Buscar

INFECÇÕES CONGÊNITAS E PERINATAIS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

INTRODUÇÃO: 
→ Nem toda infecção materna passa para 
o feto – subclínica 
→ A maioria das infecções congênitas são 
ASSINTOMÁTICAS ao nascer 
→ Tradicionalmente existem 5 infecções 
congênitas prevalentes representados 
pelo acrômio TORCH/STORCH ou 
TORCHS 
T – Toxoplasmose 
O – Outras (HIV, ZIKA, COVID, 
varicela....) 
R – Rubéola 
C – Citomegalovírus 
H – Herpes 
S – Sífilis 
TOXOPLASMOSE CONGÊNITA: 
→ Toxoplasma gondii 
→ Prevalência de 60 a 80% no país 
→ Em imunocompetentes a infecção é 
assintomática 
→ Contaminação: ingesta dos cistos em 
carne animal ou oocistos presentes nas 
fezes de gatos que contaminam água e 
alimentos. 
TRANSMISSÃO FETAL: 
A transmissão transplacentária se dá de 3 
formas: 
1. Infecção primária da mãe na 
gestação . (IgG e IgM –) que faz 
soroconversão 
2. Reativação de infecção prévia na 
gestação ( IgG + IgM-) e faz novo IgM 
+ 
3. Reinfecção de cepa mais virulenta 
(IgG + IgM -) e faz soroconversão 
 
 
 
 
 O risco de transmissão é maior conforme 
ocorre o trimestre gestacional, porém 
inversamente proporcional as 
manifestações clínicas (causa menos 
problemas se for transmitido só no final da 
gestação) 
 
Trimestre Percentual 
transmissão 
Manifestações 
clínicas 
1º 15% Repercussões 
graves no 
concepto, óbito 
fetal ou neonatal, 
sequelas graves 
2º 25% O RN apresenta 
manifestações 
subclínicas 
3º 65 a 70% Assintomáticos ou 
oligossintomáticos 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: 
O T. gondii produz necrose tissular no 
órgão acometido 
70% dos casos são assintomáticos ao 
nascer e passam despercebidos, mas é 
preciso ser tratado pois desenvolvem 
sequelas na infância ou na vida adulta tais 
como: 
 sintomas neurológicos (convulsões) 
 e/ou oculares (estrabismo, catarata, 
nistagmo) 
 surdez (mesmo com o teste da 
orelhinha normal) 
 cegueira 
 e até retardo mental 
TRÍADE CLÁSSICA: 
Hidrocefalia 
Calcificações cerebrais (macro) 
Coriorretinite/retinocoroidite 
 
Pediatria II – Infecções Congênitas e Perinatais 
Também pode acompanhar o quadro: 
prematuridade, RCIU (peso < 2500g), 
catarata congênita, 
hepatoesplenomegalia, icterícia. 
DIAGNÓSTICO: 
O que vai chamar a atenção: 
→ história materna de soroconversão 
→ sorologia positiva no RN 
→ alterações do líquor 
→ surgimento de sequelas oculares e 
neurológicas posteriormente 
(convulsões, hidrocefalia, calcicações 
cerebrais na TC...) . 
EXAMES LABORATORIAIS: 
✓ Teste de aglutinação ISGA 
(imunosorbent agglutination assay) – 
exame padrão ouro porém pouco 
acessível 
✓ ELISA IgM por captura (SUS tem o teste 
de triagem neonatal) 
 Esse IgM positivo no bebê ainda 
não da pra saber se ele veio da 
mãe ou se é do bebê infectado, 
então temos que complementar 
com outros exames: 
 IgA sérica (mais sensível que o 
IgM para o RN) IgG, seriada do 
binômio ( ver curva crescente) 
 Sorologia IgG pareada 
(comparar mãe e bebê). Sua 
persistência no RN por mais de 12 
meses = diagnóstico – se o IgG 
tiver caindo significa que foi 
apenas do soro recebido da mãe. 
✓ PCR (reação em cadeia de polimerase) 
do líquido amniótico 
✓ Reação de Sabin Feldman. 
Outros exames: 
→ Imagem: US transfontanela, TC ou RNM 
crânio pesquisa de alterações SNC 
→ Punção liquórica- aumento de proteína 
liquórica 
→ Fundo de olho 
→ Audiometria 
DIAGNÓSTICO DE INFECÇÃO EM 
GESTANTE DE ACORDO COM O MS: 
Comprovado: 
 soroconversão gestacional, 
 detecção do DNA do toxoplasma 
gondii em líquido ela PCR 
Provável: 
 IgG+, IgM+, avidez baixa (colhido em 
qualquer idade gestacional) 
 Aumento progressivo nos títulos de 
IgG e/ou IgM 
 IgM + e história clínica sugestiva de 
toxoplasmose aguda gestacional 
Possível: 
 IgG +, IgM + avidez alta ou 
indeterminada (colhido após 12 
semanas de gestação) 
 IgG+, IgM + em amostra única 
colhida em qualquer idade 
gestacional, sem realização de 
índice de alvidez 
Improvável: 
 IgG+, IgM+ ou -, índice de avidez alto 
colhido antes de 12 semanas de 
gestação) 
Ausente: 
 IgG- e IgM – durante toda a 
gestação 
 IgG antes da concepção 
 IgM + sem aparecimento de IgG. 
RN ASSINTOMÁTICO: 
→ Solicitar exames: anatomopatológico 
de placenta, ELISA IgM por captura, IgG 
do binômio, UST, fundoscopia, 
hemograma. 
→ Se resultados normais = criança não 
infectada = queda progressiva dos 
títulos IgG. 
 
→ Se exames alterados = pedir estudo do 
líquor, função hepática e renal, 
audiometria e TC de crânio → se esses 
exames mostrarem infecção tratar a 
criança infectada durante 1 ano. 
RN SINTOMÁTICOS: 
→ Deve-se solicitar: 
 o estudo anatomopatológico da 
placenta 
 ELISA IgM por captura 
 IgG do binômio 
 Fundocopia ocular 
 Hemograma 
 Estudo do líquor 
 Audiometria 
 Função hepática e renal 
 TC de crânio 
TRATAMENTO: 
Será feito nas crianças sintomáticas ou 
assintomáticas com alterações 
laboratoriais para diminuir o 
comprometimento grave da doença. 
Na gestante o uso de Espiramicina: 
diminui a transmissão ao feto em até 60% 
Sulfadiazina: - 100mg/kg/dia via oral (VO) 
de 12/12horas 
Pirimetamina: 2mg/kg/dia, VO por dois 
dias, cada 12 horas e posteriormente - 
1mg/kg/dia, dose única diária. 
Ácido Folínico 5 a 10mg/kg/dia dias 
alternados (3x/sem) 
Usados por 6 meses com controle 
hematológico semanal inicialmente e 
depois mensal (leucopenia) 
Nos outros 6 meses a pirimetamina passa 
a ser dada em dias alternados. 
Se houver comprometimento do SNC (ptn 
liquor = ou > 1g/dL) ou ocular 
(coriorretinite aguda) acrescenta a 
prednisona 1mg/kg/dia 12/12h por 4 
semanas. 
(o ácido fólinico serve para cobrir os 
efeitos colaterais do tto porque as 
medicações impedem a conversão de 
acido fólico em ácido folínico) 
Lembrar que é uma doença de Notificação 
compulsória 
SEGUIMENTO: 
→ Manter avaliação auditiva, 
oftalmológica e neurológica anual 
→ Manter aleitamento materno 
PREVENÇÃO: 
→ Avaliação sorológica pré-natal 
→ Tratar as gestantes infectadas 
→ Realizar sorologia triagem neonatal 
→ Orientação as gestantes: lavar 
cuidadosamente frutas, legumes e 
verduras cruas 
→ Evitar manipulação de areia, terra e 
contato com fezes de gato. 
→ Não comer carne mal-passada. 
→ Uso de água fervida ou filtrada e leite 
pasteurizado. 
RUBÉOLA CONGENITA: 
→ Vírus RNA da família tagoviridae 
→ Em adultos e crianças a infecção pode 
ser assintomática ou causar 
exantemas. 
→ A infecção congênita era mais 
frequente antes da vacinação. 
MANIFESTAÇÕES CONGENITAS: 
Pode provocar várias manifestações como: 
 Natimorto 
 Defeitos congênitos 
 Assintomático 
SINDROME DA RUBÉOLA CONGENITA = 
vários defeitos presentes nesse RN 
infectado na gestação 
TRÍADE CLÁSSICA: 
Perda auditiva 
Catarata 
Cardiopatia congênita 
Outras manifestações clínicas: 
 RCIU 
 Hepatoesplenomegalia 
 Purura trombocitopenia 
 Meningoencefalite 
 Hepatite (ictérica) 
 Anemia hemolítica 
 Pneumonia 
 Linfadenopatia 
Manifestações que se instalam 
tardiamente: 
 Perda auditiva com progressão ao 
longo do tempo 
 Retinopatia em sal e pimenta 
 Panencefalite que surge a partir do 
2º ano de vida. 
 Diabetes, retardo mental, distúrbio 
da tireoide.... 
SUSPEITAR: RCIU, triagem auditiva 
alterada e cardiopatia congênita. 
 Persistência do ducto arterioso (o 
defeito + frequente). 
DIAGNÓSTICO: 
Sorologia IgM e IgG no RN: 
 Presença de IgM+ = infecção recente. 
 IgG do RN > que o materno = infecção 
congênita. 
 IgG do RN igual ou menor que o 
materno = Repetir após 5 meses. Se 
mantem + a mesma titulação ou 
aumenta = confirma infecção. - Se 
negativo, encerra o caso. 
Não há tratamento = tto. Sintomático 
Obs: Todas gestantes devem ser testadas 
em seu estado imune para rubéola. 
PREVENÇÃO: vacinação aos 12 meses 
(triviral) com reforço aos 15 meses - De 20 
a 49 anos deve receber uma dose. 
CITOMEGALOVÍRUS – CMV 
CONGÊNITO: 
→ CMV é um herpes vírus tipo 5 
→ Após penetrar na célula vão se albergar 
nas células progenitoras mieloides 
atentes podendo se replicar e produzirnova veremia com/sem manifestações 
clínicas a qualquer momento. 
→ Imunocompetentes = assintomático ou 
quadro viral benigno. 
CONTÁGIO DO FETO OU BEBÊ: 
→ Na primo-infecção da gestante é que 
há a maior chance de infectar o feto 
→ Pode ocorrer também por reativação 
endógena do vírus 
→ Ou por nova exposição à cepas novas 
de CMV (1 a 2%) 
→ Através de secreções: saliva, urina, 
sêmen, vaginal, canal do parto, lágrima 
e leite materno (mas não há 
contraindicação habitual de 
amamentar) 
A infecção materna previa não garante 
imunidade contra infecção intraútero – 
por isso é considerada a infecção 
congênita mais frequente e de difícil 
intervenção preventiva. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: 
90% dos RN infectados são assintomáticos 
clinicamente – não são reconhecidos. 
7% podem desenvolver surdez que pode 
estar presente ao nascer ou surgir. A longo 
prazo é a sequela mais comum mesmo 
com triagem neonatal normal. 
10 a 15% podem ter atraso no 
desenvolvimento neuropsicomotor 
→ envolvimento ocular é mais raro. 
→ Pode ocorrer quadros fulminantes ou 
apenas letargia. 
Manifestações mais comuns: 
 RCIU 
 Icterícia 
 Hepatoesplenomegalia 
 Microcefalia 
 Trombocitopenia 
 Aumento de enzimas hepáticas 
 Petéquias. 
 Lesões do SNC são identificadas nos 
exames de imagem – são mais graves 
quando ocorrem no 1º trimestre de 
gestação: atrofia cortical, hipoplasia 
cerebelar, calcificações. 
DIAGNÓSTICO CMV: 
→ Pesquisa de PCR para CMV em fluidos 
do RN (saliva e urina) nas primeiras 3 
semanas de vida. 
Presença de IgG contra CMV não evidencia 
infecção e IgM pode ser detectado mesmo 
após longos períodos após a infecção 
aguda sem estimativa de tempo. 
TRATAMENTO: 
Ganciclovir ou valganciclovir - É feito nos 
RN sintomáticos graves 
 objetivo de estabilizar ou melhorar o 
prognóstico da perda auditiva que pode 
aparecer no período neonatal ou 
posteriormente de forma progressiva e 
severa. 
 Devido aos efeitos colaterais não tem 
indicação para as crianças 
assintomáticas. 
 
Critérios de inclusão para tratamento: 
 RN sintomáticos com evidências de 
envolvimento do SNC - incluindo 
calcificações intracranianas, 
microcefalia, atrofia cortical, surdez 
neurossensorial, líquor anormal e 
coriorretinite. 
 Idade inferior a 1 mês na ocasião do 
diagnóstico 
 RN com quadro de síndrome sepsis-
like viral, pneumonite intersticial 
por CMV, excluídas outras etiologias. 
CONDUÇÃO: 
Essas crianças precisam ser 
acompanhadas com exame audiológico 
mesmo com triagem normal a cada 6 
meses até a idade de 6 anos. 
PREVENÇÃO: 
• Não faz parte da rotina do pré-natal a 
pesquisa sorológica para CMV 
• A toxicidade dos antivirais na gestação 
não permite seu uso caso faço soro 
conversão. 
• Não há o que se fazer para impedir a 
infecção intraútero. 
• Existe a recomendação em partos 
prematuros (<32 sem) com viragem 
sorológica não amamentar. 
HERPES SIMPLES-HSV: 
→ HSV tipo 1 e tipo 2 – ficam latentes nos 
gânglios dorsais e nesse momento não 
respondem aos antivirais. 
CONTÁGIO PARA O BEBÊ: 
→ A infecção do RN intraútero decorre de 
viremia ou infecção genital ascendente 
(membrana rota). 
→ A infecção perinatal decorre de contato 
por canal vaginal contaminado, herpes 
labial materno, lesão pele. 
IMPLICAÇÕES CLÍNICAS: 
→ Provocam morte fetal. 
→ Os sobreviventes ficam acometidos de 
lesões oculares e anomalias SNC- 
microcefalia 
TRATAMENTO: 
Aciclovir – 60mg/kg/dia 8/8h 
 Por 14 dias para acometimentos de 
pele, olhos, boca 
 Por 21 dias para SNC EV 
O RN deve ficar isolado 
PREVENÇÃO: Identificação materna com 
lesões genitais para tratamento e 
realização de cesárea. 
SÍFILIS CONGÊNITA: 
→ Passagem transplacentária do 
Treponema Pallidum em mulheres 
contaminadas não tratadas ou tratadas 
inadequadamente - em qualquer fase 
→ mais raramente por feridas 
contaminadas (úlceras) canal do parto. 
→ A história materna é fundamental para 
determinar o risco de infecção. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS PRECOCE: 
→ 60% a 90% são assintomáticos ao 
nascer, sintomas ainda vão surgir 
→ As manifestações clínicas, exames 
complementares e resultado do teste 
não - treponêmico devem ser usados na 
busca do diagnóstico. 
→ sífilis congênita que surge até 2 anos 
de vida = é dita precoce. 
SINTOMAS GERAIS: 
Prematuridade, retardo do crescimento 
intrauterino, hepatoesplenomegalia, 
icterícia, anemia, linfoadenopadia 
generalizada, glaucoma, catarata, 
pneumonite, trombocitopenia, petéquias e 
leucocitose 
Por serem inespecíficos lembrar da 
necessidade de diagnóstico diferencial 
com as demais infecções congênitas: 
TORCH 
SINTOMAS MAIS ESPECÍFICOS: 
 Lesões cutâneas palmo plantares, 
 exantema maculopapular, 
 rinite serossanguinolenta, 
 coriorretinite (lesão em sal e 
pimenta) 
 Lesões ósseas que se localizam nas 
metáfises e diáfises dos ossos longos 
como tíbia, úmero e fêmur como 
periostite, osteíte, metafisite com 
pseudo paralisia dos membros= 
(pseudo paralisia de Parrot) “dói 
tanto que a criança nem se mexe. 
Não há acometimento articular 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS TARDIA: 
A partir do 2º ano de vida surgem as mal 
formações decorrentes de processo 
cicatricial e é dito sífilis congênita tardia. 
 Tibia em Lâmina de Sabre: sequela 
da periostite das diáfises 
 Articulações de Clutton: um 
aumento de volume bilateral dos 
joelhos, indolor e sem alterações 
radiográficas 
 Fronte olímpica 
 Nariz “em sela” 
 Dentes incisivos medianos 
superiores deformados - Dentes de 
Hutchinson. 
 Surdez e dificuldade de 
aprendizagem. 
DIAGNÓSTICO DE SÍFILIS CONGENITA: 
Testes sorológicos para sífilis: 
A) Testes treponêmicos: 
 pesquisa direta do treponema em 
lesões de mucosa 
 FTAAbs – detecta Ac contra Ag do 
treponema- surge após 10 dias de 
contágio 
B) Testes Não treponêmicos: 
– Detectam Acs não treponêmicos mas 
presentes na sífilis 
– Dão muito falso positivos. 
 VDRL, TRUST, RPR- teste de reação 
rápida 
Podem ser qualitativos (reagente ou não) 
ou quantitativos – determinam os títulos 
de Acs. 
DIAGNÓSTICO DA SÍFILIS CONGENITA – 
MS: 
1. mãe não foi tratada ou foi tradada de 
forma inadequada = o RN é 
classificado como caso de sífilis 
congênita independente do quadro 
clínico e laboratorial. 
2. Um título maior que o materno em pelo 
menos duas diluições (por exemplo, 
VDRL da mãe de 1:4 e VDRL do recém-
nascido > ou = a 1:16) = é considerado 
sífilis congênita. 
Todas as crianças com sífilis congênita 
deverão ser submetidas a uma 
investigação completa, incluindo PUNÇÃO 
LOMBAR para análise do líquor e 
RADIOGRAFIA DE OSSOS LONGOS. 
As crianças com manifestação clínica, 
alteração liquórica ou radiológica de sífilis 
congênita e teste não treponêmico 
reagente preenchem critério para sífilis 
congênita, independentemente do 
histórico materno quanto ao tratamento e 
das titulações dos testes não treponêmico. 
 
EXAMES COMPLEMENTARES SÍFILIS 
CONGÊNITA: 
Completam a investigação exames 
complementares: 
1. Hemograma – anemia e 
trombocitopenia 
2. Estudo liquórico – é obrigatório sua 
realização em caso suspeito de SC 
– VDRL positivo no liquor = 
neurossíflis. 
– Principal achado é pleocitose >25 
células/mm3 e aumento na 
proteinorraquia(>150mg/dL) 
3. Raio X de ossos longos 
4. Exame da placenta 
5. Função renal e hepática. 
6. Avaliação oftalmológica (pesquisa 
de catarata) e audiológica (surdez) 
7. UST 
8. RM de crânio 
9. Ecocardiograma 
Lembrar que é doença de notificação 
compulsória 
TRATAMENTO: 
A penicilina é o tratamento de escolha. 
Se houver comprometimento neurológica 
(neurosífilis): 
 utilizar penicilina cristalina por 10 
dias 
 50.000UI/kg 12/12h EV se < 1 
semana vida 
 8/8h se > 1 semana 
 se mais de 1 mês de idade 4/4 ou 
6/6h 
Sem comprometimento neurológico 
 pode-se utilizar penicilina cristalina 
internada 
 ou procaína de forma ambulatorial 
 – 50.000U/kg/dose IM 24/24h por 
10 dias. 
 Se não foi possível colherliquor, 
tratar internada 
benzilpenicilina benzatina é uma opção 
terapêutica restrita às crianças cuja mãe 
não foi tratada ou foi tratada de forma não 
adequada, e que apresentem exame físico 
normal, exames complementares normais 
e teste não treponêmico não reagente ao 
nascimento 
TODAS NOTIFICADAS COMO SIFILIS 
CONGENITA 
Única situação em que o tratamento não é 
necessário: 
criança exposta à sífilis + nascida 
assintomática + cuja mãe foi 
adequadamente tratada + cujo teste não 
treponêmico é não reagente ou reagente 
com titulação menor, igual ou até uma 
diluição maior que o materno. 
 Essas crianças não são notificadas 
na maternidade, mas devem ser 
acompanhadas na Atenção Básica, 
com seguimento clínico e 
laboratorial 
SEGUIMENTO: 
→ Faz-se dosagem VDRL com 1, 3, 6, 12 e 18 
meses . 
→ Se tratado adequadamente espera-se 
que aos 3 meses o VDRL decline e que 
aos 6 se torne não reagente. 
→ Se o título não negativa ou aumenta – 
a criança deve ser retratada 
→ Interrompe seguimento ambulatorial 
com 2 exames VDRL negativos. 
→ Seguimento oftálmico, neurológico, 
auditivo por 2 anos. 
FLUXOGRAMA: 
1. Oferecer teste rápido para sífilis a toda 
gestante em trabalho de parto ou 
abortamento. 
2. Se VDRL positivo = saber histórico de 
tratamento pré-natal. 
Tratamento adequado para sífilis durante 
a gestação: 
 Realizar teste não treponêmico 
sérico da mãe e do RN ao mesmo 
tempo: 
Reativo? = notificar para sífilis 
congênita e tratar 
Não reativo? = realizar exame físico 
na criança 
– se exame físico normal = sem 
necessidade de tto 
– se exame físico anormal = realizar 
o teste não treponêmico - se ele der 
reagente = notificar para sífilis 
congênita e tratar 
– se exame físico anormal e teste 
não treponemico não reagente = 
pedir STORCH (investigar outras 
causas) 
Tratamento NÃO foi adequado para sífilis 
durante a gestação: 
 Primeiro vai notificar como sífilis 
congênita 
 Depois realizar teste não 
treponêmico sérico da mãe e do RN 
ao mesmo tempo 
 Realizar no RN: hemograma 
completo, glicemia, RX de ossos 
longos e coleta de liquor (solicitar 
celularidade, proteinorraquia e 
VDRL) 
 Exame físico+ hemograma + liquor 
+ RX de ossos longos normais + teste 
não treponemico não reagente do 
RN: 
– se sim para todos esses requisitos 
= aplicar Benzilpenicilina benzatina 
50.000 UI dose única. 
– se não: analisar o resultado do 
liquor 
 Se líquor normal = criança 
com sífilis congênita SEM 
neurossifilis = tratar com 
Benzilpenicilina cristalina ou 
Benzilpenicilina procaína por 
10 dias. 
 Se líquor NÃO normal = 
criança com sífilis congênita 
COM neurossífilis = tratar cm 
Benzilpenicilina cristalina por 
10 dias.

Continue navegando