quando associada a 
outros distúrbios metabólicos, pode chegar a 
40%. O ácido úrico é o produto final da 
degradação de purinas em humanos. Em pH 
urinário ácido, predomina a forma não dissociada 
do ácido úrico, que é pouco solúvel (apenas 96 
mg/l), podendo levar à cristalúria e à formação 
de cálculo renal. 
Patogênese da Litíase por Ácido Úrico 
 
 
HipocitratúriaO citrato é o ânion dissociado do ácido 
cítrico. A excreção urinária média de citrato é de 
640 mg/dia em indivíduos saudáveis. A definição 
mais aceita de hipocitratúria corresponde à 
excreção de citrato menor que 320 mg/dia. O 
citrato é um potente inibidor da cristalização. 
Infecção 
Cálculos primariamente associados à 
infecção são formados por fosfato amônio 
magnésio (estruvita ou triplo fosfato) ou, mais 
raramente, por apatita (fosfato de cálcio). De 
crescimento rápido, podem ocupar todo o sistema 
coletor (coraliformes) e causar infecções 
urinárias de repetição, abscessos perinefréticos, 
urosepse e insuficiência renal progressiva. Sua 
gênese está relacionada com a infecção por 
bactérias produtoras de urease (em geral, dos 
5 
Khilver Doanne Sousa Soares 
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gêneros Proteus, Staphylococcus, Providencia, 
Ureaplasma, menos frequentemente 
Pseudomonas ou Klebsiella e, quase nunca, E. coli) 
que desdobram a ureia em amônia, tornando o 
pH urinário alcalino e favorecendo a cristalização 
com fosfato e magnésio para formar a estruvita. 
Cistinúria 
Doença hereditária e autossômica recessiva. 
Caracteriza-se por hiperabsorção de aminoácidos 
dibásicos (cistina, ornitina, lisina e arginina) nas 
microvilosidades do túbulo proximal e das células 
epiteliais intestinais. A excreção urinária normal 
de cistina é cerca de 20 mg/dia. Os portadores 
apresentam excreções maiores que 75 mg/l. 
Deficiência de Proteínas Inibidoras da 
Cristalização 
Portadoras de nefrolitíase recorrente e sem 
anormalidades metabólicas associadas à 
formação de cálculos, identificaram-se alterações 
quantitativas e qualitativas na excreção de 
nefrocalcina, proteína de Tamm-Horsfall 
(uromodulina), osteopontina e bicunina, entre 
outras. 
Medicações 
O uso de sulfato de indinavir para 
tratamento de infecção pelo HIV está associado 
à formação de cálculos em até 3% dos pacientes. 
Ingestão excessiva de vitaminas A e D, além do 
uso de triantereno, acetazolamida e sulfadiazina, 
pode causar cristalúria e, eventualmente, 
nefrolitíase. 
Apresentação Clínica 
A nefrolitíase pode ser assintomática e 
descoberta ao acaso por exames de rotina ou 
causar apenas dor vaga em flancos, mas a 
apresentação característica é de cólica nefrética. 
 Em geral, inicia-se com dor localizada na 
região lombar, no flanco ou na fossa ilíaca, 
súbita, forte, geralmente unilateral, em 
cólica, não aliviada com repouso ou 
posição, irradiada para o trajeto ureteral, a 
região de bexiga e a genitália externa. 
 Pode haver disúria e hematúria 
macroscópica concomitantes. Náuseas e 
vômitos são comuns. 
Ao exame físico é comum notar taquicardia, 
palidez, sudorese, dor à palpação em região de 
ângulo costovertebral e distensão abdominal leve. 
Embora o quadro seja bem sugestivo, deve-
se fazer o diagnóstico diferencial com: patologias 
gastrintestinais (apendicite aguda, diverticulite, 
colecistite), ginecológicas (cisto ovariano, anexite, 
gravidez ectópica), urológicas (orquite, 
epididimite, prostatite), afecções vasculares 
(infarto intestinal, aneurisma de aorta abdominal) 
e algumas causas médicas (cetoacidose 
diabética, infarto agudo do miocárdio). 
A combinação de dor lombar, febre, 
calafrios e sepse se dá na pielonefrite obstrutiva 
calculosa, situação de elevadas morbidade e 
mortalidade. 
Realização da Investigação Diagnóstica 
Averiguar ocorrências prévias, idade na 1º e 
última crise, consequências e intervenções 
(hidronefrose, hospitalização, remoção de 
cálculos por litotripsia, endoscopia ou cirurgia). 
Avaliar se houve bexiga neurogênica, infecções 
urinárias de repetição, diarreia crônica ou gota no 
histórico do paciente. Pesquisar sobre restrição 
deleite ou derivados, uso de medicações sem 
prescrição médica (p. ex., vitaminas, antiácidos e 
suplementos de cálcio) e história familiar positiva 
de nefrolitíase. 
 Além de todos os fatores supracitados, 
obviamente é necessário pesquisar sobre a 
INGESTA DE LÍQUIDOS do paciente – 
quantidade e composição. 
 Hematúria: presente em cerca de 80 a 
90% dos casos; 
 Leucócitos: podem ser encontrados na 
urina tipo I; 
6 
Khilver Doanne Sousa Soares 
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 Bactérias: sua presença pode levantar a 
suspeita de infecção associada; 
 Creatina: normal, a não ser em situações 
de rim único, obstrução ureteral bilateral, 
cálculos gigantes de bexiga ou cálculos 
uretrais impactados; 
 Cristais de cistina e Estruvita: são 
diagnósticos; 
 Cristais de oxalato de cálcio e Ácido úrico: 
em grande quantidade sugerem doença 
litiásica. 
É necessário confirmar a existência e 
localização do cálculo. 90% dos cálculos renais 
são radiopacos (+ brancos) – precisa ter + que 
2mm em seu maior diâmetro para ser visualizado. 
Logo, radiografias simples são muito úteis no 
seguimento da progressão de cálculos radiopacos 
ou na avaliação da posição de cateteres duplo J, 
mas pode ter sensibilidade menor que 50%. 
 
Fonte: 
https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/588
3/litiase_renal.htm. Células radiotransparentes de oxalato 
de cálcio no ureter esquerdo. 
A urografia excretora é útil na avaliação 
anatômica dos rins e na detecção de 
hidronefrose (pode ser realizada durante a 
gestação ou cólica nefrética) – tem baixa 
sensibilidade para cálculos ureterais e é 
operador-dependente. 
A tomografia computadorizada helicoidal é 
o padrão ouro para diagnóstico de litíase urinária! 
Tem de 96 a 100% de sensibilidade. Deve ser 
realizada SEM CONTRASTE. Diagnostica 
patologias não relacionadas com o trato urinário 
e detecta praticamente todos os tipos de cálculo 
(radiopacos ou não). Delimita até a densidade do 
cálculo (em escala crescente de densidade - 
ácido úrico, estruvita, cistina, oxalato de cálcio 
mono-hidratado e hidroxiapatita). No entanto tem 
alto custo, carga de radiação e disponibilidade 
limitada. 
 
 
 
 
Tipos de cristais. A. Oxalato de cálcio. B. Ácido úrico. C. 
Cistina. D. Fosfato amoníaco magnésio (estruvita). 
https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/5883/litiase_renal.htm
https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/5883/litiase_renal.htm
7 
Khilver Doanne Sousa Soares 
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Se a cólica renal dissipar ou o cálculo renal 
realizar a passagem, deve-se esperar 4 semanas 
para reavaliação metabólica dos fatores de risco 
– se possível recuperar o cálculo expelido, é 
importante submetê-lo à análise. 
Ok, mas em pacientes que formaram o 
primeiro cálculo? Em adultos, a investigação deve 
consistir ao menos em dosagens séricas de cálcio, 
fósforo, ácido úrico, creatinina, sódio, cloro, 
potássio e bicarbonato. Deve-se pedir um parcial 
de urina e US, mas, se disponível, realizar TC sem 
contraste. 
Tratamento 
Deve ser dividido em: tratamento da cólica 
renal, do cálculo e da terapêutica da doença 
litiásica. 
Tratamento da Cólica Renal 
As 2 classes de medicações utilizadas para 
analgesia na cólica renal são os AINES e os 
opioides. 
Ao inibirem a síntese de prostaglandinas, os 
AINEs reduzem a inflamação e a hiperatividade 
muscular ureteral – o cetoprofeno é um 
comumente utilizado (outros: diclofenaco, 
ibuprofeno ou indometacina). 
Obs.: em situações de insuficiência renal, doença péptica 
grave ou gestação os AINEs tem contraindicação 
absoluta. 
Tratamento do Cálculo 
A eliminação espontânea ocorre em até 
80% dos cálculos menores que 5 mm. Cálculos 
maiores que 7 mm a taxa de eliminação 
espontânea cai para 25% para os localizados em 
ureter proximal, 45% para aqueles em ureter 
médio e de 70% para cálculos de ureter distal. 
Seo paciente tiver dor refratária ao tratamento 
clínico, obstrução persistente + função renal 
alterada, infecção concomitante, risco de 
pionefrose ou urosepse, obstrução bilateral ou 
cálculo em rim único com hidronefrose, indica-se 
consulta urológica urgente. Já a hospitalização é 
recomendada quando houver necessidade de 
administração frequente de analgésicos 
parenterais, vômitos persistentes, suspeita de 
pielonefrite aguda associada, elevação da 
creatinina plasmática e desenvolvimento de 
anúria ou oligúria. 
A terapia expulsiva medicamentosa (TEM) 
na litíase ureteral baseia-se no bloqueio de 
receptores alfa-1-adrenérgicos (localizados 
principalmente no ureter inferior): o bloqueio 
desses receptores inibe o tônus do músculo liso 
e o peristaltismo descoordenado, mantendo as 
contrações de propulsão  a medicação em 
questão é a Tansulosina. 
A alcalinização da urina pode dissolver 
cálculos puros de ácido úrico. A terapia-padrão é 
realizada com citrato de potássio, com a 
finalidade de manter o pH urinário entre 6,5 e 7. 
A litotripsia extracorpórea emprega ondas 
sonoras geradas fora do corpo humano, 
concentrando-as no trato urinário, diretamente 
sobre o cálculo. Os pacientes são tratados 
ambulatoriamente, sob analgesia ou anestesia 
local. A nefrolitotripsia percutânea (principais 
indicações: cálculos renais complexos e de ureter 
proximal maior que 10 mm) pode ser indicada 
isoladamente para cálculos de grande volume ou 
sequencialmente à litotripsia extracorpórea 
(técnica-sanduíche). Hoje, raramente se emprega 
a cirurgia aberta (uretero ou nefrolitotomia). 
 
Fonte: https://medsim.med.br/patologias-
tratamentos/litotripsia-extracorporea/. Litotripsia 
extracorpórea significa quebrar a pedra a partir de 
https://medsim.med.br/patologias-tratamentos/litotripsia-extracorporea/
https://medsim.med.br/patologias-tratamentos/litotripsia-extracorporea/
8 
Khilver Doanne Sousa Soares 
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ondas geradas fora do corpo, que atravessam a pele, 
gordura, músculos, tecido renal e, ao atingirem a pedra, 
causam sua explosão (eclosão). 
Profilaxia 
Tratamento Dietético 
Aumento da ingestão líquida. O aumento do 
volume urinário reduz a concentração dos sais 
excretados. Recomenda-se, para diminuir a 
recorrência da nefrolitíase em até 50%, que a 
ingestão líquida seja suficiente para a produção 
de, pelo menos, 2.000 ml de urina diariamente. A 
obesidade é fator de risco para nefrolitíase. 
Chá e café também foram associados à redução 
no risco de formação de novos cálculos.75 O 
consumo de refrigerantes adoçados 
artificialmente com frutose deve ser 
desestimulado. 
Ingestão de cálcio, sal e proteína. A ingestão 
reduzida de cálcio está associada a maior 
incidência de nefrolitíase. Dietas com alto teor 
de sódio diminuem a reabsorção tubular de cálcio 
e aumentam a calciúria. Do mesmo modo, a 
ingestão excessiva de proteína animal resulta em 
leve acidose metabólica, estimulando a liberação 
de cálcio ósseo para tamponar o excesso de íons 
hidrogênio, o que acarreta aumento na excreção 
urinária de cálcio. 
Principais Modalidades Terapêuticas para Cálculos Renoureterais 
 
 
9 
Khilver Doanne Sousa Soares 
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Obesidade, hipertensão e DM. Acredita-se que o 
risco de nefrolitíase aumenta com a elevação do 
índice de massa corporal (IMC) e da 
circunferência abdominal. Além disso, o excesso 
de peso pode resultar em aumento da excreção 
urinária de ácido úrico e oxalato, fatores de risco 
para a formação de cálculos de oxalato de cálcio. 
Tratamento farmacológico: 
 Tiazídicos: agem aumentando a reabsorção 
tubular proximal de cálcio (associada à 
contração do espaço extracelular) e 
diretamente no túbulo distal, diminuindo a 
calciúria. Fármacos associados a esse 
efeito hipocalciúrico incluem 
hidroclortiazida (50 mg/dia), clortalidona 
(25 mg/dia) ou indapamida (2,5 mg/dia). 
Devem-se estimular a restrição 
concomitante de sódio e evitar 
hipopotassemia durante o tratamento com 
tiazídicos – pode ser necessário 
suplementação dietética ou farmacológica 
de potássio ou ainda associação com 
amilorida. Podem causar hipotensão 
arterial, impotência, dislipidemia e 
intolerância à glicose; 
 Citrato: Indicado nos casos de 
 Hipocitratúria, primária ou secundária, o 
citrato também diminui a saturação 
urinária em casos de hipercalciúria, 
ligando-se ao cálcio e formando 
complexos solúveis. Além disso, apresenta 
efeito alcalinizante, aumentando o pH 
urinário e a fração dissociada de ácido 
úrico. Utiliza-se preferencialmente o 
citrato de potássio, em dose suficiente 
para elevar o pH urinário acima de 6,5, 
nível associado à redução no tamanho e 
até mesmo à dissolução de cálculos puros 
de ácido úrico; 
 Alopurinol: utilizado na nefrolitíase por 
oxalato de cálcio associada à 
hiperuricosúria (> 800 mg/dia), bem como 
em pacientes com hiperuricosúria 
associada a cálculos puros de ácido úrico. 
Entretanto, deve-se, concomitantemente, 
manter o pH urinário alcalino, para obter 
maior solubilidade do ácido úrico. O 
alopurinol inibe a enzima xantina-oxidase, 
responsável pela conversão de xantina em 
ácido úrico, e, nas situações descritas, é 
recomendado mesmo na ausência de 
hiperuricemia. Os efeitos colaterais são 
rash cutâneo, artralgias e, muito 
raramente, síndrome de Stevens-Johnson. 
 
ITU 
A infecção do trato urinário (ITU) é 
definida como a presença de microrganismo 
patogênico detectado na urina, na uretra, na 
bexiga, no rim ou na próstata. 
As ITU podem ser divididas em duas 
categorias anatômicas: infecções do trato urinário 
baixo (cistites, uretrites e prostatites) e 
infecções do trato urinário alto (pielonefrites e 
abscessos perinefréticos). 
10 
Khilver Doanne Sousa Soares 
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As ITU são mais prevalentes em crianças 
de até 6 anos de idade, mulheres jovens com vida 
sexual ativa e idosos. 
Obs.: quase 50% das mulheres terão pelo menos um 
episódio de ITU ao longo da vida; e dessas 20 a 30% 
terão ITUs de repetição. 
Fisiopatologia 
As ITU são geralmente causadas por 
bactérias gram-negativas originárias da flora 
intestinal. A Escherichia coli é o agente em 
aproximadamente 80% das infecções agudas em 
pacientes sem cateteres e sem alterações 
urológicas. Outros agentes gram-negativos 
Klebsiella sp., Proteus sp., e Enterobacter sp. são 
responsáveis por uma proporção pequena de 
infecções não complicadas; estes e as 
pseudomonas e Serratia marcescences tem 
importância em quadros associadas a presença 
de cateteres, manipulação urológica, cálculos ou 
obstrução urinária. 
Cocos gram-positivos apresentam papel de 
menor importância nas infecções do trato 
urinário. 
Na maioria das infecções, as bactérias 
entram na bexiga através da uretra, e a partir daí 
podem ascender ao parênquima renal. 
Além da via ascendente, a via hematogênica 
também é responsável por parte das ITU, 
principalmente em pacientes que apresentam 
obstrução intra ou extrarenal ao fluxo urinário. 
Virulência Bacteriana 
A virulência bacteriana é determinada pela 
capacidade de adesão da bactéria à camada 
mucosa ou à célula urotelial. Isto depende da 
presença de flagelo, ou antígeno “H”, produção de 
hemolisina (que induz a formação de poros na 
membrana celular), produção de aerobactina 
(responsável pela aquisição de ferro), produção 
de urease (levando à formação de amonium e 
alcalinização da urina, promovendo a precipitação 
de fosfato, carbonato e magnésio e, assim, a 
formação do cálculo de estruvita), cápsula, ou 
antígeno “K” (conferindo resistência à 
fagocitose) e polissacarídeos,ou antígeno “O” 
(determinantes antigênicos). 
Condições no Hospedeiro que 
Predispõem ITU 
Gênero e atividade sexual. A uretra feminina 
é particularmente susceptível à colonização por 
bacilos gram-negativos devido a sua proximidade 
com o ânus, seu tamanho mais curto, de 
aproximadamente 4 cm, e sua terminação 
próxima ao introito vaginal (a atividade sexual 
pode introduzir a bactéria na bexiga). A geleia 
espermicida afeta o pH e flora do introito vaginal, 
aumentando a colonização por E. coli. Em homens, 
prostatite e obstrução uretral por hipertrofia 
prostática são fatores que predispõe a 
bacteriúria; intercurso anal também está 
associado a cistite em homens. 
Gravidez. Presente em 5 a 10% das 
gestantes. Há risco de desenvolvimento para 
pielonefrite. Isso tudo pela modificação da 
posição da bexiga, aumento da capacidade vesical 
devido à redução do tônus vesical, o relaxamento 
da musculatura lisa da bexiga e do ureter e a 
dilatação do ureter e da pelve renal, que facilitam 
o refluxo vesicoureteral. 
Obstrução do trato urinário. Qualquer fator 
que interfira com o fluxo urinário, como litíase, 
tumor, estenose ou hipertrofia prostática, pode 
resultar em estase urinária, aumento da 
proliferação bacteriana e distensão vesical. 
Bexiga neurogênica. A disfunção 
neuromotora da bexiga que ocorre em lesões da 
medula espinal, tabes dorsalis, esclerose múltipla, 
diabetes mellitus e outras doenças, está 
frequentemente associada à presença de ITU. A 
estase urinária e o uso de catéteres de drenagem 
intermitente favorecem a contaminação do trato 
urinário. 
Refluxo vesicoureteral. A presença de 
refluxo de urina da bexiga para o ureter e, 
algumas vezes, para a pelve renal, pode ocorrer 
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Khilver Doanne Sousa Soares 
Material restrito, favor não reproduzir nem distribuir sua posse!!! Nenhum serviço de impressão e xerox pode redistribuir este material a outros clientes!!! 
durante episódios de infecção urinária, 
principalmente em crianças. 
Cateterização urinária. A utilização de 
sondas vesicais de demora predispõe à 
bacteriúria, geralmente assintomática. A presença 
de leucocitúria não apresenta boa correlação com 
ITU nesses pacientes.  Recomenda-se a troca 
de catéter a cada 21 dias pelo menos. 
Quadro Clínico 
Nas cistites (ITU baixo) há disúria, 
polaciúria, urgência miccional, dor em região 
suprapúbica e hematúria – idosos podem 
apresentar também febre ou hipotermia e 
alterações do comportamento e/ou do nível da 
consciência. 
Na pielonefrite aguda (ITU alto) há 
lombalgia, náuseas ou vômitos, febre e sinal de 
Giordano positivo. Em casos de urolitíase há 
presença de cólica nefrética e hematúria 
macroscópica + sintomas inespecíficos (febre, 
mal-estar, fadiga, dor abdominal). 
Obs.: pode haver evolução para quadro séptico 
Pacientes com cateteres urinários no geral 
não apresentam os mesmos sinais e sintomas de 
ITU. Entretanto, deve-se investigar ITU sempre 
que pacientes com catéteres vesicais de longa 
permanência apresentarem febre, urina leitosa 
ou outras manifestações sistêmicas compatíveis 
com infecção. 
Em crianças, o principal sintoma de ITU 
pode ser dor abdominal. Neonatos costumam 
apresentar icterícia fisiológica prolongada, 
hipertermia, diarréia, vômitos, cianose e, em 30% 
dos casos, perda de peso e/ou alterações 
neurológicas. Lactentes costumam manifestar 
uma ITU com alterações do hábito intestinal, 
déficit pôndero-estatural, anorexia, vômitos ou 
febre de etiologia não determinada. Finalmente, 
na faixa pré-escolar, os sintomas podem ser 
enurese, disúria, polaciúria ou febre. 
 
Diagnóstico & Exames 
Complementares 
O diagnóstico das ITU é feito com base nos 
sinais e nos sintomas clínicos apresentados pelo 
paciente e na análise da amostra de urina, 
confirmando a presença de leucocitúria 
significativa e bactérias  TODOS os pacientes 
com quadro clínico de ITU devem ter seu 
diagnóstico validado por análise da urina e 
cultura. 
Amostra de Urina. O ideal seria coletar 
amostra de urina estéril por aspiração 
suprapúbica da bexiga. No entanto, esse método 
não é aplicado na prática clínica e a urina é 
coletada após micção natural. 
A sensibilidade da cultura urinária é maior 
com a coleta da primeira urina da manhã, que é 
mais concentrada e contém mais bactérias 
devido ao tempo para sua multiplicação. 
Sedimento urinário. ITU sem leucocitúria é 
extremamente incomum. Leucocitúria 
significativa, ou piúria, é definida como a 
contagem, na urina, igual ou superior a 10.000 
leucócitos/mL ou 10 leucócitos/campo. 
A presença de cilindros leucocitários sugere 
pielonefrite, nessa situação o pH urinário é 
geralmente alcalino. Quando o pH encontrado é 
superior a 8,0 pode se suspeitar de infecção por 
Proteus. Hematúria, quando presente, geralmente 
é discreta, e a presença de proteinúria costuma 
ser discreta e variável. A presença de bactérias é 
frequente, mas precisa ser confirmada por 
cultura urinária. 
Urocultura. Classicamente, considera-se 
como bacteriúria significante a contagem 
superior a 105 colônias/mL (valores maiores que 
102 são aceitos com indicativas), descartada a 
possibilidade de contaminação fecal durante a 
coleta. 
 
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Khilver Doanne Sousa Soares 
Material restrito, favor não reproduzir nem distribuir sua posse!!! Nenhum serviço de impressão e xerox pode redistribuir este material a outros clientes!!! 
 
Exames de Imagem 
Indicados em casos de suspeita ou 
diagnóstico de ITU complicada ou recorrente: 
 US: utilizada para identificar cálculos e 
suas repercussões; 
 TC: raramente indicada na investigação de 
ITU, usada para descartar a presença de 
abcesso perinefrético; 
 Uretrocistografia miccional: indicada em 
ITU recorrente em paciente transplantado 
renal, para afastar refluxo vesicoureteral 
(RVU) ao rim transplantado. Em crianças 
abaixo de 2 anos é o padrão de referência 
para diagnóstico de RVU; 
 Urografia excretora: não deve ser realizada 
na fase aguda da ITU, pelo risco da 
nefrotoxicidade pelo contraste associado à 
sua baixa sensibilidade. Pode fornecer 
dados na investigação de ITU complicada; 
 Cintilografia com DMSA: indicada na fase 
aguda de ITU em crianças por auxiliar no 
diagnóstico diferencial com pielonefrite; 
 Cistoscopia: indicada em pacientes idosos 
e transplantados renais com ITU 
recorrente e hematúria, para afastar a 
presença de neoplasia de bexiga. 
Mulheres com ITU recorrentes devem ser 
orientadas quanto a estratégias comportamentais 
que podem reduzir a incidência dessas infecções: 
evitar uso de espermicidas como método 
anticoncepcional (principalmente se associados 
ao uso de diafragma), ingerir mais líquidos, 
aumentar a frequência de micções (a cada 2 ou 
3 horas) e urinar logo após o coito e/ou antes de 
se deitar. 
Recomenda-se a utilização de cremes 
vaginais com estrógenos em mulheres 
menopausadas sem contraindicações para esse 
medicamento, que apresentem três ou mais ITU 
anuais. 
A profilaxia de ITU em pacientes com 
catéteres vesicais de demora baseia-se, 
principalmente, na retirada desse cateter o mais 
precocemente possível e em evitar 
cateterizações desnecessárias. 
O tratamento mais usual de ITU é a 
administração oral de antibióticos, como por 
exemplo o Sulfametoxazol com trimetoprima 
dose de 800/160mg, duas vezes ao dia, durante 
três dias, a nitrofurantoína na dose de 100mg, 
duas vezes ao dia, durante cinco dias, e também 
a fosfomicina, na dose de 3g em dose única. 
Ademais, pode-se usar em conjunto alguns 
medicamentos para alívio dos sintomas, como o 
ibuprofeno na dose de 400mg, três vezes ao dia, 
durante três dias. Importante mencionar que na 
suspeita de pielonefrite, nitrofurantoína e 
fosfomicina devem ser evitados. 
Regimes de tratamento oral para infecção do trato urinário em mulheres* 
 
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Khilver Doanne Sousa Soares 
Material restrito, favor não reproduzir nem distribuir sua posse!!! Nenhum serviço de impressão e xerox pode redistribuir este material a outros clientes!!!*Considerar as informações do texto para seleção do medicamento a ser utilizado no tratamento empírico; **Pode ser 
usado em gestantes; ***Pode ser usado na gestação apenas no segundo trimestre; SMX-TMP, sulfametoxazol-
trimetoprima.
Medicamentos para profilaxia de infecção do 
trato urinário em mulheres com infecção do trato 
urinário recorrente (dose 1x/dia ou pós-coital): 
 
 
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Khilver Doanne Sousa Soares 
Material restrito, favor não reproduzir nem distribuir sua posse!!! Nenhum serviço de impressão e xerox pode redistribuir este material a outros clientes!!! 
Doença Inflamatória Pélvica 
O diagnóstico clínico de DIP se baseia em 
critérios maiores, menores e elaborados: ela é 
confirmada clinicamente pela presença de 3 
critérios maiores + 1 critério menor ou por apenas 
1 critério elaborado.
 
 
 
A presença das seguintes situações indica 
tratamento hospitalar: 
a) Abscesso tubo-ovariano. 
b) Gravidez. 
c) Ausência de resposta clínica após 72 horas 
do início do tratamento com 
antibioticoterapia oral. 
d) Intolerância a antibióticos orais ou 
dificuldade para seguimento ambulatorial. 
e) Estado geral grave, com náuseas, vômitos 
e febre. 
Fluxograma de Dor Pélvica 
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Khilver Doanne Sousa Soares 
Material restrito, favor não reproduzir nem distribuir sua posse!!! Nenhum serviço de impressão e xerox pode redistribuir este material a outros clientes!!! 
f) Dificuldade em exclusão de emergência 
cirúrgica (p. ex., apendicite, gravidez 
ectópica). 
Tratamento de Primeira Opção 
Ambulatorial: 
- Ceftriaxona, 500 mg, IM, dose única + 
- Doxiciclina, 100 mg, 1 comprimido, VO, 
2x/dia, por 14 dias + 
- Metronidazol, 250 mg, 2 comprimidos, VO, 
2x/dia, por 14 dias. 
Hospitalar: 
- Cefoxitina, 2g, IV, 4x/dia, por 14 dias + 
- Doxiciclina, 100 mg, 1 comprimido, VO, 
2x/dia, por 14 dias 
--------------------------- 
Resumindo. . . 
Ações conforme o local do cálculo: 
 Junção ureteropélvica: LECO (litotripsia com 
ondas de choque extracorpórea). Se o cálculo 
for coraliforme > 2cm, realiza-se a 
nefrolitotomia percutânea; 
 Terço médio: ureteroscopia flexível; 
 Junção vesicoureteral: ureteroscopia rígida 
A principal composição dos cálculos respectivamente é: 
oxalato de cálcio (80%), estruvita (10 a 20%). 
Cálcio, oxalato, fosfato. . . são SOLUTOS, precipitam e 
formam cálculos; 
Citrato, magnésio, pirofosfato são “SOLVENTES” inibem 
a formação dos cálculos. 
PRINCIPAL EXAME DE IMAGEM: TC de abdome sem 
contraste 
Cálculos < 5mm saem sozinhos; >10mm tenho que 
abordar!!! 
Cálculo coraliforme? SEMPRE ABORDO! Mesmo que 
assintomático. 
Alguma medicação me auxilia na dissolução do cálculo: 
Alfa-bloqueador (Tansulosina 0,4 mg 1 cp/dia) 
Sempre avaliar possível pielonefrite. . . a cistite pode 
ascender! 
O que é CLÁSSICO no exame de urina? Nitrito, esterase 
e leucócitos!!! Lembras que nas ITUS o pH é + básico!!! 
Se houverem hemácias deformadas  origem do 
sangramento é glomerular!!! 
Se houverem hemácias “intactas”  a origem do 
sangramento não é glomerular (<25% hemácias 
dismórficas)!!! 
Eosinófilos?!? Cuidado com NIA!!! 
Avaliar presença de DIP (diagnóstico diferencial)!!! 
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Referências 
GUSSO, Gustavo; LOPES, José Mauro 
Ceratti; DIAS, Lêda Chaves. Tratado de 
medicina de família e comunidade: 
princípios, formação e prática. 2. ed. Porto 
Alegre: Artmed, 2019. 
TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. 
Princípios de Anatomia e Fisiologia. 14. ed. 
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 
MARTINS, Mílton de Arruda. et. al. Clínica 
Médica, 1. ed. São Paulo: Manole, 2009. 
ROSENTHAL, Sophia Turci. et. al. Infecção 
do trato urinário - aspectos epidemiológicos, 
fisiopatológicos e manejo terapêutico. 
Brazilian Journal of Development, Curitiba, 
v.8, n.7, p.52571-52580, jul., 2022. 
Riella, Miguel Carlos. Princípios de 
nefrologia e distúrbios hidreletrolíticos. 6.ed. 
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018.

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