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Disciplina: Modelos e Práticas de Atenção à Saúde Professor: José Iturri Grupo 6 Júlia Soares - 211029728 Letícia Karter - 211039125 Matheus Lopes - 200024990 Maria Caroline - 190113162 Maria Clara - 211029871 Marília Alves- 211029951 Rôany Borges - 200046616 Riquelma Neves - 211058720 TAREFA 06 - Crise dos Modelos de Atenção - Transições contextuais Com base na leitura da Introdução do livro CONASS-Debate – A crise contemporânea dos modelos de atenção à saúde (CONASS, 2014) Descreva e analise com suas próprias palavras (não copie trechos) e utilizando a noção de Transição tecnológica um caso em que uma nova tecnologia (pode ser um exame, um dispositivo, um medicamento, uma cirurgia, uma plataforma de comunicação etc) é incorporada à prática e às demandas de saúde no Brasil sem se ter evidências claras sobre sua efetividade e/ou segurança. De acordo com o livro “CONASS Debate – A crise contemporânea dos modelos de atenção à saúde”, existem 4 tipos principais de transições ao longo do tempo, que acontecem simultaneamente e que influenciam os sistemas de saúde. São elas: as transições demográficas, nutricionais, epidemiológicas e tecnológicas. A problemática da rapidez dessas mudanças e de ocorrerem ao mesmo tempo, é que resulta em uma dificuldade de adequação na mesma velocidade dos sistemas de saúde e suas interrelações. Uma característica peculiar da transição tecnológica é a diferença de tempo entre seu desenvolvimento/criação e sua aplicação. Dessa forma, muitas vezes, a tecnologia nova é aplicada sem que haja comprovação da sua eficácia, e isso afeta diretamente as perspectivas e a elaboração de modelos de atenção à saúde efetivos. Por conseguinte, essas discrepâncias levam a um acúmulo de tecnologias médicas, pois, em suma, essas tecnologias não substituem outras, fazendo com que haja situações em que as tecnologias mais antigas sejam mais eficazes, outras em que as novas serão melhores e outras que será necessário criar ou atualiazar. Outro ponto importante, é que as velocidades das mudanças tecnológicas também influenciam na questão de conseguir separar as várias fases da transição, como a de experimentação, a de incorporação e a de esgotamento. Todos esses avanços são importantes para o aperfeiçoamento em tratar e diagnosticar as doenças, mas a demanda não consegue suprir os avanços, pois o volume de tecnologias é maior que a capacidade de aplicá-las. Um dos motivos que faz essa velocidade nas mudanças tecnológicas ser cada vez uma maior, é a complexidade clínica das doenças, novas doenças surgindo e sendo descobertas, principalmente depois da Revolução Industrial, o que mudou o modo de vida das pessoas, seja na alimentação, no modo trabalho, na carga horária, e consequentemente, surgindo novas mazelas. O principal exemplo mais recente disso foi que em meio da pandemia de COVID 19 em 2020, houve uma "aprovação" e divulgação pelo Ministro da Saúde da época, um novo protocolo que ampliava a recomendação do uso de cloroquina para pacientes com coronavírus. Esta tecnologia foi aplicada mesmo com a falta de comprovação científica da eficácia do medicamento. Tal protocolo influenciou demasiadamente no tratamento, já que os médicos tinham autonomia para prescrever um medicamento que não é eficaz contra a doença, e que não causava efeito. Isso ocorreu antes do desenvolvimento das vacinas, que passaram por testes e foram aprovadas para prevenção das complicações da doença. E então, durante a pandemia, registros de utilização do medicamento para pacientes acometidos com a COVID 19, foi se tornando cada vez mais presentes, e devido a isso, veio a público, os estudos de casos do uso da cloroquina, assim como o seu risco no tratamento do coronavírus. Estudos e trabalhos foram elaborados com o intuito de mostrar as inconsistências na automedicação e medicamentos de fácil acesso, vinda principalmente de profissionais da saúde, como médicos prescrevendo medicamentos mesmo sem a aprovação deles para determinado uso. Também aconteceu de fontes não verificadas na internet disseminarem esse uso indevido, o que só aumentou as famosas "fake news". Com isso, ficou evidente o problema de automedicação no Brasil, assim como a falta de assistência profissional ao fornecer medicamentos e explicações adequadas aos pacientes acerca tanto da doença, como do tratamento. Houveram estudos para tentar confirmar a eficácia da cloroquina, entretanto, devido a grande velocidade de disseminação da doença, muitos não puderam ser comprovados para serem realmente usados e distribuídos por meios de saúde oficiais; e logo depois vieram os resultados de que a medicação não era adequada para COVID. Riscos como carecer de informações técnico-científicas para a indicação da cloroquina na prevenção da COVID 19, presença de lacunas em estudos e conhecimentos sobre o comportamento da doença durante a pandemia, e afirmando a presença de possíveis efeitos adversos como problemas cardíacos foram encontrados em diversos estudos acerca da utilização da Cloroquina para a COVID 19. Referências: -https://www.cnnbrasil.com.br/saude/governo-muda-protocolo-e-autoriza-hidroxicloro quina-para-casos-leves-de-covid-19/ - Livro: “CONASS Debate – A crise contemporânea dos modelos de atenção à saúde” SILVA, A. de F. .; JESUS, J. S. P. de .; RODRIGUES, J. L. G. . AUTOMEDICAÇÃO NA PANDEMIA DO NOVO CORONAVÍRUS. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, [S. l.], v. 7, n. 4, p. 938–943, 2021. DOI: 10.51891/rease.v7i4.1038. Disponível em: https://periodicorease.pro.br/rease/article/view/1038. Acesso em: 25 jan. 2023. https://www.cnnbrasil.com.br/saude/governo-muda-protocolo-e-autoriza-hidroxicloroquina-para-casos-leves-de-covid-19/ https://www.cnnbrasil.com.br/saude/governo-muda-protocolo-e-autoriza-hidroxicloroquina-para-casos-leves-de-covid-19/ MATTOS, Arthur Fiorotto. Cloroquina e Hidroxicloroquina: Seus Efeitos no Tratamento da COVID-19. Escola de Medicina Anhembi. Morumbi, SP, Brasil. v. 25 n. 4 (2021). Disponível em: https://ensaioseciencia.pgsskroton.com.br/article/view/8447. Acesso em 25 jan 2023. CHEQUER, Farah Maria Drumond; SANCHES, Cristina; MENEZES, Carolline Rodrigues. Efetividade e toxicidade da cloroquina e da hidroxicloroquina associada (ou não) à azitromicina para tratamento da COVID-19. O que sabemos até o momento. Journal of Health and Biological Sciences; Revista de Saúde e Ciências Biológicas. v. 8, n. 1 (2020). Disponível em: https://periodicos.unichristus.edu.br/jhbs/article/view/3206. Acesso em 25 jan 2023. SITE do Conselho Nacional de Saúde; Ministério da Saúde. NOTA PÚBLICA: CNS alerta sobre os riscos do uso da Cloroquina e Hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19. Publicado: Quinta, 21 de Maio de 2020, 16h00. Disponível em: https://conselho.saude.gov.br/ultimas-noticias-cns/1194-nota-publica-cns-alerta-sobr e-os-riscos-do-uso-da-cloroquina-e-hidroxicloroquina-no-tratamento-da-covid-21. Acesso 25 jan 2023. https://ensaioseciencia.pgsskroton.com.br/issue/view/452 https://ensaioseciencia.pgsskroton.com.br/issue/view/452 https://ensaioseciencia.pgsskroton.com.br/article/view/8447 https://periodicos.unichristus.edu.br/jhbs/issue/view/67 https://periodicos.unichristus.edu.br/jhbs/article/view/3206 http://conselho.saude.gov.br/ultimas-noticias-cns/1194-nota-publica-cns-alerta-sobre-os-riscos-do-uso-da-cloroquina-e-hidroxicloroquina-no-tratamento-da-covid-21 http://conselho.saude.gov.br/ultimas-noticias-cns/1194-nota-publica-cns-alerta-sobre-os-riscos-do-uso-da-cloroquina-e-hidroxicloroquina-no-tratamento-da-covid-21 http://conselho.saude.gov.br/ultimas-noticias-cns/1194-nota-publica-cns-alerta-sobre-os-riscos-do-uso-da-cloroquina-e-hidroxicloroquina-no-tratamento-da-covid-21 https://conselho.saude.gov.br/ultimas-noticias-cns/1194-nota-publica-cns-alerta-sobre-os-riscos-do-uso-da-cloroquina-e-hidroxicloroquina-no-tratamento-da-covid-21 https://conselho.saude.gov.br/ultimas-noticias-cns/1194-nota-publica-cns-alerta-sobre-os-riscos-do-uso-da-cloroquina-e-hidroxicloroquina-no-tratamento-da-covid-21
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