Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
O TRANSTORNO DO JOGO COMPULSIVO NO BRASIL A Carta Magna, de 1988, garante a todos o direito à saúde e ao lazer de qualidade. Todavia, a prática deturpa a teoria, visto que o vício e compulsão por jogos vêm aumentando constantemente em solo tupiniquim. Nesse contexto, podemos destacar o incentivo ao consumo excessivo e a banalização do assunto pela sociedade como as principais causas para a disseminação desse transtorno obsessivo, o qual é responsável por fomentar problemas psicológicos entre as crianças e adolescentes e na perpetuação destes para a vida adulta. Mormente, é necessário compreender como o Capitalismo influencia na propagação do transtorno do jogo compulsivo entre os jovens. De acordo com John Locke, filósofo inglês, no instante do nascimento, o homem é como uma tábula rasa, ou seja, todas as ideias que ele possui são adquiridas ao longo da vida. Nesse sentido, as diversas propagandas e os apelos da mídia impulsionam o comércio e o uso de jogos digitais, fato que corrobora para a sobreposição da experiência virtual à da realidade vivenciada por esse indivíduo. Outrossim, a negligência do corpo social perante o assunto é um fator determinante para a manutenção e agravamento do vício nos doentes. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o vício em games está vinculado à psicopatologia, além de ser considerado um comportamento desadaptativo, uma vez que, a obsessão em jogos está intrinsecamente ligado ao isolamento social. Nesse sentido, a banalização da dependência por jogos principalmente pelas pessoas mais próximas ao enfermo, como família e amigos, apenas contribui para o isolamento social do sujeito, visto que esses não enxergam o problema como doença e, portanto, não consideram a possibilidade de incentivar a pessoa a procurar ajuda para melhorar a situação. Dessarte, é mister que o Estado tome providências para amenizar o quadro atual. Para a disseminação da informação para a população, urge que o Ministério da Saúde crie, por meio de verbas governamentais, campanhas publicitárias nas redes sociais. Essas propagandas, ao retratar a problemática sobre o assunto, devem sugerir ao interlocutor um olhar mais crítico em relação à situação, a fim de incentivar a procura por tratamento do doente e desencorajar propagandas que incentivem o consumo e utilização compulsória de jogos digitais. Dessa forma, os direitos básicos previstos na Constituição de 1988 passarão a ser garantidos e a porcentagem de pessoas com transtorno do jogo compulsivo no país diminuirá.
Compartilhar