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Abuso de Direito e Excludentes de Responsabilidade Civil

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17/08/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/16
MÓDULO 2
Abuso de Direito.
Excludentes da Responsabilidade Civil.
Para facilitar a indenização, surge a ideia do abuso de direito:
· abuso de direito é ato ilícito.
O exercício regular do direito não gera responsabilidade civil (não é ato ilícito),
ainda que possa causar dano, como uma concorrência saudável, que não seja
desleal, mas ainda assim diminua para um dos lojistas o seu lucro.
Na legítima defesa é possível causar dano a outrem – art. 188, II CC/2002. E aqui
não há ato ilícito (desde que a defesa seja imediata e moderada).
No direito de vizinhança os vizinhos devem suportar incômodos (barulhos
razoáveis, por ex.), sem direito a pedir indenização.
Um prédio (guardando a distância necessária) pode construir janela que retire
parte da privacidade do prédio vizinho (1.301, CC).
Em sentido contrário, se o exercício é abusivo, irregular, o ato é ilícito. O
fundamento está no art. 187 do CC.
Às vezes o exercício do direito é abusivo e é ilícito, mesmo sem contrariar
disposição expressa de lei. Quando o agente atua dentro de seu direito, mas
abusivamente, prejudicando terceiro, há abuso de direito, caracterizando o ato
ilícito. E então deve indenização.
No séc. XIX, os direitos fundamentais eram vistos como absolutos. Valia a regra
de que agindo dentro de seu direito não se causava prejuízo.
Mas com o tempo os atos praticados com o visível espírito de prejudicar terceiros
passam a ser suscetíveis de indenização Se o propósito é de fazer mal a outrem,
deve gerar responsabilidade civil.
Há julgado de 1902 condenando proprietário de fontes que sem necessidade
esgota-as em seu terreno, privando os vizinhos da água, a pagar indenização O
proprietário de uma nascente tem direito à água, mas se com o exercício deste
direito desperdiça para prejudicar os vizinhos, age abusivamente.
Ex. da jurisprudência (histórico) – vizinho do construtor de dirigíveis para obrigar
o construtor a comprar o seu imóvel, nele constrói grandes pilastras de madeira
com pontas de ferro, de forma que as aeronaves colidiriam e se destruiriam. O
proprietário pode construir em seu terreno o que quiser, mas se o intuito for
prejudicar terceiro, deve reparar – a condenação foi de reparar danos pela
destruição de uma aeronave, e ainda remover os obstáculos.
Médico já foi punido porque no uso de seu direito de propriedade utilizava
aparelho de radiotermia que emitia ondas parasitas, que impediam o
funcionamento de aparelhos radiofônicos expostos à venda na loja vizinha. O dono
da loja por 2 anos não pôde mostrar aos clientes os aparelhos que queria vender,
17/08/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/16
ligados. Assim, perdeu parte da clientela e pediu indenização A condenação
ocorreu, pois o médico com pequenas despesas podia evitar o prejuízo.
· A teoria do abuso de direito surge na França na jurisprudência, e os primeiros
escritos vêm na primeira década do séc. XX.
· O Cód. Civil alemão de 1896, que entrou em vigor em 1900, no §226 acolhia a
ideia de abuso de direito, ao proclamar que “o exercício de um direito é
inadmissível se ele tiver por fim, exclusivo, causar dano a outrem”.
· O abuso ocorre quando o indivíduo age dentro de suas prerrogativas sem
respeitar os fins sociais do direito subjetivo, causando dano a outrem ao utilizá-lo.
Assim, mesmo sem violar os limites objetivos da lei (ou do contrato), desvia-se
dos fins sociais a que esta se destina, do espírito que a norteia, e deve reparar.
· A matéria existia no CC/1916 com interpretação do art. 188, I, segunda parte (a
contrário sensu).
Ex.: no exercício do direito de defesa o réu não pode abusar com recursos
procrastinatórios.
________________
Já se criticou o uso da expressão abuso de direito, porque ou é exercício de direito
ou é ato ilícito, por prejudicar terceiro. Mas a expressão é boa porque às vezes
não há lei expressamente vedando o ato, mas por ser este abusivo enseja
responsabilidade civil.
__________________
A responsabilidade por abuso de direito é subjetiva ou objetiva? Depende
de dolo ou basta a culpa stricto sensu, no caso de ser subjetiva?
A Teoria da responsabilidade objetiva pode ser aplicada. Conforme art. 5º, LICC –
na aplicação da lei o juiz deve atender aos fins sociais a que ela se dirige e às
exigências do bem comum.
· No CC, art. 187: comete ato ilícito o titular de um direito que ao exercê-lo
excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela
boa-fé ou pelos bons costumes.
Obs.: o abuso de direito pode ocorrer dentro ou fora do contrato.
__________
Cls.
A teoria do abuso de direito surge na jurisprudência e tem a finalidade de
aumentar os casos de reparação do dano.
· O abuso do direito não gera apenas a responsabilidade civil de indenização
(reparar pecuniariamente o prejuízo experimentado pela vítima) – pode ser que
haja outra penalidade. Ex.: perda do poder familiar para o pai que abusa do seu
direito, proibindo o filho de praticar esporte ou visitar os avós maternos. Ex.:
exclusão da sociedade do sócio minoritário que sem nenhuma razão se recusa a
assinar alteração do contrato social que em nada o prejudica.
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· Então o abuso de direito faz efeito fora do campo da responsabilidade civil. É
possível além da indenização pedir que cesse o abuso.
· Matéria no CC/1916 – art. 160, I – “não constitui ato ilícito o exercício regular de
um direito reconhecido” (a contrário sensu, o exercício irregular do direito
constitui ato ilícito).
· Então não precisa agir em desacordo com a lei para ser obrigado a reparar um
dano – basta atuar dentro da órbita do seu direito subjetivo, desatendendo à
finalidade social para a qual tal direito foi concedido.
_______________//___________________
Exclusão da responsabilidade:
a) culpa exclusiva da vítima.
Obs.: a concorrência da vítima (vítima que atravessa fora da faixa e o carro que a
atropela está em alta velocidade) não exclui a responsabilidade, mas a diminui
(ameniza-se a indenização).
b) caso fortuito - fenômeno natural (raio, tempestade, enchente). Elimina a culpa,
não depende da vontade do agente.
c) força maior - coação irresistível (ato de autoridade, alguém empurra a mão de
outrem na arma, doença). Exclui a responsabilidade por não envolver culpa,
vontade do agente.
** caso fortuito e força maior: elemento objetivo ou interno - inevitabilidade do
evento; elemento subjetivo ou externo - ausência de culpa do agente do dano.
_______________________//_______________
 
RESPONSABILIDADE OBJETIVA
NÃO DEPENDE DA CULPA, esteia-se na teoria do risco.
Aqui bastam: ação ou omissão do agente, nexo causal e dano. A culpa não
é elemento da obrigação de reparar o dano.
O desenvolvimento das máquinas e da potência dos veículos e o crescimento
populacional são fatores que, entre muitos outros, aumentaram o número de
acidentes. É preciso garantir que a vítima será indenizada. Uma boa forma de se
garantir isto é com a difusão do seguro, que já mencionamos. Aumenta-se com a
teoria objetiva a possibilidade de indenização, isentando a vítima de provar a
culpa do agente causador do dano.
· O art. 927 do CC admite genericamente mas com importantes restrições a
responsabilidade sem culpa (ideia de risco), como veremos.
A regra geral (art. 186 do CC) é que a responsabilidade civil é subjetiva,
depende de culpa. A responsabilidade civil objetiva decorre da lei e da
determinação judicial, quando se percebe que a atividade do agente
causador do dano é lucrativa e potencialmente lesiva para a sociedade.
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Teoria do risco (ou responsabilidade objetiva, legal):“todo dano é
indenizável por quem se liga a ele pelo nexo de causalidade, independentemente
da culpa”.
Aqui a culpa é dispensável ou presumida por lei. Ex.: presunção de culpa do dono
do animal que causa algum prejuízo.
História – Primitivamente a responsabilidade entre os romanos era objetiva, mas
não se fundava no risco, como ocorre hoje. A ideia era a da vingança. Depois, no
direito romano, a responsabilidade evoluiu para sair da ideia de vingança e tratar
da indenização só em caso de culpa. Não se voltou à ideia de vingança, mas fala-
se hoje da teoria da responsabilidade objetiva por conta do risco, para deixar
melhor protegida a vítima.
A ideia de ressurgimento da responsabilidade objetiva aparece na segunda
metade do séc. XIX, na Itália, Bélgica e outros países, principalmente França, e
até no Brasil. O CC/1916, no art. 159, adota como regra geral a
responsabilidade subjetiva, mas em artigos esparsos admite a
responsabilidade objetiva (ex.: do dono do animal, do dono do prédio em ruína e
do dono da casa de onde caem objetos – art. 1527, 1528 e 1529;
responsabilidade por ato lícito praticado em estado de necessidade; art. 1530 e
1531: responsabilidade do credor que demanda o devedor antes do vencimento
da dívida ou por dívidas já pagas). A jurisprudência também tratou de consolidar
casos de responsabilidade objetiva: ex.: do patrão por ato danoso do empregado
(Súm. 341 do STF) e dos guardas de coisas inanimadas. Também a CF e leis
esparsas trataram da responsabilidade objetiva:
1. responsabilidade objetiva do Estado.
· A responsabilidade objetiva do Estado é determinada no art. 37, §6º da CF –
para a doutrina a responsabilidade objetiva do Estado só existe em caso de ato
comissivo, pois na omissão é preciso que a vítima prove que o Estado deveria ter
feito o que não fez (ninguém pode ser responsabilizado por não ter feito algo, a
menos que se prove que o agente deveria ter feito o que não fez – Celso A.
Bandeira de Mello).
A responsabilidade do Estado por atos de seu agente é responsabilidade
patrimonial por ato de terceiro (a expressão responsabilidade civil permaneceu
mas refere-se à responsabilidade da pessoa física, que era a única a responder
por seus atos – no início havia a irresponsabilidade do Estado por atos de seus
agentes).
2. Acidentes do Trabalho: o patrão só responde se tiver culpa (responsabilidade
civil subjetiva), mas responde objetivamente pela não contratação do seguro.
3. Cód. Brasileiro de Aeronáutica – Lei n.º 7565, de 19/12/1986, art. 268. Só se
exclui a responsabilidade por culpa exclusiva da vítima, por falta de nexo causal
entre a atividade e o dano, ou se a aeronave era operada por terceiro não
preposto (sequestrador), entre outras hipóteses do §2º do art. 268 da Lei.
4. Estradas de ferro – Dec. 2681/12 (art. 26) – responsabilidade por danos
causados aos proprietários marginais. Ex.: se escapa fagulha da chaminé do trem
e pega fogo na plantação de alguém, a estrada de ferro deve reparar, mesmo sem
culpa. Só escapa de indenizar se provar culpa da vítima (ex.: proprietário é
culpado porque descumpriu a lei e plantou em lugar proibido, à beira da estrada).
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Aqui se pode provar a força maior que faz cessar a responsabilidade.
5. CDC – art. 12 e 14. Responsabilidade objetiva pelo produto ou serviço. O
produtor responde pessoalmente pelos danos causados pelo produto – art. 28.
Obs.: a responsabilidade dos profissionais liberais é subjetiva (art. 14, §2º do
CDC) – deve ser provada a culpa.
6. Responsabilidade de quem explora atividade nuclear – art. 21, XXIII, d da CF
(exploradores são concessionários ou permissionários da União). A Lei nº 6.453,
de 17.10.77 (responsabilidade por danos nucleares) já trazia tal regra, no art. 4º.
Art. 21, XXIII, d da CF (alínea acrescida pela Emenda Constitucional 49,
de 8.2.2006): “a responsabilidade civil por danos nucleares independe da
existência de culpa.”
7. Responsabilidade criada pela lei antitruste, nº 8.884, de 11 de junho de 1994.
Tal lei pune as infrações contra a ordem econômica, seguindo os ditames
constitucionais de liberdade de iniciativa, livre concorrência, função social da
propriedade, defesa do consumidor, repressão ao abuso do poder econômico. O
art. 21 da Lei arrola os atos considerados infrações à ordem econômica (aumento
excessivo de preço, restrição da livre concorrência etc.). Art. 20 – a
responsabilidade do infrator é objetiva.
Conclusões:
a) a regra é a da responsabilidade subjetiva, mesmo no CC novo, conforme
opinião de Carlos Roberto Gonçalves, Silvio Rodrigues e Miguel Reale. Mas isto não
impede que em certos casos adote-se com autorização da lei (ou do Judiciário) a
responsabilidade objetiva, para garantir a indenização do dano causado por
agente que pratica atividade lesiva, que envolva risco – porque o agente assume o
risco da atividade de que tira proveito, atividade esta que está sob o seu controle.
b) Conforme art. 927, parágrafo único, CC – “Haverá obrigação de reparar o dano,
independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a
atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua
natureza, risco para o direito de outrem”.
Então a obrigação de reparar o dano não depende de culpa quando: b.1) a lei
especificar, como nos casos que analisamos; b.2) o autor do dano, através de sua
atividade, cria risco para terceiro (aquele que tira proveito de atividade danosa,
que deve controlar, cria risco, e deve reparar o dano por ela causado mesmo sem
culpa – ubi emolumentum, ibi onus).
Então o CC/2002 aumenta os casos de responsabilidade civil (objetiva), deixando
ao critério de equidade do Judiciário as indenizações decorrentes de atos não
culposos. O juiz ou tribunal analisará o caso para julgá-lo não só conforme o
direito estrito, mas também, indiretamente, por equidade.
______________________//_________________
RESPONSABILIDADE SUBJETIVA (teoria da culpa, teoria clássica, em que
a culpa é elemento da responsabilidade civil, teoria subjetiva) – DEPENDE
DA CULPA, depende do comportamento do sujeito, do dolo, ou da
negligência ou imprudência. Vimos anteriormente a ideia da culpa (grau,
conceito etc.).
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Responsabilidade objetiva e subjetiva não são maneiras diversas de
responsabilidade, mas sim maneiras diversas de encarar a obrigação de reparar o
dano.
*Pela teoria do risco, que é a regra da responsabilidade objetiva, aquele que
através da sua atividade cria risco de dano para terceiros deve ser obrigado a
repará-lo, ainda que o seu comportamento e a sua atividade sejam isentos de
culpa.
________________________
Obs.: A responsabilidade extracontratual do incapaz (responsabilidade
sem culpa no CC/2002).
O menor púbere tem responsabilidade civil extracontratual; o menor impúbere
não (os pais respondem, há responsabilidade por ato de terceiro).
O art. 928 do CC/2002 inovou a ordem anterior: o incapaz responde pelo dano
causado a terceiro se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de
fazê-lo ou não dispuserem de meio suficiente. Parágrafo único – a indenização é
equitativa, para não privar o incapaz ou pessoas que dele dependam, do
necessário.
________________________//_______________
Dano causado em estado de necessidade (responsabilidade sem culpa –
por ato lícito).
O ato lesivo causado em estado de necessidade (assim como a legítima defesa e o
exercício regular de um direito) não é ilícito, mas seu agente responde perante o
lesado, mesmo que tenha praticado o ato para evitar prejuízo maior. Depois, o
autor do dano causado em estado de necessidade pode pedir de quem deu origem
ao estado de necessidade a devida indenização – art. 160 e 1.519 do CC/1916.
O CC/2002manteve a orientação, nos art. 188, 929 e 930. Esta solução
desencoraja o ato de remoção de perigo em estado de necessidade, pois quem
remove perigo e causa dano a outrem deve reparar, e depois entrar com a
regressiva contra o causador do estado de necessidade.
Exercício 1:
O Enunciado 37 do CEJ – Centro de Estudos Judiciários do Conselho da
Justiça Federal estabelece:
“A responsabilidade civil decorrente do abuso do direito independe de
culpa, e fundamenta-se somente no critério objetivo-finalístico”.
Pode-se afirmar, então, que a responsabilidade civil por abuso de direito:
A)
Tem fundamento exclusivamente jurisprudencial.
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B)
É responsabilidade civil objetiva.
C)
É subjetiva.
D)
É facultativa.
E)
Tem fundamento exclusivamente doutrinário.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
B) 
Exercício 2:
Não podem acarretar responsabilidade civil:
A)
Atos que não violem texto expresso de lei.
B)
Atos que não violem texto expresso de lei e nem de contrato.
C)
Atos de terceiro.
D)
Atos praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito
reconhecido.
E)
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Atos praticados em estado de necessidade.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
D) 
Exercício 3:
Considere as proposições abaixo:
A exclusão da responsabilidade civil ocorre em caso de culpa concorrente
da vítima
PORQUE
Em caso de culpa exclusiva da vítima não há como imputar culpa ao
agente e o dano é inevitável.
Pode-se afirmar que:
A)
As duas proposições são corretas e a segunda justifica a primeira.
B)
As duas proposições são corretas e a segunda não justifica a primeira.
C)
As duas proposições são falsas.
D)
Apenas a primeira proposição é correta.
E)
Apenas a segunda proposição é correta.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
E) 
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Exercício 4:
Considere as seguintes afirmações:
I. O abuso de direito só pode ser considerado ato ilícito quando o agente
viola cláusula contratual expressa.
II. O abuso de direito só pode ser considerado ato ilícito quando o agente
causador do dano viola texto expresso de lei.
III. O abuso de direito enseja a responsabilidade civil apenas quando o
comportamento do agente causador do dano é doloso.
É possível dizer que:
A)
As afirmações I e III são falsas.
B)
As afirmações I e II são falsas.
C)
A afirmação III é falsa.
D)
As afirmações II e III são falsas.
E)
Todas as afirmações são falsas.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
E) 
Exercício 5:
Para a exclusão da responsabilidade civil pode ocorrer:
A)
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Caso fortuito, força maior, culpa exclusiva da vítima ou culpa exclusiva de
terceiro.
B)
Caso fortuito, força maior, culpa exclusiva da vítima ou culpa concorrente da
vítima.
C)
Culpa concorrente ou exclusiva de terceiro.
D)
Apenas caso fortuito ou força maior.
E)
Somente a culpa exclusiva da vítima.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
A) 
Exercício 6:
Prescreve o art. 21, XXIII, d da CF (alínea acrescida pela Emenda
Constitucional 49, de 8.2.2006): “a responsabilidade civil por danos
nucleares independe da existência de culpa.”
Pode-se concluir, quanto à responsabilidade descrita no dispositivo citado, que:
A)
É subjetiva.
B)
Decorre do abuso de direito.
C)
É objetiva, por isso a necessidade de previsão constitucional.
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D)
Pode ser evidenciada apenas na hipótese de imperícia, já que a atividade nuclear
depende de tecnologia e ciência específicas.
E)
É objetiva por força de lei.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
E) 
Exercício 7:
Certo contratante, menor de idade, considerado relativamente incapaz, assume
prestações periódicas para a aquisição de um imóvel. Neste caso, é correto
afirmar que:
A)
 por ser menor púbere, tem responsabilidade civil contratual.
B)
 seus pais devem responder pelas parcelas assumidas pelo menor.
C)
 independentemente da idade, o incapaz tem responsabilidade civil contratual e
extracontratual.
D)
 caso tenha sido assistido, o menor, na assinatura do contrato, ficará isento de
qualquer responsabilidade.
E)
 o contrato é anulável, pois o incapaz não tem responsabilidade civil contratual no
caso.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
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Comentários:
A) 
E) 
Exercício 8:
O art. 928 do CC/2002 inovou a ordem anterior: o incapaz responde pelo dano
causado a terceiro se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de
fazê-lo ou não dispuserem de meio suficiente. O parágrafo único do art. 928
estabelece que a indenização é equitativa, para não privar o incapaz ou pessoas
que dele dependam, do necessário.
Assinale a assertiva correta quanto à responsabilidade civil do incapaz:
A)
O absolutamente incapaz jamais responderá com patrimônio próprio pelos danos
que causar.
B)
A responsabilidade civil do menor impúbere depende de culpa.
C)
A responsabilidade civil contratual do menor púbere não depende de culpa.
D)
Os incapazes respondem mesmo sem culpa no âmbito extracontratual, caso
possam assumir a indenização sem prejuízo do próprio sustento e do sustento das
pessoas que dele dependam.
E)
O incapaz responde em qualquer hipótese pelo dano por ele causado, desde que
tenha patrimônio suficiente para a reparação.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
A) 
D) 
Exercício 9:
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O ato lesivo causado em estado de necessidade (assim como a legítima defesa e o
exercício regular de um direito) não é ilícito. Trata-se de ato praticado para evitar
prejuízo maior. O autor do dano causado em estado de necessidade:
A)
Não fica obrigado a reparar o dano, pois não pratica ato ilícito.
B)
Fica obrigado a reparar o dano e pode pedir de quem deu origem ao estado de
necessidade a devida indenização.
C)
Fica obrigado a reparar o dano e não pode pedir de quem deu origem ao estado
de necessidade a devida indenização.
D)
Não tem responsabilidade civil, mas pode responder criminalmente.
E)
Fica obrigado a reparar o dano e pode exigir do Poder Público a devida
indenização.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
A) 
E) 
D) 
B) 
Exercício 10:
Assinale a alternativa incorreta, quanto à responsabilidade civil:
A)
 A regra é a da responsabilidade subjetiva, conforme a lei atualmente em vigor.
B)
 A doutrina defende que a regra geral é a da responsabilidade civil objetiva.
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C)
 Em certos casos adota-se a responsabilidade civil objetiva com autorização da lei
(ou do Judiciário), para garantir a indenização do dano causado por agente que
pratica atividade lesiva, que envolva risco – porque o agente assume o risco da
atividade de que tira proveito, atividade esta que está sob o seu controle.
D)
 Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, noscasos
especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor
do dano implicar, por sua natureza, risco para o direito de outrem.
E)
 A responsabilidade civil sem culpa depende de autorização da lei ou de
determinação judicial.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
D) 
A) 
E) 
D) 
B) 
Exercício 11:
O menor impúbere, com menos de 16 anos de idade:
A)
 jamais terá qualquer tipo de responsabilidade civil, pois se trata de um incapaz.
B)
 poderá ter responsabilidade civil somente contratual.
C)
 poderá ter responsabilidade civil somente aquiliana.
 
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D)
 deve indenizar se atuar no campo contratual mentindo sobre a própria idade e
falsificando documentos.
E)
 nenhuma das anteriores.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
A) 
E) 
D) 
C) 
Exercício 12:
Pela teoria do risco, na responsabilidade civil, entende-se que:
A)
 a responsabilidade civil será sempre decorrente da culpa.
B)
 aquele que através da sua atividade cria risco de dano para terceiros deve ser
obrigado a repará-lo, ainda que o seu comportamento e a sua atividade sejam
isentos de culpa.
C)
 aquele que através da sua atividade cria risco de dano para terceiros deve ser
obrigado a repará-lo, mas desde que tenha agido com dolo.
D)
 aquele que através da sua atividade cria risco de dano para terceiros deve ser
obrigado a repará-lo, mas desde que tenha agido com negligência, imperícia ou
imprudência.
E)
 nenhuma das anteriores.
17/08/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
A) 
E) 
B)

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