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Patologia Clínica Veterinária II Júlia Marcello AVALIAÇÃO HEPÁTICA • Faz parte do sistema digestivo. • Interposto entre SGI e circulação sistêmica. • O fígado é a maior glândula isolada do corpo. • Função de reciclagem de células do sistema sanguíneo. ANATOMIA HEPÁTICA • Hepatócitos e células de Kupffer • Ductos biliares. • Rico suprimento sanguíneo. FUNÇÕES HEPÁTICAS 1. Síntese, armazenamento e secreção (Albumina, colesterol, glicogênio, fatores de coagulação, bile e bilirrubina). 2. Detoxicação. (Ureia). 3. Transporte e regulação. (ALT, AST, FA, GGT). AMÔNIA O fígado transforma amônia em ureia. Nitrogênio -> Amônia -> Detoxificação hepática -> ureia-> eliminação. Amônia e ureia em excesso vão dar doença no fígado e sintomatologia neurológica. Um exemplo disso é a encefalopatia urêmica. Excesso de amônia: odor cetônico. Shunt é quando ocorre um desvio arteriovenoso pré-hepático, a amônia não chega no fígado e não consegue ser metabolizada. ANATOMOFISIOLOGIA Restauração do órgão lesado: -Potencial mitótico dos hepatócitos -Capacidade de hipertrofia. CIRROSE Exposição crônica-> alteração da função orgânica, diminuição do tamanho do órgão e no aumento do tecido conjuntivo fibroso intra-hepático. Fígado diminuído de tamanho pode indicar início de fibrose. Nem toda fibrose é crônica. FUNÇÃO X LESÃO A maioria das doenças hepáticas causam somente leves sintomas inicialmente, então estes testes são vitais para que estas doenças sejam detectadas precocemente. O envolvimento do fígado em algumas doenças pode ser de importância crucial. Muitas vezes apenas a biopsia hepática é auxílio diagnóstico seguro de diferenciação da doença hepática primária e secundária. Em todos os casos, os dados de laboratório clínico devem ser avaliados em conjunto com sinais clínicos e história do paciente. Sintomatologia: Hepatomegalia, ictérica, falta de apetite, ascite/edemas, encefalopatia hepática, anormalidades sanguíneas, urina e fezes claras, edema periférico, dor abdominal, vomito, diarreia, apatia e hálito cetônico. Por que forma edema? A falta de albumina puxa água por osmose, que vai parar nas extremidades. DOENÇA X INSUFICIÊNCIA Doença • Lesão hepatócito/ colestase • Hipóxia, intoxicação, inflamação, neoplasia, obstrução de ductos. Insuficiência • Incapacidade de remover e/ou produzir substâncias. • 70% a 80% perda de massa hepática funciona. Como reconhecer uma insuficiência hepática? Pode ser de carácter agudo ou crônico. Existem várias causas: Lesões vasculares congênitas (hepatite devido ao acúmulo de cobre o fígado, frequente por exemplo na raça West Highland White Terrier) ou adquiridas, inflamação (hepatite) de origem viral, bacteriana ou secundária a uma parasitose (babesiose por exemplos). Manifestações Clínicas • Icterícia -> excesso de bilirrubina no sangue. • Ascite/ edemas -> falta de albumina. • Encefalopatia hepática -> excesso de amônia. • Anormalidades sanguíneas -> Fígado produz vários fatores da cascata de coagulação. • Urina escura e fezes -> bilirrubina em excesso. • Edema periférico -> baixa albumina. • Dor abdominal -> inflamação. A albumina é liberada na urina, o ideal é que ela seja reciclada, quando tem lesão renal, ela é eliminada e não volta para o sangue, então ocorre proteinúria por albumina junto com queda nos valores sanguíneos. Como saber a origem do líquido em caso de ascite? Fazer uma análise do líquido. AVALIAÇÃO HEPÁTICA 1- Lesão de hepatócitos 2- Colestase 3- Função/disfunção. Dependem da qualidade da amostra. O jejum altera a qualidade da amostra: pode causar lipemia (altera LT, FA, Trig etc.) Deve ser feito jejum de 8-12 horas de alimentos. Caso o sangue apresente lipemia mesmo com o jejum, tirar uma parte do soro lipêmico, colocar em um eppendorf, se retirar 100 uL + acrescentar 100 uL de água destilada. Essa diluição vai permitir avaliar o sangue e impedir o entupimento da máquina. ENZIMAS Aumentam na circulação à medida que são liberadas pelas células de origem. ➢ ALT (um pouco mais especifica que as outras) ➢ GGT ➢ F.A ➢ A.S.T ➢ Bilirrubinas LESÃO DE HEPATÓCITOS Aumento de ALT e AST. Dentro da mitocôndria está a AST, no citoplasma também tem AST e ALT. Lesão de hepatócito normalmente faz aumentar essas duas enzimas. Cirrose crônica sempre tem diminuição de enzima a longo prazo. Extravasamento ■ Necrose / Lesão hepatócitos ■ Aumento da permeabilidade da membrana • doenças extrahepáticas (perfusão sg) ■ ICC direita ■ Anemia/Hipoxia ALT Alanina Amino Transferase (TGP) Enzimas que levam aminoácidos de um lado para o outro da reação. Tecidos produtores dessa enzimas: Fígado, músculo cardíaco e esquelético (CK- creatino quinase). Para saber a origem do aumento da ALT, você pode dosar CK, se tiver aumento de CK, o aumento provavelmente é muscular. CK: Muito usada em atletas para saber até onde pode ir. Outras causas de aumento da atividade da ALT são: hemólise da amostra e administração de determinadas drogas como acetominofen (em gatos), nitrofurantoína,penicilinas, fenilbutazona e sulfonamidas. Paracetamol: O gato não tem glicuronil transferase (enzima) que metaboliza. Gato tem bilirrubinúria muito mais rápido que o cão pois ele não consegue tornar a bilirrubina solúvel para o rim metabolizar. AST Aspartato Amino Transferase • Transaminação • Fígado, músculos cardíaco e esqueléticos (CK) e hemácias. Quando qualquer um desses tecidos é danificado, a AST é liberada no sangue. Gatos: Lipidose hepática- ocorre aumento de compostos lipídicos quando o animal fica muito tempo em jejum, ele começa a metabolizar gordura e acumulá-la. COLESTASE O que provoca colestase? A colestase consiste em uma diminuição ou interrupção do fluxo biliar. A bile é o líquido digestivo produzido pelo fígado. Os distúrbios do fígado, duto biliar ou pâncreas podem provocar colestase. ➢ FA Se encontra em hepatócitos, tecido ósseo, placenta, epitélio intestinal e renal (meia vida curta). Associar com bilirrubina. Aumento de FA: • Crescimento, fraturas, tumores (formação de osteoblastos). • Estresse • Anticonvulsivantes • Corticóide (cães). ➢ GGT Gama GlutamilTransferase Localizadas nos hepatócitos (alta %sérica), pâncreas, rins, glândulas mamárias e intestino delgado. A GGT é encontrada nos ductos biliares e próximo a membrana biliar nos hepatócitos. Pode ter parada por passagem por pedra na vesícula. Ruptura de ducto biliar é muito grave- inflama e infecciona a cavidade. Aumento: Colestase e corticoide. IDEAL Cães ✓ ALT ✓ FA ✓ Gatos ✓ ALT ✓ AST ✓ FA ✓ GGT Equinos ✓ AST ✓ GGT BILIRRUBINEMIA Aumento o Indireta (pré) o Doença hemolítica (livre) o Leptospirose Direta (pós) o Colestase Ambas (hepática) o Insuficiência o Hepatite. BILIRRUBINA E FRAÇÕES Kits • Direta • Total • Indireta -> por diferença (BT-BD). ÁCIDOS BILIARES 2 amostras: Pré e pós brandial Aumento: • Lesões estruturais-> extravasamento • Shunt portossistemico • Obstrução de ducto. AMÔNIA/UREIA Sintetizados no fígado Hepatopatia: Diminui ureia e aumenta amônia (encefalopatia hepática). ALBUMINA Sintetizada fígado Função osmótica ▪ Hipoalbuminemia ->ascite e edemas ▪ Perda de 60 a 80% da função hepática ▪ Grandes animais -> edemas em membros, barbela ▪ Pequenos animais -> ascite GLICOSE Glicose -> glicogênio Hepatopatias Diminui glicogenólise -> hipoglicemia Diminui absorção -> hiperglicemia após prandial prolongada. COLESTEROL ▪ Síntese hepática ▪ Precursores dos ácidos biliares e hormônios esteroides.▪ Excreção via bile Aumenta: Colestase Diminui: Insuficiência FATORES DE COAGULAÇÃO Tempo de formação d coágulo. TP (tempo de protrombina) TTPA (tempo de tromboplastina) Maior o tempo (12 a 15 segundos) -> menos fatores séricos.
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