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1 Dielison Rodrigues | P2 BIOMEDICINA | ASCES-UNITA SEGUNDA UNIDADE LETIVA ESTUDO DIRIGIDO O QUE É A VARIABILIDADE GENÉTICA? A variação genética, deriva dos variante alélicos originados por mutação e/ou recombinação deles. Gerando assim a diversidade ou variabilidade genética, que podemos conceituar como a medida da quantidade de variabilidade existente dentro ou entre populações e/ou espécies. Esse fenômeno é necessário para a continuidade evolutiva, pois determina toda a biodiversidade, isso porque isso deriva das mutações que são intensificados por mecanismos de recombinação e sexuais, onde podem se manifestar a nível genotípico ou fenotípico (menos comum). Isso pode ser influenciado apena pela deriva, que chamamos de variação genética neutra ou a influenciada pela deriva assoada a seleção natural que chamamos de variação genética adaptativa. Essa compreensão é o que determina a evolução, já que sem a variação genética não ocorreria, pois ela é a matéria-prima para as mudanças adaptativas evolucionárias, originada por mutação e recombinação. Pois é necessária para as populações serem capazes de lidar com mudanças ambientais, e a perda da diversidade genética é muitas vezes associada com a redução do valor adaptativo populacional. QUAL A DEFINIÇÃO CONCEITUAL DE MUTAÇÃO? Chamamos de mutação a qualquer alteração estável da cadeia de DNA, passível de ser herdada (passar à descendência). As mutações passíveis de passar à descendências são aquelas que estão presentes ou ocorrem nas células germinais (óvulos e espermatozoides); podem dar origem a pequenas alterações, grandes alterações (causando doenças), ou ser silenciosas. Chamamos de mutações herdadas às alterações que recebemos dos nossos pais. Às alterações que surgem num indivíduo sem que nenhum dos seus progenitores apresente a mesma alteração, chamamos de mutações de novo. Como já discutindo ela é a fonte da variabilidade genética, a matéria-prima, para evolução, já que sem a mutação não existiram tantos alelos, e os organismos não seriam capazes de se adaptar às mudanças ambientais que ocorrem ao longo do tempo. Isso induzem as consequências deletérias ou vantajosas a um organismo e seus descendentes. O QUE SERIA EPIGENÉTICA? É definida como modificações do genoma, herdavel durante a divisão celular, que não envolve uma mudança na sequência do DNA. Mecanismos epigenéticos atuam para mudar a acessibilidade da cromatina para regulação transcricional pelas modificações do DNA e pela modificação ou rearranjo de nucleossomas. Estes mecanismos são componentes críticos no desenvolvimento normal e no crescimento das células. De tal forma que a epigenética é a capacidade que o corpo humano desenvolveu de ativar ou desativar alguns de nossos genes de acordo com o ambiente ou o estilo de vida que levamos, mas sem altera a sequência de nucleotídeos do DNA. Ademais, o conjunto de substâncias químicas que marcam o genoma e dizem as células o que fazer com cada um dos genes é chamado de epigenoma. Os genes do DNA são expressos quando lidos e transcritos em RNA, que é traduzido em proteínas por estruturas denominadas ribossomos. São principalmente as proteínas que determinam as funções e características de uma célula. As alterações epigenéticas podem aumentar ou interferir na transcrição de genes. A forma mais comum de interferência é o DNA ou as proteínas que o envolvem ficarem marcadas pelas marcas epigenéticas. 2 Dielison Rodrigues | P2 BIOMEDICINA | ASCES-UNITA 3 Dielison Rodrigues | P2 BIOMEDICINA | ASCES-UNITA QUAIS OS TIPOS DE MUTAÇÕES? As mutações podem ocorrer em níveis diferentes: • (1) SOMÁTICAS: As que ocorrem nas células não reprodutivas; • (2) GERMINATIVAS: As que ocorrem nas células reprodutivas; • (3) GÊNICA: Afeta apenas um gene; • (4) CROMOSSÔMICAS: Afeta o número ou a estrutura dos cromossomos; • (6) ESPONTÂNEAS: As que ocorrem a uma taxa basal (10-6 a 10-11); • (7) INDUZIDAS: Ocorre por agente mutagênicos acima do nível basal; De uma maneira geral podemos observar isso assim: • MOLECULAR: São mutações a nível molecular, que afetam a constituição química dos genes, ou seja, as bases (“letras”) do DNA; • CROMOSSÓMICO: São mutações em que é afetado um segmento maior de um cromossomo (envolvendo mais do que um gene), ou seja, não é constituição que é afetada mais sim a estrutura; • GENÓMICO: São mutações que afetam o conjunto do genoma, aumentando (poliploidia) ou diminuindo (haploidia ou monoploidia) o número total de jogos cromossómicos ou, de uma forma mais moderada, alterando o número de cromossomos de cada par individual, por defeito ou por excesso (ex.: trissomia 21, ou Síndrome de Down); QUAIS ERROS DE REPLICAÇÃO PODEMOS TER? Serão erros que afetam a estrutura do DNA durante a replicação desse material, teremos: • TANTÔMEROS: Formas raras das bases nitrogenadas; • DEPURINAÇÃO: Modificação das bases purinas; • DESAMINAÇÃO: Perda do grupo amina; • ANALOGOS DE BASES: Compostos químicos com estruturas similares as bases nitrogenadas padrão (ex.: 5-bromouracil; 2-aminopurine); • AGENTE ALQUILANTES: Agentes químicos que doam um grupamento alquila; • REAÇÕES DE OXIDAÇÃO: Alterações causadas por formas reativas do oxigênio, que podem quebrar o DNA ou modificar a forma das bases, o que provoca pareamentos errados; • RADIAÇÕES: Podem causar dímeros de pirimidina (T-T) que levam ao dompimento da dupla-hélice; QUAIS OS MODELOS DE MUTAÇÕES? Qualquer modificação súbita e hereditária no conjunto gênico de um organismo, que não é explicada pela recombinação da variabilidade genética preexistente. Assim, um organismo mutante é aquele cujo fenótipo alterado é causado por uma possível mutação. TIPO TAMANHO FUNÇÃO Substituição (substituição de uma só base do DNA) Mutação silenciosa Substituição de uma base do DNA por outra (no 3º nucleótido de cada códon), mas que resulta num códon que codifica o mesmo aminoácido, devido a redundância do código genético. São muito comuns e responsáveis por diversidade genética que não é expressa fenotipicamente. Mutação com perda de sentido (sentido trocado) Substituição de uma base do DNA por outra, que tem como consequência a substituição de um aminoácido por outro na proteína codificada. A conformação da proteína pode ser alterada (ex: anemia falciforme) Mutação sem sentido (nonsense) Substituição de uma base do DNA de tal modo que, no RNAm, um códon que especifica um aminoácido é 4 Dielison Rodrigues | P2 BIOMEDICINA | ASCES-UNITA alterado para um códon de STOP, ou o contrário. Origina uma proteína mais curta ou mais longa do que a proteína normal. Substituição de base única TRANSIÇÃO: substituição de uma base por outra da mesma categoria química; o PURINAS SUBSTITUIDA POR PURINA: Adenina (A) por Guanina (G) ou Guanina (G) por Adenina (A); o PIRIMIDINAS SUBSTITUIDA POR PIRIMIDINAS: Citosina (C) por Timina (T) ou Timina (T) por Citosina (C); TRANSVERSÃO: Substituição de uma base por outra de categoria química diferente (purina por pirimidina e vice e versa); Deleção (remoção de uma ou mais bases do DNA) Pode ser removida uma única base do DNA ou milhares delas. A remoção de um número de bases que não seja múltiplo de três altera completamente a mensagem do gene. Inserção (adição de uma ou mais base ao DNA) O número de bases adicionadas ao DNA pode variar. A adição de um número que não seja múltiplo de três altera completamente a mensagem do gene. Quando é inserida uma sequência igual a outra ocorre uma duplicação. • InDels (inserção ou deleção): Adição ou remoção de uma ou mais bases ou pares de bases, são mais frequentes que a substituição de base única, geralmente causam efeitos drásticos no fenótipo, causando uma alteração no quadro de leitura e pode gerar uma proteína anormal; COMENTE, EXPLICANDO, OS MECANISMOS DE REPARO ABORDADOS EM SALA.• REPARO PARA CORREÇÃO DE PAREAMENTO INCORRETO (MismatchRepair – MMR): Ocorre logo após replicação que corrige erros que escaparam da atividade revisora da DNA polimerase, repara a fita “nova” e mantem o molde; • REPARO POR EXCISÃO DE BASES (BER): Ocorre a remoção de uma base modificada, envolvendo as proteínas DNA glicosilases (retira a base modificada, sendo específica para cada modificação), AP endonuclease (quebra ligação fosfodiéste), DNA polimerase (adiciona novos nucleotídeos) e a DNA ligase (sela a fita); • REPARO POR EXCISÃO DE BASES (NER): São lesões que causam mudanças estruturais no DNA, como os dímeros de pirimidina, usa-se das ABC exinuclease, Helicase, DNA polimerase I e DNA ligase; • REPARO DIRETO: O mecanismo pode ser foto-reativação enzimática, enzimas que removem grupos alquil, e fotoliase; • REPARO POR SÍNTESE TRANSLESÃO (SOS): Resolve o bloqueio da replicação com a DNA polimerase IV; • REPARO POR RECOMBINAÇÃO: A enzima reconhece a quebra da fita dupla, levando a síntese do DNA por complementariedade da cromátide irmã, levando a não perda de nucleotídeos; REFERÊNCIAS: SNUSTAD, D. Peter. SIMMONS, Michael J. Fundamentos de genética. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. ISBN 978-85-277-3100-3. FRANCO, Antonio; MONITORA, Garcia ; PASTINA, Maria. LGN215 -Genética Geral Aula 7: Mutação e Recombinação Gênica. Disponível em: http://docentes.esalq.usp.br/aafgarci/pub/genet7.pdf. http://docentes.esalq.usp.br/aafgarci/pub/genet7.pdf 5 Dielison Rodrigues | P2 BIOMEDICINA | ASCES-UNITA TIPOS DE MUTAÇÕES. Disponível em: https://metabolicas.sjdhospitalbarcelona.org/sites/default/files/tipos_de_mutacoes_ptg.pdf. https://metabolicas.sjdhospitalbarcelona.org/sites/default/files/tipos_de_mutacoes_ptg.pdf
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