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Unidade 3
Livro Didático Digital
Carolina Galvão Sarzedas
Logística Reversa
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial 
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autora
CAROLINA GALVÃO SARZEDAS
A AUTORA
Carolina Galvão Sarzedas
Olá. Meu nome é Profª Drª Carolina Galvão Sarzedas. Sou formada 
em Ciências Biológicas, com mestrado e doutorado em Ciências e com 
experiência técnico-profissional na área de meio ambiente há mais 
de 18 anos. Minha formação acadêmica começou na UFRJ, onde me 
apaixonei pela Ciência e pela Educação. Tenho experiência tanto na área 
de orientação acadêmica quanto na produção de material didático para 
grandes empresas de Educação. Pelos motivos citados, fui convidada 
pela Editora Telesapiens a integrar o seu time de autores independentes. 
Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e 
trabalho. Conte comigo!
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez 
que:
INTRODUÇÃO:
para o início do 
desenvolvimento de 
uma nova compe-
tência;
DEFINIÇÃO:
houver necessidade 
de se apresentar um 
novo conceito;
NOTA:
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE:
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA?
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundamen-
to do seu conheci-
mento;
REFLITA:
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou dis-
cutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO:
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das últi-
mas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de au-
toaprendizagem for 
aplicada;
TESTANDO:
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
Logística Reversa: Conceitos Básicos e Práticas 
Operacionais ................................................................................................. 12
Introdução ............................................................................................................................................. 12
Logística e Meio Ambiente ....................................................................................................... 13
Logística e Cadeia de Suprimentos ................................................................................... 14
Práticas Operacionais ................................................................................................................... 15
Fatores que Influenciam a Eficiência da LR ................................................................. 18
Modelos de Gerenciamento de LR ...................................................... 21
Introdução ............................................................................................................................................. 21
Gerenciamento..................................................................................................................................22
Exemplo dos Correios..................................................................................................................26
Exemplos de Gerenciamento em LR ...................................................29
Introdução .............................................................................................................................................29
McDonald’s ...................................................................................................................... 30
Grupo Pão de Açúcar ............................................................................................... 30
NOKIA ................................................................................................................................... 31
HP ............................................................................................................................................32
Setor de Cosméticos .................................................................................................33
Pneus Bridgestone ..................................................................................................... 36
Suzano Papel e Celulose ...................................................................................... 36
Philips ....................................................................................................................................37
Coca-Cola ..........................................................................................................................37
Coprocessamento .......................................................................................40
Introdução ............................................................................................................................................ 40
Definição ................................................................................................................................................ 41
Fabricação Convencional de Cimento .............................................................................42
Danos Ambientais ........................................................................................................43
Coprocessamento ..........................................................................................................................45
Vantagens do Coprocessamento .....................................................................47
Coprocessamento de Pneus ..................................................................................................47
Estatísticas ........................................................................................................................................... 48
Logística Reversa 9
LIVRO DIDÁTICO DIGITAL
UNIDADE
03
Logística Reversa10
INTRODUÇÃO
Você sabia que a área de Logística Reversa é definida como um 
processo que percorre o fluxo reverso da logística? Isto é, começa em 
você, consumidor, e termina no fornecedor. O objetivo desse sistema 
é recuperar uma parte do valor do produto e ainda fazer a disposição 
adequada do resíduo gerado. Para um sistema eficiente é necessário que 
as empresas adotem gerenciamento e logística de resíduos integrados 
com os outros processos da empresa, de maneira a manter o desempenho 
e ainda diminuir os danos ambientais. A implantação de Sistemas de 
Logística Reversa não é um tema tão atual, diversas empresas no Brasil 
e no mundo já vêm integrando a reciclagem em seus processos, e 
podemos citar, por exemplo, a Coca-Cola, a Natura, a HP, entre muitas 
outras. Para o caso de alguns rejeitos, a solução é o direcionamento para 
o coprocessamento, no qual poderão ser transformados em cimento e 
combustível para o maquinário. Conseguiu entender? Ao longo desta 
unidade letiva você vai mergulhar neste universo!
Logística Reversa 11
OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 3. Nosso propósito é auxiliar 
você no desenvolvimento das seguintes objetivos de aprendizagem até o 
término desta etapa de estudos:
1. Compreender como funciona a prática operacional da LR.
2. Entender o passo a passo para o Gerenciamento da LR. 
3. Exemplificar SLR usados por empresas.
4. Definir Coprocessamento e suas vantagens.
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? 
Ao trabalho! 
Logística Reversa12
Logística Reversa: Conceitos Básicos e 
Práticas Operacionais
INTRODUÇÃO:
Ao término deste capítulo você será capaz de entender como 
funciona a logística reversa e suas práticas operacionais, o 
que será fundamental para o entendimento da aplicação 
do sistema. E então? Motivado paradesenvolver esta 
competência? Então vamos lá!
A Logística Reversa (LR) é um processo de planejamento, 
implementação e controle de fluxos de matérias-primas, produtos e 
informações que percorrem o fluxo inverso da logística, isto é, começa no 
consumidor e termina no fornecedor, de modo a recuperar parte do valor 
daquele produto ou fazer uma disposição apropriada do seu resíduo no 
meio ambiente.
O aumento da preocupação da sociedade com a degradação 
ambiental e a instituição de legislações ambientais cada vez mais rígidas, 
vem fazendo com que empresas desenvolvam estudos de produção 
e descarte de matérias de modo a impactar o mínimo possível o meio 
ambiente. 
Segundo a legislação ambiental, as empresas são responsáveis 
pelo destino final dos produtos pós-consumo e também pelos 
impactos que eles provocam no meio ambiente. Associado a isso, tem 
a consciência ecológica dos consumidores, que preferem consumir de 
empresas “ecologicamente corretas” e que estão realmente engajadas 
em desenvolver um sistema eficiente de LR.
Logística Reversa 13
Logística e Meio Ambiente
A logística tradicional, baseada no fluxo direto do produto, ou seja, 
do fornecedor para o consumidor, precisa ter em seu planejamento a 
preocupação com o meio ambiente e com os produtos pós-consumo. A 
logística precisa ter um conhecimento técnico profundo de cada produto, 
os seus processos produtivos e os resultados econômicos e financeiros 
que cada um deles traz para a empresa, precisa ainda, saber como o 
serviço está sendo prestado e o tipo de relação existente com os clientes.
E o meio ambiente, onde entra na logística?
O meio ambiente não pode ser tratado isoladamente, precisa estar 
inserido como parte do processo econômico e logístico. O gerenciamento 
do processo precisa valorizar o meio ambiente, seja no momento da 
escolha da matéria-prima, no processo de desenvolvimento, na produção, 
até no transporte e no recolhimento dos resíduos para reciclagem. 
A logística tradicional funciona como uma vantagem competitiva 
para as empresas, pois é capaz de otimizar os recursos utilizados na cadeia 
de suprimentos com uma visão holística de modo a atender à otimização 
global, se tornando facilitadora no atendimento da visão sistêmica. 
DEFINIÇÃO:
A visão holística significa observar ou analisar algo ou 
alguma área da vida de forma global, ou seja, como um 
todo e não de maneira fragmentada. Ao usar a abordagem 
holística para administrar um negócio, a organização 
garante que a empresa esteja em pleno potencial ao invés 
de simplesmente ter áreas fortes e frágeis.
Logística Reversa14
Logística e Cadeia de Suprimentos
O que seria uma cadeia de suprimentos, você já parou para pensar?
Cadeia de suprimentos é o conjunto de atividades que integram 
canais de aquisição, produção, armazenamento e distribuição. Cada uma 
das etapas precisa ser planejada e controlada para que aconteçam sem 
danos às atividades subsequentes, com redução de custos e agregação 
de valor para os clientes finais sem perder a eficiência.
Políticas básicas da Cadeia de Suprimentos: 
 • O foco é a satisfação dos consumidores.
 • As estratégias são voltadas para conquistar a fidelidade dos 
consumidores finais.
 • Todas as atividades ligadas à continuidade do fluxo, desde o 
processamento de pedidos até a entrega precisam ser gerenciados 
de maneira eficiente e eficaz. 
Figura 1 – Cadeia de suprimentos
Fonte: @freepik
https://br.freepik.com/vetores-gratis/pacote-de-avatares-e-suprimentos-de-pessoas-de-negocios_5720549.htm
Logística Reversa 15
 Todas as partes envolvidas na cadeia de suprimento precisam ser 
acompanhadas por uma equipe de gestão bem desenvolvida. 
Porém, não podemos confundir cadeia de suprimentos com logística, 
ambas são atividades conectadas e dependentes entre si, porém a cadeia 
de suprimentos se responsabiliza por sistemas operacionais e métodos 
relacionados ao produto de forma direta ou indireta. Enquanto a logística, 
está preocupada com o deslocamento do produto desde a empresa até o 
cliente, sendo então, uma das etapas da cadeia de suprimentos. 
O que podemos concluir com estas informações?
Que a Logística Reversa nada mais é do que uma parte da cadeia 
de suprimentos, com uma relevância que só aumenta nos últimos 
anos. A LR flui contra a corrente dos fluxos diretos, isto é, da ponta do 
consumo em direção ao fornecedor, pela cadeia de suprimentos, para 
que sejam reutilizados, reciclados ou reincorporados às mesmas cadeias 
de suprimentos ou a outras cadeias.
Exemplificando: Resíduos reincorporados à mesma cadeia de 
suprimentos: latas de alumínio são coletadas após o uso e enviadas 
para virarem novas latas. Resíduos incorporados a outras cadeias de 
suprimentos: garrafas PET são recicladas e podem ser utilizadas, por 
exemplo, na produção de fibras têxteis.
Práticas Operacionais
Precisamos deixar claro que o conceito de sustentabilidade dentro 
das organizações produtivas começou a ser inserido pela obrigação legal 
em mitigar os impactos ambientais gerados e, posteriormente, de forma 
mais organizada e eficiente para redução de perdas e reaproveitamento 
de resíduos. 
Durante a fase de produção, a LR pode ser inserida como método de 
reaproveitamento de coprodutos e subprodutos. Após o consumo, a LR já 
funciona por meio do processamento de produtos usados com potencial 
de reuso como matéria-prima secundária. A partir daí, os departamentos 
Logística Reversa16
de gestão da produção e logística passaram a incorporar aspectos de 
sustentabilidade aos processos operacionais tradicionais. 
As técnicas usadas na gestão variam de acordo com o mercado 
de atuação, porém sempre com o objetivo de minimizar problemas entre 
fornecedores e consumidores. O desenvolvimento de novos sistemas 
e procedimentos para adequação da LR, assim como a diversidade de 
produtos e materiais, tem exigido um alto grau de coordenação na gestão, 
de maneira a formar uma rede com a participação de diversas empresas 
com funções desde o tratamento até a disposição final dos resíduos. 
Podemos apresentar as possíveis interações existentes entre os 
aspectos de gestão da LR da seguinte forma:
Motivação 
 • Externa: atendendo à Política Nacional de Resíduos Sólidos e a 
demanda dos consumidores.
 • Interna: financeira e ambiental.
Tipo
 • Individual: só um setor participa.
 • Associativa: reunindo elos diferentes da cadeia produtiva.
Gestão
 • Setor empresarial: reunido em uma unidade gestora.
 • Setor público: atuando na regulamentação e na fiscalização.
Gerenciamento (compartilhado)
 • Fabricantes. 
 • Importadores.
 • Governo. 
Relação com o mercado
 • Monopolista.
 • Competitivo.
Logística Reversa 17
Dos desafios operacionais envolvidos para a implantação de 
Sistemas de Logística Reversa no Brasil podemos citar: 
1. Modelo operacional: 
 • Estabelecer parcerias com associações e cooperativas para suporte 
operacional aos SLR.
 • Estabelecer um comitê de acompanhamento da implantação do 
sistema, de forma a implementar os ajustes necessários para a 
eficácia do modelo. 
 • Detalhar o fluxo de informações e interfaces com o SINIR. 
 • Detalhar as condições e o processo de formalização e cadastro das 
organizações gestoras.
NOTA:
SINIR – Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão 
dos Resíduos Sólidos.
2. Incentivo à Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I):
 • Fomentar a pesquisa para o desenvolvimento de novas técnicas de 
reciclagem.
 • Aplicações das matérias-primas recicladas e ecodesign.
 • Estabelecimento de taxas de reciclabilidade para as embalagens.
 • Definição de critérios de qualidade para produtos elaborados com 
matéria-prima secundária.
 • Criação de banco de dados para acesso às informações sobre o 
mercado de matéria-prima.
 • Promoção do mercado de matéria-prima secundária, com 
especificações técnicas e ambientais.
Logística Reversa18
3. Infraestrutura:
 • Especificações técnicaspara infraestruturas de descarte/recebimento 
e triagem.
 • Construção de um fluxo de LR sólido.
 • Necessidade de conhecimento sobre a capacidade do parque 
reciclador nacional.
 • Localização e qualificação das infraestruturas existentes, com reforço 
às capacidades instaladas para alguns setores.
4. Legislação Ambiental:
 • Definir condições técnicas para a certificação de recicladoras que 
comporão o sistema.
 • Definir critérios técnicos para o licenciamento ambiental dos pontos 
de recebimento/triagens e veículo dos SLR.
Fatores que Influenciam a Eficiência da LR
A eficiência do processo de LR vai depender do planejamento 
e do controle das áreas de gestão e logística, porém, alguns fatores 
podem ser identificados como sendo críticos na contribuição positiva no 
desempenho da LR, são eles:
Controle de entrada: o estado dos materiais que retornam precisa 
ser identificado corretamente para, posteriormente, seguir o fluxo 
reverso ou não. Se o controle de entrada não for bem executado pode 
dificultar o processo subsequente, podendo ainda ser fonte de atrito 
entre consumidores e fornecedores. A chave para esta questão está no 
treinamento de pessoal.
Exemplo: O controle de entrada identifica os produtos que podem 
ser revendidos, recondicionados ou totalmente reciclados.
Padronização e mapeamento de processos: a LR precisa ter 
procedimentos e processos corretamente mapeados, formalizados e 
tratados como um processo regular para a empresa, pois só assim se 
obtém controle e melhoria contínua.
Logística Reversa 19
Tempo de ciclos reduzidos: quanto maior o tempo do ciclo do 
produto, maior serão os custos desnecessários, pois ocorre atraso na 
entrada de capital em decorrência da venda do resíduo e ainda ocupa 
espaço na empresa. 
DEFINIÇÃO:
Tempo de ciclo se refere ao tempo entre a identificação da 
necessidade de reciclagem, da disposição ou do retorno 
de produtos e seu efetivo processamento.
Sistemas de informação: a aquisição ou o desenvolvimento 
de sistemas de informação é um grande desafio, porém passa a ser 
uma ferramenta fundamental para medir o tempo de ciclo, rastrear o 
retorno, medir o desempenho de fornecedores, obter informações para 
negociações e melhoria de desempenho. Os sistemas de LR exigem 
flexibilidade e níveis de variação que são difíceis de se obter no mercado.
Rede logística planejada: é preciso implementar uma infraestrutura 
logística adequada para lidar com os fluxos de entrada de materiais 
usados e saída de materiais processados. Uma boa solução é a instalação 
de centrais dedicadas ao recebimento, à separação, ao armazenamento, 
ao processamento, à embalagem e à expedição de materiais retornados. 
Colaboração entre clientes e fornecedores: os conflitos relacionados 
à responsabilidade pelos danos do produto costumam ser comuns entre 
varejistas e indústrias. Varejistas culpam o transporte e a fabricação 
pelos defeitos, em contrapartida, os fornecedores suspeitam de abusos 
por parte dos varejistas, de modo a causar problemas de confiança em 
casos de devoluções. Para que o fluxo reverso seja eficiente e avance, é 
necessária uma relação colaborativa entre as partes envolvidas. 
SAIBA MAIS:
tQuer saber mais sobre Logística Reversa? Recomendamos 
a leitura sobre algumas práticas operacionais. Fonte: https://
bit.ly/2RPwyOu
https://bit.ly/2RPwyOu
https://bit.ly/2RPwyOu
Logística Reversa20
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu tudo? 
Agora, só para termos certeza de que você realmente 
entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir 
tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que LR é um 
processo de planejamento, implementação e controle de 
fluxos de matérias-primas, produtos e informações, que 
percorre o fluxo inverso da logística. Segundo a legislação 
ambiental, as empresas são responsáveis pelo destino final 
dos produtos pós-consumo e também pelos impactos que 
o mesmo provoca no meio ambiente. Podemos concluir que 
a LR flui da ponta do consumo em direção ao fornecedor, 
pela cadeia de suprimentos, para que os resíduos sejam 
reutilizados, reciclados ou reincorporados às mesmas 
cadeias de suprimentos ou a outras cadeias. Dentre desafios 
operacionais envolvidos para a implantação de Sistemas 
de Logística Reversa no Brasil, podemos citar: 1) modelo 
operacional. 2) Incentivo à Pesquisa, Desenvolvimento e 
Inovação (PD&I). 3) Infraestrutura. 4) Legislação Ambiental.
Logística Reversa 21
Modelos de Gerenciamento de LR
INTRODUÇÃO:
 Ao término deste capítulo você será capaz de entender 
como funcionam alguns modelos de gerenciamento em 
LR. Por meio destes modelos, as empresas são capazes de 
planejar e implantar sistemas adequados à sua atividade. 
E então? Motivado para desenvolver esta competência? 
Então vamos lá!.
Ter um negócio ambientalmente sustentável exige não só educação 
ambiental e boa vontade, mas também exige que o seu mercado de 
atuação seja competitivo e gere vantagens financeiras com a sua “marca 
verde”. 
Por que estou dizendo isso? Porque desenvolver um gerenciamento 
ambiental e colocá-lo em prática, requer custos adicionais para a 
empresa, desde maquinário, até a logística e a mão de obra especializada. 
Ser competitivo, neste caso, significa acima de tudo, gerenciar a cadeia de 
suprimentos e a logística de forma a manter em equilíbrio a manutenção 
dos padrões de desempenho ambiental e a necessidade de redução de 
custos. 
Para que o gerenciamento sustentável seja possível, é preciso que 
todos os envolvidos, fabricantes, transportadores e consumidores apoiem 
e adotem práticas mais eficientes. Em contrapartida, o poder público 
cobra por meio da criação de leis e normas ambientais, uma destinação 
correta dos resíduos com potencial para danos ambientais.
O conceito cadeia de suprimentos foi desenvolvido nos anos de 
1990, de maneira a ampliar a compreensão sobre as interações dos 
sistemas produtivos. Algumas interações ganharam mais espaço entre 
os consumidores e fornecedores (dentro do sistema produtivo) e entre o 
sistema produtivo e o meio ambiente (fora do sistema produtivo). Porém, a 
entrada do meio ambiente no sistema é de difícil contabilização, pela falta 
de mecanismos contábeis adequados a esta valoração. 
Logística Reversa22
NOTA:
Assim como aspectos sociais e culturais, o meio ambiente 
é intangível.
 No intuito de aumentar a estruturação e diminuir as incertezas, 
novas variáveis passaram a ser desenvolvidas e incluídas na análise, e 
os limites foram expandidos para que as “externalidades” incorporadas 
possam ser componentes do sistema. Em relação à gestão ambiental, 
nem sempre é fácil a análise dos dados.
Gerenciamento
Cada setor produtivo deve desenvolver algumas ou todas as 
operações elencadas a seguir, dependendo da necessidade, da 
especialidade e da capacitação dos recursos humanos envolvidos:
1. Planejamento do processo – definição do escopo do processo 
com a definição dos produtos e materiais pós-consumo a serem 
processados.
2. Planejamento da cadeia – na logística reversa os consumidores e 
fornecedores ainda não se encontram estabelecidos ou atuando 
de forma colaborativa. Com isso, a identificação, contratação e 
capacitação de parceiros passam a ser etapas preliminares do 
processo.
3. Projeto de Logística Reversa: esta etapa requer algumas atividades:
a. Identificação ou estimativa da frequência de descarte e dos volumes 
gerados por tipo de produto.
b. Definição de rotas e meios de transporte para o recolhimento do 
produto ou material pós-consumo.
c. Definição dos volumes mínimos a serem coletados e a frequência de 
coleta.
Logística Reversa 23
d. Definição de etapas de pré-processamento como triagem ou 
desmontagem (total ou parcial).
e. Definição sobre a necessidade de pontos de transbordo.
f. Estabelecimento de parcerias para redução dos custos ou da redução 
do tempo de processamento.
g. Definição dos procedimentos de destinação.
IMPORTANTE:Os modos e as rotas de transportes precisam ser 
estabelecidos de forma eficiente, de modo a não impactar 
a viabilidade econômica do sistema.
4. Coleta: inicialmente, se pressupõe que seja a identificação das fontes 
geradoras, dos tipos de materiais e volumes gerados. Em seguida, vem 
a assistência técnica, devolução diretamente pelo consumidor ou por 
meio de cooperativas, associações e catadores independentes. De 
acordo com a cadeia produtiva, a coleta pode ser realizada a partir de 
Postos de Entrega Voluntária (PEV), ou com parcerias com empresas 
que já possuem grande conhecimento em operações de Logística 
Reversa, como os Correios. 
5. Triagem: é a seleção manual ou mecânica de materiais, componentes 
e produtos, para que seja identificada sua aptidão ao reuso ou revenda 
imediata.
6. Teste: em caso de componentes e produtos aptos ao reuso e à revenda 
após o recondicionamento. Para dar continuidade ao processo, é 
preciso que o produto tenha as condições mínimas de funcionalidade 
e verificação dos critérios de segurança.
7. Armazenagem: às vezes é necessária a armazenagem para se atingirem 
os volumes mínimos viáveis economicamente para os processos de 
transporte e reciclagem. Para os demais processos, essa atividade 
pode ser suprimida.
Logística Reversa24
8. Recondicionamento: é o processo de limpeza e reparo com o 
objetivo de restaurar as funcionalidades de componentes ou 
produtos danificados. Componentes recondicionados atuam como 
componentes no recondicionamento de outros produtos pós-
consumo. Em alguns casos, esta etapa já faz parte da etapa de 
remanufatura.
9. Remanufatura: é o reparo e a manutenção dos equipamentos, das 
peças ou das partes, com o objetivo de restaurar as especificações do 
produtor, do fabricante ou do montador do produto final. Geralmente, 
são serviços prestados por terceiros e os produtos chegam a ser 
comercializados com garantias dos próprios fabricantes ou de 
terceiros.
10. Manufatura reversa: consiste no conjunto de processos constituídos, 
algumas ou todas das seguintes etapas: recebimento de produtos 
e materiais pós-consumo, armazenagem, pré-processamento, 
processamento, desmontagem, descaracterização, rastreabilidade, 
balanço de massa, gestão de estoque e venda.
11. Revenda: pode ocorrer a partir de quatro canais:
 • Pós-consumo a partir do fabricante – empresas atuantes em 
modalidades de aluguel ou comodato de seus equipamentos realizam 
a revenda destes após manutenção ou reparos.
Exemplificando: empresa Xerox e suas copiadoras.
 • Pós-consumo a partir do consumidor – é um mecanismo ainda pouco 
utilizado em função da grande variação dos preços praticados e do 
custo do transporte, pois o consumidor anuncia o produto ou material 
por meio de bolsas de resíduos. 
 • Pós-venda – ocorre quando os produtos são devolvidos aos fabricantes 
(por diversos motivos) e esses realizam a triagem, a destinação e 
a revenda com ou sem a desmontagem do produto. A assistência 
técnica nada mais é do que um segmento produtivo credenciado 
para a revenda de produtos remanufaturados. Essa alternativa está 
em crescimento no setor de equipamentos eletroeletrônicos. O 
Logística Reversa 25
credenciamento, em alguns casos, inclui a emissão de Nota Fiscal e 
concessão de garantia na revenda para produtos que passaram por 
reparos ou foram remanufaturados.
12. Destinação: quando ocorre confirmação da impossibilidade de reuso 
direto ou indireto (mediante testes e recondicionamento), o produto, 
os seus componentes ou os materiais seguem para destinação, que 
de acordo com a PNRS, pode ser reuso, reciclagem, incineração e 
disposição final em aterro. A forma da destinação vai depender da 
composição, do volume, da condição e da proximidade de unidades 
de reprocessamento. 
As métricas de avaliação de desempenho são importantes para o 
gerenciamento de processos logísticos. A seguir, temos alguns exemplos 
das métricas mais comuns:
 • Nível de emissões, efluentes e volume de resíduos sólidos gerados 
pelos processos logísticos.
 • Custos logísticos.
 • Nível de utilização e eficiência dos recursos logísticos.
 • Disponibilidade e demanda sobre os recursos logísticos.
 • Nível de serviço logístico, com o objetivo de avaliar o desempenho 
logístico como, disponibilidade de materiais nos pontos de uso, tempo 
de resposta a solicitações dos clientes, capacidade de customização 
de serviços, serviços agregados, entre outros. 
Podemos dizer, então, que para uma gestão logística eficaz dos 
recursos, das operações e dos processos, o gestor precisa ter não apenas 
o conhecimento técnico, mas também o conhecimento dos mecanismos 
legais e normativos relacionados ao setor produtivo em questão e do uso 
de sistemas de registro e processamento de informações. 
Logística Reversa26
Exemplo dos Correios
Correios é uma empresa pública federal fundada em 1969, que 
tem como atividade principal o serviço de remessa de documentos e 
mercadorias. 
NOTA:
É a única empresa brasileira presente em todos os 
municípios do país.
Podemos dizer que a empresa possui uma estratégia de negócios 
focada na Logística Reversa, pois a capilaridade da cobertura logística e 
a confiabilidade dos seus serviços representam um grande diferencial no 
gerenciamento de canais. 
O Correios Log, como é chamado, funciona desde 2002 oferecendo 
soluções de logística integrada e por meio de contratos customizados, é 
possível fazer uso de serviços de recolha de produtos, principalmente, de 
pós-venda. 
Outro serviço disponível desde 2006 é a Logística Reversa em 
Agência (LRA), que faz remessas de um determinado produto para sua 
unidade processadora. Outro produto oferecido é o de coletar o produto 
de retorno simultaneamente à entrega do substituto, sem ônus para o 
remetente, este serviço é chamado Logística Reversa Simultânea, e pode 
ser domiciliar (LRSD) ou na agência (LRSA).
Com essa forma inovadora, a empresa Correios usou toda sua 
experiência na logística direta para adequar seus processos à Logística 
Reversa. Em linhas gerais, os procedimentos são os mesmos, porém com 
o diferencial tecnológico propiciado pelo Sistema de Coleta – SCOL, que 
permite a identificação, o monitoramento e o rastreamento das remessas 
nos canais reversos. É uma maneira de atender não somente ao cliente, 
Logística Reversa 27
mas principalmente às exigências legais e normativas no que tange à 
responsabilidade compartilhada nos fluxos reversos.
Os pedidos para a prestação do serviço podem ser realizados via 
internet, em qualquer dia e horário, pelos próprios clientes de contrato. 
O prazo para a coleta é definido de acordo com o porte dos municípios. 
D+1 para municípios com mais de 50.000 habitantes e D+2 para municípios 
com menos de 50.000 habitantes.
Um diferencial interessante iniciado pelos Correios foi a possibilidade 
de rastrear os itens postados, agregando valor para qualquer Sistema 
de Logística Reversa, uma vez que identifica de maneira eficiente a 
responsabilidade em caso de infração ou irregularidades ao longo do 
Sistema. 
Figura 2 – Correios
Fonte: @freepik
Os Correios conquistaram, ao longo do tempo, credibilidade por 
parte de outras empresas de diferentes portes e segmentos. Entre os 
principais clientes que contrataram o serviço de logística reversa pós-
venda e pós-consumo, podemos citar: 
 • Natura – devolução de produtos recusados por clientes, com retorno 
via consultora ou diretamente para a empresa.
Logística Reversa28
 • Multibrás – processo que prevê a coleta, conforme padrão estabelecido, 
de eletrodomésticos e peças defeituosas comercializadas pela 
Consul e Brastemp.
 • Empresas de e-commerce – contrato para o retorno de produtos 
comercializados pela Submarino, Americanas.com, Mercado Livre, 
entre outros.
SAIBA MAIS:
Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos a leitura 
do artigo a seguir. Modelo de Gerenciamento da Logística 
Reversa acessível.Fonte: https://bit.ly/32T4EHY
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu tudo? 
Agora, só para termos certeza de que você realmente 
entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir 
tudo o que vimos. Você deve ter percebido que desenvolver 
um sistema de gerenciamento ambiental e colocá-lo em 
prática requer custos adicionais para a empresa, desde 
maquinário, até a logística e a mão-de-obra especializada. 
Para que seja possível, é preciso que todos os envolvidos, 
fabricantes, transportadores e consumidores apoiem e 
adotem práticas mais eficientes. Cada setor produtivo 
deve desenvolver alguma das seguintes operações: 
Planejamento do Processo, Planejamento da cadeia, Projeto 
de Logística Reversa, Coleta, Triagem, Teste, Armazenagem, 
Recondicionamento, Remanufatura, Manufatura Reversa, 
Revenda (pós-consumo a partir do fabricante, pós-consumo 
a partir do consumidor, pós-venda) e Destinação. Podemos 
concluir que para uma gestão logística eficaz dos recursos, 
operações e processos, o gestor precisa ter, não apenas 
o conhecimento técnico, mas também o conhecimento 
dos mecanismos legais e normativos relacionados ao setor 
produtivo em questão e do uso de sistemas de registro e 
processamento de informações.
https://bit.ly/32T4EHY
Logística Reversa 29
Exemplos de Gerenciamento em LR
INTRODUÇÃO:
Ao término deste capítulo você será capaz de entender 
como funciona na prática o gerenciamento de LR em 
algumas empresas. Você vai perceber que cada empresa 
adota o sistema que mais se adapta aos seus custos e à 
sua logística. E então? Motivado para desenvolver esta 
competência? Então vamos lá!.
Durante muito tempo, todos nós jogamos no lixo bilhões de dólares, 
segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) em recursos 
que deixamos de ganhar com o reaproveitamento de resíduos ou com a 
venda de insumos para a reciclagem (plásticos, alumínio e vidro).
EXPLICANDO MELHOR:
Percebemos que esta postura, além dos prejuízos 
financeiros, sempre agravou problemas e tragédias 
relacionadas ao meio ambiente. Por exemplo: as garrafas 
PET e as sacolas plásticas, em dias de chuva, causam 
grandes estragos nas nossas cidades.
Para uma empresa e para a sociedade, o desenvolvimento de 
Sistemas de Logística Reversa, vem sendo um meio sustentável e 
rentável de se trabalhar com a redução, reutilização e reciclagem, e 
ainda, uma maneira de se adequar às leis ambientais e conquistar novos 
consumidores. Pensando nisso, muitas empresas já têm em pleno 
funcionamento Sistemas eficientes. A seguir, listaremos algumas:
Logística Reversa30
McDonald’s
O óleo de soja é um elemento essencial para o funcionamento de 
um dos fast-foods mais conhecidos no mundo. E, pensando nisso, a rede 
teve uma ideia interessante quanto à sua reutilização aqui no Brasil. Fez 
um convênio com a empresa Martin-Brower e desenvolveu uma técnica 
de Logística Reversa que funciona da seguinte maneira: os caminhões 
que abastecem as filiais com alimentos recolhem todo o óleo usado para 
análise, depois o óleo é encaminhado para uma usina que os transforma 
em biocombustível, que é utilizado para reabastecer os próprios 
caminhões da empresa. 
Figura 3 – Reciclagem do óleo usado na rede
Fonte: @freepik
Grupo Pão de Açúcar
Podemos dizer que o Grupo Pão de Açúcar foi um dos pioneiros 
em ações de sustentabilidade e atualmente conta com o maior programa 
privado de reciclagem do país. Em 2001, o grupo criou estações de 
recebimento de materiais recicláveis (metal, papel vidro, óleo de cozinha, 
plástico e papel), e receberam desde o seu lançamento, mais de 30 mil 
toneladas de resíduos, que são destinadas a cooperativas, destes 50% 
Logística Reversa 31
em papel, 22% em plástico, 22% em vidro, além de alumínio, metal e óleo 
usado. 
Em 2008 foi criado um programa de reciclagem pré-consumo, 
chamado “Caixa verde”, no qual os clientes podem depositar as 
embalagens de produtos adquiridos nas lojas antes de levá-los para casa. 
Exemplificando: Você compra uma pasta de dentes, e então pode 
descartar a caixinha para reciclagem já na saída do caixa, levando para 
casa apenas a bisnaga.
Em parceria com a NOKIA, foi criado em 2010 o “Alô Recicle”, para 
recolhimento de celulares, baterias e acessórios, encaminhados para 
reciclagem. 
Figura 4 – Estação de coleta de material reciclável
Fonte:https://bit.ly/3hRqC2i
NOKIA
O programa da NOKIA para reciclagem se chama “we:recycle” e 
funciona no mundo inteiro sendo responsável pela coleta de aparelhos 
de qualquer marca, estando presente em 85 países. O projeto não possui 
dados recentes, mas foi responsável pelo recolhimento de mais de 4 
milhões de aparelhos em todo o mundo, porém calcula-se que apenas 2% 
dos usuários de celular no Brasil façam uso da reciclagem de aparelhos.
https://bit.ly/3hRqC2i
Logística Reversa32
IMPORTANTE:
80% de um celular pode ser reciclado, e entre os materiais 
podemos citar metais, cobre, platina, prata e plásticos.
Figura 5 – Reciclagem de celular
Fonte: @pixabay
HP
A HP criou um programa chamado HP Planet Partners Brasil para os 
clientes que quiserem enviar seus cartuchos e toners usados, de forma a 
devolvê-los para a empresa ao invés de descartar em lixos comuns. Há 50 
pontos de coleta no Brasil. 
Após a coleta, todo o material é enviado para o centro de reciclagem 
da empresa, para que haja o processamento do material. Tampas, 
componentes eletrônicos e espuma são separadas.
Os cartuchos e as peças plásticas são triturados até virarem pó, 
para então serem enviadas ao Canadá e usados na fabricação de novos 
https://pixabay.com/pt/photos/reciclagem-telefone-celular-2978601/
Logística Reversa 33
cartuchos. No Brasil, hoje em dia, algumas impressoras já possuem 50% 
de plástico reciclado em sua composição. 
Figura 6 – Sistema de reciclagem eletrônico
Fonte: @pixabay
Setor de Cosméticos
Boticário
A LR dos seus produtos é feita por meio do Programa de Reciclagem 
de Embalagens, no qual as embalagens pós-consumo podem ser 
devolvidas em qualquer loja do grupo, e enviadas para 21 cooperativas 
credenciadas em todo o país, em que os resíduos se tornam matérias-
primas para outros processos. A empresa possui mais de 4 mil pontos de 
coleta em todo o Brasil e o resultado do sucesso se deve à parceria e ao 
engajamento dos franqueados e das suas transportadoras. 
Natura
O programa Elos existe desde 2007 e possui a responsabilidade 
compartilhada entre os fornecedores de embalagem e a Natura, que além 
https://pixabay.com/pt/vectors/lixo-eletr%C3%B4nica-bin-reciclar-296550/
Logística Reversa34
de recolher as embalagens pós-consumo, realiza estudos de rastreamento 
e monitoramento do ciclo de vida das embalagens recicláveis.
Além disso, a Natura aponta alguns temas prioritários em 
sustentabilidade associados à sua estratégia: 
Biodiversidade – o uso sustentável da biodiversidade é a principal 
plataforma tecnológica da Natura, e esse objetivo tornou-se mais evidente 
a partir do ano de 2000, com o lançamento da linha Ekos. O aprendizado 
e os resultados associados à gestão da linha Ekos têm consolidado na 
empresa uma especial atenção à região amazônica. Embora ativos da 
biodiversidade encontrados em outras regiões do país sejam utilizados 
nessa e em outras linhas de produtos, a região amazônica desempenha 
um papel relevante no portfólio de ativos.
Amazônia: Programa Amazônia, “[...] um plano que busca incentivar 
a criação de cadeias sustentáveis e de novos negócios a partir da ciência, 
da inovação e do empreendedorismo, além do patrimônio natural e 
cultural da região”.
Gases do Efeito Estufa (GEE) – em 2007, a empresa criou o Programa 
Carbono Neutro, por meio do qual concentra seus compromissos em 
relação à gestão das emissões de GEE que decorrem do negócio. A 
compensação/neutralização de emissões de GEE se dá mediante o 
apoio a projetos socioambientais, cuja implantação resulta em redução 
de emissões em atividades não relacionadasà operação da empresa.
Em 2008, o resultado do inventário aponta para pouco mais de 188 
mil toneladas de CO2 e de emissões absolutas (ou 3,57 kg de CO2 e/kg 
produto), considerando-se não apenas as operações da empresa em suas 
unidades (17% das emissões), mas também etapas à montante e à jusante 
de sua posição na cadeia: 
1. Extração e transporte de matérias-primas e embalagens (38%).
2. Processos internos de beneficiamento e manufatura que se dão nos 
fornecedores e transporte até a Natura (9%).
3. Transporte de mercadorias desde a Natura até as CN, e então, até os 
consumidores (16%).
4. Descarte final de produtos e embalagens (20%). 
Logística Reversa 35
Impacto dos produtos – quanto ao impacto dos seus produtos, a 
abordagem da Natura considera todo o ciclo de vida do produto: busca-
se a redução de impactos causados ao longo da produção, distribuição 
e consumo das mercadorias da empresa, sendo prioridades: a gestão de 
resíduos sólidos e o consumo de água.
Avon
O programa adotado pela Avon é denominado Dê a Mão para o 
Futuro: Reciclagem, Trabalho e Renda (DAMF) e já encaminhou mais de 110 
mil toneladas de resíduos de cosméticos para a reciclagem, colaborando 
com mais de 128 cooperativas. 
Unilever
A Unilever é uma empresa que fabrica produtos das marcas 
como Seda, Clear, Rexona, Lux, entre outros, e seu Sistema de Logística 
Reversa consiste em coletar as embalagens pós-consumo e enviar para 
reciclagem.
Figura 7 – Logística Reversa de embalagens
Fonte: @freepik
Logística Reversa36
Pneus Bridgestone
A empresa recebe pneus em final de sua vida útil e aplica o conceito 
de LR. A borracha dos pneus passa por um processo de trituração e 
picotagem, sendo de baixa qualidade para fabricação de novos pneus, 
porém pode ser usada em solados de sapatos, borracha para vedação, 
peças para reposição, asfalto e indústria automobilística. 
Figura 8 – Sistema de LR de pneus
Fonte: @pixabay
Suzano Papel e Celulose
A Suzano foi a primeira empresa brasileira a produzir papel reciclado 
em escala industrial e, possui desde 2007, o Programa Investimento 
Reciclável e conta com diversas cooperativas de catadores. Em 2011 a 
empresa comercializou 1,3 milhões de toneladas de papel e lançou 
um material feito com pelo menos 30% de aparas pós-consumo de 
embalagem longa vida em parceria com a Tetra Pak. A Ciclo, uma empresa 
do segmento de telhas para a construção civil, é parceira neste projeto, e 
com associações e cooperativas de catadores. Estima-se que o polietileno 
e o alumínio recuperados das embalagens longa vida Tetra Pak sejam da 
ordem de 250 toneladas por mês e são utilizadas na fabricação de telhas.
https://pixabay.com/pt/photos/pneus-pneus-usados-pfu-lixo-1846674/
Logística Reversa 37
Philips
Há mais de 30 anos, a Philips vem trabalhando em um programa 
para reduzir o descarte inadequado de lixo eletrônico. A empresa tem 
postos de coleta em vários lugares credenciados espalhados pelo 
Brasil, em que é possível descartar lâmpadas, aparelhos e pilhas. Após 
o recolhimento, a empresa analisa os resíduos para decidir se serão 
reutilizados ou descartados. 
Coca-Cola
A Coca-Cola é uma empresa que possui seu SLR muito bem 
estabelecido. As garrafas PET começaram a ser vendidas a partir de 1978 
e se tornaram muito populares, porém, devido ao volume que ocupam 
em aterros e sua destinação inadequada, acabaram se tornando um 
produto muito criticado. 
Nas últimas décadas, a Coca-Cola experimentou três tipos principais 
de embalagem para o envase e a comercialização do refrigerante. As 
embalagens PET, de vidro, e as de alumínio.
As garrafas PET são vantajosas porque acarretam economia de 
combustível e emissões reduzidas pelo transporte mais “leve” de um 
mesmo volume da bebida transportada em garrafas de vidro. Em 2007, a 
ANVISA, autorizou a produção de novas embalagens PET a partir de resina 
de PET reciclada, o que significou em um aumento em 15% na reciclagem 
de garrafas no país, disseminando a atuação de catadores.
As embalagens de vidro apresentam vantagens e desvantagens em 
relação à garrafa em PET, em que as embalagens de vidro representam 
mais alto custo logístico em função do peso, mais alto consumo de 
combustível e maior ocorrência de quebras, com perdas de embalagem, e 
ainda tendem a ser banidas de grande parte dos eventos e áreas públicas 
por conta do risco de quebra e acidentes com o vidro. Como vantagem 
tem-se a preservação do gás da bebida e a possibilidade de reuso. 
No ano de 2000 a Coca-Cola lançou uma garrafa de vidro com 
especificações melhoradas (40% mais resistente e 20% mais leve) com o 
objetivo de atender a critérios de sustentabilidade e, com isso, conquistar 
um público diferenciado.
Logística Reversa38
Por fim, as embalagens em alumínio possuem baixo peso (um 
pouco superior ao da embalagem em PET), são facilmente compactadas 
e apresentam maior potencial de reciclabilidade que a embalagem PET, 
considerando-se aspectos técnicos e mercadológicos. 
Em relação à LR dessas embalagens, as embalagens em alumínio 
parecem apresentar a maior vantagem. Em segundo lugar estariam as 
embalagens de vidro, apesar do impacto negativo em processos da 
logística reversa e em terceiro lugar, as embalagens em PET em razão do 
volume que ocupam e de restrições quanto à reciclagem da resina.
IMPORTANTE:
Não são apenas os fatores logísticos que norteiam o 
processo decisório. O mercado asiático, por exemplo, 
prefere embalagens de vidro a outros tipos de materiais, 
enquanto nos Estados Unidos, o consumo de plástico é 
bastante expressivo e corresponde mundialmente a um 
mercado de mais de US$ 23 bilhões em 2010.
Figura 9 – Variedade de garrafas plásticas
Fonte: @freepik
Logística Reversa 39
SAIBA MAIS:
Quer se aprofundar sobre o tema LR nas empresas 
brasileiras? Recomendamos a leitura do artigo: As 50 
empresas do Bem. Fonte: https://bit.ly/3kHmQu9
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu tudo? 
Agora, só para termos certeza de que você realmente 
entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir 
tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que para uma 
empresa e para a sociedade o desenvolvimento de Sistemas 
de Logística Reversa vem sendo um meio sustentável 
e rentável de se trabalhar com a redução, reutilização e 
reciclagem, e ainda, uma maneira de se adequar às leis 
ambientais e conquistar novos consumidores. Vamos citar 
alguns exemplos: McDonald’s – desenvolveu uma técnica 
de logística reversa para transformar o óleo de soja usado 
em biocombustível para seus próprios caminhões. Grupo 
Pão de Açúcar – grupo criou estações de recebimento 
de materiais recicláveis, programa de reciclagem pré-
consumo e “Alô Recicle. NOKIA – programa “we:recycle”. HP 
– coleta de cartuchos e toners usados, Setor de Cosméticos 
– reciclagem de embalagens e maquiagens pós-consumo, 
diminuição de GEE e cuidados com a Amazônia, Pneus 
Bridgestone – LR com a borracha dos pneus usados. 
Suzano Papel e Celulose – reciclagem de papel e 
embalagens Tetra Pak. Philips – reciclagem de lâmpadas, 
aparelhos e pilhas usadas. Coca-Cola – desenvolvimento 
de embalagens menos danosas ao meio ambiente. 
https://bit.ly/3kHmQu9
Logística Reversa40
Coprocessamento
INTRODUÇÃO:
Ao término deste capítulo você será capaz de entender 
como funciona o coprocessamento. Isto será fundamental 
para entender as opções existentes para o descarte 
de rejeitos. E então? Motivado para desenvolver esta 
competência? Então vamos lá!
Percebemos com o andamento do nosso estudo que a produção e 
o descarte de resíduos sólidos são grandes desafios da nossa sociedade 
atual. O crescimento populacional associado ao crescimento econômico e 
aos avanços tecnológicos vem levando a uma maior produção industrial, 
maior geração de resíduos e com maior uso dos nossos escassos recursos 
naturais. 
Graças à facilidade de comprar e descartar, muitos produtos são 
jogados fora antes do fim de sua vida útil, aumentando aindamais a carga 
de resíduos sólidos. 
A PNRS é uma lei que vem colaborando com o desenvolvimento 
de novas metodologias para o descarte e reaproveitamento dos resíduos, 
pois passou a responsabilizar as empresas pelo impacto ambiental 
provocado pelos resíduos gerados durante o seu processo produtivo. 
A busca por soluções e inovações para o manejo e para a destinação 
final de resíduos não pode parar, pois o crescimento populacional continua 
constante e o desenvolvimento dos setores industriais também. Uma 
excelente saída tem sido reutilizar os resíduos de matéria-prima, seja na 
própria indústria ou em colaboração com outras, com o intuito de diminuir 
custos e reduzir os impactos ambientais. 
Logística Reversa 41
Figura 10 – Esquema de coprocessamento em forno de cimento
Fonte: @freepik
Definição
O coprocessamento pode ser definido como a integração de dois 
processos: 
1. Queima de resíduos sólidos industriais que seriam descartados em 
aterros sanitários.
2. Fabricação de itens que precisam de altas temperaturas em seus 
processos produtivos. 
Podemos citar como exemplo a destruição sustentável de resíduos 
urbanos e provenientes do agronegócio em fornos de cimento. Uma 
vez que substitui matérias-primas e combustíveis tradicionais usados 
na fabricação do cimento, e dá uma destinação adequada para resíduos 
perigosos, contribuindo para a preservação do planeta e dos seus 
recursos naturais. 
Logística Reversa42
Pelos pontos de vista econômico, ambiental e de saúde humana, 
o coprocessamento surge como uma alternativa realmente interessante. 
Fabricação Convencional de Cimento
Antes de avançarmos na técnica de coprocessamento, vamos 
dar uma pequena revisada no processo convencional de produção de 
cimento e o porquê de provocar tantos impactos ambientais negativos?
O cimento é um material fundamental para as cidades e suas 
construções, porém sua fabricação não é simples e requer muita energia 
e o uso de diferentes mecanismos. Suas principais matérias-primas são: 
calcário e argila, ambos extraídos da natureza.
NOTA:
A argila e o calcário, embora extraídos da natureza, ainda 
podem ser encontrados em abundância.
A produção do cimento na maioria das indústrias brasileiras é 
conhecida como via seca, e segue as seguintes etapas:
 • Moagem e homogeneização das matérias-primas como calcário 
(94%), a argila (4%) e quantidades menores de óxidos de ferro e 
alumínio (2%) até a obtenção de um pó fino, chamado de farinha crua.
 • A farinha fina é introduzida em forno rotativo onde é aquecido até uma 
temperatura de 1500 °C para clinquerização.
 • Resfriamento do clínquer.
 • Moagem do clínquer para adição de gesso (gipsita) e outras adições 
(calcário, pozolana ou escória) para a obtenção do cimento.
 • Ensacamento e expedição do produto final para comercialização.
Logística Reversa 43
DEFINIÇÃO:
O clínquer é definido como o cimento numa fase básica de 
fabrico, a partir do qual se fabrica o cimento, habitualmente 
com a adição de sulfato de cálcio, calcário e/ou escória 
siderúrgica.
Figura 11 – Fabricação de cimento
Fonte: @freepik
Danos Ambientais
Vamos começar listando os danos ambientais que podem ser 
causados durante a primeira etapa do processo, a extração das matérias-
primas nas pedreiras.
Há risco de impactos físicos como desmoronamentos das pedreiras 
e erosões devido às vibrações do terreno. 
Logística Reversa44
Pode acontecer aprofundamento de cursos d’água nos rios onde 
ocorre a extração da argila, levando a diminuição da quantidade de água 
nos leitos e causando danos aos habitats naturais existentes, diminuindo 
a biodiversidade das regiões. 
Os fornos que produzem o clínquer são alimentados por 
combustíveis provenientes de fontes não renováveis, como carvão e o 
coque de petróleo, muito usados pelo alto poder calorífico e baixo custo 
de aquisição. 
NOTA:
Coque de petróleo é um material negro granular brilhante 
constituído por carbono (90 a 95%) e enxofre (5%).
A produção de clínquer não gera resíduos sólidos diretamente, pois 
as cinzas provenientes da queima são incorporadas no próprio clínquer, 
porém há uma grande emissão de poluentes gasosos, como óxido de 
enxofre, óxido de nitrogênio, monóxido de carbono e, principalmente 
CO2, e ainda material particulado composto de chumbo, sendo todos eles 
poluentes.
 Estima-se que a indústria cimenteira contribua com 5% das 
emissões globais de CO2. Um grande estudo realizado mostrou que a 
produção de uma tonelada de clínquer seja a responsável pela emissão 
de uma tonelada de CO2. 
Com todos esses danos ambientais causados, o desenvolvimento 
do coprocessamento de resíduos na indústria cimenteira é uma solução 
social e ambientalmente adequada para resíduos provenientes de 
diversos processos industriais, além de reduzir o custo da produção com 
o reaproveitamento de matéria-prima. 
Logística Reversa 45
Coprocessamento
A Resolução do CONAMA no 264/1999 estabelece duas classes 
de resíduos que podem ser coprocessados em processos industriais: 
resíduos que possam substituir matérias-primas e resíduos altamente 
energéticos que possam ser usados como combustíveis alternativos. 
Os materiais utilizados precisam possuir alto poder calorífico e total 
eliminação após a queima, e precisam ser rejeitos ou não possuir outro 
aproveitamento econômico.
Existe uma grande variedade de resíduos que podem ser usados 
como substitutos de combustível e matérias-primas, entre eles: 
Combustíveis
 • Solventes, resíduos oleosos e resíduos têxteis.
 • Óleos usados (de carro e fábricas).
 • Pneus usados e resíduos de picagem de veículos.
 • Graxas, lamas de processos químicos e de destilação.
 • Resíduos de empacotamento e de borracha.
 • Resíduos plásticos de serragem e de papel.
 • Lama de esgoto, ossos de animais e grãos vencidos.
 • Resíduos do agronegócio.
 • Combustíveis derivados de resíduos urbanos.
Matéria-prima
 • Lama com alumina (alumínio).
 • Lamas siderúrgicas (ferro).
 • Areia de fundição (sílica).
 • Terras de filtragem (sílica).
 • Refratários usados (alumínio).
 • Resíduos da fabricação de vidros (flúor).
Logística Reversa46
 • Gesso, cinzas e escórias.
 • Resíduos da perfuração de poços de petróleo.
 • Solos contaminados dos postos de combustíveis.
Figura 12 – Exemplos de materiais que podem participar do processo de coprocessamento
 
Fonte: @freepik
Quando falamos em segurança, também podemos citar o 
coprocessamento como uma atividade mais segura para o trabalhador e 
para toda a comunidade. Entre as vantagens, podemos citar: 
 • Atendimento à legislação ambiental existente.
 • Procedimento de aceitação e controle de resíduos.
 • Garantia da qualidade do clínquer coprocessado.
 • Garantia do processo produtivo.
 • Controle e proteção da saúde do trabalhador.
https://br.freepik.com/vetores-gratis/conjunto-de-pilhas-de-material-de-construcao_5585200.htm
Logística Reversa 47
 • Sistemas de proteção ambiental como filtros de alta eficiência 
controlam a emissão de material particulado na atmosfera, 
além do monitoramento das emissões de outros poluentes que 
garantem proteção à comunidade e aos trabalhadores das áreas de 
processamento.
Vantagens do Coprocessamento
Vantagens Ambientais
 • Preservação dos recursos naturais.
 • Redução das emissões dos gases que causam efeito estufa.
 • Diminuição do passivo ambiental.
 • Possibilidade de crescimento de outras tecnologias adequadas de 
destinação.
Vantagens sociais
 • Geração de empregos diretos e indiretos.
 • Contribuição para a erradicação dos lixões e melhoria da saúde.
Vantagens econômicas 
 • Aumento da vida útil de aterros sanitários.
 • Diminuição dos custos de energia térmica.
Coprocessamento de Pneus
Atualmente, os pneus inservíveis são os principais resíduos 
utilizados no Brasil para o coprocessamento. É um tipo de iniciativa que 
vem amenizando problemas de saúde pública e ambientais.
DEFINIÇÃO:
Pneus inservíveissão pneus cuja vida útil terminou e que 
precisam ser descartados em um ambiente correto de 
modo que não cause o desequilíbrio ecológico e ambiental.
Logística Reversa48
Os pneus demoram até 100 anos para se degradar, e por isso, são 
considerados além de um grande problema ambiental, um problema de 
saúde pública, pois são capazes de acumular água e desenvolver larvas 
de mosquitos causadores de doenças. 
A técnica de coprocessamento é, então, a melhor alternativa para 
a destruição definitiva de pneus sem condições de uso. Um único forno, 
com capacidade de produção diária de duas mil toneladas de clínquer 
pode consumir até quarenta mil pneus por dia. 
Figura 13 – Exemplo de coprocessamento com pneus
Fonte: @freepik
Estatísticas
Entre os anos de 2000 e 2017 houve um aumento em cinco vezes 
na destruição de resíduos com uso de fornos de cimento, o que nos leva 
a constatar a importante evolução no coprocessamento, em 2017 foi o 
alcance de um patamar de 1.172 toneladas de resíduos coprocessados. 
https://br.freepik.com/fotos-gratis/feche-a-linha-de-pneus_5752344.htm
Logística Reversa 49
SAIBA MAIS:
Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos a leitura 
do artigo: O que é coprocessamento e quais suas vantagens 
ambientais? Fonte:https://bit.ly/2ROp3HK
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu tudo? 
Você deve ter aprendido que a busca por soluções e 
inovações para o manejo e destinação final de resíduos não 
pode parar, e uma excelente saída tem sido reutilizar os 
resíduos de matéria-prima. O coprocessamento pode ser 
definido como a integração de dois processos: 1) Queima 
de resíduos sólidos industriais que seriam descartados 
em aterros sanitários. 2) Fabricação de itens que precisam 
de altas temperaturas em seus processos produtivos. A 
produção do cimento é conhecida como: via seca, e segue 
as seguintes etapas: moagem e homogeneização das 
matérias-primas, clinquerização, resfriamento do clínquer, 
moagem do clínquer para adição de gesso e ensacamento. 
O coprocessamento de resíduos na indústria cimenteira 
é uma solução social e ambientalmente adequada, 
entre suas vantagens podemos citar: preservação dos 
recursos naturais, redução das emissões dos gases que 
causam efeito estufa, diminuição do passivo ambiental, 
possibilidade de crescimento de outras tecnologias 
adequadas de destinação, geração de empregos diretos 
e indiretos, contribuição para a erradicação dos lixões e 
melhoria da saúde, aumento da vida útil de aterros sanitários 
e diminuição dos custos de energia térmica.
https://bit.ly/2ROp3HK
Logística Reversa50
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND. Panorama do 
Coprocessamento 2019, 2017.
COUTO, M. C. L.; LANGE, L. C. Análise dos sistemas de logística reversa no 
Brasil. Engenharia Sanitária Ambiental, 22 (5), 889-898, 2017. DOI: 10.1590/
S1413-41522017149403.
E-CYCLE. O que é coprocessamento e quais suas vantagens ambientais? 
Disponível em: https://www.ecycle.com.br/5918-coprocessamento.html. 
Acesso em: 28 ago. 2020.
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http://www.ecodesenvolvimento.org/biblioteca/artigos/logistica-reversa-uma-visao-sobre-os-conceitos
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https://www.scribd.com/document/416225139/SistemasdeLogisticaReversa2013-pdf
https://www.scribd.com/document/416225139/SistemasdeLogisticaReversa2013-pdf
Carolina Galvão Sarzedas
Livro Didático Digital
	_Hlk26629517
	_Hlk26630356
	Logística Reversa: Conceitos Básicos e Práticas Operacionais
	Introdução
	Logística e Meio Ambiente
	Logística e Cadeia de Suprimentos
	Práticas Operacionais
	Fatores que Influenciam a Eficiência da LR
	Modelos de Gerenciamento de LR
	Introdução
	Gerenciamento
	Exemplo dos Correios
	Exemplos de Gerenciamento em LR
	Introdução
	McDonald’s
	Grupo Pão de Açúcar
	NOKIA
	HP
	Setor de Cosméticos
	Pneus Bridgestone
	Suzano Papel e Celulose
	Philips
	Coca-Cola
	Coprocessamento
	Introdução
	Definição
	Fabricação Convencional de Cimento
	Danos Ambientais
	Coprocessamento
	Vantagens do Coprocessamento
	Coprocessamento de Pneus
	Estatísticas

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