Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

Boa noite a todos!
Primeiramente, gostaria de agradecer a presença do diretor da FMB Pascoal, da vice-
diretora Kika, da patronesse que tanto representa a garra de todos nós alunos, Milena, da
maravilhosa paraninfa que tanto nos inspira, Malu, dos homenageados que representam
a nossa gratidão para com todos que, direta e indiretamente, deixaram um pouco de si
dentro de cada um de nós e que contribuíram para que conseguíssemos o privilégio de,
hoje, colar grau.
A parte mais difícil em se despedir é ter que fazer isso todos os dias. Todos os dias
enfrentamos a mesma verdade. De que a vida está passando rapidamente. Que o nosso
tempo aqui é curto. E para homenagear os que se foram, os que ficaram pelo caminho
ou mesmo aqueles que não estão aqui hoje porque ainda vão ou já se formaram,
deveremos viver bem as nossas vidas. Devemos perdoar quando podemos e permitir que
as nossas leis comuns nos reúnam. 
E eis aqui o objetivo comum, o cuidar do ser humano, que reuniu uma das turmas mais
divergente, guerreira e intensa que se forma hoje: a XXV com muito da XXIV e XXIII.
Que apesar de todos os pontos de vista que dificilmente entram em consenso e da nossa
evidente dificuldade em conviver e agir como grupo que, pra mim, só tem uma única
explicação plausível: 34 líderes que, naturalmente, tem uma personalidade forte e que
acreditam fielmente nos seus conceitos, valores e opiniões. E, isso, diferente do que
muitos pensam ou criticam deu muito certo. Somos o exemplo vivo de que o fim
justifica os meios. Já que não há como negar que, hoje, ao nos observar minimamente é
perceptível que estamos sim prontos para dar os primeiros passos sozinhos e, a partir de
agora, sendo responsáveis – lê-se enfermeiros – por esse objetivo comum. Cuidar.
Cuidar e não necessariamente curar. Cuidar que é tão particular, minucioso e
característico com a finalidade única de intervir na qualidade de vida do indivíduo onde
ele estiver. Onde nós estivermos. Longe de ter todo o conhecimento e experiência, mas
carregados de vontade e esperança para lutar também fielmente pelas bandeiras de nossa
profissão.
Profissão de todos nós, antes, estudantes, agora, enfermeiros e enfermeiras. E, com
muito orgulho de ter sido nessa casa, UNESP, que levaremos para todas as vidas que
formos responsáveis além do que só nas mangas de nossos jalecos. Serão sempre os
quatro, cinto e até seis melhores anos de nossas vidas e a terra do saci,
indiscutivelmente, o nosso lugar. O lugar onde construímos vínculos, valorizamos e
(re)aprendemos o conceito de família, ganhamos cicatrizes e certamente muitas histórias
e um apelido pra contar. Anatomia foi assustador. Bioquímica, pavoroso. Fisiologia, um
alívio. Patologia e farmacologia, um marco. O primeiro jaleco. A primeira troca de
roupa branca. A primeira festa e o primeiro trote. A inocência e o medo do primeiro dia
de estágio. A descoberta do mundo com o exame físico. Evolução? Todos os dias. A
sensação de fazer a diferença com a SAE. A responsabilidade de cuidar de um paciente
integralmente em diversas especialidades. A esperança e a vontade de fazer a mudança
que queremos ver. O ranking, suas ironias e novelas. TCCs e, finalmente, o empurrão
final de quem tanto nos ensinou e apoiou. Com o coração apertado, uns contam os
minutos para que o sol não se ponha. Ainda estamos com tempo. 
E é ai, agora, que tudo se mistura: passado, presente e futuro. Um certo cantor, um dia,
disse em uma de suas composições que o presente nada mais é do que o momento em
que passado e futuro se beijam e que esse encontro de lábios dura um tempo ínfimo,
intangível, mas suficiente para transformar o agora em história. E como é a minha
história? O que é que eu quero ter pra contar?
De uma coisa eu tenho certeza, como poucas coisas nessa vida: a enfermagem.
Enfermagem que é missão sublime e edificante que, como ciência, visa o paciente não
só no seu aspecto de saúde, mas como um todo em todas as suas necessidades: corpo,
mente e espírito. Cuidar e educar o indivíduo, a família e a comunidade sendo agentes
de transformação, humanização e valorização do ser humano. Sendo também,
essencialmente, empático e tendo a capacidade de levar uma palavra de conforto, um
gesto de carinho, uma luz que ameniza a escuridão da dor e lhe aponta novos caminhos.
Que um dia, enfermeiros, conheçamos todas as teorias, dominemos todas as técnicas,
mas ao tocar uma alma humana sejamos apenas outra alma humana.
E, pra encerrar, gostaria de terminar com uma citação de Grey’s Anatomy:
“Hoje é o dia em que a minha vida começa. Hoje me torno uma cidadã do mundo. Hoje
me torno adulta. Hoje me torno responsável para outros que não meus pais e a mim
mesma. Responsável por mais que minhas notas. Hoje me torno responsável perante ao
mundo, perante ao futuro, perante a todas as possibilidades que a vida tem para oferecer.
A partir de hoje meu propósito é comparecer com os olhos abertos, com determinação e
preparada. Para o quê? Não sei. Para qualquer coisa. Para tudo. Para enfrentar a vida,
para enfrentar o amor, para enfrentar a responsabilidade e as possibilidades. Hoje, meus
amigos, são vidas que começam. E eu, pelo menos, não vejo a hora.”

Mais conteúdos dessa disciplina