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Aula 6 - Princípios da Administração Pública - Princípios Não - Expressos na Constituição II

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Princípios da Adm. Pública Não Expressos II
DIREITO ADMINISTRATIVO
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PRINCÍPIOS DA ADM. PÚBLICA NÃO EXPRESSOS II
Quando um administrador pratica um ato, em regra, deve motivar, explicar por escrito o 
porquê de sua prática. Ex.: em uma fiscalização, um estabelecimento é interditado. O fiscal 
não pode apenas interditar, precisando explicar o motivo da interdição (como falta de alvará, 
venda de produtos piratas).
A motivação é importante a nível de ter status de princípio (princípio da motivação dos 
atos administrativos). Quando um policial aplica uma multa de trânsito, por exemplo, anota a 
placa do carro, onde o mesmo está estacionado, a hora da notificação, ou seja, motivando o 
ato administrativo.
Princípio da motivação
Os atos devem ser motivados. A não motivação é a exceção. Ex.: nomeação e exonera-
ção de servidor em cargo em comissão. Esse ato não precisa ser motivado – a autoridade 
nomeia e não precisa explicar o porquê de ter escolhido a pessoa, da mesma forma que não 
precisa explicar o motivo da exoneração. O princípio da motivação representa a justificativa 
por escrito do por que da prática do ato. O objetivo é que se o particular um dia for contes-
tar se apoiará justamente na motivação expressa. Se o fato não tiver ocorrido, o ato deve 
ser anulado.
DIRETO DO CONCURSO
1. (CESPE/TCU/AUDITOR FEDERAL DO CONTROLE EXTERNO/2015) A exoneração dos 
ocupantes de cargos em comissão deve ser motivada, respeitando-se o contraditório e a 
ampla defesa.
COMENTÁRIO
Quando a administração for anular, revogar, convalidar um ato administrativo ou retirar 
direito de alguém, sempre precisa que explicar o porquê. A não motivação é a exceção, e 
engloba a nomeação e a exoneração de servidor em cargo de comissão.
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Princípios da Adm. Pública Não Expressos II
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Princípio da razoabilidade
Para Celso Antônio Bandeira de Mello a Administração, ao atuar no exercício de des-
crição, terá de obedecer a critérios aceitáveis do ponto de vista racional, em sintonia com 
o senso normal de pessoas equilibradas. A conduta desarrazoada não é apenas inconve-
niente, mas também ilegítima (inválida). 
Quando se fala em razoabilidade, é preciso lembrar-se de bom senso. A razoabilidade é o 
que se espera do homem médio. Quando o administrado age, precisa de atitude equilibrada, 
agir com bom senso, ser razoável, ponderado.
A razoabilidade tem relação com bom senso, com uma atividade ponderada, enquanto 
a proporcionalidade tem relação com a proibição de excessos pela administração pública. A 
medida aplicada pela administração não pode ser superior à estritamente necessária, senão 
o ato será desproporcional. O Poder Judiciário pode realizar controle no ato administrativo e, 
posteriormente realizar sua anulação se o ato for desarrazoado ou desproporcional.
Princípio da proporcionalidade
Art. 2º, VI, Lei n. 9.784/1999: “adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, 
restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do 
interesse público”. O administrador não pode utilizar de força maior que a estritamente necessária.
A edição do ato deve ser proporcional ao dano ou ao perigo. Os meios utilizados devem 
ser proporcionais ao fim visado: “princípio da proibição de excessos”.
A proporcionalidade é um aspecto da razoabilidade e representa adequação entre meios 
e fins, sendo uma medida justa diante da situação concreta. Ex.: um supermercado tem 
milhares de itens e a fiscalização encontra 10 itens vencidos e por isso, interdita o estabele-
cimento. Essa medida é proporcional à gravidade do fato? Se a ilegalidade for leve, a força 
utilizada pela administração deve ser leve, e a mesma adequação se for grave. Não há como 
o administrador ser proporcional se ele não for razoável. 
Súmula Vinculante n. 11 teve como justificativa do STF o princípio da proporcionalidade.
Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de 
perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada 
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Princípios da Adm. Pública Não Expressos II
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a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do 
agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem 
prejuízo da responsabilidade civil do Estado.
O agente público só pode algemar o preso se a medida for proporcional ao fim visado 
(o preso pode tentar fugir, ou isso pode ser feito para proteger a integridade do preso ou de 
terceiros), que precisa ser explicado.
DIRETO DO CONCURSO
2. (FCC/SANASA/ANALISTA-SERVIÇOS JURÍDICOS/2019) No que concerne aos princí-
pios constitucionais, explícitos e implícitos na Constituição Federal de 1988, aplicáveis à 
Administração pública, tem-se
a. a prevalência do princípio da moralidade sobre todos os demais princípios, podendo 
ser invocado para afastar, em situações de restrição de direitos individuais, os princí-
pios da razoabilidade e da legalidade estrita.
b. que o princípio da legalidade impede a edição de atos normativos pelo Poder Executi-
vo, salvo no estrito âmbito do poder regulamentar, apenas nos limites para fiel execu-
ção de lei.
c. que o princípio da eficiência aplica-se, de forma autônoma, exclusivamente às entida-
des sujeitas ao regime jurídico de direito privado, aplicando-se às entidades de direito 
público apenas em caráter subsidiário. 
d. como decorrência do princípio da razoabilidade, a possibilidade de afastamento do 
princípio da legalidade quando presentes razões de interesse público, devidamente 
comprovadas.
e. que a aplicação dos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade na prática de 
atos discricionários pela Administração demanda a adequação entre meios e fins de 
forma a evitar restrições desnecessárias a direitos individuais.
COMENTÁRIO
Não há qualquer hierarquia na prevalência de um princípio em relação ao outro.
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Princípios da Adm. Pública Não Expressos II
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Ato normativo representa lei em sentido amplo (a lei em sentido estrito é a editada pelo 
Legislativo). São atos normativos decreto, resolução, regimento interno, deliberação.
O princípio da eficiência é aplicado em toda a administração pública e se relaciona com 
os demais princípios.
O princípio da legalidade não pode ser afastado para se usar o princípio da razoabilidade.
Em relação aos princípios aplicáveis à administração pública, julgue o próximo item.
DIRETO DO CONCURSO
3. (CESPE/STJ/ANALISTA JUDICIÁRIO/2018) O princípio da proporcionalidade, que deter-
mina a adequação entre os meios e os fins, deve ser obrigatoriamente observado no pro-
cesso administrativo, sendo vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em 
medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público.
COMENTÁRIO
O princípio da proporcionalidade é expresso na Lei n. 9.784/99 (Lei do Processo Admi-
nistrativo).
Quando o administrador vai aplicar multa, deve observar a razoabilidade e a proporciona-
lidade. Ex.: uma pessoa proprietária de pequena área rural provoca pequeno dano ambiental(é um produtor pequeno, produz para auto sustento, e se por ventura há sobra da produção, 
ele vende ou troca). Um fiscal do IBAMA aplica a ele uma multa de 10 milhões de reais. O 
valor é desarrazoado, a medida utilizada é superior à situação concreta (um pequeno pro-
dutor não tem como pagar essa multa). Se a multa é aplicada a um grande produtor de soja, 
que exporta, fatura milhões – o valor seria justificado nesse caso. O Judiciário pode avaliar 
a proporcionalidade e a razoabilidade do ato administrativo, mas o ato ao fim é anulado com 
base no princípio da legalidade. Não representa controle de mérito administrativo. 
DIRETO DO CONCURSO
4. (FCC/DPE-SP/ADMINISTRADOR/2015) Considere a seguinte situação hipotética. Em 
uma manifestação popular pacífica, centenas de policiais militares dispararam bombas 
de gás e balas de borracha por horas ininterruptas contra os manifestantes que reivindi-
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Princípios da Adm. Pública Não Expressos II
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cavam direitos trabalhistas ao governo. Por considerar exagerada a reação dos policiais, 
que deixou centenas de feridos, o Ministério Público sustenta que os agentes públicos 
responsáveis pela operação violaram princípios da Administração pública, em especial o 
princípio da
a. especialidade, uma vez que o excesso de violência dos policiais anula os objetivos de 
sua função, de garantir a ordem.
b. segurança jurídica, porque a ação dos policiais colocou em risco a vida dos manifes-
tantes, afetando a ordem social.
c. proporcionabilidade, pois os policiais utilizaram medidas de intensidade superior à es-
tritamente necessária à situação.
d. impessoalidade, já que os policiais promoveram tratamento diferenciado, atingindo so-
mente parte dos manifestantes.
e. eficiência, em razão dos resultados da repressão policial acarretarem ônus financeiros 
para a Administração pública.
COMENTÁRIO
Na questão, a ação policial não foi proporcional ao dano. Se a ilegalidade praticada for 
leve, a ação deve ser leve. Se é grave, a ação deve ser severa.
5. (CESPE/TRE-PE/ANALISTA JUDICIÁRIO/2017) O princípio da razoabilidade
a. se evidencia nos limites do que pode, ou não, ser considerado aceitável, e sua inobser-
vância resulta em vício do ato administrativo.
b. incide apenas sobre a função administrativa do Estado.
c. é autônomo em relação aos princípios da legalidade e da finalidade.
d. comporta significado unívoco, a despeito de sua amplitude, sendo sua observação pelo 
administrador algo simples.
e. pode servir de fundamento para a atuação do Poder Judiciário quanto ao mérito admi-
nistrativo.
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Princípios da Adm. Pública Não Expressos II
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COMENTÁRIO
O princípio da razoabilidade orienta toda a atividade, inclusive na elaboração das leis.
A razoabilidade deve atender ao interesse público e ao princípio da legalidade.
Mérito gera revogação do ato, controle de legalidade gera anulação do ato. 
GABARITO
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 3. C
 4. c
 5. a
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���������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pelo professor Rodrigo Cardoso. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.

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