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WBA0283_v2.0 Suporte básico e avançado de vida Suporte Básico de Vida na parada cardiorrespiratória Introdução a PCR/RCP Cadeia de sobrevivência PCRIH PCREH Compressões torácicas Bloco 1 Thaísa Mariela Nascimento de Oliveira Introdução a Parada Cardiorrespiratória (PCR) • Principal causa de morte no mundo. • 200 mil casos/ano de PCR, no Brasil. • Metade dos episódios ocorrem em ambiente pré- hospitalar. • Manobras de reanimação cardiopulmonar quando bem aplicadas, varia de dois a 49% o retorno da circulação espontânea. • Alta morbimortalidade, mesmo seguindo protocolos. (MOURA et al., 2019, p.2) Cadeia de sobrevivência do adulto Figura 1 – Cadeia de sobrevida para PCRIH e PCREH Fonte: AHA (2020). Reconhecimento dos sinais clínicos da PCR (AHA, 2020) Segurança da cena. 1) Estímulo tátil forte sobre os ombros da vítima, seguido de estímulo verbal. 2) A movimentação torácica está ausente ou em gasping. 3) Checar pulso central. Dez segundos. Socorristas leigos não checam pulso. C-A-B Após o reconhecimento dos sinais clínicos da PCR, os profissionais darão início às manobras de RCP no atendimento do SVB, que serão representados pelo acrônimo CABD primário. C Circulation Circulação A Airway Via aérea B Breathing Respiração D Desfibrillation Desfibrilação (AHA, 2020; SBC, 2019) Figura 2 – C-A-B Fonte: adaptada de https://imagenspng.com/download/coracao-humano-desenho- anatomia/; SBC (2019, [n. p.]); https://clinicadopulmao.med.br/qual-o-melhor- exame-para-o-pulmao/; https://catalogohospitalar.com.br/desfibrilador-externo- automatico-1.html. Acesso em: 17 fev. 2022. “C” - Recomendações para a qualidade das compressões torácicas Profundidade: 5-6 cm. Frequência: 100-120/min . 30 compressões torácicas a cada duas ventilações. Troca de função a cada dois minutos ou antes, se houver cansaço. Posicionamento: Mãos: metade inferior do esterno. Braços: estendidos. Socorrista: lateralizado à vítima. Permitir retorno completo do tórax entre as compressões. As interrupções devem ocorrer em menos de dez segundos. Antecipar a troca de função com verbalização. (AHA, 2020) Posicionamento das mãos e do socorrista Figura 3 – Posicionamento das mãos e braços durante compressões torácicas (AHA, 2020) Fonte: lukaves/ iStock.com. Suporte Básico de Vida na parada cardiorrespiratória Bloco 2 Thaísa Mariela Nascimento de Oliveira Abertura das vias aéreas Ventilação de qualidade Desfibrilação “A” - Recomendações para a qualidade da abertura das vias aéreas • A: manobra da inclinação da cabeça para elevação do queixo (chin lift). • B: tração da mandíbula (jaw thrust). Figura 4 – Abertura das vias aéreas Fonte: adaptado de SBC (2019, p. 462). “A” - Recomendações para a qualidade da abertura das vias aéreas • Caso o profissional não consiga realizar a manobra jaw thrust e suspeite de trauma cervical, sem evidência de trauma na cabeça, poderá optar pela manobra de chin lift. • Segundo estudos, apenas 0,12 a 3,7% dos pacientes apresentam lesão espinhal se aplicada a manobra de chin lift, obtendo um risco elevado apenas na presença de lesão craniofacial ou Glasgow menor que oito. (SBC, 2019, p. 462) Cânula orofaríngea Cânula orofaríngea com rotação, que tem com o objetivo de manter via aérea pérvia. Fonte: ollo/ iStock.com. (SBC, 2019) Figura 5 - Inserção da cânula orofaríngea “B” - Recomendações para a qualidade da ventilação • Durante a RCP, as ventilações devem ser aplicadas de forma síncrona na relação de 30 compressões para duas ventilações (30/2). • Cada ventilação deve ter a duração de um segundo, para que proporcione a elevação torácica ofertando aproximadamente 500 ml de oxigênio (O2), conectado a fonte de O2 de 10-15l/min. • Técnica indicada para o manuseio e vedação da bolsa-válvula-máscara é técnica CE. (SBC, 2019) Riscos de hiperventilar a vítima • Hiperventilar é contraindicado: aumenta a pressão intratorácica com a possibilidade de diminuir a pré- carga do débito cardíaco. • Risco da hiperinsuflação gástrica, ao desencadear vômito, broncoaspiração e limitação diafragmática. • Profissionais e leigos podem hesitar em aplicar ventilações boca a boca na vítima de PCR, sendo assim, é indicado a utilização de mecanismos de barreira, um exemplo é a pocket mask. (SBC, 2019) “B” - Recomendações para a qualidade da ventilação Fonte: LCOSMO/ iStock.com. Figura 6 – Pocket mask Figura 7 – Bolsa - válvula-máscara Fonte: Mykhailo Pervak/ iStock.com. Suporte Básico de Vida na parada cardiorrespiratória Subtítulo para o conteúdo abordado nas próximas lâminas deste bloco Bloco 3 Thaísa Mariela Nascimento de Oliveira “D”- Desfibrilação • A cada minuto sem desfibrilação, a taxa de sobrevida diminui em torno 7 a 10%. • Em cenários de RCP realizados por leigos, que utilizam em sincronia o DEA, as taxas de sobrevida são mais otimistas, chegando até 85% . • Ritmos chocáveis: fibrilação ventricular e taquicardia ventricular sem pulso. Figura 8 – Treinamento com DEA Fonte: microgen/ iStock.com. (SBC, 2019) “D”- Desfibrilação • A cada dois minutos, o DEA avaliará o ritmo cardíaco. • Leitura/ afastar/ ritmo chocável - retornar compressões/ ritmo não chocável. Figura 9 – Utilização de Desfibrilador Externo Automático Fonte: IROHA/ iStock.com. (SBC, 2019) Uso do DEA em situações especiais • Remover pelos. • Se tórax molhado, secá-lo e caso sob poça de água, remover o mais rápido possível a vítima para outro local. • Se marca-passo, posicionar as pás próximas ao marca-passo. • Para 25kg ou oito anos, utilizar pás pediátricas. • Pás pediátricas não devem ser utilizadas em adultos, pois a energia disponibilizada para o choque será insuficiente. • Para lactentes (zero dias - um ano), o desfibrilador manual será preferível. (SBC, 2019) Parada cardíaca associada a opioides Figura 10 – Algoritmo associado a opioide para profissionais de saúde Fonte: Guideline; AHA (2020, p. 9). Feedback audiovisual • O que é um feedback audiovisual? Quais os comandos emitidos pelo equipamento? • Compressão fraca. • Compressão adequada. • Compressão acima do ideal. • Interrupção de compressões. (AHA, 2020) Figura 11 – Treinamento com DEA Fonte: microgen/ iStock.com. (SBC, 2019) Considerações finais • Desfecho satisfatório e alcance do retorno da circulação espontânea. • Qualidade de vida após a alta hospitalar,. • É necessário que a equipe seja capaz de prover rapidamente, no SBV, o fluxo de oxigênio e sangue para o cérebro e coração, visto que após quatro minutos de hipóxia, a vítima apresentará lesão cerebral. • A cada minuto de atraso no reconhecimento da PCR e em iniciar manobras de RCP de qualidade, a vítima perde de 7-10% da chance de sobrevida. Teoria em Prática Bloco 4 Thaísa Mariela Nascimento de Oliveira Reflita sobre a seguinte situação Você é enfermeiro (a) do pronto-atendimento de uma cidade pequena. Ao passar sua visita de rotina nos quartos dos pacientes, você observa que o paciente do quarto dez não respondeu ao seu chamado. Você, então chegou mais próximo do paciente e o avaliou. Ele não respondeu aos estímulos com pressão ou a voz alta e apresentava ausência de respiração e pulso carotídeo. • Neste contexto, qual deveria ser a sua conduta para dar início ao Suporte Básico de Vida(SBV)? • Apresente seu conhecimento sobre as atualizações para manobras de qualidade, bem como a sincronia de seu atendimento e de sua equipe no SBV. Norte para a resolução... Figura 1 -Sequência de Suporte Básico de Vida em adultos Fonte: Elaborada pela autora Garantir a segurança do cenário Avaliar a responsividade da vítima (chamar e tocar nos ombros) Se vítima inconsciente, chamar por ajuda solicitar um DEA Avaliar respiração e pulso central simultaneamente (5-10 segundos) No intra- hospitalar,solicitar ajuda, carrinho de emergência e desfibrilador Apneia e ausência de pulso centrall RCP: 30 compressões/ 2 ventilações Chegada do DEA Seguir as orientações do DEA Chocável Administrar choque e reiniciar RCP por 2 minutos Não chocável Reiniciar RCP por 2 minutos A cada 2 min o DEA irá analisar o ritmo e os socorristas deverão trocar as funções Manter RCP e DEA até a chegada do SAV ou até o RCE. Apneia com pulso central presente Realizar 1 ventilação a cada 6 segundos e checar pulso a cada 2 minutos Se após 2 min a vítima não apresentar pulso, iniciar RCP Figura 12 – Sequência de Suporte Básico de Vida em adultos Fonte: adaptada de AHA (2020). Dica do (a) Professor (a) Bloco 5 Thaísa Mariela Nascimento de Oliveira SBV na prática Dica: vídeo, no Youtube sobre SBV na prática, no canal Instituto Brasileiro de APH – IBRAPH.. Simulação completa de SBV no adulto com 2 socorristas. Referências AMERICAN HEART ASSOCIATION. Manual de Destaques da Atualização das Diretrizes da American Heart Association (AHA). 2020. MOURA, J. G. et al. Conhecimento e Atuação da Equipe de Enfermagem de um Setor de Urgência no Evento Parada Cardiorrespiratória. Cuidado é Fundamental, v. 11, n. 3, p. 634-640, 2019. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. Atualização da Diretriz da Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidado Cardiovasculares de Emergência. Arquivo Brasileiro de Cardiologia, v. 113, n.3, p.449-663, 2019. Bons estudos!
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