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seminário interdisciplinar Oficinas Pedagogicas

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Oficinas Pedagógicas: A ludicidade como ferramenta de ensino-aprendizagem na Educação Inclusiva.
Eduarda Cardoso, 
Greice Fabiane Genes Alves, 
Kaiane Ferreira dos Santos
Andréa Oliveira²
RESUMO 
Ao pensarmos em oficinas pedagógicas, imediatamente imaginamos espaços coloridos, com atividades diferenciadas e crianças protagonizando seu aprendizado. Neste contexto, o presente paper busca averiguar os benefícios que está modalidade tem a oferecer para o desenvolvimento infantil na educação inclusiva e para a aprendizagem das crianças com necessidades especiais. Para tanto, realizamos diversas leituras de artigos e de diferentes teóricos, os quais auxiliaram a compreender o contexto das oficinas pedagógicas. No decorrer das leituras, observamos a existência de variadas organizações que são denominadas como oficinas, contudo o que as diferencia são o público-alvo ou o conteúdo que priorizam. Nesta perspectiva, buscamos aprofundar nossas pesquisas focando nas oficinas voltadas para lúdico, visando a importância do brincar para o processo de ensino-aprendizagem na educação inclusiva.
Palavras-chave
Ludicidade; Inclusão; oficinas pedagógicas
1. INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo revisar a literatura que trata sobre o uso do lúdico dentro das oficinas pedagógicas na prática docente e como uma metodologia baseada nesse uso pode promover a inclusão de alunos com necessidades educacionais especificas em turmas regulares.
E preciso que entendemos primeiro o seu significado, para alguns lúdicos se resume a jogos, para outros, a brincadeiras. No entanto seu significado e muito mais abrangente. 
Neste contexto, as brincadeiras podem fazer com que a criança consiga expressar seus sentimentos e as diferentes impressões que tem de si e daqueles que com ela convivem. A brincadeira é uma forma por meio da qual a criança demonstra interesse em se relacionar com o ambiente físico e social onde vive.
Vivemos um período em que se fala muito das inteligências múltiplas de competências e habilidades, bem como se busca valorizar nos alunos aspectos que ultrapassam o cognitivo, como a criatividade, a cooperação, a ética, o senso crítico, o protagonista e o espírito empreendedor.
O trabalho é baseado na pesquisa e busca por inovação e dinâmica, é sobre incentivar o aluno a buscar suas próprias limitações durante uso dos jogos e brincadeiras, a utilização do lúdico como ferramenta de aprendizagem e estímulo do brincar durante o processo de aprendizagem.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Ao pensarmos nos ambientes extraescolares, os mesmos nos remetem a ideia de oficinas pedagógicas, as quais articulam os saberes das crianças ao conhecimento de forma mais dinâmica, auxiliando na aprendizagem daquilo que ainda não dominam. Baum (2015) apresenta algumas peculiaridades das oficinas pedagógicas, no qual destaca a organização das crianças, agrupando-as conforme as demandas escolares as quais precisavam trabalhar e se apropriar, mas de forma diferenciada das estratégias escolares convencionais.
 Assim, seriam atendidas às necessidades específicas de cada criança e também haveria a possibilidade de buscar compreender a aprendizagem para além do processo de escolarização, como uma forma dea criança se colocar no mundo e de agir sobre ele, ressignificando sua relação com o processo de aprendizagem, com a escola, com seus pares e consigo. (BAUM, 2015, p. 26).
Nesta perspectiva, as crianças s ao agrupadas conforme nível de saber e interesse, auxiliando
umas às outras na construção do saber. Além da modalidade de aguamento utilizado faz-se necessário refletir sobre os conteúdos desenvolvidos nas oficinas pedagógicas, visto que buscam ampliar o conhecimento prévio do discente. 
Entre as principais características das oficinas pedagógicas está a possibilidade de trabalhar
Todos os conteúdos de forma lúdica, fazendo uso da brincadeira como ferramenta principal do seu exercício. Entretanto, outro fato que merece ser enfatizado é o desenvolvimento do saber de modo interdisciplinar, o qual segundo Fazenda (1991) tem como base do seu conceito a prática. Conforme salientado pelo autor: 
O ensino interdisciplinar nasce da proposição de novos objetivos, de novos métodos, de uma nova pedagogia, cuja tônica primeira é a superação do monólogo e a instauração de uma prática dialógica. Para tanto, faz- se necessária a eliminação das barreiras entre as disciplinas e entre as pessoas que pretendem desenvolvê-las. (FAZENDA, 1991 p. 33).
As oficinas pedagógicas são uma modalidade de processo educativo. Nela, a aprendizagem de crianças e adolescentes sobre os mais diversos conteúdos acontece de forma diferente das aulas tradicionais. Os temas das oficinas pedagógicas podem ser bastante variados, estudos, esportes, culinária, artes, contação de histórias, musicalização, jogos e brincadeiras são apenas algumas das possibilidades de temas que podem ser trabalhados em oficinas pedagógicas. A participação dos alunos nas oficinas é mais ativa e a interação em grupo é mais intensa, habilidades são desenvolvidas e conhecimentos são adquiridos por meio de atividades práticas. 
A interdisciplinaridade nas oficinas pedagógicas destaca a criança como um todo, pois,
“refere-se ao modo leve, curioso, investigativo, atento, planejado, que estuda possibilidades, revê
posições, imagina estratégias, pensa alternativas antes, durante e depois do processo construtivo”
(MACEDO et.al,2005, p.22). Sendo assim, as oficinas pedagógicas proporcionam as crianças um
modo diferenciando de construir seus saberes, envolvendo sua criatividade e anseio em aprender
com os conteúdos propriamente aplicados.
A ludicidade e uma ferramenta importante no desenvolvimento das práticas pedagógicas, em especial na aprendizagem de crianças e adolescentes com alguma dificuldade de aprendizado, facilitando o cognitivo destes indivíduos e o trabalho do professor.
 A ação de brincar/jogar com o aluno e essencial na formação do educando, pois permite a socialização e integração.
 Os jogos representam uma fonte de conhecimento sobre o mundo e sobre si mesmo, contribuindo para o desenvolvimento de recursos cognitivos e afetivos que favorecem o raciocínio, a tomada de decisões, a solução de problemas e o desenvolvimento do potencial criativo. (LOPES,2000, p.32) 
 O lúdico na Educação Inclusiva, por intermediário de jogos e brincadeiras como prática pedagógica evidencia sua função como estimulador e motivador do processo de aquisição de aprendizagem e novos conhecimentos. É a forma da criança de aprender e se desenvolver, de se apropriar da cultura que a cerca de forma prazerosa, para que desperte o seu interesse. 
 A utilização dos jogos como prática pedagógica na educação inclusiva resulta em grandes benefícios e conquistas para os alunos no que diz respeito à construção de sua aprendizagem, entre elas o aumento da autoestima, a criança não se sente constrangida e nem ameaçada, pois ela está participando de uma brincadeira, que é um processo de construção e instrumento pedagógico dentro da sala de aula. 
 O lúdico ainda é, muitas vezes, confundido com o simples prazer e a satisfação livre e gratuita dos desejos e necessidades humanas, é preciso contestar esse senso comum, uma vez que a brincadeira é uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode ser vista apenas como diversão, sendo assim, é necessário que o professor tenha a visão ao aplicar jogos/brincadeiras lúdicas com o objetivo de que a criança possa adquirir o conhecimento, ter o desenvolvimento cognitivo e alcançar a aprendizagem, é preciso haver a percepção de que o lúdico facilita o desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora para uma boa saúde mental, prepara para um estado interior fértil, facilitando os processos de socialização, comunicação, expressão e construção do conhecimento.
 Ao brincar a criançanão tem o objetivo de adquirir conhecimento, mas sim de tratar o jogo como diversão. Sendo assim ao utilizar o jogo em sala de aula o professor deve ter o cuidado para entender as limitações de seu aluno, os professores precisam pensar nas brincadeiras e jogos, ajudando as crianças a escolhê-los, modificá-los ainda inventar novos jogos. É importante também durante o jogo a intenção social da criança entre seus colegas para poder construir sua lógica, seus valores sociais e morais.
 A partir das experiências com os brinquedos e brincadeiras, a criança desenvolve seu comportamento. assim como aprende em termos cognitivos (VYGOTSKY, 1998). 
 Os jogos e brincadeiras na educação inclusiva se referem a um momento de socialização, aprendizagem e conhecimento, fornecendo às crianças componentes simbólico, bem como materiais, que contribuem para a construção dos processos cognitivos, motores, estéticos, éticos e socioafetivos.
 Brincar e jogar são atividades fundamentais para construção do conhecimento sobre o mundo, proporcionando experiências lúdicas e sensação de acolhimento e aceitação, ajudam a reconhecer as potencialidades de cada criança, desenvolver o raciocínio, expressar ideias, pensamentos e emoções, permite ainda que a criança entre em contato com seu próprio corpo e com suas possibilidades de movimentação desenvolvendo assim sua consciência corporal e seu autoconhecimento.
 Para o avanço da aprendizagem dentro da educação inclusiva, é preciso que aconteça a intervenção pedagógica, que atenda ás necessidades individuais de cada criança, para que aconteça de fato a melhoria e a qualidade de ensino e aprendizagem. Segundo Cunha (2014, p. 68).
 A aprendizagem criativa é uma experiência consciente, manipula da e transformadora. Não se restringe simplesmente as influências sobre os conceitos existentes, mas abarca modificações operadas pelo aprendiz que vão traduzir-se em uma nova forma de executar tarefas ou manusear materiais. Alunos com deficiência já são predispostos a improvisações em razão de restrições que possuem. Há neles um potencial criativo que necessita ser explorado em sala, pois limitações genéticas podem ser superadas pelos estímulos do ambiente escolar.
O método de ensino-aprendizagem com os jogos e a ludicidade tornam o processo de desenvolvimento na inclusão mais facilitador, conforme o educando brinca ele aprende e se desenvolve em diferentes maneiras mentais e físicas, e tudo isso ocorre durante o brincar, o educando é estimulado a socializar e até mesmo solucionar pequenos desafios com o auxílio e interação com as demais pessoas de seu convívio escolar. A ludicidade proporciona ao aluno uma participação efetiva no processo de ensino aprendizagem, se tornando um momento ímpar de crescimento pessoal e coletivo. A educação inclusiva figura como um processo de valorização do aluno enquanto indivíduo inserido no mundo, possibilitando uma prática pedagógica comprometida com a educação do indivíduo.
Para Ferreira (2002), viver ludicamente significa uma forma de intervenção no mundo. Para ela, indica que não apenas estamos inseridos no mundo, mas, sobretudo, que somos parte desse conhecimento prático e que essas reflexões são as nossas ferramentas para exercermos um protagonismo lúdico e ativo (FERREIRA, 2002, p.01)
3. METODOLOGIA
Durante o processo de pesquisa procuramos por artigos que utilizavam como ferramenta de aprendizagem o brincar, os artigos de pesquisa citados foram escolhidos pois abordam diferentes jogos e brincadeiras para alunos de inclusão dentro do ensino regular. Durante o processo é possível observar os aspectos cognitivos que se desenvolvem ao longo da utilização dos jogos pedagógicos, observamos que há diversas possibilidades, e assim o processo de aprendizagem se torna algo inovador através dos olhos de cada educando. 
O atrativo das brincadeiras são o envolvimento com materiais não estruturados, a criação de cada uma é especialmente pensada e elabora para um determinado grupo de alunos de acordo com as caraterísticas observadas. Todas as atividades são lúdicas despertando assim o interesse mais aguçado dos alunos.
Fonte: EMEF Tristão Sucupira Vianna.
As figuras ressaltam as possibilidades que uma oficina pedagógica pode proporcionar. 
Conforme exposto, as mesmas atuam de modo interdisciplinar, propiciando as crianças atividades diferenciadas, conforme seu interesse e necessidade de aprendizagem, destacando sempre a importância do lúdico.
	 
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Nas oficinas durante a aplicação dos jogos e brincadeiras podemos observar uma maior interação entre o grupo de alunos, como algumas atividades exigiam o trabalho em equipe os alunos ampliaram o diálogo entre si, observaram, pensaram e executaram de maneira conjunta.
Buscamos apresentar através do estudo de diversos autores subsídios teóricos que reforcem a importância e as diferentes possibilidades que o lúdico, e o brincar como método de ensino-aprendizagem podem ser facilitadores para o professor estimular o desenvolvimento cognitivo e a inteligência de seus alunos fazendo com que eles consigam superar seus limites de capacidades física, mental e intelectual.
Esse contexto educativo fornece a criança inúmeros modos de ampliar o seu conhecimento, bem como construí- lo de modo significativo, atrelando os inúmeros componentes curriculares para a aprendizagem de um mesmo assunto. 
É nesta perspectiva que se encaixam as oficinas pedagógicas, um ambiente estruturado para oportunizar a aprendizagem por intermédio da ludicidade, ou seja, buscando ampliar os conteúdos desenvolvidos na escola de uma forma mais dinâmica, que considere o interesse e as habilidades da criança. 
5. CONCLUSÃO
Para concluir, gostariamos de destacar, primeiramente a valorização da confecção de oficinas para agregar novos saberes e melhor desenvolver a teoria em sala, desenvolvendo com maior percentual as habilidades fundamentais e necessárias para o desenvolvimento dos educandos. Dar a oportunidade de vivenciar e aprender durante as oficinas pedagógicas em sua diversidade nas várias idades e nas realidades educativas significa o desenvolvimento de conhecimento individuais de cada um que possa ser determinantes e significativas a sociedade futura.
Acreditamos também, que não e apenas a escola o único local no qual se pode trabalhar através das brincadeiras e jogos, mas que isto possa ocorrer também em outros espaços.
E preciso criar novos contextos através dessas oficinas, no contexto educacional para que se adaptem as individualidades dos educandos, partindo do que cada um sabe, de sua potencialidade e não suas dificuldades, e importante a presença dos projetos dentro da escola e que se encontram presentes na através da prática dos professores.
Com este trabalho esperamos contribuir para provocar inquietações dentro do espaço escolar, assim como reflexões acerca de assuntos que fazem parte de nosso cotidiano e sobre os quais poucos refletimos.
REFERÊNCIAS
ANTUNES, Celso.Jogos para a estimulação das múltiplas inteligências.Rio de Janeiro: Vozes, 1998.
BAUM, Virginia Dornelles. Minimetragens: um olhar (psico)pedagógico sobre a escolarização através de uma Oficina de Aprendizagem.2015.275 folhas.Dissertação (Mestrado em Educação) –
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2015.
CUNHA, Antônio Eugênio. Práticas pedagógicas para inclusão e diversidade. 4ª ed. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2014.
FERREIRA, Lívia. A importância do lúdico na Educação Infantil. Artigonal, [S.I.], set. 2009
SOUZA, Miranda Cunha, Gonçalves de Andrade. Gestãoo e tecnologia, faculdade Delta, Ano VIII, v.1 edição 28. Jan/jun.2019
LOPES, M. da G. jogos na educação: criar, fazer, jogar. 3 Ed. São Paulo: Cortez. 2000.
MACEDO, Lino de; PETTY, Ana Lúcia Sícoli; PASSOS, Norimar Christe. Os jogos e o Lúdico na Aprendizagem Escolar. Porto Alegre: Artmed, 2005
MARQUES, Claudia Luiza. Instituto Federal de Brasília; Metodológica do Lúdico na pratica docentepara melhoria da aprendizagem na educação inclusiva( 2012),EIXO, v.1, n.2
http://pedagogia.com.br/artigos/EducacaoInclusiva/ 
1 Eduarda Cardoso, Greice Fabiane Genes Alves, Kaiane Ferreira dos Santos
2 Andreia Oliveira
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (FLC21741/7) – Prática do Módulo 7- 22/11/2022

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