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Infeccoes congenitas - TORCH

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Duda Luizeto AVA 
 
Infecções congênitas – TORCH e HIV 
 
 
• A maioria das crianças expostas intra uterino a algum agente infeccioso nascem aparentemente 
normais e são pacientes que precisam ser acompanhados ao longo da vida, pois as alterações podem 
surgir tardiamente 
• Epidemiologia: 
− Práticas sexuais: herpes vírus 
− Drogadição 
− Nível socioeconômico 
− Condições de habitação e saneamento 
− Estado de imunização 
− Hábitos de higiene e alimentação: toxoplasma 
− Atividade profissional materna 
− Complicações obstétricas: HIV 
• Vias de transmissão de infecção ao fetoo e recém nascido 
− Congênita: 
 Intra-útero (via hematogenica transplacentária): estado imunitário materno, características 
do agente e idade gestacional de aquisição da infecção materna 
。 HIV: trabalho de parto 
。 Herpes: passagem do bebe pelo canal de parto 
− Perinatal: 
 Durante o parto: transfusão materno-fetal, ascensão de microorganismos para a cavidade 
amniótica, aspiração de liquido amniótico contaminado, contato de pele e mucosas do RN 
com sangue, secreções genitais ou fezes maternas 
。 Durante amamentação: citomegalovírus e HIV 
 Período pós-natal: transmissão por tratos respiratório e gastrintestinal, contato cutâneo 
(direto ou indireto) e aleitamento materno 
 
 
• Panorama do comprometimento de órgãos 
− Toxoplasmose: o grande problema é comprometimento ocular que pode ocorrer em qualquer 
período da vida (da infância, adolescência). Se não tratado, vai evoluir para cegueira 
− Rubéola: mal formação cardíaca é clássico dessa doença 
− O diagnostico diferencial baseado somente em achados clínicos é muito difícil, pois os sintomas 
são muito inespecíficos 
 
 
 
1. Identificação e diagnostico de infecção congênita 
• Gestante: 
− Quadro clínico sugestivo pode não estar presente 
− Exames de triagem: HIV, sífilis, hepatite B/C, toxoplasmose 
− Investigação laboratorial 
− Prevenção de transmissão: HIV< hepatite B, toxoplasmose 
− Investigação fetal: USG obstétrica 
− Líquido amniótico e sangue fetal 
− Tratamento fetal: sífilis, toxoplasmose 
• Recém-nascido: 
− Quadro clínico sugestivo pode não estar presente 
− Exames de triagem na mãe: anamnese pre parto, sorologia da mãe, exposição intra útero, 
− Investigação: sorologias, PCR 
− Exames de imagem 
− Avaliação oftalmológica 
− Triagem auditiva 
− Profilaxia de infecção: HIV, hepatite B 
− Tratamento: sífilis, toxoplasmose, CMV 
− Seguimento 
• Quadro clínico inespecífico 
− Hepatoesplenomegalia 
− Icterícia 
− Pneumonite 
− Petéquias, rash cutâneo 
− Meningoencefalite 
 
 
 
 
2. Toxoplasmose congênita 
• 50-80% das mulheres em idade fértil já foram infectadas 
• 4-5% correm risco durante a gestação 
 
• 40% das gestantes com infecção aguda transmitirão ao feto 
− Susceptíveis: IgG e IgM negativos 
• Transmissão via hematogenica transplacentaria: ocorre uma parasitemia onde o parasita alcança a 
placenta e o feto 
• Triagem sorológica durante o pre natal 
• Tratamento durante a gestação 
• Não há transmissão durante o momento do parto 
• Risco de ocorrência: 
− Primeiro trimestre: 17% 
− Segundo trimestre: 25% 
− Terceiro trimestre: 65% 
• Gravidade: maior no primeiro tri e menor no terceiro trimestre 
• Quando a gestante tem toxoplasmose aguda no inicio da gravidez, a chance de passar para o feto é 
menor, porém quando o feto adquire a gravidade do comprometimento é bem maior 
− O feto evolui com calcificação intracraniana, hidrocefalia, alteração ocular 
• Ciclo 
 
• Tríade clássica 
− Hidrocefalia 
− Calcificações intracranianas difusas no parênquima cerebral 
− Coriorretinite 
− A grande maioria das crianças nascem aparentemente normais, por isso, é necessário a triagem 
da criança 
 
 
• Exames complementares 
− Detecção direta do parasita 
− Testes sorológicos 
− IgM anti-toxoplasma: aparece com 2 semanas do contato, pico em 1 mês e declina para ficar 
indetectável em 6-9 meses. Não atravessa a placenta. Pode ficar positiva por 1 ano ou mais 
− IgG anti-toxoplasma: aparece com 1-2 semanas, pico com 1-2 meses após a infecção e persiste 
por toda vida 
• Diagnóstico da gestante 
− Detecção de IgG e IgM antitoxoplasma durante pre natal 
 IgM e IgG negativos (gestante suscetível): orientação para não adquirir infecção aguda 
durante a gestação. Repetir a sorologia no segundo e terceiro trimestre 
 
− Avidez de IgG: até 16 semanas de gestação 
 Na 20a semana de gestação, só confirma que adquiriu toxoplasmose nas ultimas 2 semanas 
 Resultados elevados, em geral superiores a 60% (alta avidez) 
 Indicam que a infecção aguda ocorreu há mais de 3-4 meses 
 35% ou menos = baixa avidez 
 35-60% = avide indeterminada 
• Diagnóstico da infecção fetal 
− PCR no líquido amniótico: amplificação do DNA do toxoplasma gondii (sensibilidade de 77%; 
especificidade de 99%) 
− USG obstétrica: normal na maioria dos casos 
 Anormalidades fetais inespecíficas: hidrocefalia, calcificações cerebrais e hepáticas, 
hepatoesplenomegalia, ascite, cardiomegalia e alterações placentárias 
• Diagnóstico no neonato 
− PCR no líquido amniótico 
− Detecção de IgG e IgM anti toxoplasma 
− Títulos 4 ou mais vezes maiores que os maternos podem sugerir infecção congênita 
− Anticorpos IgM não atravessam a barreira placentária e, portanto, são indicativos de 
toxoplasmose congênita quando encontrados no RN 
− A aquisição no inicio da gestação, pode ser que o RN não tenha mais o IgM 
− Ou seja, mesmo que o RN exposto não tenha IgM positiva, é necessário acompanhamento com 
títulos de IgG e continuar com a investigação 
• Toxoplasmose confirmada 
− IgM positiva entre 2 dias e 6 meses 
− Persistência de IgG após 12 meses de vida padrão outro para diagnóstico 
− Crianças com: 
− Sinais e/ou sintomas 
− Filhos de mães com IgG positiva para toxoplasmose 
− Crianças cujas mães apresentam PCR positiva para toxoplasmose no líquido amniótico 
• Tratamento da gestante 
− Objetivos do tratamento da gestante: evitar transmissão materno-fecal e reduzir os danos 
acarretados ao RN 
− Espiramicina: 
 Parece reduzir a transmissão vertical 
 Recomenda-se iniciar nas primeiras 3 semanas após a infecção aguda e ir até a resolução da 
gestação 
 Iniciar imediatamente após positividade do IgM ou viragem sorológica 
 Se for encontrada alteração no feto, mudar o esquema para tratamento do feto 
 Tratamento até o final da gestação 
− Sulfadiazina/Pirimetamina/ Ac. Folínico 
 Quando a infecção do feto é confirmada 
 Tratamento do feto 
 Não é mantido até o final da gestação, pois pode ser toxico 
• Tratamento do RN 
− Iniciar o tratamento desde o nascimento 
− Duração do tratamento: 12 meses, independente da presença de sinais e/ou sintomas 
 O comprometimento ocular pode aparecer até a adolescência 
 
− Sulfadiazina, pirimetamina e acido folínico 
− Na presença de retinocoroidite ou proteína no líquor > 1.000mg/dL: prednisona ou prednisolona, 
até a melhora do quadro 
− Os efeitos colaterais mais comuns são a neutropenia reversível e comprometimento hepático 
 Dependendo do nível da neutropenia, pode parar o tratamento 
 Pode fazer ajuste de dose 
− Começar o tratamento quando há suspeita de toxoplasmose até confirmação ou não 
− IgM negativa, IgG baixa e sem subir: não precisa tratar 
 Se a IgG começar a subir, precisa iniciar tratamento 
− Quando tem corioretinite ou proteína de líquor muito aumentada (>1000) = indicação de 
corticoide até melhora do quadro 
 Ou seja, iniciar o tratamento junto com corticoide acompanhando o fundo de olho e a 
proteinoraquia do RN 
 Período de 3 semanas o processo se estabiliza não sendo mais necessário o corticoide 
• Acompanhamento do RN com toxoplasmose 
− Sorologia 
− Exame de imagem: USG transfontanela (nem sempre mostra) ou TC de crânio para identificarcalcificações 
− Fundo de olho: mandatório 
− Se a sorologia vier negativa e os exames normais, não precisa colher o líquor 
− Hemograma completo, plaqueta 
− USG de abdome: hepatoesplenomegalia 
• Prevenção para a gestante 
− Não ingerir carne crua ou mal passada 
− Consumir água filtrada ou fervida 
− Lavar cuidadosamente frutas e verduras 
− Evitar contato com fezes de gato 
− Evitar mexer em areia, terra ou jardins 
− Higienizar muito bem as mãos 
− Evitar acesso de insetos a cozinha 
− Lavar muito bem os utensílios de cozinha 
 
3. Citomegalovirose congenita 
• 90-95% das mulheres em idade fértil já foram infectdas 
• 1% corre riscos durante a gestacao 
• A detecção de IgG anti CMV não permite afastar o risco de infecção fetal, pois pode haver transmissão 
por infecção secundaria gestacional (reativação de infecção latente ou reinfecção com nova cepa 
viral) 
• Transmissão: 
− Via hematogenica transplacentária 
− Intraparto 
− Pós natal precoce: através do leite materno nos prematuros extremos < 30 semanas (CMV 
adquirido pós natal) 
• Não é exame de rotina no pré natal, porque não existe uma intervenção durante o pre natal que va 
minimizar os efeitos no feto 
• Não existe tratamento na gestação 
• Prognóstico e conduta 
• Quadro clínico variável 
− RN sintomáticos ao nascer = mau prognóstico 
− 90% podem evoluir com sequelas neurológicas 
− 50-70% com surdez neurossensorial bilateral 
− A letalidade nos RN sintomáticos pode variar de 5-10% 
− 25-30% dos RN com infecção sintomática leve a moderada poderão ter comprometimento 
neurológico 
− O tratamento do RN durante a gravidez melhora muito o desfecho neurológico e auditivo 
• Quadro clínico 
− Microcefalia 
− Surdez neurossensorial 
− Calcificações intracranianas preferencialmente periventriculares (importante para diagnóstico 
diferencial) 
− Púrpura 
− Icterícia 
− Hepatoesplenomegalia 
− Restrição de crescimento intra uterino mandatório fazer pesquisa de infecção congênita 
• Exames complementares 
− Isolamento viral em cultura 
− Detecção do DNA viral pela reação em cadeia da polimerase (PCR) 
 PCR na urina da criança exame de escolha para o diagnostico de CMV no bebe 
− Testes sorológicos: IgM anti-CMV e IgG-anti-CMV não são interessantes para pesquisa do RN 
 Imunofluorescencia indireta 
 ELISA 
 Teste imunoenzimatico de micropartículas 
− Soroconversão durante a gestacao: 
 Confirma a infecção primária materna pelo CMV: 1a amostra negativa e 2a amostra positiva 
para IgM e IgG anti-CMV 
 IgM anti-CMV positivo pode significar infecção recente ou que ocorreu semanas a meses 
antes da concepção 
• Avaliação complementar 
− Avaliação oftalmológica (fundoscopia ocular) 
− Avaliação neurológica 
− Avaliação auditiva: 
 Otoemissões acústicas 
 Potencial evocado da audição (BERA) ao nascimento, 3, 6, 12, 18, 24, 30 e 36 meses 
 Audiometria a cada 6 meses até 6 anos 
− Ultrassonografia transfontanelar ou TC de crânio 
− Hemograma completo, plaquetas, bilirrubinas, transaminases. Descartar outras infecções 
congênitas 
− Análise de líquido cefalorraquidiano (bioquímica e celularidade) 
• Tratamento 
− Ganciclovir IV e valganciclovir (por 6 semanas) 
− Devemos usar com cuidado devido ao risco de toxicidade e neutropenia 
 <500 neutrófilos: interromper o tratamento 
 >500 neutrófilos: diminuir a dose 
− Objetivo principal: estabilização ou melhora do prognóstico auditivo ao longo dos anos 
− Indicação: RN com infecção confirmada, sintomáticos e com evidencia de envolvimento do SNC, 
alteração auditva e/ou coriorretinite 
 
4. Rubéola congênita 
• Transmissão: via transplacentaria 
• Quadro clínico 
− Tríade clássica: malformações cardíacas (não tem na CMV), surdez neurossensorial e catarata 
− Microcefalia 
− Púrpura 
− Hepatomegalia 
− Pneumonite 
− Miocardite 
− Restrição do crescimento intra uterino 
• Síndrome da Rubéola Congênita (SRC) 
− Nem to feto de mãe com rubéola aguda durante a gravidez vai ter a SRC 
 Ocorre principalmente no 1o trimestre: morte/abortamento/anomalias congênitas 
− Constitui o somatório de sinais e sintomas decorrentes da infecção do concepto pelo vírus da 
rubéola: deficiência auditiva, defeitos cardíacos congênitos, catarata/glaucoma congênito, 
retinopatia pigmentar (em sal e pimenta) 
− Acontece quando o vírus infecta mulheres grávidas suscetíveis, no primeiro trimestre da gestação 
− A gravidade do quadro está relacionada ao período da gestação em que a infecção aconteceu 
 
 
• Avaliação do RN com suspeita de SRC 
− 50-70% dos bebes com rubéola congênita são aparentemente normais ao nascimento 
− Rever história materna (imunidade para rubéola) 
 Já tinha imunidade para rubéola? É vacinada? 
− Avaliação dos sinais clínicos compatíveis com SRC 
− Hemograma, plaquetas, prova de função hepática 
− RX de ossos longos 
− Avaliação oftalmológica 
− Avaliação auditiva 
− Neuroimagem 
− Punção lombar 
• Diagnóstico laboratorial de caso suspeito de SRC 
− Se o RN não tiver sinais de rubéola, falamos que ele tem rubéola congênita. Se ele tiver alterações 
clínicas e morfológicas falamos que ele tem a síndrome da rubéola congênita 
− Se o IgG for diminuindo significa que é da mae e não da criança. Se o IgG manter ou aumentar, 
confirma o caso 
 
 
 
− Isolamento do vírus: pode ser realizado a partir de secreções nasais, sangue, urina e líquor com 
inoculação em cultura celular 
− PCR em secreção nasofaríngea, sangue, urina e líquor em até 1 anos de idade em laboratório de 
referencia 
 A criança elimina o vírus por essas vias até 1 ano de idade 
• Diagnóstico diferencial com outras infecções congênitas como: toxoplasmose, sífilis, malária, 
citomegalovírus, herpes, varicela-zoster, HIV, hepatite B, parvovírus B19< dentre outras 
• Tratamento: não há tratamento específico para a grávida nem para o bebe 
• Prevenção 
− A vacinação é a única maneira de prevenir a síndrome da rubéola congeinta 
− As mulheres grávidas não devem receber a vacina contra rubéola. Elas devem esperar para serem 
vacinadas após o parto 
− Não há indicação de interrupção da gravidez caso a gestante seja vacinada inadvertidamente 
 
5. Herpes vírus 
• Quando o feto adquire o vírus intra útero é uma doença extremamente grave com alta taxa de 
mortalidade 
− Primoinfeccao (57%), reinfecção (25%) e infecção recorrente (<2%) 
• Transmissao: 
− A transmissão por via hematogenica transplacentaria é mínima 
− Através das lesões de pele, mucosas ou durante a sua excreção assintomática através da saliva 
(HSV-1), sêmen ou corrimento vaginal 
• Os fatores de risco para aquisição genital do vírus são: sexo feminino, baixo nível socioeconômico, 
história anterior de outras infecções genitais, numero de parceiros sexuais 
• O vírus tem capacidade de permanecer em latência por longos períodos 
• Incidência estimada de 1:3000- 1::20.000 
• O vírus é transmitido por 4 formas: 
− Infecção ascendente pelo HSV através da ruptura das membranas amnióticas (bolsa rota 
prolongada) 
− Exposição intrauterina (via hematogenica transplacentaria) –rara 1:100.000 a 300.000 
nascimentos 
− Contato com o trato genital infectado exposição pós-natal 
− Contato com o trato genital infectado (mais comum) 
− Exposição pós natal 
− 95% das infecções neonatais ocorrem por contato com o trato genital e por exposição pós natal 
 
• O risco de infecção varia com o tipo de infecção materna: 
− Primária: risco de 25-60% 
− Recorrente: risco de 2% 
− Mais de 75% dos RN com infecção por HSV nascem de mães sem história conhecida de infecção 
por HSV genital, limitando o impacto da história materna nos diagnósticos diferenciais neonatais 
• Recomendações para a gestante com herpes genital 
− Via de parto: cesáreo para pacientes com manifestações clínicas e lesões ativas no momento do 
parto 
− Alguns autores recomendam a realização da cesárea se a infecção primária ocorreu nas últimas 
4-6 semanas de gestação, devido a reaplicação virale produção de anticorpos insuficiente para 
proteção do RN 
• Quadro clínico 
− Vesículas cutâneas 
− Escoriações na pele 
− Meningoencefalite 
− Ceratoconjuntivite 
− Microcefalia 
− Sepse 
 O bebe que é exposto intra útero (contaminação transplacentaria) pode nascer com um 
quadro semelhante a sepse (pneumonia, insuficiência respiratória) e, ao decorrer dos dias de 
internação, as vesículas começam a surgir (1-2 semanas para aparecer) 
− Insuficiência hepática 
− A apresentação clínica da transmissão transplacentraria pode acontecer de 3 formas: 
 Apenas manifestações de pele e mucosa (melhor prognóstico) aciclovir por 14 dias, se não 
tratadas podem evoluir para comprometimento sistema ou de SNC 
 Apenas comprometimento central (meningoencefalite) aciclovir por 21 dias 
 Quadro semelhante a sepse 
• Diagnóstico 
− O RN exposto deve ser observado por 7-14 dias que se refere ao período de incubação do vírus 
− O isolamento do HSV ou cultura viral em material das lesões de pele e mucosas ainda é o método 
definitivo de diagnóstico da infecção por HSV neonatal 
− A academia americana de pediatria (AAP) recomenda a cultura viral via swab de anus, conjuntiva, 
boca e nasofaringe, bem como suspeitas de vesículas 
− O exame de PCR para detectar o DNA do vírus é o método de eleição para a identificação de HSV 
no líquido cefalorraquidiano 
− Estudos sorológicos não são recomendados rotineiramente para fins de diagnóstico em infecções 
por HSV neonatal 
• Tratamento 
− O tratamento recomendado para bebes com suspeita ou confirmação de herpes neonatal é 
aciclovir 20mg/kg/dose IV a cada 8 horas durante 21 dias para doença do SNC e 14 dias para a 
doença de pele, olhos e mucosas 
− Nova pesquisa de HSV DNA por reação em cadeia de polimerase deve ser realizada com 21 dias 
em líquor e o tratamento deve ser suspenso apenas quando negativo 
− O uso de terapia supressora com aciclovir oral em doses de 300mg/m2/dia por 3x/dia, via oral 
durante os seis meses após o fim do tratamento endovenoso, mostrou melhores resultados no 
neurodesenvolvimento em pacientes co doença disseminada e SNC 
• Prevenção 
− O ACOG e o CDC recomendam que mulheres grávidas com histórico de infecção por herpes genital 
passem a tomar terapia supressora oral na 36a semana de gestação 
− Atualmente, nenhuma evidencia demostra diminuição na transmissão materno-fetal devido a 
profilaxia, embora possa reduzir o número de recorrências no curto prazo, reduzindo a 
necessidade de parto cesáreo 
− A melhor forma de prevenir a transmissão vertical é o cuidado pré-natal da mae 
− Atualmente, o colégio americano de obstetras e genicologistas (ACOG) e da academia ameriacana 
de pediatria (AAP) recomendam a cesárea eletiva como via de nascimento em mulheres com 
lesões genitais sugestivais de uma infecção herpética ativa 
 
− Aleitamento: 
 A mulher com lesões herpéticas durante o período de aleitamento deve seguir precauções 
padrão com higienização das mãos e cobertura das lesões ate que estejam em fase de crosta. 
Se as lesões forem na mama, o RN não deve amamentar ate a resolução das lesões, mas o 
aleitamento deve ser mantido em mama não afetada 
• Prognóstico 
− Quem não é tratado pode evoluir com muitas sequelas e/ou óbito 
 
6. Resumão 
 
 
 
 
7. HIV perinatal 
• Como avaliar se a paciente fez a profilaxia adequada durante o part0? Como proceder em sala de 
parto a um bebe exposto a HIV? 
• UNICEF: 300 crianças e adolescentes morrem por dia de causas relacionadas a AIDS no mundo 
• O baixo acesso ao tratamento antirretroviral, somada aos esforços limitados de prevenção 
• 89 mil menores de 5 anos foram infectadas durante a gestação ou o nascimento e 76 mil foram 
infectadas durante a amamentação em 2018 
• A cada 10 crianças HIV positivas por via vertical, 4 vão morrer antes de chegar ao primeiro ano de 
vida 
• Estima-se atualmente 3,4 milhões de crianças vivendo com HIV 
• As taxas de transmissão vertical do HIV podem variar entre 15% e 45% quando não há 
tratamento/profilaxia durante a gestação e parto 
• Desde 2010, novas infecções por HIV entre crianças diminuíram em 52%, de 310.000 (200.000-
500.00) em 2010 para 150.000 (94.000-240.000) em 2019 
• Notificação compulsória: todas as faixas etárias, inclusive criança exposta 
• O período de investigação termina com 1 ano e meio 
• Mandala da prevenção combinada 
 
• A transmissão vertical de HIV pode ocorrer em 3 momentos: durante a gestação, no trabalho de parto 
(maior parte) ou durante a amamentação 
− Alguns cuidados podem reduzir a chance de transmissão de 25% para menos de 1% 
• Profilaxia da transmissão vertical do HIV no parto 
 
 
• Via de parto para gestante HIV positiva 
− Em mulheres com CV desconhecida ou maior que 1.000 cópias/mL após 34 semanas de gestação, 
a cesárea eletiva a partir de 38a semana de gestação diminui o risco de transmissão vertical do 
HIV 
− Para gestantes em uso de ARV e com suspensão da CV-HIV sustentada, caso não haja indicação 
de cesárea por outro motivo, a via de parto vaginal é indicada 
− Em mulheres com CV-HIV<1000 cópias/mL, mas detectável, pode ser realizado parto vaginal, se 
não houver contraindicação obstétrica. No entanto, o serviço deve estar ciente de que essa 
mulher tem indicação de receber AZT intravenoso 
• A transmissão vertical está relacionada a múltiplos fatores como: 
− Carga viral elevada, genótipo e fenótipo do vírus 
− Estado clínico, imunológico e nutricional materno, presença de outras infecções associadas que 
possam favorecer a transmissão do HIV, como a sífilis 
− Uso de drogas e não uso de preservativos 
− Fatores obstétricos como sangramento materno 
− Fatores próprios do RN como prematuridade, baixo peso ao nascer 
• Manejo do recém-nascido exposto ao HIV 
− Desconsiderar o item 8 (mudou em 2021)- NVP = nivirapina 
− Iniciar AZT dentro das primeiras 4 horas de vida 
 
 
 
 
 
• Profilaxia antirretroviral para o RN exposto 
− Para a definição do esquema profilático, a criança deverá ser classificada em alto ou baixo risco 
de exposição 
 Alto risco: qualquer paciente que tenha a carga viral detectável e/ou que não tenha adesão 
ao tratamento 
 
− O esquema passa a ser composto de 3 antirretrovirais: Zidovudina (AZT), Lamivudina (3TC) e 
Raltegravir (RAL). Este esquema de profilaxia deverá ser administrado por 28 dias 
 Mudou a niverapina para lamivudina e raltegravir, pois os níveis de resistência foram altos 
− Crianças do grupo de baixo risco permanecem com a profilaxia contendo apenas AZT por 28 dias 
 
− A dose do AZT IV, quando necessária, é 75% da dose VO, com o mesmo intervalo entre as doses 
 
 
• Acompanhamento clínico e laboratorial da criança exposta ao HIV 
− O acompanhamento deve ser mensal nos primeiros seis meses e, no mínimo, bimestral a partir 
do 1o ano de vida 
− Avaliação do crescimento e desenvolvimento é extremamente importante 
− O reconhecimento precoce e o tratamento de possíveis coinfeccoes devem ser considerados 
prioritários no atendimento dessas crianças 
 
Segue o esquema caso todas as coletas sejam negativas 
− Toda CV-HIV detectável, independentemente do valor, necessita de nova coleta de CV-HIV 
imediatamente 
− Crianças sintomáticas deverão ser investigadas imediatamente 
− Caso anti-HIV reagente, repetir exame com 18 meses tem que documentar a soroconversao 
• Recomendações para profilaxia primaria de P. jiroveci em crianças nascidas de mães infectadas pelo 
HIV 
− Iniciar a profilaxia após 4 semanas (após fim da profilaxia para HIV) 
 
 
 
 
 
 
• Algoritmo de diagnóstico em criança exposta menor de 18 meses 
 
 
• Considerações 
− Toda CV-HIV detectável, independentemente do valor, necessita de nova coleta de CV-HIV 
imediatamente 
− CV-HIV <5.000 cópias/mL não devem ser usadas isoladas na conclusão de diagnóstico 
− Situação da qual as CV-HIV apresentem resultados crescentes (primeira amostra com resultado 
inferior a 5.000 cópias e segunda amostracom valor superior a esse valor, a coleta de terceira 
amostra de CV pode auxiliar na conclusão diagnostica 
− Situações com dificuldade em confirmar diagnostico, avaliar inicio de tratamento ate elucidação 
diagnostica (verificar se a criança possui clínica, infecção de repetição) 
− Não é necessário aguardar o resultado da genotipagem para o inicio de TARV 
− A criança será considerada infectada pelo HIV caso haja 2 resultados de CV-HIV detectáveis, acima 
de 5.000 cópias/mL, ou DNA pró-viral positivo 
• Exclusão definitiva do diagnóstico na criança 
− Pelo menos 2 CV-HIV indetectáveis obtidas após a suspensão da profilaxia antirretroviral 
− Boas condições clínicas, bom desenvolvimento neuropsicomotor e sem evidencia de déficit 
imunológico 
− Uma sorologia anti-HIV não reagente realizada depois de 12 meses de idade. Na presença de não 
ocorrência de sororreversão nesta idade, deve se aguardar até os 18 meses para nova coleta de 
anti-HIV 
• Toda as crianças expostas e possivelmente não infectadas pelo HIV devem realizar sorologia após 18 
meses de idade para documentar que houve sororreversao. Quando o resultado da sorologia for não 
reagente, concluir a notificação da criança exposta como não infectada 
• As crianças expostas que apresentarem 2 CV abaixo de 5.000 cópias/mL e sorologia anti-HIV reagente 
(ou seja, que não sororreverteram) aos 18 meses devem realizar exame qualitativo para detecção do 
material genético do vírus (DNA proviral) imediatamente. Caso o DNA pro viral for reagente, 
considerar a criança como infectada 
• Manejo de crianças expostas ao HIV 
− Recomenda-se que as crianças expostas ao HIV e não infectadas realizem acompanhamento 
periódico com especialista até o final da adolescência (pela exposição ao HIV e aos ARV) 
 Inicialmente, o acompanhamento com o especialista é mensal e depois passa a ser anual 
 O não infectado tem acompanhamento até 1 ano e meio 
− Crianças que foram expostas a anti retrovirais intra útero ou que fez uso de profilaxia anti 
retroviral (não foi amamentada, não receberam anticorpos maternos) tendem a apresentar mais 
infecções bacterianas e quadros mais graves quando comparadas as crianças não expostas ao 
HIV. A diminuição dos níveis de anticorpos maternos transferidos por via placentária e o não 
aleitamento por mães com HIV/AIDS mostra ser a diferença entre esses dois grupos

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