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Aula 1 - Exame do Estado Mental (Psiquiatria)

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Carla Bertelli – 5° Período 
Exame do Estado Mental Exame do Estado Mental
A gente faz o exame do estado mental ao longo da 
anamnese – alguns pontos podem ser percebidos, 
outros é necessário instigar um pouco mais. 
No prontuário o Exame do Estado Mental é descrevido 
separadamente, junto ao exame físico. 
É necessário compreender a ‘’história’’ do paciente – 
para fazer uma avaliação completa – entender o 
funcionamento da pessoa (personalidade, maneira de 
agir, ambiente dela). Avaliar o visual do paciente (marcha, 
vestimenta) 
 
Existem maneiras diferentes de descrever o exame do 
Estado Mental – CASOMI (APeJuCol) 
Alteração Orgânica Cerebral: 
• Consciência 
• Atenção 
• Sensopercepção 
• Orientação 
• Memória 
• Inteligência 
 
Alterações do Funcionamento Psíquico 
• Afetividade 
• Pensamento 
• Juízo Crítico 
• Conduta 
• Linguagem 
Consciência 
Permite que tudo exista O normal é estar 
alerta/consciente. As alterações incluem confusão, 
sonolência, estupor, coma. 
 
Atenção 
Capacidade de perceber o ambiente e de manter o foco. 
O normal é Normovigil e normotenaz 
Alterado constitui e 
 (capacidade de permanecer no tópico do 
assunto) 
Hipertenaz geralmente paciente com delirium 
Sensopercepção 
Capacidade de perceber e interpretar estímulos 
sensoriais. 
Alterações incluem ilusão (distorções de estímulos reais) 
ou alucinações (percepções de estímulos sem que 
existam realmente) 
Mais comumente alterações visuais ou auditivas 
 
Orientação 
Busca identificar os vínculos com a realidade. Orientado 
em pessoa, espaço e tempo. 
 
Memória 
Imediata, recente e Remota. Minimental auxilia na 
identificação da memória, mas é comum avaliar ele mais 
durante o desenvolvimento da conversa. 
 
Inteligência 
É raro realizar-se uma avalição objetiva de inteligência 
(nível de QI). Feito através da conversa do paciente, 
histórico escolar, sucesso em diferentes aspectos da vida 
dele, postura. Neste momento, evitar o pré-conceito. 
 
 
Afetividade e Humor 
Uma das mais importantes e usadas. É a partir deste 
parâmetro que identificamos se o paciente está 
deprimido, eufórico, ansioso. É importante entender que 
tipo de emoção o paciente está passando para a gente 
(transferência e contra-transferência). 
O mecanismo de transferência consiste no processo no qual os 
pacientes trazem para a consulta sentimentos e conflitos originários 
de relacionamentos anteriores. 
A contratransferência se refere à outra parte existente na consulta 
médica, em que o profissional de saúde transfere os aspectos 
afetivos profissionais para o seu paciente. 
O afeto é a resposta emocional do paciente. 
 
Carla Bertelli – 5° Período 
Deve ser avaliado a modulação, congruência com humor, 
apresentação (normal, contido, embotado e plano). 
 
Pensamento 
Tentar entender se o pensamento do paciente é lógico 
(sentido com a realidade). É a capacidade de integrar 
conhecimentos e estímulos, analisar, abstrair, concluir, 
julgar, sintetizar e criar. 
Deve ser avaliado: Produção (lógica, ilógica e mágica). 
Curso (velocidade com que o pensamento está sendo 
reproduzido, fuga de ideias) e Conteúdo (pode ser 
delirante, suicida, por exemplo) 
 
Juízo Crítico 
Um dos principais determinantes se o paciente vai 
internar ou não – não consegue mais se conectar com 
a realidade. 
Capacidade de autoavaliação e julgamento 
Insight – Pessoa que não está com o juízo crítico 
preservado, ela não tem um insight que isto está 
acontecendo com ela. Porém, pessoas com o juízo 
crítico presente podem também não perceber o insight 
 
Conduta 
Devem ser observados comportamentos motores, 
atitudes, gestos, verbalizações. 
Ex. Inquietação, agitação, lentificação, tiques, teatralidade, 
sedução/manipulação. 
 – Polo de mais energia do bipolar. Geralmente 
vem com uma energia maciça que a pessoa pode 
psicotizar, uma psicose em que ela se sente muito bem 
e começa planejar, eufórica. 
Depois da Mania vem o polo depressivo – junto com 
essa depressão vem todas as consequências do que ela 
fez enquanto estava em mania. 
 
Linguagem 
Deve ser observado tanto a linguagem verbal quanto a 
não verbal. Ex: Bradilalia, taquilalia, logorreia, vulgaridade, 
uso de neologismos 
 
Labilidade do Afeto – caracterizado por mudanças 
exageradas e sucessivas no humor, sentimentos e/ou 
emoções.

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