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Artigo - Impacto do IFRS nas Demonstrações Contábeis das Cias de Seguros e Previdência no Brasil

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VI Congresso Nacional de Administração e Contabilidade - AdCont 2015 
29 e 30 de outubro de 2015 - Rio de Janeiro, RJ 
 
Impacto do IFRS 4 – FASE II nas Demonstrações Contábeis das Companhias de 
Seguros e Previdência no Brasil 
 
 
Gabriel Almeida Caldas - Mestrando em Ciências Contábeis 
Discente do Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis – PPGCC da UFRJ 
gacaldas@facc.ufrj.br 
 
José Augusto Veiga da Costa Marques - Doutor em Administração de Empresas 
Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis – PPGCC da UFRJ 
joselaura@uol.com.br 
 
Marcelo Alvaro da Silva Macedo - Doutor em Engenharia de produção com Pós-
Doutorado em Controladoria e Contabilidade 
Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis – PPGCC da UFRJ 
malvaro@facc.ufrj.br 
 
 
Resumo: 
O processo de transformação do modelo econômico local para global foi um processo 
irreversível para todos os países do globo e, nessa esteira, a linguagem dos negócios - a 
contabilidade - teve que se adaptar para atender a crescente demanda das companhias por 
novos mercados. O momento de transição das normas contábeis locais para as internacionais 
foi oportuno e propício para pesquisas que pretenderam demonstrar os impactos da adoção 
das IFRS´s em cada jurisdição. Passado este primeiro momento, a contabilidade continuou em 
evolução e a cada atualização das IFRS´s se faz necessário o estudo dos impactos que estes 
podem causar. Este estudo se antecipou na adoção do IFRS – 4 Fase II Contratos de Seguros 
simulando sua adoção e verificando o seu impacto nas demonstrações financeiras das 
Companhias de Seguros e Previdência brasileiras, porém para um aspecto específico: 
reconhecimento de receita de reversão de constituição de provisões técnicas – não permitido 
pelo normativo vigente. Dessa forma, o estudo dividiu-se em uma primeira parte com caráter 
descritivo onde trata da convergência contábil às normas internacionais, mais especificamente 
quanto a Projeto Contrato de Seguros do IASB 4. Na segunda parte, de caráter comparativo, 
realizou-se uma comparação entre variáveis antes e depois do ajuste da receita de reversão de 
constituição de provisão técnicas por meio do teste de diferença de médias Wilcoxon Signed 
Rank Test. Os resultados apontaram que as médias das variáveis Lucro Líquido, Patrimônio 
Líquido, Patrimônio Líquido Ajustado, Retorno sobre Ativos, Grau de Imobilização e 
Margem Líquida são estatisticamente diferentes antes e depois do ajuste proposto. Com 
exceção da variável “Grau de Imobilização”, todas as outras apresentaram médias superiores 
após o ajuste, demonstrando que a norma IFRS 4 – Fase II, ainda em elaboração pelo IASB, 
no que compete ao ponto específico deste estudo, causará um incremento positivo nas 
demonstrações financeiras das Companhias analisadas. 
 
Palavras-chave: IFRS 4, Seguros e Previdência, Teste de Adequação de Passivo, 
Convergência 
 
 
Área Temática: Contabilidade Financeira 
 
 
VI Congresso Nacional de Administração e Contabilidade - AdCont 2015 
29 e 30 de outubro de 2015 - Rio de Janeiro, RJ 
 
2 
 
1 Introdução 
O processo recente de globalização da economia mundial causou grande impacto nos 
negócios entre os países e criou a necessidade de uma única linguagem para facilitar a 
comunicação entres os agentes econômicos. A Contabilidade, amplamente conhecida como a 
linguagem dos negócios, passou (e continua passando) por uma revisão de toda sua estrutura 
para tornar-se uma língua única e possibilitar maior competitividade aos mercados, de modo 
mais claro e transparente para todos. 
Entretanto, este processo esbarra em obstáculos inerentes à cultura de cada país que 
tenta adotar o “esperanto da contabilidade”, as IFRS´s. É notável a diferença cultural entre 
países que dividem fronteiras, ainda maior quando pensamos em continentes diversos, logo 
criar uma única contabilidade para jurisdições tão distintas, certamente, gera divergências na 
sua aplicação prática. 
À medida que a Contabilidade se expandiu pelo mundo foi sendo recepcionada de 
modo diferente em pelos países devido, principalmente, aos distintos sistemas jurídicos 
existentes nestes (Lopes e Martins, 2013, p. 52). Os autores sobre o tema costumam 
reconhecer duas grandes tradições no direito: o direito romano, ou code law, e o direito 
consuetudinário, ou common law. Segundo Lopes e Martins (2013, p. 52), essas duas visões 
tem apenas objetivos didáticos, visto que é pouco provável que os países adotem estritamente 
uma ou outra visão. Muitas vezes há uma mistura entre esses modelos. As diferenças 
principais entre os dois regimes reside na origem e na força que a lei incide na sociedade de 
maneira geral. 
No direito romano, para que algo tenha valor é necessário que haja uma menção clara 
e específica na lei, ou seja, as normas emanam do texto legal. Segundo Martins e Lisboa 
(2005, p. 52), “os países latinos têm como filosofia e princípio jurídicos a figura do Direito 
Romano, onde tudo precisa estar escrito, e com detalhes, para servir como fonte de direito de 
um e de obrigação de outro”. 
A partir da expansão comercial ocorrida no século XV na Europa, na qual os credores 
eram os principais usuários das informações contábeis, os países que adotam a tradição do 
direito romano introduziram a exigência da escrituração contábil e da consequente elaboração 
das demonstrações contábeis em lei especificamente para um fim: proteção aos credores. Isso 
levou à necessidade da Contabilidade ser mais conservadora do que quando era usada apenas 
para fins comerciais, já que a análise dos credores para concessão de empréstimo tinha que 
envolver o menor risco possível. Daí se introduziu o Princípio da Prudência nos balanços 
contábeis (Lopes e Martins, 2013, p. 52-53). 
Este princípio, substituído atualmente, de certo modo, pela “essência sobre a forma”, 
levava a subestimação dos ativos e superavaliação dos passivos. Essa prática, quando 
excessiva, diminui o poder informacional da contabilidade, pois afasta item registrado do seu 
valor no mundo real (Lopes e Martins, 2013, p. 53). 
Esse maior conservadorismo, ou prudência, notado nos países que adotam a tradição 
do direito romano, dentre eles o Brasil, ainda hoje, mesmo com a adoção das IFRS´s, causam 
diferenças entre as práticas contábeis adotadas em cada jurisdição. 
Na tentativa de investigar de modo empírico as diferenças apontadas entre as 
jurisdições e seus impactos nas demonstrações contábeis, pesquisadores de todo o mundo 
aproveitaram a janela de oportunidade proporcionada pela adoção das normas internacionais 
de contabilidade e realizaram a comparação entre as demonstrações contábeis confeccionados 
pelos GAAP´s nacionais e internacionais. Por terem sido os primeiros a adotar as IFRS´s, os 
países da comunidade europeia puderam ser os primeiros a testar os impactos, como 
Beckman, Brandes e Eierle (2007) na Alemanha, Cordazzo (2008) na Itália, Costa e Lopes 
(2008) em Portugal e Lantto e Sahlström (2009) na Finlândia. 
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3 
 
Os estudos nacionais vieram em sequência, visto que o processo de convergência no 
Brasil iniciou um pouco depois, com estudos como os de Santos e Cia (2007), Borsato, 
Pimenta e Ribeiro (2009), Grecco, Geron e Formigoni (2009), Watanabe (2009), Santos 
(2012) e Domenico, Magro e Klann (2014). 
A investigação de um dos impactos da aplicação do IFRS 4 – Fase II configura o 
problema desta pesquisa que tem como objetivos principais os seguintes: 
a) realizar uma revisão normativa sobre o tema; e 
b) analisar a significância estatística dos impactos causados no Lucro Líquido, no 
Patrimônio Líquido, no Patrimônio Líquido Ajustado, no Retorno sobre Ativos, no Grau de 
Imobilização do PL e na Margem Líquida das Companhias de Seguros e Previdência 
Brasileiras pelasimulação da adoção do normativo IFRS 4 - Fase II (ainda em processo de 
elaboração), no que diz respeito ao registro da receita gerada por uma suficiência de provisões 
técnicas. Este estudo restringe-se a analisar somente o impacto causado pelo registro da 
receita no caso de suficiência positiva de provisões técnicas constituídas por estas 
companhias. 
Este estudo está estruturado, primeiramente, em uma revisão da literatura que trata da 
convergência da contabilidade aos normativos internacionais de contabilidade, passando pelo 
histórico do Projeto Contratos de Seguros promovido pelo IASB e a atual estrutura normativa 
contábil do mercado de seguros nacional relativa ao IFRS 4. Em sequência, são apresentados 
estudos nacionais e internacionais que analisaram os impactos causados pela adoção dos 
normativos internacionais nas demonstrações contábeis no momento de transição. Nesse 
sentido, este estudo realizou a simulação de um dos impactos esperados pelo normativo IFRS 
4 – Fase II nas demonstrações contábeis de companhias atuantes do mercado de seguros 
nacional. Os impactos foram analisados por meio de testes estatísticos de diferença de médias. 
E, por fim são apresentados os resultados encontrados e as conclusões. 
 
2 Referencial Teórico 
2.1 A Convergência contábil e o Projeto IFRS 4 do IASB 
A contabilidade apresenta como característica ser uma ciência social e não uma 
ciência exata, como a matemática, sendo, por isso, fortemente influenciada pelo ambiente 
legal, cultural e econômico de cada país. Por esse motivo, ao longo da história, cada país 
produziu suas normas e regras contábeis levando em consideração seu próprio contexto social, 
o que resultou em expressivas divergências no processo de elaboração e apresentação dos 
reportes financeiros (Rodrigues e Gomes, 2014, p. 7). 
O processo de internacionalização das empresas e dos mercados de capitais e de 
crédito, realça o papel da contabilidade como linguagem dos negócios e o excesso de idiomas 
dificultava a comunicação entre os agentes econômicos de deferentes países. Segundo Franco 
(1999 como citado em Josemar Costa Silva, 2005), para que a contabilidade cumpra seu papel 
de linguagem universal dos negócios, as normas deveriam ser uniformizadas, para serem 
entendidas por aqueles que se utilizam de suas informações. Para esses usuários é necessário e 
primordial que as informações contábeis sejam baseadas em normas ou critérios uniformes e 
homogêneos, objetivando não causarem distorções ou má interpretação dos fatos. 
É nesse contexto que surge no ano de 2001 o IASB (International Accounting 
Standards Board), órgão independente responsável pelo estudo e elaboração de normas 
contábeis internacionais, em sucessão ao IASC (International Accounting Standards 
Comittee), criado em 1973. São os principais objetivos do IASB, conforme Rodrigues e 
Gomes (2014, p. 10), os seguintes: 
a) Estabelecer um conjunto de normas contábeis globais; 
b) Promover seu uso e aplicação no maior número de países; 
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4 
 
c) Promover a convergência entre as normas contábeis locais e as normas 
internacionais de contabilidade. 
Desenvolvidas e publicadas pelo IASB, as IFRS (International Financial Reporting 
Standards) são um conjunto de pronunciamentos de contabilidade internacionais, as quais se 
tornaram de aplicação obrigatória na União Europeia, a partir de 2005, e no Brasil, 2010. 
A contabilidade das operações de seguros é considerada uma das mais complexas 
áreas na aplicação das normas internacionais de contabilidade devido ao alto grau de incerteza 
associado aos fluxos de caixa dos contratos de seguros, à análise de risco e à diversidade dos 
produtos oferecidos aos clientes. 
Em abril de 1997 o Comitê Diretor do órgão normatizador internacional da época, o 
IASC, aprovou o início de um projeto para o estabelecimento de uma norma internacional de 
contabilidade para as operações de seguros. A principal justificativa para tal era que as 
normas existentes não tratavam das operações de seguros para as empresas seguradoras e não 
estava claro como as empresas deveriam tratar esse tema observando os normativos em vigor. 
De fato, algumas IAS´s e IFRS´s não contemplam ou excluem do seu escopo de aplicação as 
operações de seguros, reconhecendo a necessidade de um estudo aprofundado sobre o tema. 
(Silva, 2005, p. 5). 
Um Comitê Especial de Seguros (Steering Comitê on Insurance) foi nomeado para 
trabalhar neste Projeto e, em dezembro de 1999, o primeiro passo foi dado: divulgação do 
primeiro Relatório para Discussão sobre Seguros (Issue Paper on Insurance). 
Em 2001, o IASB herdou este Projeto compreensivo de seguros iniciado pelo IASC e 
em 2003, foi elaborado um documento de exposição chamado ED 5 – Insurance Contracts, 
que é considerado a origem do IFRS 4 – Insurance Contracts. Após diversas rodadas de 
discussão entre o IASB e os agentes interessados de todo o mundo (empresas, auditores, 
órgão reguladores, entre outros) o ED 5 se tornou o IFRS 4 – Insurance Contracts, vigente 
desde 1º de janeiro de 2005, sendo este o resultado da chamada Fase I do Projeto. O Projeto 
continua em andamento até os dias atuais, conhecido como Fase II (Mourad e 
Paraskevoloulos, 2009, p. 1). 
Os requerimentos mínimos na versão final do IFRS 4, correlato ao CPC 11 no Brasil, 
para avaliação e divulgação dos contratos de seguros são considerados modestos perante as 
mudanças estruturais esperadas na Fase II. De fato, o IASB optou, naquele momento, por 
simplificar o Projeto para que alguma norma sobre o tema fosse aprovada e já entrasse em 
vigor, porém sem encerra-lo e, assim, continuar com as discussões. 
O IFRS 4, segundo Mourad e Paraskevoloulos (2009, p. 1), almejou introduzir 
melhorias limitadas às práticas contábeis de seguros e divulgar informações mínimas sobre as 
incertezas nos fluxos de caixa, risco e posição patrimonial das seguradoras. Contudo, 
mudanças significativas são esperadas para a Fase II do normativo, sendo a Fase I somente a 
ponta do Iceberg, comparada aos desenvolvimentos na contabilidade de seguros ainda por vir. 
Dando continuidade à Fase II do Projeto, o IASB divulgou em 2010 um novo 
Exposure Draft (ED) que tratava dos assuntos mais complexos não contemplados na Fase I. 
Devido à complexidade do assunto, ao grande número de cartas comentário enviadas pelos 
interessados de todo o mundo e ao possível profundo impacto que seria causado pelo 
normativo, o IASB decidiu emitir modificar o ED e expô-lo novamente em 2013 com os 
assuntos ainda polêmicos. Este último ED de 2013 caracterizou-se por ser bem pontual, 
tratando apenas de alguns assuntos ainda não resolvidos pelos ED´s anteriores. O status atual 
do Projeto é visualizado no site do IASB na web, e apresenta previsão de emissão do 
documento final no segundo semestre de 2015, com entrada em vigor para o ano de 2018, 
conforme pode ser observado na figura 1 a seguir: 
 
 
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Figura 1 – Histórico do Projeto “Contrato de Seguros” do IASB 
 
Fonte: http://www.ifrs.org/ 
 
No Brasil, o correlato do IFRS 4 é o CPC 11 – Contratos de Seguros que foi 
recepcionado pela Superintendência de Seguros Privados, órgão fiscalizador e regulador do 
mercado de seguros nacional, por meio da Circular Susep nº 379 de 2008, tendo sua entrada 
em vigor postergada para o ano de 2010. 
 
2.2 IFRS 4 - Principais pontos de melhoria da informação contábil 
O principal objetivo do IFRS 4, correlato do CPC 11 no Brasil, foi especificar o 
reconhecimento contábil para os contratos de seguro por parte de qualquer entidade que 
emitisse tais contratos. Este normativo determinou limitadas melhorias na contabilização de 
contratos de seguros porparte das seguradoras e incentivou uma melhor divulgação que 
identificasse e explicasse os valores resultantes de contratos de seguro nas demonstrações 
contábeis das seguradoras. 
De acordo com Costa (2005, p. 162 a 164), a fase I do normativo constitui-se em um 
período de transição para a Fase II. Na Fase I foi alterada a IAS 39 (instrumentos Financeiros: 
Reconhecimento e Mensuração) e emitida a IFRS 4 sobre contratos de seguros. Segundo o 
autor. Destacam-se os seguintes itens do normativo: 
a) as seguradoras devem realizar análise de sensibilidade dos resultados dos 
principais riscos; 
b) por meio de informações adicionais às demonstrações contábeis, as 
seguradoras devem dar conhecimento aos seus acionistas sobre os seguintes assuntos: 
riscos potenciais, probabilidade na alteração do valor de mercado de ativos e passivos e 
incerteza dos fluxos de caixa; 
c) as seguradoras devem divulgar informações que ajudem aos usuários a 
entender os valores incluídos em suas demonstrações contábeis, tais como políticas 
contábeis dos contratos de seguros e quais ativos e passivos são provenientes desses 
contratos; 
d) definição dos contratos de seguros: para que determinado produto posse ser 
considerado como um contrato de seguro, tem que haver um risco segurável em que 
exista probabilidade razoável de um evento causa uma variação significativa no valor 
presente dos rendimentos esperados. Dessa forma, ativos e passivos provenientes de 
produtos como o VGBL (Vida Gerador de Benefícios Livres), em que não existe 
praticamente risco segurável, não será considerado produto de seguro e sim instrumento 
financeiro; 
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e) proíbe a constituição de provisão para catástrofe e para estabilização; 
f) exige prudência das seguradoras, ou seja, não permite alteração na política 
contábil para eliminar a prudência excessiva que porventura exista nas seguradoras; 
g) o valor justo dos contratos de seguros será permitido apenas na Fase II, assim 
as seguradoras continuarão adotando a política contábil existente; 
h) as seguradoras podem usar as taxas de juros atuais para avaliar o passivo, 
conduzindo-os mais em linha com mudanças nos ativos sensíveis a juros associados. 
Provisões podem ser efetuadas para possíveis descasamentos entre ativos e passivos; 
i) exige um teste de adequação de passivos provenientes dos contratos de 
seguros, onde as seguradoras deverão comparar os passivos existentes com estimativas 
de fluxo de caixa futuros; 
j) as seguradoras podem adotar uma forma de shadow accounting (contabilidade 
obscura) que permitem ajustar passivos para mudanças que teriam surgido se quaisquer 
ganhos ou perdas não realizados nos títulos tivessem sido realizados; 
Um dos pontos de discussão principais da Fase II do Projeto IFRS 4, contidos nos 
ED`s de 2010 e 2013, é o valor justo dos passivos, em especial as Provisões Técnicas, que foi 
“parcialmente” implementado na Fase I por meio do Teste de Adequação de Passivos (TAP). 
 
2.3 Testes de Adequação de Passivos 
O CPC 11 obriga as seguradoras a realizar o TAP e o regula em seus itens 14 a 19, in 
verbis: 
“14. Não obstante, este Pronunciamento não isenta a seguradora de algumas 
implicações dos critérios da norma contábil vigente sobre “Práticas Contábeis, 
Mudanças nas Estimativas Contábeis e Correção de Erros”. Especificamente, a 
seguradora: 
... 
(b) deve realizar teste de adequação de passivo descrito nos itens 15-19; 
... 
Teste de adequação do passivo 
15. A seguradora deve avaliar, a cada data de balanço, se seu passivo por 
contrato de seguro está adequado, utilizando estimativas correntes de fluxos de 
caixa futuros de seus contratos de seguro. Se essa avaliação mostrar que o valor 
do passivo por contrato de seguro (menos as despesas de comercialização 
diferidas relacionadas e ativos intangíveis relacionados, como os discutidos nos itens 
31 e 32) está inadequado à luz dos fluxos de caixa futuros estimados, toda a 
deficiência deve ser reconhecida no resultado.” grifo nosso 
 
Enquanto a Fase II, que está discutindo a mensuração dos passivos gerados pelos 
contratos de seguros baseada nas melhores estimativas dos fluxos de caixa futuros dos 
contratos em vigor, não é implementada, o método do diferimento é o utilizado pelas 
seguradoras brasileiras para mensuração das Provisões Técnicas. Este método leva em 
consideração o diferimento simples das receitas e despesas advindas dos contratos de seguros 
durante o período de vigência dos mesmos. Segundo Silva (2002, p. 169), o IASB entende 
que o Método do Diferimento é inconsistente com a “Estrutura Conceitual para a Preparação e 
Apresentação das Demonstrações Contábeis”, tendo em vista que geram ativos e passivos que 
não podem ser reconhecidos como tal. 
A instituição do TAP foi uma tentativa inicial e transitória do IASB em tentar adequar 
os passivos de contratos de seguros, ao menos quando este é inferior aos fluxos de caixa 
futuros de avaliados a valor presente, visto que o ajuste contábil no Passivo e no Resultado da 
Seguradora somente será realizado, conforme CPC 11, quando houver insuficiência. 
A intenção do IASB na Fase I do Projeto Contratos de Seguros foi a de não incluir 
mudanças extremamente detalhadas em um primeiro momento, exceto pela criação de um 
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mecanismo que reduz a possibilidade de perdas materiais permanentes não reconhecidas pelo 
IFRS. O principal objetivo TAP é o de reconhecimento imediato das perdas, caso forem 
apuradas pela entidade (Mourad e Paraskevoloulos, 2008, p. 52). Desta forma, como existe 
certo grau de incerteza na realização dos fluxos de caixa futuros das seguradoras, o IASB 
optou por utilizar-se do conservadorismo ao obrigar apenas o registro das perdas geradas pelo 
contrato de seguros, e não as receitas. 
As seguradoras, ao elaborar seu teste, devem atender aos requisitos mínimos contidos 
no CPC 11 e reconhecer de imediato qualquer deficiência no resultado do período. Por meio 
da Circular Susep nº 457, de dezembro de 2012, a Susep institui e estabelece regras e 
procedimentos para a realização do TAP pelas seguradoras brasileiras, passando a ser de 
obrigatoriedade de elaboração anual a partir das demonstrações financeiras de 31 de 
dezembro de 2012. 
A partir da interação apresentada entre a Fase I e a Fase II do Projeto do IASB é que 
surge o problema desta pesquisa que buscou analisar os impactos gerados no Resultado, no 
Patrimônio Líquido, no Patrimônio Líquido Ajustado, no Retorno sobre o Ativo, no Grau de 
Imobilização e na Margem Líquida das Companhias ao efetuarmos ajuste que altere a prática 
contábil atualmente vigente: registro de receita (reversão de provisão) quando a seguradora 
apresentar provisões constituídas com saldo superior ao valor dos fluxos de caixa futuros de 
receitas e despesas advindas dos contratos de seguros. 
 
2.4 Pesquisas anteriores sobre os impactos causados nas demonstrações 
financeiras pela adoção das normas Internacionais 
Nesta seção serão apresentadas pesquisas nacionais e internacionais relacionadas à 
investigação dos impactos causados por mudanças normativas nos registros contábeis. 
A adoção do conjunto de normas IFRS´s aconteceu em momentos distintos ao redor 
do mundo e o ano de ocorrência da transição proporcionou a oportunidade de se observar de 
modo empírico os impactos causados por tais normativos. Os países europeus puderam 
experimentar os novos padrões contábeis um pouco antes do que o Brasil resultando em 
diversas pesquisas sobre seus impactos no velho continente. 
Beckman, Brandes e Eierle (2007) compararam a contabilidade da Alemanha com o 
IFRS e o USGAAP (padrões norte americanos), constatando a tendência da primeiraem 
reportar lucros e Patrimônio Líquido inferiores que os outros dois, principalmente, em 
decorrência da reversão de provisões e de accruals e da reversão de impairment de ativos. A 
mesma metodologia foi aplicada na Itália por Cordazzo (2008), confirmando resultados 
menores na contabilidade italiana quando comparada com o IFRS, sendo que os ajustes 
relativos a combinação de negócios, provisões, instrumentos financeiros, e ativos intangíveis, 
impactaram de forma significativa o Lucro e Patrimônio Líquido, e Tributos e Imobilizado 
apenas o Patrimônio Líquido. 
Em Portugal, os resultados encontrados por Costa e Lopes (2008) indicaram que 
existem diferenças relevantes em vários elementos das demonstrações e também nos 
indicadores financeiros das empresas quando ocorre a transição dos normativos contábeis 
locais para os padrões internacionais. 
Lantto e Sahlström (2009) analisaram a adoção do conjunto de normas internacionais e 
seus impactos nos índices financeiros e nas demonstrações contábeis de Companhias 
Finlandesas. Os resultados encontrados apontaram para um impacto relevante nos indicadores 
financeiros (indicadores de desempenho) bem como em itens específicos das demonstrações 
contábeis das Companhias. 
Em estudo sobre os bancos indianos, Firoz, Ansari e Akhtar (2011) analisaram o 
impacto da adoção das IFRS´s, especificamente, sobre o investimento, capital, reservas e 
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instrumentos financeiros. Os resultados encontrados concluíram que os maiores impactos 
foram causados nos seguintes itens: instrumentos financeiros e investimentos. 
Santos e Cia (2007) realizaram a comparação do sistema contábil brasileiro em com o 
americano. Os resultados encontrados apontaram que os lucros apurados diante das normas 
brasileiras são inferiores ao apurado pelo USGAAP, porém mostraram que não existe um 
padrão geral representativo das empresas brasileiras para o período de 2001 a 2005. 
De forma geral, o período de transição para os padrões internacionais de contabilidade 
(IFRS) no Brasil iniciou no ano de 2008, quando as Companhias listadas em Bolsa de Valores 
passaram a divulgar suas demonstrações contábeis de acordo com os padrões internacionais. 
Dessa forma, os pesquisadores tiveram a oportunidade de comparar as demonstrações 
contábeis do ano de 2007, publicadas ainda nos padrões antigos, com as de 2007 
reapresentadas nos padrões internacionais contidas nas demonstrações de 2008. 
Algumas companhias brasileiras, antes da adoção obrigatória no Brasil, já publicavam 
demonstrações contábeis de acordo com os padrões internacionais de contabilidade, como é o 
caso da Gerdau S.A. Borsato, Pimenta e Ribeiro (2009) utilizaram as demonstrações contábeis 
de 2006 da Gerdau S.A nos padrões IFRS e USGAAP, elaborados para atender a NYSE e a 
SEC americanas, e as compararam com as publicadas de acordo com os padrões contábeis 
vigentes no Brasil neste mesmo ano (período pré-convergência). Os resultados do estudo 
apontaram que os indicadores calculados de acordo com os padrões brasileiros pré-
convergência tendem a serem inferiores aos calculados em segundo os padrões US GAAP ou 
IFRS. 
O impacto causado pelas mudanças introduzidas pela Lei nº 11.638 de 2007 sobre o 
grau de conservadorismo das companhias abertas do Brasil foi investigado por Grecco, Geron 
e Formigoni (2009). Os resultados apontaram uma redução média de 2% no Patrimônio 
Líquido e de 5% no Resultado Líquido. Santos e Calixto (2009) também realizaram a análise 
dos efeitos causados pela adoção para IFRS no Brasil com foco nos resultados dos exercícios 
de 2007 e 2008 de 84 empresas listadas na Bovespa. Neste estudo, conclui-se que os 
resultados evidenciados pela nova norma contábil eram em média superiores aos apurados 
pela norma anterior, confirmando o conservadorismo contábil brasileiro. 
As empresas brasileiras de construção civil foram o alvo de estudo de Watanabe 
(2009), o qual analisou as demonstrações contábeis de 13 companhias do ramo no exercício 
de 2007 com o objetivo de comparar os indicadores econômico-financeiros obtidos nos dois 
padrões: BRGAAP e IFRS. Os resultados apontaram diferenças significativas nos seguintes 
índices: liquidez geral, liquidez corrente, liquidez seca, solvência, endividamento, margem 
bruta e mark-up global. 
Santos (2012) analisou e mensurou o impacto de cada mudança normativa promovida 
pela entrada em vigor da primeira fase de transição da contabilidade brasileira ao IFRS´s 
(CPC 1 a 14) no resultado das empresas listadas na Bovespa em 31/12/2008. Diferentemente 
dos outros autores sobre o tema conservadorismo, que trataram as mudanças normativas de 
maneira agregada, Santos (2012) buscou o aprofundamento dos efeitos de cada norma. 
Fazendo uso do “Índice de Comparabilidade Parcial”, desenvolvido por Weetman et al. 
(1998), observou que os maiores impactos foram resultantes dos seguintes ajustes contábeis: 
exclusão dos custos de transação, prêmios na emissão de títulos do resultado e o impairment 
de ativos. 
Em pesquisa mais recente, Domenico, Magro e Klann (2014) compararam indicadores 
financeiros antes e depois de Companhias que adotaram o Full IFRS, normas contábeis 
emitidas pelo IASB, no ano de 2010. Os resultados indicaram que a adoção das normas 
internacionais de contabilidade de modo completo não impactou os indicadores econômico-
financeiros das empresas analisadas, com exceção ao indicador de imobilização do patrimônio 
líquido. 
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9 
 
 
 
3 Metodologia 
Este estudo tem caráter descritivo no sentido que descreve a evolução normativa tanto 
da convergência contábil brasileira às normas internacionais de contabilidade, quanto da 
contabilidade aplicada ao mercado de seguros, mas especificamente do Projeto IFRS 4 do 
IASB. Apresenta, também, uma abordagem comparativa visto que promove uma comparação 
entre variáveis antes e depois de um ajuste contábil antecipando uma mudança normativa 
futura. Os procedimentos de análise documental, tanto de documentos públicos 
(demonstrações contábeis) quanto de documentos solicitados ao órgão supervisor de seguros 
(Relatórios do Teste de Adequação de Passivos) empreendidos neste estudo serviram para a 
formação da base de dados utilizada para os testes estatísticos realizados. 
Com base no objetivo e no problema de pesquisa levantados neste estudo, foram 
elaboradas as seguintes hipóteses: 
 
Ho As médias do Lucro Líquido, do Patrimônio Líquido, do Patrimônio Líquido 
Ajustado, do Retorno sobre Ativos, do Grau de Imobilização do PL e da Margem 
Líquida das Companhias analisadas são estatisticamente iguais antes e depois do 
ajuste positivo nas provisões técnicas proveniente do TAP, conforme normativo IFRS 
4 – Fase II. 
 
H1 As médias do Lucro Líquido, do Patrimônio Líquido, do Patrimônio Líquido 
Ajustado, do Retorno sobre Ativos, do Grau de Imobilização do PL e da Margem 
Líquida das Companhias analisadas são estatisticamente diferentes antes e depois do 
ajuste positivo nas provisões técnicas proveniente do TAP, conforme normativo IFRS 
4 – Fase II. 
 
No sentido de verificar a significância estatística da diferença entre as médias dos 
valores presentes dos fluxos de caixa futuros das obrigações de seguros (Teste de Adequação 
de Passivos) e as provisões técnicas constituídas, optamos por selecionar para os testes apenas 
as Companhias supervisionadas pela Susep que registrem em seus passivos provisões técnicas 
de longo prazo, devido a maior possibilidade de apresentarem diferenças no cálculo do 
referido teste. 
Com base no Sistema Estatístico da Susep, verificamos que operavam no mercado de 
previdência complementar aberta nacional, na data base de junho de 2014, 25 (vintee cinco) 
Companhias com Provisão Matemática de Benefícios a Conceder constituída e 23 (vinte e 
três) Entidades Abertas de Previdência Privada. 
Foram analisadas as demonstrações financeiras de 30/06/2013 e 31/06/2014 das 48 
companhias selecionadas, disponíveis no sítio eletrônico da Susep, para verificar em quais 
haveria nota explicativa relatando a suficiência de provisões técnicas constituídas em relação 
ao Teste de Adequação de Passivos realizado. Como não há obrigação legal em divulgar em 
nota explicativa o valor da diferença positiva deste teste, solicitamos à Susep análise de 
relatório de avaliação atuarial (não público) o qual contém os resultados do TAP de cada 
companhia. 
Dessa forma, por meio do Sistema Estatístico da Susep Menus: EAPP: Provisão Total 
e Seguradoras: Provisão das Operações de Previdência, verificamos que em 31/12/2013 50 
companhias apresentaram provisões técnicas de operações de previdência (PMBAC,PMBC, 
Previdência Tradicional) e em 30/06/2014, 48 companhias. Destas companhias, 22 
apresentaram suficiência de TAP nas datas base de 31/12/2013 e 30/06/2014, resultando em 
44 observações, conforme tabela a seguir: 
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Tabela 1 – População e Amostra 
 População Amostra 
Empresas 30/06/2014 31/12/2013 30/06/2014 31/12/2013 
Seguradoras com Provisões de 
Operações de Previdência 
25 26 16 16 
Entidades Abertas de 
Previdência Privada 
23 24 6 6 
Total 48 50 22 22 
Fonte: Elaborada pelo autor 
 
Para análise foram organizadas as seguintes variáveis: 
 PLd: Patrimônio Líquido divulgado; 
 PLa: Patrimônio Líquido ajustado pela receita de reversão de provisão gerada 
pela suficiência de provisão apurada pelo TAP; 
 Rd: Resultado divulgado; 
 Ra: Resultado ajustado pela receita de reversão de provisão gerada pela 
suficiência de provisão apurada pelo TAP; 
 PLAd: Patrimônio Líquido Ajustado divulgado; 
 PLAa: Patrimônio Líquido Ajustado ajustado pela receita de reversão de 
provisão gerada pela suficiência de provisão apurada pelo TAP; 
 ROAd: Retorno sobre os ativos utilizando os dados divulgados; 
 ROAa: Retorno sobre os ativos utilizando os dados divulgados ajustados pela 
receita de reversão de provisão gerada pela suficiência de provisão apurada 
pelo TAP; 
 IMOB/PLd: Imobilização do Patrimônio Líquido utilizando os dados 
divulgados; 
 IMOB/PLa: Imobilização do Patrimônio Líquido utilizando os dados 
divulgados ajustados pela receita de reversão de provisão gerada pela 
suficiência de provisão apurada pelo TAP; 
 Rd/(PE+C): Margem Líquida (razão entre o resultado divulgado e a soma de 
prêmios emitidos e contribuições) 
 Ra/(PE+C): Margem Líquida (razão entre o resultado divulgado ajustado pela 
receita de reversão de provisão gerada pela suficiência de provisão apurada 
pelo TAP e a soma de prêmios emitidos e contribuições) 
A escolha das variáveis PLd, PLa, Rd e Ra justifica-se por estes serem os itens das 
demonstrações financeiras que em se espera impacto de maior relevância após o ajuste 
proposto. Já as variáveis PLAd e PLAa, pela importância do Patrimônio Líquido Ajustado na 
apuração de solvência das companhias, visto que para estar solvente, segundo as regras legais 
vigentes, é necessário que estas apresentem PLA superior ao Capital Mínimo Requerido pelo 
órgão regulador. As variáveis-índices escolhidas para pesquisa, além de terem sido utilizadas 
em pesquisas anteriores sobre o tema ”impacto de mudanças de normas contábeis”, 
apresentam-se como relevantes para o mercado de seguros. 
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11 
 
Os dados para o cômputo das variáveis foram extraídas das demonstrações financeiras 
publicadas e por meio do Sistema Estatístico da Susep, Menu: Demonstrações contábeis. Os 
valores registrados como ajuste foram extraídos dos Relatórios de Avaliação Atuarial citados. 
O estudo apresentou limitações importantes quanto à população, à amostra e ao efeito 
do ajuste proposto. 
A população definida para o estudo restringiu-se às empresas que apresentaram 
provisões técnicas de operações de previdência devido ao seu caráter de longo prazo de longo 
prazo que, provavelmente, podem gerar maiores ajustes quando calculado o seu valor 
presente. Dessa forma, ao aplicar essa restrição ao total de empresas atuantes no mercado de 
seguros, reduz-se significativamente a população da pesquisa. A definição da amostra pode 
ser considerada como fator limitante, visto que não foi selecionada de modo aleatório. 
Outra limitação, em relação aos estudos anteriores sobre impactos causados pela 
adoção dos normativos internacionais, foi que a natureza exclusivamente positiva do ajuste 
realizado pela adoção do normativo IFRS 4 – Fase II, sendo esperado sempre um impacto 
positivo nas variáveis e restando a análise da significância estatística do mesmo. 
 
4 Análise dos Resultados 
Para análise dos resultados, foram realizados cálculos estatísticos de média e desvio 
padrão das variáveis, para se analisar o padrão de comportamento nos dois períodos de 
análise. 
Na tabela a seguir são demonstrados as médias e os desvios padrões das variáveis: 
Tabela 2 – Estatísticas Descritivas 
Variáveis Média Variação % Desvio Padrão Variação % 
PLd 466.984.115,28 1.143.282.892,80 
Pla 679.013.442,23 31% 1.416.793.090,97 19% 
Rd 116.650.736,17 411.337.734,20 
Ra 328.680.063,13 65% 749.292.051,09 45% 
PLAd 374.159.066,48 1.013.515.387,61 
PLAa 586.188.393,44 36% 1.310.386.922,54 23% 
ROAd 0,01 0,07 
ROAa 0,31 96% 0,68 90% 
Imobilização do PLd 0,06 0,18 
Imobilização do Pla 0,02 -286% 0,04 -374% 
Margem Líquida (Rd) 0,35 1,87 
Margem Líquida (Ra) 2,68 87% 7,21 74% 
Fonte: Elaborada pelo autor 
 
Nota-se que tanto a média e o desvio padrão de todas as variáveis, com exceção da 
variável “Imobilização do PL”, sofrem alterações positivas significativas após o ajuste de 
receita de reversão da provisão técnica, como já era esperado. 
Com o intuito de avaliar a normalidade da distribuição dos dados coletados foram 
utilizados os testes de Kolmogorov-Smirnov e o de Shapiro-Wilk, embora este último seja 
mais eficiente para amostras menores que 30 itens (Fávero et al, 2009). Na tabela a seguir são 
demonstrados os resultados dos testes de normalidade: 
Tabela 3 – Teste de Normalidade 
 
Kolmogorov-
Smirnova 
Statistic df Sig. 
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PLd ,350 44 ,000 
Pla ,320 44 ,000 
Rd ,426 44 ,000 
Ra ,362 44 ,000 
PLAd ,366 44 ,000 
PLAa ,351 44 ,000 
ROAd ,374 44 ,000 
ROAa ,359 44 ,000 
IMOB/PLd ,367 44 ,000 
IMOB/Pla ,507 44 ,000 
Fonte: Elaborada pelo autor 
 
Pode-se verificar que os todos p-valores (coluna Sig.) são inferiores ao alfa de 5% 
utilizado para o teste, rejeitando se a hipóteses nula e concluindo que a distribuição dos dados 
não é normal. 
Foi realizado ainda o teste de comparação entre as médias das variáveis antes e depois 
do ajuste pela receita de reversão de provisão quando apurada suficiência no TAP, para 
verificar se as diferenças entre estas médias são estatisticamente significantes. Dado que a 
distribuição não é normal, optou-se por aplicar oTeste Não Paramétrico de Diferença de 
Médias para duas amostras emparelhadas: teste de Wilcoxon, como orientado por Fávero et al 
(2009). O Teste estatístico foi realizado por meio do software SPSS e apresentou os seguintes 
resultados: 
 
Tabela 4 
Teste de Diferença de Médias para duas amostras emparelhadas: Wilcoxon Signed Rank Test e Rank Test 
 
 PL Resultado PLA ROA IMOB Margem Líquida 
Z (Rank Test) -5,778b -5,778b -5,777b -4,433b -2,456c -4,786b 
P-Valor (2-tailed) ,000 ,000 ,000 ,000 ,014 ,000 
Nota: Baseados em ranks negativos, com exceção da variável IMOB que foi baseada em ranks positivos 
 Fonte: Elaborada pelo Autor 
 
A partir dos resultados encontrados podemos verificar que as diferenças de médias 
apresentaram-se relevantes para todas as variáveis. Ao considerarmos o nível de 5% de 
confiança, podemos afirmar que as médias de todos os indicadores apresentaram diferenças 
significativas e, dessa forma, rejeitar a Ho deste estudo que afirma que as médias das 
variáveis analisadas são estatisticamente iguais antes e depois do ajuste positivo nas provisões 
técnicas proveniente do TAP, conforme normativo IFRS 4 – Fase II. O resultado encontrado 
no Rank Test (Teste do Sinal) para a variável “Grau de Imobilização” se mostrou inferior após 
o ajuste, em contrate com o encontrado para todas as outras variáveis estudadas que se 
apresentaram superiores após o ajuste. Este resultado é justificado devido ao impacto do 
ajuste ter aumentado, neste caso, apenas o denominador (PL) e não o numerador 
(Imobilizado), o que causou uma redução do índice após o ajuste proposto. 
A maioria das pesquisas analisou os impactos da adoção das normas IFRS ou 
USGAAP de modo completo nas demonstrações contábeis como um todo. Esta pesquisa se 
propôs a analisar apenas um impacto de uma determinada norma, o IFRS 4 – Fase II. Do 
mesmo modo que Costa e Lopes (2008) e Lantto e Sahlström (2009), os resultados 
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encontrados apontaram para um impacto relevante nos indicadores financeiros, bem como em 
itens específicos das demonstrações contábeis das Companhias analisadas. 
 Ao comparar as contabilidades locais de seus países com as normas IFRS, Beckman, 
Brandes e Eierle (2007), Borsato, Pimenta e Ribeiro (2009), Cordazzo (2008), Borsato, 
Pimenta e Ribeiro (2009) e Santos e Calixto (2009) verificaram que, a partir da adoção das 
normas internacionais, os resultados contábeis se apresentaram, em média, superiores aos 
apurados pela norma local. Os resultados encontrados apontam também para um maior 
conservadorismo na Fase I em relação à Fase II do IFRS 4, visto que os resultados das médias 
encontradas para a variáveis estudadas se apresentaram superiores e estatisticamente 
significativas após o ajuste proposto. 
 
5 Considerações Finais 
O dinâmico processo de convergência dos normativos contábeis internacionais vem 
causando diferentes impactos nas demonstrações financeiras de cada, o que possibilitou ampla 
fonte de pesquisas acadêmicas por todo o mundo. Porém, o processo é irreversível, a evolução 
normativa da contabilidade já está consolidada e resta aos pesquisadores analisarem seus 
impactos depois de implementadas as mudanças. 
O foco das pesquisas anteriores sobre o tema foi a análise dos impactos causados pela 
adoção de práticas contábeis internacionais através da comparação de itens das demonstrações 
contábeis e índices financeiros antes e depois da convergência. Estas pesquisas apresentarem 
resultados estatísticos significativos indicando que o processo de convergência causou 
impactos relevantes nas demonstrações contábeis das companhias por todo o globo. 
Alternativa às pesquisas realizadas é analisar o tema por outro aspecto, antecipando-se 
às mudanças e simulando seus impactos de maneira empírica. Dessa forma, as sugestões e 
opiniões sobre os normativos em elaboração enviadas aos órgãos normatizadores passam a 
contar com maior embasamento empírico, ou seja, aplicado de fato à realidade. 
A antecipação dos impactos por meio de simulação de ajustes contábeis causados por 
normas ainda não implementadas se torna muito útil em mercados que por sua natureza 
econômica merecem algum tipo de regulação especial, como é o caso do mercado de seguros. 
A preocupação governamental em regular a economia vem acompanhada da proteção dos 
elementos componentes do mercado, principalmente da parte hipossuficiente, que no caso do 
mercado de seguros é o segurado. Logo, qualquer alteração significativa nos normativos 
contábeis que afete de sobremaneira a saúde financeira das companhias, as levem a um 
quadro de insolvência e, por fim, à não cumprimento dos compromissos com os segurados, 
deve ser previamente estudada e seus possíveis impactos quantificados. 
O presente estudo objetivou, justamente, antecipar adoção parcial de um normativo 
contábil que se encontra em elaboração pelo IASB e que afeta de maneira significativa o as 
demonstrações financeiras das seguradoras. O registro de receita de reversão de constituição 
de provisões técnicas, quando o Teste de Adequação de Passivos indicar quadro de 
suficiência, lançamento contábil não permitido pelo IFRS 4 – Fase I, será permitido na Fase II 
da norma. Aliás, as provisões técnicas irão oscilar de acordo com o valor presente dos fluxos 
de caixa futuros. Nesse sentido, nos adiantamos ao normativo e simulamos um cenário em 
que, para este ponto específico, a Fase II já estivesse implementada. 
A coleta de dados foi realizada com o uso das demonstrações contábeis divulgadas 
pelas Companhias pesquisadas, através do Sistema estatístico da Susep e por meio do 
Relatório de Avaliação Atuarial solicitado ao órgão supervisor de seguros. A população foi 
restrita às Companhias que apresentavam provisões técnicas de operações de previdência 
devido ao seu caráter de maior longo prazo, o que possibilita resultados mais relevantes no 
Teste de Adequação de Passivos. A amostra foi definida a partir das Companhias que 
apresentaram suficiência positiva no Teste de Adequação de Passivo relatada em notas 
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explicativas das demonstrações financeiras. Como o ajuste por conta desta suficiência positiva 
não é permitida pelo normativo contábil vigente, realizou-se a simulação de acordo com o 
normativo em elaboração pelo IASB para análise dos impactos nos itens Lucro Líquido, 
Patrimônio Líquido e Patrimônio Líquido Ajustado e nos índices financeiros Retorno sobre 
Ativos, Imobilização do Patrimônio Líquido e Margem Líquida. 
A distribuição dos dados do estudo não apresentou normalidade, o que levou à 
realização de teste não paramétrico de diferença de médias para duas amostras emparelhadas: 
o teste de Wilcoxon. Todas as variáveis estudadas, além de apresentarem variações relevantes 
dos seus saldos após aplicação dos ajustes da receita de reversão de provisão gerada pela 
suficiência de provisão apurada pelo TAP, apresentaram significância estatística. Os 
resultados encontrados apontam que a recepção do normativo internacional, ainda em fase de 
final de elaboração pelo IASB, irá gerar impacto positivo relevante em determinados itens das 
demonstrações financeiras que servem de insumo para análise econômico-financeira, 
principalmente para os fins de apuração da situação de solvência das Companhias. 
Pesquisas anteriores, como Brandes e Eierle (2007), Costa e Lopes (2008), Cordazzo 
(2008), Lantto e Sahlström (2009), Beckman, Borsato, Pimenta e Ribeiro (2009), Borsato, 
Pimenta e Ribeiro (2009) e Santos e Calixto (2009), analisaram os impactos da adoção das 
normas IFRS ou USGAAP de modo completo nas demonstrações contábeis como um todo. Já 
esta pesquisa se propôs analisar apenas um impacto simulado deuma determinada norma, o 
IFRS 4 – Fase II. Porém, os resultados encontrados para as pesquisas anteriores e por esta 
apontaram que, tanto a aplicação inicial das normas IFRS, quanto à aplicação de atualização 
de norma já existente, geram aumentos nos saldos dos itens das demonstrações financeiras, 
confirmando caráter pouco conservador do IASB. Fato este que deve despertar a atenção dos 
países que adotam as normas internacionais de contabilidade e, principalmente, para os seus 
mercados regulados em que a atenção está voltada para solvência das Companhias 
supervisionadas. 
A previsão do IASB para emissão definitiva do normativo é até o final de 2015, porém 
será concedido prazo de pelo menos dois anos, conforme informado no último documento de 
exposição, para a implementação. Desse modo, neste período pré-implementação, com o texto 
da norma definido, estudos mais completos contendo outros aspectos do IFRS 4 – Fase II 
poderão ser realizados permitindo uma análise mais realística dos impactos nas 
demonstrações financeiras das companhias seguradoras. 
 
 
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contábeis das operações de seguros: análise comparativa e o Projeto proposto pelo IASB. 
Dissertação (Mestrado em Controladoria e Contabilidade Estratégica) – Faculdade Ciências 
Econômicas de São Paulo, 2002. 
SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS. Circular Susep n. 457, de dezembro de 
2012 (2012). Institui o Teste de Adequação de Passivos para fins de elaboração das 
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observados pelas sociedades seguradoras, entidades abertas de previdência complementar e 
resseguradores locais. Rio de Janeiro, RJ. Disponível em: http://www2.susep.gov.br/ 
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WATANABE, L. A primeira adoção das normas internacionais de contabilidade: ensaio 
nas demonstrações financeiras das empresas brasileiras do setor da construção civil e 
incorporação imobiliária. Dissertação (Mestrado em Ciências Contábeis e Atuariais) – 
Pontifícia Universidade Católica, São Paulo, 2009. 
WEETMAN, P.; JONOES, E. A. E.; ADAMS, E. A.; GRAY, S. J. Profit measurement and 
UK accounting standards: a case of increasing disharmony in relation to US GAAP and 
IASs. Accounting and Business Research, v. 28, n. 3, p.189-208, 1998. 
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