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Exame Físico Neurológico 1) 2) Estado Mental: · · Aparência; · Descuidada? Extravagante? · Inquieto? · Orientação; · Tempo. · Espaço. · Propriocepção. · Atenção; · Demonstra interesse no diálogo? · Fala; · Afasia: disfunção de linguagem que pode envolver deficiência na compreensão ou expressão de palavras ou equivalentes não verbais de palavras. · De Broca: a pessoa tem dificuldade em falar mesmo que possa entender a linguagem falada ou lida. · De Wernick: caracterizada pela incompreensão do texto falado ou lido, mas a fluência do discurso é normal. · De Nomeação: caracteriza-se por graves perturbações da compreensão, ao passo que a fluência do discurso é normal. · Disartria: a fala é embolada, mas ainda compreensível. · Dislalia: ocorre a troca de consoantes na fala – “Cebolinha”. · Pensamento Abstrato; · “Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura” – interpretação (?). · Percepção e Juízo Crítico; · Percebe alguma alteração? (ex: se está esquecendo algo). · Exame de Estado Mental (MEEM); · Normal: > de 20 pontos. 3) 4) Equilíbrio Estático e Dinâmico: · Estático: · Sinal de Romberg: pedir para o paciente “fechar” as pernas (juntar os pés e colocar os braços · colados ao corpo) e avaliar primeiro o equilíbrio com os olhos abertos, em seguida solicitar que o paciente feche os olhos, caso ele desequilibre o sinal é +. · Pull Test: o examinador “puxa” o paciente para trás, normalmente ele dá até 1 passos. O exame demonstra alteração se o paciente der mais que 3 passos para equilibrar-se. · Dinâmico: · Avaliação da Marcha: cronometrar o tempo que o paciente leva para caminhar 6m. Em seguida, divide-se o tempo encontrado pela metragem e analisa se está dentro do esperado. · 10 passos em Tandem: andar em linha reta com o calcanhar de um pé encostando no hálux do outro. Se o paciente apresentar instabilidade em mais de 2 passos, há alteração. · Levantar e Sentar 5x: deve-se cronometrar o tempo que o paciente leva para executar os movimentos e avaliar se está dentro do esperado, bem como analisar se ele mantém o equilíbrio durante a execução do teste. 5) Marcha: · Avaliação: observação (inicia-se quando o paciente adentra a sala); largura da base; simetria dos pés; comprimento da passada; movimento do quadril; mãos (sinais); balançar dos braços (movimentos harmônicos?); direção do olhar; e, “virada”. · Manobras de Triagem: · Andar em Tandem: andar em linha reta com o calcanhar de um pé encostando no hálux do outro. Em seguida, pedir para fechar os olhos e executar novamente o exame. · Andar com a Ponta dos Pés e Andar com os Calcanhares: avaliar se existe déficit de força. · Pular em Um Pé Só: avaliar os dois MMII. · Tipos de Marcha: · Atípica: normal – equilíbrio e postura ereta; ritmo constante; adaptação – ambiente e objetos; e, programa de iniciação da marcha. OBS: sempre questionar o início de alteração da marcha e a progressão (lenta ou rápida) do quadro. · Atáxico-Motora (cerebelar): base alargada, andar titubeante, ritmo irregular e cambaleante, comprimento da passada variável – parece estar bêbado. · Hemiplégica (ceifante): geralmente a custa de lesão corticoespinhal. Acompanha da mão em garra (hipertonia – espasticidade). O paciente anda fazendo uma “meia lua” com o MI ipsilateral a mão em garra. A passada inicia com o membro são. Ainda, o paciente pode apresentar sinal de Babinski e hiperreflexia. · Parkinsoniana: presente nas síndromes parkinsonianas. O centro de gravidade se altera, por isso o paciente “joga” o corpo para frente. Caracterizada por andar arrastado, hesitação, freezing, passos curtos e rápidos. A virada é em bloco. O corpo fica fletido e a base é estreita. Geralmente associada a rigidez, tremor e roda denteada. · Escarvante: levantar o pé demais durante a passada. Os pacientes andam olhando para o chão e “batem” o pé com força no chão – dupla batida (ajuda na propriocepção). Não fica de pé com calcanhares. Dificuldade em fazer dorsiflexão. 6) Força Muscular: · Paresia: diminuição do grau de força. Paralisia: ausência de força. Plegia: força indetectável. Exame de Força: · Flexão, extensão, abdução e adução nos MMSS e MMII com oposição do examinador. · Elevação dos Ombros: paciente tenta “empurrar” as mãos do examinador com os ombros. · Abdução + Adução MS: paciente tenta “abrir” (abdução) e “fechar” (adução) os braços com a resistência do examinador. · Flexão MS: pedir para o paciente fletir um MS de cada vez, comparando ambos. O examinador apoia uma mão no ombro e com a outra faz a resistência na região próxima do punho, “puxando” e em seguida “empurrando” o braço. · Extensão dos MS: pede-se para o paciente esticar os braços e em seguida o examinador aplica a resistência. · Extensão do MI: o examinador coloca a mão abaixo do joelho, aplicando uma resistência e o paciente deve fazer força para cima. · Flexão da Coxa: o examinador coloca a mão acima do joelho aplicando uma resistência e o paciente deve “empurrar” para cima. Em seguida, o examinador coloca a mão embaixo do joelho e o paciente deve fazer força para baixo. · Dorsiflexão dos Pés: paciente flete o pé e o examinador oferece resistência “empurrando” o pé para baixo. · Abdução + Adução da Perna: pedir para o paciente “fechar” as pernas oferecendo resistência “empurrando” os joelhos e em seguida, solicitar que o paciente “abra” as pernas, oferecendo resistência contrária. 7) Tônus Muscular: · Movimentação passiva realizada ao nível das articulações dos MMII e MMSS. · Normal; Hipotônico; Hipertônico (mão em garra – AVC); Espástico (em canivete – AVC); Rigidez (roda denteada – Doença de Parkinson); e, Paratonia. · Testar ombros, braço, punho e mãos. · Extensão e Flexão do braço: fazer ora rápido, ora devagar. · Rotação do punho: o examinador faz a rotação passiva do punho do paciente. · Ombro: o examinador apoia a mão no ombro do paciente e faz a movimentação passiva do MS – rotação e abdução. 8) Coordenação: · Virar e desvirar as mãos encima da coxa. · Teste Índex – Nariz: o paciente abre os braços e encosta o índex na ponta do nariz (1x com cada MS), em seguida ele fecha os olhos e repete o movimento. · Dedo - Nariz - Dedo do Examinador: o paciente encosta o índex na ponta do nariz e em seguida no dedo do examinador (que vai estar alterando a localização do seu dedo). · Dedo em Pinça: solicitar que o paciente faça movimento de pinça com os dedos rapidamente. 9) Reflexos: · Profundos: · Estilorradial: é obtido fletindo-se o antebraço do paciente, estando sua mão em semipronação e segura pelo examinador, que percute o processo estilóide do rádio, provocando a contração do músculo braquiorradial, responsável pela pronação do antebraço. · Bicipital: é obtido com o antebraço do paciente semifletido e supinado, apoiando-o sobre o braço do examinador que percute o tendão distal do músculo bíceps braquial na face medial do cotovelo interpondo o polegar da sua mão contralateral ou de forma direta. A resposta normal é a flexão e supinação do antebraço. · Tricipital: é obtido percutindo-se o tendão tríceps logo acima da sua inserção no olecrano, estando o membro do paciente apoiado de modo que o antebraço fique relaxado. A resposta normal é a extensão do braço. ou · Patelar: há o estimulo do nervo femoral através da percussão do tendão patelar, que resulta na contração do músculo quadríceps femoral e consequente extensão do joelho percutido. · Aquileu: deve-se percutir o tendão de Aquiles acima de sua inserção no calcanhar. O paciente fica de joelhos em plano alto com os pés para fora e o examinador percute ou o examinador apoia o pé do paciente em ligeira flexão dorsal e percute. O reflexo é a flexão plantar. · Sinal de Babinski: pesquisa-se pela face plantar lateral até segundo dedo, parando antes do hálux. Se ocorre a extensão do hálux, considera-se o sinal. Geralmente é patológico. · Superficiais: · · Cutâneo-abdominal. · Plantar. · Anal. · Cremastérico. 10) Sensibilidade: · Dolorosa: pode usar uma agulha mais calibrosa ou a tampa da caneta e “espeta” levemente os dois membros, comparando a sensação.· Sonora: pode-se “esfregar” os fios de cabelo e avaliar se o paciente ouve o estímulo de maneira igual bilateralmente. · Tátil: estímulo mais leve, superficial. Usar uma bola de algodão e arrastar sobre a pele. · Vibratória: utilizando o diapasão, coloca-se o aparelho em proeminência ÓSSEA para avaliar se ele sente a vibração. · Térmica: pode usar um objeto de metal “frio” (diapasão) e avaliar se o paciente tem a mesma percepção da temperatura nos dois membros. OBS: paciente sempre de olhos fechados. 11) Sinais Meníngeos: · Sinal de Brudzinski: ocorre quando a flexão passiva do pescoço resulta em flexão espontânea dos quadris e joelhos. · Sinal de Kerning: o paciente sente dor, resistência e incapacidade de estender o joelho por completo. 12) Nervos Cranianos: · Nervo Olfatório (I): pede-se para o paciente identificar odores (café, sabonete etc.) que são colocador junto a uma narina, enquanto a outra é ocluída. · Anosmia: ausência da olfação. · Hiposmia: diminuição da olfação. · Disosmia: distorção de odores, interpretação errônea de uma sensação olfatória. · Nervo Óptico (II): avalia-se a fotorreatividade das pupilas, a presença do reflexo consensual e o campo visual. Ainda, pode ser realizada a fundoscopia. · Isocóricas: pupilas com mesmo diâmetro e reagem igualmente à luz. · Anisocóricas: pupilas com diâmetro diferentes e que não reagem igualmente à luz. · Miose: diminuição da pupila. · Midríase: dilatação da pupila em decorrência de causas não fisiológicas. OBS: o reflexo fotomotor consensual permite uma resposta eferente ao estímulo luminoso também no outro não estimulado. · Campo Visual: o examinador fica em frente ao paciente e este “tapa” um olho, em seguida, o examinador mostra os dedos e o paciente deve falar quantos dedos está vendo. · Nervos Oculomotor (III), Troclear (IV) e Abducente (VI): os olhos são observados quanto a simetria de movimento, posição do globo ocular, assimetria ou queda das pálpebras (ptose) e espasmos ou tremulações dos globos ou das pálpebras. · Os movimentos extraoculares controlados por esses nervos são testados, pedindo-se ao paciente para acompanhar um alvo em movimento nos 4 quadrantes (dedo do examinador) e em direção a ponta do nariz. · Nervo Trigêmeo (V): para a avaliação das 3 divisões sensoriais (oftálmica, maxilar e mandibular) do 5º nervo (trigêmeo), o examinador usa um clipe para testar a sensibilidade facial e passa uma mecha de algodão na parte inferior ou lateral da córnea para avaliar o reflexo da corneano. · A função motora do trigêmeo é testada palpando-se o músculo masseter, enquanto o paciente cerra firmemente os dentes, e pede-se para que abra a boca contra resistência. · Nervo Facial (VII): é avaliado verificando a fraqueza hemifacial. O examinador pode solicitar que o paciente sorria, feche os olhos com força e faça “bico”. · Nervo Vestibulococlear (VII): a audição do paciente pode ser testada usando o diapasão ou o examinador pode “esfregar” fios de cabelo e avaliar se o paciente ouve. · Teste de Weber: o diapasão é colocado próximo a ponta da testa, nariz ou dentes. · Teste de Rinne: o diapasão é colocado próximo a orelha e o paciente deve afirmar se o som é audível. Ou, coloca-se o diapasão no osso mastoide e o paciente deve indicar quando o som não for mais ouvido. · Nervos Glossofaríngeo (IV) e Vago (X): geralmente são avaliados em conjunto. Observa-se se há elevação simétrica do palato quando o paciente diz "ah". · Nervo Acessório (XI): é avaliado testando-se os músculos que inerva – esternocleidomastoideo e trapézio. · Esternocleidomastoideo: pede-se ao paciente para girar a cabeça contra a resistência imposta pela mão do examinador, enquanto este palpa o músculo ativo (oposto ao lado da rotação). · Trapézio: pede-se ao paciente para levantar os ombros contra a resistência imposta pelo examinador. · Nervo Hipoglosso (XII): é avaliado pedindo-se ao paciente para estender a língua e verificando-se se há atrofia, fasciculações e fraqueza (ocorre desvio para o lado da lesão).
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