Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
APG 18 - pensamento DEFINIÇÃO: O pensar está relacionado à antecipação de acontecimentos, à construção de modelos da realidade e simulação do seu funcioname nto AT IVIDADES FUNDAMENTAIS CONCEITO Identifica os atributos ou qualidades mais gerais e essenciais de um objeto ou fenômeno. É ex- presso por uma pa- lavra. Está relacio- nado a abstração e generalização. Por exemplo: céu e azul são conceitos. JUÍZO Estabelece uma relação entre dois ou mais con- ceitos. Consiste no ato da consciência de afirmar ou negar algum atributo ou qualidade a um ob- jeto ou fenômeno. É com- posto por um sujeito, um verbo de ligação e um predicado. Por exemplo: “O céu é azul”. RACIOCÍNIO Operação mental que relaciona juízos, levando à formação de novos juízos (ou conclusões). Por exemplo: “Todo homem é mortal”; “Sócrates é um ho- mem”, portanto “Sócrates é mortal”. nUm raciocínio pode ser indutivo (do particular para o geral), dedutivo (do geral para o particular), ou analógico (de um particular para outro particular). ALTERAÇÕES DO PENSAMENTO QUANTITATIVAS QUALITATIVAS CURSO FORMA CONTEÚDO ACELERAÇÃO ( taqui-psiquismo) paciente fala mais rápido; há uma maior produtividade ideativa e uma maior velocidade no processo associa- tivo. Isso ocorre na mania, na intoxicação por cocaína ou anfetamina e nos estados de ansiedade ou agitação psi- comotora. ALENTECIMENTO (bradipsiquismo) Pct fala mais devagar; há redução no nº de ideias e re- presentações, e inibição do processo associativo. Fenô- meno observado na depressão, na demência e no estu- por (abolição da psicomotricidade) do delirium ou da esquizofrenia catatônica. INTERRUPÇÃO (bloqueio do psmto) Abruptamente, o paciente interrompe a sua fala, deixando de completar uma ideia. Algumas vezes a interrupção se dá no meio de uma frase ou palavra. Após intervalo, que varia minutos e horas, o pct pode completar o pensa- mento interrompido ou inicia um outro ciclo de pensa- mento, diverso do anterior. A vivência do pct é que o fluxo do seu pensamento cessou ou rompeu, resultando num branco, vazio, na mente. Experiência atribuída como roubo do seu pensamento FUGA DAS IDEIAS caracteriza-se pela variação rápida e incessante de tema, com preservação da coerência do relato e da lógica na associação de ideias. A tendência dominante do pensamento está enfraquecida e, consequentemente, há um progressivo afastamento da ideia- alvo. Alternativamente, pode-se considerar que diversas ideias-alvo se sucedem em um pequeno espaço de tempo. O pensamento é facilmente desviado por estí- mulos externos; e as associações muitas vezes se dão por asso- nância (rimas) ou aliteração (repetição de consoantes) das pala- vras. DESAGREGAÇÃO caracteriza-se por uma perda do sentido lógico na associação de ideias. Há a formação de associações novas, que são incompreensíveis, irracionais e extra- vagantes. Como consequência, altera-se a sintaxe do discurso, que se torna incoerente, fragmentado e, muitas vezes, ininteligível. A desagregação do pensa- mento ocorre na esquizofrenia, no delirium, na de- mência avançada e, ocasionalmente, em casos de extrema agitação maníaca CONCRETISMO caracteriza-se por um discurso pobre emconceitos abstratos, em metáforas e analogias. Há uma intensa adesão ao nível sensorial e imediato da experiên- cia. Ocorre na demência, no delirium, no retardo mental e na esquizofrenia. Uma forma especial de concretismo seria a reificação, que consiste na utilização de expressões e símbolos, não com algo representativo, mas com coisa subs- tantiva, concreta. PROLIXIDADE caracteriza-se por um discurso repleto de detalhes irrelevantes, o que o torna tedioso; a ideia-alvo jamais é alcançada ou só o é tardiamente. Decorre de uma incapacidade de síntese, de distin- guir o essencial do acessório. É encontrada basicamente nos qua- dros em que há comprometimento intelectivo, como no retardo mental e na demência. Também é observada no transtorno da personalidade associado à epilepsia do lobo temporal e na esqui- zofrenia. MINUCIOSIDADE caracteriza-se por um discurso com um número ex- cessivo de detalhes relevantes. Estes são introduzidos para enriquecer a comunicação e, ansiosamente, para evitar quaisquer possíveis omissões. É encon- trada no transtorno obsessivo-compulsivo e no trans- torno da personalidade obsessiva (anancástica). Per- guntado pelo médico sobre como tem passado, um- paciente minucioso vai fazer um relatório pormenori- zado de tudo o que sentiu a cada dia PERSEVERAÇÃO caracteriza-se por uma recorrência ex- cessiva e inadequada no discurso do mesmo tema, ou uma dificuldade em abandonar determinado tema. Con- siste numa perda da flexibilidade do pensamento. Há a fixação persistente de uma única ideia-alvo e umempo- brecimento dos processos associativos. A perseveração ocorre na demência, retardo mental, delirium, epilepsia, es- quizofrenia IDEIAS DELILANTES, DELIROIDES E SOBREVALORADAS São consideradas pela maioria dos autores como alterações do conteúdo do pensamento. SEMIOTÉCNICA DO PENSAMENTO: Precisa da fala do pct. deve-se deixar o paciente falar livremente durante algum tempo, evitando interrompê-lo PE RGUNTAS PARA VERIFICAR O DESENVOLVIMENTO E A ESTRUTURA GLOBAL DO PENSAMENTO VE RIFICAR O CURSO DO PENSAMENTO VE RIFICAR AS FORMAS E OS TIPOS DE PENSAMENTOS CASO SE TRATE DE PENSAMENTO DESORGANIZADO, INCOERENTE,: Que diferença há entre a mão e o pé? Entre o boi e o cavalo? Entre a água e o gelo? E entre o cristal e a madeira? Como flui o pensamento do paciente, seu curso (velocidade, ritmo), forma e conteúdos? O pensamento é coerente e bem compreensível? Ou é vago, com trechos incompreensíveis? Tal desorganização é do tipo confusional (alteração da cons- ciência), demencial (alteração da cognição) ou deficitário (pobreza homogênea)? Anderson Soares 5ºP IESVAP REFERÊNCIA: CHENIAUX JUNIOR, Elie.Manual de psicopatologia - 5. ed. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015. MODALIDADES E ASPECTO DO PENSAMENTO: MODALIDADES DO PENSAMENTO LÓGICO-FORMAL ASPECTO DO PENSAMENTO Princípio da identidade ou da não contra- dição: se A é A e B é B, logo A não pode ser B Princípio da cau- sal idade: se A é causa de B, então B não pode ser ao mesmo tempo causa de A Princípio da rela- ção da parte com o todo: se A é parte de B, então B não pode ser parte de A. CURSO refere-se à veloci- dade e ritmo do pensamento, à quantidade de ideias ao longo do tempo FORMA relacionada à estrutura do pensamento, à relação entre as ideias CONTEÚDO diz respeito à te- mática do pen- samento, às qua- lidades ou carac- terísticas das ideias
Compartilhar