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Guerra Comercial EUA X China

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Suenia elania
sdelania22@hotmail.com
Suenia elania
sdelania22@hotmail.com
 
 
1 
 
CONSIDERAÇÕES E OBSERVAÇÕES 
 
Meu aluno (a), essa apostila foi elaborada com base em compilados de fontes confiáveis, livros e artigos, 
além de órgãos oficiais por parte de Governo, com isso, muitas dessas informações estão dispostas na 
internet, haja vista ser o meio mais democrático de busca de informações. Com isso, não se espante ao 
copiar alguma informação da apostila e ver o texto na internet. 
Meu papel como professor é buscar o mais relevante para você e saber achar tais informações. 
Mesma observação serve para as temáticas de Geografia e História de Fortaleza. 
Bons estudos!!!! 
Att. Prof. Caio Victor 
@caio_victorp 
 
 
Suenia elania
sdelania22@hotmail.com
 
 
2 
 
 
POLÍTICA INTERNACIONAL/NACIONAL 
 
Guerra Comercial EUA X China 
A guerra comercial que rivaliza Estados Unidos e 
China intensificou-se no governo Trump (ex-
presidente dos EUA) e ganhou contornos mais 
claros quando o ex-presidente americano anunciou 
medidas de taxação sobre os produtos chineses. A 
resposta foi a imposição de taxas pelo outro lado 
também. 
O presidente americano, Donald Trump, anunciou 
na quinta-feira (8/03/2018) a criação de novas taxas 
para a importação de aço e alumínio ao país. O país 
cobrará uma sobretaxa de 25% para o aço 
importado e de 10% para o alumínio. A medida vale 
para o aço que entrar nos EUA a partir de 23 de 
março. 
https://g1.globo.com/economia/noticia/eua-impoem-sobretaxa-
de-25-ao-aco-importado-e-10-ao-aluminio.ghtml 
Durante a campanha eleitoral, os discursos de 
Donald Trump já apontavam para uma tendência 
protecionista, com críticas ao déficit comercial dos 
Estados Unidos em relação à China. Já como 
presidente, Trump fez o primeiro anúncio de taxas 
sobre produtos chineses em março de 2018. Desde 
então, já anunciou outras medidas e ameaçou 
adotar outras. A China tem respondido também 
com barreiras comerciais aos produtos norte-
americanos e ameaças. 
Os Estados Unidos têm a maior economia do 
mundo e a China, a segunda. Por isso, se os dois 
países sofrerem consequências negativas dessa 
disputa, o temor é que outros países e a economia 
global como um todo possa ser impactada, em uma 
reação em cadeia, prejudicando o crescimento do 
Produto Interno Bruto (PIB) global. 
Falando de 2021, com a chegada do novo 
presidente norte americano, Joe Biden, China está 
ganhando guerra comercial e as exportações nunca 
foram tão altas. A segunda maior economia do 
mundo fechou 2020 com um superávit comercial de 
US$ 78 bilhões (cerca de R$ 412 bilhões) em 
dezembro. 
A China já estava superando todas as outras 
grandes economias mundiais no ano passado, 
enquanto a pandemia de coronavírus afetava o 
planeta. Para completar, parece que também a 
situação relativamente segura do país também 
ofereceu uma vantagem na guerra comercial com 
os Estados Unidos. 
A segunda maior economia do mundo fechou 2020 
com um superávit comercial de US$ 78 bilhões 
(cerca de R$ 412 bilhões) em dezembro, de acordo 
com dados oficiais da aduana divulgados na quinta-
feira (7). O superávit geral da China no ano atingiu 
o recorde de US$ 535 bilhões (cerca de R$ 2,8 
trilhões), um aumento de 27% em relação a 2019. 
As exportações, por sua vez, atingiram seu nível 
mais alto. "Em meio a todos os ruídos sobre 
dissociação econômica e desglobalização, e de 
forma um tanto inesperada, a pandemia aprofundou 
os laços entre a China e o resto do mundo", 
escreveu Larry Hu, economista-chefe para a China 
da Macquarie Capital, em um relatório de pesquisa. 
Louis Kuijs, chefe de economia asiática da Oxford 
Economics, atribuiu os ganhos da China em grande 
parte à sua gestão da pandemia, que eclodiu na 
cidade chinesa de Wuhan há pouco mais de um 
ano. Ele acrescentou que a China se beneficiou de 
uma grande demanda por equipamentos de 
proteção e eletrônicos, já que as pessoas ao redor 
do mundo estavam trabalhando em casa. 
"Depois de se recuperar de sua própria crise de 
Covid-19, a China estava de volta aos negócios 
quando a pandemia gerou uma enorme demanda 
nos EUA (e em outros países) por produtos 
relacionados à Covid-19", disse Kuijs. 
A relação comercial da China com os Estados 
Unidos, entretanto, ficou ainda mais desequilibrada: 
o superávit comercial de Pequim com Washington 
subiu para US$ 317 bilhões (cerca de R$ 1,6 trilhão) 
em 2020, um aumento de 7% em relação ao ano 
anterior e o segundo maior valor já registrado, de 
acordo com Iris Pang, economista-chefe para a 
Grande China da ING, agência de análises 
econômicas e financeiras. 
A quantia ficou apenas US$ 7 bilhões (R$ 37 
bilhões) abaixo dos níveis de 2018, quando Trump 
lançou uma guerra comercial violenta para corrigir 
Suenia elania
sdelania22@hotmail.com
 
 
3 
 
o que chamou de uma relação desigual com a 
segunda maior economia do mundo. 
“A julgar pelo aumento das importações chinesas 
pelos EUA em 2020, parece justo dizer que a guerra 
comercial de Trump com a China fracassou”, disse 
Kuijs. 
As boas notícias chegam dias antes da China 
anunciar os números do PIB referentes ao fim de 
2020 – outro resultado provavelmente positivo. Os 
analistas esperam que o crescimento econômico da 
China tenha se recuperado ainda mais durante os 
últimos três meses do ano. Analistas ouvidos pela 
Reuters esperam que o PIB chinês tenha crescido 
2,1% em todo o ano de 2020. 
“Como a China desempenha um papel essencial 
em muitas cadeias de suprimentos e continua 
sendo um lugar muito competitivo para se produzir, 
falar sobre ‘se dissociar’ dela é fácil, difícil é fazer”, 
afirmou Kuijs. 
No entanto, o futuro da China tem seus desafios. 
Analistas destacam que o presidente eleito Joe 
Biden provavelmente não aliviará parte da pressão 
sobre o país depois que assumir o cargo na próxima 
semana. “O governo Biden adotará uma 
abordagem diferente, menos combativa e mais 
firme em relação à China”, disse Kuijs. “Mas não é 
politicamente possível para Biden revogar as tarifas 
sobre produtos chineses tão cedo”. 
https://www.cnnbrasil.com.br/business/2021/01/15/china-esta-
ganhando-guerra-comercial-e-as-exportacoes-nunca-foram-
tao-altas 
 
Crise na Venezuela 
O tema pode voltar a ser cobrado, uma vez que 
uma notícia recente (março/21) trouxe à tona os 
debates sobre a hiperinflação na Venezuela. 
Primeiro vamos entender a origem da crise de uma 
forma simples.... 
A crise na Venezuela está diretamente ligada com 
a desvalorização do petróleo no mercado 
internacional, o que aconteceu a partir de 2014. As 
reservas de petróleo foram descobertas na 
Venezuela no começo do século XX e, desde 
então, tornaram-se a principal fonte de riqueza do 
país sul-americano. 
Porém, a riqueza do petróleo criou um país 
extremamente dependente dessa commodity 
(produto que tem seu valor baseado pela oferta no 
mercado internacional). A dependência do petróleo 
fez com que a Venezuela não investisse o 
suficiente na sua própria indústria e agricultura. 
Assim, o país comprava tudo o que não produzia. 
Além disso, a partir de 2017, o governo americano, 
liderado pelo presidente Donald Trump, começou a 
impor uma série de sanções à economia 
venezuelana, em represália ao autoritarismo de 
Nicolás Maduro no comando da Venezuela. Essas 
sanções agravaram a situação econômica e 
forçaram o país a reduzir a quantidade de petróleo 
exportado, por exemplo. Essa redução da produção 
de petróleo também é fruto da má gestão da estatal 
venezuelana, a Petróleos de Venezuela (PDVSA). 
Essa atual crise econômica da Venezuela 
transformou-se na maior crise da história 
econômica do país. A redução do valor do barril do 
petróleo, a ineficiência do governo e as sanções 
americanas levaram o país à situação atual. Itens 
básicos, como medicamentos, alimentos e papel 
higiênico, não são encontrados facilmente nos 
supermercados, e, quando são encontrados, seus 
preços são exorbitantes. 
Isso sem contar a crise política a qual vive aVenezuela, onde um episódio marcou fortemente 
esse entrava, que foi a autoproclamação de Juan 
Guaidó como presidente interino enquanto o país 
estivesse em transição, porém, nas eleições de 
2020, Maduro anunciou a vitória em eleição na 
assembleia nacional venezuelana. 
Falando de atualidades...... 
A Venezuela anunciou também cédulas de 1 
milhão, além de notas com valores também no valor 
de 200 mil e 500 mil bolívares. O país enfrenta uma 
hiperinflação, no patamar de 3000% 
Além de aumentar o salário mínimo em quase 
300%. Valor subiu para 7 milhões de bolívares, o 
que é equivalente a 2,5 dólares. Valor é insuficiente 
para comprar um quilo de carne. Traduzindo, esse 
aumento do salário mínimo é tão ínfimo que o preço 
aumentando não é suficiente para comprar 1 kg de 
carne. 
Fonte:g1.com/mundo/2021 
 
Suenia elania
sdelania22@hotmail.com
https://www/
 
 
4 
 
Protestos na Colômbia 
Uma onda de protestos surgiu na Colômbia depois 
do presidente colombiano Ivan Duque anunciar 
uma reforma tributária (aumento nos impostos) em 
meio à crise econômica vivenciada e agravada pela 
pandemia do novo conoravírus. 
Como tudo começou... 
Os protestos tiveram início há quase duas semanas 
após a tentativa do governo de passar uma reforma 
tributária que tinha por objetivo manter a 
estabilidade fiscal do país, duramente afetado pela 
crise econômica em decorrência do fechamento por 
conta da pandemia e de medidas consideradas 
tímidas para mitigar os danos causados pela 
quarentena. 
A reforma tributária – chamada de “Lei da 
Solidariedade Sustentável” (Ley de Solidariedad 
Sostenible) – visava expandir a base de 
contribuintes da Colômbia, taxando desde baixos 
salários até então isentos de declarar a renda – até 
altas rendas. Além disso, havia a proposta de taxar 
em 19% serviços como o de gás e energia. Isso 
tudo após a Colômbia ter seu pior desempenho 
econômico no ano passado desde 2020. 
Os choques entre manifestantes e policiais foram 
especialmente intensos em cidades como Cali, no 
Vale do Cauca. A cidade de 2,2 milhões de 
habitantes ficou bloqueada por ar e terra durante 
dias. Os produtos e a gasolina escasseiam. Os 
preços das coisas se multiplicaram por dez. 
O ministro da economia (Alberto Carrasquilla) que 
propôs a reforma renunciou ao cargo em meio as 
pressões. 
 
Chile e a Nova Constituição 
Em outubro de 2019, o Presidente Chileno, 
Sebastián Piñera, anunciou que seriam 
acrescentados 30 pesos na tarifa do metrô 
(equivalente a 20 centavos do real). 
O aumento causou revolta em grande parte da 
população, que reuniu cerca de um milhão de 
pessoas nas ruas no maior ato desde a ditadura no 
país. 
 
Não há uma lista fechada de demandas, mas as 
manifestações surgiram para exigir mudanças no 
sistema econômico do país, buscando mais 
proteção social. No Chile, o acesso à saúde e à 
educação é difícil e baseado principalmente no 
sistema privado. Além disso, de acordo com 
especialistas e manifestantes, a principal origem 
das desigualdades chilenas é a Constituição 
herdada da ditadura de Augusto Pino Pinochet. Os 
protestos também buscam garantir uma nova 
Constituição. 
Em 2019, em resposta à onda de manifestações, o 
governo anunciou uma série de propostas chamada 
“Nova Agenda Social”. Ela incluía medidas 
relacionadas a aposentadoria, acesso à saúde, 
melhores salário e administração pública mais 
eficaz. A proposta também tratava da redução do 
número de parlamentares e do limite à reeleição. 
O Ex-Presidente Piñera realizou um plebiscito 
(outubro/2020) para um novo processo constituinte, 
com resultado de 78,27% de vitória do ‘Aprovo’ 
Votação nos dias 15 e 16 de maio de 2021 
escolheram os 155 representantes para redigir a 
nova constituição. 
 
Novo Presidente Chileno - 19/12/2021 
O presidente eleito do Chile, Gabriel Boric, é um ex-
líder estudantil de 35 anos que fez sua campanha 
calcada no discurso da "esperança" e defendendo 
representar o anseio por mudanças, com a 
promessa de fortalecer um estado de bem-estar 
social no país. 
"Representamos o processo de mudança e 
transformação que se aproxima, (mas) com 
certeza, com a gradação necessária", disse certa 
vez, durante a campanha, com a intenção de 
afastar o temor de que sua eleição poderia 
significar o início de um período de caos. 
Boric tem, como ele define, "um farol que ilumina 
uma ilha deserta" tatuado em seu braço esquerdo e 
relaxa com a leitura, mas sua vida real é a de um 
ativista de esquerda. Foi em sua cidade natal de 
Punta Arenas (sul), às margens do Estreito de 
Magalhães, onde este político começou a sonhar 
com este modelo de bem-estar para o seu país. 
Lembrando, meu aluno, o mesmo é considerado 
de esquerda. 
Suenia elania
sdelania22@hotmail.com
 
 
5 
 
BOLSONARO E O NOVO PRESIDENTE DO 
EQUADOR 
O presidente Jair Bolsonaro viaja neste domingo 
(23/05/2021) para Quito, onde acompanhará a 
posse do novo presidente do Equador, Guillermo 
Lasso, agendada para a segunda-feira 
(24/05/2021). 
Liberal e de centro-direita, Lasso é outro chefe de 
Estado do mesmo espectro político de Bolsonaro. 
A viagem faz parte da estratégia de Bolsonaro em 
fortalecer o Prosul, um novo fórum criado em março 
de 2019 para o desenvolvimento da América do sul. 
A ida de Bolsonaro também sugere a busca pela 
retomada de alianças regionais para fazer frente 
aos países liderados pela esquerda, sobretudo em 
um momento em que o Peru vai às urnas para 
decidir seu próximo presidente. 
 
A Reeleição de Bashar Al-Assad na Síria 
O presidente sírio, Bashar al-Assad, conquistou um 
quarto mandato com 95,1% dos votos em uma 
eleição que estenderá seu domínio sobre um país 
arruinado pela guerra. Oponentes e governos 
ocidentais afirmam que a eleição foi fraudulenta. 
O governo de Assad afirma que a eleição, realizada 
na quarta-feira (26/05/21), mostra que a Síria está 
funcionando normalmente apesar do conflito de 
uma década, que matou centenas de milhares de 
pessoas e expulsou 11 milhões de cidadãos - cerca 
de metade da população - de suas casas. 
Havia apenas dois outros candidatos: Abdallah 
Saloum Abdallah, um ex-vice-ministro de gabinete, 
e Mahmoud Ahmed Marei, chefe de um partido 
pequeno de oposição. Juntos, eles não 
conseguiram nem 5% dos votos. 
Assad chegou ao poder na Síria em julho de 2000, 
substituindo seu pai, Hafez, morto naquele ano. O 
presidente sírio foi um dos poucos que 
conseguiram se manter no poder após a Primavera 
Árabe, em 2011 — no entanto, aquele ano marcou 
o início da Guerra da Síria, com repercussões 
internacionais. 
Após a proclamação do resultado pelo Parlamento 
sírio, milhares de apoiadores de Assad se reuniram 
na praça Ommayyad, na capital Damasco. 
Manifestantes pró-governo gritavam frases de 
campanha como "escolhemos três: Deus, Síria e 
Bashar". 
Entretanto, ao longo da semana, houve protestos 
contrários à tentativa de Assad em permanecer no 
poder. 
A eleição ocorreu independentemente de um 
processo de paz liderado pela Organização das 
Nações Unidas (ONU), que pediu uma votação sob 
supervisão internacional que ajudaria a abrir 
caminho para uma nova Constituição e um acordo 
político. Nenhum observador participou do pleito. 
França, Alemanha, Itália, Reino Unido e Estados 
Unidos disseram na terça-feira que a eleição não 
seria livre ou justa. Assad, por outro lado, tem apoio 
de Rússia e Irã, que são os dois países que mantém 
a sustentação do presidente no poder. 
Em sua defesa, Assad defendeu que a eleição era 
uma mostra de que a Síria "está funcionando 
normalmente" — apesar de um conflito de uma 
década que matou centenas de milhares de 
pessoas e expulsou de casa 11 milhões de 
pessoas, cerca de metade da população. 
https://g1.globo.com/mundo/noticia/2021/05/27/ba
shar-al-assad-e-reeleito-presidente-da-siria-para-
um-4o-mandato-eleicoes-foram-marcadas-por-
boicotes.ghtml 
 
Israel x Palestina – 2021 
Em maio de 2021, a rivalidade histórica entre 
israelenses e palestinos foi acentuada com uma 
sériede conflitos na Faixa de Gaza, território que 
pertence ao estado da Palestina. 
Infelizmente, esse conflito não é de agora e o pior, 
não vemos uma luz no fim do túnel. Porém, para 
falar o que aconteceu em 2021, tudo começou com 
ações de despejo de famílias palestinas no bairro 
de Sheikh Jarrah, que fica em Jerusalém Oriental, 
com uso da força da polícia de Israel (Discurso 
usado pelos palestinos; Os israelitas disseram que 
famílias israelitas estavam sendo linchadas por 
jovens palestinos e a polícia de Israel reprimiu as 
condutas). 
Depois da Primeira Guerra Árabe-Israelense, em 
1948, a Organização das Nações Unidas (ONU) 
dividiu Jerusalém em duas partes: a ocidental ficou 
Suenia elania
sdelania22@hotmail.com
 
 
6 
 
com o recém-criado estado de Israel; e a oriental 
com os árabes. Portanto, de acordo com a ONU, 
Sheikh Jarrah é um bairro pertencente ao estado da 
Palestina. 
Apesar da divisão, muitos judeus ocuparam bairros 
palestinos ao longo dos anos, assim como existem 
regiões predominantemente muçulmanas em 
Israel. Muitos convivem pacificamente, mas as 
ações de despejo quase sempre terminam em 
protestos e violência. Foi o que aconteceu em 
Sheikh Jarrah. 
Sheikh Jarrah tem uma grande importância para os 
palestinos, é como um símbolo de luta pelo 
reconhecimento do estado da Palestina. Ao mesmo 
tempo, Israel considera o bairro como um ponto 
estratégico para a ocupação integral de Jerusalém. 
A presença da polícia de Israel em bairros como 
Sheikh Jarrah e Al-Aqsa continuou durante o 
Ramadã, mês sagrado para os muçulmanos. Vários 
vídeos circularam na internet mostrando a polícia 
israelense usando spray de pimenta contra 
muçulmanos palestinos e atirando granadas em 
mesquitas. 
O Hamas, grupo extremista islâmico que controla a 
Faixa de Gaza, emitiu um ultimato a Israel para 
retirar suas forças de Al-Aqsa e Sheikh Jarrah, o 
que não aconteceu. Foi, então, que o Hamas 
começou a atacar Israel. 
Estima-se que o Hamas tenha lançado mais de 
1.000 mísseis e morteiros em Israel, a maioria 
contra Tel Aviv, segunda maior cidade do país. O 
sistema antimísseis de Israel, chamado de Domo 
de Ferro (veja vídeo abaixo), conseguiu interceptar 
quase todos os foguetes, mas pelo menos dois 
caíram na cidade, matando duas mulheres e 
deixando dezenas de feridos. 
Por outro lado, o Hamas não conseguiu interceptar 
a ofensiva militar de Israel, que destruiu alguns 
prédios residenciais, incluindo um escritório do 
Hamas, segundo o exército israelense. No último 
final de semana, Israel destruiu um prédio que 
abrigava residências e os escritórios da americana 
Associated Press, maior agência de notícias do 
mundo, e da emissora Al Jazeera, do Catar. 
Até o momento, cerca de 150 palestinos morreram 
nos bombardeios de Israel, sendo 40 crianças, e 
mais de 1.000 ficaram feridos. Do lado israelense, 
10 mortos e mais de 560 feridos. 
A ONU, a União Europeia (UE), o Reino Unido e os 
Estados Unidos pediram o fim do novo conflito entre 
Israel e o Hamas. Entretanto, nada foi feito de 
concreto. Entidades que defendem os direitos 
humanos alertam que os palestinos não têm 
condições de se defender de Israel, que possui um 
poder bélico muito superior ao Hamas. 
Por Adriano Lesme 
Desde o início das hostilidades, várias nações da 
região (como Egito) tentavam negociar um cessar 
fogo. Finalmente, em 20 de maio, Israel e Hamas 
concordaram em mutualmente encerrar as 
hostilidades, por volta das 2h da manhã de 21 maio 
Atualmente, o Egito ficou encarregado de ser o 
mediador no acordo do cessar fogo entre os dois 
lados e os Estados Unidos mais uma vez ficou do 
lado de Israel, o qual disse o estado de Israel tem 
total direito de defender sua democracia. 
 
O Novo Governo Israelense 
Por 12 anos, Israel teve uma certeza: Benjamin 
Netanyahu como primeiro-ministro. Mas um grupo 
improvável de políticos concordou em tentar formar 
uma coalizão que pode finalmente derrubá-lo, 
tornando o milionário de direita Naftali Bennett o 
próximo líder de Israel. 
E assim o primeiro-ministro de Israel, Benjamin 
Netanyahu, pode finalmente deixar o cargo. 
Por 12 anos, ele conseguiu permanecer no poder, 
esquivando-se das tentativas de destituí-lo e 
desviando de um julgamento por corrupção. 
Mas agora, um grupo improvável de rivais políticos, 
de ultranacionalistas a islâmicos árabes, se uniram 
com um objetivo comum: finalmente derrubar o "Rei 
Bibi", como o primeiro-ministro é conhecido. 
Se as negociações forem bem-sucedidas, dois 
homens se revezarão como primeiro-ministro 
durante dois anos cada um. 
Opositores de Benjamin Netanyahu confirmaram 
nesta quarta-feira (2/06/2021) que conseguiram 
montar uma coalizão para formar um novo governo 
de Israel. Caso o Parlamento ratifique essa ampla 
aliança na semana que vem, será o fim dos 12 anos 
Suenia elania
sdelania22@hotmail.com
 
 
7 
 
de mandato de Netanyahu como primeiro-ministro 
israelense. 
A aliança foi costurada por Yair Lapid, líder do 
partido centrista Yesh Atid. Ele conseguiu o apoio 
de Naftali Bennett, chefe do direitista Yamina, com 
quem deve dividir o cargo de primeiro-ministro. O 
presidente Reuven Rivlin, cujo cargo é cerimonial, 
confirmou a coalizão. 
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-57323619 
 
Após 12 anos, Netanyahu é Afastado do Poder 
em Eleição no Parlamento de Israel 
Por um voto de diferença – 60 a 59 – e uma 
abstenção, o plenário do Knesset, o parlamento 
israelense, confirmou, no dia 13/06/2021, que 
Naftali Bennett, do partido Yemina, é o novo 
primeiro-ministro de Israel. Com isso, Benjamin 
Netanyahu deixa o cargo e coloca fim a uma era de 
12 anos no poder. Em seu discurso, Bennett 
agradeceu a Netanyahu, do partido Likud, e 
apresentou seu governo, suas diretrizes, sua 
composição e a distribuição de cargos dentro dele. 
O novo governo de coalizão, composto por partidos 
de quase todos os arcos ideológicos – incluindo um 
partido árabe pela primeira vez –, será liderado pelo 
ultranacionalista religioso Naftali Bennett durante 
os dois primeiros anos de mandato e pelo centrista 
secular Lapid, do partido Yesh Atid, nos dois 
posteriores. Além do Yesh Atid e do Yamina, 
partido liderado por Bennett, o próximo governo 
será composto pela legenda ultradireitista Israel 
Nosso Lar, a direitista Nova Esperança e a centro-
direitista Azul e Branco, além do Partido 
Trabalhista, de centro-esquerda, o Meretz, de 
esquerda, e o islamita Raam. Esses oito partidos 
contam com 62 assentos em um Parlamento de 
120, o que significa a maioria suficiente para 
governar, mas por meio de uma coalizão instável. 
 
Eleições no Peru 
Esquerdista Castillo lidera pesquisa para segundo 
turno das presidenciais no Peru para o segundo 
turno presidencial de 6 de junho no Peru, de acordo 
com pesquisas divulgadas no dia 30/05/2021. 
Castillo, professor de escola rural, aparece com 
42% das intenções de voto, enquanto Keiko 
Fujimori, filha do detido ex-presidente Alberto 
Fujimori, tem 40%. 
https://g1.globo.com/mundo/noticia/2021/05/30/esquerdista-
castillo-lidera-pesquisa-para-segundo-turno-das-
presidenciais-no-peru.ghtml 
 
Congresso do Peru Aprova Processo de 
impeachment Contra o Presidente Pedro 
Castillo (2022) 
O Congresso do Peru aprovou, nesta segunda-feira 
(14/03/2022), por 76 votos a 41, o processo de 
impeachment contra o presidente do país, Pedro 
Castillo. Os parlamentares de oposição lideraram a 
votação, e agora Castillo deve apresentar sua 
defesa ao parlamento no dia 28 de março. 
De lá para cá, Castillo mergulhou em uma crise 
política e de popularidade, respondendo a 
acusações de conspiração e tráfico de influência 
em casos relacionados a contratos do governo para 
a realização de obras públicas. Cinco ex-
presidentes do Peru foram formalmente 
investigados por corrupção nos últimos anos. 
Os parlamentares de oposição estão se 
concentrando no testemunho de um lobista que 
alegou aos promotores que Castillo se envolveu em 
atos irregulares. 
A tentativade impeachment é promovida 
principalmente por três partidos de direita, incluindo 
o Força Popular, liderado pela ex-candidata 
presidencial Keiko Fujimori, que perdeu as eleições 
do ano passado para Castillo. 
Com menos de um ano de mandato, Castillo pode 
ser o terceiro presidente peruano a sofrer 
impeachment em apenas três anos. O ex-
presidente Pedro Pablo Kuczynski, renunciou 
durante seu processo de destituição, em 2018. Já 
Martín Vizcarra, foi afastado pelo Congresso em 
2020. 
Em novembro de 2020, o Peru contou com três 
mandatários diferentes em apenas uma semana: 
Vizcarra, saindo em 10 de novembro, Manuel 
Merino, presidente do Congresso, que ficou por 
apenas cinco dias e pediu renúncia em 15 de 
novembro, e Francisco Sasgasti, eleito pelo 
Congresso, que assumiu no dia 16 de novembro e 
ficou no poder até julho de 2021, quando Castillo 
começou a exercer o cargo definitivamente. 
Suenia elania
sdelania22@hotmail.com
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-57323619
 
 
8 
 
https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/congresso-do-
peru-aprova-processo-de-impeachment-contra-o-presidente-
pedro-castillo/ 
 
Congresso do Peru Rejeita Impeachment de 
Presidente Pedro Castillo (2022) 
O Congresso do Peru rejeitou ,em março de 2022, 
um pedido de moção de destituição - na prática, um 
impeachment - contra o presidente de esquerda 
Pedro Castillo, por suposta corrupção e falta de 
rumo, uma acusação que já levou à queda de dois 
presidentes desde 2018. Os debates duraram cerca 
de oito horas. 
Foram a favor ao pedido 55 parlamentares e contra, 
54. Eram necessários 87 votos para afastar o 
presidente, do total de 130. 
Esta foi a segunda moção de vacância em oito 
meses contra Castillo, que assumiu a presidência 
em julho após ganhar uma eleição acirrada contra 
a direitista Keiko Fujimori. Em dezembro, o 
Congresso rejeitou uma medida semelhante. 
 
Biden pede que Agências Americanas de 
Inteligência Investiguem a Origem do Vírus da 
Covid. (2021) 
O presidente Joe Biden pediu que as agências 
americanas de inteligência investiguem a origem do 
vírus que causa a Covid-19. 
Biden afirmou que os Estados Unidos trabalham 
com duas hipóteses: A primeira que o vírus teria 
surgido do contato entre um animal infectado e um 
ser humano. Ou que seria o resultado de um 
acidente dentro de um laboratório na China. Biden 
quer pressionar a China a participar de uma 
investigação internacional completa, transparente e 
baseada em evidências para que todos tenham 
acesso a dados importantes. 
Uma missão da Organização Mundial da Saúde na 
China afastou essa segunda hipótese, no fim de 
março. Mas um relatório divulgado esta semana 
pelo The Wall Street Journal revelou que três 
funcionários de um laboratório de Wuhan 
adoeceram com sintomas compatíveis com 
doenças sazonais muito comuns por lá, mas 
também com a Covid. Isso voltou a alimentar 
suspeitas sobre um possível escape do vírus 
daquele laboratório. 
Joe Biden deu o prazo de três meses para obter a 
resposta dos serviços de inteligência. 
A nota vem em um momento de pressão à China 
sobre a origem do coronavírus. O regime de Xi 
Jinping tem sido, desde o governo de Donald 
Trump nos EUA, alvo de críticas por falta de 
transparência em relação ao começo da pandemia. 
https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2021/05/26/biden-
pede-que-agencias-americanas-de-inteligencia-investiguem-
a-origem-do-virus-da-covid.ghtml 
 
China Diz que ai Permitir que cada Casal tenha 
até Três Filhos (2021) 
A China anunciou nesta segunda-feira (31/05/21) 
que cada casal terá permissão para ter até três 
filhos. A decisão foi tomada depois que os dados do 
censo mostraram que a taxa de natalidade vem 
caindo no país desde 2017. Ainda não há data para 
a medida entrar em vigor. 
A mudança foi aprovada durante uma reunião com 
o presidente Xi Jinping, informou a agência de 
notícias oficial Xinhua. 
Em 2016, a China aprovou uma flexibilização da 
política do filho único, que autorizou o nascimento 
do segundo filho. Ainda assim, os números 
continuaram em queda. 
 
Olaf Scholz é Eleito Novo Chanceler Alemão 
(2021/22) 
O Parlamento alemão (Bundestag) elegeu 
oficialmente nesta quarta-feira (08/12/21) o social-
democrata Olaf Scholz como o novo chanceler 
federal do país, encerrando os 16 anos de governo 
da conservadora Angela Merkel. 
Scholz recebeu 395 votos dos 707 deputados 
presentes (mais do que os 369 necessários), num 
pleito que já tinha resultado conhecido de antemão. 
Ele recebeu 303 votos contrários, e houve seis 
abstenções. 
Em seguida, o presidente alemão, Frank-Walter 
Steinmeier, nomeou Scholz como chefe de 
governo. Com a entrega da certidão de nomeação, 
Suenia elania
sdelania22@hotmail.com
 
 
9 
 
o poder foi oficialmente transferido de Merkel para 
seu sucessor. 
https://www.dw.com/pt-br/scholz-%C3%A9-eleito-novo-
chanceler-federal-da-alemanha-e-encerra-era-merkel/a-
60046906 
 
Manifestações por Preço de Combustível 
Derrubam o Governo no Cazaquistão (2022) 
Manifestantes atacaram prédios públicos e Alamy, 
a maior cidade do Cazaquistão nesta quarta-feira 
(5). As forças de segurança do país não 
conseguiram controlar os protestos, nem mesmo 
depois do governo renunciar. As manifestações 
começaram por causa do aumento dos preços dos 
combustíveis. 
Na terça-feira, o presidente do Cazaquistão, 
Kassym-Jomart Tokayev, já tinha declarado estado 
de emergência. 
O presidente aceitou a renúncia do governo na 
quarta-feira (5). Na terça-feira a polícia conteve os 
manifestantes que na principal praça da cidade de 
Almaty com bombas de efeito moral e gás 
lacrimogênio. 
Uma transmissão em uma rede social feita por um 
blogueiro cazaque mostrava que até mesmo o 
prédio da prefeitura foi incendiado. Outros vídeos 
publicados na 
internet mostravam que o prédio do Ministério 
Público, perto da prefeitura, em chamas. 
Os manifestantes conseguiram romper as linhas de 
contenção que as forças de segurança haviam 
imposto. Os policiais chegaram a usar bombas de 
efeito moral, que eram ouvidas pelo centro da 
cidade. 
A polícia informou que mais de 200 pessoas foram 
detidas durante os protestos no país. O chefe da 
polícia afirmou que a cidade de Almaty está sendo 
atacada por extremistas, e que o exército também 
foi empregado para conter as manifestações. 
O Cazaquistão é uma antiga república soviética que 
tenta cultivar uma imagem de país politicamente 
estável para atrair investimentos estrangeiros no 
setor de óleo e gás e em indústrias de metal. 
O Cazaquistão é um grande exportador de petróleo 
e gás. Os protestos começaram por causa do 
aumento dos preços do gás liquefeito de petróleo 
(GLP). Ele é muito usado como combustível no 
oeste do Cazaquistão. 
 
Tensão entre Rússia e Ucrânia (2022) 
O exército russo reuniu mais de 130 mil soldados 
perto da fronteira ucraniana nas últimas semanas. 
Os Estados Unidos e demais países-membros da 
Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte – 
Organização militar fundada durante a guerra fria) 
acusam a Rússia de planejar um ataque contra a 
Ucrânia e apontam um crescente acúmulo de 
forças militares nas fronteiras. 
Os russos, por sua vez, negam que haverá uma 
invasão, mas pedem que a Otan afaste-se da 
Ucrânia e de suas intenções de tornar o país 
fronteiriço mais um de seus membros na Europa. 
Nesta segunda (14), porta-voz do Kremlin, Dmitry 
Peskov, disse que o presidente russo, Vladimir 
Putin, está “disposto a negociar”, acrescentando 
que a crise da Ucrânia era apenas uma parte das 
maiores preocupações de segurança da Rússia. 
Qual é a situação atual na fronteira? 
Os Estados Unidos e a Otan descreveram os 
movimentos e concentrações de soldados dentro e 
ao redor da Ucrânia como “incomuns”. 
Cerca de 130 mil soldados russos permanecem 
acumulados na região da fronteira ucraniana, 
apesar de alertas do presidente dos EUA, Joe 
Biden, e líderes europeus para sérias 
consequências “severas” no caso de Vladimir Putin 
avançarcom uma invasão. 
Resumindo para você, meu aluno: A OTAN está 
avançando para o Leste, coisa que a Rússia teme. 
A Ucrânia está recebendo apoio e voltando seus 
lados para o ocidente e a OTAN. Na OTAN, cerca 
de 40% do exército militar é Norte Americano, dai 
nós podemos concluir o temor por parte da Rússia 
em ter tropas dos EUA vizinho ao seu país. 
 
China e Rússia se Unem Contra Expansão da 
OTAN 
O presidente da China, Xi Jinping, e o presidente 
da Rússia, Vladimir Putin, se encontraram nesta 
Suenia elania
sdelania22@hotmail.com
 
 
10 
 
sexta-feira (4) e firmaram uma parceria colocando-
se “contrários a qualquer futuro alargamento da 
OTAN”. Os países declararam que “a amizade 
entre os dois Estados não tem limites, não há áreas 
‘proibidas’ de cooperação”. 
O encontro entre os líderes ocorreu durante a 
abertura da Olimpíada de Inverno de Pequim e a 
união formada representa um maior estreitamento 
das relações entre Rússia e China, à medida que 
há um deterioramento dos laços entre o Ocidente 
com ambos. 
De acordo com o comunicado divulgado pelo 
Kremlin de Moscou, “[os dois países] acreditam que 
certos Estados, alianças e coalizões militares e 
políticas buscam obter, direta ou indiretamente, 
vantagens militares unilaterais em detrimento da 
segurança de outros." 
O acordo foi firmado durante uma crescente tensão 
nas fronteiras da Ucrânia e os Estados Unidos 
acusaram a Rússia de invadir o território ucraniano. 
Putin negou a intenção de invadir e os EUA não 
apresentaram nenhuma evidência para apoiar tal 
alegação. 
Ademais, os dois países também demonstraram 
preocupação com a aliança militar dos EUA com o 
Reino Unido e a Austrália, a AUKUS, estabelecida 
em 2020. 
 
Otan Convida Formalmente Finlândia e Suécia 
Os governos da Suécia e da Finlândia estão 
estudando a entrada na Organização do Tratado do 
Atlântico Norte (Otan) nos próximos meses. A 
discussão sobre o tema foi reacendida pela invasão 
russa na Ucrânia. 
Moscou alertou tanto a Finlândia como a Suécia 
que, caso decidam se juntar à aliança, poderá 
reforçar suas defesas na região, inclusive com a 
implantação de armas nucleares. 
Segundo analistas consultados pela BBC News 
Brasil, uma possível adesão dos países nórdicos à 
Otan terá como principais consequências um 
aumento do território da Otan e de sua fronteira com 
a Rússia, além da viabilização de melhores 
condições estratégicas para que a aliança defenda 
os Estados bálticos. 
"Os dois países ainda veriam um longo - para a 
Suécia, especialmente longo - período de não 
alinhamento militar (e antes disso, de neutralidade) 
terminar para sempre. Esta é uma mudança muito 
grande de identidade e autopercepção", diz Hanna 
Ojanen, professora da Universidade Nacional de 
Defesa da Finlândia e pesquisadora da 
Universidade Tampere. 
Tudo isso ainda significaria um aumento 
considerável de tensão com a Rússia. 
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-61114728 
A Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) 
convidou formalmente a Finlândia e a Suécia para 
integrarem a aliança militar. A Turquia -que havia 
vetado a entrada dos países nórdicos na 
organização- apoiou as entradas depois de 
negociar caças F-16 com os EUA 
A Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) 
convidou formalmente a Finlândia e a Suécia para 
integrarem a aliança militar. A Turquia -que havia 
vetado a entrada dos países nórdicos na 
organização- apoiou as entradas depois de 
negociar caças F-16 com os EUA 
 
Brasil Volta a Fazer parte do Conselho de 
Segurança da ONU após 11 anos (2022) 
O Brasil voltará a ocupar um assento não 
permanente no Conselho de Segurança das 
Nações Unidas no biênio 2022-2023, após 11 anos. 
Será a 11ª vez que o país vai integrar o colegiado 
(a última foi no biênio 2010-2011). 
O Brasil recebeu 181 votos na eleição que ocorreu 
nesta sexta-feira (11) em Nova York, durante a 75ª 
Assembleia Geral da ONU. Albânia, Emirados 
Árabes Unidos, Gabão e Gana também foram 
eleitos. 
O Conselho de Segurança é formado 15 países 
com direito a voto. Mas apenas Estados Unidos, 
França, Grã-Bretanha, China e Rússia são 
membros permanentes e têm poder de veto. 
Os outros 10 assentos são temporários, e os países 
são eleitos para ocupá-los de forma rotativa, em 
mandatos de dois anos. 
O governo brasileiro tenta, há muitos anos, um 
assento permanente no conselho. O país integra o 
Suenia elania
sdelania22@hotmail.com
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-61114728
 
 
11 
 
G4, grupo formado também por Japão, Alemanha e 
Índia, que defende mudanças no Conselho de 
Segurança. 
https://g1.globo.com/mundo/noticia/2021/06/11/brasil-volta-a-
fazer-parte-do-conselho-de-seguranca-da-onu.ghtml 
 
Iranianos Escolhem Juiz Linha-Dura como Novo 
Presidente (2021) 
O juiz ultraconservador Ebrahim Raisi venceu as 
eleições presidenciais do Irã neste sábado 
(19/06/21). 
Raisi, clérigo xiita de 60 anos, está sujeito às 
sanções dos Estados Unidos por supostos abusos 
dos direitos humanos. O presidente eleito é um 
crítico duro do Ocidente e porta-bandeira dos 
defensores da segurança de seu país. 
Raisi desempenhou um papel de décadas em uma 
repressão sangrenta aos dissidentes iranianos. O 
Centro para os Direitos Humanos no Irã (CHRI) o 
acusou de crimes contra a humanidade por fazer 
parte de um "comitê da morte" de quatro homens 
que supervisionou a execução de até 5.000 
prisioneiros políticos em 1988. 
Em sua primeira entrevista coletiva, nesta segunda-
feira (21), o futuro presidente iraniano declarou que 
não pretende se reunir com o líder norte-americano 
Joe Biden. 
Três dias após ser eleito, o ultraconservador 
Ebrahim Raisi também exigiu negociações 
frutíferas sobre o programa nuclear de seu país e 
disse que o Irã "sempre defendeu os direitos 
humanos". 
O acordo de Viena concede ao Irã alívio das 
sanções do Ocidente e da ONU em troca de seu 
compromisso de não se equipar com uma arma 
atômica e por uma redução drástica de seu 
programa nuclear. O texto, contudo, foi sabotado 
em 2018 pelo ex-presidente americano, Donald 
Trump, que se retirou do pacto e restabeleceu as 
sanções contra Teerã. 
As discussões em curso tentam fazer com que os 
Estados Unidos voltem ao acordo. A solução 
poderia passar por um alívio das sanções de 
Washington em troca de o Irã cumprir estritamente 
o pacto, o que o país deixou de fazer em retaliação 
à retomada das sanções. Washington e Teerã não 
parecem avançar para resolver problemas entre os 
dois países, inimigos há mais de 40 anos. 
 
Encontro do G7 (2021) 
A cúpula do G7 começou formalmente na noite de 
sexta-feira (11/06/21) com a discussão sobre 
vacinas e, posteriormente, uma foto de família. 
Autoridades disseram que havia um sentimento de 
nova unidade entre o grupo após quatro anos de 
tensão sob Trump, marcada por abraços e olhares 
calorosos entre os líderes. 
Os líderes mundiais presentes na cúpula do G7, 
que ocorre na Cornualha, na Inglaterra, divergiram 
neste sábado (12) sobre a melhor forma de abordar 
as políticas autoritárias da China, disse um alto 
funcionário do governo Biden. 
A certa altura, o presidente dos Estados Unidos, 
Joe Biden, fez um apelo enérgico para que os 
outros líderes critiquem em público as práticas 
antidemocráticas da China, disseram autoridades, 
enfatizando a necessidade de ação. 
 
Encontro do G7 (2022) 
O tema deste ano é "Progresso na direção de um 
mundo equitativo". Segundo Scholz, a mensagem 
que deve sair da cúpula do G7 é: 
"As democracias do mundo estão juntas na luta 
contra o imperialismo de Putin. Mas eles não estão 
menos comprometidos com a luta contra a fome e 
a pobreza e com o combate às crises de saúde e 
às mudanças climáticas." 
O líder alemão também afirmou que a guerra não 
deve levar "nós, do G7, a negligenciar nossa 
responsabilidade por desafios globais como a crise 
climática e a pandemia. Pelo contrário: muitas das 
metas que nos propusemos no início do ano 
tornaram-se ainda mais urgentes comoresultado 
da mudança na situação global." 
 
A Polêmica em Torno da Derrubada de Estátuas 
de Cristóvão Colombo, Generais e Traficantes 
de Escravos na América Latina (2021) 
Na semana passada, manifestantes colombianos 
usaram cordas para amarrar e derrubar a estátua 
Suenia elania
sdelania22@hotmail.com
 
 
12 
 
de Cristovão Colombo em Barranquilla, na 
Colômbia. No ato, eles gritaram "Colombo, 
assassino" e ergueram a Wiphala, a bandeira dos 
povos indígenas que cada vez ganha mais espaço 
nas manifestações dos países da América Latina. 
Hoje, vários países da região contam com 
iniciativas para retirar as figuras do período colonial 
e militar de seus pedestais públicos. O boliviano 
Sacha Llorenti, secretário-executivo da Aliança 
Bolivariana para os Povos da Nossa América-
Tratado de Comércio dos Povos (Alba-TCP), 
propôs, na semana passada, que as estátuas de 
Colombo e do também colonizador espanhol 
Alonso de Mendoza sejam retiradas de La Paz. A 
imagem de Alonso, como observou Llorenti, mostra 
o colonizador com espada e os indígenas em 
posição inferior. 
O monumento de Colombo já tinha sido removido 
na Argentina. Quando era presidente, a atual vice-
presidente Cristina Kirchner determinou, em 2013, 
que uma grua retirasse a estátua do pátio da Casa 
Rosada. 
A BBC News Brasil entrevistou historiadores, 
professores, analistas, ativistas deste movimento 
de varredura das estátuas e os argumentos foram 
díspares. 
Falando de Caracas, na Venezuela, Sacha Llorenti, 
disse que as estátuas deveriam estar nos museus 
e não nas praças públicas. Segundo ele, nos 
museus, deveriam ser explicadas as 
consequências do colonialismo. 
"Não defendo a retirada apenas de Colombo, mas 
dos conquistadores espanhóis. Devemos lembrar 
as consequências do colonialismo. Não é apagar a 
história, mas estas figuras não representam os 
valores das sociedades modernas. São sinônimos 
de exclusão, racismo e extermínio dos povos 
originários", diz Llorenti. 
Ele defende a ideia de que, em um país como a 
Bolívia, com maioria indígena, elas deveriam ser 
substituídas pelos que realmente simbolizam as 
raízes, lutas e trajetória bolivianas. 
https://g1.globo.com/mundo/noticia/2021/07/07/a-polemica-
em-torno-da-derrubada-de-estatuas-de-cristovao-colombo-
generais-e-traficantes-de-escravos-na-america-latina.ghtml 
 
Presidente do Haiti assassinado: entenda crise 
que culminou na morte de Jovenel Moïse (2021) 
O assassinato do presidente do Haiti, Jovenel 
Moïse, foi precedido por meses de instabilidade 
política e de segurança pública no país. 
O primeiro-ministro interino, Claude Joseph, disse 
em comunicado que a residência oficial do 
presidente em Porto Príncipe foi invadida por 
homens armados não identificados à 1h na hora 
local (1h do horário de Brasília). A primeira-dama 
também teria sido ferida no ataque. 
Ondas de protestos contra o governo, 
frequentemente violentos, haviam tomado as ruas 
do país desde o início do ano pedindo a renúncia 
do presidente, que se recusou a sair do poder 
quando deveria, segundo a oposição. 
O Haiti fica em uma ilha no Caribe, ao lado da 
República Dominicana, e tem em sua história 
marcas de uma profunda instabilidade política, 
social e econômica. 
A Constituição haitiana estabelece que a duração 
do governo é de cinco anos e que a mudança de 
poder deve ocorrer no dia 7 de fevereiro, dia do 
aniversário do fim da ditadura. 
Se tivesse tomado posse em 2016, sua gestão 
deveria terminar em 7 de fevereiro de 2021. 
Para setores da oposição, advogados, acadêmicos 
e igrejas, o mandato do presidente deveria ter 
terminado naquele dia. Sem a transição de poder, 
ele estaria governando de forma inconstitucional. 
Em fevereiro, quando Moïse se recusou a deixar o 
cargo, eles tomaram as ruas em protesto, mas 
foram recebidos por militares nas ruas de Porto 
Príncipe, a capital do país, e outras cidades da 
nação caribenha. Na época, o governo anunciou a 
prisão de mais de 20 pessoas, e Moïse disse que 
havia quem quisesse matá-lo. 
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-57752302 
 
Protestos em Cuba (2021) 
Milhares de cubanos saíram às ruas no que já é o 
maior protesto da história recente no país. 
Pela primeira vez em mais de 60 anos, pessoas 
protestaram em cerca de 20 vilarejos e cidades em 
Suenia elania
sdelania22@hotmail.com
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-57752302
 
 
13 
 
toda a ilha gritando "liberdade" e "abaixo a 
ditadura". 
Com a propagação das manifestações, o 
presidente do país, Miguel Díaz-Canel, fez um 
pronunciamento na TV para convocar seus 
apoiadores a tomarem as ruas para "confrontar" os 
manifestantes. 
Basicamente, você precisa saber que a Cuba é um 
país que “parou no tempo”. 
Listo para você três pontos para entender a crise 
que levou aos protestos cubanos: 
• A crise do coronavírus 
• A situação econômica 
• Acesso à internet 
https://g1.globo.com/mundo/noticia/2021/07/12/protestos-em-
cuba-entenda-em-3-pontos-por-que-milhares-sairam-as-
ruas.ghtml 
 
Jamaica Busca Recuperação Bilionária da Grã-
Bretanha pela Escravidão (2022) 
A Jamaica, ex-colônia britânica independente 
desde 1962 e parte da Commonwealth, deve 
buscar reparações em uma petição enviada pela 
procuradora-geral, Marlene Malahoo Forte, 
diretamente à rainha Elizabeth II da Grã-Bretanha, 
a fim de iniciar o pedido que pode exigir bilhões de 
libras em indenizações. O anúncio foi feito pela 
Ministra do Esporte, Juventude e Cultura da 
Jamaica, Olivia Grange. 
O valor exato requerido não foi divulgado, mas a 
petição de indenização será baseada em uma 
moção do legislador jamaicano Mike Henry, 
calculada em US$ 10,5 bilhões, quantia equivalente 
ao que foi pago pela Grã-Bretanha aos proprietários 
de escravos quando houve a abolição. Nas 
palavras de Henry, "estou pedindo a mesma 
quantia de dinheiro que foi paga aos proprietários 
de escravos". 
A iniciativa da Jamaica vem em meio à decisão da 
Alemanha, ainda neste ano, de reconhecer sua 
responsabilidade pelo genocídio colonial durante a 
ocupação do território onde hoje é a Namíbia. O 
governo alemão prometeu cerca de US$1,3 bilhão 
em ajuda ao país, acrescentando que o repasse 
serviria como um “gesto de reconhecimento pelo 
sofrimento incomensurável”. 
Em entrevista à Reuters, Olivia Grange afirmou: 
“Nossos ancestrais africanos foram removidos de 
suas casas à força e sofreram atrocidades sem 
paralelo na África para dar conta do trabalho 
forçado em benefício do Império Britânico”. De 
acordo com dados das Nações Unidas, o comércio 
transatlântico traficou e escravizou mais de 15 
milhões de pessoas. @est_locatelli 
 
Atuação Militar Estadunidense no Afeganistão 
Chega ao Fim (2021) 
A guerra do Afeganistão foi oficialmente declarada 
pelo governo Bush logo após os atentados de 11 de 
setembro de 2001, com o objetivo de capturar os 
responsáveis pelo incidente e cercear organizações 
terroristas como Al-Qaeda e Talibã. O conflito se 
tornou o mais longo na história dos Estados Unidos, 
custando mais de US$ 468 bilhões de dólares para 
os norte-americanos e a vida de mais de 2.000 
soldados estadunidenses. 
O plano da retirada das tropas começou no governo 
Trump e foi adotado também pelo novo presidente 
Joe Biden. Em 2011, cerca de 100.000 tropas 
americanas estavam no Afeganistão. Hoje, o total 
equivale a pouco menos de 2.500. Gradativamente, 
as tropas alocadas na região estão voltando para 
os EUA e nesta sexta-feira (02) aconteceu a 
desocupação da Bagram Air Base, a maior base 
aérea da região, que foi o ponto de entrada das 
tropas americanas no país durante grande parte do 
conflito. 
O democrata deixou claro que todas as tropas 
americanas deveriam sair até 11 setembro, data 
simbólica que marca os 20 anos do início do 
conflito. Entretanto, a saída das tropas ainda divide 
opiniões, já que o Talibã negou o acordo de cessar 
fogo. 
Mesmo com um pacote bilionário de assistência ao 
país arabe, especialistas apontam que isso não 
seria osuficiente para que o atual governo se 
mantenha. A população afegã teme pelo futuro sem 
o auxílio das tropas internacionais em um país 
devastado por décadas de conflito. @catharina_r 
 
Suenia elania
sdelania22@hotmail.com
 
 
14 
 
Eleições legislativas em Portugal (2022) 
Neste domingo (30/01/22), o primeiro-ministro e 
líder do Partido Socialista (PS), António Costa, 
conquistou a maioria do Parlamento. Com 99,1% 
das urnas apurados, Costa possuía 41,68% dos 
votos, o que equivale a 117 dos 230 assentos. Em 
seguida, está o Partido Social Democrata (PSD) 
com 27,8% dos votos e 71 cadeiras. António ocupa 
o cargo de primeiro-ministro desde 2015 e é 
reconhecido por proporcionar ao país certa 
estabilidade após a crise financeira (2010-2014), 
em virtude da aliança política entre o seu partido, o 
Bloco de Esquerdas, o Partido Comunista 
Português e o Partido Ecologista “Os Verdes”, 
também conhecido como “geringonça”. 
Contudo, sua terceira legislatura apresenta novas 
problemáticas. Mesmo com taxa de vacinação 
recorde e com a liberação de 16,6 bilhões de euros 
do fundo de recuperação da União Europeia, o 
projeto de orçamento para 2022 do primeiro-
ministro foi rejeitado pelos seus aliados. O impasse 
na decisão orçamentária levou o Presidente da 
República, Marcelo Rebelo, a dissolver a Câmara e 
convocar eleições antecipadas. Assim, o episódio 
levou ao fim da união esquerdista. 
Em contrapartida, os partidos de direita ganharam 
representação parlamentar. A começar por Rui Rio 
do PSD, principal oposição na votação. Logo 
depois está o partido Chega, de extrema-direita, 
que conquistou 12 cadeiras juntamente da Iniciativa 
Liberal, que antes possuía um assento e agora 
passa a ter 8. 
Portanto, o primeiro-ministro tem o desafio de se 
aproximar de outros partidos, a fim de conseguir 
governabilidade frente ao Parlamento. Em seu 
discurso, Costa proclamou que “uma maioria 
absoluta não é o poder absoluto, não é governar 
sozinho”. 
 
Eleições na França (2022) 
Macron e Le Pen disputaram o segundo turno das 
eleições na França, cujo vencedor foi Macron, 
sendo reeleito presidente Francês, o que também 
pode ser visto como um “segundo round”. A eleição 
presidencial francesa será uma revanche da 
disputa de 2017, quando Marine Le Pen, da 
extrema direita, enfrentou o recém-chegado político 
Emmanuel Macron, que acabou vencendo a 
disputa. 
Mas enquanto os candidatos permanecem os 
mesmos, a corrida de 2022 está se tornando um 
assunto muito diferente. Confira tudo o que você 
precisa saber. 
Para ser reeleito, Macron provavelmente precisará 
convencer os apoiadores do candidato de extrema 
esquerda Jean-Luc Melenchon a apoiá-lo. 
Melenchon ficou em terceiro lugar com 22% dos 
votos. No domingo, Melenchon disse a seus 
apoiadores que “não devemos dar um único voto à 
Sra. Le Pen”, mas não apoiou explicitamente 
Macron. 
A maioria dos candidatos derrotados pediu a seus 
apoiadores que apoiem Macron para impedir que a 
extrema direita ganhe a presidência. 
Eric Zemmour, um ex-comentarista político de 
direita conhecido por sua retórica inflamatória, 
pediu a seus apoiadores que apoiem Le Pen. 
https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/macron-e-le-pen-o-
que-voce-precisa-saber-sobre-o-2o-turno-das-eleicoes-na-
franca/ 
 
Sri Lanka: A Crise que Levou à Invasão do 
Palácio Presidencial e à Queda do Governo 
(2022) 
O Sri Lanka está atualmente em uma grave crise 
financeira e não tem acesso a moedas estrangeiras 
como o dólar ou o euro para pagar suas 
importações — o que inclui alimentos, remédios e 
combustível. 
Há menos de uma semana, o governo cingalês 
anunciou que não tinha reservas de moeda 
estrangeira em quantidade suficiente para importar 
combustível e que as reservas de gasolina e diesel 
durariam poucos dias se os níveis normais de 
consumo fossem mantidos. 
Assim, na tentativa de conter a crise, as 
autoridades implementaram a proibição da venda 
de gasolina e diesel a consumidores privados, 
tornando-se o primeiro país a implementar essa 
medida desde a década de 1970. 
Isso levou escolas do Sri Lanka a fecharem, e as 
autoridades pediram aos 22 milhões de pessoas do 
país que trabalhassem de casa. 
Suenia elania
sdelania22@hotmail.com
 
 
15 
 
Por que há uma crise na economia? 
As reservas cambiais do Sri Lanka estão 
praticamente vazias e o país enfrenta as 
consequências de uma inflação crescente — 
alguns alimentos, medicamentos e combustível 
estão em falta. 
Em maio, pela primeira vez em sua história, o país 
deixou de pagar sua cota da dívida externa. 
O governo atribui a crise à pandemia de 
coronavírus, que atingiu o setor de turismo, uma de 
suas principais fontes de receita. 
Além disso, disse que os turistas têm medo de 
viajar para o país após uma série de ataques a 
bomba a igrejas que ocorreram em 2019. 
No entanto, alguns especialistas argumentam que 
o verdadeiro problema é a má gestão fiscal. 
Perto do fim de sua guerra civil em 2009, o Sri 
Lanka procurou se concentrar no fornecimento de 
mercadorias ao mercado doméstico, em vez de 
tentar vender seus produtos em mercados 
estrangeiros. 
Assim, enquanto as receitas de exportação 
permaneceram baixas, a conta de importação 
continuou a subir e assim o déficit em transações 
correntes do país se ampliou. 
Atualmente, o Sri Lanka importa US$ 3 bilhões a 
mais por ano em produtos do que exporta. É por 
isso que, segundo economistas, ficou sem moeda 
estrangeira. 
Além disso, o governo acumulou grandes dívidas 
com outros países, incluindo a China, para financiar 
o que seus críticos chamam de "projetos de 
infraestrutura desnecessários". 
Grande parte da raiva popular sobre a crise 
econômica foi direcionada ao presidente Gotabaya 
Rajapaksa e seu irmão, Mahinda, que foi primeiro-
ministro, mas renunciou em maio. 
 
Boris Johnson Renuncia à Liderança do Partido 
Conservador e Deixará Cargo de Primeiro-
Ministro (2022) 
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, 
renunciou nesta quinta-feira (7/07/22) à liderança 
do Partido Conservador e, por consequência, 
deixará o cargo de primeiro-ministro. Ele fica como 
interino até que um novo premiê seja escolhido. 
Desde a última sexta-feira, o premiê britânico vinha 
passando por mais uma crise no seu governo e 
sofria fortes pressões para deixar seu posto. 
Após dias de luta por seu cargo, Johnson foi 
abandonado por todos, exceto por um punhado de 
aliados, em meio a uma série de escândalos que foi 
tirando o apoio de seus correligionários. 
A crise ocorre quando os britânicos enfrentam o 
aperto mais forte em suas finanças em décadas, 
em meio à pandemia de Covid-19, com inflação 
crescente e a economia prevista para ser a de 
crescimento mais fraco entre as nações mais ricas 
em 2023, além da crise envolvendo a Rússia. 
Também vem depois de anos de divisão interna 
desencadeada pela estreita votação de 2016 para 
deixar a União Europeia no processo do Brexit e 
ameaças à integridade do próprio Reino Unido, com 
demandas por outro referendo de independência da 
Escócia, o segundo em uma década. 
O apoio a Johnson evaporou durante dos dias mais 
turbulentos da história política britânica recente, 
como sintetizado pelo ministro das finanças, 
Nadhim Zahawi, que foi nomeado para o cargo na 
terça-feira e em seguida pediu pela saída do 
premiê. 
A crise mais recente no governo britânico começou 
na terça-feira (5), quando dois ministros 
importantes, Rishi Sunak e Sajid Javid, deixaram 
seus cargos. 
Eles renunciaram por terem ficado insatisfeitos com 
a forma como Johnson gerenciou um escândalo 
envolvendo um deputado do Partido Conservador, 
Chris Pincher, que é acusado de ter apalpado dois 
homens em um clube privado em Londres. 
Johnson sabia que Pincher tinha sido acusado de 
assédio, mas mesmo assim o nomeou para um 
cargo importante no Parlamento —o de vice-líder 
do governo. 
 
 
 
 
Suenia elania
sdelania22@hotmail.com
 
 
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Crise do Reino Unido (2022) Saída de Boris 
Jhonson....Saída de Lis Truss.. e novo Ministro 
do Reino Unido 
Restaurar a confiança na economia britânica, 
devastada pelos governos anteriores, será o 
principal desafio do novo primeiro-ministro Rishi 
Sunak, escolhido como o sucessor de Liz Truss, 
que ficou apenas 44 dias no cargo. Porém, a origem 
dos problemas pode ser bem anterior ao governo 
dela e remontar a uma escolha crucial para o Reino 
Unido, que foi a saída da União Europeia (UE). 
Esta é a avaliação do professor José Luiz 
Niemeyer, coordenador do curso de Relações 
Internacionais do Ibmec do Rio de Janeiro, ouvido 
pela RFI Brasil. O Reino Unido perdeu muito 
mercado saindo da União Europeia. 
"O mercado europeu, ainda que tenha problemas 
de tarifas entre os países, já era uma união 
aduaneira estabelecida", explica o especialista. Por 
mais que houvesse problemas entre os países, 
havia garantia de compra de produtos e serviços 
britânicos. Essa perspectiva de exportação de 
serviços para os parceiros europeus foi muito 
prejudicada, diz Niemeyer, por mais que agora o 
país esteja livre para criar acordos com todos os 
países do sistema internacional”, completa. 
Ao anunciar um plano de corte de impostos, sem 
apontar um financiamento, Liz Truss causou 
nervosismo nos mercados e fez os britânicos 
pagarem a conta com uma inflação de 10%, a mais 
alta do G7 e a maior no país em 40 anos, o que tem 
reduzido o poder de compra da população. Um erro 
fatal, na opinião do professor Niemeyer. 
“Inflação derruba governo, ainda mais quando você 
tem o parlamentarismo e o gabinete pode cair a 
qualquer momento. Inflação é muito grave. E são 
países que não estavam acostumados a viver com 
inflação desde a Segunda Guerra”, diz. 
A pandemia e a crise energética decorrente da 
guerra na Ucrânia só acentuaram os problemas, em 
uma economia já enfraquecida. A saída da União 
Europeia agravou a escassez de mão de obra no 
Reino Unido, sem reverter o declínio da 
produtividade que, pelo contrário, foi ampliado. 
Desde 2016, ano do referendo do Brexit, os 
investimentos, o crescimento e o consumo 
progrediram mais lentamente no Reino Unido do 
que em países comparáveis.Se o divórcio do bloco 
europeu não foi a catástrofe anunciada pelos que 
defendiam a permanência do Reino Unido, ele 
também não foi a bênção alardeada pelos 
defensores do Brexit. 
“Na hora em que você está fora de um serviço 
preferencial de tarifas, fora da UE, fica mais caro 
conseguir atingir o preço que se pratica dentro da 
UE. Por exemplo, a lã grega ou a lã inglesa. Só se 
você subsidiar a lã inglesa. Mas aí você tem um 
problema grave de inflação a partir de gasto 
público”, explica o professor. 
Como resultado de políticas equivocadas, o 
consumo dos britânicos caiu 1,4% em setembro. A 
libra está em seu nível mais baixo, as taxas de juros 
estão subindo e à medida que a dívida cresce, a 
recessão aparece no horizonte. Tanto o FMI quanto 
analistas de bancos privados preveem uma 
contração da economia britânica para 2023. 
Para reverter essa curva, o novo ministro das 
Finanças, Jeremy Hunt, cancelou os cortes de 
impostos e propõe uma redução da despesa 
pública, solução complicada no momento em que 
as famílias precisam mais do que nunca de 
assistência para superar a crise energética. 
Ex-secretário do Tesouro, Rishi Sunak é conhecido 
por ser um guardião da ortodoxia orçamentária. Foi 
o que ele demonstrou sob a liderança de Boris 
Johnson, quando aumentou os impostos 
corporativos e as contribuições sociais. 
Contudo, reconhecer as consequências do Brexit 
ainda não faz parte do discurso do Partido 
Conservador, do qual fazia parte David Cameron 
quando propôs o referendo para tentar recuperar o 
eleitorado das classes populares. 
Outra desvantagem dos ingleses nessa hora, de 
acordo com Niemeyer, é a pouca diversidade da 
economia. “A Inglaterra dificilmente vai criar um 
novo setor para alavancar a economia, como fez, 
por exemplo, o Brasil, que conseguiu aprimorar 
tanto o seu agronegócio que hoje se tornou o motor 
da economia brasileira. Na Inglaterra, existe uma 
economia muito tradicional naquilo que ela já 
produz”, afirma. 
Por fim, as escolhas do Reino Unido precisam ser 
analisadas dentro de um contexto de assuntos 
estratégicos e de segurança, destaca Niemeyer. 
Suenia elania
sdelania22@hotmail.com
 
 
17 
 
“Outro aspecto que parece muito grave é que sair 
da UE tem o objetivo de se aproximar 
definitivamente dos Estados Unidos e a um 
desenho de segurança ocidental que é a Otan, o 
que se intensificou com a guerra na Ucrânia”, 
analisa. “A UE começa a repensar a necessidade 
de uma política externa de segurança comum, criar 
uma ‘farda europeia’ e isso não interessa aos 
Estados Unidos”, conclui. 
 
Nova Presidente Italiana (2022) 
Giorgia Meloni concordou em formar o próximo 
governo da Itália, disse uma autoridade 
presidencial nesta sexta-feira, abrindo caminho 
para que ela se torne a primeira mulher premiê do 
país. 
Meloni, chefe dos nacionalistas Irmãos da Itália, 
liderou uma aliança de partidos conservadores na 
vitória nas eleições de 25 de setembro e assumirá 
o governo mais à direita do país desde a Segunda 
Guerra Mundial. 
“Giorgia Meloni aceitou o mandato e apresentou 
sua lista de ministros”, disse a autoridade 
presidencial Ugo Zampetti a repórteres depois que 
Meloni se reuniu com o presidente Sergio Mattarella 
no palácio Quirinale. 
O novo governo tomará posse formalmente na 
manhã de sábado, e depois enfrentará votos de 
confiança nas duas casas do Parlamento na 
próxima semana. 
Meloni lidera uma coalizão que inclui o Força Itália, 
de Silvio Berlusconi, e a Liga, de Matteo Salvini. 
O 68º governo da Itália desde 1946 enfrenta 
grandes desafios, incluindo uma recessão iminente, 
contas de energia em alta e como apresentar uma 
frente unida sobre a guerra na Ucrânia. 
Substituirá um governo de unidade nacional 
comandado pelo ex-presidente do Banco Central 
Europeu Mario Draghi, que participou de uma 
cúpula da União Europeia em Bruxelas nesta sexta-
feira em um de seus últimos atos como primeiro-
ministro. 
Embora o processo de formação de um novo 
governo tenha sido rápido para os padrões 
italianos, ele expôs as tensões na coalizão, com 
Berlusconi aparecendo repetidamente para tentar 
minar a autoridade de Meloni. 
 
China x Taiwan (2022) 
A viagem a Taiwan de Nancy Pelosi, presidente da 
Câmara dos Representantes dos EUA, ganhou os 
holofotes na semana passada e elevou a 
temperatura na região. Desde a visita da 
democrata, a China impôs sanções econômicas 
contra o vizinho e iniciou uma série de exercícios 
militares ao redor do arquipélago. 
Em linhas gerais, Pelosi jogou mais pólvora em uma 
bomba que pode explodir a qualquer momento. Isso 
porque China e Taiwan têm uma “questão familiar” 
longe de ser apaziguada. Há anos, os chineses 
consideram a ilha como parte integrante de sua 
república comunista. Já os taiwaneses pensam 
diferente. 
Especula-se na imprensa norte-americana que 
Nancy tem negócios com empresas de 
semicondutores de Taiwan e passou pela ilha para 
colher dividendos eleitorais. Em novembro, nas 
eleições legislativas, os democratas devem perder 
o controle do Parlamento para o Partido 
Republicano. 
A presidente da Câmara dos Representantes dos 
Estados Unidos, Nancy Pelosi (de vestido rosa), 
desembarca em Taipé, capital de Taiwan, para 
estreitar laços diplomáticos com a ilha – 02/08/2022 
| Foto: Divulgação/Nancy Pelosi/Twitter 
Taiwan é uma democracia, com liberdade de 
imprensa. Também tem uma economia própria e 
pujante: é a 21ª do mundo (razoável para um país 
de apenas 23 milhões de habitantes). Além disso, 
sua indústria de tecnologia tem um papel 
importante: é líder global no fornecimento de chips 
semicondutores. 
A ilha deixou de fazer parte da China em 1949, 
quando o Partido Nacionalista Chinês (conhecido 
como Kuomintang) foi derrotado pelo Partido 
Comunista, de Mao Tsé Tung, explicou Marcus 
Vinicius de Freitas, especialista em Taiwan. “Oslíderes do Kuomintang fugiram do continente e 
estabeleceram uma nova capital em Taiwan”, disse. 
“Pelo ponto de vista deles, a ilha agora é a nova 
China.” O nome oficial de Taiwan é República da 
Suenia elania
sdelania22@hotmail.com
 
 
18 
 
China, enquanto sua rival tem uma palavra a mais 
na certidão: República Popular da China. 
Em 1949, a cadeira chinesa na ONU passou a ser 
ocupada por Taiwan. Naquela época, a China 
comunista era tida como pária internacional, mas o 
cenário mudou em 1971, quando o país obteve um 
reconhecimento internacional abrangente com a 
visita do então presidente dos EUA, Richard Nixon. 
Dali em diante, a China continental assumiu o posto 
da China insular e Taiwan segue fora da ONU. 
Hoje, apenas 15 países reconhecem Taiwan como 
nação soberana (o mais relevante entre eles é o 
Paraguai). 
Enquanto isso, o Partido Comunista acredita na 
tese segundo a qual há uma só China, e que 
Taiwan faz parte dela. Mesmo assim, a soberania 
da ilha existe na prática (ela tem suas próprias 
Forças Armadas, Parlamento, presidente e 
economia), mas não se sabe por quanto tempo 
essa liberdade vai durar. 
Ucrânia x Rússia 
Os chineses têm tolerado a autonomia de Taiwan. 
A ameaça de invasão, contudo, oscila de tempos 
em tempos e ganhou mais intensidade 
recentemente. Não porque os taiwaneses fizeram 
algo diferente ou mais ousado do comum, mas por 
causa dos movimentos geopolíticos de outros 
países. 
A invasão russa na Ucrânia pode parecer aos 
chineses um bom pretexto. Se a Rússia ataca um 
país reconhecidamente soberano, por que a China 
não tomaria, com mais de 2 milhões de soldados, 
uma ilha que até a Organização das Nações Unidas 
diz que pertence a ela? 
Em meio a tudo isso, há o fator de desmoralização 
dos Estados Unidos perante o mundo em virtude 
das políticas atabalhoados do presidente Joe 
Biden. A primeira delas foi a retirada desastrosa 
das tropas norte-americanas do Afeganistão, no 
ano passado. Acrescente-se a isso a viagem de 
Nancy Pelosi. 
Possível conflito 
Rafael Fontana, jornalista e autor do livro Chinobyl: 
Uma Jornada pelas Entranhas da Ditadura 
Comunista, explica que Biden criou “um grande 
impasse internacional” ao deixar a Ucrânia sozinha 
no confronto com a Rússia. 
Fontana não descarta uma invasão chinesa a 
Taiwan. Ele avalia, contudo, que isso demoraria 
mais, sobretudo porque o Partido Comunista da 
China vai realizar uma convenção em outubro. 
Nela, o secretário-geral da sigla, Xi Jinping, deve 
receber um terceiro mandato inédito. Portanto, uma 
guerra neste momento não seria vantajoso para Xi. 
“Uma invasão pode ocorrer a qualquer hora”, 
constatou Fontana. “Mas, para isso, exige-se um 
longo processo que demanda tempo, mobilização 
de soldados, equipamentos e muito dinheiro. Não 
se invade uma ilha tão facilmente. Não se pode 
esquecer ainda da possível participação de outros 
países na defesa de Taiwan, como os próprios 
Estados Unidos.” 
 
Política Nacional 
Mudanças na estrutura Política do Brasil – 
Legislativo 
• Novo Presidente da Câmara dos deputados: 
Arthur Lira (PP/AL) 
• Novo Presidente do Senado Federal: 
Rodrigo Pacheco (DEM/MG) 
• Proposta de mudança eleitoral para o voto 
impresso: voto impresso associada à urna 
eletrônica 
 
Lava Jato 
A Operação Lava Jato, uma das maiores iniciativas 
de combate à corrupção e lavagem de dinheiro da 
história recente do Brasil, teve início em março de 
2014. 
No primeiro momento, foram investigadas e 
processadas quatro organizações criminosas 
lideradas por doleiros, que são operadores do 
mercado paralelo de câmbio. Depois, o Ministério 
Público Federal recolheu provas de um imenso 
esquema criminoso de corrupção envolvendo a 
Petrobras. 
Fase atual da lava jato: 82º fase – operação Laissez 
Faire, Laissez Passer (31/10/21) 
 
 
Suenia elania
sdelania22@hotmail.com
 
 
19 
 
As Fakenews e a Disputa Política por 
Desinformação 
Na esteira dessas investigações, um projeto de lei 
(PL 2630/2020) aprovado no senado começa a ser 
debatido na Câmara, apresentado com o objetivo 
de combater as fake news, mas com questões 
preocupantes para a privacidade e a liberdade de 
expressão dos usuários da internet. Tudo isso 
compõe um prato cheio para as discussões. 
Não é de hoje que as informações falsas circulam. 
Desde que a humanidade é humanidade existe 
esse tipo de prática, ou desde que a imprensa é 
imprensa - se estivermos falando no sentido estrito 
de notícias jornalísticas falsas. No entanto, as fakes 
news passam a ser consideradas um fenômeno dos 
nossos tempos por serem definidas como notícias 
falsas, pensadas intencionalmente para causar 
desinformação e divulgadas de modo massivo na 
internet. 
É nesse cenário devastador que toma corpo nas 
casas parlamentares federais o Projeto de Lei 
2630, apelidado como “PL das fake news”. O 
projeto foi apresentado pelo senador Alessandro 
Vieira (Cidadania) com a justificativa de combater 
as fakes news, mas estruturado com pontos 
contraditórios que podem afetar a privacidade e a 
liberdade de expressão dos usuários da internet. 
 
Privatização da Eletrobras (2022) 
A Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira 
(19), por 313 votos a 166, uma medida provisória – 
MP 1031/21 (Relator Elmar Nascimento DEM-BA) 
que viabiliza privatização da Eletrobrás 
Atualmente, a União possui cerca de 60% das 
ações da Eletrobrás e controla a estatal. Com a 
capitalização, deve reduzir sua participação na 
empresa para 45%. Entre outros pontos, a proposta 
prevê que: 
 - o aumento do capital social da empresa será por 
meio da oferta pública de ações; 
 - a participação de cada acionista ou grupo de 
acionistas não poderá ultrapassar 10%; 
 - a União terá ação preferencial de classe especial, 
a "golden share", que dará poder de veto nas 
deliberações sobre o estatuto social da empresa. 
 
A Eletrobrás foi fundada oficialmente em 1962, 
embora sua ideia tenha sido lançada em 1954, no 
segundo governo de Getúlio Vargas (1881-1954), A 
empresa é a principal responsável pela construção 
da infraestrutura elétrica do Brasil, uma das 
maiores do mundo. 
A Eletrobrás é o que chamamos de empresa de 
capital misto, que possui como acionistas a União, 
fundos públicos e o setor privado. Por deter a maior 
parte de suas ações com direito a voto – ou seja, 
aquelas que influem nas decisões da empresa – a 
União é sua controladora. 
O primeiro impacto deve ser sobre a conta de 
energia – que pode levar a um aumento da inflação 
como um todo, já que o encarecimento da conta do 
produtor é repassado ao consumidor final. 
Como o setor de energia envolve muitos 
investimentos – e não é lucrativo como um todo, já 
que há regiões que consomem pouca energia – há 
o risco de se deixar regiões que não geram lucro 
sem investimentos e sujeitas a maiores e mais 
constantes interrupções de energia, como foi o 
caso do apagão no Amapá. Outro risco é com 
relação ao investimento em pesquisa, que tende a 
diminuir. 
Além do impacto de utilizar a energia termonuclear, 
a qual geram energia mais cara e mais suja. 
 
Noticiada no dia 28/05/21, os níveis dos 
reservatórios das hidrelétricas estão baixos, 
fazendo com que utilize a termelétrica, a qual 
encarece as contas de luz, sendo uma possível 
situação que será normalizada caso a MP da 
Suenia elania
sdelania22@hotmail.com
 
 
20 
 
privatização da Eletrobrás seja aprovada no 
senado. 
A ideia do Planalto era que a privatização fosse 
aprovada nesta quarta-feira (20/04/2022) pelo TCU 
de forma a permitir uma oferta de ações no dia 12 
de maio. Agora, o processo deve se estender para 
o mês seguinte. 
O principal motivo é que os 20 dias obrigam o 
governo a refazer os cálculos com base no balanço 
do primeiro trimestre que já estará publicado. Os 
cálculos atuais foram feitos com base no balanço 
do último trimestre de 2021. 
A primeira sessão após o período das vistas é no 
dia 12 de maio. Se for aprovado, o governo 
acrescenta 40 dias para que o leilão ocorra.Mas a há a preocupação de que os novos cálculos 
façam com que haja um novo pedido de vistas. A 
leitura é de que os opositores do processo sempre 
encontrarão uma justificativa para atrasar, 
impedindo que o atual governo conclua o processo. 
 
Eleições Brasil – 2022 
Pesquisas de intenção de voto divulgadas nos 
últimos três meses mostram um avanço do 
presidente Jair Bolsonaro (PL) em intenções de 
voto e recuperação de popularidade, embora o ex-
presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continue 
na liderança e vença em todos os cenários para o 
segundo turno. 
Em média, o percentual dos que avaliam 
positivamente o governo Bolsonaro subiu de 30% 
para 35% nos primeiros três meses deste ano. E 
nas pesquisas de intenção de voto, o presidente 
cresceu enquanto Lula se manteve estável. 
Levantamento da XP/Ipespe, divulgado no dia 6 de 
abril, após o ex-juiz Sergio Moro trocar de partido e 
deixar a disputa para presidente, mostra Bolsonaro 
com 30% das intenções de voto, e Lula, com 44%. 
Na pesquisa anterior, do mesmo instituto, o 
presidente aparecia com 26%, e Lula, com os 
mesmos 44%. 
Outra pesquisa, da Genial/Quaest, também 
divulgada em abril, mostra movimento semelhante. 
Bolsonaro aparece com 31% dos votos num 
cenário sem Moro, um avanço de cinco pontos 
percentuais em comparação com a pesquisa 
anterior. Lula se manteve estável, com 45%. 
Levantamentos feitos antes da saída de Moro já 
indicavam uma recuperação de Bolsonaro. Na 
última pesquisa Datafolha, divulgada em 24 de 
março, Bolsonaro obteve 26% das intenções de 
voto, contra 43% de Lula. No levantamento anterior, 
de dezembro, o ex-presidente tinha entre 21% e 
22% e Lula, entre 47% e 48%. 
Para o cientista político Felipe Nunes, diretor da 
Quaest Pesquisa e Consultoria e professor de 
métodos quantitativos da Universidade Federal de 
Minas Gerais (UFMG), diz que a saída do ex-juiz 
Sergio Moro da disputa foi o fator determinante para 
o crescimento de Bolsonaro nas pesquisas. 
Para Felipe Nunes, a saída do ex-juiz Sergio Moro 
da disputa foi o fator determinante para o 
crescimento de Bolsonaro nas pesquisas 
A equipe da BBC News Brasil lê para você algumas 
de suas melhores reportagens 
Depois de ser anunciado candidato pelo partido 
Podemos, Moro decidiu deixar a legenda e se filiar 
ao União Brasil (fusão do DEM com o PSL), dizendo 
que estaria desistindo "momentaneamente" da 
candidatura à Presidência. Mas, na semana 
passada o novo partido de Moro decidiu lançar 
como candidato o deputado federal Luciano Bivar 
(PE). 
Com isso, ao que tudo indica, Moro, que aparecia 
em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de 
voto, com cerca de 8%, não vai mais disputar a 
Presidência. Os dois levantamentos feitos após a 
desistência do ex-juiz da disputa indicam que 
Bolsonaro foi quem mais se beneficiou com isso. 
"O eleitor que votou em Bolsonaro em 2018, mas 
estava insatisfeito com o governo, procurou uma 
terceira via, não encontrou e agora está voltando 
para Bolsonaro", disse Nunes à BBC News Brasil. 
Já a cientista política Carolina de Paula, 
especialista em comportamento eleitoral, aponta o 
Auxílio Brasil e demais promessas ou benefícios 
concedidos por Bolsonaro a populações de baixa 
renda como fator determinante do crescimento dele 
nas pesquisas de opinião. 
A pesquisadora, que é diretora do Instituto de 
Estudos Sociais e Políticos da Universidade do 
Suenia elania
sdelania22@hotmail.com
 
 
21 
 
Estado do Rio de Janeiro, lembra que é comum que 
candidatos a reeleição passem a conceder 
isenções ou benefícios sociais capazes de elevar a 
sua popularidade. Esse conjunto de medidas em 
ano eleitoral costuma ser chamado de "pacote de 
bondades". 
No caso de Bolsonaro, três medidas do governo 
teriam contribuído especialmente para a melhora 
na sua avaliação. Segundo Carolina de Paula, a 
primeira foi a criação, no final do ano passado, do 
Auxílio Brasil, programa de transferência de renda 
que o governo instituiu para substituir o Bolsa 
Família e que paga cerca de R$ 400 por mês a 
cerca de 18 milhões de famílias. A criação do 
programa foi alvo de controvérsia, com muitos 
críticos afirmando que ele teria caráter eleitoreiro. 
Outras medidas que podem ter rendido maior 
popularidade a Bolsonaro foram a autorização de 
saque de até R$ 1.000 do FGTS no final do ano 
passado e a antecipação do 13° salário dos 
aposentados. 
 
Monark é Demitido do Flow Podcast após fala 
Antissemita 
Após defender a criação de partidos nazistas no 
país durante transmissão feita ontem (7/02/22), o 
apresentador Bruno Aiub, conhecido como Monark 
foi demitido do Flow Podcast. 
Em nota, os Estdúdios Flow anunciaram a 
demissão do apresentador: "A partir deste 
momento, o youtuber Bruno Aiud está desligado 
dos Estúdios Flow 
No momento, ele foi rebatido por Tabata, que 
lembrou que a liberdade de expressão não pode ser 
usada como argumento para colocar a vida de 
comunidades em risco, como o nazismo fez com a 
população judaica. Ainda assim, Monark insistiu em 
dizer que um cara tem "o direito" de ser anti-judeu, 
caso queira. 
Tais declarações repercutiram negativamente 
desde então, com diversas notas de repúdio de 
entidades judaicas e marcas que se associavam ao 
podcast. Em meio a isso, o apresentador divulgou 
um vídeo de retratação em que disse estar bêbado 
no momento da transmissão do podcast. 
 
PEC dos Auxílios cria "Estado de Emergência" 
(2022) 
Proposta de dar benefícios, tais como: Vale gás, 
Vale combustível para caminhoneiros no valor de 
1000 reais mensais, aumento do auxílio brasil de 
400 para 600 reais. 
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-
feira (13/07/22) a Proposta de Emenda à 
Constituição (PEC) 15/2022, a chamada PEC dos 
Auxílios. O texto autoriza o governo a criar e 
aumentar benefícios sociais em ano de eleição. 
A PEC recebeu votos favoráveis até de 
parlamentares da oposição, preocupados com os 
efeitos da crise no país. Eles, porém, tentaram – 
sem sucesso – que fosse retirado do texto da PEC 
os trechos que preveem a instalação de um "estado 
de emergência". 
O tal estado, segundo os governistas, foi criado 
pelo aumento do preço dos combustíveis no Brasil 
e justifica os pagamentos extras do governo meses 
antes da eleição – que é proibido por lei. Para 
opositores do governo do presidente Jair Bolsonaro 
(PL) e juristas ouvidos pelo Brasil de Fato, porém, 
o estado de exceção pode abrir espaço para outras 
medidas eleitoreiras e até autoritárias num ano de 
turbulento politicamente. 
"Deste governo é possível esperar qualquer coisa", 
afirmou Rodrigo Kanayama, doutor em Direito do 
Estado e professor da Universidade Federal da 
Paraná (UFPR). "O governo vem fazendo ameaças 
e a possibilidade de uma ruptura hoje é real. O 
estado de emergência é uma nova carta na mesa. 
Se ela vai ser usada, eu não sei." 
O jurista e professor Lênio Streck, membro 
catedrático da Academia Brasileira de Direito 
Constitucional (ABDConst), ratificou o risco 
apontado por Kanayama. "Se alguém me 
perguntasse sobre riscos à democracia há dois 
anos, eu diria que não existiam. Hoje, depois dessa 
PEC, nada me surpreenderia", afirmou. 
Estado de exceção 
Streck explicou que o estado de emergência criado 
pelo PEC é um tipo de estado de exceção não 
previsto na Constituição em vigor no país hoje. O 
texto constitucional prevê somente o estado de 
defesa e o estado de sítio. Descreve ainda o que 
Suenia elania
sdelania22@hotmail.com
 
 
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cada um desses estados prevê e ainda determina 
critérios claros para sua instauração 
O estado de defesa, por exemplo, pode ser 
decretado pelo presidente após consulta aos 
Conselho da República e ao Conselho de Defesa 
Nacional. Restringe direitos de reunião, sigilo 
telefônico e autoriza até à União a usar bens 
privados para interesse público. 
No caso do estado de emergência, por ser uma 
figura jurídica inédita, não se sabe exatamente que 
direitos ele concede ao governo e ao presidente. De 
acordo com a PEC, hoje, ele autoriza

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