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TOXOPLASMOSE E FILARIOSE

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RENAN CORADIN
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TOXOPLASMOSE E FILARIOSE
TOXOPLASMOSE
REINO: Protista
FILO: Protozoa
CLASSE: Apicomplexa
ORDEM: Eucoccidiida
FAMÍLIA: Sarcocystiidae
GÊNERO: Toxoplasma
ESPÉCIE: Toxoplasma gondii
· Zoonose mundialmente distribuída;
· Protozoário intracelular - Toxoplasma gondii;
· Reservatório definitivo – gatos e outros felídeos;
· Reservatório intermediário – aves, seres humanos e outros mamíferos;
· Consumo de carne contaminada.
· Protozoário parasita células do epitélio intestinal de felinos não imunes (hospedeiros definitivos), parasita uma grande gama de hospedeiros intermediários, homens e animais de sangue quente
· Encontrado em vários tecidos, células e líquidos orgânicos
· Splendore (1908) no Brasil e Nicole & Manceaux (1908) na Tunísia
· Este fato fazia antever uma ampla distribuição geográfica e no reino animal do recém descrito protozoário
· Atualmente; extensa relação de sps (mamíferos e aves) encontradas naturalmente infectadas pelo T. gondii,
· Janku (1923) – primeira caso humano
· Criança, 11 meses, falecida
· Hidrocefalia e cegueira
· Cortes do globo ocular – parasitas da toxoplasmose
· No peixe não acontece pois não é animal de sangue quente.
EPIDEMIOLOGIA
· Umas das INFECÇÕES mais difundida no mundo
· Prevalência: 23% - 83%
· Encontrada em todas as regiões da Terra, nos mais variados climas, altitudes e condições sociais
· Guimarães e cols. 1993 – 60% da pop tenha entrado em contato no
· Brasil Mamíferos e aves: 12% - 64%
· Felinos: 75%
· Liberam milhares de oocistos por dia durante meses
· Oocisto – viáveis por até 1, 5 ano (5 anos)
· O médico veterinário tem mais propensão a toxoplasmose.
As principais fontes de infecção para os humanos:
· Caixas de areia contaminadas,
· Carne crua ou mal cozida, embutidos mal cozidos, leite de cabra cru,
· Transmissão congênita (fase aguda)
MORFOLOGIA
· Taquizoíto (Trofozoíto ou forma livre): mais rápida de movimentação.
· Primeira forma descrita de T. gondii
· Forma proliferativa (Aguda)
· Encontrada em líquidos biológicos
· Forma de arco (banana e/ou meia lua)
 
· Bradizoíto (Cistozoíto ou forma de latência)
· Forma de pequeno taquizoíto dentro de “cistos” em células de diversos tecidos (muscular, nervos, cardíaco, retina, etc.)
· Forma de resistência do T. gondii
· Lento metabolismo
· Reprodução lenta (Endodiogenia) Fase crônica da doença
· Oocisto
· Forma infectante produzida no intestino do gato
· Apresenta uma membrana dupla – grande resistência
· Em condições ideais – viável por mais de ano
· Ao ser eliminado amadurece em 2 esporocistos (4 esporozoítos cada)
CICLO DO TOXOPLASMA GONDII
CICLO BIOLÓGICO DE T. GONDII – FASE ASSEXUADA
CICLO BIOLÓGICO DE T. GONDII – FASE SEXUADA
PATOGENIA E SINTOMATOLOGIA
· Bastante variável
· Febre e enfartamento ganglionar lesões graves no SNC ou na retina
Esta variação se deve:
· Virulência da cepa
· Via de infecção e volume de formas infectantes
· Estado imunitário
· Idade do paciente
FORMAS DA TOXOPLASMOSE
CONGÊNITA
· Possíveis lesões irreversíveis no feto
· Ocorre somente na fase aguda
· Concepção – 6° semana - ABORTO
· 6° - 16° semana - Período de alterações mais graves
· Hepatoesplenomegalia
· Icterícia
· Edemas pulmonares
· Miocardite
· Pneumonite
· Meningoencefalite
· Calcificações cerebrais
· Retardamento mental
Último trimestre de gestação
A criança pode nascer normal e apresentar sinais da doença semanas ou meses depois (linfadenopatia generalizada, hepatoesplenomegalia, edemas, lesões do SNC e oculares).
ADQUIRIDA E PÓS-NATAL
Infecção adquirida depois do nascimento (Fase adulta)
Período de incubação variável (5 – 20 dias)
Em pacientes imunocompetentes (casos subclínicos) infecção passa desaparecida
Casos clínicos
· Forma ganglionar ou febril Forma ocular
· Forma meningoencefalite
· Forma cutânea ou
· Exantemática
· Toxoplasmose em Imunodeficientes
Essas são raras e fatais
DIAGNÓSTICO
PROVA: pensar em crianças nascidas de 1 semana com febre, avaliar possível toxoplasmose da mãe?
TRATAMENTO
· Terapêutica deve ser instituída por um médico (especialista)
· Os medicamentos disponíveis só atuam na fase aguda (taquizoítos)
· Obs.: Os medicamentos não atingem os cistos (Fase crônica)
NÂO HÁ CURA
· Sulfadiazina
· Pirimetamina,
· Clindamicina
· Dapsona
· Atovaquona
Usa ácido Folínico, não é ácido fólico porque ele não é precursor do folato.
FILARIOSE
Nematódeos - infecção muco-cutânea
Classificação
· Reino: Animalia
· Filo: Aschelminthes
· Classe: Nematoda
· Ordem: Spirurida
· Família: Onchocercidae
· Espécie: Wuchereria bancrofti
EPIDEMIOLOGIA
· As áreas onde se encontra o maior número de casos são a África, Índia, Sudeste asiático e Oceania;
· No Brasil as áreas metropolitanas de Recife e Aracaju apresentam o maior número de casos;
· A presença do Culex quinquefasciatus e aglomerados humanas próximos de áreas muito úmidas favorecem a manutenção da doença;
· Doença de enfoque populacional, pois mais de 50% de filarêmicos são assintomáticos, mas deve, ser tratados;
· Tratamento dos casos clínicos e microfilarêmicos e combate aos vetores.
CARACTERÍSTICAS GERAIS
· Nematódeos dos vasos linfáticos do homem
· Sua presença pode ser assintomática
· Em complicações obstrutivas podem causar adenites, elefantíase e pneumonia eosinofílica.
 
· Microfilária de Wuchereria bancrofti
· Mosquitos Culex quinquefasciatus
ESTUDAR O HORÁRIO DE FAZER O EXAME – TEM QUE FAZER A NOITE, POIS O BICHO ESTÁ VIAVEL A NOITE.
BIOLOGIA
Morfologia
· O parasito adulto tem corpo cilíndrico, lembrando o do Ascaris, mas sem a presença de lábios; corpo de cor hialina, variando de 4-10 cm;
· Larvas infectantes c/ membrana ovular (bainha); tamanho de 250-300 μm;
· Hospedeiro: homem (HD), Culex quinquefasciatus e outros culicíneos (HI).
CICLO (HETEROXÊNICO)
· O mosquito (HI) infecta-se com microfilárias, que evoluem na cavidade geral de mosquito;
· Infecção do HD durante a hematofagia;
· Ao deixarem o HI as L3 infectantes procuram o local da picada do inseto, pois não realizam penetração ativa pela pele;
· As L3 sanguíneas transformam-se em L4 e penetram nos vasos linfáticos, onde completam seu desenvolvimento até a fase adulta;
· Nos vasos linfáticos ocorre acasalamento e liberação de microfilárias.
BIOLOGIA
· PPP: aproximadamente 1 ano
· Nutrição: adultos estenotrófica*
· Infectividade
· Poucos mosquitos infectados na natureza;
· A transmissão ocorre principalmente a noite e coincide com as microfilaremias;
· Infecção depende do número de vezes que os insetos realizam a hematofagia;
· A infecção do homem nem sempre provoca microfilaremias;
· A resposta imune bastante variável e provavelmente não protetor.
PATOLOGIA
REAÇÃO TIPO CORPO ESTRANHO
Adenites: infiltração histio-eosinofílica ao redor das larvas, seguido de formação de granuloma e calcificação dos vermes;
Linfangites: grande infiltração inflamatória com drenagem linfática colateral; com a morte das filárias o vaso sofre grande infiltração mononuclear seguido de formação de granuloma;
Pneumonia Eosinofílica: infiltração histiocitária nos interstícios e na cavidade alveolar, acompanhada de broncopneumonia e abscesso eosinofílico; na fase crônica ocorre a fibrose pulmonar permeada de eosinófilos.
PROCESSOS OBSTRUTIVOS
Obstrução parcial ou total da circulação linfática local por vermes adultos; advém a ascite e a elanfantíase;
 
 
SINAIS E SINTOMAS
· A fase inicial, que vai da infecção até períodos bem superiores ao PPP, pode ser assintomática;
· Pode iniciar com a formação de linfangites e linfadenites dolorosas;
· Na fase aguda ocorre febre, dor local, vermelhidão no trajeto linfático e eosinofilia baixa (4-5%); ocorre regressão com o repouso;
· A fase crônica pode desenvolver-se em 2-20%* dos infectados, onde a maioria das lesões ocorrem nas pernas e/ou genitália.
DIAGNÓSTICO
Laboratorial
· Antígeno filárico circulante (CFA)
· Pesquisa de microfilárias no sangue
Clínico: só é sugestivo com o aparecimento dos edemas localizados ou da eosinofilia c/ manifestação pulmonar (microfilaremia + IgE ↑)
Imagem: ultrasonografia pode ser usado para orientar a intervenção cirúrgica.TRATAMENTO
Medidas medicamentosas
· Dietilcarbamazina (DEC)
· DEC + Ivermectina /Albendazol
Medidas cirúrgicas
· Remoção dos parasitos
· Recuperação da área lesionada

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