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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA/ FCAV 
 
BIOFÍSICA (AULA PRÁTICA) 
 
HEMÓLISE EM GLÓBULOS VERMELHOS 
 
INTRODUÇÃO 
 As hemácias (ou glóbulos vermelhos) são células vivas, anucleadas, metabolicamente ativas 
e capazes de sintetizar ATP por via anaeróbica. O ATP é utilizado, entre outros sistemas, pela enzima 
ATPase Na-K, na membrana plasmática, como fonte de energia para o bombeamento do sódio do 
interior da célula para o meio extracelular e de potássio, em sentido contrário. Este transporte é 
responsável pela manutenção de uma composição iônica intracelular diferente da do fluido 
extracelular e, indiretamente, pela regulação do volume celular. As hemácias se encontram em 
equilíbrio osmótico com o meio extracelular. Alterações da pressão osmótica do fluido extracelular, 
com solutos impermeantes, levam a ajustes rápidos de volume celular que ocorrem em segundos, 
decorrentes de entrada e saída de água da célula. 
 As hemácias, ao microscópio, se apresentam como discos bicôncavos. A forma bicôncava 
depende de dois fatores principais: a) natureza da membrana plasmática, em particular de seus 
constituintes, dentre os quais o colesterol e proteínas contráteis; b) regulação do volume celular. A 
hemácia se comporta como um micro osmômetro, pelo fato de sua membrana ser permeável à água e 
pouco permeável a solutos, principalmente iônicos, e por sua impermeabilidade a cátions. Solutos 
não iônicos hidrossolúveis atravessam a membrana com relativa facilidade dependendo do tamanho 
molecular. 
 Variações na osmolaridade da solução externa levam a alterações do volume das hemácias 
devido ao movimento osmótico da água através da membrana plasmática, até que um novo equilíbrio 
osmótico seja atingido. A forma bicôncava permite às hemácias variarem de volume, principalmente 
aumentarem de volume, sem estiramento da membrana. Ao ultrapassar um volume crítico, quando a 
hemácia atinge a forma esférica, ocorre rompimento da membrana ou hemólise, com liberação do 
conteúdo celular (particularmente hemoglobina) para o meio extracelular. 
 
OBJETIVOS 
Demonstrar aspectos relacionados ao movimento de água na membrana celular: 
• Osmose, fluxo osmótico, pressão osmótica e tamanho molecular. 
 
 
 
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PROCEDIMENTO 
 
1. Coletar 2 ml de sangue de mamífero e de peixe e adicionar anticoagulante (heparina ou oxalato de 
sódio). 
2. Preparar uma bateria de 11 tubos de ensaio previamente identificados contendo soluções de NaCl 
de concentrações decrescentes, obtidas por mistura de H2O destilada e NaCl 150mM nas seguintes 
proporções, em ml: 0/10; 1/9; 2/8; 3/7....... 9/1; 10/0. Homogeneizar a mistura por agitação. 
3. Colocar 10 ml das soluções abaixo discriminadas em tubos de ensaio previamente identificados: 
 NaCl 500 mM e 1000 mM; ureia 300 mM e 500 mM; sacarose 300mM e 500 mM. 
4. Adicionar 100 l de sangue (3 a 4 gotas) a cada um dos tubos, cobrir com filme de PVC (ou 
similar) e inverter os tubos lentamente para misturar sem formar espuma. 
5. Cinco minutos após a adição de sangue, examinar os tubos contra a luz e contra um fundo contendo 
letras impressas. Descrever os fatos observados e anotar os tubos de acordo com o aspecto das 
soluções. 
6. Centrifugar os tubos e observar o aspecto da solução resultante. Explicar o observado. 
 
Observação: 
PM da sacarose (C12H22O11) = 342,3 
PM da ureia (CH4N2O) = 60

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