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FISIOTERAPIA APLICADA À SAUDE DO IDOSO CURSO: FISIOTERAPIA UNIDADE III Fisioterapia nas síndromes geriátricas e nas disfunções do idoso Prof. Ms. Fabiana Cahú ✓ As síndromes geriátricas são consideradas os “gigantes” na área de geriatria/gerontologia, tendo alta prevalência entre idosos. ✓ Inicialmente, foram descritas 5 síndromes geriátricas, conhecidas como os “5 is” da geriatria; e, atualmente, citam-se “7 is”, incluindo: ✓ instabilidade postural ✓ Iatrogenia ✓ Incontinência ✓ Imobilidade ✓ insuficiência familiar ✓ incapacidade comunicativa ✓ incapacidade cognitiva. Fisioterapia nos gigantes da geriatria: síndromes geriátricas INSTABILIDADE POSTURAL: MARCHA E QUEDAS ✓ A instabilidade postural, associada às alterações de marcha e ocorrência de quedas, é um dos grandes problemas em idosos. ✓ Alguns riscos ambientais podem estar relacionados à maior quantidade das quedas, incluindo: ✓ ambientes de baixa iluminação ou brilho excessivo ✓ tapete solto ✓ chão encerado ✓ Escadas Fisioterapia nos gigantes da geriatria: síndromes geriátricas ✓ Fatores associados às quedas: ✓ alterações do envelhecimento fisiológico (alterações musculoesqueléticas) ✓ presença de doenças associadas específicas (epilepsia, doença de Parkinson, miopatias, síncopes, demências, hipotensão postural) ✓ uso de determinadas medicações (psicotrópicos e neurolépticos) ✓ doenças agudas Fisioterapia nos gigantes da geriatria: síndromes geriátricas Fisioterapia na instabilidade postural ✓ Intervenções associadas que atuem sobre o equilíbrio estático e dinâmico, a força muscular, a resistência e a mobilidade. ✓ A realidade virtual é uma abordagem que utiliza controle dos estímulos aliado ao feedback visual, desempenho em tempo real e aprendizagem motora, além de ser um treino seguro que promove a motivação do paciente. ✓ Na abordagem, destaca-se a inserção de exercícios físicos que são capazes de aumentar a velocidade da marcha, maior equilíbrio, aumento do tônus muscular e flexibilidade em idosos. Fisioterapia nos gigantes da geriatria: síndromes geriátricas ✓ O fisioterapeuta pode orientar a realização de exercícios físicos regulares e exercícios de equilíbrio de maneira preventiva. ✓ No paciente que sofreu queda, a abordagem reabilitativa dependerá dos impactos da queda na funcionalidade. ✓ Deve-se destacar que o fisioterapeuta, além de atuar de maneira preventiva, evitando novos episódios, deve ainda auxiliar o idoso a superar a frustação e o medo de cair novamente Fisioterapia nos gigantes da geriatria: síndromes geriátricas IATROGENIA E POLIFARMÁCIA ✓ A iatrogenia é definida como qualquer dano, direto ou indireto, resultante de ações ou omissões de profissionais da saúde, diante de qualquer prática de atenção à saúde, desde o diagnostico até a assistência. ✓ Iatrogenia na saúde: falha de comunicação entre pacientes e profissionais; erros de diagnóstico e/ou tratamento; realização de intervenções desnecessárias; falhas relacionadas à prescrição de medicações; internações desnecessárias; ✓ Quando se fala em fisioterapia, pode-se citar dois exemplos de iatrogenia fisioterapêutica em idoso: o primeiro deles é um quadro de mialgia após atividade física em grupo para controle de agravos de doenças crônicas; e o segundo é um quadro de fratura decorrente de exercício físico realizado na fisioterapia. Fisioterapia nos gigantes da geriatria: síndromes geriátricas ✓ A iatrogenia medicamentosa na população idosa se relaciona com a prescrição de medicamentos considerados inapropriados para o uso, considerando que elevam riscos de aparecimento de reações adversas. ✓ Polifarmácia = definida como o uso de cinco ou mais fármacos ao mesmo tempo. ✓ 80% dos idosos têm ao menos uma doença crônica, como hipertensão, diabetes, osteoartrite, entre outras, além de muitos deles possuírem várias doenças associadas simultaneamente, levando a um alto consumo de medicamentos. Fisioterapia nos gigantes da geriatria: síndromes geriátricas Fisioterapia na iatrogenia = orientações aos pacientes/familiares/cuidadores, indicações de intervenções pautadas na ciência, sem que haja intervenções desnecessárias. Fisioterapia na polifarmácia = orientações repassadas por todos os profissionais. INCONTINÊNCIAS ✓ As incontinências são síndromes geriátricas e incluem tanto a incontinência fecal (IF), que é definida como a perda de fezes e/ou flatos, como a incontinência urinária (IU), definida como a perda involuntária de urina. ✓ As incontinências acometem tanto homens como mulheres, mas com maior prevalência em mulheres. ✓ Acerca da etiologia, elas possuem causas distintas em cada gênero: ✓ em homens, o principal fator envolvido é o aumento da próstata, que causa modificações no fluxo urinário; ✓ em mulheres, os principais fatores estão relacionados à atrofia da uretra, bexiga e vagina, e por condições relacionadas a gestações e partos. Fisioterapia nos gigantes da geriatria: síndromes geriátricas ✓ Alterações funcionais e estruturais que predispõe à incontinência em idosos, incluindo: ✓ redução da capacidade da bexiga ✓ hiperatividade e redução da contração do músculo detrusor ✓ aumento do volume residual da bexiga ✓ redução da pressão de fechamento da uretra ✓ aumento do volume da próstata ✓ aumento da produção de urina à noite ✓ redução de hormônios estrógenos na mulher e, ainda ✓ aumento da incidência de infecções Fisioterapia nos gigantes da geriatria: síndromes geriátricas ✓ A Incontinência fecal pode ser classificada em: ✓ passiva, quando há perda de fezes sólidas e/ou gases sem que o paciente perceba; ✓ urge-incontinência, quando há vontade abrupta de defecar, com incapacidade em adiar a defecação por 15 minutos; ✓ mista, quando há associação de sintomas e a IF ocorre sem percepção do paciente, não estando associada à urgência. Fisioterapia nos gigantes da geriatria: síndromes geriátricas ✓ A incontinência urinária pode ser classificada em: ✓ IU reversível: refere-se a quadros de IU transitória, com episódios de perda de urina sem que haja disfunção no trato urinário inferior, sendo causada por alterações clínicas agudas reversíveis, como infecções. ✓ IU persistente: é crônica e pode ser classificada em: ✓ IU de urgência ✓ IU de esforço ✓ IU de transbordamento ✓ IU mista ✓ IU funcional Fisioterapia nos gigantes da geriatria: síndromes geriátricas ✓ IU de urgência: é a mais comum em idosos e se caracteriza por desejo intenso de urinar (urgência) seguido de perda involuntária de urina. ✓ Esse tipo de IU é desencadeado por contrações não inibidas da bexiga, decorrentes de hiperatividade do detrusor. ✓ É nessa condição que surge o termo bexiga hiperativa. ✓ IU de esforço: é caracterizada pela perda involuntária de urina sincrônica ao esforço, como ao espirro ou tosse. ✓ IU por transbordamento: caracterizada pela perda de urina em gotejamento ou de forma contínua, associada ao esvaziamento vesical incompleto. ✓ IU funcional: é um tipo causado por incapacidades funcionais relacionadas às limitações físicas, psicológicas, cognitivas ou ambientais do paciente Fisioterapia nos gigantes da geriatria: síndromes geriátricas Fisioterapia nas incontinências ✓ IF = a fisioterapia tem ênfase na reeducação muscular da pelve, no intuito de aumentar a sensibilidade retal e favorecer a função contrátil do esfíncter anal. ✓ podem ser empregados tratamentos cirúrgicos, que visam à reparação do esfíncter e à terapia medicamentosa, que busca controlar a perda de fezes. ✓ IU = o tratamento conservador, por meio da fisioterapia, é a primeira linha de tratamento, podendo ser associada à terapia comportamental e ao uso de medicamentos, conforme necessidade. ✓ Exercícios de Kegel – fortalecimento dos músculos pélvicos, que consistem em contrações repetidas desses músculos, de modo a melhorar a coordenação e a força muscular, reduzindo a hipotrofia. ✓ Esses exercíciospodem ser realizados diariamente pelo paciente, por até 3 vezes ao dia, desde que bem orientados pelo fisioterapeuta. ✓ Quando as modalidades conservadoras falham, é indicado o tratamento cirúrgico. Fisioterapia nos gigantes da geriatria: síndromes geriátricas ✓ A terapia comportamental pode ser utilizada em todos os tipos de incontinências, são elas: ✓ ingestão adequada de líquidos (não excessiva) ✓ evitar o consumo de bebidas cafeinadas e álcool ✓ reduzir a ingestão hídrica noturna ✓ parar de fumar ✓ redução do peso ✓ orientação para tratamento da constipação intestinal. ✓ O treino locomotor até o banheiro também é uma modalidade de terapia comportamental e consiste em orientar o paciente quanto à postura correta para micção e defecação Fisioterapia nos gigantes da geriatria: síndromes geriátricas ✓ O biofeedback é outro recurso utilizado. ✓ utilizam-se sondas intramarginais ou intrarretais que captam os sinais elétricos da musculatura e transmitem os sinais para computador, de modo que o paciente compreenda quando está realizando a contração e qual a intensidade dela. ✓ A estimulação elétrica é outro recurso utilizado em ambas as incontinências, que visa à estimulação muscular, podendo utilizar eletrodos intra-anais, intravaginais, ou percutâneos, associado a uma corrente elétrica terapêutica específica. ✓ Outro recurso utilizado nos casos de IU é o treinamento vesical, que consiste na micção com hora marcada, com aumento de 15 a 30 minutos por semana, à medida que não haja episódios de IU. ✓ O uso de cones vaginais pode ser empregado em IU de idosas, e consiste no uso seriado de cones com diferentes pesos, introduzidos intravaginal, que facilitam a contração e a consciência do assoalho pélvico Fisioterapia nos gigantes da geriatria: síndromes geriátricas IMOBILIDADE PROLONGADA ✓ A imobilidade está associada à redução gradativa da independência do idoso e é extremamente prejudicial, pois o corpo humano foi projetado para se manter em movimento. ✓ Ex: permanência por longos períodos acamados. ✓ Síndrome da imobilidade (SI) - se caracteriza como o grau máximo de imobilidade e continua mesmo quando a causa inicial da imobilidade é resolvida, ou seja, a SI é considerada uma situação clínica irreversível. ✓ Vale destacar que nem todo idoso restrito ao leito desenvolve SI. ✓ Para ser considerada SI, são necessários alguns critérios de diagnóstico: ✓ o idoso deve apresentar déficit cognitivo de médio a grave e múltiplas contraturas, associado a pelo menos duas das condições: sofrimento cutâneo, úlcera de decúbito, disfagia leve a grave, dupla incontinência/e afasia. Fisioterapia nos gigantes da geriatria: síndromes geriátricas Fisioterapia na imobilidade ✓ Objetiva tratar, reabilitar, reduzir agravos e promover saúde e qualidade de vida em idosos nessas condições. ✓ Cinesioterapia, a eletrotermoterapia, orientações quanto ao posicionamento e transferências, entre outras modalidades. ✓ A cinesioterapia é amplamente utilizada (passiva, ativa ou ativa assistida), prevenindo deformidades, dor, incapacidades e a SI. Previne/ameniza prejuízos funcionais causados pela imobilidade, por meio de exercícios de reforço muscular, flexibilidade, propriocepção, além de treino de equilíbrio e marcha. ✓ Em relação ao fortalecimento, exercícios de força de membros inferiores apresentam bons resultados na prevenção e manejo da imobilidade, pois auxiliam nas transferências e em atividades como se sentar e se levantar. Fisioterapia nos gigantes da geriatria: síndromes geriátricas ✓ Treino de uso de dispositivos auxiliares de marcha, como muletas e andadores, também auxiliam na redução dos efeitos da imobilidade. ✓ Eletrotermoterapia - a aplicação de correntes elétricas terapêuticas está indicada para manejo da dor e para prevenção e tratamento da hipotrofia muscular. Fisioterapia nos gigantes da geriatria: síndromes geriátricas INSUFICIÊNCIA FAMILIAR ✓ Observa-se uma fragilidade no suporte familiar do idoso e, consequentemente, isso se reflete na saúde, considerando que o suporte familiar se constitui como a principal instituição cuidadora dos idosos. INCAPACIDADE COMUNICATIVA ✓ A capacidade funcional do idoso, a autonomia e a independência estão estritamente relacionadas com a capacidade de comunicação, uma vez que ela permite que o idoso troque informações com o meio, manifeste desejos, ideias e pedidos. ✓ Por isso, problemas de comunicação podem resultar em perda de independência. Fisioterapia nos gigantes da geriatria: síndromes geriátricas INCAPACIDADE COGNITIVA ✓ É definida como o comprometimento das funções encefálicas superiores, de modo que cause prejuízos na funcionalidade. ✓ Na população idosa, as principais causas de incapacidade cognitiva são: depressão e delirium (que são causas reversíveis), e doenças mentais e demência (que são causas irreversíveis). ✓ Os profissionais devem proceder a realização de testes de avaliação de atividades de vida diárias (escala de Katz por exemplo), teste do mini estado mental e escala de depressão geriátrica. Fisioterapia nos gigantes da geriatria: síndromes geriátricas ✓ São anormalidades do encéfalo causadas por alterações vasculares, que podem ser: ✓ AVE isquêmico - obstrução de vaso sanguíneo, impedindo a irrigação sanguínea para alguma região, causando isquemia e infarto cerebral. ✓ é o mais prevalente (80% dos casos) ✓ em idosos, a principal causa está relacionada à aterosclerose, onde há formação de um trombo, que se adere às placas de ateroma e leva à isquemia. ✓ AVE hemorrágico - ruptura de vaso, causando hemorragia intracraniana. ✓ costumam estar relacionados à hipertensão arterial sistêmica. DOENÇAS CEREBROVASCULARES (DCV) DOENÇAS CEREBROVASCULARES (DCV) Fisioterapia nas doenças cerebrovasculares ✓ Na fase aguda (em média até as 72 horas pós AVE): ✓ O fisioterapeuta poderá atuar desde que o idoso se encontre estável e haja liberação médica. ✓ Objetiva-se a preservação e melhora da condição respiratória, a prevenção da imobilidade, de contraturas, de complicações vasculares (TVP) e cutâneas (úlceras de decúbito), além da redução no tempo de hospitalização. ✓ Condutas: mobilização precoce, retirada do leito, higiene brônquica, reexpansão pulmonar, orientações sobre posicionamento, transferências e uso de órteses. ✓ Na fase crônica: ✓ a abordagem visa à melhora da funcionalidade, a reinserção no meio social e a qualidade de vida, uma vez que as ações objetivam recuperar a independência funcional. ✓ Os recursos terapêuticos/técnicas mais utilizadas são: o conceito Bobath, facilitação neuromuscular proprioceptiva, treinamento funcional, hidroterapia, terapia de contensão induzida, eletroestimulação neuromuscular, entre outros recursos DOENÇAS CEREBROVASCULARES (DCV) ✓ Caracteriza-se por uma doença crônica, progressiva, decorrente da degeneração dos neurônios dopaminérgicos localizados. ✓ Se manifesta por um quadro decorrente da redução de dopamina, com dificuldades em iniciar e executar movimentos, bradicinesia, tremor de repouso, rigidez muscular e instabilidade postural. a substância branca. DOENÇA DE PARKINSON Fisioterapia na doença de Parkinson ✓ A fisioterapia na DP visa ao manejo de sinais e sintomas, de modo a prevenir ou tratar incapacidades, melhorar a autonomia, independência e qualidade de vida, atuando inclusive nos cuidados paliativos. ✓ Conduta: recursos que possibilitem o treino de marcha, de transferências, exercícios específicos para equilíbrio e treino de mobilidade global, incluindo força, resistência, flexibilidade e capacidade física geral, além do treino de AVDS. ✓ Esses recursos (incluindo exercícios físicos) devem ser aplicados com base nos objetivos de tratamento na DP, que incluem: prevenção da inatividade, manter/melhorar a condição física, reduzir quedas, amenizar incapacidades, melhorar equilíbrioe marcha DOENÇA DE PARKINSON ✓ São consideradas vilãs na área da geriatria, tanto por não terem cura completa como também por demandarem altos custos em saúde. ✓ Se caracterizam por déficits progressivos de funções cognitivas, que incluem habilidades de perceber, lembrar, tomar decisões, planejar e produzir respostas adequadas aos estímulos externos. ✓ Levam a prejuízos de planejamento, perdas sociais, ocupacionais, alterações de comportamento, resultando em perda de independência. ✓ Com a evolução, além da perda de memória recente, há outros sinais e sintomas, fazendo com que o paciente nomeie de maneira inadequada, apresente discurso pobre, dificuldades de compreensão, dificuldade de nomear objetos, encontrar palavras fatos DEMÊNCIAS Fisioterapia nas demências ✓ O fisioterapeuta deve realizar a avaliação, incluindo análise dos aspectos físicos, cognitivos, funcionais, comportamentais e, a partir disso, identificar quais funções estão preservadas e quais devem ser reestabelecidas. ✓ A maioria das demências não causam alterações motoras significativas em fases iniciais da doença. ✓ Por isso, nessa fase, a abordagem fisioterapêutica é voltada à manutenção da mobilidade, do equilíbrio, marcha e condicionamento físico. DEMÊNCIAS ✓ O diabetes mellitus (DM) possui alta prevalência em idosos e se refere a uma disfunção metabólica caracterizada por hiperglicemia. ✓ As duas principais apresentações são o DM tipo 1 e o DM tipo 2. ✓ Tipo I - o aumento dos níveis de glicose se deve à deficiência de insulina, resultando da destruição autoimune das células das ilhotas pancreáticas; ✓ Tipo 2 - é resultado da deficiência na secreção e/ou ação da insulina, sendo mais prevalente entre idosos e em associação com obesidade. ✓ Essa disfunção exerce efeitos deletérios sobre o organismo, em virtude do efeito tóxico da hiperglicemia, causando lesões em diversos sistemas, incluindo circulatório e nervoso, evoluindo para complicações. ✓ Dentre as complicações, há o surgimento de neuropatia periférica, que se manifesta, inicialmente, com leve distúrbio sensorial e, conforme evolui, causa déficit motores progressivos e autonômicos de caráter irreversível. DIABETES MELLITUS ✓ Também chamadas de doença arterial coronariana, ou doença isquêmica cardíaca, referem-se a afecções que resultam da obstrução das artérias coronárias, responsáveis pela irrigação sanguínea da estrutura cardíaca. ✓ Essas artérias podem ser obstruídas por placas de gordura (aterosclerose), que vão se depositando no interior dos vasos ao longo dos anos, causando graus variados de estenose (obstrução). CORONARIANOPATIAS ✓ HAS: é definida pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (2016) como sendo condição clínica caracterizada pela elevação sustentada dos níveis pressóricos ≥ 140 e/ou 90 mmHg. CORONARIANOPATIAS ✓ Pacientes idosos com doenças cardíacas podem ser submetidos a programas de reabilitação, estabelecidos por equipes interdisciplinares. ✓ Nos casos de angina, o tratamento envolve o uso de medicamentos e RCV, visando a amenizar as queixas e prevenir a ocorrência de complicações. ✓ Pacientes com IAM devem ser imediatamente encaminhados ao hospital para tratamento médico, necessitando de medicamentos e, em algumas situações, cirurgias de revascularização miocárdica para posteriormente dar início a RCV.. ✓ Acerca da HAS, ela costuma ser tratada com medicamentos, terapia comportamental (afastamentos dos fatores de risco e estímulo a hábitos saudáveis), incluindo, por exemplo, a prática de exercícios físicos, orientados e supervisionados. REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR (RCV) FASES DA RCV A RCV é dividida em 4 fases, de acordo com a situação clínica do paciente e os objetivos de tratamento fisioterapêutico. São elas: • Fase I: paciente ainda em internação hospitalar. Objetiva-se prevenir complicações circulatórias, respiratórias, reduzir a inatividade, manter o trofismo muscular, reduzir o tempo de internação e proporcionar deambulação precoce; • Fase II: denominada subaguda ou pós-hospitalar com paciente em fase de recuperação domiciliar. Essa fase dura durante 6 a 17 semanas (mínimo e máximo) e objetiva aumentar a capacidade aos esforços, trabalhar musculatura respiratória, orientar o paciente sobre a monitorização dos sinais e educá-lo; • Fase III: paciente em reabilitação em fase crônica, com tratamento a longo prazo. Em geral, após o terceiro mês do evento cardíaco, objetivando alcançar e manter os efeitos da RCV; • Fase IV: fase crônica de reabilitação em que o paciente está inserido em grupos de reabilitação ou em reabilitação individual não supervisionados. REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR (RCV) ✓ A RP está indicada para pacientes com comprometimento pulmonar crônico ou agudo. ✓ A RP utiliza técnicas que promovem a eliminação de secreções com auxílio de manobras de higiene brônquica, manobras de reexpansão pulmonar, reeducação respiratória, além de exercícios de fortalecimento muscular, alongamento, condicionamento, mobilidade, entre outras técnicas. ✓ As condutas devem promover a remoção de secreções brônquicas, garantir a reexpansão pulmonar e melhorar o condicionamento. ✓ ara higiene brônquica, ressaltam-se técnicas de vibrocompressão, aceleração do fluxo expiratório, drenagem postural e tapotagem. ✓ Para reexpansão, utiliza-se estímulo diafragmático, técnica de compressão e descompressão, padrão inspiratório em tempos, em soluços e expiração abreviada. ✓ Essas técnicas aumentam a ventilação pulmonar, a oxigenação alveolar e, com isso, reduzem sinais e sintomas. REABILITAÇÃO PULMONAR (RP) RP NO DPOC ✓ RP com duração de 24 sessões, no mínimo, para que se faça o treinamento físico aliado ao programa educativo. • Treinamento intervalado, com 14 exercícios de curta duração, alternando posição ortostática e sentada, além de exercícios de MMSS e MMII; • Treinamento dos MMII em esteira ou bicicleta ergométrica por 30 minutos, respeitando a carga evidenciada no teste incremental de MMII; • Treinamento dos MMSS por 30 minutos, respeitando a carga máxima evidenciada no teste incremental de MMSS; • Alongamento global, com ênfase em cintura escapular; • Relaxamento; • Programa educativo, com orientações acerca da importância da fisioterapia, do uso dos medicamentos, técnicas de conservação de energia, entre outros aspectos. REABILITAÇÃO PULMONAR (RP) RP NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO ✓ Dentre as alterações pulmonares pós-operatórias, cita-se: redução do volume corrente, aumento da FR, redução de volumes e capacidades respiratórias, redução da relação perfusão ventilação, inibição do mecanismo de tosse, alterações do muco, entre outras. ✓ Nessas situações, o fisioterapeuta pode atuar junto aos idosos que serão submetidos aos procedimentos cirúrgicos, ainda na fase pré-operatória. ✓ Na fase pós-operatória, o fisioterapeuta deve atuar à redução do imobilidade no leito, uma vez que esse é fator desencadeante da redução da capacidade respiratória, assim como deve atuar na prevenção de atelectasia e infecções. ✓ Para isso, pode-se utilizar técnicas manuais de higiene brônquica e técnicas de reexpansão pulmonar, como: bag squeezing, aspiração traqueal, posicionamento do paciente e recrutamento alveolar. REABILITAÇÃO PULMONAR (RP) Obrigada! @profa.fabianacahu