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Bloco 1 - caderno de revisão em frases

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Caderno de Revisão
em Frases
2022
Legenda:
Conceito/Lei seca
Prazo/Quórum
Súmula/Jurisprudência
Fonte: Qconcursos/Legislação destacada
Filtros:
Cargo: Juiz Federal, Juiz de Direito, Promotor de Justiça, Defensor Público. 
Sumário
DIREITO CIVIL	18
PONTO 1 - LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO (DECRETO-LEI NO 4.657 / 1942 E SUAS ALTERAÇÕES)	18
Qual a natureza jurídica da LINDB?	18
Qual é o objeto de estudo da LINDB?	18
Qual é a estrutura da LINDB?	18
Quais são as principais funções da LINDB?	18
Qual o momento em que o projeto de lei se transforma em lei?	19
Qual o momento em que a lei entra em vigor?	19
Como ocorre a contagem do prazo de vacatio legis?	19
É possível modificar uma lei dentro do período de vacatio legis?	19
Como ocorre a revogação de uma lei?	19
O que é dessuetudo? É admitido no direito brasileiro?	20
Lei nova que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, revoga ou modifica a lei anterior?	20
O que é repristinação e como ela pode ocorrer?	20
O que é efeito repristinatório tácito?	20
O que é ultratividade? Indique um exemplo.	20
Discorra sobre o princípio da obrigatoriedade da norma.	20
Em quais situações se pode admitir o erro de direito?	20
Discorra sobre o princípio da obrigatoriedade simultânea da norma.	21
O que significa integração da norma?	21
Em quais hipóteses o juiz pode determinar à parte interessada que faça prova da existência e vigência da lei?	21
Quais são os métodos de integração da norma?	21
Presente uma lacuna, deverão ser utilizadas as formas de integração da norma jurídica. Quais são as espécies de lacunas classificadas pela doutrina?	21
Como ocorre a interpretação da lei?	22
Explique sobre a classificação da interpretação da lei quanto à sua origem.	22
Explique sobre a classificação da interpretação da lei quanto ao método utilizado.	22
Explique sobre a classificação da interpretação da lei quanto ao resultado obtido.	22
Qual é o efeito da lei em vigor?	22
O que é direito adquirido?	22
O que é coisa julgada?	23
O que é ato jurídico perfeito?	23
As relações continuativas podem ser atingidas pela lei nova?	23
O que dispõe o princípio da territorialidade?	23
Como ocorre a aplicação da lei no espaço com relação às pessoas?	23
Nos casos de invalidade do matrimônio, cujos nubentes tenham domicílio diverso, qual lei será aplicável?	23
O regime de bens obedece à lei de qual país?	23
Estrangeiro casado pode adotar o regime de comunhão parcial de bens?	23
Qual é o domicílio dos filhos não emancipados e dos incapazes?	24
Qual a solução encontrada para a pessoa que não possui domicílio?	24
Como ocorre a aplicação da lei no espaço em relação aos bens?	24
Como ocorre a aplicação da lei no espaço quanto aos fatos jurídicos?	24
Como ocorre a aplicação da lei no espaço com relação às sucessões?	24
Quais são os requisitos para a aplicação da lei estrangeira no território nacional?	25
Quais são os requisitos para o cumprimento da decisão judicial estrangeira, da carta rogatória e do laudo arbitral estrangeiro no brasil?	25
O STJ poderá homologar essas medidas de forma monocrática?	25
Existem casos de dispensa de homologação?	25
O que é antinomia?	25
Quais são os critérios básicos de solução de antinomias?	25
Como se classificam as antinomias?	26
Em que consiste a proibição de reenvio?	26
Quais são as fontes do direito civil?	26
Discorra sobre a lei como fonte direta do direito.	26
Quais são as características da lei?	26
Como a lei se classifica?	27
Discorra sobre os costumes como fonte direta do direito.	27
Qual é a classificação dos costumes?	27
Discorra sobre a analogia como fonte secundária do direito.	27
Qual é a classificação da analogia?	27
Discorra sobre os princípios gerais como fonte secundária do direito.	28
Discorra sobre a doutrina como fonte secundária do direito.	28
Discorra sobre a jurisprudência como fonte secundária do direito.	28
Discorra sobre a equidade como fonte secundária do direito.	28
O que significa decidir com base em valores jurídicos abstratos?	28
Discorra sobre o termo “consequências práticas da decisão” contido na LINDB.	28
Todas as decisões, sejam elas proferidas pelos órgãos administrativos, controladores ou judiciais, devem ser motivadas?	29
Qual o cuidado que se deve ter com decisões que acarretem invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa?	29
Na interpretação das normas sobre gestão pública, o que se entende por primado da realidade?	29
No caso de aplicação de sanções, quais critérios devem ser utilizados?	30
Em caso de mudança na forma como tradicionalmente a administração pública, os tribunais de contas ou o Poder Judiciário interpretavam determinada norma, como se dará a aplicação do novo entendimento?	30
Quais os requisitos para a aplicação do regime de transição?	30
Para os fins do art. 24 da LINDB, o que se consideram as orientações gerais?	30
Em que consiste o compromisso para eliminar irregularidade, incerteza jurídica ou situação contenciosa na aplicação do direito público?	31
No caso de benefícios indevidos ou prejuízos anormais ou injustos, existe previsão de compensação?	31
Se um servidor público, no exercício de suas funções, pratica ato ilícito que causa prejuízo a alguém, ele poderá ser responsabilizado?	31
Como se dá a responsabilidade do agente público por opiniões técnicas ou decisões em caso de dolo ou erro grosseiro?	32
Como se dá a responsabilidade do parecerista por conteúdo opinativo?	32
PONTO 2 - CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO (LEI Nº 10.406/2002 E SUAS ALTERAÇões)	32
Quais são as principais características do Código Civil?	32
Discorra sobre os princípios filosóficos do Código Civil de 2022.	33
PONTO 3 - DAS PESSOAS. DAS PESSOAS NATURAIS. DAS PESSOAS JURÍDICAS. DO DOMICÍLIO. DA DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA.	33
Conceitue personalidade jurídica.	33
Em que momento a pessoa física ou natural adquire personalidade jurídica?	33
Qual teoria foi adotada pelo CC?	34
O que se entende por estado civil da pessoa natural?	34
Qual é a distinção entre capacidade e legitimação?	34
A deficiência pode afetar a capacidade civil da pessoa natural?	34
Quem são os absolutamente incapazes no Código Civil?	35
Quem são os relativamente incapazes no Código Civil?	35
O que se entende por pródigo?	35
O que se entende por estatuto jurídico do patrimônio mínimo?	35
Como ocorre o suprimento da incapacidade?	36
O alcance da maioridade civil implica o cancelamento automático da pensão alimentícia?	36
A obrigatoriedade de pagar pensão alcança os estudos de pós-graduação?	36
A tese dos alimentos transitórios é aplicada pelos tribunais?	36
A redução da maioridade civil influencia no âmbito previdenciário?	36
A redução da maioridade civil influencia o Estatuto da Criança e do Adolescente?	36
Como ocorre a extinção da pessoa natural?	37
O que se entende por testamento vital ou obstinação terapêutica ou morte digna (living will ou declaração de vontade antecipada)?	37
Discorra sobre a morte presumida com decretação de ausência.	37
Discorra sobre a morte presumida sem decretação de ausência.	37
As hipóteses de morte presumida sem declaração de ausência estão previstas apenas no Código Civil?	37
O que se entende por comoriência?	38
Para configurar a comoriência a morte deve ocorrer no mesmo lugar?	38
O que é emancipação e como ela ocorre?	38
Como fica a responsabilidade civil dos pais na emancipação voluntária?	38
Se o casamento for invalidado, o emancipado retorna à situação de incapaz?	38
O menor que ganha um salário-mínimo é emancipado?	38
Como fica a situação do incapaz que pratica ilícito na atividade empresarial?	39
O emancipado pode perder o direito aos alimentos?	39
União estável pode ser causa de emancipação?	39
O menor emancipado pode dirigir?	39
Admite-se a prisão civil do menor emancipado por débito alimentar?	39
A emancipação antecipa a maioridade civil?	39
Quais atos serão registrados no registro público e quais serão averbados?	39
O que são os direitos de personalidade?	40
DIREITO PROCESSUAL CIVIL	40
PONTO 1 - DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL E SUA APLICAÇÃO.40
Qual o conceito de processo?	40
Quais são os sistemas de aplicação das normas processuais no tempo? Qual foi o adotado pelo NCPC?	40
O direito processual contemporâneo é orientado por quais vetores metodológicos?	41
Quais são as fases históricas da ciência processual?	41
Qual o significado de normas fundamentais do processo civil?	41
Qual o conceito de devido processo legal?	41
Qual o significado atual do princípio do contraditório?	42
Qual o significado de duração razoável do processo?	42
Quais são as espécies de publicidade no processo civil?	42
O juiz pode adotar procedimentos para buscar a igualdade processual?	42
Qual a diferença entre princípio da efetividade e princípio da eficiência no processo civil?	42
O NCPC dispõe sobre a boa-fé processual?	43
Existe adequação processual judicial?	43
O princípio da proteção da confiança encontra-se previsto no CPC?	43
Além das normas fundamentais, o NCPC prevê regras fundamentais? Qual a diferença?	43
Quais são os modelos processuais e qual foi o adotado pelo NCPC?	43
PONTO 2 - JURISDIÇÃO E AÇÃO. CONCEITO, NATUREZA E CARACTERÍSTICAS. CONDIÇÕES DA AÇÃO.	43
Qual o conceito de jurisdição?	43
O que são equivalentes jurisdicionais e quais são?	44
A arbitragem é uma forma de jurisdição?	44
O que é o princípio da investidura?	44
Discorra sobre o princípio da indelegabilidade. Há exceções?	44
O princípio da territorialidade é aplicado ao Poder Judiciário? Se sim, em qual sentido? Existem exceções?	44
No que consiste o princípio da inafastabilidade do Poder Judiciário?	44
Qual o conceito de juiz natural? Há previsão expressa na CF?	44
No que consiste o princípio da inevitabilidade?	45
Jurisdição voluntária é jurisdição ou não?	45
Qual o conceito de ação?	45
Quais as teorias que explicam o direito de ação?	45
Qual o significado de teoria da asserção?	45
Quais são os elementos da ação como demanda?	46
Qual o conceito de causa de pedir?	46
Quais são os pressupostos processuais? Explique-os de maneira sucinta.	46
As condições da ação persistem no ordenamento jurídico? Quais são elas?	46
PONTO 3 - DOS LIMITES DA JURISDIÇÃO NACIONAL E DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL.	46
A ação proposta perante tribunal estrangeiro induz litispendência com a justiça brasileira?	47
Quanto a cooperação jurídica internacional, há sempre necessidade da existência de tratado internacional?	47
Quais são os objetos da cooperação jurídica internacional?	47
PONTO 4 - DA COMPETÊNCIA INTERNA: DISPOSIÇÕES GERAIS, DA MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA E DA INCOMPETÊNCIA. DA COOPERAÇÃO NACIONAL.	47
Defina competência.	47
Diferencie competência de jurisdição.	47
Discorra sobre competência absoluta e relativa.	47
É possível o reconhecimento de ofício da incompetência relativa?	47
O que significa a expressão kompetenz kompetenz?	47
Defina forum shopping e forum non conveniens.	48
O que é distribuição e registro?	48
O que é translatio iudicii?	48
Defina conexão e continência.	48
Defina conflito de competência.	48
O que é o princípio da tipicidade da competência?	48
O que é o princípio da indisponibilidade da competência?	48
PONTO 5 - DOS SUJEITOS DO PROCESSO: CAPACIDADE PROCESSUAL; DOS DEVERES DAS PARTES E SEUS PROCURADORES; DOS DEVERES; DA RESPONSABILIDADE DAS PARTES POR DANO PROCESSUAL; DAS DESPESAS, DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS E DAS MULTAS; DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA; DOS PROCURADORES E DA SUCESSÃO DAS PARTES E DOS PROCURADORES.	48
O que é capacidade processual?	49
O que é curador especial?	49
O que é capacidade postulatória?	49
O que é legitimação extraordinária?	49
Diferencie substituição processual de sucessão processual.	49
Diferencie substituição processual e representação processual.	50
O que é litigância de má-fé?	50
Defina honorários advocatícios e suas espécies.	50
Defina gratuidade de justiça.	50
Defina despesa processual.	50
O que é sucumbência recíproca?	50
PONTO 6 - DO LITISCONSÓRCIO. DA INTERVENÇÃO DE TERCEIROS: DISPOSIÇÕES COMUNS; DA ASSISTÊNCIA SIMPLES; DA ASSISTÊNCIA LITISCONSORCIAL; DA DENUNCIAÇÃO DA LIDE; DO CHAMAMENTO AO PROCESSO; DO INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA; DO AMICUS CURIAE.	50
O que é litisconsórcio?	51
É possível litisconsórcio ulterior? No que consiste?	51
Qual a diferença entre litisconsórcio simples e unitário? Como identificá-los?	51
Como identificar litisconsórcios unitários?	51
Quais as consequências dos atos dos litisconsortes?	51
Quais são as três figuras do litisconsórcio?	51
Qual o significado de litisconsórcio facultativo impróprio?	51
É possível o litisconsórcio unitário facultativo?	52
A coisa julgada atinge o litisconsorte unitário facultativo que não participou?	52
No caso acima, o juiz poderia integrar o terceiro litisconsorte facultativo unitário?	52
Qual a diferença entre o litisconsórcio necessário e o simples?	52
Há litisconsórcio necessário no polo ativo?	52
Qual a consequência para um litisconsorte necessário que não participa do processo?	52
O que é intervenção iussu iudicis?	52
Qual o significado de intervenção litisconsorcial voluntária?	53
Qual a diferença de ser parte e ser terceiro?	53
Quais os fundamentos das intervenções de terceiros?	53
Quais as classificações?	53
Há limites para as intervenções?	53
Como ocorre o controle judicial das intervenções?	53
O que é assistência? Quais as espécies?	54
Quais são as consequências dos atos dos assistentes em relação aos assistidos?	54
O assistente se submete à coisa julgada?	54
A lei 9.469/97 inovou acerca do tema?	54
O que é denunciação da lide?	54
Qual a posição do denunciado?	54
Qual é o conceito e hipóteses de chamamento ao processo?	54
O artigo 1.698 do CC prevê uma hipótese de chamamento ao processo?	55
Quais são as espécies de desconsideração da personalidade jurídica? Qual a sua natureza?	55
Qual a natureza jurídica do amicus curiae?	55
É possível a alienação da coisa ou do direito litigioso?	56
PONTO 7 - DO JUIZ, DO MINISTÉRIO PÚBLICO E DOS AUXILIARES DA JUSTIÇA.	56
Quem é o juiz no atual processo civil?	56
Quais são os deveres do juiz no processo?	56
Como o juiz decide o mérito?	56
Quando é possível decisão por equidade?	56
É possível o non liquet?	56
Qual o sistema processual de responsabilização do juiz em suas funções?	57
O que é impedimento e suspeição?	57
Quem são os auxiliares da justiça?	57
Quais as atribuições do Ministério Público no NCPC?	57
PONTO 8 - DA ADVOCACIA E DA DEFENSORIA PÚBLICA.	57
Qual o conceito de advocacia pública e suas funções?	58
Qual o conceito de defensoria pública e suas funções?	58
PONTO 9 - DA FORMA, DO TEMPO, DO LUGAR E COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS. DOS PRAZOS.	58
O que é ato processual, como são divididos e quais são os seus elementos?	58
Defina: atos postulatórios, atos de causação e atos reais.	58
Defina: atos processuais unilaterais, bilaterais e plurilaterais.	59
Discorra sobre provimentos e suas espécies (atos do juiz).	59
Discorra sobre atos solenes e não solenes.	59
O que são testemunhas egrégias?	59
O que é ato prematuro?	59
Como ocorre a comunicação dos atos processuais?	59
Situe atendimento ao fim do ato.	60
O que se entende por prazo?	60
O que é prazo padrão no CPC?	60
O que são prazos dilatórios? E prazos peremptórios?	60
O que são prazos próprios e impróprios?	60
O que é aplicação cumulativa de uma dobra de prazo?	60
Sobre os prazos, defina suspensão e interrupção.	60
PONTO 10 - DAS NULIDADES. FORMALISMO E INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS. CONVALIDAÇÃO DO ATO PROCESSUAL. PRECLUSÃO.	60
ECA	60
PONTO 1 - DA PROTEÇÃO A CRIANCA E AO ADOLESCENTE. CONCEITOS, DEVERES, GARANTIAS E PRIORIDADES. DA INTERPRETAÇÃO DA NORMA ESTATUTÁRIA.	60
Conceitue o direito da criança e do adolescente.	61
O que é a doutrina da proteção integral?	61
Qual a importância da Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança de 1989?	61
O que é a trilogia da proteção integral?	61
Diferencie criança, adolescente e jovem.	61
Cite as três diferenças no tratamento dado pelo ECA às crianças e aos adolescentes.	61
O ECA pode ser aplicado a maiores de idade?	62
Qual a diferença do ECA para o Código de Menores?	62
O que é a absoluta prioridade?	62
Quais são os vetoresinterpretativos do ECA?	62
Todo adolescente é jovem?	63
O estatuto da juventude se aplica aos adolescentes?	63
Quais são os direitos garantidos às crianças e aos adolescentes?	63
De quem é o dever de efetivar os direitos das crianças e dos adolescentes?	63
Qual foi o critério utilizado pelo legislador para definir criança e adolescente?	63
A emancipação retira a pessoa do campo de incidência do ECA?	63
O que é o direito de ser adolescente?	63
Quais as críticas à utilização do termo “menor”?	64
O conceito de criança da Convenção sobre Direito da Criança é o mesmo do conceito do ECA?	64
Quais são as fases de evolução do direito da criança e do adolescente no Brasil?	64
PONTO 2 - DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS. DAS MEDIDAS DE PROTEÇÃO.	65
Quais são os direitos fundamentais da criança e do adolescente?	65
Conceitue primeira infância e explique o tratamento do ECA sobre ela.	65
O que é o direito ao aleitamento materno?	66
Quais são as dimensões do direito à vida?	66
Conceitue aborto.	66
O que é aborto necessário?	67
O que é aborto sentimental ou humanitário?	67
O que é antecipação terapêutica do parto de anencéfalos?	67
Quais são as obrigações dos hospitais em relação às gestantes?	67
O que é a declaração de nascido vivo e qual é a sua importância?	67
O que é o “direito ao parto anônimo”?	67
Diferencie investigação de paternidade/parentalidade da investigação de origem genética (ancestralidade).	68
Se o profissional de saúde suspeitar que uma criança recebeu castigo físico, qual é sua obrigação?	68
O que é castigo físico, tratamento cruel ou degradante e maus-tratos contra a criança ou adolescente?	68
O desenvolvimento psíquico da criança recebe algum tratamento especial pelo ECA?	69
Como é disciplinada a participação de criança em programa de televisão?	69
Quais são os aspectos compreendidos pelo direito à liberdade?	69
O que é o direito ao respeito e como o princípio da dignidade da pessoa humana o afeta?	70
É possível o corte forçoso de cabelos do adolescente em cumprimento de medida socioeducativa?	70
As pessoas responsáveis por crianças ou adolescentes que utilizarem castigo físico ou tratamento cruel ou degradante estão sujeitas a quais medidas?	70
O que é “bullying”?	70
Em que consiste o direito à convivência familiar e comunitária?	71
Como garantir a convivência familiar em relação a pais privados de liberdade?	71
O que é família natural?	71
O que é família extensa ou ampliada?	71
O que é família disfuncional?	72
O que é família substituta?	72
O que é família matrimonial?	72
O que é família monoparental?	72
O que é união estável?	72
O que é família anaparental?	72
O que é família homoafetiva?	72
O que é família mosaico?	72
O que é família eudemonista?	72
Em relação ao ambiente em que devem conviver, qual é a ordem hierárquica de presunção de maior bem-estar para criança e adolescente?	73
O que é poder familiar?	73
Qual	é o prazo prescricional para o ajuizamento de ação investigatória de paternidade?	73
O que é paternidade socioafetiva?	73
O que é multiparentalidade?	73
Como se reconhece a filiação?	73
O reconhecimento de paternidade em testamento nulo ou revogado produz efeitos?	73
Quais são os deveres dos pais em relação à criança e ao adolescente?	74
Os “pais miseráveis” perdem o poder familiar?	74
Os pais privados de liberdade perdem o poder familiar?	74
Quais são as formas de extinção do poder familiar?	74
Em que hipóteses o juiz poderá decretar a perda do poder familiar?	74
O que é guarda?	74
O que é guarda compartilhada?	75
Os pais biológicos podem visitar o filho do qual não detêm a guarda?	75
O que é tutela?	75
O que é adoção?	75
O que é estágio de convivência e qual a sua finalidade?	75
Para que serve o cadastro de adotantes?	75
Conceitue adoção internacional?	76
O que é adoção post mortem?	76
O que é adoção intuitu personae?	76
O que é adoção à brasileira?	76
O que é adoção unilateral?	76
O que é acolhimento familiar?	76
O que acolhimento institucional?	77
O que é apadrinhamento e qual é o seu objetivo?	77
Quais são os princípios dos programas de acolhimento?	77
O que é ambiente familiar inadequado?	77
O que são medidas de proteção e a quem se aplicam?	77
Cite medidas de proteção específicas previstas no ECA.	78
Cite os princípios que regem as medidas de proteção.	78
O que são as entidades de atendimento?	78
O que é plano individual de atendimento?	78
O que é depoimento sem dano?	79
PONTO 3 - DO DIREITO A EDUCACÃO, A CULTURA, AO ESPORTE E AO LAZER.	79
Quais são os objetivos do direito à educação da criança e do adolescente?	79
Quais são as garantias relacionadas ao direito à educação?	79
Quais são as obrigações dos pais em relação à educação formal dos filhos?	79
O que é homeschooling?	79
Como estão divididas as competências constitucionais em relação ao ensino?	80
O direito à vaga em escola é direito público subjetivo?	80
O que é reserva do possível?	80
PONTO 4 - DOS ATOS INFRACIONAIS.	80
O que é ato infracional?	80
O que é medida socioeducativa e quais os seus objetivos?	81
O que é ação socioeducativa?	81
Quais são as garantias processuais do adolescente?	81
A definição da medida socioeducativa segue quais critérios?	81
O que é advertência?	81
Como se executa a obrigação de reparar o dano?	81
O que é a medida de prestação de serviços à comunidade?	82
O que é liberdade assistida?	82
O que é semiliberdade?	82
O que é internação?	82
O que é remissão?	82
Diferencie remissão própria de remissão imprópria.	83
Explique o princípio da brevidade.	83
Explique o princípio da excepcionalidade.	83
O que é o princípio da substitutividade?	83
O que é o princípio da cumulatividade?	83
Diferencie internação-sanção de internação provisória.	83
O que é oitiva informal?	83
O que é audiência de apresentação?	84
O que audiência em continuação?	84
O princípio da insignificância se aplica aos atos infracionais?	84
Atos infracionais prescrevem?	84
O que é o parecer psicossocial e quais são os seus efeitos?	84
PONTO 5 - DAS MEDIDAS PERTINENTES AOS PAIS OU RESPONSÁVEIS.	84
Quais são as medidas aplicáveis aos pais ou responsáveis?	84
Em caso de maus-tratos, opressão e abuso sexual por parte dos pais ou responsáveis, quais as medidas à disposição do magistrado?	85
Quais medidas devem ser preferencialmente aplicáveis?	85
PONTO 6 - DO CONSELHO TUTELAR	85
O que é o conselho tutelar?	85
Como se organiza o conselho tutelar?	85
Quais são as medidas aplicáveis pelo conselho tutelar que não exigem autorização judicial?	85
Como se define a competência do conselho tutelar?	86
O membro do conselho tutelar pode perder ou ter suspenso o seu mandato?	86
PONTO 7 - DO CONSELHO DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE.	86
O que é o Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente?	86
O que é o CONANDA?	87
PONTO 8 - DA JUSTIÇA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE. COMPETENCIA.	87
Como se define a competência do juízo da infância e juventude?	87
Em que situações o magistrado expede portarias ou alvarás no ECA?	87
O que é a equipe interprofissional e como ela é mantida?	87
PONTO 9 - DOS PROCESSOS E PROCEDIMENTOS	87
Qual é a regência supletiva estabelecida no ECA para os procedimentos?	88
Como são contados os prazos nos procedimentos previstos no ECA?	88
Fazenda Pública e Ministério Público possuem prerrogativas processuais especiais?	88
Como se dá a perda ou suspensão do poder familiar?	88
A criança e o adolescente sempre deverão ser ouvidos?	88
Quais são os cuidados para a obtenção do consentimento dos titulares do poder familiar nos procedimentos de colocação em família substituta?	88
Quando o adolescente é apreendido, a quem deve ser primeiramente encaminhado?	89
Quais hipóteses justificam a internação provisória?	89
O adolescente pode ser conduzido coercitivamente?	89
No âmbito da infiltração de agentes, o que são dados de conexão?	89
No âmbito da infiltração de agentes, o que são dados cadastrais?	89
Em que hipóteses o ECA autoriza a infiltração de agentes de polícia?	89
Como se processa a infiltração de agentes policiais na internet?	90
Como se processa a apuração de irregularidades em entidade de atendimento?	90
Como se dá a aplicaçãode penalidade por infração administrativa prevista no ECA?	91
Como é feita a habilitação para adoção?	91
A habilitação para adoção expira?	91
O que é depoimento especial?	92
O que é escuta especializada?	92
PONTO 10 - DOS RECURSOS.	92
Qual é o sistema recursal adotado pelo ECA?	92
Quais são as peculiaridades dos recursos no âmbito do ECA?	92
A apelação contra a sentença de adoção tem efeito suspensivo ou apenas devolutivo?	93
A interposição de apelação suspende o cumprimento de medidas socioeducativas?	93
O que é postulação pessoal?	93
PONTO 11 - DO MINISTÉRIO PÚBLICO.	93
Quais são as competências do Ministério Público no ECA?	93
Como é feita a intimação do Ministério Público?	94
O que acontece se o Ministério Público não intervir em feito de interesse da criança e do adolescente?	94
O representante do Ministério Público pode aplicar medida socioeducativa?	95
O Ministério Público pode exigir informação de particular para ajuizar ação civil?	95
PONTO 12 - DA PROTEÇÃO JUDICIAL AOS INTERESSES INDIVIDUAIS, DIFUSOS E COLETIVOS.	95
Quais são os legitimados para tomar termo de compromisso de ajustamento de conduta?	95
Qual é o destino de eventuais multas aplicadas no âmbito do juízo da infância e juventude?	96
PONTO 13 - DAS INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS.	96
A relação de infrações administrativas do ECA é taxativa ou exemplificativa?	96
Quem é o agente de proteção?	96
Ao aplicar sanção administrativa prevista no ECA o Poder Judiciário atua de forma típica ou atípica?	96
Quais são os requisitos para configuração da infração administrativa?	96
A infração administrativa do ECA admite tentativa?	96
Qual a natureza do procedimento de apuração de infração administrativa?	97
Qual é a finalidade da sanção por infração administrativa?	97
Infrações administrativas prescrevem?	97
PONTO 14 - LEI Nº 12.318, DE 26 DE AGOSTO DE 2010. DISPÕE SOBRE A ALIENAÇÃO PARENTAL E ALTERA O ART. 236 DA LEI NO 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990	97
Conceitue alienação parental.	97
Quais são os fundamentos para a proibição da alienação parental?	98
Em que processos o juiz pode reconhecer a alienação parental?	98
O que é a garantia mínima de visitação assistida?	98
Quais medidas podem ser tomadas pelo magistrado em caso de alienação parental?	98
DIREITO DO CONSUMIDOR	98
PONTO 1 - NATUREZA E FONTE DAS REGRAS DE CONSUMO. A RELAÇÃO DE CONSUMO E SUAS CARACTERÍSTICAS.	98
Qual a definição de direito do consumidor e qual sua finalidade?	98
Qual a natureza do direito do consumidor?	98
O que se entende por microssistema jurídico do direito do consumidor?	99
Qual a relação de direito do consumidor e a constitucionalização do direito civil?	99
Qual a consequência da constitucionalização do direito do consumidor?	99
Em qual geração de direitos fundamentais se encontra o direito do consumidor e por quê?	100
Qual o significado de proteção do direito do consumidor como princípio de ordem econômica?	100
Quais as características do Código de Defesa do Consumidor?	100
Como se resolve as aparentes antinomias entre o CDC e o CC?	100
Em que consiste o diálogo das fontes?	101
Quais as espécies de diálogo das fontes? Dê exemplos.	101
O diálogo das fontes é aplicado pela jurisprudência? Dê exemplos.	101
Existe previsão expressa da teoria do diálogo das fontes no CDC?	101
Como são sistematizados os princípios do CDC?	102
O que é Política Nacional das Relações de Consumo?	102
O que o princípio do protecionismo do consumidor?	103
O que é princípio da vulnerabilidade do consumidor?	103
O consumidor é sempre vulnerável?	104
O que é o princípio do favor debilis?	104
Quais são as espécies de vulnerabilidade?	104
O consumidor vulnerável sempre será hipossuficiente?	105
A hipossuficiência prevista no CDC é somente econômica?	105
Qual o significado de princípio da transparência? Dê um exemplo de aplicação.	105
Qual o significado do princípio da boa-fé no CDC?	105
O que são deveres laterais e qual a relação com a boa-fé?	106
A boa-fé prevista no CDC é objetiva ou subjetiva?	106
Quais são as funções da boa-fé objetiva? Cite exemplos.	106
PONTO 2 - INTEGRANTES E OBJETO DA RELAÇÃO DE CONSUMO. OBJETIVOS E PRINCÍPIOS DA POLÍTICA NACIONAL DAS RELAÇÕES DE CONSUMO.	107
O que significa relação de consumo?	107
Qual o conceito de consumidor?	107
O que é consumidor stricto sensu?	107
O que significa ser destinatário final?	107
Explique as teorias a respeito do consumidor.	107
Pessoa jurídica pode ser enquadrada como destinatária final? Qual a posição do STJ?	108
Pessoa jurídica de direito público pode ser consumidora?	108
Quem são os consumidores equiparados? Exemplifique.	109
Qual a abrangência da expressão “haja intervindo nas relações de consumo” na definição de consumidor equiparado à coletividade?	109
A coletividade de pessoas integrante do conceito de consumidor por equiparação abrange também as pessoas jurídicas?	109
Se nenhum consumidor real for identificado, há proteção do CDC?	110
No caso de uma explosão num shopping center, todas pessoas seriam consideradas consumidores por equiparação? Defina bystanders.	110
Qual o conceito de fornecedor?	110
Diante do conceito de fornecedor, quais elementos essenciais podemos extrair para sua definição?	110
O conceito de fornecedor se confunde com o conceito de empresário?	110
As cooperativas de crédito são fornecedoras?	111
Quais requisitos devemos identificar na pessoa física para enquadrá-la na definição de fornecedeor?	111
Para ser fornecedor exige-se o profissionalismo?	111
Ente despersonalizado pode ser fornecedor? Exemplifique.	111
Existe fornecedor “equiparado”?	112
Quais são as características que a doutrina classifica os fornecedores?	112
Qual o conceito de produto?	112
Amostra grátis é produto? Se causou dano, cabe responsabilidade civil pelo CDC?	112
Qual o conceito de serviço pelo CDC?	112
O que se entende por remuneração direta e indireta? Exemplifique.	112
O CDC se aplica ao serviço público de saúde? Por quê?	113
O CDC se aplica às entidades abertas e fechadas de previdência?	113
O CDC se aplica aos planos de saúde de autogestão? Por quê?	113
Cite hipóteses em que não se aplica do CDC.	113
PONTO 3 - OS DIREITOS BÁSICOS DO CONSUMIDOR. INTERPRETAÇÃO DAS REGRAS DE CONSUMO.	113
Quais são os direitos básicos elencados no CDC? A enumeração é exemplificativa ou exaustiva? Fornecedores também são destinatários dos direitos?	114
Quais são as características da informação como direito do consumidor?	114
Qual a finalidade da informação? Dê um exemplo de informação obrigatória expressa na lei.	114
Como a jurisprudência interpreta a obrigação de informação prevista no CDC?	114
É possível a modificação de cláusula contratual no CDC? Recebe o mesmo tratamento do CC?	114
Qual teoria se aplica à revisão das cláusulas excessivamente onerosas por fato superveniente? Recebe o mesmo tratamento do CC?	115
Qual a abrangência do direito básico do consumidor da efetiva prevenção e reparação de danos?	115
O que é abalo de crédito e quando ele se configura?	115
É aplicável o dano moral coletivo nas ações vinculadas a proteção dos direitos do consumidor?	116
O STJ admite o dano moral coletivo? Por que há divergência?	116
Quando o consumidor terá direito à inversão do ônus da prova?	116
Qual o momento adequado para a inversão do ônus da prova?	117
Diferencie a distribuição dinâmica do ônus da prova prevista no CPC da inversão prevista no CDC.	117
PONTO 4 - DA QUALIDADE QUE OS PRODUTOS E SERVIÇOS DEVEM TER. DA RESPONSABILIDADE DOS AGENTES QUE FIGURAM NAS RELAÇÕES DE CONSUMO.	117
Explique sobre os riscos dos produtos colocados no mercado.	117
Defina fato e vício do produto ou serviço.	118
Quais as formas de vícios?	118
O consumidor pode exigir os requisitos do artigo 18 do CDC sem oportunizar ao fornecedor que sane o vício nos 30 dias?	118
O que é necessário para configurar vício de qualidade por insegurança? Quais os requisitos? O que é periculosidade adquirida? E a inerente?	119
o que é recall? Ele tem previsão expressa no CDC?	119
PONTO 5 - ESPÉCIES DE RESPONSABILIDADES PREVISTAS NA LEI DE CONSUMO.	119
O que é teoria unitáriada responsabilidade?	119
Quais as espécies de responsabilidade civil previstas no CDC?	120
Qual a diferença entre vicia e defeito?	120
O que significa responsabilidade solidária?	120
Qual a modalidade de responsabilidade adotada pelo CDC? É informada por qual teoria?	120
Explique a responsabilidade pelo fato do produto.	120
Discorra sobre a responsabilidade do comerciante.	121
Quais as causas excludentes de responsabilidade?	121
Discorra sobre a responsabilidade pelo fato do serviço.	122
A situação é a mesma no caso de profissionais liberais?	122
Diferencie responsabilidade de meio da responsabilidade por resultado.	122
Há responsabilidade objetiva do profissional liberal no caso das obrigações de resultado?	122
Discorra sobre a responsabilidade pelo vício do produto.	123
Discorra sobre a responsabilidade pelo vício do serviço.	124
Provedores de internet têm responsabilidade por seu conteúdo?	124
Todo serviço público está sujeito à responsabilidade pelo CDC?	125
O que é livre consentimento informado? Existe exceção? Qual a consequência da inobservância?	125
PONTO 6 - DA PRESCRIÇÃO E DA DECADÊNCIA NAS AÇÕES ATINENTES A MATÉRIA DE CONSUMO.	125
Diferencie os prazos decadenciais e prescricionais previstos no CDC.	125
Qual o prazo para responsabilidade do fato do produto e serviço? É prescricional ou decadencial?	125
Qual o prazo para responsabilidade do vício do produto e serviço? É prescricional ou decadencial?	126
Existe a diferença entre os prazos decadenciais por vício aparente ou de fácil constatação e vício oculto?	126
Se o vício se manifestar após o término do prazo de garantia contratual, pode-se ainda reclamar pelo vício oculto?	126
Qual o prazo prescricional de indenização por responsabilidade advinda de transporte aéreo?	126
PONTO 6 - DAS PRÁTICAS COMERCIAIS. DA OFERTA E DA PUBLICIDADE. AS PRÁTICAS ABUSIVAS E SEUS EFEITOS.	126
Caderno de Revisão em Frases
(2022)
BLOCO 1
DIREITO CIVIL
PONTO 1 - LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO (DECRETO-LEI NO 4.657 / 1942 E SUAS ALTERAÇÕES)
Qual a natureza jurídica da LINDB?
A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro - LINDB é uma regra de superdireito ou sobredireito.
Ou seja, contém normas que definem a aplicação de outras normas.
Qual é o objeto de estudo da LINDB?
A LINDB preocupa-se com a própria norma jurídica, sendo essa o seu o objeto de estudo. Dirige-se a todos os ramos do direito, salvo naquilo que for regulado de forma diferente na legislação específica.
Qual é a estrutura da LINDB?
· Vigência das normas: art. 1º e 2º.
· Obrigatoriedade da norma: art. 3º.
· Integração da norma: art. 4º.
· Interpretação da norma: art. 5º.
· Aplicação da lei no tempo: art. 6º.
· Aplicação da lei no espaço: artigos 7º a 19.
· Normas sobre segurança jurídica e eficiência na criação e na aplicação do direito público (acrescentados pela Lei nº 13.655/2018): artigos 20 a 30.
Quais são as principais funções da LINDB?
· Determinar o início da obrigatoriedade das leis (art. 1º);
· Regular a vigência e eficácia das normas jurídicas (art. 1º e 2º);
· Impor a eficácia geral e abstrata da obrigatoriedade, inadmitindo a ignorância da lei vigente (art. 3º);
· Traçar os mecanismos de integração da norma legal para a hipótese de lacuna na norma (art. 4º);
· Delimitar os critérios de hermenêutica, de interpretação da lei (art. 5º);
· Regulamentar o direito intertemporal (art. 6º);
· Regulamentar o direito internacional privado no Brasil (art. 7º a 17), abarcando normas relacionadas à pessoa e à família (art. 7º e 11), aos bens (art. 8º), às obrigações (artigo 9º), à sucessão (art.10), à competência da autoridade judiciária brasileira (art. 12), à prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro (art.13), à prova da legislação de outros países (art. 14), à execução da sentença proferida por juiz estrangeiro (art. 15) à proibição do retorno (art. 16), aos limites da aplicação da lei e atos jurídicos de outro pais no Brasil (art. 17), atos civis praticados por autoridades consulares brasileiras no estrangeiro (art. 18 e 19).
Qual o momento em que o projeto de lei se transforma em lei?
A corrente majoritária entende que o projeto de lei se torna lei com a sanção ou com a rejeição do veto. Segundo essa posição, a promulgação apenas promulga uma lei já existente. Neste sentido, Gilmar Mendes afirma que “com a promulgação se atesta a existência da lei, que passou a existir com a sanção ou com a rejeição do veto, e se ordena a sua aplicação”.
Qual o momento em que a lei entra em vigor?
Depois de promulgada, a lei precisa de um iter legislativo para que as pessoas tenham conhecimento da norma para, somente depois, passar a ter vigência: publicação → lapso temporal → vigência.
A lei só ganha vigência depois da vacatio legis (lapso temporal necessário para que as pessoas tenham conhecimento de sua existência).
Como ocorre a contagem do prazo de vacatio legis?
A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam período de vacância far-se-á com a inclusão da data da publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia subsequente à sua consumação integral (Art. 8º, §1º, LC 95/98).
Segundo a doutrina, não importa se o último dia é feriado ou final de semana. A norma entra em vigor mesmo assim, ou seja, a data não é prorrogada para o dia seguinte.
Se o prazo de vacatio legis for fixado em mês ou ano, indevidamente, já que de ordinário ele deveria ser expresso em dias, utiliza-se a regra do art. 132, §3º CC, que estabelece que prazo em mês ou ano é contado de “data a data”, pouco interessando quantos dias existem entre as datas.
Essas regras somente se aplicam às normas legais. As normas jurídicas administrativas (portarias, decretos, regulamentos, resoluções) sempre entrarão em vigor na data de sua publicação (Decreto nº 572/1890).
É possível modificar uma lei dentro do período de vacatio legis?
A modificação só pode ocorrer através de uma nova lei. Porém, a correção de erros materiais ou inexatidões pode ser feita através da simples republicação da lei com as devidas correções, caso em que o prazo de vacatio legis volta a correr do zero somente para a parte que foi corrigida.
Uma vez cumprida a vacatio legis e entrando em vigor, a lei continuará vigendo até que venha outra e, expressa ou tacitamente, a revogue, de acordo com o princípio da continuidade.
Como ocorre a revogação de uma lei?
A revogação é gênero da qual ab-rogação e derrogação são espécies.
· Ab-rogação: é a revogação total da lei.
· Derrogação: é a revogação parcial da lei.
A revogação necessariamente se dará por outra lei, que revogará expressa ou tacitamente, no todo ou em parte, a lei antiga.
O que é dessuetudo? É admitido no direito brasileiro?
O Direito Brasileiro não admite o dessuetudo, que é a revogação da lei pelos costumes.
Lei nova que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, revoga ou modifica a lei anterior?
O art. 2º, § 2º, da LINDB estabelece que uma lei nova, que trate da mesma matéria de lei anterior, e que traga disposições que estejam ao lado (a par) da outra lei, não revoga a lei anterior, mas sim que será utilizada juntamente com aquela.
O que é repristinação e como ela pode ocorrer?
É o restabelecimento dos efeitos de uma lei que foi revogada pela revogação da lei revogadora.
Pode haver repristinação quando houver expressa disposição neste sentido na lei.
O que é efeito repristinatório tácito?
É a restauração da lei revogada em decorrência da inconstitucionalidade da lei revogadora. Deve-se ter em mente que o efeito repristinatório tácito apenas é possível em controle abstrato que ocorra com declaração ex tunc de inconstitucionalidade. Isto é, o mesmo não ocorre quando há modulação de efeitos, pois nesse caso há declaração com efeito ex nunc (inicia-se com a decisão) ou pro futuro (inicia-se em um momento posterior à decisão).
Contudo, importante destacar que, seja em decisão de mérito, seja em liminar, é possível que o STF se manifeste expressamente pela não restauração da lei revogada. Isto é, em regra, ocorre o efeitorepristinatório tácito, porém pode o STF declarar que não o deseja. Para tanto, deve respeitar os mesmos requisitos da modulação de efeitos: votação pelo quórum de 2/3 dos membros e razões de segurança jurídica ou excepcional interesse público.
O que é ultratividade? Indique um exemplo.
É o fenômeno através do qual uma lei, já revogada, produz efeitos mesmo após a sua revogação.
O princípio da saisine é um exemplo de ultratividade. Sendo assim, a pessoa que morreu à época do CC/16, mas teve a abertura do inventário realizada após a vigência do CC/02, não terá a sucessão regulada pelas novas regras da lei civil.
De acordo com a súmula 112 do STF, o imposto de transmissão "causa mortis" é devido pela alíquota vigente ao tempo da abertura da sucessão.
Discorra sobre o princípio da obrigatoriedade da norma.
O art. 3º da LINDB traz presunção de que todas as pessoas conheçam a lei. Por isso, a LINDB cria uma proibição de desconhecimento da lei para que ninguém possa se furtar à sua incidência. Contudo, a presunção de conhecimento da lei não é absoluta, uma vez que existem situações excepcionais expressamente previstas em lei em que se admite a alegação de erro de direito (Princípio da Obrigatoriedade Relativa/Mitigada).
Em quais situações se pode admitir o erro de direito?
 No Direito Civil há apenas dois casos em que se permite a alegação de erro de direito, quais sejam:
· Casamento putativo (art. 1.561, CC): no caso de casamento nulo ou anulável celebrado com boa-fé, os efeitos do ato serão ser preservados em relação aos filhos.
· Erro como vício de vontade no negócio jurídico (art. 139, III, CC): esse erro pode ser alegado para o desfazimento do negócio jurídico.
Discorra sobre o princípio da obrigatoriedade simultânea da norma.
Também chamado de princípio da vigência sincrônica, entende-se que a obrigatoriedade da lei é simultânea, porque entra em vigor a um só tempo em todo o país, ou seja, quarenta e cinco dias após sua publicação, não havendo data estipulada para sua entrada em vigor.
Está previsto no ordenamento jurídico pátrio com previsão expressa no artigo 1º da Lei de Introdução ao Código Civil.
Antigamente, a lei se tornava obrigatória por etapas: primeiro na capital federal, depois nas zonas litorâneas e depois ia se interiorizando. Agora, ela entra em vigor em todos os locais do país ao mesmo tempo. 
O que significa integração da norma?
A integração da norma é a atividade pela qual o juiz complementa a norma. E essa necessidade de complementação da norma surge porque o legislador não tem como prever todas as situações possíveis no mundo fático. O ordenamento jurídico vedou o non liquet, que significa que o juiz não pode se eximir do dever de julgar alegando lacuna ou desconhecimento da norma.
Em quais hipóteses o juiz pode determinar à parte interessada que faça prova da existência e vigência da lei?
· Direito municipal: Alexandre Câmara alerta que o juiz só pode mandar a parte fazer prova de direito municipal e estadual que não seja de sua jurisdição. Caso contrário, ou seja, se o direito municipal ou estadual for do local de sua jurisdição, o juiz não poderá determinar que a parte faça prova porque se presume que ele conheça a lei;
· Direito estadual;
· Direito estrangeiro: quando o juiz for utilizar direito estrangeiro, ele poderá mandar a parte fazer prova.
· No entanto, o Protocolo de Las Leñas determina que o juiz não pode mandar a parte fazer prova das leis de países integrantes do MERCOSUL, pois, neste caso, se presume que o juiz conheça a legislação. Isso se aplica também a documentos estrangeiros oriundos de países do MERCOSUL.
· Direito consuetudinário.
Quais são os métodos de integração da norma?
Na integração, da norma o juiz deverá se valer da analogia, dos costumes e dos princípios gerais de direito, devendo utilizar esses métodos nessa ordem, pois o art. 4º da LINDB estabeleceu um rol taxativo e preferencial.
Presente uma lacuna, deverão ser utilizadas as formas de integração da norma jurídica. Quais são as espécies de lacunas classificadas pela doutrina?
· Lacuna normativa: ocorre a ausência total de norma para um caso concreto;
· Lacuna ontológica: ocorre a presença de norma para o caso concreto, mas que não tenha eficácia social;
· Lacuna axiológica: ocorre a presença de uma norma para o caso concreto, mas cuja aplicação seja insatisfatória ou injusta;
· Lacuna de conflito ou antinomia: ocorre o choque de duas ou mais normas válidas, pendente de solução no caso concreto.
Como ocorre a interpretação da lei?
A atividade interpretativa é a atividade de buscar o sentido e o alcance de uma norma que já existe.
Explique sobre a classificação da interpretação da lei quanto à sua origem.
· Autêntica: quando seu sentido é explicado por outra lei;
· Doutrinária: quando seu sentido provém dos doutrinadores;
· Jurisprudencial: quando realizada pela jurisprudência.
Explique sobre a classificação da interpretação da lei quanto ao método utilizado.
· Gramatical: quando baseada nas regras de linguística;
· Lógica: quando visa reconstruir o pensamento do legislador;
· Histórica: visa o estudo da relação da lei com o momento em que ela foi editada;
· Sistemática: é a harmonia do texto com o sistema jurídico;
· Teleológica ou social: são examinados os fins para os quais a lei foi editada.
Explique sobre a classificação da interpretação da lei quanto ao resultado obtido.
· Interpretação ampliativa: a norma que diga respeito aos direitos fundamentais individuais ou sociais (art. 5º e 7º da CF/88) se submete à interpretação ampliativa;
· Interpretação declaratória: as normas de Direito Administrativo se submetem a uma interpretação declarativa, em virtude do princípio da legalidade;
· Interpretação restritiva: as normas que estabeleçam privilégio, sanção, renúncia, fiança e aval se submetem à interpretação restritiva;
· Interpretação integrativa: na interpretação integrativa, mesmo havendo pontos omissos no contrato, a intenção dos contratantes deve surgir da ideia geral, ou seja, do espírito do contrato, obedecendo, os princípios da boa-fé, dos usos sociais, do que já foi cumprido pelas partes. Assim, o intérprete poderá concluir, de acordo com as entrelinhas do contrato, o que foi desejado pelos contratantes.
Qual é o efeito da lei em vigor?
A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.
 O que é direito adquirido?
É aquele que se incorporou ao patrimônio do particular. É uma concepção exclusivamente patrimonialista, de modo que não há direito adquirido personalíssimo.
Não existe direito adquirido em face do Poder Constituinte, pois ele instala uma nova ordem jurídica, de modo que tudo que lhe é incompatível é repelido.
O que é coisa julgada?
É a qualidade que reveste os efeitos decorrentes de uma decisão judicial contra a qual não cabe mais impugnação dentro dos mesmos autos.
Pode haver coisa julgada de decisão interlocutória, desde que ela aprecie o mérito e não seja impugnada (exemplo: concessão de tutela de parcela incontroversa do pedido).
A coisa julgada não pode violar outra questão em que já se decidiu pela inconstitucionalidade. Hoje já se fala, inclusive, na relativização da coisa julgada – investigação de paternidade (DNA).
O que é ato jurídico perfeito?
É o ato pronto e acabado, que já exauriu seus efeitos.
Ele é a antítese das relações continuativas, pois essas são as que perpassam no tempo (iniciam sob a égide de uma lei e continuam após o início de uma nova lei).
As relações continuativas podem ser atingidas pela lei nova?
No que tange às relações continuativas a regra é de que a sua existência e a sua validade ficam submetidas à lei em que foi celebrado o ato, mas a eficácia submete-se à regra da lei nova. Assim, a existência e a validade ficam na lei de origem (lei da data de celebração) e a eficácia submete-se à lei nova.
O que dispõe o princípio da territorialidade?
A regra geral de aplicação da lei no espaço é de que, dentro do território brasileiro, é aplicada a lei brasileira. Porém, existemsituações excepcionais em que a própria LINDB admite a aplicação da lei estrangeira no território brasileiro.
Como ocorre a aplicação da lei no espaço com relação às pessoas?
A Lei de Introdução dispõe, em seu art. 7º, que a lei do país em que for domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família. Vale dizer que, não obstante tenha essa pessoa nascida em outro território, ficará sujeita à lei nacional caso venha a se domiciliar no Brasil, adotando claramente o critério jus solis.
Nos casos de invalidade do matrimônio, cujos nubentes tenham domicílio diverso, qual lei será aplicável?
 Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimônio a lei do primeiro domicílio conjugal.
O regime de bens obedece à lei de qual país?
O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que tiverem os nubentes domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro domicílio conjugal.
Estrangeiro casado pode adotar o regime de comunhão parcial de bens?
O estrangeiro casado, que se naturalizar brasileiro, pode, mediante expressa anuência de seu cônjuge, requerer ao juiz, no ato de entrega do decreto de naturalização, se apostile ao mesmo a adoção do regime de comunhão parcial de bens, respeitados os direitos de terceiros e dada esta adoção ao competente registro.
Qual é o domicílio dos filhos não emancipados e dos incapazes?
Salvo o caso de abandono, o domicílio do chefe da família estende-se ao outro cônjuge e aos filhos não emancipados, e o do tutor ou curador aos incapazes sob sua guarda.
Qual a solução encontrada para a pessoa que não possui domicílio?
Quando a pessoa não tiver domicílio, considerar-se-á domiciliada no lugar de sua residência ou naquele em que se encontre.
Como ocorre a aplicação da lei no espaço em relação aos bens?
Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, aplicar-se-á a lei do país em que estiverem situados. Tal regramento se acentua quando se trata de bem imóvel.
Entretanto, no que se refere às coisas móveis, a lei põe a salvo a aplicação da legislação do país em que for domiciliado o proprietário, desde que tenham sido trazidos por ele ou se destinem ao transporte para outros lugares (Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, art. 8°, § 1 °).
Resguarda também o art. 8°, mas em seu § 2°, a aplicação da lei do domicílio da pessoa quanto ao penhor da coisa que se encontra apenhada em sua posse.
Como ocorre a aplicação da lei no espaço quanto aos fatos jurídicos?
Para qualificar e reger as obrigações, aplicam-se a lei do país em que se constituírem (locus regit actum).
Destarte, a regra dispõe que a lei que rege uma obrigação é a do país em que foi celebrado o acordo de vontades.
Todavia, quando acontecer de a obrigação ser constituída no estrangeiro mas tiver de ser executada no Brasil, sob forma essencial, esta (a forma) será observada de acordo com a lei brasileira, pois a lei estrangeira somente será aplicada quanto aos requisitos extrínsecos do ato (pagamento, por exemplo), ou seja, a lei nacional deve ser observada quanto às formalidades essenciais do negócio, como, por exemplo, a exigência de escritura pública para a transmissão de propriedade imóvel.
Conforme os arts. 12, caput da LINDB e 21, II do CPC-2015, se a obrigação tiver de ser cumprida no Brasil, tem competência para eventual processo a autoridade judiciária brasileira, todavia, diferentemente da hipótese dos bens imóveis, nesse caso a competência não é exclusiva, mas concorrente.
Pode ocorrer ainda que em um determinado contrato as partes tenham domicílios ou residências nacionais diferentes, hipótese na qual a obrigação resultante do negócio se reputa constituída no lugar em que residir aquele que fez a proposta (policitante ou proponente).
Importante salientar, no entanto, que a regra acima serve para determinar o lugar da celebração do contrato em face de conflito internacional de normas. Quando contratante e contratado residirem em locais diversos, mas ambos no Brasil, reputa-se celebrado o contrato no local em que tenha sido feita a proposta, independentemente do domicílio e residência dos contratantes, conforme o texto do art. 435 do Código Civil, ao qual retornaremos no momento oportuno.
Como ocorre a aplicação da lei no espaço com relação às sucessões?
Deverá ser observada a lei do país em que era domiciliado o defunto ou o desaparecido, para inventário e partilha, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens.
A Lei de Introdução estabelece regras de aplicação aos herdeiros do de cujus, ao beneficiar o cônjuge e os filhos do casal com a incidência da lei brasileira para o caso de sucessão de bens de estrangeiro situados no Brasil, desde que a lei pessoal do de cujus não lhes seja mais favorável (§ 1 °), bem como fixar a lei do domicílio do herdeiro ou do legatário para regular a capacidade sucessória (§ 2°).
Quais são os requisitos para a aplicação da lei estrangeira no território nacional?
A aplicação do estatuto pessoal pressupõe a filtragem interna ou filtragem constitucional. Essa é uma necessidade para o respeito da soberania do Estado. Sendo assim, só se pode aplicar uma lei estrangeira ao território nacional se ela passar pelo crivo constitucional, pois poderia até mesmo atentar contra a soberania nacional se assim não fosse.
Quais são os requisitos para o cumprimento da decisão judicial estrangeira, da carta rogatória e do laudo arbitral estrangeiro no brasil?
Para que sejam cumpridas no Brasil, essas medidas pressupõem o exequatur do STJ, que irá determinar seu cumprimento. Uma vez homologado pelo STJ, o cumprimento das medidas será feito por um juiz federal de 1º grau.
Para que o STJ homologue a decisão judicial estrangeira, a carta rogatória ou o laudo arbitral estrangeiro, é preciso que estejam presentes alguns requisitos, segundo o art. 963 do NCPC:
· Ser proferida por autoridade competente;
· Ser precedida de citação regular, ainda que verificada a revelia;
· Ser eficaz no país em que foi proferida;
· Não ofender a coisa julgada brasileira;
· Estar acompanhada de tradução oficial, salvo disposição que a dispense prevista em tratado;
· Não conter manifesta ofensa à ordem pública.
O STJ poderá homologar essas medidas de forma monocrática?
Sim, somente a denegação da homologação que não pode ser feita de forma monocrática.
Existem casos de dispensa de homologação?
Com o NCPC, a sentença estrangeira de divórcio consensual produzirá efeitos no Brasil, independentemente, da homologação pelo STJ.
Ademais, como novidade, o NCPC afirma que, após a concessão do exequatur à carta rogatória pelo Superior Tribunal de Justiça, decisão estrangeira não definitiva pode ser executada no Brasil por carta rogatória sem necessidade de homologação pelo STJ.
O que é antinomia?
É a presença de duas normas conflitantes, válidas e emanadas de autoridade competente, sem que se possa dizer qual delas merecerá aplicação em determinado caso concreto.
Quais são os critérios básicos de solução de antinomias?
· Critério cronológico: norma posterior prevalece sobre a anterior.
· Critério da especialidade: norma especial prevalece sobre a geral.
· Critério hierárquico: norma superior prevalece sobre a inferior.
O critério cronológico é o mais fraco, após, vem o da especialidade e o da hierarquia é o mais forte, ante a importância do texto constitucional.
Como se classificam as antinomias?
· Antinomia de 1º grau: conflito entre normas que envolve apenas um dos critérios acima expostos.
· Antinomia de 2º grau: choque de normas válidas que envolve dois dos critérios analisados, ou, quando não houver a possibilidade de solucionar um conflito pelos critérios acima, haverá uma antinomia de 2º grau.
· Antinomia aparente: aquela que pode ser resolvida pelos critérios da especialidade, hierárquico e cronológico. Quando a própria lei tiver critério para a solução do conflito.
· Antinomia real: não pode ser resolvida pelos critérios acima. Não há na lei critério para a solução do conflito.
Em que consistea proibição de reenvio? 
Os arts. 7 a 15 da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro estabelecem regras de conexão entre possíveis ordenamentos jurídicos internacionais conflitantes para reger determinadas situações, elegendo, em seguida, a lei aplicável a cada hipótese.
Quando houver de ser aplicada a lei estrangeira para determinada situação, eventuais remissões contidas na referida lei aplicável (a lei estrangeira) a outras leis devem ser desconsideradas, conforme dispõe o art. 16 da LINDB.
Dentre essas possíveis remissões que a lei estrangeira possa fazer estão a referência à aplicação da lei de algum outro país e até mesmo do país de onde se origina a regra de conexão. É nisto que consiste, portanto, o reenvio, ou seja, na remessa, pela lei estrangeira, à aplicação da lei de outro país ou à do próprio país de onde se origina a conexão que soluciona o conflito.
Quais são as fontes do direito civil?
As fontes diretas são as que, de per si, têm força suficiente para gerar a regra jurídica. Para a doutrina tradicional, as fontes diretas também podem ser denominadas fontes imediatas ou primárias e, para a maioria dos doutrinadores, nessa classificação enquadram-se a lei e o costume.
Ao lado dessas, estão as fontes mediatas ou secundárias, que não têm a força das primeiras, mas esclarecem os espíritos dos aplicadores da lei e servem de precioso substrato para a compreensão e aplicação global do Direito. Como exemplos dessas fontes, podem ser citados, sem unanimidade entre os juristas, a doutrina, a jurisprudência, a analogia, os princípios gerais de direito e a equidade.
Discorra sobre a lei como fonte direta do direito.
Lei é uma regra geral que, emanando de autoridade competente, é imposta, coativamente, à obediência de todos. Prevista a lei para um caso concreto, merece essa aplicação direta, conhecida como subsunção, conceituada como sendo a incidência imediata ou direta de uma norma jurídica.
Quais são as características da lei?
A lei, como fonte principal do Direito, tem as seguintes características básicas: generalidade (dirige-se a todos os cidadãos, tendo eficácia erga omnes), imperatividade (é um imperativo, impondo deveres e condutas), permanência (perdura até que seja revogada por outra ou perca a eficácia), competência (deve emanar de autoridade competente, com o respeito ao processo de elaboração) e autorizamento (a norma autoriza ou desautoriza determinada conduta).
Como a lei se classifica?
No que tange à classificação das leis, a mais relevante delas é a que considera sua força obrigatória. As normas cogentes (ou de ordem pública) são aquelas que atendem mais diretamente ao interesse geral, merecendo aplicação obrigatória, eis que são dotadas de imperatividade absoluta. As partes não podem, mediante convenção, ilidir a incidência de uma norma cogente.
Já as normas dispositivas (também chamadas supletivas, interpretativas ou de ordem privada) são aquelas que interessam somente aos particulares, podendo ser afastadas por disposição de vontade. Tais normas funcionam no silêncio dos contratantes, suprindo a manifestação de vontade porventura faltante.
Discorra sobre os costumes como fonte direta do direito.
Os costumes podem ser conceituados como sendo as práticas e usos reiterados, com conteúdo lícito e relevância jurídica. Formam-se eles paulatinamente, de forma quase imperceptível, até o momento em que aquela prática reiterada é tida por obrigatória.
Note-se que nem todo uso é costume, já que o costume é um uso considerado juridicamente obrigatório.
Para tanto, exige-se que o costume seja geral, ou seja, largamente disseminado no meio social, ainda que setorizado numa parcela da sociedade. Exige-se, ainda, que o costume tenha certo lapso de tempo, pois deve constituir-se em hábito arraigado, bem estabelecido. Por fim, o costume deve ser constante, repetitivo na parcela da sociedade que o utiliza.
Para converter-se em fonte do direito, dois requisitos são imprescindíveis: um de ordem objetiva (o uso, a exterioridade do instituto), outro de ordem subjetiva (a consciência coletiva de que aquela prática é obrigatória). É esse último aspecto que distingue o costume de outras práticas reiteradas, de ordem moral ou religiosa, ou de simples hábitos sociais.
Qual é a classificação dos costumes?
Os costumes podem ser secundum legem (há referência expressa aos costumes no texto legal, razão pela qual não se fala em integração, mas sim em subsunção, eis que a própria norma jurídica é aplicada), praeter legem (costume integrativo, serve para preencher lacunas quando a lei for omissa) ou contra legem (opõe-se ao dispositivo de uma lei e, para a maioria dos doutrinadores, não pode será admitido, por gerar a instabilidade do sistema).
Discorra sobre a analogia como fonte secundária do direito.
Trata-se de um processo de raciocínio lógico pelo qual o juiz estende um preceito legal a casos não diretamente compreendidos na descrição legal. O juiz pesquisa a vontade da lei, para transportá-la aos casos que a letra do texto não havia compreendido. Para que tenha cabimento, portanto, é necessária uma omissão no ordenamento.
Qual é a classificação da analogia?
A analogia pode se operar de duas formas: legal ou legis (o aplicador do Direito busca uma norma que se aplica a casos semelhantes) ou jurídica ou iuris (não encontrando um texto semelhante para aplicar ao caso em exame, o juiz tenta extrair do pensamento dominante em um conjunto de normas uma conclusão particular para o caso).
Discorra sobre os princípios gerais como fonte secundária do direito.
Não há consenso, na doutrina, sobre o que seriam os “princípios gerais de direito”. Para SILVIO RODRIGUES, trata-se das normas que orientam o legislador na elaboração da sistemática jurídica, ou seja, aqueles princípios que, baseados na observação sociológica e tendo por escopo regular os interesses conflitantes, impõem-se, inexoravelmente, como uma necessidade da vida do homem em sociedade.
Para MARIA HELENA DINIZ, os princípios são cânones que não foram ditados, explicitamente, pelo elaborador da norma, mas que estão contidos de forma imanente no ordenamento jurídico.
Já para NELSON NERY JR, tratam-se de regras de conduta que não se encontram positivadas no sistema normativo, mas norteiam o juiz na interpretação da norma, do ato ou do negócio jurídico.
Discorra sobre a doutrina como fonte secundária do direito.
O trabalho dos juristas, dos estudiosos do Direito. Há discussão a respeito de considerá-la ou não fonte do direito.
Discorra sobre a jurisprudência como fonte secundária do direito.
É o conjunto de decisões dos tribunais, ou uma série de decisões similares sobre uma mesma matéria. Pode ser considerada o próprio “direito ao vivo”, cabendo-lhe o papel de preencher lacunas do ordenamento nos casos concretos.
Discorra sobre a equidade como fonte secundária do direito.
Pode ser conceituada como sendo o uso do bom-senso, a justiça do caso particular, mediante a adaptação razoável da lei ao caso concreto. Segundo o art. 140, parágrafo único do NCPC, o juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei.
O que significa decidir com base em valores jurídicos abstratos?
A Lei nº 13.655/2018 acrescenta à LINDB o art. 20, cujo caput possui a seguinte redação: “Nas esferas administrativa, controladora e judicial, não se decidirá com base em valores jurídicos abstratos sem que sejam consideradas as consequências práticas da decisão”.
O art. 20 da LINDB tem por finalidade reforçar a ideia de responsabilidade decisória estatal diante da incidência de normas jurídicas indeterminadas, as quais sabidamente admitem diversas hipóteses interpretativas e, portanto, mais de uma solução.
O dispositivo proíbe motivações decisórias vazias, apenas retóricas ou principiológicas, sem análise prévia de fatos e de impactos. Obriga o julgador a avaliar, na motivação, a partir de elementos idôneos coligidos no processo administrativo, judicial ou de controle, as consequências práticas de sua decisão.
 Discorra sobre o termo “consequências práticas da decisão” contidona LINDB. 
A Lei nº 13.655/2018 acrescenta à LINDB o art. 20, cujo caput possui a seguinte redação: “Art. 20. Nas esferas administrativa, controladora e judicial, não se decidirá com base em valores jurídicos abstratos sem que sejam consideradas as consequências práticas da decisão”.
A expressão “consequências práticas da decisão” é bem ampla. No entanto, a principal intenção do legislador foi a de impor a exigência de que o julgador considere, principalmente, as consequências econômicas da decisão proferida. Trata-se da chamada “análise econômica do direito – AED”. De acordo com a Análise Econômica do Direito (AED), a economia, especialmente a microeconomia, deve ser utilizada para resolver problemas legais, e, por outro lado, o Direito acaba por influenciar a Economia.
Todas as decisões, sejam elas proferidas pelos órgãos administrativos, controladores ou judiciais, devem ser motivadas?
Veja o que diz o parágrafo único do art. 20 acrescentado pela Lei nº 13.655/2018: Art. 20. (...)
Parágrafo único. A motivação demonstrará a necessidade e a adequação da medida imposta ou da invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa, inclusive em face das possíveis alternativas.
Isso significa que o administrador, conselheiro ou magistrado, ao tomar uma decisão, deverá indicar os motivos de fato e de direito que o levaram a agir daquela maneira.
Explique os termos “necessidade e adequação” contidos no art. 20 acrescentado pela Lei nº 13.655/2018.
Esses conceitos de “necessidade” e “adequação” foram emprestados do legislador da explicação que a doutrina dá a respeito do princípio da proporcionalidade. O princípio da proporcionalidade divide-se em três subprincípios:
· Subprincípio da adequação: no qual deve ser analisado se a medida adotada é idônea (capaz) para atingir o objetivo almejado;
· Subprincípio da necessidade: consiste na análise se a medida empregada é ou não excessiva; e
· Subprincípio da proporcionalidade em sentido estrito: representa a análise do custo-benefício da providência pretendida, para se determinar se o que se ganha é mais valioso do que aquilo que se perde.
Qual o cuidado que se deve ter com decisões que acarretem invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa?
Conjugando os arts. 20 e 21 da LINDB, podemos concluir que a decisão que acarrete a invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa deverá:
· Demonstrar a necessidade e adequação da invalidação;
· Demonstrar as razões pelas quais não são cabíveis outras possíveis alternativas;
· Indicar, de modo expresso, suas consequências jurídicas e administrativas.
Na interpretação das normas sobre gestão pública, o que se entende por primado da realidade? 
O Art. 22 da LINDB dispõe o seguinte:
Na interpretação de normas sobre gestão pública, serão considerados os obstáculos e as dificuldades reais do gestor e as exigências das políticas públicas a seu cargo, sem prejuízo dos direitos dos administrados.
§ 1º Em decisão sobre regularidade de conduta ou validade de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa, serão consideradas as circunstâncias práticas que houverem imposto, limitado ou condicionado a ação do agente.
As condicionantes envolvem considerar (i) os obstáculos e a realidade fática do gestor, (ii) as políticas públicas acaso existentes e (iii) o direito dos administrados envolvidos.
Assim, o objetivo do dispositivo foi o de tentar “abrandar” essa jurisprudência pugnando que o órgão julgador considere não apenas a literalidade das regras que o administrador tenha eventualmente violado, mas também as dificuldades práticas que ele enfrentou e que possam justificar esse descumprimento.
No caso de aplicação de sanções, quais critérios devem ser utilizados?
· Natureza e gravidade da infração cometida;
· Danos causados à Administração Pública;
· Agravantes;
· Atenuantes;
· Antecedentes.
Sanções de mesma natureza deverão ser consideradas.
Em caso de mudança na forma como tradicionalmente a administração pública, os tribunais de contas ou o Poder Judiciário interpretavam determinada norma, como se dará a aplicação do novo entendimento?
Se houver uma mudança na forma como tradicionalmente a Administração Pública, os Tribunais de Contas ou o Poder Judiciário interpretavam determinada norma, deverá ser previsto um regime de transição.
Este regime de transição representa a concessão de um prazo para que os administradores públicos e demais pessoas afetadas pela nova orientação possam se adaptar à nova interpretação. É como se fosse uma modulação dos efeitos.
Quais os requisitos para a aplicação do regime de transição?
· A decisão administrativa, controladora ou judicial deve estabelecer uma interpretação ou orientação nova;
· Essa interpretação nova deve recair sobre uma norma de conteúdo indeterminado;
· Por conta dessa interpretação, será imposto novo dever ou novo condicionamento de direito;
· O regime de transição mostra-se, no caso concreto, indispensável para que o novo dever ou condicionamento de direito seja cumprido de modo proporcional, equânime e eficiente;
· A imposição desse regime de transição não pode acarretar prejuízo aos interesses gerais.
Algumas vezes demoram anos para que a Administração Pública (controle interno), o Tribunal de Contas ou o Poder Judiciário examine a validade de um ato ou contrato administrativo (em sentido amplo) que já tenha se completado. Nesse período, pode acontecer de o entendimento vigente ter se alterado. Caso isso aconteça, o ato deverá ser analisado conforme as orientações gerais da época e as situações por elas regidas deverão ser declaradas válidas, mesmo que apresentem vícios.
Para os fins do art. 24 da LINDB, o que se consideram as orientações gerais?
O art. 24 da LINDB dispõe o seguinte:
Art. 24. A revisão, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, quanto à validade de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa cuja produção já se houver completado levará em conta as orientações gerais da época, sendo vedado que, com base em mudança posterior de orientação geral, se declarem inválidas situações plenamente constituídas.
Consideram-se orientações gerais as interpretações e especificações contidas em atos públicos de caráter geral ou em jurisprudência judicial ou administrativa majoritária, e ainda as adotadas por prática administrativa reiterada e de amplo conhecimento público.
Em que consiste o compromisso para eliminar irregularidade, incerteza jurídica ou situação contenciosa na aplicação do direito público?
Consiste na possibilidade de a autoridade administrativa celebrar um acordo (compromisso) com os particulares com o objetivo de eliminar eventual irregularidade, incerteza jurídica ou um litígio (situação contenciosa) (Art. 26 LINDB).
O compromisso:
· Buscará solução jurídica proporcional, equânime, eficiente e compatível com os interesses gerais;
· Não poderá conferir desoneração permanente de dever ou condicionamento de direito reconhecidos por orientação geral;
· Deverá prever com clareza as obrigações das partes, o prazo para seu cumprimento e as sanções aplicáveis em caso de descumprimento.
No caso de benefícios indevidos ou prejuízos anormais ou injustos, existe previsão de compensação?
O art. 27 da LINDB dispõe o seguinte:
A decisão do processo, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, poderá impor compensação por benefícios indevidos ou prejuízos anormais ou injustos resultantes do processo ou da conduta dos envolvidos.
§ 1º A decisão sobre a compensação será motivada, ouvidas previamente as partes sobre seu cabimento, sua forma e, se for o caso, seu valor.
§ 2º Para prevenir ou regular a compensação, poderá ser celebrado compromisso processual entre os envolvidos.
O dispositivo em questão visa evitar que partes, públicas ou privadas, em processo na esfera administrativa, controladora ou judicial aufiram benefícios indevidos ou sofram prejuízos anormais ou injustos resultantes do próprio processo ou da conduta de qualquer dos envolvidos. O art. 27 tomou ocuidado de exigir que a decisão que impõe compensação seja motivada e precedida da oitiva das partes.
Se um servidor público, no exercício de suas funções, pratica ato ilícito que causa prejuízo a alguém, ele poderá ser responsabilizado?
SIM. No entanto, essa responsabilidade é:
· Subjetiva (terá que ser provado o dolo ou a culpa do servidor); e
· Regressiva (primeiro o Estado terá que ser condenado a indenizar a vítima e, em seguida, o Poder Público cobra do servidor a quantia paga).
Como se dá a responsabilidade do agente público por opiniões técnicas ou decisões em caso de dolo ou erro grosseiro?
O agente público responderá pessoalmente por suas decisões ou opiniões técnicas em caso de dolo ou erro grosseiro.
Como se dá a responsabilidade do parecerista por conteúdo opinativo?
Existe um precedente do STF, anterior ao CPC/2015, reconhecendo a responsabilidade de advogado público pela emissão de parecer de natureza opinativa, desde que configurada a existência de culpa ou erro grosseiro:
(...) 3. Esta Suprema Corte firmou o entendimento de que “salvo demonstração de culpa ou erro grosseiro, submetida às instâncias administrativo-disciplinares ou jurisdicionais próprias, não cabe a responsabilização do advogado público pelo conteúdo de seu parecer de natureza meramente opinativa” (MS 24.631/DF, Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJ de 1º/2/08). (...) STF. 1ª Turma. MS 27867 AgR/DF, rel. Min. Dias Toffoli, 18/9/2012 (Info 680).
Segundo a doutrina e o voto do Min. Joaquim Barbosa no MS 24.631/DF (DJ 01/02/2008), existem três espécies de parecer: facultativo, obrigatório e vinculante.
· Facultativo: o administrador NÃO é obrigado a solicitar parecer do órgão jurídico
· O administrador pode discordar da conclusão exposta, desde que o faça fundamentadamente
· Em regra, o parecerista não tem responsabilidade pelo ato administrativo.
· Contudo, o parecerista pode ser responsabilizado se ficar configurada a existência de culpa ou erro grosseiro.
· Obrigatório: o administrador é obrigado a solicitar parecer do órgão jurídico
· O administrador pode discordar da conclusão exposta, desde que o faça fundamentadamente
· Em regra, o parecerista não tem responsabilidade pelo ato administrativo.
· Contudo, o parecerista pode ser responsabilizado se ficar configurada a existência de culpa ou erro grosseiro.
· Vinculante: o administrador é obrigado a solicitar parecer do órgão jurídico
· O administrador NÃO pode discordar da conclusão exposta. Ou o administrador decide conforme a conclusão do parecer, ou não decide.
· Há uma partilha do poder de decisão entre o administrador e o parecerista, já que a decisão do administrador deve ser de acordo com o parecer.
· Logo, o	parecerista responde solidariamente com o administrador pela prática do ato, não sendo necessário demonstrar culpa ou erro grosseiro.
PONTO 2 - CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO (LEI Nº 10.406/2002 E SUAS ALTERAÇões)
Quais são as principais características do Código Civil?
· Durabilidade: estes não são imutáveis, mas as modificações que se operam em seu campo criam riscos de quebra de harmonia do sistema.
· Organicidade: significa que as diversas seções do todo se interpenetram e se interdependem. Não há, no código, qualquer parcela autossuficiente, autoaplicável. A mútua dependência entre os órgãos que compõem o corpo humano, analogamente está presente nos códigos. Disto resulta que a compreensão da parte pressupõe o conhecimento do todo.
· Homogeneidade: os códigos devem possuir homogeneidade quanto aos princípios adotados, valores gerais e específicos, terminologia jurídica e linguagem comum, bem como relativamente às técnicas de apresentação formal e material do ato legislativo.
Discorra sobre os princípios filosóficos do Código Civil de 2022.
Conforme exposição do Professor Miguel Reale, a nova codificação inspirou-se em três princípios filosóficos: socialidade, eticidade e operabilidade.
· Socialidade: seguindo o rumo da tendência moderna, acolheu-se o princípio de prevalência do coletivo sobre o individual, sem olvido ao valor fundante da pessoa natural.
· Eticidade: o princípio da eticidade levou a Comissão a rejeitar o exagerado formalismo do Código de 1916, que disciplinava as matérias apenas com regras expressas, não recorrendo senão eventualmente aos princípios de boa-fé, equidade, justa causa.
· Com a nova ordem, a pretensão é de conferir maior poder ao juiz para fundar a sua decisão em valores éticos. O pensamento da Comissão, portanto, foi se afastar da orientação codicista, segundo a qual o código tudo prevê, tudo dispõe. O dado fundamental do princípio da eticidade seria “o valor da pessoa humana como fonte de todos os valores”.
· Operabilidade: finalmente, por princípio da operabilidade considerou a Comissão a necessidade de as disposições alcançarem realizabilidade, ou seja, efetividade, condição essencial das normas jurídicas que são feitas para serem aplicadas. O Código anterior, ao não distinguir rigorosamente as hipóteses de prescrição e as de decadência não teria atentado para o princípio da operabilidade.
PONTO 3 - DAS PESSOAS. DAS PESSOAS NATURAIS. DAS PESSOAS JURÍDICAS. DO DOMICÍLIO. DA DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA.
Conceitue personalidade jurídica.
A personalidade jurídica é a aptidão genérica para se titularizar direitos e contrair obrigações na órbita jurídica. Tanto a pessoa física quanto a jurídica é dotada de personalidade. É atributo e não qualidade de todo ser humano, já que as pessoas jurídicas também são dotadas de personalidade.
Em que momento a pessoa física ou natural adquire personalidade jurídica?
Essa resposta, aparentemente, encontra-se na primeira parte do artigo 2º do Código Civil, que diz: “a personalidade civil da pessoa começa no nascimento com vida”. Vale dizer, a partir do funcionamento do aparelho cardiorrespiratório. Nascendo, portanto, com vida, considerar-se-ia adquirida a personalidade.
Todavia, a segunda parte do artigo 2º torna a matéria mais complexa, ao considerar que o nascituro (aquele ainda não nascido) teria direitos desde a concepção. Fundamentalmente, três teorias tentam explicar a natureza jurídica do nascituro:
· Teoria Natalista: a personalidade somente seria adquirida a partir do nascimento com vida independentemente da forma humana e de um tempo mínimo de sobrevida, de maneira que o nascituro, por não ser considerado pessoa, teria mera expectativa de direto;
· Teoria da personalidade condicional: o nascituro gozaria de uma personalidade material para efeito de titularizar direitos personalíssimos, mas somente consolidaria direitos materiais, econômicos ou patrimoniais sob a condição de nascer com vida. Maria Helena Diniz diz que o nascituro tem uma personalidade material (mantém relação com direitos patrimoniais e o nascituro só a adquire com o nascimento com vida) e uma personalidade formal (relacionada com os direitos da personalidade, o que o nascituro já tem desde a concepção);
· Teoria concepcionista: o nascituro é considerado pessoa desde a concepção, inclusive em face de direitos materiais. Essa teoria ganhou grande força a partir da aprovação da Lei n.º 11.804/08 – Lei dos alimentos gravídicos – na medida em que o nascituro é, expressa e imediatamente, contemplado por um importante direito material, mesmo não tendo ainda nascido com vida. Você pode fazer uma doação ao nascituro, e quando ele nasce essa doação é consolidada. O nascimento apenas consolida direitos que já existem.
Qual teoria foi adotada pelo CC?
O código pretende adotar a natalista, mas sofre inequívoca influência concepcionista.
Especialmente nos últimos anos a Teoria Concepcionista (que considera o nascituro pessoa) vem ganhando força no direito brasileiro. No REsp 1.415.727-SC, o Min. Relator Luis Felipe Salomão afirmou expressamente que, em sua opinião, “o ordenamento jurídico como um todo – e não apenas o Código Civil de 2002 – alinhou-se mais à teoria concepcionista para a construção da situação jurídica do nascituro, conclusão enfaticamente sufragada pela majoritária doutrina contemporânea”.
O que se entende

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