Logo Passei Direto
Buscar

VETWEB AVA

Ferramentas de estudo

Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

VETWEB AVA Depois de trabalhar o cão com foco no figurante e ele conseguir manter a atenção, já mordendo bem os braços e as pernas, realizar o lançado por vários metros e aguentar boa pressão ao defender a sua presa, o treinamento poderá mudar de fase, passando para a finalização. Para esse trabalho, vamos utilizar outro equipamento, que agora protegerá todo o corpo do figurante que é o bite suit. Esse equipamento é importante, porque é constituído de duas partes; a calça para proteção dos membros inferiores e a jaqueta para proteção dos membros superiores, ou seja, todo o corpo do figurante, permite exercícios variados. Como para todos os outros equipamentos, é necessário, antes de vesti-lo, voltar uma fase e apresentá-lo ao cão, trabalhando como uma caça. Como ele é constituído de duas peças, primeiro trabalhe com uma e, depois, com a outra. O ideal é trabalhar inicialmente com a calça, pois para o cão morder baixo é mais difícil do que morder em cima, nos braços, e para morder as pernas o cão deve rotacionar a cabeça. Pegue uma das peças fora do corpo, balance-a bem, para chamar a atenção do cão. Como ele já está mais adiantado no treinamento, essa fase é muito mais rápida e, praticamente, instantaneamente, o cão já partirá para cima do equipamento.  Vale ressaltar que, desde o início do treino de mordida de perna, no jambier, o cão deverá aprender a girar a cabeça para que seus olhos sempre fiquem para o lado de fora da perna do figurante. Depois que ele já morder bem a calça, pode se iniciar com a jaqueta. Deixe que ele pegue, trabalhe a luta com o cão, e passe para o condutor fazer o giro. Esse processo deve ser repetido por algumas vezes, durante alguns dias, dependendo do cão. É necessário esperar ele se acostumar totalmente com a calça, para começar a apresentar a jaqueta; depois disso, o trabalho pode ser feito de forma contínua e concomitante. Figura 9.1  - Para introduzir o bite suit, trabalhe-o como uma caça, balançando-o de um lado para o outro, deixando o cão pegá-lo. Depois, faça o trabalho de luta e deixe-o fazer o giro. Depois de poucos dias, o cão já terá se acostumado e o figurante poderá começar a vestir o bite suit. Comece pela jaqueta, colocando-a na frente do corpo, ao contrário; com a parte de fechar para trás e sem fechá-la para facilitar o processo de retirada. Esse detalhe nessa fase de adaptação com o equipamento é importante para que você consiga retirá-lo de forma rápida. Figura 9.2  - Para a fase de apresentação do equipamento ao cão, a jaqueta deve ser vestida ao contrário para facilitar a sua retirada. Agora, o figurante vai movimentar os braços para que o cão avance e morda um dos braços. Depois que ele morder, trabalhe um pouco a luta e retire o equipamento, para que ele faça o giro. Por isso foi importante vestir o equipamento ao contrário. Dessa forma, o figurante consegue retirá-lo de forma rápida. Este processo deve ser repetido por algumas seções de treinamento para o cão se acostumar. Agora chegou a hora de vestir o equipamento de forma correta, para iniciarmos o trabalho de finalização do cão. Como o cão já está trabalhado para focar o figurante, vamos passar o foco da caça, em que entregávamos a caça para o cão fazer o giro e este era o seu prêmio, para o foco no figurante. A partir desse momento, o treinamento chega a uma fase em que a caça não será mais o prêmio para o cão. Vamos trabalhar, de agora em diante, com a remordida sendo o seu novo prêmio. Para que você tenha sucesso nesta fase, é fundamental que tenha trabalhado bem com o seu cão a fase anterior de lançado, canalização e defesa, além do foco no figurante. Para iniciar o trabalho, com o figurante vestido com o bite suit completo, deve-se seguir a seguinte sequência: 1) O figurante se movimenta e dá a mordida para o cão; 2) Após a mordida, durante todo o trabalho, o figurante vai lutar com o cão; 3) O condutor solta o cão da mordida; 4) O figurante dá novamente a mordida. O figurante já pode começar a trabalhar diversas situações, instigando o cão a morder diferentes partes do corpo, aumentando a pressão sobre o cão, incitando a intimidação, olhando bem o seu olho, trabalhando ao máximo o chicote e introduzindo equipamentos como pedaços de pau, corda e tantos outros que o cão possa enfrentar durante o seu trabalho de segurança. Esse talvez seja um dos trabalhos mais importantes e difíceis do treinador, que é imaginar todas as situações que o cão poderá passar e treiná-lo previamente para elas. Trabalhe, também, o lançado, mas agora o condutor já pode soltar o cão para que ele persiga realmente o figurante. 9.1. Comando larga Uma grande diferença entre um cão bravo e um de segurança é que este último deve obedecer prontamente o seu dono ou condutor. Nesse ponto do treinamento, em que o cão já aprendeu a focar no figurante, é fundamental, também, introduzir os comandos para que o cão ataque e, principalmente, interrompa o ataque ou cesse a mordida, ao seu comando. Existem duas formas clássicas de trabalhar com o cão o comando ‘larga’. A principal e a que é utilizada pelas polícias de várias forças do mundo consiste em o condutor chegar perto do cão e segurar a coleira, fazer uma leve tensão, como já estamos mostrando ao longo do curso. A outra forma, que na verdade é trabalhada em conjunto, são os comandos verbais ‘larga’ ou outro qualquer que você queira trabalhar. É importante que esse comando seja uma palavra curta e que o cão não confunda com outro comando ou com o nome dele. Vamos ver como trabalhar com a coleira. Depois que o cão mordeu o condutor se aproxima e faz uma tensão para cima com a coleira. Não é preciso tencionar muito, a intenção não é enforcar o cão.  Durante esse trabalho, é importante que, assim que o cão soltar, o figurante dê novamente a mordida, para o animal entender que, se ele se soltar, ele não vai perder, mas ganhar uma nova mordida. Depois que o cão já tiver aprendido a soltar, quando se faz um leve movimento para cima com a coleira, aos poucos, vamos mostrando que nem sempre após o cão largar ele vai ter a remordida. Existe todo um estudo que mostra como trabalhar para fazer a retirada do reforço positivo, neste caso, a remordida. Para retirá-la, passe a não oferecer a remordida toda vez que ele soltar. Passe para uma vez sim, outra não. Se você mantiver esse esquema, rapidamente, o cão perceberá. Por isso, é importante manter um esquema aleatório, em que o cão solta duas vezes ganha, solta quatro e ganha, soltas duas e ganha, solta cinco e ganha, e assim por diante. Com o tempo, vá aumentado a quantidade de vezes em que ele não ganha até que, somente de vez em quando ele ganhará. Figura 9.3  - Para que o cão solte a mordida, é muito utilizado o comando de levantar a coleira. Observe que não existe nada de agressivo, não se enforca o cachorro, faz-se apenas uma leve tensão. O esquema deve ser iniciado somente depois que o cão já tiver compreendido perfeitamente o comando, que é o de levantar a coleira. Quanto mais se trabalhar com o cão, mais rápido ele compreenderá esse trabalho. A outra forma é criar um comando verbal, de modo que, após treinado, pode-se emitir o comando à distância para que o cão obedeça. Esse tipo de comando é utilizado em cães de esporte e cães particulares; muitas corporações não o utilizam. Não é o principal comando para cães de segurança de corporações, porque ele não é seguro em situações reais. Quando há tumulto, o cão não vai ouvir e, portanto, poderá não atender o condutor.  Mas esse pode ser um método eficiente em uma casa e pode ser utilizado em conjunto com o outro. Você também pode ensinar ao cão outros comandos verbais, associados a comandos gestuais, para que ele ataque, e vários outros. Do mesmo jeito que ensinamos o comando de largar para o cão, assim que ele aprende a perseguir ou a visualizar o figurante, podemos criar outros comandos para atacar, latir, morder etc. Os comandos verbais são importantes para a nossa comunicação com o cão, e, no caso de treinamento de guarda, sãoum estímulo para o cão. Assim, se ou falo para meu cão “atenção”, e o figurante aparecer, com o tempo, ele entenderá que essa palavra se destina ao figurante e, no futuro, quando repetir essa palavra, ele ficará atento, procurando o figurante. Na realidade, ele vigiará a sua área, pois poderá aparecer o figurante a qualquer momento. Figura 9.4  - Observe que o cão bem treinado, ao comando de soltar, permanece totalmente  focado e pronto para novo ataque. 9.2. Outros ambientes Nesse ponto, o cão já está praticamente pronto, necessitando ser dessensibilizado para as diversas situações que ele poderá encontrar ao longo de seu trabalho. Para isso, ele terá de vivenciar os mais diversos ambientes possíveis. Não é incomum um cão ser muito bem treinado, não apresentar nenhum sinal de medo, mas não aguentar a pressão, em uma situação real, que ele não conhece. Esse não é um comportamento compatível com um cão de guarda. Para que ele consiga suportar essas pressões, terá de ter vivenciado todas elas. Por isso, o treinador deve imaginar todas as situações por que ele poderá passar e treiná-lo para tal. Então, se ele for trabalhar em uma floresta, deve ser treinado em uma floresta. Se existir a possibilidade de ele enfrentar uma casa em chamas, ou com muita fumaça, deve-se treiná-lo nessa condição. As possibilidades aqui são quase infinitas, e o treinador, se possível, deve conhecer qual será a finalidade do cão. Um cão para trabalho policial será treinado de forma diferente de um cão de segurança de uma família, devendo proteger um quintal ou um sítio. Dependendo da situação a ser enfrentada, o treinador terá de realizar adaptações na forma de trabalhar. Vamos mostrar como esse trabalho deve ser realizado em uma situação clássica e praticamente todos os cães devem ser trabalhados, ensinando o cão a enfrentar locais confinados ou dentro de casa. Figura 9.5  - Para que o cão se acostume a entrar em ambientes confinados, ele deve ser trabalhado aos poucos;  no início,  somente na porta e entrando aos poucos. Para iniciar esse trabalho, mantemos o cão do lado de fora do ambiente, o figurante também do lado de fora, mas, na entrada da porta, estimula-se bastante o cão a realizar a mordida. Para diminuir a pressão, pode-se voltar um passo e tornar a trabalhar com a salsicha, que impõe menor pressão que o figurante com o bite suit. Depois que o cão mordeu a salsicha, o condutor solta o cão e o trabalho recomeça. Com o condutor ajudando o figurante, ele vai dando passos para dentro do ambiente confinado, ao mesmo tempo em que o cão trabalha a mordida. Se o cão sentir a pressão do ambiente, o figurante dará um passo para fora e continuará o trabalho. Nunca force o cão, sempre que, ao longo de todo o trabalho de treinamento o cão sentir a pressão, volte um pouco. Esse trabalho deve ser gradativo e realizado com paciência. Quando se trabalha de forma correta, o cão naturalmente vai lutando e entrando no ambiente praticamente sem perceber. Agora, o treinador terá de acostumar o cão com esse mesmo esquema, mas para os outros ambientes, para que ele enfrente qualquer local. É importante trabalhar o cão em diversos tipos de piso como azulejo que escorrega muito, areia, barro e assim por diante. Um fator relevante a ser lembrado é que os cães de guarda também precisam ter um treinamento de obediência, pois não adianta ter um cão que morde para fazer a segurança de sua empresa ou de sua residência, se você não tiver controle sobre esse cão. Gostaríamos de deixar bem claro que um cão de guarda é muito importante para proteger sua família e seu patrimônio, mas treiná-lo é um trabalho muito sério que, se não for feito de forma correta e com segurança, poderá gerar graves acidentes, pois, para os cães, após o treinamento, não existe brincadeira. Eles entendem que é tudo real. Portanto, CUIDADO ao treinar os cães de guarda. Como ensinar ao cão o comando - solta Fonte: http://bandogbrasil.com.br/perguntas/pergunta/como-ensino-ao-meu-cao-o-comando-auss-deixa-ou-solta

Mais conteúdos dessa disciplina