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Apostila 5 semestre

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Apostila 5º
semestre
larivet.resumos
SUMÁRIO
Epidemiologia ………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………….
Introdução a epidemiologia.
História natural das doenças e medidas preventivas.
Propagação de doenças transmissíveis em populações.
Mecanismo de resistência dos hospedeiros.
Distribuição das doenças no espaço e no tempo.
Medidas de frequência de doenças.
Estudos epidemiológicos descritivos.
Estudos epidemiológicos analíticos.
Vigilância Epidemiológica.
Doenças de notificação obrigatória.
Laboratório I …………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………
Coleta e interferencias pré analiticas;
Eritropoiese pós natal em animais domésticos;
Eritrograma;
Morfologia do eritrócito;
Anemia e Policitemias;
Leucopoiese;
Cinética leucocitária;
Confecção do leucograma;
Interpretação do leucograma;
Hemostasia e coagulação
Hemoterapia.
Semiologia de grandes animais …………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………….
Introdução a semiologia de Grandes animais.
Exame físico geral ou de rotina.
Semiologia do sistema linfático.
Semiologia do sistema digestório.
Semiologia do sistema respiratório.
Semiologia do sistema cardiovascular.
Semiologia do sistema reprodutor masculino.
Semiologia do sistema reprodutor feminio.
Glândula mamária.
Semiologia do sistema urinário.
Semiologia do sistema locomotor.
Semiologia do sistema nervoso.
Neonatologia.
Semiologia de pequenos animais …………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………
Introdução à semiologia.
Métodos de exploração clínica e contenção
de pequenos animais.
Abordagem e contenção de pequenos
animais.
Semiologia do sistema linfático.
Exame físico geral ou de rotina.
Semiologia do sistema digestório.
Glândula mamária.
Semiologia do sistema reprodutor feminino.
Semiologia do sistema reprodutor masculino.
Semiologia do sistema urinário.
Semiologia do sistema respiratório.
Semiologia do sistema cardiovascular.
Semiologia do sistema oftalmológico.
Semiologia do sistema nervoso.
Semiologia do sistema locomotor.
semiologia do sistema tegumentar.
Semiologia do sistema auditivo
Epidemiologia
Veterinária
larivet.resumos
SUMÁRIO
1. Introdução a epidemiologia.
2. História natural das doenças e medidas preventivas.
3. Propagação de doenças transmissíveis em populações.
4. Mecanismo de resistência dos hospedeiros.
5. Distribuição das doenças no espaço e no tempo.
6. Medidas de frequência de doenças.
7. Estudos epidemiológicos descritivos.
8. Estudos epidemiológicos analíticos.
9. Vigilância Epidemiológica.
10. Doenças de notificação obrigatória.
Introdução a epidemiologia
A Epidemiologia é o “estudo da população relacionada a algum agravo/doença”.Ciência que estuda
o processo saúde-doença em coletividades animais/ humanas, analisando a distribuição e os
fatores determinantes das enfermidades, danos à saúde e eventos associados à saúde coletiva,
propondo medidas específicas de prevenção, controle ou erradicação de doenças. E, fornecendo
indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, administração e avaliação das ações de saúde.
A epidemiologia tem como função;
● Estudar a distribuição dos problemas de saúde em população.
● Avaliar vacinas, testes diagnósticos, tratamentos, serviços de saúde, mudanças de manejo.
● Investigar causas destes problemas.
● Apontar quem é mais propenso a adquirir e morrer desses problemas.
Epidemiologista: investiga o agravo na população, frequência e distribuição da doença, informações
(dados), hipótese de fatores determinantes, associação fator-doença, e medidas de profilaxia.
Deve-se buscar registros, contar número de casos, verificar distribuição espacial (onde?) temporal
(quando?) e por pessoas (quem?), verificar fatores determinantes (porquê?), gerar hipóteses sobre
transmissão (associação), deve realizar ações que atuem sobre os fatores determinantes, fazer
avaliação das medidas (impactos), entre outros.
Tríade da epidemiologia
Agente: Substância, elemento ou fator cuja presença ou ausência pode causar prejuízos no
organismo, ou seja, “causador de doença".
Pode ser de origem biológica (como exemplo, bactérias, fungos, protozoários, vírus..), de origem
química (como agrotóxicos, metais, fumo, medicamentos), de origem física ( como calor excessivo,
radiações..), de origem genética (como hemolítica, síndrome de down…), de origem nutricional
(carência ou excesso) e/ou de origem emocional (automutilação e estresse…).
Ambiente: São fatores capazes de interferir nas condições de equilíbrio ou harmonia da natureza,
local em que se concentra o problema. Ou seja, local susceptível que dá o motivo para se ter o
problema. No ambiente está envolvido fatores físico-químicos (temperatura, umidade, poluição,
ph…), fatores biológicos (infecções..) e fatores comportamentais.
Hospedeiro: É o indivíduo capaz de abrigar um agente causal da doença, ou seja, vítima (quem a
gente estuda). Isso varia de Idade, sexo, raça, ocupação, característica genética, estado imunológico
e emocional, histórico patológico, entre outros.. Existem dois tipos de hospedeiro, o suscetível e o
refratário, sendo eles;
- Susceptível: aquele que apresenta susceptibilidade a ação de determinado fator.
- Refratário: aquele indivíduo que não se infecta. Ex: humanos com AIE.
Estratégia primárias de retenção
Agente: matar o agente/e ou vetor. (Ex: pesticidas, antimicrobianos..)
Ambiente: tornar o ambiente hostil ao agente/ vetor. (ex: pasteurização, fervura..)
Hospedeiro: aumentar a resistência do hospedeiro ao agente (ex: vacinação).
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História Natural das doenças e medidas preventivas
Jonh Snow: é considerado o ‘pai da epidemiologia’ por ter descoberto a fonte que estava
contaminada na época da cólera.
Definições
Saúde: não é a ausência de doença, mas sim o completo bem-estar físico, mental e social. É o
estado de relativo equilíbrio da forma e da função do organismo, resultante de seu sucesso em
ajustar-se às forças que tendem a perturbá-lo.
Doença: É o desajustamento ou falha nos mecanismo de adaptação do organismo, ou ainda, como
a ausência de reação aos estímulos que ele está exposto.
Agravo: É o mal ou prejuízo à saúde de um ou mais indivíduos, de uma coletividade ou população.
Doenças infecciosas: Aquela resultante de uma infecção (multiplicação ou replicação e um agente
infeccioso no organismo).
Infecção: É a penetração e desenvolvimento, ou multiplicação de um agente infeccioso no homem
ou animal.
Fonte de infecção: É de onde veio determinada infecção .
Doença não infecciosa: São doenças nutricionais ou metabólicas, tóxicas , carenciais, hereditárias,
e/ou congênitas.
Forma clínica: Aquele que apresenta sinais e/ou sintomas clássicos de determinadas doenças.
Forma inaparente, assintomática, subclínica: Aquele que não apresenta a manifestação de sinais
clínicos ou sintomas.
Período de incubação: É o intervalo de tempo que decorre desde a penetração do agente etiológico
no hospedeiro até o aparecimento dos sintomas da doença.
Susceptibilidade: Vai depender da qualidade do hospedeiro em relação a infecção ou invasão de
seu organismo. É utilizada para designar a característica do organismo suscetível a ação do fator
determinante
Via de eliminação: Via pelo qual os microorganismos saem da fonte infectada para o ambiente ou
para atingir outro hospedeiro suscetível .
Via de penetração/ porta de entrada: Via pelo qual o agente infeccioso atinge o hospedeiro
susceptível
Portas de entrada
História Natural das Doenças
Conceito: É o curso da doença sem a interferência do homem. Ou seja, o conjunto de processos
interativos entre agente, o hospedeiro suscetível e do ambiente que afetam o processo global e seu
desenvolvimento, desde as primeiras forças que criam o estímulo patológico no meio ambiente,
passando pela resposta/estímulo do hospedeiro levando a um defeito, invalidez, recuperação ou
morte.
Dois desenvolvimentos:
● Período Epidemiológico (pré patogênico): interesse voltado para relações entre hospedeiro e
ambiente
● Período Patológico (patogênico): são as modificações que se passam no organismo vivo. É.
Implantação e evolução da doença no indivíduo.
Período Epidemiológico
Relação entre o Hospedeiro e o ambiente. Eventos ocorrem antes de qualquer reação patológica
(antes que o hospedeiro receba o estímulo biológico da doença). Envolve os condicionantes
ambientais e os fatores do próprio hospedeiro (susceptibilidade) que se proporcione uma boa
condição de instalação para o patógeno.
Período patológico
É a implantação e evolução da doença no indivíduo (modificações no organismo). Se inicia com as
primeiras ações que os agentes patogênicos exercerem sobre o organismo afetado. O período
patológico possui 3 fases (pré clínica, clínica e desfecho)
1. Pré clínico: é o período de incubação.
2. Clínico: é a manifestação de sintomas, agravos e evolução. Pode não existir em doenças
subclínicas ou que evoluíram para a cura.
3. Desfecho: é a cura, cronicidade da doença, morte ou sequelas.
Medidas Preventivas
Conceito: São aquelas usadas para evitar a doença ou suas consequências. Visam controlar,
erradicar, impedir a introdução ou reintrodução de uma doença ou agravo.
● Medidas Inespecíficas: é o bem estar geral do indivíduo (ex: saneamento básico, lavar as
mãos, boa alimentação)
● Medidas específicas: são medidas para cada dano específico (ex: vacinas)
Prevenção primária: Deve ocorrer antes do problema ocorrer, podendo ser específica ou
inespecífico (ex: saneamento básico, lavar as mãos, alimentação, controle de vetores, imunização…).
Prevenção Secundária: Realizada no indivíduo já diagnosticado e sob a ação do agente patogênico
(ex: diagnóstico e tratamento da doença, isolamento, quarentena, inquérito para diagnóstico...)
Prevenção Terciária: É quando a doença já foi tratada, porém ficaram sequelas ou traumas. São
medidas voltadas para a reabilitação do indivíduo. (Ex: fisioterapia, reintrodução a fauna natural,
terapia ocupacional...)
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Propagação de doenças transmissíveis em populações
Doenças infecciosas são aquelas que causam infecção, a infecção, por sua, para ocorrer, deve ter
penetração, desenvolvimento e multiplicação do agente infeccioso no organismo. O agente
etiológico em doenças infecciosas são de origem biológica como fungos, bactérias e vírus.
Fômites são objetos capazes de absorver, reter e transportar organismos contagiantes ou
infecciosos para um indivíduo.
Perguntas a serem feitas sobre a cadeia epidemiológica:
1. Transmitir o que? Agente infeccioso
2. De onde? Fonte de transmissão
3. Transmitindo através de que? Vias de eliminação
4. De que forma ocorre a transmissão? Forma de transmissão
5. Para onde? Hospedeiro.
Reservatório x Fonte de infecção
Reservatório é o local onde o agente infeccioso se abriga, vive e se multiplica. Já a fonte de infecção
pode ser qualquer animal que esteja infectado e seja capaz de transmitir o agente para outros
animais susceptíveis.
Raramente a fonte de infecção é ambiental, na maioria das vezes é de outro animal/humano pois
poucos organismos sobrevivem no ambiente. O tétano (Clostridium) é uma das doenças cuja fonte
de infecção é ambiental.
Vias de eliminação: É a via através da qual o agente abandona o hospedeiro para alcançar o meio
exterior e assim, o novo hospedeiro. Geralmente é excreção ou secreção.
Tipos de transmissão
● Transmissão direta: Da fonte de infecção para o novo hospedeiro diretamente, quase sem
contato com o ambiente (transmissão mais difícil, necessita de muita proximidade). Ex: Raiva
● Transmissão indireta: Pode ser aerógena, por alimentos (ingestão), via excreções e
secreções.
● Transmissão Horizontal: é de umafonte de infecção para um novo hospedeiro susceptível.
● Transmissão Vertical: são aquelas transmitidas de uma geração para a próxima.
● Transmissão por vetor: é feita por um inseto que carrega o agente no corpo e leva até um
hospedeiro suscetível.
● Biológicos: É o vetor obrigatório (agente infeccioso se hospeda e tem ciclo/desenvolvimento
no mesmo).
● Mecânicos: é o vetor que realiza apenas o transporte, não participa do ciclo celular do agente
infeccioso. .
Características do agente
Infectividade: é a a taxa de infecção (alta, baixa, média). Ex: raiva tem baixa infectividade
Patogenicidade: é a capacidade do agente de gerar uma doença. Ex: raiva tem alta
patogenicidade.
Virulência: é a capacidade do agente de gerar sinal grave. Ex: raiva é altamente virulento.
Letalidade: é a capacidade do agente de produzir letalidade.
Imunogenicidade ou antigenicidade: é a capacidade do agente infeccioso induzir imunidade
específica. (Gerar imunidade)
Vulnerabilidade: é a resistência ambiental às substâncias químicas, agentes físicos e terapêuticos.
Cadeia epidemiológica
● Agente infeccioso
● Fonte de transmissão
● Vias de eliminação
● Porta de entrada
● Forma de transmissão
● Hospedeiro
Período de incubação: é o período inicial da infecção, em que o indivíduo não apresenta
manifestação clínica (ainda) mas pode transmitir.
Fase de convalescência; são quando os sintomas já desapareceram mas infeção ainda existe, é a
fase de finalização.
Portadores verdadeiros: é o portador do agente infeccioso que pode estar assintomático ou não e
são fontes potenciais de infecção.
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Mecanismo de resistência do hospedeiro
Antes da penetração do agente infeccioso no organismo, ele deve vencer uma variedade de
barreiras físicas e bioquímicas presentes na superfície corporal. A susceptibilidade é a tendência que
possui um organismo vivo a contrair determinada doença. A resistência é um conjunto de
mecanismos corporais que serve de defesa contra a invasão ou multiplicação do agente infeccioso.
Imunidade inespecífica ou natural: é o conjunto de mecanismos de resistência presentes ao nascer
ou que se desenvolvem naturalmente devido a maturação do hospedeiro. Fatores:
● Raça, idade, espécie, nutrição, hormônios;
● Barreiras físicas (pele, pêlo);
● Barreiras bioquímicas (suor, secreções salivares, gástricas..);
● Barreira biológica (microbiota normal da flora da pele, orofaringe, intestino, vagina..);
● Fagocitose por leucócitos e macrofagos e outros.
Imunidade específica: é a resposta fisiológica específica desenvolvida pelo hospedeiro, em função
de um contato anterior com o patógeno e são comuns a todos os organismos da mesma espécie.
Tem como objetivo dificultar a penetração, reprodução e a permanência do agente etiológico nos
organismos. Pode ser ativa ou passiva;
- Imunidade ativa: organismo tem que responder e criar uma resposta ao receber um estímulo.
Ela pode ser naturalmente adquirida quando cria imunidade a partir de uma doença que teve
e pode ser artificialmente adquirida através do uso de vacinas
- Imunidade passiva: os anticorpos são prontos e transferidos para outro indivíduo. Pode ser
naturalmente adquirida pela transferência de anticorpos maternos para o feto ou colostro, ou
ser artificialmente adquirida como inoculação do soro.
Pode-se ter mecanismos preventivos como processos fisiológicos e reflexos naturais do hospedeiro
capaz de interferir no período pré patogênico (ex: abanar a cauda, reflexo do músculo cutâneo e
outros..) e mecanismos defensivos, no qual o agente passa pelos mecanismo preventivos e ativa os
fatores humorados, metabólicos, hormônios.. (ex: linfa, soro)
Antígeno x Anticorpo
Antígeno é a porção do agente biológico capaz de estimular a formação de anticorpo específicos
Anticorpo é uma globulina (ptn) encontrada em fluidos, tecidos e no soro produzida em resposta ao
estímulo de antígenos específicos, que combina com eles, neutralizando-os ou destruindo-os.
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Distribuição das doenças no espaço e no tempo
Para avaliar a distribuição das doenças no espaço e no tempo, deve-se realizar perguntas essenciais
como;
1. Quem? Hospedeiro e suas características
2. Quando? padrão temporal, analisa o período e a velocidade de ocorrência da doença.
(período). Ex: a leptospirose é mais comum na época das águas.
É Importante realizar essas perguntas por elas fornecerem informações fundamentais para
compreensão, previsão, busca etiológica, prevenção de doenças e avaliação do impacto de
intervenções em saúde; É possível conhecer os períodos de maior risco para determinadas doenças,
e intervalo de tempo envolvido, períodos mais frequentes de manifestações dos eventos.
3. Onde? Analisa a ocorrência de um padrão/distribuição espacial da doença, ou seja, espaço
em que está ocorrendo a enfermidade Deve incorporar características geográficas, naturais
e sociais A teoria do espaço não se reduz apenas a questões do ambiente físico, mas também
a processos sociais..
Existem limites geográficos de uma doença, distribuição global das espécies capazes de albergar o
agente (reservatório ou vetor). Porém nem sempre isso acontece como em casos de imunização,
erradicação, limitações ambientais.
Mapa da Malária no Brasil
Tipos de evolução temporal das doenças
● Tendência histórica: avalia por décadas. Pode ser estacionária, ascendente e descendente.
● Variações cíclicas: são flutuações na incidência de uma doença em um período maior que um
ano.
● Variações sazonais: é a variação na incidência de uma doença cujos ciclos coincidem com as
estações do ano. Ocorre de acordo com o clima. Ex: leptospirose em chuvas.
● Variações irregulares: são alterações inusitadas na incidência de uma doença diferente do
esperado pela mesma. É inusitado como exemplo, epidemias.
A tendência histórica, variações cíclicas e variações sazonais são variações regulares. Já as
Epidemias, surtos, pandemias são variações irregulares.
Formas de ocorrência de doenças em populações
Pode acontecer a não ocorrência, no qual, caracteriza uma área livre ou indene. Se tiver uma
ocorrência, pode ser de forma endêmica (variações regulares); ou de forma epidêmica (variações
irregulares).
Casos:
- Caso autóctones: a origem é no mesmo local da ocorrência;
- Casos alóctones: casos importados de outra localidade.
Endemia
Ocorrência de uma doença ou agravo dentro de um número esperado de casos para aquela área
geográfica, naquele período de tempo, baseado a sua ocorrência em anos anteriores não
epidêmicos. Desta forma, a doença endêmica é relativamente constante, podendo ocorrer variações
sazonais, tendências históricas, ou cíclicas, desde que sejam variações esperadas.
● Tem variações regulares, constante renovação de suscetíveis e exposição múltipla.
Epidemia
Elevação brusca, temporária e significamente acima do esperado para a incidência de uma
determinada doença. Ou seja, é a ocorrência de uma doença (ou agravo) acima da média normal
(histórica ou esperada) de sua ocorrência. O número de casos de uma epidemia vai variar de acordo
com o agente, tipo e tamanho da população exposta, período e local de ocorrência.
- Tem variações irregulares e excesso de casos.
Curva epidêmica: é o número de casos x tempo. Alguns fatores que afetam a forma da curva são;
período de incubação da doença, infectividade do agente, proporção de suscetíveis na população,
densidade populacional.
Epidemia explosiva: O número de casos apresenta uma rápida progressão atingindo o pico de
incidência em um curto período de tempo, declinando em seguida.
Epidemia progressiva: tem-se uma progressão mais lenta, é aquela causada por um agente
infeccioso que tem seus casos iniciais (primários), e a partir deles infecta outros indivíduos
suscetíveis que constituem os casos secundários.
Pandemia
Processo epidêmico caracterizado por uma ampla distribuição espacial da doença, atingindo vários
países de diferentes continentes.
Surto epidêmico
Ocorrência epidêmica, onde todos os casos estão relacionados entre si, atingindo uma área
geográfica pequena e delimitada ou uma população institucionalizada.
Medidas de Frequência de Doenças
As medidas de frequência irão descrever a distribuição de doenças/ eventos/ agravos em uma
população. Permitindo ainda, a identificação de grupos de risco. Além disso, as medidas de
frequência irão quantificar ou medir a ocorrência de um fenômeno.
Consiste na habilidade fundamental para realização do estudo de um determinado problema,
agravo ou condição de saúde. É um fator essencial para a implementação de medidas de
tratamento, prevenção e o planejamento em saúde
Como Medir?
A medição é feita a partir da examinação de um grupo de indivíduos em um único momento no
tempo, para que seja possível identificar os acometidos ou portadores de uma determinada
característica em particular. Deve ser feita, também, acompanhando um grupo de indivíduos por um
determinado período de tempo para avaliar o surgimento de possíveis novos casos.
Conceitos Básicos
Para entendermos e sermos capazes de estudar as medidas de frequência devemos primeiro
entender alguns conceitos básicos acerca da matemática.
● Razão: é a divisão de um número por outro; varia de zero a infinito.
● Proporção: compreende toda a razão em que o numerador está contido no denominador;
varia de zero a um (absolutos) ou de 0 a 100% (relativos ou percentuais).
Prevalência
Corresponde ao número de ocorrências de uma doença ou eventos relacionados a uma população
conhecida, em um tempo determinado, sem distinção entre casos novos e antigos. É uma medida
estática, ou seja, sem variação.
Prevalência = N° de casos X 100
N° indivíduos na população
Exemplos:
1. Em um haras com 300 cavalos, 90 animais apresentaram claudicação em um determinado dia.
Qual a prevalência de claudicação em equinos neste haras?
P= 90 = 0,3 ( Absoluto)
300
P= 0,3 x 100 = 30% (Relativo ou Percentual)
2. Em uma propriedade com 650 vacas, 28 animais abortaram no final da primavera e no início do
verão. Qual a prevalência de aborto, nesta propriedade, durante fim da primavera ou início do
verão?
P= 28 = 0,043 x 100 = 4,3%
650
Incidência
Diz respeito ao número de casos novos que aparecem em uma população conhecida e em um
período de tempo determinado.
É importante saber qual o período de tempo em que os casos novos ocorrem, pois sem essa
informação não é possível medir a incidência. É uma medida dinâmica, ou seja, pode variar.
Incidência= N° casos novos x100
N° indivíduos na população
A incidência cumulativa - IC (risco absoluto): É a proporção de indivíduos não doentes no início do
período do estudo e que se tornam doentes durante esse período (casos novos durante o período
de estudo).
A incidência é uma indicação do risco médio de desenvolvimento da doença durante um
determinado período de tempo.
Prevalência e Incidência
Quando devemos usar cada uma das medidas?
● Afecções de evolução aguda INCIDÊNCIA
● Afecções de evolução crônica PREVALÊNCIA
Conhecer a incidência em casos de afecções crônicas nos informará melhor sobre a dinâmica da
doença na população. A incidência é a medida mais importante em epidemiologia, mas nem sempre
é fácil de ser obtida. A prevalência é muito útil no planejamento e na administração dos serviços de
saúde.
A observação da frequência e da distribuição do evento sob a forma de incidência ou prevalência,
informa a magnitude e a importância dos danos à saúde da população.
Fórmulas
Prevalência = Incidência (I) x Duração da Doença (D)
Incidência = Prevalência
Duração
Duração da Doença = Prevalência
Incidência
Variação das Medidasde Frequência
As medidas de frequência podem variar por três diferentes motivos, que são:
● Óbito dos doentes/afetados
● Cura
● Novos casos
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Principais estudos epidemiológicos descritivos
Classificação dos estudos epidemiológicos;
● Propósito geral: descritivo ou analítico;
● Modo de exposição: observação ou intervenção;
● Direção temporal: prospectivo ou retrospectivo;
● Unidade de observação: indivíduo ou grupo populacional;
● Longitudinal ou transversal;
● Controlado ou não controlado:
● Randomizado ou não randomizado: aleatório ou não.
Tem por objetivo determinar a distribuição da doença ou as condições relacionadas à saúde
segundo tempo/lugar ou as características dos indivíduos. Ou seja, responder a pergunta: quando,
onde e quem adoece?
Os estudos examinam como a incidência ou a prevelancia de uma doenca ou condição relacionada
à saúde varia de acordo com determinadas características, como sexo, idade, escolaridade e renda
e outros…
Ocorrência de doenças segundo variáveis;
● Animal: sexo, idade, raca, espécie.
● Lugar: país, estado, município, cidade, rural x urbano.
● Tempo: variações sazonais.
Os estudos fornecem dados para política de saúde. São as primeiras pistas de fatores determinantes
de doenças e são úteis para formular hipóteses (embora não comprovem pois para isso precisa ser
realizado um experimento).
Coeficientes
Coeficientes de mortalidade: número de obtidos/população exposta.
Coeficientes de letalidade: número de óbitos/população doente.
Coeficientes de morbidade: número de doentes/ população infectados.
Tipos de estudos descritivos
Relato de casos ou série de casos: é o mais básico estudo descritivo. É uma descrição detalhada de
um caso clínico ou uma série de casos. As vantagens são por ser barato/fácil de realizar e gerador
de hipóteses, já a desvantagem e o não testamento da hipótese.
Estudos de incidência: é a medida mais importante em epidemiologia. É necessária para iniciar
pesquisa de etiologia, prevenção, terapêutica e prognóstico.
Estudos ecológicos ou populacionais: é uma pesquisa realizada comparando estatísticas de
populações. A unidade de estudo não é o indivíduo, mas um grupo. Permite a possibilidade de
examinar associações entre exposição e doença/condição relacionada à coletividade.
Tem como vantagens ser gerador de hipóteses e fácil, barato e rápido e como desvantagens, não
testar hipótese e depende da qualidade das informações existentes.
Prevalência - transversais: Estudo onde estuda a exposição-doença e idade em uma população em
um dado momento. Avalia a frequência de doenças. Faz a identificação de populações de risco e
conhecimento do perfil de morbidade (fatores de riscos). São fundamentais para pesquisas e
essências para formulação de políticas de saúde
● Prevalência = núm. casos existentes da doença ou agravo/número de indivíduos na
população estudada no período.
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Estudos epidemiológicos Analíticos
Estudos analíticos podem ser;
- Observacionais: caso controle, coorte, transversal.- Experimentais: clínico randomizado.
Os delineamentos observacionais analíticos tentam quantificar a relação entre dois fatores, ou seja,
o efeito de uma exposição sobre um desfecho. São estudos comparativos que trabalham com
hipótese, estudos de causa e efeito, exposição e doença.
O pesquisador não intervém, apenas analisa com fundamento no método epidemiológico uma
situação (experimento) natural. São denominadas medidas de associação (risco relativo RR)
Tipos de estudos analíticos observacionais;
● Estudo caso controle: longitudinais
● Estudo coorte: longitudinais
● Estudos transversal ou de corte
Estudo caso controle e estudo de coorte - longitudinal: Tem como objetivo verificar se o risco de
desenvolver um evento adverso à saúde é maior entre os expostos do que entre os não expostos ao
fator supostamente associado ao desenvolvimento do agravo em estudo.
Estudos transversal ou de corte: Tem como objetivo verificar a relação exposição doença em uma
população investigada em um momento particular, fornecendo um retrato da situação naquele
momento
Estudo de coorte
Averiguar (comparar) se a incidência da doença ou evento adverso à saúde difere entre os grupos
expostos a um determinado fator de risco se comparado ao grupo não exposto. Descreve um grupo
de indivíduos reunidos sem que nenhum tenha sofrido o desfecho de interesse, mas podendo vir a
sofrer e que são observados por um período.
São geralmente estudos prospectivos, onde no momento do ingresso dos indivíduos no estudo,
estes são classificados de acordo com as características (possíveis fatores de risco) que podem
estar relacionados ao desfecho. Para cada fator de risco, os membros da coorte são classificados
como expostos (isto é, apresentando o fator em questão, como ser tabagista) ou não expostos.
Todos os indivíduos são observados durante algum tempo para verificar quais deles experimentam
o desfecho (ex: fumo x câncer), e as taxas dos desfechos são comparadas entre o grupo exposto ou
não exposto.
São únicos estudos que testam hipóteses etimológicas, produzindo medidas de incidência e,
portanto, medidas diretas do risco relativo (RR).
Os estudos partem de grupos de indivíduos sadios (com características parecidas, homogêneas),
que naturalmente se distribuem em grupos de expostos e não expostos ao fator de risco em estudo.
Tais grupos, após certo período, irão se dividir em subgrupos de atingidos e não atingidos pelo efeito
que supõe estar associado ao fator de risco do estudo.
Estudo relativo (RR): a razão entre dois riscos, isto é, compara a indecência nos expostos com a
incidente entre os não expostos. Medida de associação.
(a/a+b) ou se a > c
(c/c+d) a+b c+d
Interpretação do Risco relativo:
Estudo caso controle
A investigação parte do efeito para chegar às causas: pesquisas etimológicas, retrospectiva, de trás
pra frente após o fato consumado.
Os indivíduos são escolhidos porque em a doenças (os casos) e os indícios comparáveis sem a
doença (os controles) são investigadas para saber se foram expostos aos fatores de risco. Ex: surto
de diarreia em escola pública (efeito) e possíveis pessoas expostas ou não ao salmonella causadora
da diarreia (causa).
Deve-se fazer a seleção da população com características que possibilitem a
investigação/exposição - doença. Deve ter uma escolha rigorosa dos casos e controles, deve ter a
verificação do nível participante e deve ter uma análise dos dados.
No estudo caso-controle, o risco eletivo não pode ser estimado a partir do estudo caso-controle,
pois não se parte da exposição e, portanto, não se pode calcular a incidência.
Cálculo Odds ratio (razão de produtos cruzados ou razão de prevalência): compara a exposição de
expostos entre o caos com a proporção de expostos entre os controles. Usa-se para caso-controle.
A.D
B.C
Coorte X Caso-controle - Quais as vantagens e desvantagens de cada estudo??
Coorte (prospectivos):
▪ Extensa duração
▪ Custo elevado
▪ Grande número de pessoas
▪ Estudo pode ser planejado
▪ Menor risco de conclusões falsas
▪ Pode evidenciar associações com outras
doenças
▪ Elevado número de pessoas acompanhadas
Caso-controle (retrospectivo)
▪ Fácil execução
▪ Curta duração
▪ Baixo custo
▪ Pequeno número de pessoas
▪ Dificuldade na seleção dos controles
▪ Dificuldade na memória dos informantes
▪ Aplicável a doenças raras de baixa incidência
▪ Os casos não são escolhidos aleatoriamente
(eles se impõem)
Vigilância epidemiológica
O interesse em contar o número de casos e óbitos e controlar a disseminação de doenças
contagiosas surgiu há muito tempo. Provavelmente as primeiras medidas de saúde pública
decorrentes de ações de vigilância ocorreram em Veneza (meados do século XIV -peste negra),
Europa (século XIX) e Brasil (1894 - primeira lista de doenças de notificações obrigatórias).
O termo vigilância era usado para designar a monitoração de pessoas que haviam tido contato com
um caso de doença transmissível grave no sentido da instituição oportuna de medidas de
isolamento. Era aplicada individualmente e não de maneira coletiva.
Atualmente, ocorre o acompanhamento sistemático de eventos adversos à saúde de uma
comunidade. O foco muda do indivíduo para comunidade.
Faz a detecção de casos de doença alvo de programas de controle com objetivo de adoção de
medidas de controle e interrupção das cadeias de transmissão.
CDC (centro de controle e prevenção de doenças): define vigilância epidemiológica em coleta
sistemática e contínua, análise e interpretação de dados sobre desfechos específicos, para o uso no
planejamento, implementação e avaliação de práticas em saúde pública.
No Brasil a vigilância epidemiológica é um conjunto de ações que proporciona o conhecimento,
detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes da saúde
individual ou coletiva, com finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle
das doenças ou agravos.
Objetivos:
● Acampamento do comportamento epidemiológico das doenças sob vigilância: detecção
precoce de surtos e epidemias, mudanças na distribuição espacial da doença.
● Recomendação de medidas de prevenção e controle e avaliação das medidas de intervenção
adotadas
● Interrupção das cadeias de transmissão (ex: controle de água parada).
● Identificação de novos problemas de saúde pública (doenças emergentes).
Métodos utilizados por um sistema de vigilância em saúde pública
Ações desenvolvidas em todos os níveis de gestão do sistema único de saúde, federal, estadual e
municipal de forma complementar. Ações executivas são inerentes ao nível municipal de gestão,
cabendo aos níveis estaduais e federal conduzir e apoiá-las na perspectiva de fortalecimento dos
sistemas municipais de saúde.
Seleção de prioridade: seleção de doenças alvo (incidência, prevalência, mortalidade, letalidade,
fatores de risco e adesão do país a acordo internacionais). + Definição de objetivos + Detecção de
casos (pressupõe adoção de critérios uniformes para diagnóstico clínico e laboratorial e subsidia a
adoção de condutas terapêuticas padronizadas).
Mecanismos de detecção de casos: lista de doenças de notificação obrigatória (atualizada
periodicamente pelo MS, e pelo MAPA, inclui amplo elenco de doenças transmissíveis, de exposição
ambiental e ocupacionais).
Fonte de dados: é obtido da rede de serviços de saúde, dos serviços hospitalares, ambulatoriais e
dos laboratórios de saúde pública.
No Brasil, desde março de 2006 o centro de informações estratégicas em vigilância em saúde -
CIEVS-SVS-MS atua para detecção de ameaças e emergências em saúde pública de interesse
nacional em seu monitoramento sistemático.
Investigação epidemiológica
Investigação clínico laboratorial e epidemiológica do caso- índice: esclarecimento das
circunstância e fatores relacionados com o adoecimento de cada paciente em particular (histórico
de vacinação, viagens, conceito de habitação, presença de vetores ou reservatórios no domicílio ou
peridomicílio, identificação de contactantes, outros..)
Investigação epidemiológica de campo:coletar informações adicionais que possibilitam identificar
a fonte de infecção, fatores de risco relacionados com a cadeia de transmissão, identificação de
casos semelhantes ou pessoas expostas ao mesmo risco e orientação das medidas de controle e
prevenção.
Ficha de investigação epidemiológica em sistema de vigilância com notificação obrigatória:
dependendo da doença, a investigação epidemiológica inicial desencadeará outras investigações
(investigação entomologia, doenças de veiculação hídrica e alimentar).
Recomendação de medidas de intervenção
Recomendações pertinentes a cada nível de abrangência. Com frequência, aqueles que
desenvolvem as ações de vigilância são também responsáveis pela gestão e execução das medidas
de prevenção e controle.
Divulgação de informações:
● Componente fundamental;
● Funciona como retroalimentação do sistema;
● Divulgação aos participantes do sistema e a população;
● Publicação de boletins eletrônicos ;
A falha na divulgação de informações pode comprometer a credibilidade dos serviços de saúde,
desestimulando a participação de profissionais.
Aspectos éticos
Deve-se garantir sigilo e confidencialidade das informações obtidas. Na divulgação de informações
de vigilância, deve-se evitar a possibilidade de qualquer dado que possibilite. Identificação dos
pacientes
Na execução de intervenções a comunidades, tudo o que será realizado deve ser apresentado e
discutido com os interessados e os resultados devem ser comunicados aos envolvidos.
A manutenção da coleta regular e contínua de dados sobre a ocorrência de doenças e ou agravos
fornece uma ferramenta simples para a avaliação das intervenções
Observação de séries temporais de incidência ou prevalência das doenças sob vigilância é capaz de
fornecer elementos para a avaliação de medidas de intervenção.
Vigilância de doença emergentes e reemergentes
Doenças infecciosas emergentes são as que surgiram recentemente em uma população ou as que
ameaçam expandir-se em um futuro próximo (Ex: Sars COV-2, HIV, dengue).
Reemergentes são aquelas causadas por microrganismos já conhecidos que estavam sob controle
mas se tornaram resistentes aos agentes microbianos (ex. Malária, tuberculose) ou estão se
expandindo em incidência ou em área geográfica.
O fortalecimento dos SVSP é fundamental para a adequada resposta às doenças emergentes e
reemergentes. O SV pode desempenhar um papel decisivo na detecção precoce e na execução
oportuna de medidas de controles diante das emergências em saúde pública, reduzindo os custos
das intervenções e salvando vidas. Para isso, demanda um estado de alerta em todos os níveis da
rede de serviços de saúde.
A maior integração com os serviços de saúde pública veterinária também é um passo importante no
incremento da sensibilidade e oportunidade de detecção de doenças emergentes e reemergentes.
Ex: observações conjunta MAPA casos de raiva bovina
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Doenças de Notificação Obrigatória
Vigilância Epidemiológica: Sistema de coleta, análise e disseminação de informações relevantes
para a prevenção e o controle de um problema de saúde.“
SVE: Sistema de Vigilância Epidemiológica. Tem finalidade de detectar variações de tendências,
traçar perfil de doenças e problemas julgados prioritários (doenças de notificação), e agir em
função deste diagnóstico.
Fontes de Informações para a Vigilância Epidemiológica:
● Notificação
● Laudos
● Prontuários
● Inquéritos populacionais (ou comunitários)
● Investigação
● Imprensa
Notificação
É a comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo à saúde, feita à autoridade
sanitária, para fins de adoção de medidas de intervenção pertinentes. Pode ser feita por qualquer
profissionais de saúde ou, até mesmo qualquer cidadão (em algumas situações).
A notificação pode ser sigilosa e/ou pode ser suspeita.
Principais Sistemas de Informações Nacionais do MS:
SINAN: Sistema de Informação de Agravos de Notificação (MS)
Sua utilização permite conhecer a ocorrência de um evento na população, podendo fornecer
subsídios para explicações de causas, além de indicar riscos aos quais as pessoas estão sujeitas,
contribuindo para a identificação da realidade epidemiológica de determinada área geográfica.
Uso sistemático, de forma descentralizada: democratização da informação, e todos os profissionais
de saúde têm acesso à informação e ficam disponíveis para a comunidade. É um instrumento
relevante para auxiliar o planejamento da saúde, definir prioridades de intervenção, além de
permitir que seja avaliado o impacto das intervenções.
FICHA DE NOTIFICAÇÃO SINAN - Exemplo
O Sinan é alimentado pela notificação de casos de doenças e agravos que constam da lista nacional
de doenças de notificação compulsória (Portarias do MS atualizadas constantemente), mas é
facultado a estados e municípios incluir outros problemas de saúde importantes em sua região.
SISBRAVET: Sistema Brasileiro de Vigilância e Emergências Veterinárias (MAPA)
“Representa o conjunto de recursos organizados e integrados direcionados ao planejamento e
gerenciamento da prevenção, detecção e pronta reação às ocorrências zoossanitárias de interesse
pecuário nacional. “
O sistema informatizado e-SISBRAVET é a ferramenta eletrônica específica para gestão dos dados
obtidos na vigilância passiva em saúde animal, desenvolvida para o registro e acompanhamento das
notificações de suspeitas de doenças e das investigações realizadas pelo Serviço Veterinário Oficial
(SVO).”
Notificação –Sistemas de Informações Nacionais - SISBRAVET
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Lista de doenças de notificação obrigatória ao Serviço
Veterinário Oficial
1. Doenças erradicadas ou nunca registradas no País, que requerem notificação imediata de caso
suspeito ou diagnóstico laboratorial:
a) Múltiplas espécies
-Brucelose (Brucella melitensis)
-Cowdriose
-Doença hemorrágica epizoótica
-Encefalite japonesa
-Febre do Nilo Ocidental
-Febre do Vale do Rift
-Febre hemorrágica de Crimea
-Congo
-Miíase (Chrysomya bezziana)
-Peste bovina
-Triquinelose
-Tularemia
b) Abelhas
-Infestação das abelhas melíferas pelos ácaros Tropilaelaps
-Infestação pelo pequeno escaravelho das colmeias (Aethina tumida)
c) Aves
-Hepatite viral do pato
-Influenza aviária
-Rinotraqueíte do peru
d) Bovinos e bubalinos
-Dermatose nodular contagiosa
-Pleuropneumonia contagiosa bovina
-Tripanosomose (transmitida por tsetsé) e) Camelídeos
-Varíola do camelo
f) Equídeos
-Arterite viral equina
-Durina/sífilis (Trypanossoma equiperdum)
-Encefalomielite equina venezuelana
-Metrite contagiosa equina
-Peste equina
g) Lagomorfos
-Doença hemorrágica do coelho
h) Ovinos e caprinos
-Aborto enzoótico das ovelhas (clamidiose)
-Doença de Nairobi
-Maedi-visna
-Peste dos pequenos ruminantes
-Pleuropneumonia contagiosa caprina
-Varíola ovina e varíola caprina
i) Suínos
-Encefalomielite por vírus Nipah
-Doença vesicular suína
-Gastroenterite transmissível
-Peste suína africana
-Síndrome reprodutiva e respiratória suína (PRRS)
Obs.: Independentemente da relação de doenças listadas acima, a notificação obrigatória e
imediata inclui qualquer doença animal nunca registrada no País
2. Doenças que requerem notificação imediata de qualquer caso suspeito:
a) Múltiplas espécies
-Antraz (carbúnculo hemático)
-Doença de Aujeszky
-Estomatite vesicular
-Febre aftosa
-Língua azul
-Raiva
b) Abelhas
-Loque americana das abelhas melíferas
-Loque europeia das abelhas melíferas
c) Aves
-Doença de Newcastle
-Laringotraqueíte infecciosa aviária
d) Bovinos e bubalinos
-Encefalopatia espongiforme bovina
e) Equídeos
-Anemia infecciosa equina
-Encefalomielite equina do leste
-Encefalomielite equina do oeste
-Mormo
f) Ovinos e caprinos
Scrapie
g) Suínos
-Peste suína clássica
3. Doenças que requerem notificação imediata de qualquer caso confirmado:
a) Múltiplas espécies
-Brucelose (Brucella suis)
-Febre Q
-Paratuberculose
b) Aves
-Clamidiose aviária
-Mycoplasma (M. gallisepticum; M. melleagridis; M. synoviae)
-Salmonella (S. enteritidis; S. gallinarum; S. pullorum; S.typhimurium)
c) Bovinos e bubalinos
-Brucelose (Brucella abortus)
-Teileriose
-Tuberculose
d) Lagomorfo
-Mixomatose
e) Ovinos e caprinos
-Agalaxia contagiosa
4. Doenças que requerem notificação mensal de qualquer caso confirmado:
a) Múltiplas espécies
-Actinomicose
-Botulismo (Clostridium botulinum)
-Carbúnculo sintomático/manqueira (Clostridium chauvoei)
-Cisticercose suína
-Clostridioses (exceto C. chauvoei, C. botulinum, C. perfringens e C. tetani)
-Coccidiose
-Disenteria vibriônica (Campilobacter jejuni)
-Ectima contagioso
-Enterotoxemia (Clostridium perfringens)
-Equinococose/hidatidose
-Fasciolose hepática
-Febre catarral maligna
-Filariose
-Foot-rot/podridão dos cascos (Fusobacterium necrophorum)
-Leishmaniose
-Leptospirose
-Listeriose
-Melioidose (Burkholderia pseudomallei)
-Miíase por Cochliomyia hominivorax
-Pasteureloses (exceto P. multocida)
-Salmonelose intestinal
-Tripanosomose ( T. vivax)
-Tétano (Clostridium tetani)
-Toxoplasmose
-Surra (Trypanossoma evansi)
b) Abelhas
-Acariose/acarapisose das abelhas melíferas
-Cria giz (Ascosphaera apis)
-Nosemose
-Varrose (varroa/varroase)
c) Aves
-Adenovirose
-Anemia infecciosa das galinhas
-Bronquite infecciosa aviária
-Coccidiose aviária
-Colibacilose
-Coriza aviária
-Doença de Marek
-Doença infecciosa da bursa/Doença de Gumboro
-EDS-76 (Síndrome da queda de postura)
-Encefalomielite aviária
-Epitelioma aviário/bouba/varíola aviária
-Espiroquetose aviária (Borrelia anserina)
-Leucose aviária
-Pasteurelose/cólera aviária
-Reovirose/artrite viral
-Reticuloendoteliose
-Salmoneloses (exceto S. gallinarum, S. pullorum, S. enteritidis e S. typhimurium)
-Tuberculose aviária
d) Bovinos e bubalinos
-Anaplasmose bovina
-Babesiose bovina
-Campilobacteriose genital bovina (Campilobacter fetus subesp. veneralis)
-Diarreia viral bovina
-Leucose enzoótica bovina
-Rinotraqueíte infecciosa bovina/vulvovaginite pustular infecciosa
-Septicemia hemorrágica (Pasteurela multocida)
-Varíola bovina -Tricomonose
e) Equídeos
-Adenite equina/papeira/garrotilho
-Exantema genital equino
-Gripe equina
-Linfangite ulcerativa (Corinebacterium pseudotuberculosis)
-Piroplasmose equina
-Rinopneumonia equina
-Salmonelose (S. abortusequi)
f) Ovinos e caprinos
-Adenomatose pulmonar ovina
-Artrite-encefalite caprina
-Ceratoconjuntivite rickétsica
-Epididimite ovina (Brucella ovis)
-Linfadenite caseosa
-Salmonelose (S. abortusovis)
Considerações
● Essa apostila foi feita baseada em aulas de graduação.
● A maioria das fotos inseridas na apostila são do Google imagens.
● A apostila pode conter erros de grafia, sendo assim, ao observá-los, entre em contato com
o instagram por favor.
● A apostila é para uso pessoal e é feita para auxiliar nos estudos.
● Nem todas as faculdades passam os mesmo conteúdos, podendo assim, faltar algo. Como
descrito anteriormente, a apostila é realizada para auxiliar nos estudos, sendo necessário
estudar o conteúdo dado em sua graduação também.
Laboratório
1
larivet.resumos
SUMÁRIO
1. Coleta e interferencias pré analiticas;
2. Eritropoiese pós natal em animais domésticos;
3. Eritrograma;
4. Morfologia do eritrócito;
5. Anemia e Policitemias;
6. Leucopoiese;
7. Cinética leucocitária;
8. Confecção do leucograma;
9. Interpretação do leucograma;
10. Hemostasia e coagulação;
11. Hemoterapia.
Coleta, viabilidade e interferências pré-analíticas
Existem várias importâncias dos exames laboratoriais, sendo elas, determinar a condição
de saúde do paciente, auxiliar no diagnóstico de doenças e apontar problemasno
funcionamento de vários órgãos. Os exames laboratoriais são feitos para esclarecer dúvidas
geradas durante o exame clínico.
Tipos de exames: hematológico, bioquímicos, parasitológicos, urinários, hormonais,
imunológicos, moleculares, citopatológicos, histopatológicos e microbiológicos (culturas).
Existe dois tipos de exames, o direto e o indireto, sendo eles;
● Exame direto: pesquisa de antígeno (agente).
● Exame indireto: pesquisa de anticorpo.
Laboratório químico
Instalação destinada à realização dos exames para obtenção de dados a partir de
amostras dos pacientes. A complexidade varia do tipo de exame requerido, quantidade de
exames, disponibilidade de profissionais, metodologias e equipamentos.
Fases laboratoriais
Existem condições pré analistas que podem interferir nos resultados. Sendo elas;
Variação cronobiológica: Alterações clínicas na concentração de determinado parâmetro
em função do tempo. EX: O cortisol de manhã é mais alto e de noite mais baixo.
Icterícia: Uma cor mais forte pode afetar resultados dos exames espectrofotométricos.
Lipemia (lipídio no sangue): Interfere nas dosagens como hemoglobina. EX: Pode ser por
doença e fisiologia (pós prandial).
Procedimentos: Procedimentos podem interferir diretamente na qualidade do sangue. EX:
Fazer exame de imagem antes do hemograma estressa o animal e causa alteração no
resultado de sangue com alto nível de cortisol. Ademais, o estresse em gato eleva a glicemia
e, no momento de estresse, ocorre a contração esplênica para fornecer mais hemácias e
consequentemente, fornecer mais oxigênio para realizar a fuga.
Sexo: Alterações podem ocorrer devido a variação hormonoal, metabólica e massa
muscular. EX: o estrogênio inibe a medula óssea no processo de produção de hemácias e a
fêmea no período de estro apresenta hematócrito baixo.
Espécie: Cada espécie tem sua particularidade hematológica e bioquímica, seja por genética
e outros.
Jejum/dieta: A refeição pode alterar a composição sanguínea. EX: triglicerídeo no período
pós prandial é aumentado, ocorre um aumento da concentração de corpos cetônicos em
jejum prolongado e também ocorre um aumento da ureia com o consumo alto de proteína.
Fármacos: Fármacos podem induzir ao erro nos valores. EX: Animais com o uso de corticoide
aumenta a glicemia, hemograma e FAL. O uso de diuréticos pode aumentar o hematócrito e
diminuir potássio devido a desidratação.
Idade: indicadores bioquímicos e/ou hematológicos possuem nível sérico dependendo da
idade. EX: hematócrito do filhote e animais seniores são mais baixos. Linfócitos são mais
altos em filhotes pois estão desenvolvendo o sistema imunológico. E, a creatinina em filhotes
baixos e em senil apresenta-se mais alta.
Hemólise (rompimento da hemácia); pode ocorrer in vivo por doenças hemolíticas e/ou in
vitro por coleta, transporte e/ou armazenamento incorreto.
Procedimento de coleta
Punção: Em pequenos animais pode ser realizada nas veias cefálicas, jugular, femoral ou
safena lateral. Em equinos recomenda-se na jugular, e, em bovinos, pode ser coletada na
jugular, mamária e/ou coccígea.
A Punção adequada é feita em um ângulo de 30 graus com o bisel voltado para cima. O
ideal é, após introduzir a mesma na veia, incliná-la um pouco para cima e avançar com a
agulha dentro da veia para melhor passagem do fluxo sanguíneo.
Na escolha da agulha, os calibres definem o tamanho da agulha e cada tamanho é
representado por cor. Deve-se levar em consideração a via que será utilizada e o volume de
líquido.
Erros de coleta
Cores dos tubos e Ordem de coleta
1. Tubos com citrato de sódio: realizado para exames de coagulação, são tubos que contêm
no seu interior solução tamponada.
2. Tubo sem anticoagulante (com gel coagulante ou sem gel coagulante): Utilizado para
realizar exames bioquímicos, hormonais e sorologias. São revestidos internamentos com
partículas de sílica micronizadas, que atuam na coagulação.
Os tubos que possuem gel contém uma barreira presente no fundo do tubo, esse material
possui densidade intermediária entre o coágulo e o soro. Durante a centrifugação o gel
move-se para cima posicionando-se entre o soro e o coagulo, separando o soro de outros
componentes celulares.
3. Tubo de Heparina: Alguns bioquímicos e hemogramas para silvestres, pois a heparina
mantém as hemácias nucleadas intactas, diferente do EDTA, e, animais silvestres possuem
hemácias nucleadas. Contém heparina na parede interna do túbulo.
4. Tubo com EDTA: Feito para exames de hematologia. As paredes dos tubos são revestidas
do EDTA k2 E k3 (não pode dosar potássio uma vez que nas paredes contém). O EDTA se liga
aos íons cálcio bloqueando a cascata de coagulação.
Eritrócito, leucócitos e plaquetas são estáveis em sangue total até 24hrs e o esfregaço
sanguíneo deve ser feito dentro de 3 horas após a coleta.
Tubo com Fluoreto: utilizado para realizar a dosagem de glicose,. Contém um
anticoagulante e um estabilizador.
Material coletado
Pode ser coletado o sangue total ou soro e realizar ou não o esfregaço, sendo o ideal
realizar para melhor visualização.
Após a coleta do sangue, o que determina a diferenciação entre plasma e soro é a presença
ou não de anticoagulante. Sendo assim, o plasma é a parte líquida de um sangue com
presença de anticoagulante, ou seja, apresenta fibrinogênio, e o soro é a parte líquida de
um sangue sem anticoagulante, não apresentando fibrinogênio.
Transporte: O transporte deve ser feito em uma caixa térmica com temperatura entre 4°C a
8°C e o material não deve ter contato com gelo pois pode dar interferência nos resultados.
Erros pré analíticos
Podem ocorrer por identificação incorreta, tubos incorretos, amostras insuficientes, amostra
incorreta, problemas no acondicionamento e/ou transporte.
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Eritropoiese pós-natal em animais domésticos
Hematopoiese é a produção de elementos celulares e figurados do tecido sanguíneo. Ela
gera mais de 9 tipos celulares diferentes de um único tipo celular (célula-tronco
hematopoiese). A hematopoiese começa no período embrionário, quando aparece o terceiro
folheto embrionário (mesoderma), que começa a ter células rudimentares (que não se
desenvolveu ou se aperfeiçoou).
1. Começa no término da gastrulação e a diferenciação das células está confinada ao
saco vitelínico, passando para região PÁS/AGM.
2. Quando os órgãos estão formados, o fígado, baço e timo passam a produzir essas
células.
3. Depois do nascimento, esse papel vai para a medula óssea.
O saco vitelínico estoca e fornece nutrientes para o início de desenvolvimento do ser até a
formação da placenta. As células hematopoiéticas geradas neste momento não possuem
capacidade multipotente.
Região para- aórtica esplancnopleura / aorta-gônada-mesonefro
É nessa região que começa a hematopoiese definitiva, já que os precursores isolados dessa
região são capazes de dar origem a todas as linhas celulares sanguíneas. Produz hemácias
maduras e globina. Os precursores dessa região migram pro fígado e baço fetal e a partir
daí tem-se os percursos hematopoiéticas após a sua formação.
O tecido hepático e parênquima esplênico pode retomar a participação da produção das
células sanguíneas em situações de doenças, ou seja, participa tanto no período fetal
quanto em uma patologia. Ademais, o baço mantém a homeostase do trânsito dos
progenitores (células que darão origem às células maduras).
Hematopoiese pós natal
Hematopoiese ocorre a partir de um precursor comum. Nos mamíferos são produzidas na
medula óssea (ossos chatos e epífise), e nas aves ocorre em sítios extravasculares.
Composição da medula óssea: célulasreticulares, adipócitos, macrofagos, capilares
sinusóides, progenitores, precursores e células do sangue.
Células tronco pluripotentes (hematopoiéticas)
Eritropoiese: é o processo de produção e maturação de hemácias que ocorre na medula
óssea em adultos normais e no baço ou fígado em fetos ou pacientes com anemias graves.
Leucopoiese: é o processo de formação e desenvolvimento das células brancas do sangue,
os leucócitos.
Trombopoiese: é o processo de formação e desenvolvimento das plaquetas, agentes
importantes na hemostasia.
Processo de formação:
1. Inicialmente ocorre com a Célula tronco hematopoiéticas totipotentes, que é capaz
de se diferenciar em todos tipos de tecidos, inclusive os embrionários como
mesoderma, ectoderma… A mesma dá origem a célula tronco pluripotente.
2. A célula tronco pluripotente é capaz de se diferenciar em todos tecidos exceto
anexos embrionários. A mesma dá origem a célula tronco mesenquimal.
3. A célula tronco mesenquimal dá origem aos tecidos de origem mesenquimal, osso,
adipócitos, músculos e dá origem às células tronco hematopoiéticas.
4. A célula tronco hematopoiética dará origem aos precursores de linhagem linfóide
(linfócito) e de linhagens mieloides (monócitos, plaquetas, hemácias, leucócitos…).
Célula tronco pluripotentes (hematopoiéticas)
Tem-se pequeno número na medula óssea pois respondem à demanda de células do
organismos. Essas células são capazes de se auto-renovar e diferenciar.
Não possuem características morfológicas distinguíveis (exceto o progenitor onipotente
como o linfóide).
Se divide em duas linhagens:
A linhagem linfóide dá origem aos linfócitos T e linfócitos B e a linhagem mieloides dá
origem aos eosinófilos, basófilos, neutrófilos, monócitos, megacariócitos (plaquetas) e
eritrócitos. Os mastócitos (que originam dos monócitos) são células que participam de
reações de hipersensibilidade e tem origem das células troncos, os mesmos estão
distribuídas em epitélio e pelo aparelho respiratório.
Eritropoiese
A eritropoiese é a produção de hemácias e ela acontece seguindo uma ordem, sendo essa
ordem;
Célula tronco pluripotente → célula tronco mielóide → Unidade formadora de união de
explosão (BFU-E) faz entre 11 -12 divisões celulares → unidade formadora de colônia (UFC-E)
faz de 2 a 3 divisões. → Quando tem hipóxia o rim produz eritropoetina que vai estimular a
medula óssea e induz a UFC- E a produzir precursoras.
Precursoras eritropoese
Rubriblastos ou eritroblastos: só produzirão hemácias. Possuem diferenciações
morfológicas, sofrem divisões e maturam.
Rubriblasto ou eritroblasto → prorubricito ou proeritroblasto → rubrícito basofílico →
rubrícito policromático (núcleo sendo expulso - até aqui tem divisão) → metarrubrícito →
reticulócito → eritrócito.
A Hemácia só perde o núcleo quando amadurecer, enquanto tiver núcleo tem-se divisão
celular (rubrícito policromático).
● Nem todas as espécies têm reticulócito no sangue (todos tem na medula óssea). Em
bovinos tem no sangue em situações de doenças e em equinos não tem presença do
mesmo circulante.
Ciclo regulatória da eritropoiese
Fatores estimulantes da eritropoiese : IL -3 , FEC-GM, eritropoetina.
Fatores estimulantes de EPO (eritropoetina): andrógenos, t3, t4, cortisol, adrenalina, GH,
angiotensina e outros...
Fatores inibitórios da EPO: estrógenos, tnf-a
Morfologia e meia vida dos eritrócitos e seus componentes.
Nos mamíferos as hemácias têm forma bicôncavas, são anucleadas e são compostas
basicamente por globulina e hemoglobina e são avermelhadas. Nas aves as hemácias são
nucleadas e a maturação ocorre intravascular.
A meia vida da hemácia de equinos é de 140 a 145 dias, de bovino de 130 a 140 dias, canino
de 100 a 115 dias e de felinos em média de 70 dias.
Estrutura da hemoglobina: possui dois pares de cadeia de a.a (alfa e beta) e um composto
corado que possui 4 grupos, os quais contêm ferro e são chamados de grupo Heme. A meia
vida da hemoglobina no sangue è curta (horas)
Metabolismo dos eritrócitos adultos
Período intra ósseo: apresenta-se em célula nucleada
Período extra-medular: apresenta-se em célula anucleada
A extrusão nuclear é a alteração bioquímica mais marcante, a hemácia perde outras
organelas como RE, mitocôndrias, complexo de golgi… Assim, ela passa a fazer transporte
de oxigênio, co2 e H+.
Transporte de gases
1. O gás carbônico liberado pelos tecidos penetra nas hemácias e é transformado, por ação
da enzima anidrase carbônica , em ácido carbônico, que posteriormente se dissocia nos íons
(H+ e HCO3 - (aq)).
Os íons H+ se associam a moléculas de hemoglobina e de outras proteínas, enquanto os íons
bicarbonato (HCO3 - (aq)) se difundem para o plasma sanguíneo, onde auxiliam na
manutenção do grau de acidez do sangue.
2. O processo é revertido no alvéolos pulmonares. O oxigênio desloca o hidrogênio da
hemoglobina. Este liga-se ao bicarbonato, que vem do sangue para o eritrócito em troca de
cloro. O hidrogênio combina-se com bicarbonato, formando ácido carbônico que sofrerá
ação da anidrase carbônica em co2 + H20 (trocado com ar expirado).
2,3 -DPG
Regula o transporte de oxigênio para os tecidos, a ligação da 2,3 dpg com a hemoglobina
provoca uma mudança conformacional e reduz a afinidade com o oxigênio liberando o
mesmo pro tecido.
● Não possui mitocôndria, a energia é obtida pela via glicolítica anaeróbica e via das
pentoses fosfatos (surge daí o 2,3 dpg).
Fatores que regulam a concentração de DPG: alteração do ph intra-eritrocitário e a hipóxia.
Hemocaterese
1. Ocorre a degranulação da hemácia e a liberação da hemoglobina que se desassocia
em Heme (4 íons ferrosos) + globina.
2. Globina é quebrada em aminoácidos e é reaproveitada pela circulação sanguínea. Já
o Heme perde o ferro e uma parte do ferro vai ser transportado pela transferrina pro
fígado para ir pra medula óssea e ser estocado para produzir novas hemácias.
3. O resto do Heme vai ser oxidado a biliverdina dentro do macrofago, e será
transformada em bilirrubina não conjugada. A bilirrubina indireta vai com a globina
pro fígado onde liga-se ao ácido glicurônico e é conjugada (se torna lipossolúvel). A
mesma então vai pro intestino e é reduzida pelas bactérias em urobilinogênio.
4. O urobilinogênio dá origem a urobilina e estercobilina (origem a coloração da urina e
das fezes, respectivamente).
Eritrograma
Quantitativo
Hematimetria: Contagem da hemácia por microlitro de sangue. É realizada na câmara de
Neubauer. A hemácia deve ser diluída em soro fisiológico com diluição 1:200 e observado na
objetiva de 40x.
● Ex: 4000 ul de soro fisiológico para 20 ul de sangue homogeneizado = contagem
A contagem das hemácias na placa deve ser feita no retículo central com os 5 quadrados
na diagonal ou nas extremidades + meio. Totalizando ⅕ do RC
Correção: 5 x Nº x 10 x 200
5 (por ser ⅕ do RC) x Valor encontrado nas 5 placas x 10 (passa para mm3) x 200 (valor da
diluição).
Hemoglobinometria: Dosagem de hemoglobina expressa em gramas. Deve-se pipetar 0,5ml
do líquido diluidor (Drabkin) em tubo de ensaio + 20 ul de sangue = homogeneizar e esperar
10 minutos. Para fazer a leitura deve usar um espectrofotômetro na onda de 540nm.
Correção: Abs teste x concentração padrão/ abs padrão
● Ex: [] padrão: 150g/dl ——— Abs padrão: 0,345
[Hb] X ——— Abs: 0,405
● As abs o equipamento fornece
As proteínas plasmáticas totais são avaliadas no tubo capilar centrifugado para o
hematócrito, pode-se avaliar através de um refratômetro, no qual adiciona o plasma (Antes
de utilizar o refratômetro é necessário calibrá-lo utilizando água destilada) e observar onde
a onda azul está marcada.
Qualitativo- índices hematimétricos
VGM (volume globular médio): VG/ H. 10 - Avalia-se o tamanho da hemácia. Em cão o ideal
é 70 fl, gato 50fl e cavalo e bovino em média 50fl.
VGM HEMÁCIA
Aumentada macrocítica
Normal normocítica
Diminuído microcítica
CHGM: Hb / VG . 10 - Avalia-se a concentração de Hb presente.
CHGM Hemácia
Aumentada geralmente hemólise
Normal normocrômicas
Diminuída hipocrômicas
HGH: Hb/H

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