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artigo Influencia da Convergencia dos Padroes de Contabilidade IFRS

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1 
www.congressousp.fipecafi.org 
 
 
 
Influência da Convergência dos Padrões de Contabilidade IFRS nos Indicadores 
Econômico-Financeiros dos Bancos no Brasil 
 
MAYSE DOS REIS ARAUJO 
Universidade de Brasília 
VALDEMIR PEDRO DE ALCANTARA JÚNIOR 
Universidade de Brasília 
JOMAR MIRANDA RODRIGUES 
Universidade de Brasília 
 
Resumo 
A preocupação com a convergência às normas de contabilidade internacional já conta mais de 
10 anos no Brasil. A partir de então, órgãos reguladores de diversos setores da economia 
também se comprometeram com este processo, como o Banco Central do Brasil, que regula o 
sistema financeiro no país. Este interesse surgiu com a busca de qualidade, transparência, 
comparabilidade e melhores informações contábeis para atuação no mercado internacional, 
repassados por meio da divulgação das informações. Este trabalho teve como base a Teoria da 
Dilvulgação para que nortear a ideia de que a evidenciação vai além dos relatórios, mas que 
acontece proporcionalmente ao que é emitido, passando ao usuário a posição financeira com 
base nas informações, quanto a forma e conteúdo, das demonstrações financeiras. Diante 
disso, objetivo foi verificar se a convergência às normas internacionais em processo, nos 
bancos atuantes no país, teve impacto em seus indicadores econômico-financeiros, analisados 
com base em CAMEL. Utilizou-se de uma amostra de 11 bancos brasileiros negociados em 
bolsa no período de 2006 (ano em que começou a haver comunicados quanto a uma possível 
convergência) a 2017 (último ano de aderência a um CPC pelo órgão regulador). Os 
resultados obtidos através de regressão linear mostraram que a adoção dos pronunciamentos 
contábeis alinhados com as normas internacionais geram impactos nos indicadores 
econômico-financeiros utilizados. Foi observado que isso acontece, de forma mais aparente, 
com pronunciamentos que têm em seu conteúdo itens integrantes do cálculo do índice. A 
principal limitação deste estudo foi não conseguir estabelecer qual pronunciamento esteve 
mais relacionado com indicadores em anos que foram adotados mais de um CPC. 
 
Palavras chave: Convergência; Banco Central do Brasil; sistema financeiro; informações 
contábeis; divulgação; padrões contábeis; indicadores econômico-financeiros. 
 
 
2 
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1 INTRODUÇÃO 
 
A convergência das normas de contabilidade aplicadas no Brasil às normas 
internacionais começou com as leis 11.638/07 e 11.941/09, alterando a Lei das S.A. (Lei 
6.404/76) e determinando que órgãos reguladores firmassem convênio com a entidade que 
estudava e produzia as normas. A partir de então, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis 
(CPC) passou a ser o principal responsável das normas contábeis no Brasil, tendo como 
direcionamento a convergência total das normas emitidas pelo International Accounting 
Standards Board (IASB) como apontado por Freire, Machado, Machado, Souza e Oliveira 
(2012). 
Em 2006 e 2007, respectivamente, o Banco Central do Brasil (BACEN) e a Comissão 
de Valores Mobiliários (CVM) se pronunciaram, por meio do Comunicado BACEN nº 
14.259/06 e Instrução CVM nº 457/07, quanto à convergência das normas de contabilidade e 
auditoria com as normas do IASB a partir de 2010, buscando qualidade, transparência, 
comparabilidade e melhores informações contábeis para atuação no mercado internacional. 
Com o aumento da interação comercial entre países, os avanços no formato de 
comunicação e a globalização dos mercados financeiros, que implicam na criação de vínculo 
entre países, tem-se uma maior preocupação dos profissionais e acadêmicos com a 
transmissão da volatilidade que poderiam acarretar em crises financeiras (Righi & Ceretta, 
2013). Em função disso, as adequações das divulgações das demonstrações financeiras 
também favorecem uma melhor análise, de forma a fornecer informações úteis aos usuários e 
influenciar na tomada de decisão (Niyama & Gomes, 1996). Segundo Lopes (2002), o 
mercado financeiro é dos maiores usuários da informação contábil por intermédio dos 
analistas, corretoras, investidores institucionais e individuais. 
Miranda (2008) corrobora a visão dos órgãos reguladores e normatizadores brasileiros, 
afirmando que as demonstrações contábeis são de grande valia no enriquecimento das análises 
de credores e investidores, sustentando esse argumento nas afirmações de Silva (2001) de que 
o analista externo tem como ponto de partida as demonstrações financeiras, que permitem ter 
informações sobre a performance e situação patrimonial, econômica e financeira da empresa, 
utilizando indicadores financeiros para obter conclusões quando se analisa as demonstrações. 
De acordo com o que se pretendia ao convergir as normas brasileiras de contabilidade às 
normas internacionais, no que tange qualidade das informações, transmissão de informações 
relevantes, oportunidade e clareza, de forma a fornecer dados úteis aos usuários, aplica-se 
nesse estudo a Teoria da Divulgação como base, para que norteie a ideia de que a 
evidenciação vai além das demonstrações financeiras e dos relatórios, mas que acontece 
proporcionalmente ao que é emitido (Most, 1977). 
Outro ponto levado em consideração é o fato de investidores utilizarem de índices 
econômico-financeiros viabilizados pela contabilidade para tomada de decisão (Assaf Neto, 
2012). 
Diante do exposto, este trabalho tem como problema a ser respondido: “os índices 
econômico-financeiros dos bancos com ações negociadas em B3 foram afetados pela 
convergência às normas de contabilidade internacionais?”. Para responder a essa questão de 
pesquisa, este estudo parte da hipótese de que a aderência pelos órgãos reguladores do sistema 
financeiros influenciou o desempenho financeiro das instituições. 
A partir daí, o objetivo deste trabalho é identificar a relação entre a adoção das normas 
por instituições financeiras da estrutura conceitual (CPC 00), de redução a valor recuperável 
(CPC 01), dos efeitos das mudanças de taxas de câmbio e conversão de demonstrações 
contábeis (CPC 02), da demonstração de fluxos de caixa (CPC 03), de ativo intangível (CPC 
04), da divulgação sobre partes relacionadas (CPC 05), de pagamento baseado em ações 
 
3 
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(CPC10), das políticas contábeis, mudança de estimativa e retificação de erro (CPC 23), de 
evento subsequente (CPC 24), de provisões, passivos contingentes e ativos contingentes (CPC 
25), de ativo imobilizado (CPC 27) e de benefícios a empregados (CPC 33) e impactos nos 
índices econômico-financeiros das instituições financeiras brasileiras, demonstrando a 
importância do disclosure no mercado financeiro e de capitais, de forma a contribuir nos 
seguintes aspectos. Há, portanto, desdobramentos específicos de forma a conhecer os 
principais indicadores econômico-financeiros na análise de instituições financeiras; entender 
as International Financial Reporting Standards (IFRS) aplicadas em instituições financeiras; 
ampliar o conhecimento da literatura que trata da convergência às normas internacionais; 
identificar a Teoria da Divulgação presente na convergência às normas internacionais. 
O estudo foi aplicado no período de 12 anos, compreendendo quatro anos anteriores a 
2010, que foi o ano estabelecido pelo Banco Central do Brasil e CVM para aplicação das 
normas do IASB às instituições financeiras brasileiras, bem como, ao mercado de capitais e 
oito anos a partir da aplicação inicial para analisar a evolução dos indicadores, tendo como 
amostra da pesquisa composta pelas instituições financeiras, mais especificamente bancos, 
listadas em bolsa de valores que apresentam ações destinadas à livre negociação no mercado 
(free float). 
Portanto, este trabalho será dividido em quatro seções: esta primeira, a introdução, que 
aborda a contextualização do trabalho, bem como os pontos relevantes; a segunda composta 
pela fundamentação teórica, onde abordaa divulgação frente à convergência das normas 
internacionais, o processo de aderência pelo Sistema Financeiro a ela, o desempenho das 
instituições financeiras; a terceira destacando os procedimentos metodológicos; a quarta 
composta pela descrição e análise de dados; e, por fim, as considerações finais. 
 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
2.1 Divulgação e Normas Internacionais de Contabilidade 
A Contabilidade evoluiu, saindo do papel de mecanismo apenas gerencial para um 
complexo sistema de informação e avaliação, uma vez que diferentes players, no cenário das 
organizações, passaram a exigir informações para diminuir a assimetria (Telles & Salotti, 
2015). De forma que a divulgação de qualidade das informações obrigatórias e voluntárias 
reduzem as incertezas quanto ao valor de mercado dos ativos (Verrecchia, 1983). 
Dye (2001) esclarece que não existe uma teoria para divulgações obrigatórias, apenas 
para divulgações voluntárias, uma vez que poucas pesquisas focavam na análise dos padrões 
contábeis. Porém, novas pesquisas apontam para a qualidade da divulgação voluntária 
associada às informações obrigatórias (Lundholm, 2003; Dechow, Ge & Schrand, 2010; 
Beyer, Cohen, Lys & Walther, 2010). 
Disclosure tem sido objeto de diversas pesquisas nos últimos anos, dado que sua 
importância vem se mostrando crescente com a globalização e competitividade do mercado de 
capitais, de forma que os investidores sintam seus recursos protegidos. Dessa forma, órgãos 
reguladores têm exigido padrões mais altos de divulgação de informações, e isso têm levado 
as companhias a terem atitudes voluntárias para conferir maior qualidade (Lanzana, 2004). 
Fé Júnior, Nakao e Ribeiro (2015) analisaram a reação do mercado acionário em torno 
do momento da divulgação das demonstrações referente a 2010 em IFRS dos bancos 
brasileiros de capital aberto, apontando esse acontecimento como fato relevante e que pode ter 
influenciado na avaliação de investidores em relação ao risco. 
Consoni e Colauto (2016) verificaram que as Normas Internacionais de Contabilidade 
induziram a aumentos da qualidade de informação voluntária, de forma a mostrar relação 
entre a divulgação tanto voluntária quanto obrigatória, de forma que esta reforça a 
 
4 
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confiabilidade daquela, como um mecanismo que convencesse os participantes da 
credibilidade dessas informações, de forma a se complementarem (Lundholm, 2003; Dye, 
1986; Dechow et al., 2010; Beyer et al., 2010). Moura e Coelho (2016) apontam para os 
impactos informacionais relevantes e significantes pela adoção de padrão contábil no Brasil 
voltado para o objetivo informacional. 
Hellman, Carenys e Moya Gutierrez (2018) destacam o aumento da confiança nas 
entidades que agem em conformidade com os requisitos de divulgação, em contextos de 
mercado de capitais, de forma que os padrões protegem os usuários de divulgações de má 
qualidade. 
Assim, para entender como está ocorrendo a convergência às normas internacionais pelo 
órgão regulador do Sistema Financeiro Nacional, o próximo tópico vem relatar esse processo. 
 
2.2 Convergência às Normas de Contabilidade Internacionais em Instituições 
Financeiras 
Zeff (2007) discute sobre a cultura do regulador, se ele deve ou não adotar uma postura 
mais proativa ou agressiva quando a questão é financeira no tocante aos relatórios destinados 
ao mercado e aos acionistas. O Banco Central do Brasil, portanto, não assumiu uma postura 
agressiva em relação à convergência, uma vez que foi estudada a aplicação das normas 
internacionais no sistema financeiro brasileiro, como se pode observar que até hoje a 
aderência não foi completa. 
Em março de 2006, o BACEN emitiu o Comunicado BACEN nº 14.259 sobre os 
procedimentos para convergência das normas de contabilidade e auditoria aplicáveis a 
instituições financeiras às normas internacionais promulgadas pelo International Accounting 
Standards Board (IASB) e pela International Federation of Accountants (IFAC) a partir de 
2010, de forma a disponibilizar informações de alta qualidade, transparentes e comparáveis, 
fortalecendo a credibilidade da informação, facilitando o acompanhamento e a comparação da 
situação econômico-financeira e permitindo a maior atuação das instituições financeiras 
brasileiras no mercado internacional, mas levando em conta as peculiaridades e o estágio de 
desenvolvimento do mercado brasileiro. 
Paralelamente, a CVM, em julho de 2007, emitiu a Instrução CVM nº 457 para dispor 
sobre elaboração e divulgação das demonstrações financeiras consolidadas no padrão contábil 
internacional emitido pelo IASB, determinando que as companhias abertas devam adotar esse 
padrão a partir de 2010, em função da transparência e da confiabilidade, de forma que as 
empresas nacionais tenham maior acesso às fontes de financiamento externas. 
Houve uma análise, em 2007, das normas de contabilidade consubstanciadas no Plano 
Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional (COSIF) em relação aos padrões 
internacionais de divulgação financeira do IASB. Em 2008, foi divulgado o Comunicado 
BACEN nº 16.669, que adequou as normas de contabilidade e auditoria aplicáveis às 
instituições financeiras e demais instituições reguladas pelo Banco Central do Brasil à Lei nº 
11.638/07, mas foi observado que havia divergências entre as normas COSIF com este 
normativo. 
Em 29 de maio de 2008, por meio da Resolução BACEN nº 3.566, que dispõe de 
procedimentos aplicáveis no reconhecimento, mensuração e divulgação de perdas em relação 
ao valor recuperável de ativos, devendo as instituições financeiras e autorizadas observarem o 
CPC 01, a partir de 1º de julho de 2008, que trata do valor recuperável de ativos e tem como 
norma internacional correspondente Internacional Accounting Standard (IAS) 36. 
Com a Resolução BACEN nº 3.604, de 29 de agosto de 2008, as instituições financeiras 
e autorizadas passam a elaborar e publicar a Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC), ficando 
dispensadas da Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR), com base no 
 
5 
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CPC 03, que corresponde ao IAS 7, a partir das demonstrações com data-base de 31 de 
dezembro de 2008. Nesta resolução, o órgão regulador indicou que o item 22, que trata de 
fluxos de caixa advindos das atividades operacionais, de investimento e de financiamento em 
base líquida, não se aplica a instituições financeiras, e que os itens de 7 a 10, que definem 
caixa e equivalentes de caixa, devem observar o prazo de vencimento igual ou menor que 90 
dias e que investimentos em instrumentos de capital não são considerados caixa e 
equivalentes, a menos que atenda o CPC 03 em sua essência. 
Em 2009, o Banco Central aderiu aos CPCs 05 (IAS 24) e 25 (IAS 37), que tratam de 
divulgação sobre partes relacionadas e de provisões, passivos contingentes e ativos 
contingentes, respectivamente. O CPC 05 passou a ser aplicado nas demonstrações com data-
base de dezembro de 2009, enquanto o CPC 25 produziu efeitos a partir de 1º de janeiro de 
2010. 
Em 2011, foram emitidas as Resoluções BACEN nº 3.973, 3.989 e 4.007, que 
disciplinava, respectivamente, sobre a adoção do CPC 24 (IAS 10), que trata de eventos 
subsequentes, sobre a adoção do CPC 10 (IFRS 2), que trata de pagamentos baseado em 
ações, e sobre a adoção do CPC 23 (IAS 8), que trata de políticas contábeis, mudança de 
estimativa e retificação de erro para aplicação a partir de 2012. 
Então, em 2012, o BACEN adere ao CPC 00, que trata da Estrutura Conceitual para 
elaboração e divulgação dos relatórios contábil-financeiros, com a Resolução BACEN nº 
4.144, com exceção do registro contábil das operações de arrendamento mercantil, que devem 
seguir normativo próprio do Banco Central. 
O CPC 33 (IAS 19), que trata de benefícios a empregados, passa a ser aplicado pelas 
instituições financeiras em 2015, com a Resolução BACEN nº 4.424,tendo como exceção os 
pronunciamentos técnicos citados nesse CPC e que não foram recepcionados pelo CMN, deve 
ter como base os dispositivos do Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro 
Nacional (COSIF). 
Por fim, em 2016, o BACEN adere aos últimos CPCs até então: CPC 02 (IAS 21), que 
trata dos efeitos das mudanças nas taxas de câmbio e conversão de demonstrações contábeis, 
pela Resolução BACEN nº 4.524; CPC 04 (IAS 38), que trata de ativo intangível, pela 
Resolução BACEN nº 4.534; CPC 27 (IAS 16), que trata de ativo imobilizado, pela 
Resolução BACEN nº 4.535. 
 
Tabela 1 – Convergência aos padrões internacionais em instituições financeiras 
Pronunciamento Título 
Pronunciamento 
IASB 
Resolução 
BACEN/CMN Aplicação 
CPC 00 
Estrutura Conceitual para Elaboração e 
Divulgação de Relatório Contábil 
Financeiro Framework 4.144/12 28/09/2012 
CPC 01 Redução ao Valor Recuperável de Ativos IAS 36 3.566/08 01/07/2008 
CPC 02 
Efeitos das Mudanças nas Taxas de 
Câmbio e Conversão de Demonstrações 
Contábeis IAS 21 4.524/16 01/01/2017 
CPC 03 Demonstração dos Fluxos de Caixa IAS 7 3.604/08 31/12/2008 
CPC 04 Ativo Intangível IAS 38 4.534/16 01/01/2017 
CPC 05 Divulgação sobre Partes Relacionadas IAS 24 3.750/09 31/12/2009 
CPC 10 Pagamento Baseado em Ações IFRS 2 3.989/11 01/01/2012 
CPC 23 
Políticas Contábeis, Mudança de 
Estimativa e Retificação de Erro IAS 8 4.007/11 01/01/2012 
CPC 24 Evento Subsequente IAS 10 3.973/11 30/06/2012 
 
6 
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CPC 25 
Provisões, Passivos Contingentes e Ativos 
Contingentes IAS 37 3.823/09 01/01/2010 
CPC 27 Ativo Imobilizado IAS 16 4.535/16 01/01/2017 
CPC 33 Benefícios a Empregados IAS 19 4.424/15 01/01/2016 
Fonte: Elaboração própria. 
 
Entendendo como a convergência às normas internacionais de contabilidade está 
acontecendo nas instituições financeiras brasileiras, o tópico seguinte aborda como o mercado 
interpreta as informações econômico-financeiras dessas entidades em relação ao que é 
disponibilizado em relatórios contábeis e financeiros às partes interessadas. 
 
2.3 Desempenho Econômico-Financeiro em Instituições Financeiras 
Para Pinheiro (2014), mudanças no ambiente regulatório e abertura dos mercados são 
alguns dos fatores que colocam o setor bancário em um cenário diferente. Encontra-se, assim, 
na análise de das demonstrações contábeis, por meio de indicadores econômico-financeiros 
para gerenciamento e tomada de decisões, informações que forneçam aspectos de estrutura e 
eficiência das operações (Nava, 2009; Matarazzo, 2010; Mendonça, Souza, Carvalho & De 
Benedicto, 2016). 
Bezerra e Corrar (2006), Assaf Neto (2012) e Mendonça et al. (2016) apontam que a 
escolha dos indicadores pode envolver subjetividade nos diversos indicadores econômico-
financeiros, uma vez que se torna difícil definir a importância de cada indicador, mas que eles 
devem apontar as operações das instituições financeiras, que consistem em resultados 
diferentes de outros tipos de empresas, pois são próprias de suas atividades de captação e 
investimento. 
Em 2006, o International Monetary Fund (FMI) lançou um guia que compilasse 
indicadores de solidez financeira para fornecer orientações e definições que promovessem 
comparabilidade entre países, de forma a apoiar a vigilância nacional e internacional dos 
recursos dos sistemas financeiros. Neste relatório, há um encorajamento aos países 
divulgarem na mesma base de contabilidade para que as análises sejam comparáveis. 
A partir desse relatório, foi criada uma metodologia de análise em bloco de informações 
econômico-financeiras às instituições financeiras que traduzissem pontos importantes dessas 
entidades aos usuários: capital adequacy, asset quality, management soundness, earnings and 
profitability, liquidity e sensitivity to market risk (CAMELS). Com base nisso, as agências de 
rating, que atuam mundialmente para atribuir o grau de investimento de países e de 
instituições financeiras de forma a permitir a formação de opinião dos investidores (Gomes 
Neto, 2017), utilizam dessa análise para estabelecer o perfil financeiro da entidade avaliada. 
Portanto, o perfil financeiro é traçado com base em indicadores de qualidade dos ativos, 
resultados e lucratividade, capitalização e alavancagem e captação e liquidez (Fitch, 2016). O 
indicador de qualidade dos ativos é o indicativo da capacidade da instituição honrar com as 
obrigações junto aos credores. Os indicadores resultados e lucratividade estão relacionados à 
capacidade do banco gerar ou não seu capital. Capitalização e alavancagem indicam a 
qualidade e o tamanho do capital de um banco, bem como sua adequação de capital, ou seja, o 
tamanho do capital em relação aos riscos tomados. Os indicadores de captação o liquidez 
indicam a capacidade da instituição sustentar sua posição de liquidez e manter sua captação 
estável. 
 
2.4 Convergência da Contabilidade às Normas Internacionais e Desempenho 
Econômico-Financeiro de Instituições Financeiras 
 
7 
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Em 2008, Miranda estuda a convergência das normas de contabilidade e os impactos 
econômico-financeiros em bancos de alguns países da União Europeia, mostrando que 
algumas normas como IAS 27 (Consolited and Separate Financial Statements), IAS 32 
(Financial Instruments: Presentation), IAS 39 (Financial Instruments: Recognition and 
Measurement) e IFRS 4 (Insurance Contracts) mostraram relação estatística com os 
indicadores dos bancos analisados. 
Neto, Dias e Pinheiro (2009) pesquisaram sobre o impacto da convergência para as 
IFRS nas demonstrações contábeis na análise financeira das empresas brasileiras de capital 
aberto e constataram que os resultados dos indicadores apresentaram diferença, mas que não 
são afetados de maneira estatisticamente significativa pelas diferenças entre as normas 
contábeis brasileiras e as internacionais. 
Martins e Paulo (2010) investigaram o reflexo da adoção das IFRS sobre os indicadores 
de desempenho das companhias abertas brasileiras. Em seus resultados, pode-se observar que 
a adoção das IFRS tem sido refletida na análise de desempenho das companhias por meio de 
variações positivas nos indicadores de dependência financeira, de endividamento, de retorno 
sobre o ativo e de retorno sobre o patrimônio líquido, e de variações negativas sobre os 
indicadores de imobilização dos recursos permanentes, de liquidez geral e de liquidez 
corrente. Entretanto, as divergências entre os indicadores calculados a partir dos dois 
conjuntos de normas têm diminuído devido, principalmente, ao crescente processo de 
convergência do padrão contábil brasileiro ao padrão contábil internacional. 
Fé Júnior, Nakao e Ribeiro (2015) analisaram a reação do mercado acionário em torno 
do momento da divulgação das demonstrações referente a 2010 em IFRS dos bancos 
brasileiros de capital aberto, isolando o que já havia sido apresentado em COSIF. Os 
resultados do estudo apontam esse acontecimento como fato relevante e que pode ter 
influenciado na avaliação de investidores em relação ao risco. 
Diante dessas pesquisas e dos indicadores econômico-financeiros utilizados 
mundialmente para avaliar o perfil financeiro dos bancos de forma a fornecer informações aos 
usuários dos seus investimentos, foi constituída a hipótese desse estudo: 
H1: A aderência às normas internacionais de contabilidade pelos órgãos reguladores 
do Sistema Financeiro Nacional influenciou os indicadores econômico-financeiros das 
instituições. 
A partir dos indicadores econômico-financeiros utilizados mundialmente para traçar o 
perfil das instituições financeiras, bem como fornecer informações aos usuários suas situações 
frente às operações, a próxima seção tratará da análise empírica da influência da convergência 
às normas internacionais de contabilidade nesses indicadores e, consequentemente, na 
avaliação dos bancos. 
 
3 METODOLOGIASegundo Diehl e Tatim (2004), a pesquisa é um procedimento racional e sistemático 
com o objetivo de responder ao problema proposto, escolhendo um método que une 
possibilidades e limitações na aplicação do estudo científico, bem como técnicas como 
“táticas necessárias para a sua operacionalização”, com base no problema proposto e se 
desenvolvendo com uma análise prévia e sistemática dos possíveis acessos à solução. 
O método hipotético-dedutivo foi utilizado de forma a ampliar os conhecimentos sobre 
o assunto, elaborando uma hipótese a ser testada ou falseada (Diehl & Tatim, 2004; Lakatos 
& Marconi, 2017), sendo que a hipótese foi desenvolvida com base na literatura que associa 
indicadores econômico-financeiros com a convergência às normas de contabilidade 
internacionais. 
 
8 
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Este estudo trata-se de uma pesquisa aplicada quanto à sua natureza, pois busca ampliar 
conhecimentos com aplicações práticas e solucionar problemas específicos, levando-se em 
conta interesses locais (Silva & Menezes, 2001). 
A abordagem do problema é quantitativa, por se traduzir em números dados empíricos, 
utilizando de técnicas estatísticas (Silva & Menezes, 2001). 
 
3.1 Modelo 
O modelo utilizado neste estudo foi de regressão em painel, pois baseia-se em dados em 
painel, ou seja, são observações sobre as mesmas unidades individuais em vários períodos de 
tempo (Gujarati & Porter, 2011). Este modelo foi escolhido pela vantagem de ser o mais 
adequado para estudar a dinâmica de mudança. 
Portanto, o modelo econométrico utilizado é representado pela equação (i): 
 
 (i) 
 
Onde: 
Yᵢ é a variável dependente de indicador econômico-financeiro. 
β1...β6 são coeficientes das variáveis dummies que assumem 1 a partir do ano de 
aplicação conforme adoção pelo Banco Central ou 0, caso contrário, agrupando os 
pronunciamentos por ano, uma vez que não tem como separar os efeitos de pronunciamentos 
com início de vigência em um mesmo período. 
β7DepCompulsório é uma variável de controle do percentual médio anual de Depósitos 
Compulsórios estabelecidos pelo Banco Central e que tem como objetivo controlar a liquidez 
do Sistema Financeiro Brasileiro (Oliveira, 2008). 
β8SELICBC é uma variável de controle da taxa SELIC, que afeta nos níveis de despesa 
com empréstimos. 
β9PIBIBGE é uma variável de controle do PIB divulgado pelo IBGE, pois pode ser um 
indicador de expansão de crédito (Araujo, 2012). 
ɛ é termo de erro. 
Foram feitos quatro testes com Y assumindo valores para cada indicador econômico-
financeiro da metodologia CAMELS (capital adequacy, asset quality, earnings and 
profitability, liquidity), exceto capacidade gerencial e sensibilidade ao risco, que são 
indicadores mais subjetivos e qualitativos, de difícil mensuração. Ou seja: 
Y1 é a variável dependente que representará adequação do capital 
Y2 é a variável dependente que representará qualidade dos ativos 
Y3 é a variável dependente que representará resultados e lucratividade 
Y4 é a variável dependente que representará liquidez 
Para definição das proxies, de forma a mensurar valor aos indicadores da metodologia 
CAMEL, foi retirado do trabalho de Gomes Neto (2017) algumas aproximações. 
A adequação do capital é representada pela independência financeira (IF), que é o 
percentual do capital próprio das instituições em relação aos ativos totais, conforme equação 
(ii): 
 
 
 (ii) 
A qualidade dos ativos é representada pela qualidade das operações de crédito, pois os 
ativos mais relevantes do banco são as carteiras de crédito, conforme equação (iii): 
 
9 
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 (iii) 
O item resultados será dado pelo ROE (Retorno sobre o Patrimônio Líquido), dado pela 
equação (iv): 
 
 
 (iv) 
O índice de liquidez é o indicador das participações dos ativos líquidos sobre o total dos 
depósitos, pois quanto maior o valor, menor o risco de liquidez, representado pela equação 
(v): 
 
 
 (v) 
 
3.2 Amostra e dados 
A amostra consiste em uma base representativa composta por 11 bancos (Tabela 2), 
tendo em vista que, inicialmente, haviam sido levantados 15 instituições financeiras (Banco 
Itaú Unibanco Holding S.A., Banco do Brasil S.A., Banco Bradesco S.A., Banco Santander 
Brasil S.A., Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A., Banco BTGP Pactual S.A., Banco 
ABC Brasil S.A., Banco Pine S.A., Banco Mercantil do Brasil S.A., Banpara, Banco Pan 
S.A., Banco da Amazônia S.A., BRB Banco de Brasília S.A., Banestes S.A., Caixa 
Econômica Federal), no entanto, a coleta foi realizada apenas em bancos múltiplos que 
possuíam ações negociadas em bolsa de valores (freefloat) e que tivessem todos os dados 
necessários para mensurar os indicadores da metodologia CAMELS divulgados entre os 
períodos de 2006 a 2017. 
Para a coleta dos dados dos bancos foi utilizado o software Comdinheiro de 
monitoramento de dados de mercado como cotações e proventos, análise fundamentalista do 
mercado brasileiro combinando extensas bases de dados financeiros sobre empresas de capital 
aberto e fechado e flexibilidade de indicadores. 
Em relação às variáveis de controle, o indicador de “depósito de compulsório” foi 
extraído da média simples anual da Série Histórica dos Recolhimentos Compulsórios – 
Alíquotas do Banco Central do Brasil. 
Conforme o Lima, Galardi e Neubauer (2008), os depósitos compulsórios são parte dos 
depósitos a vista que são recolhidos no Banco Central para, ao definir o volume de 
empréstimos fornecidos, restringir a liquidez do mercado e dar mais garantia à circulação de 
moeda, podendo incidir sobre os depósitos a prazo ou formas semelhantes de captação 
bancária. 
Para a variável de controle “Selic” foram selecionados os fatores acumulados para cada 
ano analisado, representado pela taxa média ponderada da Selic utilizada em cada período 
somado a 1 (um) inteiro. As informações foram extraídas do site do Banco Central do Brasil. 
De acordo com a definição do Banco Central do Brasil, a taxa Selic efetiva é a média 
das taxas de juros praticadas nas operações compromissadas de prazo de um dia útil com 
lastro em títulos públicos federais registrados no Selic, liquidadas no próprio Selic ou em 
sistemas operados por câmaras de compensação e de liquidação de ativos. 
O Comitê de Política Monetária (Copom) define a meta para a Taxa Selic e seu eventual 
viés. A taxa de juros fixada na reunião do Copom é a meta para a Taxa Selic, a qual vigora 
 
10 
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por todo o período entre reuniões ordinárias do Comitê. Se for o caso, o Copom também pode 
definir o viés, prerrogativa dada ao presidente do Banco Central para alterar, na direção do 
viés, a meta para a Taxa Selic a qualquer momento entre as reuniões ordinárias. 
Os dados da variável de controle “PIB” foram extraídos do SGS - Sistema Gerenciador 
de Séries Temporais do Banco Central do Brasil. Atribuindo-se ao Produto Interno Bruto 
brasileiro a taxa real para cada ano do período analisado por este estudo. 
De acordo com Silva e Porto Júnior (2006), há indicativos de uma relação positiva entre 
desenvolvimento financeiro (Intermediação Financeira) e crescimento econômico (PIB). O 
sistema financeiro tem uma significativa correlação como as variáveis de crescimentoeconômico, sendo este, então, um bom sinalizador para o um bom desempenho de uma 
economia. 
 
Tabela 2 – Instituições financeiras analisadas 
1 Banco do Brasil S.A. 
2 Itau Unibanco Holding S.A. 
3 Banco Bradesco S.A. 
4 Banco Santander Brasil S.A. 
5 Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A 
6 Banco ABC Brasil S.A. 
7 Banco Pine S.A. 
8 Banco Mercantil do Brasil S.A. 
9 Banco Pan S.A. 
10 BRB Banco de Brasília S.A. 
11 Banestes S.A. 
Fonte: Elaboração própria. 
 
4 ANÁLISE DE DADOS E RESULTADOS 
 
4.1 Estatísticas Descritivas 
A Tabela 3 traz um resumo das variáveis e como elas se comportaram no período de 
2006 a 2017 das 132 observações feitas, em que é possível perceber algumas características 
das instituições financeiras nesse intervalo de tempo. 
Com o resultado da variável medida pela Independência Financeira, associada à 
adequação de capital – capital adequacy –, é possível perceber que as instituições financeiras 
apresentam uma média de 10% de Patrimônio Líquido em relação ao ativo total. Esse 
resultado demonstra que fora esse percentual, há uma necessidade de funding de terceiros com 
maiores custos de captação (Gomes Neto, 2017). 
A variável Qualidade das Operações de Crédito, associada à qualidade dos ativos – 
asset quality –, apresentou média de 3,6%, o que representa baixo risco e baixa tendência a 
empréstimos inadimplentes, tendo um parâmetro de rentabilidade da instituição (Miranda, 
2008; Gomes Neto, 2017). 
O Retorno Sobre Patrimônio Líquido (ROE), medida de resultado – earnings –, que 
busca medir a rentabilidade do banco, estabelecendo uma relação entre lucro líquido e 
patrimônio líquido apresentou uma média próxima a 15%. 
O Encaixe Voluntário, medida de liquidez – liquidity –, é uma preocupação das 
instituições financeiras, uma vez que a má gestão de liquidez pode tornar uma instituição 
insolvente, dessa forma em relação aos depósitos à vista as instituições apresentaram, em 
média, 29,48 de disponibilidades, mas uma mediana de 5,59, percebendo-se uma grande 
 
11 
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dispersão da média com os valores de 0,05 como mínimo e 361,38 como máximo e um desvio 
padrão de 66,19. 
As variáveis relacionadas aos CPCs apresentaram médias relacionadas ao tempo que 
entraram em vigor, ou seja, a que foram aceitas pelo Banco Central apresentam maiores 
médias (0,8333) e as que foram aceitas no último ano de análise apresentam as menores 
médias (0,1667), sendo agrupadas por ano que entrou em vigor. 
Os depósitos compulsórios indicam uma também uma preocupação com a liquidez dos 
bancos, apresentando uma média de 44,03%, sem muita dispersão entre o mínimo e o 
máximo, que contribui para a estabilidade do sistema financeiro. 
 
Tabela 3 – Estatísticas descritivas 
Variáveis Média Mediana Mínimo Máximo 
Desvio-
padrão 
Adequação de Capital 0,1007 0,0950 -0,0200 0,2000 0,0353 
Qualidade dos Ativos 0,0360 0,0300 0,0000 0,2000 0,0390 
Resultados 0,1495 0,1500 -0,2700 0,4700 0,1001 
Liquidez 29,4864 5,5950 0,0500 361,3800 66,1936 
CPC 00, 10, 23, 24 0,5000 0,5000 0,0000 1,0000 0,5019 
CPC 01, 03 0,8333 1,0000 0,0000 1,0000 0,3741 
CPC 02, 04, 27 0,8333 0,0000 0,0000 1,0000 0,2774 
CPC 05 0,7500 1,0000 0,0000 1,0000 0,4347 
CPC 25 0,6667 1,0000 0,0000 1,0000 0,4732 
CPC 33 0,1667 0,0000 0,0000 1,0000 0,3741 
DepCompulsório 0,4403 0,4438 0,4200 0,4500 0,0100 
SELICBC 1,1010 1,1040 1,0099 1,1402 0,0325 
PIBIBGE 2,1708 2,4600 -3,5500 7,5300 3,3275 
Fonte: Elaboração própria. 
 
4.2 Adequação de Capital 
Para testar a hipótese de que a adoção das normas internacionais de contabilidade pela 
aplicação dos CPCs, foi aplicado o modelo descrito pela equação (i), tendo como variável 
dependente o cálculo do indicador de independência financeira, conforme equação (ii). Ou 
seja, pelas variáveis dummies de implementação dos pronunciamentos contábeis, buscou-se 
verificar o efeito destas no índice econômico-financeiro. 
As variáveis de interesse são CPC 00, 10, 23, 24, CPC 01, 03, CPC 02, 04, 27, CPC 05, 
CPC 25 e CPC 33 e se espera que sejam significativos para o modelo analisado, 
principalmente os que têm assuntos relacionados ao que integra o cálculo do índice de 
independência financeira (patrimônio líquido e ativo total), uma vez que mudanças de 
reconhecimento, mensuração e evidenciação nesses itens levam informações novas aos 
usuários. Ou seja, as variáveis que tenham o CPC 00 (Estrutura Conceitual para Elaboração e 
Divulgação de Relatório Contábil Financeiro), CPC 01 (Redução a Valor Recuperável de 
Ativos), CPC 04 (Ativo Intangível), CPC 10 (Pagamento baseado em Ações), CPC 25 
(Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes) e CPC 27 (Ativo Imobilizado) são 
as que de fato se espera maior significância estatística. 
Na Tabela 4, são apresentados os resultados para a influência dos CPCs no que tange 
adequação do capital (independência financeira) das instituições financeiras. 
 
Tabela 4 – Influência da convergência na adequação de capital das instituições financeiras 
 
12 
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Variável C 
CPC00, 
10, 23, 24 
CPC01, 
03 
CPC02, 
04, 27 CPC05 CPC25 CPC33 
Dep. 
Comp. SELIC PIB 
Coef 0,333 0,017 -0,014 0,007 -0,016 0,000 -0,002 -0,903 0,165 0,000 
p-value 0,0186 0,0000 0,0007 0,0271 0,1298 0,9604 0,4721 0,0069 0,0000 0,4869 
R² 0,606 N 132 DW 1,065 
Fonte: Elaboração própria. 
 
Observa-se que alguns CPCs mostraram exercer influência estatisticamente significativa 
na adequação de capital, sendo eles: CPCs00, 10, 23 e 24 (p-value: 0,0000); CPCs 01 e 03 (p-
value: 0,0007); CPCs 02, 04 e 27 (p-value: 0,0271). 
Diferente do que era esperado, o CPC 25 não representou significância estatística para 
demonstrar que a matéria de Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes poderia 
afetar a percepção do usuário da informação por meio do indicador de adequação de capital, 
medido pela independência financeira. 
É visto que o coeficiente da variável que trata o CPC 01 e 03 apresentou resultado 
negativo (-0,014), podendo ser explicado pelo que se propõe o CPC 01 de redução ao valor 
recuperável dos ativos, gerando impacto, assim, no denominador do cálculo de independência 
financeira (ativo total). 
 
4.3 Qualidade de Ativos 
Neste ponto, a mesma regressão descrita na equação (i) foi utilizada, juntamente com a 
equação (iii) para determinar o valor que indica a qualidade de ativos pelo cálculo do índice 
de qualidade de operações de crédito. Novamente, busca-se relação das variáveis 
independentes relacionadas aos pronunciamentos contábeis quanto a sua adoção pelo órgão 
regulador do setor bancário. 
Tendo como variáveis de interesse as mesmas do índice anterior, espera-se maior 
significância estatística com variáveis relacionadas aos itens que integram o cálculo de 
qualidade de operações de crédito (provisão de liquidação duvidosa e carteira de crédito). 
Assim, seria de esperar que principalmente o CPC 25 (Provisões, Passivos Contingentes e 
Ativos Contingentes) seja estatisticamente responsável pelo que venha a afetar a qualidade de 
ativos, bem como reduções a valor recuperável trazido pelo CPC 01. 
Na Tabela 5, os resultados da regressão estão apresentados no que tange a influência 
dos CPCs na qualidade de ativos (qualidade de operações de crédito) das instituições 
financeiras. 
 
Tabela 5 – Influência da convergência na qualidade de ativos das instituições financeiras 
Variável C 
CPC00, 
10, 23, 24 
CPC01, 
03 
CPC02, 
04, 27 CPC05 CPC25 CPC33 
Dep. 
Comp. SELIC PIB 
Coef 0,949 0,015 -0,023 0,021 -0,078 0,093 0,003 -2,288 0,102 -0,006 
p-value 0,0000 0,0001 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,2763 0,0000 0,0004 0,0000 
R² 0,667 N 132 DW 1,156 
Fonte: Elaboração própria. 
 
Todas as variáveis relacionadas aos CPCs aceitos pelo regulador bancário se mostraram 
significativamente relacionados com a qualidade de ativos, exceto o CPC 33 (Benefíciosa 
Empregados). 
A variável que abrange o CPC 01 e CPC 03 mostrou mais uma vez um coeficiente 
negativo (-0,023), podendo estar relacionado à redução dos ativos proposta pelo CPC 01. 
 
13 
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A variável que apresenta os efeitos da aplicação dos CPCs 02, 04 e 27 está apontando 
para os efeitos das mudanças nas taxas de câmbio e conversão das demonstrações contábeis, 
ativo intangível e ativo imobilizado, respectivamente, como fatores que explicam a qualidade 
de ativos. A princípio, o CPC 02 poderia se sobressair para explicar essa variável que 
relaciona carteira de crédito e provisão em carteiras que dependem da taxa de câmbio para seu 
valor final. 
A divulgação sobre partes relacionadas (CPC 05) também é estatisticamente 
significativa para explicar a qualidade de crédito, podendo estar relacionada a um 
comportamento das transações com partes relacionadas, o que levaria a essa relação, que se 
mostrou negativa pelo coeficiente. 
O CPC 25, tratando de provisões, mostrou capacidade explicativa da qualidade de 
crédito, uma vez que o índice tem como numerador a própria provisão de créditos de 
liquidação duvidosa, mostrando uma relação positiva entre o pronunciamento e o índice 
econômico-financeiro. 
 
4.4 Resultados 
Neste ponto, foi utilizada a equação (iv), que associa lucro líquido e patrimônio líquido 
(retorno sobre o patrimônio líquido), para encontrar um valor para o indicador resultados. 
Encaixando, assim, os valores encontrados como variável dependente da equação (i). 
As variáveis de interesse continuam sendo todos os pronunciamentos adotados pelo 
Banco Central do Brasil para serem aplicados por instituições financeiras. Além disso, espera-
se que CPCs que possuem ligação direta com o lucro líquido e patrimônio líquidos (fatores 
medidos pelo indicador econômico-financeiro) tenham maior impacto nos resultados, sendo 
eles: CPC 01, pois a redução a valor recuperável atinge diretamente uma conta de resultado, 
afentando, assim, o lucro líquido do período e CPC 10, uma vez que o próprio 
pronunciamento espera que os efeitos das transações de pagamentos baseados em ações 
estejam refletidos no resultado e balanço patrimonial da entidade. 
A Tabela 6 demonstra, então, os resultados da regressão quanto à influência dos CPCs 
em indicadores de resultados nas instituições financeiras. 
 
Tabela 6 – Influência da convergência em resultados das instituições financeiras 
Variável C 
CPC00, 
10, 23, 24 
CPC01, 
03 
CPC02, 
04, 27 CPC05 CPC25 CPC33 
Dep. 
Comp. SELIC PIB 
Coef 0,127 -0,067 -0,042 -0,009 0,008 0,153 -0,020 0,084 0,034 0,002 
p-value 0,9160 0,0201 0,2431 0,7550 0,9317 0,7774 0,3572 0,9764 0,8786 0,6320 
R² 0,471 N 132 DW 1,504 
Fonte: Elaboração própria. 
 
Como mostrado na Tabela 6, a variável independente que se encontram os CPCs 00, 10, 
23 e 24 demonstrou a maior significância (0,0201) em relação às outras variáveis de interesse. 
Todavia, o sinal do coeficiente ficou negativo, demonstrando que o que é proposto por esses 
CPCs, sem especificar qual teve maior relevância, tem uma relação negativa com o índice de 
retorno sobre o patrimônio líquido e, consequentemente, o indicador de resultados. 
 
4.5 Liquidez 
O indicador liquidez das instituições financeiras analisadas, medido pelo índice 
econômico-financeiro de encaixe voluntário (equação v), em que relaciona disponibilidades 
com depósitos à vista, foi testado como variável dependente para verificar o nível de 
 
14 
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explicação com as variáveis independentes de interesses (CPCs adotado pelo Banco Central 
do Brasil). Portanto, utilizou-se também da equação i do modelo de regressão para medi-lo. 
Espera-se mais uma vez que alguns CPCs podem ter maior poder explicativo, uma vez 
que a matéria com que são constituídos podem afetar diretamente os fatores relacionados no 
cálculo do índice. Neste caso, o CPC 02 (Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e 
Conversão de Demonstrações Contábeis) poderia representar influência para explicação de 
liquidez, uma vez que os bancos possuem recursos em moedas de outros países, tendo que ser 
convertidos para moeda nacional na apresentação das demonstrações contábeis. 
Portanto, a Tabela 7 mostra os valores encontrados com a regressão para verificar os 
efeitos da convergência na liquidez das instituições financeiras. 
 
Tabela 7 – Influência da convergência na liquidez das instituições financeiras 
Variável C 
CPC00, 
10, 23, 24 
CPC01, 
03 
CPC02, 
04, 27 CPC05 CPC25 CPC33 
Dep. 
Comp. SELIC PIB 
Coef -423,558 2,902 5,128 37,320 13,169 19,810 3,395 883,678 31,434 -1,461 
p-value 0,0060 0,4205 0,2567 0,0000 0,2380 0,0042 0,2189 0,0145 0,2558 0,0273 
R² 0,544 N 132 DW 0,574 
Fonte: Elaboração própria. 
 
Como demonstrado na Tabela 7, dentre as variáveis de interesse, as que apresentaram 
maior influência significativa foram CPC02 (Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e 
Conversão de Demonstrações Contábeis), 04 (Ativo Intangível), 27 (Ativo Imobilizado) – p-
value 0,0000 – e CPC 25 (Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes) – p-value 
0,0042 – coeficientes positivos para os dois. 
Sendo que, a princípio, já era esperado que a variável que carregasse o CPC 02 tivesse 
influência pelo conteúdo trazido pelo pronunciamento, sendo uma limitação desta pesquisa 
não saber a proporção com que cada CPC desta variável carrega em relação ao poder 
explicativo para liquidez dos bancos. 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Este estudo buscou analisar, com base nos CPCs associados às normas internacionais e 
adotados pelo órgão regulador do sistema financeiro brasileiro (Banco Central do Brasil), se 
estes normativos poderiam influenciar nos indicadores econômico-financeiros utilizados por 
diversos usuários da informação em todo o mundo (CAMEL), visto que a adoção destas 
normas foi realizada para se ter informações de qualidade para seus usuários. 
Para isso, o embasamento teórico que justificou este estudo foi a Teoria da Divulgação, 
tendo como pressuposto que o órgão regulador está em processo de adoção das normas 
internacionais para fornecer melhores informações aos seus usuários e que os índices 
econômico-financeiros, utilizando-se das demonstrações contábeis, também levam aos 
interessados o cenário financeiro de uma instituição. 
Pelas análises feitas nesta pesquisa, foi possível verificar que os CPC 33 (Benefícios a 
Empregados) não exerceram qualquer influência nos indicadores econômico-financeiros entre 
os anos de 2006 e 2017, tendo em vista que o processo de adoção do órgão regulador 
aconteceu nesse período até a realização deste estudo. 
Foi observado que a variável que contemplava os CPCs 00 (Estrutura Conceitual), 10 
(Pagamento baseado em Ações), 23 (Políticas Contábeis, Mudanças de Estimativas e 
Retificação de Erros) e 24 (Evento Subsequente) mostrou influência significativa a quase 
todos os indicadores, exceto liquidez. Isso pode ser possível por se tratar, em grande parte, por 
 
15 
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pronunciamentos gerais que englobam a estrutura e apresentação das demonstrações 
contábeis, onde a alteração de forma das informações apresentadas pode influenciar de 
alguma forma os indicadores econômico-financeiros e, por conseguinte, a interpretação dos 
usuários. O CPC 10 pode estar relacionado com o interesse de usuários internos ou 
diretamente ligados à operação da instituição, impactanto no desempenho da entidade. 
A variável que tinha a implementação do CPC 01 (Redução a Valor Recuperável) e 
CPC 03 (Demonstração de Fluxos de Caixa) mostraram influência nos indicadores de 
adequação do capital e qualidade dos ativos, pelos índices estarem diretamente relacionados 
com itens dos ativos que, segundo o pronunciamento, devem ter seu valor verificado 
periodicamente. 
Os CPCs 02 (Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio eConversão de 
Demonstrações Contábeis), 04 (Ativo Intangível) e 27 (Ativo Imobilizado) apresentaram 
poder explicativo relacionado a quase todos os indicadores, exceto Resultados. Esta relação 
pode ser explicada pelos tipos de operações utilizadas pelos bancos analisados e a relação 
direta com os fatores relacionados nos índices econômico-financeiros. 
O CPC 05 (Divulgação sobre Partes Relacionadas) apresentou influência 
estatisticamente significativa com apenas qualidade dos ativos, podendo trazer relação com as 
transações com partes relacionadas. 
O CPC 25 (Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes), por sua vez, 
mostrou relação com os indicadores de qualidade de crédito e liquidez. Quanto ao indicador 
de qualidade de crédito é praticamente direta a ligação deste pronunciamento com o índice 
econômico-financeiro, uma vez que ele leva em seu cálculo a provisão de devedores 
duvidosos. 
Até então, no Brasil, resultados estatisticamente pouco significativos para explicar a 
influência da convergência nos indicadores econômico-financeiros haviam sido apontados na 
literatura em companhias abertas, mas não foi o que aconteceu com este estudo sobre 
instituições financeiras. 
Este estudo apresentou como limitação o fato de não analisar demonstrativo a 
demonstrativo das instituições financeiras da amostra para verificar em que momento 
realmente foi considerada a adoção de cada CPC, principalmente, antes da adoção obrigatória 
de 2010, apontando esta curiosidade para estudos posteriores. Outra limitação foi não 
conseguir apontar, quanto a adoção conjunta de CPCs, qual pronunciamento impactou mais 
no indicador analisado. 
Outra sugestão para estudos posteriores é uma análise pronunciamento a 
pronunciamento adotado, bem como a percepção de preparadores nas instituições financeiras 
quanto ao impacto nos indicadores, visto aqui, de uma maneira geral, que eles influenciaram 
as utilizações das informações contábeis por meio de indicadores-econômico financeiros para 
usuários. 
 
REFERÊNCIAS 
 
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no ciclo de expansão do crédito no Brasil: 2003-2010. 
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São Paulo: 5 ed. Atlas. 
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