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Estudo radiológico do tórax RX simples- métodos de avaliação A radiografia é o exame mais pedido no mundo, não necessariamente apenas por pneumologistas. Dois tipos de raio X: a) Filme convencional (Câmera fotografia dos anos 2000) • Fácil manuseio; • Alta sensibilidade; • Boa uniformidade; • Baixo custo; • Informação diagnóstica; • Informação diagnóstica limitada (pequena variação de exposição). b) Digital (câmera de celular) • Qualidade da imagem superior (>resolução); • Imagens digitais que podem ser armazenadas e transmitidas; • Alto custo (isso ao longo do tempo vai normalizando); • Dose de radiação (maior dose de radiação e por isso é considerado uma desvantagem). Metodologia de avaliação • Ambiente adequado: negatoscopio; • Luminosidade adequada; • Avaliação ocular limitada (verificar nuance de cores); • Técnica adequada (melhor descartar e realizar novamente do que se esforçar fazendo uma interpretação de uma radiografia mal feita ). • Análise global, segmentar e comparativa (campos pulmonares). Sempre comparar um lado do tórax com o outro. Etiqueta de identificação: fora dos campos pulmonares. Sempre feita do lado direito, ou embaixo. Se pegar um raio X sem identificação, não confie, solicite outro. 1) Itens da técnica • Posicionamento: PA ou AP. Vamos preferir PA, vamos solicitar no pedido do Raio-X que seja feito em PA. • Centralização: centrado. Se o paciente esta torto, algumas regiões podem ficar tortas e esconder algumas estruturas. • Inspiração ou expiração. De preferência inspirado, vamos querer ver o pulmão insuflado e enxergar tudo que está dentro. • Penetração (somente para RX convencional). Quantidade de raio que o técnico colocou no raio-X, se ele colocar muito raio queima algumas estruturas. 1) POSICIONAMENTO • PA e perfil (padrão): perfil é um complemento do PA. • AP somente em situações que o paciente não consegue ficar em ortostase. • Decúbito lateral com raios horizontais: derrame pleural. • Oblíqua anterior: favorece a visualização das costelas (Suspeita de fratura nas costela). • Apico-lordotica: ápices pulmonares. Todos os pacientes que conseguem ficar em pé, vamos pedir para que seja feito em ortostase PA. A: PA melhor raio-X. B: perfil, colocar o paciente do lado esquerdo do filme e o raio passa pelo lado direito. C: oblíquo (fratura de costela verificar o gradil costal). E: AP apenas quando o paciente está acamado, o filme nas costas do paciente. PA e perfil Toda vez que vamos ver o raio-X estamos vendo o paciente de frente para nos. O lado direito é sempre o do paciente, não o meu. Pneumologia Desvantagem do raio-X da tomografia é a profundidade, pegamos uma pessoa que tem 3 dimensões e colocamos em 2 dimensões. Existe uma grande diferença entre a PA e AP, na AP as estruturas ficam menos visíveis e menos nítidas, como se houvesse uma sombra. No primeiro RX o coração do paciente está aparentemente normal, no segundo em AP podemos dizer que ele tem cardiomegalia. 2) Raio- X centrado Vamos pegar as duas clavículas e dividir no meio, o paciente centrado vai ser na coluna nos processos espinhosos, mas devemos tomar cuidado com pessoas com coluna torta. Se o paciente estiver corretamente centrado, as clavículas vão estar equidistante do meio. Se o paciente está torto, o paciente esta rodado, o lado que a clavícula estiver mais afastada, significa que o paciente rodou para aquele lado. Ex: a clavícula direita está mais distante do centro, logo, digo que a clavícula rodou para a direita. 3) Expiração X inspiração Sempre na inspiração. O padrão do parênquima pulmonar não vai apresentar diferença. No primeiro na expiração, e o segundo na inspiração, apresentando o tórax e o pulmão mais alargado. 4) Penetração Quanto mais penetrado vamos ver mais osso, e as estruturas delicadas do pulmão podem ser perdidas (alvéolos). A imagem fica queimada. O adequado é a visualização de no máximo 4 corpos vertebrais, e depois podemos ver apenas a silhueta da coluna. Análise das estruturas Seguindo uma lógica de análise. Vamos verificar de fora para dentro, como se fosse uma dissecação. • Na parte mais externa, temos pele e tecido subcutânea (ultrassom é mais utilizado para observação externa); • Arcabouços ósseo, se quisermos verificar ossos mesmo, deve-se fazer o Raio-X na posição oblíqua (verificar o gradil costal); • Mediastino: traqueia, carina, botão (arco aórtico)- hilos pulmonares e área cardíaca. Vamos ver de cima para baixo; • Cúpulas diafragmaticas; • Seios costo-frenico; • Parenquima pulmonar. Sempre comparativo. Partes moles: verificar coisas estranhas- projetil de revólver, ar, pode formar enfisema subcutâneo. Partes ósseas: ver todas as costelas, clavícula e os arcos costais. No digital vai aparecer todos os arcos costais. Mediastino: estruturas no meio do tórax, delimitado pelas pleuras. Podemos dividir o mediastino em anterior, médio e posterior. De cima para baixo Traqueia: Verificar o brônquio fonte direito e o esquerdo. Arco aórtico: estrutura mais dessa e por isso fica branco. Hilos pulmonares: onde estão entrando os brônquios fontes e as artérias pulmonares. O hilo direito é mais bem apresentado, e o esquerdo é mais disforme. Lembrar que o brônquio fonte direito é mais vertical e mais fino (risco de aspiração), e o esquerdo mais horizontal e mais calibroso. Lembrar do desnível, o lado esquerdo é mais elevado que o lado direito. Na altura do diafragma. Hilos alterados: hilos largos de hipertensao pulmonar. Coração: área cardíaca no terço inferior do tórax. Verificar o tamanho do coração em relação ao tórax. Chamado de índice cardiotorácico: <0,5. Tamanho do coração em cm ex:12cm, e o tamanho do tórax de uma costela a outra ex:28cm. Então o tamanho do coração não pode ser mais do que a metade do tamanho do tórax. Se estiver maior, considera que o paciente esta com cardiomegalia. Cúpulas diafragmaticas: visíveis, com formato côncavo para baixo, lembrando que a cúpula esquerda é mais baixa que a cúpula direita devido a presença do coração. Seio costofrenico: verificar alterações, a imagem em condições normais deve estar hiperdensa. Parênquima pulmonar: porção superior, porção média e as bases. Olhar os lados comparativamente. Nas bases temos as mamas e anatomicamente em cima é mais transparente que na base. E por último avaliar tudo para verificar se não esqueceu nada. Descrição geral: em PA não vamos observar as escapulas, além disso, verifica-se o fundo do estômago vai ficar branco, formando uma bolha gástrica (uma imagem escura), isso é uma dica de que o paciente estava em ortostase. As escápulas fora dos campos pulmonares são mais fidedignas. Verificar se o raio x foi feito em inspiração, contando os arcos costais anteriores, verificar se o 7 arco anterior estiver passando no meio do diafragma. Tórax em PA, centrado, inspirado. Ótimo do ponto de vista técnico. Não verifica-se penetração porque e digital. Partes moles: sem alterações. Parte ósseas: sem alterações. Mediastino: traqueia visível, centralizada, carina visível bronquio fonte direito e esquerdo visível. Arco aórtico visível sem alterações. Hilos visíveis e sem alterações. Área cardíaca: sem alterações. Cúpulas diafragmaticas: visíveis sem alterações. Recesso costofrenico: visíveis e sem alterações. Utilizar o termo: seios costofrenicos livres. Parenquima pulmonar: Terço superior: sem alteracoes. Terço medio: sem alteracoes. Bases: sem alteracoes. Conclusão radiológicas ou diagnostico radiológico: Raio-X de tórax sem alterações. Alterações patológicas Pneumotórax: hipertransparencia. Tudo preto. Congestão: opacidade, lesão mais densa que o ar. Mais branca. 1) Opacidade alveolar. 2) Nódulo. 3) Massa. Que são coisas completamentediferente. Descrever a opacidade: opacidade na base direita, sem limites precisos, heterogênea. Sinal: broncograma aéreo- os processos patológicos estão ocupando dentro dos alvéolos. O ar vai aparecer sempre preto, e líquidos, consolidação, e outros vão aparecer branco. São linhas escuras dentro da opacidade que são os brônquios que estão com ar e quando os alvéolos estão preenchidos ficando branco. Nesse sentido, quando temos broncograma aéreo temos uma opacidade alveolar. Podemos ter uma opacidade bem delimitada, é bem homogênea, não verificada o broncograma aéreo, não é grande, e tem um tamanho menor que 3cm, então vai ser chamada de nódulo. É obrigado a dizer que não tem broncograma aéreo. Opacidade bem delimitada, homogênea, sem broncograma aéreo, maior que 3cm, considerado massa. Essas são as 3 lesões mais frequentes de um raio-X. Segmentação pulmonar LSD LM LID LSE LIE Estudar lobos e fissuras.
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