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Como usar a memória organizacional na sua empresa? 
 
Plano de Atividade 
 Público-alvo 
- Profissionais de pequenas, médias e grandes empresas 
 
 Título da atividade 
- Como usar a memória organizacional na sua empresa? 
 
 Proposta 
- Refletir sobre o que é memória organizacional 
- Compreender como o processo do qual a memória organizacional faz parte 
ocorre dentro das organizações 
- Conhecer meios de como ela pode ser aplicada 
 
 Conteúdo 
- O que é memória 
- O que é memória organizacional 
- O processo de memória organizacional 
- Exemplos de como utiliza-la 
- Exercícios 
 
 Material 
- Texto com orientações sobre o curso 
- Infográfico sobre o processo de memória organizacional 
- Exemplos para reflexão, com perguntas, imagens e vídeos 
 
 Avaliação 
Os participantes deverão cumprir com duas atividades, primeiro, pesquisar um 
case de uso de memória organizacional e fazer uma breve avaliação sobre ele, 
em seguida será preciso colocar o texto e imagens ou link do case no Facebook 
do Comunica Educação: 
https://www.facebook.com/comunicaeducacao/?fref=ts. Segundo, fazer uma 
redação com cerca de 20 linhas (times, corpo 12) sobre a importância da 
memória organizacional, como estratégia de comunicação e enviar o material 
para comunicaeducacao@faac.unesp.br. 
 
 Carga horária 
 - 4 horas (aproximadamente). 
 
 
Como você já deve ter visto no título desse curso, falaremos sobre 
memória no âmbito corporativo, ou seja, no âmbito das organizações. Não 
sabemos o motivo ao certo, mas o fato é que a memória organizacional é pouco 
tratada nas organizações, porém, ela está presente em muitos aspectos dentro 
desse ambiente e passa despercebida no dia a dia. 
O objetivo aqui é aliá-la a estratégias de relacionamento e mostrar como 
você pode usá-la de forma positiva. Vale lembrar que esse conteúdo pode ser 
aplicado em micro, pequenas e grandes empresas, a diferença é a abrangência 
da ação ou da campanha. 
Para começar, é preciso primeiramente entender o que é “memória”. 
Segundo o dicionário Michaelis, memória é “faculdade de conservar ou readquirir 
ideias ou imagens; lembrança, reminiscência; celebridade, nome, reputação” 
(UOL, 2016). São várias as definições para ela, porém, o importante é 
https://www.facebook.com/comunicaeducacao/?fref=ts
http://www2.faac.unesp.br/extensao/comunicaeducacao/comunicaeducacao@faac.unesp.br
entendermos que a partir da memória nós conseguimos ter uma boa ou má 
impressão de uma organização. Isso porque, é a partir da reflexão sobre o que 
já vimos da organização, seja em suas campanhas ou ações, e que está 
guardado no nosso subconsciente, que formulamos um sentimento positivo ou 
negativo. A ideia de que “a primeira impressão é a que fica” é válida nesse ponto, 
uma vez que se a ação da organização te trouxe um sentimento bom, você terá 
uma memória boa sobre ela. Mas vale lembrar que o contrário também pode 
ocorrer. 
 
Nora ressalta (1993, p. 9) que a história da empresa é diferente da 
memória. A história é a reconstrução do que não existe mais e a memória é um 
fenômeno atual, é o elo que liga passado e presente. 
 
Mas, vamos ao que interessa: O QUE É MEMÓRIA ORGANIZACIONAL? 
Sabendo o que é memória fica mais simples entender o que é memória 
organizacional. 
Quando uma empresa é lembrada pelas boas publicidades que faz, seja 
por ações com a comunidade, com o público interno, pela qualidade dos 
produtos ou serviços, temos uma boa memória, e por isso, julgamos a empresa 
boa. 
A memória organizacional é, nada mais nada menos, do que o conjunto 
de impressões que o público (interno ou externo) têm de uma organização 
naquele exato momento. 
 
A partir dessa imagem, podemos encarar a memória organizacional como 
um processo, que será explicado na sequência: 
1. Adquirimos o conhecimento. A história e a memória da empresa são 
construídas ao longo do tempo, dia após dia, e isso traz a aquisição. É 
um processo natural de acontecimentos que não pode ser controlado. 
 
2. Identificamos o conhecimento. Isso deve ser feito pelo responsável do 
departamento que tomou a iniciativa de estruturar alguma estratégia de 
memória organizacional. Essa pessoa deve resgatar a história da 
empresa e tudo é válido: materiais impressos, digitais, contratações, 
eventos, datas marcantes etc. 
 
3. Preservamos o conhecimento, de forma conjunta. A gestão da informação 
é muito importante no âmbito corporativo e muitas vezes não é feita. É 
fundamental a empresa ter documentado toda a sua história em um local 
apropriado e destinado só a isso. 
 
 
4. Utilizamos o conhecimento para começar a traçar estratégias de memória 
organizacional. Diante de todo esse arquivo, o que ali será apropriado 
para usar em uma campanha ou ação? Um trabalho de seleção é 
fundamental. Nesse processo também, entra a parte da criação. O que 
será criado? Uma peça publicitária? Uma campanha de motivação 
interna? O apoio do departamento responsável pela comunicação deve 
ser explorado para a criação. 
 
5. Disseminamos o conhecimento. Começa quando todo o material estiver 
produzido. Suponhamos que foi criado um storytelling sobre a história da 
empresa que será veiculado na televisão no horário de descanso e 
almoço dos funcionários para a motivação. Vídeo produzido, televisões 
adequadas e som. Aí começa a disseminação. Ver a reação das pessoas 
já é um primeiro feedback qualitativo. 
 
6. Desenvolvemos o conhecimento. Esse passo engloba o feedback e as 
ações que serão desencadeadas. E aí o ciclo recomeça. 
 
 
Contudo, depois de ver todos esses passos, você deve estar pensando: 
mas como vou usar dessas informações na minha empresa ou local de trabalho? 
Fique tranquilo, temos aqui algumas dicas e estratégias. 
A memória organizacional, como vimos, pode aparecer em diversas áreas 
de uma empresa, em situações do dia a dia ou também em grandes campanhas. 
O importante é sempre resgatar o passado da empresa, em aspectos positivos. 
Caso algum aspecto negativo tenha marcado, a estratégia é falar o que mudou 
e quais oportunidades tiveram de crescimento com aquilo, focando nas partes 
da empresa, ressaltando que foram imprescindíveis para a superação do 
problema. 
Segundo Pereira (2013, p. 6), gestão de pessoas, comunicação interna, 
marketing de relacionamento, comunicação corporativa, história empresarial e 
gestão do conhecimento são algumas das áreas que utilizam memória 
organizacional em seus processos de trabalho. 
Segue aqui alguns exemplos de como a memória organizacional pode 
estar presente no trabalho da empresa: 
 Evento: Já pensou em criar uma confraternização do público interno com 
aqueles que fundaram a empresa? Com aqueles que fizeram a diferença 
e já saíram de seus cargos? Você criaria um espaço de networking, 
aprendizado e motivação para seus funcionários, gerando, 
posteriormente, resultados positivos. 
 Storytelling: essa técnica começou a ganhar espaço há pouco tempo. O 
storytelling é a arte de se contar histórias. Por meio dele, é possível 
motivar o público interno e também servir de campanha para o público 
externo em geral. Ele geralmente é feito por forma de vídeo, mas também 
pode estar presente no site da empresa ou até mesmo em materiais 
impressos interno, como algum jornal empresarial, jornal mural, etc. O 
importante, nesse caso, é contar a história da empresa de uma maneira 
que emocione o público-alvo. Boas histórias prendem a atenção! 
 Comunicação interna: pequenas ações de comunicação interna são de 
muita valia. Que tal colocar o depoimento do funcionário que trabalha na 
sua empresa há mais tempo no mural interno? Ou ainda, escrever os 
prêmios que a empresa ganhou ao longo dos anos no boletim mensal? 
Usar as estatísticas antigas de vendas no newsletter? A linguagem, nesse 
caso, deve ser cautelosa: nada de pressão! Nesse caso, a comunicação 
é sutil e deve apenas mostrara história! 
 Gestão de crise: estourou uma crise na empresa? Além de fazer o nosso 
curso de Gestão de Crise você pode usar a memória organizacional para 
amenizá-la. O que é uma crise perto de anos e anos de bons momentos 
de uma empresa, não é mesmo? Elabore publicidades em torno da 
memória, vídeos institucionais, etc. 
A Petrobrás, diante da crise, tem usado essa estratégia. As publicidades, 
ações e campanhas têm todas giradas em torno da memória e história da 
http://www2.faac.unesp.br/extensao/comunicaeducacao/curso.htm
empresa. Assista ao vídeo e identifique de que forma a memória organizacional 
é utilizada como instrumento de gestão de crise: 
 
Link: https://www.youtube.com/watch?v=IYk8rCAOOzQ 
 
E no exemplo a seguir, qual a estratégia você acredita que foi usada para 
a criação da peça publicitária? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=IYk8rCAOOzQ
Bom, chegou o momento de ouvirmos sua opinião. A avaliação deste 
curso é feita em duas etapas: 
1. Primeiro, pesquise um case de uso de memória organizacional e faça uma 
breve avaliação sobre ele. Coloque seu texto e imagens ou link do case 
no Facebook do Comunica Educação: 
https://www.facebook.com/comunicaeducacao/?fref=ts. E, claro, não 
deixe de compartilhar suas idéias com os posts dos colegas; 
2. Segundo, faça uma redação com cerca de 20 linhas (times, corpo 12) 
sobre a importância da memória organizacional, como estratégia de 
comunicação. Envie o material para comunicaeducacao@faac.unesp.br. 
 
Quer saber mais sobre o assunto? Seguem sugestões de leitura: 
BOSI, Ecléa. Memória e sociedade: lembrança de velhos. São Paulo: Companhia das 
Letras, 1994. 
Conar determina que Petrobras altere comercial sobre superação. (2015). Folha de 
São Paulo. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2015/03/1602461-
conar-determina-que-petrobras-altere-comercial-sobre-superacao.shtml. Acesso em: 6 
jul. 2015. 
 
CRUZ, Lucia de Santa. Experiência de pertencer:o resgate da memória como 
construção de identidade corporativa. Disponível em: 
http://www.academia.edu/2010845/Experi%C3%AAncia_de_pertencer_o_resgate_da_
mem%C3%B3ria_como_constru%C3%A7%C3%A3o_de_identidade_corporativa. 
Acesso em: 28 fev. 2015. 
 
HALBWACHS, Maurice. A Memória Coletiva. São Paulo: Ed. Centauro, 2004. 
 
LE GOFF, Jacques; CHARTIER, Roger; REVEL, Jacques. A História nova.São Paulo: 
Martins Fontes, 1998. 
NASSAR, Paulo. Comunicação Todo Dia: coletânea de artigos publicados no Terra 
Magazine. São Paulo: Lazuli Editora/ Companhia Editora Nacional, 2009 
______________. Memória de empresa: história e comunicação de mãos dadas a 
construir o futuro das organizações. São Paulo: Aberje, 2004. 
 
 
 
https://www.facebook.com/comunicaeducacao/?fref=ts
http://www2.faac.unesp.br/extensao/comunicaeducacao/comunicaeducacao@faac.unesp.br
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2015/03/1602461-conar-determina-que-petrobras-altere-comercial-sobre-superacao.shtml
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2015/03/1602461-conar-determina-que-petrobras-altere-comercial-sobre-superacao.shtml
Referências: 
NORA, P. PROJETO HISTÓRIA: Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados em 
História e do Departamento de História da PUC-SP. São Paulo, SP - Brasil, nº10, p. 1-
178, 1993. 
PEREIRA, C. Memória Organizacional: conceito e práticas em construção. XXXVII 
Encontro da ANPAD. Rio de Janeiro-RJ, 2013. 
Dicionário Michaelis, UOL. Disponível em: 
<http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-
portugues&palavra=mem%F3ria>. Acesso em 3 de Junho de 2016. 
Petrobrás, exemplo de superação - comercial 2015, Youtube. Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=IYk8rCAOOzQ >.

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