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PÓLIPO ENDOMETRIAL E HIPERPLASIA ENDOMETRIAL

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PATOLOGIAS DO CORPO UTERINO NO ENDOMÉTRIO 
• As patologias do corpo uterino relacionadas ao endométrio são: Pólipo endometrial, Hiperplasia endometrial e Câncer de 
endométrio. 
• A camada interna do útero, chamada de endométrio é estimulada pelo estrogênio e fica mais espesso durante a primeira fase do 
ciclo, se preparando para uma possível gravidez. Na segunda fase do ciclo, ocorre a diferenciação e se não tiver uma fecundação 
seguida de nidação, o estrogênio é fornecido e quantidades menores e a progesterona é fornecida em maiores quantidades. Essa 
variação hormonal provoca a descamação endometrial, conhecida como menstruação. Esse ciclo se repete até a menopausa. 
• Não tem como fazer diagnóstico diferencial por meio da clínica, apenas pelo anatomopatológico. A faixa etária com maior 
incidência é na peri-menopausa, período que o endométrio não se diferencia, aumentando o risco de proliferação. Os sintomas são 
os mesmo entre as diversas doenças, sendo que na pré-menopausa ocorre um sangramento aumentado, prolongado ou 
intermenstrual. Já na pós-menopausa o sintoma principal é o sangramento na pós-menopausa. 
CLASSIFICAÇÃO FIGO DE SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL 
 
• Normal é duração de 3 a 8 dias e frequência de 24 a 38 dias e volume de 30 – 80ml. Ciclo frequente < 24 dias e infrequente > 38 
dias. Regular tem a mesma variação de tempo entre as menstruações. 
• As patologias de endométrio possuem características idênticas como faixa etária de incidência é na peri-menopausa. 
• Os sintomas são divididos em: 
o Pré-menopausa: sangramento aumentado, prolongado ou intermenstrual. 
o Pós-menopausa: sangramento na pós-menopausa. 
o Diagnóstico diferencial é câncer de endométrio. 
• O sangramento uterino anormal pode ser agudo ou crônico, é definido como sangramento proveniente do corpo uterino, com 
anormalidade em qualquer classificação citada no quadro acima, em mulheres que não estão grávidas. 
• As desordens que provocam SUA são as do esquema PALM-COEIN, onde cada uma das letras denomina uma das etiologias do 
sangramento. Após a exclusão de gestação, a evolução inicial inclui história detalhada do sangramento e antecedentes, com foco 
em fatores de risco para câncer de endométrio, coagulopatias, medicações em uso, doenças concomitantes, além de exame físico 
completo, com foco em sinais da síndrome dos ovários policísticos, resistência insulínica, doenças da tireoide, petéquias, 
equimoses, lesões da vagina ou colo do útero, além de tamanho do útero. Para investigação complementar, pode-se utilizar 
hemograma, dosagem de ferritina e USG pélvica/transvaginal. 
• O PALM são causas estruturais e COEIN são causas não-estruturais. 
• P: pólipo; 
• A: adenomiose; 
• L: leiomiomatose; 
• M: malignidade (endometrial e miometrial); 
 
• C: coagulopatia; 
• O: ovulação anormal; 
• E: endométrio (SUA); 
• I: iatrogênico; 
• N: não especificado (outras causas); 
PATOLOGIAS DO CORPO UTERINO – PÓLIPO ENDOMETRIAL 
DEFINIÇÃO 
• São proliferações focais do endométrio de etiologia pouco clara, frequentemente assintomáticos. Podem associar-se a hemorragia 
uterina decorrente da lesão mecânica por fricção do seu epitélio de superfície, embora os pólipos de grandes dimensões podem 
sofrer necrose da extremidade distal em consequência de trombose dos vasos terminais ou mesmo por torção parcial ou intermitente 
do pedículo vascular. Os pólipos endometriais podem aumentar por influência de estimulação estrogênica e uso de tamoxifeno. 
• Pólipos endometriais são umas das principais indicações de histeroscopia. 
• Ressalta-se que NÃO é uma bolinha de endométrio, pois isso seria uma hiperplasia endometrial focal. A hiperplasia endometrial 
focal é bem mais grave que o pólipo endometrial, visto que o aumento localizado tem relação com fatores genéticos – mutação 
pontual – e maior chance de evolução para malignidade, quando comparado ao aumento difuso, que geralmente, está ligado a 
fatores externos. 
EPIDEMIOLOGIA 
• 10% das mulheres podem ter pólipos e faixa etária de incidência é de 29 a 59 anos com máxima incidência entre 50 aos 59 anos. 
As usuárias de tamoxifeno possuem altos índices de incidência. 
• Tamanhos e quantidades variados (predominam poucos). 
• Aspecto macroscópica semelhante ao endométrio adjacente, podem estar congestos ou infartados. 
• Aspecto microscópico: tecido fibroso associado a epitélio endometrial e canais vasculares alargados. 
 
SINTOMAS 
• Irregularidade menstrual com aumento, prolongado e/ou intermenstrual (pré-menopausa) ou sangramento pós-menopausa. 
• Algia pélvica e sangramento podem ocorrer em caso de infarto do pólipo. 
EXAMES COMPLEMENTARES 
• Ultrassonografia transvaginal. 
• Histerossalpingografia (em desuso) ou histerossonografia. 
• Histeroscopia (A) – diagnóstico e terapêutica, é o padrão-ouro. Remove todo o conteúdo do pólipo a fim de ser analisado pelo 
anatomopatológico. 
OPÇÕES TERAPÊUTICAS 
• DC = dilatação e curetagem (sensibilidade baixa). 
• Hormonioterapia: progestágenos (baixa eficácia com leve controle sintomático). 
• Histerectomia: exceção em casos de recidiva. 
PROGNÓSTICO 
• Altos índices de recidiva. O manejo clínico mais adequado é seguir recomendando a retirada de pólipos sintomáticos, realizar 
sempre uma avaliação ampla da cavidade e das características do endométrio circunjacente e manter avaliação individualizada para 
pólipos assintomáticos. O que se pode afirmar é que talvez o pólipo endometrial seja um marcador de risco para câncer, mas sem 
evidências que seja um precursor de malignidade. 
PATOLOGIAS DO CORPO UTERINO – HIPERPLASIA ENDOMETRIAL 
• Modificação da relação entre as glândulas e o estroma em favorecimento da proliferação glandular. A proliferação pode ocorrer de 
forma difusa ou focal e á expressão morfológica da estimulação estrogênica endógena ou exógena prolongada, sem a contraposição 
da ação da progesterona. 
• Caracteriza-se pela multiplicação excessiva das glândulas endometriais acompanhada de alterações tecidual e varia de endométrio 
proliferando desordenado á proliferação complexa com diagnóstico diferencial de adenocarcinoma bem diferenciado. 
• A importância de conhecer a hiperplasia é de fazer associação do risco de progressão para o câncer de endométrio, além de que a 
hiperplasia atípica ser considerada uma lesão precursora do câncer de endométrio do tipo endometrioide. 
• Tipos e variantes histológicas são pouco relevantes (algumas variáveis tem até 50% de chance de desenvolver CA). 
• A presença de atipia é o determinante mais importante. 
• O pico de incidência é entre os 40 a 50 anos de idade (janela de oportunidade para diagnosticar e tratar lesão precursora). Pode 
ocorrer em outras idades, mas estar presente na idade acima não é patognomônico. 
• Lesões pré-malignas passíveis de tratamento (CA de endométrio) → o tratamento da lesão precursora evita o câncer de endométrio 
(prevenção primária). *PROVA 
SINTOMAS 
• Sangramento menstrual aumentado, frequente, prolongado e eventualmente intermenstrual (pré-menopausa) ou sangramento pós-
menopausa. 
FATORES DE RISCO SIGNIFICATIVOS 
• Obesidade: maior conversão periférica pela aromatase e androstenediona em estrona. 
• Terapia hormonal sem progestágeno. 
• Síndrome do ovário micropolicísticos (SOMP) e outras formas de anovulação crônica. 
• Uso de tamoxifeno. 
EXAMES COMPLEMENTARES 
• Ultrassonografia: triagem com medidas fixas apenas na pós-menopausa (5mm – não usuária de TH; e 10mm – em usuária). 
• O diagnóstico ideal é feito com a histeroscopia (padrão-ouro). 
• Há bons níveis de diagnóstico em curetagem. 
• A citologia endometrial e variações técnicas: possível melhora de sensibilidade em estudos de larga casuística atuais. 
CLASSIFICAÇÕES 
• Hiperplasia simples (cística) → possui risco de malignização de 1 a 3%. 
• Hiperplasia complexa (adenomatosa) → possui risco de malignização de 3 a 4%. 
• Hiperplasia atípica → possui risco de malignização de 23 a 25%. 
TRATAMENTO• Os critérios para definição da terapia são: idade, desejo reprodutivo e presença de atipia. 
• Se houver atipias, indicação prioritária é de histerectomia (A), ou terapias destrutivas (C). 
• Se ausência de atipias ou desejo reprodutivo, progestágenos em qualquer via (oral, injetável, DIU, implante) → necessário controle 
periódico (máximo de 6 em 6 meses). 
PATOLOGIAS DO CORPO UTERINO – CÂNCER DE ENDOMÉTRIO 
• O câncer do corpo do útero pode iniciar em diferentes partes do órgão. O tipo mais comum se origina no endométrio e é chamado 
de câncer de endométrio. O principal fator de risco para CE e HE, é a exposição prolongada aos estrógenos, sem oposição da 
progesterona. Desconsiderando as situações de uso clínico de estrógenos exógenos (tratamento dos sintomas climatéricos, uso de 
tamoxifeno para CA de mama), essa situação ocorre mais comumente em pacientes obesas e síndrome dos ovários policísticos. 
• O diagnóstico de CE é feito através da análise histológica do tecido. O tratamento é feito com cirurgia e terapia adjuvante ou não, 
de acordo com os achados anatomopatológicos. 
• Alguns fatores de risco importantes estão no quadro abaixo: 
 
ROTINA DE INVESTIGAÇÃO PARA SUA 
• Busca identificar e tratar hiperplasia. 
• Pré-menopausa: 
o Pacientes abaixo de 40/45 anos de idade – permite-se terapia direta. 
o Pacientes acima de 45 anos (USA) ou 40 anos (Canadá) ou se ausência de resposta a terapia clínica – amostragem endometrial. 
• Pós-menopausa: 
o Assintomática: ultrassonografia de rastreamento – espessura endometrial (5mm em não usuárias de TH e 10mm em usuárias de 
TH). 
o Sangramento pós-menopausa: sempre investigar (independe de intensidade).

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