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Infecção do trato urinário: BACTERIÚRIA ASSINTOMÁTICA: Nas não grávidas geralmente a conduta é conservadora, porém a grávida com bacteriúria assintomática possui risco de 20 a 30x maior de pielonefrite. Tratando VO com nitrofurantoina ou fosfomicina DIAGNÓSTICO: • Solicita urinocultura na primeira consulta de pré-natal • Urinocultura + → descartar pielonefrite • Caso seja NEGATIVA →não precisa pedir mais amostras, pois a chance de desenvolver pielonefrite ao longo da gestação é baixa TRATAMENTO: Nitrofurantoina 100mg 2x dia durante 5 dias Fosfomicina 3g VO dose única Tto ambulatorial CISTITE: • Inflamação da bexiga • ITU causada por microrganismos patogênicos que acometem o trato urinário inferior • Principal agente etiológico é a bactéria ESCHERIA COLI SINTOMAS: disúria, urgência urinária, hematúria e bacteriúria +. Tratamento também da mesma forma da bacteriúria assintomática: nitrofurantoina ou fosfomicina VO PIELONEFRITE: • é a principal causa de choque séptico na gestação. CLÍNICA: é febre, dor lombar (Giordano+), calafrios, náuseas e vômitos DIAGNÓSTICO: clinica Urinocultura = bacteriúria +. Investigar mal-formação renal • Tratamento IV com cefalosporina de 3ª ou 4ª geração. • + suporte clínico: internação hidratação... de acordo com o caso. • Acabou o tratamento → colher nova urinocultura EVOLUÇÃO Após estar afebril por 48-72h a paciente pode terá alta Importante adequar o ATB ao resultado da cultura de urina Acabou o tratamento →colher uma nova urinocultura →caso ela seja negativa entra com profilaxia de ATB durante toda gestação 1cp de NTF 1x dia Se grávida apresentou 2 cistites ou 1 pielonefrite = tem que fazer profilaxia por toda gestação Obs: toda infecção aumenta o risco de parto prematuro. Por que ? → infecção → gera inflamação → aumento de PGE2 → aumento da contratilidade uterina + apagamento do colo Obstetrícia – Infecções no ciclo gravídico e no puerpério SÍFILIS: • Doença venérea causada pelo T.pallidum • 80% das transmissões ocorrem intraútero. • Quanto mais recente a infecção na mãe maior a chance de contágio para o feto. Suas formas clínicas são: Inicial: Primária: raro diagnóstico. Cancro duro indolor com centro pálido, linfadenopatia (desaparece) Secundária: ocorrer de 6 semanas a 6 meses após a primaria disseminação/sistêmica lesões de pele extensas (exatema maculopapular pode haver febre, perda de peso e mal estar) Latente (até 1 ano): falta de lesões clínicas aparentes – nenhum sintoma. Tardia: Latente (após 1 ano) Terciária (10 a 25 anos após fase inicial treponoma em algum sistema ex: neurossífilis) • Geralmente são diagnosticadas devido sorologia por VDRL e em fase latente > 1 ano. • Sua frequência vêm aumentando mas o seu diagnóstico ainda é difícil pois • Seu diagnóstico é clínico + sorologia • Testes treponêmicos (FTA-abs), não treponêmicos (VDRL). DIAGNÓSTICO: O FTA-abs é muito específico porém uma vez positivo ele permanecerá positivo e não conseguimos acompanhar a evolução da gestante VDRL: em baixos títulos é pouco específico (se encontra no lúpus com diluição) porém conseguimos quantificar pois quanto mais alto os títulos “mais positivo” ele é e conseguimos observar a resposta ao tratamento. Exemplo: No diagnóstico o VDRL era de 1/8 – tratou e semanas depois se tornou 1/2(diminuiu a diluição - se continuar assim consideramos tratada a paciente) Porém após meses essa paciente retornou com VDRL de 1/32 = significa que ela se reinfectou Por isso devemos acompanhar as flutuações de VDRL durante o pré-natal de uma grávida positiva. VDRL normal = negativo mas se na triagem a grávida começou com VDRL baixinho e estiver na dúvida se é positivo ou negativo = pedir FTA-Abs que se positivo = tratar. A SÍFILIS CONGÊNITA: É transmitida ao feto via transplacentária e que quando não é tratada pode causar: perda fetal/natimorto, neomorto, parto pre- termo/baixo peso, síndrome de sífilis congênita, prognóstico adverso global. Seu tratamento é com penicilina. Único medicamento que atravessa barreira placentária e garante o tto o bebê • Sífilis inicial: penicilina benzatina 2 .400.000 UI IM 1X/semana por 2 semanas. (duas ampolas, uma em cada nádega) • Sífilis tardia: penicilina benzatina 2.400.000 UI IM 1x/semana por 3 semanas. Caso seja alérgica podemos fazer outras drogas, mas não passam através da placenta (então os danos ao bb continuam), . Portanto o primeiro passo é fazemos a dessensibilização da penicilinpa cristalina, mas com internação (faz muita diluição da penicilina cristalina e vai aplicando aos poucos de 20 em 20 min até chegar na dose plena) desde que com vaga na UTI para caso ocorra algo. Dura 3 horas e meia e após a dessensibilização a grávida segue o tratamento normal. Na dúvida se a sífilis é inicial ou tardia = tratar como se fosse tardia HIV: Os fatores associados a transmissão materno infantil são Carga viral elevada próximo ao parto >1.000 copias/ml Ruptura das membranas >4h Baixa contagem de CD4+: <200 células/mm3 Corioamnionite Instrumentação no parto Parto pré termo Transmissão vertical: seja por aleitamento (fácil de resolver) parto (maior chance de transmissão – maior contato com sangue materno) transplacentária. (chances baixas, se em tratamento regular são mais baixas ainda) Diagnóstico: Teste rápido repetido (se 2 TR repetidos positivos = dá segurança, é uma alternativa de diagnóstico para os lugares de baixo acesso aos serviços) ELISA Western-Blot. (padrão-ouro) TERAPÊUTICA: Sua terapêutica na gestação é para diminuir essa transmissão vertical usando TARV. No parto será feito profilaxia com zidovudina venoso. Bebê: Recebe a AZT por solução oral nas primeiras 8hrs após o nascimento , permanecendo o tratamento por 6 semanas . Caso a carga viral for maior do que 1.000 copias/ml →recomenda se 3 doses de nevirapina na primeira semana MANEJO: Caso chegue paciente que não tratou e não sabemos carga viral → fazer profilaxia com AZT (Zidovudina) venosa por 3h, preferencialmente parto cesária. Caso a paciente já faça tratamento: Avaliar se toma TARV adequadamente ou não, avaliar sua carga viral após 34 semanas Se carga viral indetectável ou <50 copias/ml → via de parto obstétrica manejo normal paciente com <1000 cópias e detectável → AZT venoso e conduz obstetricamente: Se for parto vaginal, correr AZT até clampeamento do cordão mas se for / Cesária fazer AZT por 3h antes do parto até o clareamento do cordão umbilical Se carga viral >1000 cópias ou falha na adesão, ou não conheço a carga viral → fazer Cesária com AZT venoso 3 horas antes do parto e ate o clareamento do cordão umbilical. (considerar como se não fosse tratado) Não é permitido o aleitamento materno. HEPATITE B: • Ela tem grande taxa de transmissão vertical, mas não interfere na via de parto, pois é transplacentária. • Gera infecção neonatal grave • Diagnóstico feito com HBsAg e AntiHbs (imunidade) * rotina pré-natal • É previnível por vacinas e tratável. (Na gestante) • Via de parto obstétrica. MANEJO TR hepatite B reagente ou diagnóstico prévio de hepatite B crônica: Momento da admissão: Investigar outras IST Derteminar via de parto segundo indicação obstétrica Notificar como hepatite B (se não houver notificação prévia) MOMENTO DO PARTO: Evitar procedimentos invasivos Administrar ao RN exposto a vacina contra hepatite B, preferencialmente na sala de parto (atéas 24 horas) Administre ao RN exposto imunoglobulina humana anti- hepatite B logo após o nascimento ou nas primeiras 12 horas de vida Orientar importância de amamentar TOXOPLASMOSE: • Protozoário intracelular T. gondii • Pode ser transmitida pelas fezes de gatos ou por ingestão de músculos dos hospedeiros intermediários (porco,cabra) contendo cistos ou transplacentária. • Relaciona -se com coriorretinite, hidrocefalia e calcificações intracerebrais. • Seu rastreio é no 1º e 3º semestre. ✓ Fazemos IgG e IgM, se os 2 negativos (sem exposição a toxoplasmose) = orientar a prevenção ✓ se IgG + e IgM- (imunização por infecção prévia) ✓ se IgG+ e IgM + (fazer teste de avidez de IgG – o quanto é realmente IgG, se for >60% é infecção antiga, mas se a avidez foi baixa, a infecção é aguda). ✓ Se a avidez de IgG é alta significa que a infecção não aconteceu nos quatro meses anteriores (16 semanas). Assim, se uma gestante de 15 semanas, com IgM positivo e IgG positivo, com teste de avidez de IgG alto, podemos dizer que a infecção ocorreu antes da gravidez. Se a avidez for baixa significa possibilidade de infecção durante a gestação. ✓ Se a idade gestacional já passou 16 semanas temos considerar IgG e IgM positivos como sendo de infecção na gravidez ✓ Mãe com infecção aguda = fazer 3g/dia de espiramicina até o final da gestação. ✓ Se aguda, encaminhar para amniocentese (feita a partir de 18 semanas). ✓ Se infecção confirmada na aminiocentese = até 34s pode fazer sulfadiazina, pirimetamina e ácido folínico. Importante dizer a prevenção, principalmente em mães IgG e IgM -, como: não comer carnes cruas ou malcozidas, não tocar mucosas ao manipular carne crua, evitar manipular terra, , lavar bem frutas, evitar contato com gatos. Iniciar imediatamente o tratamento profilático quando houver suspeita ou confirmação do diagnóstico de infecção aguda materna — gestante sintomática ou não. A profilaxia da transmissão vertical é feita com espiramicina e USG seriada. A espiramicina trata a doença materna, diminui o risco de transmissão vertical, mas não trata o feto. Os melhores resultados ocorrem quando a medicação é iniciada até três semanas após a conversão sorológica. A espiramicina não atravessa a barreira placentária. Obs: A transmissão vertical aumenta conforme aumenta a idade gestacional. Porém, os danos fetais são menos graves quanto mais tardia é a infecção Infecções puerperais: Definição: quadro infeccioso de origem bacteriana, com foco inicial em órgãos do trato genital feminino, que ocorre no período de pós-parto recente Etiopatogenia: A cavidade uterina no pós parto é uma zona de grande potencial infeccioso principalmente por ascensão de germes da vagina, anaeróbicos e gram negativos. Dentre os fatores predisponentes podemos destacar a cesariana (principal fator de risco), gerando em comparação ao parto vaginal, mais endometrite, bacteremia, abscessos e morte por infecção. Outros fatores: parto e aminiorrexe prolongados, com numerosos toques vaginais e baixo nível socioeconômico. Presença de qualquer infecção, em especial do trato geniturinário; Procedimentos invasivos prévios realizados durante a gestação; Comorbidades maternas: obesidade, diabetes, anemia, imunossupressão, desnutrição; Restos ovulares/placentários; Hemorragia pós- parto; Tricotomia com lâmina; As apresentações clínicas incluem: • infecção de episiotomia, • endometrite (e endomiometrite mais comum), • anexite (corpo gera abscesso ao redor com ação dos eplípons – paramétrio, ovário e trompa ), • tromboflebite (trombo-séptico), • peritonite. (em ordem ascendente e em gravidade) Os sinais/sintomas geralmente são: • A morbidade febril puerperal caracteriza-se pela febre maior ou igual a 38 °C durante dois dias diferentes, consecutivos ou não, dos primeiros 10 dias pós-parto, excluindo-se as 24 horas iniciais. (aferir pela boca a cada 6 horas) (antes de 24 horas pode ser causada pelo próprio parto) • Dor abdominal e/ou pélvica; • Corrimento vaginal purulento; • Loquiação com odor fétido; • Útero amolecido; • Atraso na involução uterina pós- parto; • Sangramento excessivo pós-parto. ( Febre nas primeiras 24 horas pós-parto deve ser sinal para maior vigilância, especialmente em altas temperaturas - estreptococos beta-hemolíticos do grupo A e B) O diagnóstico é clínico (percebemos a atonia uterina) e pode associar exames de imagem como RNM, USG e TC. O tratamento é clínico ou cirúrgico. No clínico fazemos antibioticoterapia (gram- e anaeróbicos) e anticoagulação em tromboflebite. Na cirúrgica é por drenagem de coleções se houver. MASTITE: Causada por alguns fatores como má pega, estase mamária e fissuras gerando porta de entrada para os germes da pele (Gram+) (a mulher passa amamentar o outro lado e o peito com a fissura passa a congestionar o leite = proliferação de bactérias.) • Sinais flogistícos na mama • Mastite X abscesso (abscesso = procurar o sinal de flutuação) TRATAMENTO: cefalosporina de 1ª geração e drenagem de abscesso INFECÇÃO DE FERIDA OPERATÓRIA: • Infecção de pele e TSC geralmente por gram + • Higienização da FO seroma e doenças crônicas fazem parte da fisiopatologia. • TRATEMENTO: ATB para gram positivo.
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