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101_Hemogramas_Desafios_Clinicos_para_o_Médico_2ed_SANAR_Silva, (1)

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2020
 
 
Título: 101 Hemogramas: Desafios Clínicos para o Médico 2ª edição
Editor: Rafael Hidalgo
Projeto gráfico: Felipe Cerqueira Xavier
Editoração: Carla Piaggio, Thalita Amorim
Capa: Mateus Machado
Revisor Ortográfico: Aline Duarte Gomes
Conselho Editorial: Caio Vinicius Menezes Nunes, Paulo Costa Lima
Sandra de Quadros Uzêda | Silvio José Albergaria Da Silva
 
 
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Elaboração: Pedro Anizio Gomes CRB-8 8846
S586h  Silva, Herivaldo Ferreira da
  101 hemogramas: desafios clínicos para o médico / Herivaldo Ferreira da Silva. – 2. ed. - Salvador:
Editora Sanar, 2019.
  308 p. : il. ; 16x23 cm. 
  ISBN 978-85-5462-211-4
  1. Clínico  2. Desafios  3. Hemogramas  4. Medicina  I. Título  II. Assunto  III. Autor
CDD 611.018
CDU 613-03
ÍNDICE PARA CATÁLOGO SISTEMÁTICO
1.  Medicina: Sangue; Circulação sanguínea.
2.  Sangue: medicina.
Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário Pedro Anizio Gomes CRB-8 8846
Editora Sanar Ltda.
Rua Alceu Amoroso Lima, 172
Caminho das Árvores
Edf. Salvador Office e Pool, 3º andar.
CEP: 41820-770 – Salvador/BA
Telefone: 0800 337 6262
sanarsaude.com
atendimento@sanar.com
 
Sobre a leitura deste livro
O hemograma é um dos exames complementares mais solicitados da prática médica, tendo grande
relevância por apresentar um vislumbre do quadro do paciente, o que auxilia no diagnóstico mais
certeiro. A dificuldade de sua interpretação tem raiz ao nível da graduação, quando o contato dos
estudantes com os parâmetros hematimétricos é muito tímido. Isso afeta tanto o raciocínio clínico
quanto a compreensão das alterações do hemograma, importantes para elucidar a enfermidade do
paciente.
Sob essa perspectiva, foi lançado em 2015 a primeira edição desse livro, contendo 99 desafios
clínicos, acompanhados de hemogramas que, juntamente com o quadro apresentado pelo caso,
continham as peças para o entendimento completo da apresentação de cada paciente. Ao final de cada
caso, perguntas norteadoras direcionavam os vários aspectos para os quais se deve atentar, e as
respostas ao final apresentavam as resoluções para as perguntas, além de abordar as condutas
terapêuticas, de forma sucinta e clara.
Nessa nova edição, o relançamento do livro não se centra na mera adição de dois casos à edição
anterior, mas uma repaginação das respostas ao final do livro. Agora, a maioria das doenças são
abordadas de forma mais completa, resumindo os aspectos clínicos e fisiopatológicos das doenças,
além de falar sobre o diagnóstico e a terapia.
Pode-se falar que é um livro de abordagem abrangente, por não só conter casos que aprofundem a
Hematologia, mas também a Medicina Interna, de forma que instiga a curiosidade em procurar sobre as
doenças apresentadas.
Daniel Girão Britto
Graduando do Curso de Medicina da Universidade Estadual do Ceará
Membro da Liga de Oncologia e Hematologia da UECE
 
 
Dedico este livro à minha família, em especial às minhas duas filhas Raíssa e Ivna, espero que esta
minha conquista seja um exemplo para suas vidas futuramente. Além de agradecer aos meus amigos
sempre presentes e ao Prof. Dr. José Murilo de Carvalho Martins pelo início da minha formação em
Hematologia.
 
Siglas Usadas
ADC Anemia da doença crônica
AHAI Anemia hemolítica autoimune
AIJ Artrite idiopática juvenil
AINEs Anti-inflamatórios não esteroides
ALIP Atypical localization of immature progenitor cells
ALK Anaplastic lymphoma kinase
ALT Alanina aminotransferase
ANA Anticorpo antinuclear
Anti-CCP Antipeptídeo citrulinado cítrico
AR Artrite reumatoide
AST Aspartato aminotransferase
AVC Acidente vascular cerebral
AVCI Acidente vascular cerebral isquêmico
BMO Biópsia de medula óssea
CHCM Concentração de hemoglobina corpuscular média
CKMB Isoenzima MB da creatina quinase
CMV Citomegalovírus
CPCP Carcinoma de pequenas células de pulmão
CREST Calcinose, fenômeno de Raynaud, esofagopatia, esclerodactilia e telangiectasias
CTD Ciclofosfamida, talidomida, dexametasona
DHGNA Doença hepática gordurosa não alcoólica
DMARD Disease-modifying antirheumatic drugs
DPOC Doença pulmonar obstrutiva crônica
DRESS Drug rash/reaction with eosinophilia and systemic symptons
EAS Elementos anormais do sedimento
EBV Epstein-Barr virus
ECG Eletrocardiograma
ECO Ecocardiograma
EDTA Ácido etilenodiamino tetra acético
EGD Esofagogastroduodenoscopia
EGFR Epidermal growth factor receptor
EI Endocardite infecciosa
ES Esclerose sistêmica
FA Fosfatase alcalina
FAN Fator antinuclear
FR Fator reumatoide
GGT Gama glutamil transferase
H Valor de referência para homens
HAS Hipertensão arterial sistêmica
HbS Hemoglobina S
HCM Hemoglobina corpuscular média
HCV Vírus da hepatite C
HELLP Hemolysis, elevated liver enzyme levels, and low platelet levels
HPB Hiperplasia prostática benigna
HHV Human herpes virus
HLA Human leukocyte antigen
HPLC High performance liquid chromatography
HPN Hemoglobinúria paroxística noturna
HTLV Vírus T-linfotrópico humano
IAM Infarto agudo do miocárdio
ICC Insuficiência cardíaca congestiva
IgG Imunoglobulina G
IgM Imunoglobulina M
LCR Líquido cefalorraquidiano
LDH Lactato desidrogenase
LES Lupus eritematoso sistêmico
LFH Linfohistiocitose hemofagocítica
LLC Leucemia linfocítica crônica
LNH Linfoma não Hodgkin
LRA Lesão renal aguda
M Valor de referência para mulheres
MAT Microangiopatia trombótica
MMA Metaplasia mieloide agnogênica
MMII Membros inferiores
MMSS Membros superiores
MO Medula óssea
MV Murmúrio vesicular
MW Macroglobulinemia de Waldeström
PA Pressão arterial
PCR Proteína C reativa
PFC Plasma fresco congelado
PI Plaquetopenia imune
PSA Prostate-specific antigen
PSF Programa de Saúde da Família
PTI Púrpura trombocitopênica imune
PTT Púrpura trombocitopênica trombótica
RCD Rebordo costal direito
RCE Rebordo costal esquerdo
RDW Índice de anisocitose
RNA Ácido ribonucleico
SCA Síndrome coronariana aguda
SHU Síndrome hemolpitica urêmica
SIADH Síndrome da secreção inapropriada de hormônio antidiurético
SIDA Síndrome da imunodeficiência adquirida
SMD Síndrome mielodisplásica
SNC Sistema nervoso central
SUS Sistema Unificado de Saúde
SRIS Síndrome da resposta inflamatória sistêmica
TARV Terapia antirretroviral
TC Tomografia computadorizada
TCAR Tomografia computadorizada de alta resolução
TDF Tenofovir
TEP Tromboembolismo pulmonar
TGI Trato gastrointestinal
TEV Tromboembolismo venoso
THBD Trombomodulina
TMO Transplante de medula óssea
TP Tempo de protrombina
TSH Hormônio estimulador da tireoide
TTPA Tempo de protrombina ativada
UBS Unidade Básica de Saúde
UPA Unidade de Pronto Atendimento
USG Ultrassonografia
UTI Unidade de Terapia Intensiva
VCD Bortezomibe, ciclofosfamida, dexametasona
VCM Volume corpuscular médio
VD Ventrículo direito
VDRL Venereal Disease Research Laboratory
VHS Velocidade de hemossedimentação
VNI Ventilação não invasiva
VR Valor de referência
 
 
Homenagens
In Memoriam
Quando Dr. Herivaldo falou comigo sobre a ideia de fazer um livro de hemogramas, como um livro de
desafios e respostas, lá pelos idos de 2014, pensei, inicialmente, que seria uma tarefa quase impossível,
tendo em vista que ele desejava fazer mais de cem casos, com questões e explicações. Conseguimos
fazer junto com a Liga de Onco-Hematologia da Universidade Estadual do Ceará (LOUECE). Nos últimos
anos, lançamos mais alguns livros, tanto na área da Hematologia quanto na de antibioticoterapia.
Acompanhei Dr. Herivaldo por muitos anos, desde quando ainda estava no terceiro semestre do
curso de Medicina da UECE. Desde então, tenho acompanhado muitos de seus passos em sua rotina
frenética. O dia dele durava mais de 24 h certamente! Por entre todas as coisas que ele tinha de fazer,
dar aulas e preparar próximos livros foram umas das coisas que mais o causavam satisfação. Além de
um ótimo professor e mestre, um pai e esposo maravilhoso, um homem devotado ao bem de sua
família! Sempre ético e dedicado ao seu serviço, Dr. Herivaldo era sinônimo de trabalho.É com extremo pesar que temos de noticiar aos leitores dessa obra que o grande mestre dela partiu
do mundo humano; no entanto, devemos ressaltar que pessoas como ele não se firmam nos limites do
mortal, do “morrível”; Dr. Herivaldo é imortal! Imortal em nós que o conhecemos e em vocês que o leem
e o lerão, porque a obra dele será duradoura, quiçá eterna.
O que podemos dizer é apenas um singelo obrigado por tudo que aprendemos e tudo o que criamos
juntos ao senhor. Sua vida se eterniza em nossas mentes e nessas páginas que ora serão lidas.
Deivide de Sousa Oliveira
Homenagem póstuma ao Dr. Herivaldo Ferreira da Silva
À primeira vista, quando um aluno tivesse uma amostra de conhecimento do Dr. Herivaldo, fosse na
sala de aula da UECE, nas reuniões noturnas no HEMOCE, ou nos corredores do César Cals, era
perceptível a aura honrosa de grande intelectualidade, em sua calma e atrapalhada fala. Porém, no
pouco tempo de convivência, mesmo em um só encontro, ficavam claros os seus ensinamentos.
Ilustrava com todo cuidado as doenças do sangue, de forma acessível para aqueles que tiveram seu
primeiro contato da Hematologia com ele. Instigava bastante o conhecimento daqueles alunos que já
tinham certa base clínica, fazia pensar em diversas hipóteses, questionava todos seus aspectos. Não
havia erros quando se aprendia em cada explicação que ele dava para cada pensamento posto, sempre
demonstrava o que havia de mais relevante em cada caso.
Indo além do que muitos profissionais encaram como um trabalho técnico-científico, ele trazia em
questão a realidade do paciente, não dispensava as observações sobre a vida difícil do paciente. Intervia
com toda minúcia e zelo, lembrava cada um deles, ensinava a se ter empatia. Aliás, tinha consideração
com todos seus alunos, prezando por cada momento de aprendizado com eles. Dr. Herivaldo era sem
dúvidas equivalente à palavra competência, não somente por seu conhecimento, mas por sua atitude
cuidadora.
Apesar da grande saudade que ele deixa conosco, teremos sempre em mente um pouco do que nos
ensinou, especialmente ao caro leitor, que tem em suas mãos o livro do 101 Hemogramas, a
concretização do seu sonho de vida, se eternizando nessas páginas suas palavras. Era um incrível
professor, com grande amor ao seu trabalho, uma pessoa extraordinária. Só temos a agradecer tudo
que ele pôde compartilhar conosco, dos ensinamentos que ele deixou.
Liga de Oncologia e Hematologia da Universidade Estadual do Ceará
 
 
Coordenadores e autores
Herivaldo Ferreira da Silva
Doutor em Hematologia pela Universidade de Sāo Paulo. Professor de Semiologia e de Hematologia do
Curso de Medicina da Universidade Estadual do Ceará. Preceptor do Internato e da Residência Médica
do Hospital Geral César Cals de Oliveira. Médico do Serviço de Hematologia do Hospital Universitário
Walter Cantídio. Médico hematologista do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Estado do Ceará.
Deivide de Sousa Oliveira
Médico graduado pela Universidade Estadual do Ceará. Residência Médica em Clínica Médica do
Hospital Geral Dr. César Cals de Oliveira. Residência Médica em Hematologia e Hemoterapia do Hospital
Universitário Walter Cantídio - Universidade Federal do Ceará. Médico hematologista do Hospital Geral
Dr. César Cals de Oliveira.
Organizadores e autores
Daniel Girão Britto
Graduando do Curso de Medicina da Universidade Estadual do Ceará. Membro da Liga de Oncologia e
Hematologia da UECE.
Gabriel Moura Frota
Graduando do Curso de Medicina da Universidade Estadual do Ceará. Membro da Liga de Oncologia e
Hematologia da UECE.
Autores
Bruna Caroline de Freitas Borges
Graduanda do Curso de Medicina da Universidade Estadual do Ceará. Membro da Liga de Oncologia e
Hematologia da UECE.
Dalila Uchôa Sousa
Graduanda do Curso de Medicina da Universidade Estadual do Ceará. Membro da Liga de Oncologia e
Hematologia da UECE.
Edite Carvalho Machado
Graduanda do Curso de Medicina da Universidade Estadual do Ceará. Membro da Liga de Oncologia e
Hematologia da UECE.
Francisco Eliézio Tomaz Filho
Graduando do Curso de Medicina da Universidade Estadual do Ceará. Membro da Liga de Oncologia e
Hematologia da UECE.
Hannah Parente Auad 
Graduanda do Curso de Medicina da Universidade Estadual do Ceará. Membro da Liga de Oncologia e
Hematologia da UECE.
Isabelle Lima Pontes
Graduanda do Curso de Medicina da Universidade Estadual do Ceará. Membro da Liga de Oncologia e
Hematologia da UECE.
Lucas Rodrigues Gomes
Graduando do Curso de Medicina da Universidade Estadual do Ceará. Membro da Liga de Oncologia e
Hematologia da UECE
Natália Stefani de Assunção Ferreira
Graduanda do Curso de Medicina da Universidade Estadual do Ceará. Membro da Liga de Oncologia e
Hematologia da UECE.
Renato Soares Gadelha
Graduando do Curso de Medicina da Universidade Estadual do Ceará. Membro da Liga de Oncologia e
Hematologia da UECE.
Tereza Amanda Bezerra Batista
Graduanda do Curso de Medicina da Universidade Estadual do Ceará. Membro da Liga de Oncologia e
Hematologia da UECE.
 
 
Apresentação
A Liga de Oncologia e Hematologia da Universidade Estadual do Ceará (LOUECE) foi concebida em
2005, com o nome de Liga de Oncologia da UECE, sob a orientação do Professor Dr. Antônio Wilson
Vasconcelos, patologista e professor da UECE, falecido em 2015, deixando eternas lembranças aos
alunos. Eram desenvolvidas atividades de ensino, pesquisa e extensão em encontros e práticas no
Campus do Itaperi e no Instituto do Câncer do Ceará.
Com o falecimento de nosso orientador, tornou-se necessário alguém que alavancasse novamente as
atividades da liga, surgiu, então, como possibilidade o Dr. Herivaldo Ferreira da Silva, hematologista e
professor de Medicina da UECE. O convite  foi realizado para a orientação da liga, o qual foi aceito.
Assim, iniciou-se a inclusão do estudo da Hematologia às atividades da Liga.
Foram diversas mudanças, incluindo atividades de ensino e pesquisa nos espaços do Hospital Geral
César Cals de Oliveira e do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (HEMOCE). Desde então, o
Dr. Herivaldo nos acompanha com toda atenção e esmero, instigando nosso aprendizado à boa prática
humana e científica da Medicina.
Desde o princípio, em 2015, ele propôs o desafio de escrevermos um livro de interpretação clínica do
hemograma para acadêmicos e médicos, que viria a contar com a colaboração da Editora Sanar para o
lançamento nacional do livro “101 Hemogramas: Desafios Clínicos para o Médico”.  A produção de
grande aprendizado para os alunos, os quais escreveram os casos a partir de relatos verídicos,
elaborados e incrementados com o auxílio do Dr. Herivaldo em diversos encontros no HEMOCE. Não se
imaginava a repercussão que o livro teria no território nacional.
Dando continuidade à parceria com a Editora Sanar, fomos propostos a produzir mais outro livro de
grande relevância para a prática médica: “Mapas mentais em antibióticos”. O título aborda as
importantes questões das infecções pelos micro-organismos e a resistência aos antibióticos que eles
vêm desenvolvendo, sendo, então, esquematizado de forma a contextualizar cada um dos fármacos
mais utilizados atualmente, acompanhados de mapas mentais para consulta rápida.
Em mais uma produção junto à Editora Sanar, a LOUECE lançou o livro “Hemograma: um guia
prático”. O hemograma é o exame complementar mais requisitado na prática médica, e a abordagem
etiológica e diagnóstica sobre suas principais alterações e aspectos são de grande valia na apreciação
do exame. Essa ferramenta laboratorial tem grande relevância diagnóstica, bem como para controle
evolutivo e acompanhamento. Dessa forma, foram esquematizados figuras, quadros e fluxogramas, os
quais fornecem orientações rápidas e práticas aos estudantes e aos profissionais.
Contando agora com mais uma produção junto à Editora Sanar, a LOUECE apresenta a segunda
edição do livro “101 Casos em Hemogramas: Desafios Clínicos para o Médico”. Em virtude da grande
repercussão nacional da primeira edição, a LOUECE traz agora uma abordagem maiscompleta e
detalhada dos temas contidos na primeira edição do livro, enfatizando os aspectos clínicos e
fisiopatológicos das doenças.
Esse projeto é um  trabalho conjunto da LOUECE com seus orientadores, Dr. Herivaldo Ferreira da
Silva e Dr. Deivide de Sousa Oliveira. Ainda, teve a contribuição de alunos dos mais variados semestres
do curso de Medicina da UECE, e é imensurável a aprendizagem que os alunos tiveram nesse decorrer. .
Liga de Oncologia e Hematologia da UECE
 
 
 
Prefácio da 1ª edição
Existem poucos livros sobre a abordagem clínica do hemograma, e esse assunto não é devidamente
discutido na graduação. Durante o internato e a residência médica, várias gerações entram em diversos
serviços hospitalares com as mesmas dificuldades na interpretação clínica do hemograma e ainda com
muitos dos vícios da graduação: anemia microcítica é sinônimo de carência de ferro; macrocítica é
carência de B12 ou de folato ou dos dois; leucocitose ou é curada por algum antibiótico ou é uma
leucemia; eosinofilia é igual à alergia ou a alguma parasitose; plaquetopenia é indicação de
corticoterapia; pancitopenia é indicação irrevogável de mielograma e, às vezes, até biópsia de medula
óssea; dependendo do seu valor, citopenias indicam inquestionável suporte hemoterápico. Anemia,
leucocitose, eosinofilia, plaquetopenia e pancitopenia não são doenças, mas sim síndromes clínicas,
guardiãs de numerosos diagnósticos!
Muitos médicos creem que a história clínica e os exames simples tornaram-se obsoletos pela
revolução dos exames de ponta em imunologia, em citogenética, em biologia molecular e em
radiologia. A verdade é que, mesmo com o avanço exponencial da Medicina, a arte do diagnóstico
mantém-se a mesma desde tempos imemoriais. Os autores deste livro almejam que o leitor saiba aliar a
história clínica detalhada com as vantagens que a interpretação do hemograma pode proporcionar. Em
julho de 2015, a fase final da confecção desta obra se iniciou no Campus Itaperi, da Universidade
Estadual do Ceará (UECE), a partir da realização de um evento denominado “Interpretação Clínica do
Hemograma” junto com a Liga e com outros profissionais da área médica. A partir daí, foram estudados
98 casos reais oriundos de pacientes do Hospital Geral Dr. César Cals de Oliveira, do Hospital
Universitário Walter Cantídio e do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Estado do Ceará, aos quais
você terá acesso nas próximas páginas.
No transcorrer de um ano, vi a evolução de meus alunos colaboradores na abordagem dos casos
aqui relacionados, e você, caro leitor, também poderá desfrutar dessa experiência ao ler o livro. Espero
que, no final da última página, qualquer leitor seja capaz de perceber o quão mágico e inspirador pode
ser se deparar com todas as possibilidades que um simples hemograma pode ensejar.
Desenvolver este material não seria possível sem a colaboração de todos. Uma boa leitura!
Herivaldo Ferreira da Silva
Doutor em Hematologia pela Universidade de Sāo Paulo
Professor de Semiologia e de Hematologia do Curso de Medicina da Universidade Estadual do Ceará
Preceptor do Internato e da Residência Médica do Hospital Geral Dr. César Cals de Oliveira
Médico do Serviço de Hematologia do Hospital Universitário Walter Cantídio- Universidade Federal do
Ceará
Médico hematologista do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Estado do Ceará
 
Prefácio da 2ª edição
É com grande satisfação que o orientador, o colaborador e os membros da Liga de Oncologia e
Hematologia da Universidade Estadual do Ceará (LOUECE) apresentam a segunda edição do livro “101
Casos em Hemogramas: Desafios Clínicos Para o Médico.”
O texto redigido na segunda edição foi exaustivamente revisado, as respostas dos casos tiveram seus
devidos acréscimos, com o intuito de ampliar a discussão clínica das doenças apresentadas. Todos os
autores e colaboradores dedicaram a seus textos muita seriedade e competência.
Os casos clínicos e suas respostas de cada caso foram revistos para torná-los mais claros. Além disso,
houve a adição de mais dois novos: “O estranho caso da mulher de sangue azul” e “Retrospectiva”. A
primeira edição tornou uma tarefa árdua em uma agradável leitura e a segunda edição está ainda
melhor, enriquecendo o aprendizado.
Acreditamos que a segunda edição deste livro seja útil a todos os estudantes da área de saúde e aos
médicos, que fizeram sua formação especializada, mas não podem esquecer a medicina como um todo,
ampliando e modernizando continuamente seus conhecimentos.
A segunda edição não seria possível sem a colaboração de todos e da Editora Sanar, mais um
resultado de todo o trabalho em conjunto. Nós agradecemos à editora pela ideia em melhorar o
conteúdo dessa nova edição. Uma boa leitura!
Herivaldo Ferreira da Silva
Doutor em Hematologia pela Universidade de Sāo Paulo
Professor de Semiologia e de Hematologia do Curso de Medicina da Universidade Estadual do Ceará
Preceptor do Internato e da Residência Médica do Hospital Geral Dr. César Cals de Oliveira
Médico do Serviço de Hematologia do Hospital Universitário Walter Cantídio- Universidade Federal do
Ceará
Médico hematologista do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Estado do Ceará
Hemograma | Caso 1
O mal do interno
Apresentação do caso clínico
Interno de Medicina, 24 anos, procurou preceptor com queixa de não conseguir estudar à noite por
dificuldade de concentração e, às vezes, sonolência. Há cinco anos, alterou dieta por opção familiar, não
fazendo ingestão de carne vermelha. Antecedentes: sem história prévia de sangramento evidente,
negou tabagismo, etilismo, uso de medicamentos e de drogas ilícitas. O estudante não referia
alterações do hábito intestinal e do apetite. Ao exame físico, apresentava apenas discreta palidez.
QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO
1. Quais as principais alterações encontradas no hemograma?
2. Com os dados clínicos acima e as alterações do hemograma, que hipóteses diagnósticas
devem ser lembradas?
3. Paciente com LDH e contagem de reticulócitos normais. Diante disso, que exames devem
ser solicitados para esclarecimento diagnóstico da anemia?
4. Qual abordagem terapêutica deve ser instituída?
Eritrograma
Hemácias 5,6 milhões/mm³
Hemoglobina 12,1 g/dL
Hematócrito 39,4 %
VCM 70,3 fL
HCM 21,7 pg
CHCM 30,8 g/dL
RDW 14,8 %
Leucograma
  % /mm³
Leucócitos   6100
Neutrófilos 67 4087
Promielócitos 0 0
Mielócitos 0 0
Metamielócitos 0 0
Bastões 2 122
Segmentados 65 3965
Eosinófilos 1 61
Basófilos 1 61
Linfócitos 22 1342
Monócitos 9 549
Blastos 0 0
Plaquetograma
Plaquetas 241800 /mm³
Obs.: MICROCITOSE. HIPOCROMIA.NEUTRÓFILOS SEM SINAIS DEGENERATIVOS. LINFÓCITOS SEM ATIPIA.
 
 
 
Hemograma | Caso 2
Do corte às plaquetas
Apresentação do caso clínico
Mulher, 36 anos, com diagnóstico de plaquetopenia imune há três anos. Realizou vários exames
laboratoriais; afastou-se LES e SAF. Abordagens terapêuticas já realizadas: corticosteroides,
imunoglobulina humana, azatioprina, vincristina e dapsona. A paciente não adquiriu perfil cirúrgico
adequadamente. Após transfusões de plaquetas e otimização da imunossupressão, uma conduta
terapêutica foi realizada.
QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO
1. Que medida terapêutica foi realizada?
2. Que achado no hemograma pode se esperar do paciente que realizou a medida
terapêutica da questão 1?
3. Antes da medida terapêutica da questão 1, o paciente deve realizar imunização para que
agentes infecciosos?
Eritrograma
Hemácias 3,4 milhões/mm³
Hemoglobina 10,8 g/dL
Hematócrito 30,9 %
VCM 89,7 fL
HCM 31,4 pg
CHCM 35,0 g/dL
RDW 14,8 %
Leucograma
  % /mm³
Leucócitos   8950
Neutrófilos 52 4654
Promielócitos 0 0
Mielócitos 0 0
Metamielócitos 0 0
Bastões 0 0
Segmentados 52 4654
Eosinófilos 5 447
Basófilos 2 179
Linfócitos 30 2686
Monócitos 11 984
Blastos 0 0
Plaquetograma
Plaquetas 14600 /mm³
Obs.:
DISCRETA POLICROMASIA, PRESENÇA DE MACRÓCITOS,
CORPÚSCULOS DE HOWELL-JOLLY, PONTILHADO BASOFÍLICO,
PRESENÇA DE MACROPLAQUETAS.
 
 
Hemograma | Caso 3
Três vacinas paratrês sinais
Apresentação do caso clínico
Mulher, 24 anos, há quatro dias referia cefaleia holocraniana de moderada intensidade, associada a
náuseas, vômitos persistentes e febre (38,5ºC), sem calafrios. Fez o uso de analgésicos, antitérmicos e
antieméticos, mas sem melhora. Ao exame físico, apresentava-se orientada, com semblante de dor,
taquipneica, afebril, anictérica e pálida (+1/+4). Neurológico: paciente orientada no tempo e no espaço e
com sinais de irritação meníngea (sinais de Brudzinski, Kernig e Lasègue positivos).
QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO
1. Quais são as alterações no hemograma da paciente?
2. Qual a principal hipótese diagnóstica?
3. Que exames confirmariam o diagnóstico?
Eritrograma
Hemácias 3,5 milhões/mm³
Hemoglobina 10,9 g/dL
Hematócrito 32,8 %
VCM 92,9 fL
HCM 30,8 pg
CHCM 33,2 g/dL
RDW 14,1 %
Leucograma
  % /mm³
Leucócitos   16200
Neutrófilos 82 13284
Promielócitos 0 0
Mielócitos 0 0
Metamielócitos 0 0
Bastões 1 162
Segmentados 81 13122
Eosinófilos 1 162
Basófilos 0 0
Linfócitos 8 1296
Monócitos 9 1458
Blastos 0 0
Plaquetograma
Plaquetas 377000 /mm³
Obs.: ANISOCROMIA.LINFÓCITOS SEM ATIPIAS.
Hemograma | Caso 4
O estranho caso do Sr. Addison Biermer
Apresentação do caso clínico
Homem, 90 anos, comerciante aposentado, branco, há dois meses com adinamia progressiva,
parestesia de membros inferiores e perda de peso de 2,0 kg nesse mesmo período, motivos pelos quais
procurou a UPA. Realizou hemograma que revelou alterações, sendo encaminhado a um centro de
referência em Hematologia. Negou tabagismo e etilismo. Ao exame físico, apresentava palidez (+2/+4) e
icterícia (+1/+4). Exames complementares: Bilirrubina total: 3,2mg/dL (BD=1,1 e BI=2,1). T4 livre e TSH
normais. LDH=1.208 U/L.
QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO
1. Quais as alterações do hemograma?
2. Quais as principais hipóteses diagnósticas?
3. Que outros exames complementares seriam úteis para a confirmação diagnóstica, sabendo
que a dosagem sérica de B12 está reduzida?
Eritrograma
Hemácias 1,7 milhões/mm³
Hemoglobina 6,1 g/dL
Hematócrito 19,5 %
VCM 109,1 fL
HCM 34,4 pg
CHCM 31,5 g/dL
RDW 25,5 %
Leucograma
  % /mm³
Leucócitos   2820
Neutrófilos 34,2 964
Promielócitos 0 0
Mielócitos 0 0
Metamielócitos 0 0
Bastões 0 0
Segmentados 34,2 964
Eosinófilos 2,0 56
Basófilos 0,5 14
Linfócitos 60,2 1699
Monócitos 3,1 87
Plaquetograma
Plaquetas 76000 /mm³
Obs.:
HEMÁCIAS MACROCÍTICAS: 34,1%. 
HEMÁCIAS MICROCÍTICAS: 7,1%. 
HEMÁCIAS HIPOCROMICAS: 8,6%. 
ANISOCITOSE. ANISOCROMIA. POIQUILOCITOSE.
Hemograma | Caso 5
Algo a sempre se pensar
Apresentação do caso clínico
Homem, 43 anos, procurou a Emergência por apresentar dor abdominal
difusa, sem náuseas e vômitos, há aproximadamente 12 horas. Ao exame físico,
apresentava sinais de irritação peritoneal.
QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO
1. Quais as principais alterações do hemograma?
2. Estamos diante de um quadro de abdome agudo: que hipóteses
diagnósticas podemos formular?
3. Nas últimas três horas, paciente relata que a dor migrou para o
quadrante inferior direito do abdome. Foi realizado USG abdominal
que confirmou a principal hipótese diagnóstica. Qual a etiologia mais
provável do abdome agudo desse paciente?
Eritrograma
Hemácias 5,2 milhões/mm³
Hemoglobina 15,3 g/dL
Hematócrito 45,9 %
VCM 87,8 fL
HCM 29,3 pg
CHCM 33,3 g/dL
RDW 12,6 %
Leucograma
% /mm³
Leucócitos 16880
Neutrófilos 90 15192
Promielócitos 0 0
Mielócitos 0 0
Metamielócitos 0 0
Bastões 2 338
Segmentados 88 14854
Eosinófilos 0 0
Basófilos 0 0
Linfócitos 6 1013
Monócitos 4 675
Blastos 0 0
Plaquetograma
Plaquetas 279000 /mm³
Obs.: HEMÁCIAS MORFOLOGICAMENTE NORMAIS.
Hemograma | Caso 6
Águas paradas não movem moinhos
Apresentação do caso clínico
Homem, 45 anos, com febre, adinamia, mialgia, exantema maculopapular e
retrorbitalgia bilateral há seis dias. Negou artralgia. Relatou morar perto de
terreno abandonado.
QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO
1. Quais as alterações do hemograma?
2. Qual a possível etiologia associada à atipia linfocitária identificada à
hematoscopia?
3. Cite três possíveis agentes etiológicos.
Leucograma
Hemácias 5,1 milhões/mm³
Hemoglobina 15,2 g/dL
Hematócrito 42,8 %
VCM 83,7 fL
HCM 29,7 pg
CHCM 35,5 g/dL
RDW 12,2 %
% /mm³
Leucócitos 2700
Neutrófilos 44 1188
Promielócitos 0 0
Mielócitos 0 0
Metamielócitos 0 0
Bastões 10 270
Segmentados 34 918
Eosinófilos 4 108
Basófilos 0 0
Linfócitos 44 1188
Monócitos 8 216
Blastos 0 0
Plaquetograma
Plaquetas 21000 /mm³
Obs.: HEMÁCIAS NORMOCÍTICAS E NORMOCRÔMICAS. PRESENÇA
DE 15% DE LINFÓCITOS COM ATIPIAS.
Hemograma | Caso 7
Entre perdas e ganhos
Apresentação do caso clínico
Mulher, 42 anos, encaminhada ao serviço de Hematologia por anemia.
Relatava palidez, astenia progressiva e episódios de hematoquezia. Negou
alterações de apetite e peso. Referiu fluxo menstrual normal. Ao exame físico,
apresentava sinais vitais normais, palidez acentuada e escleras azuladas.
QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO
1. Quais as alterações do hemograma?
2. Que hipóteses diagnósticas devem ser lembradas?
3. Que exames devem ser realizados para confirmação de anemia
ferropriva?
4. Qual a etiologia da anemia ferropriva e qual exame a confirmaria?
Eritrograma
Hemácias 4,3 milhões/mm³
Hemoglobina 6,5 g/dL
Hematócrito 23,2 %
VCM 53,2 fL
HCM 15 pg
CHCM 28,1 g/dL
RDW 21,4 %
Leucograma
% /mm³
Leucócitos 7600
Neutrófilos 66,7 5069
Promielócitos 0 0
Mielócitos 0 0
Metamielócitos 0 0
Bastões 0 0
Segmentados 66,7 5069
Eosinófilos 2,0   152
Basófilos 0,3 22
Linfócitos 20,1 1527
Monócitos 10,9 828
Blastos 0 0
Plaquetograma
Plaquetas 445000 /mm³
Obs.: ANISOCITOSE. MICROCITOSE. HIPOCROMIA.
POIQUILOCITOSE.
Hemograma | Caso 8
Mega dieta
Apresentação do caso clínico
Mulher, 62 anos, há cinco meses com história de náuseas, vômitos, hiporexia,
perda de peso (11,0 kg em cinco meses) e astenia progressiva. Referia ainda dor
na língua que se exacerbava ao se alimentar e episódios de “garganta apertada”.
Antecedentes: transfusão de sangue com dois concentrados de hemácias há
dois meses. Fez dieta isenta de carne por oito anos. Ao exame físico,
apresentava-se com moderada palidez.
QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO
1. Quais são as alterações do hemograma?
2. Que hipóteses diagnósticas podem ser lembradas?
3. Que exames laboratoriais ou complementares devem ser solicitados
para esclarecimento diagnóstico?
4. Qual achado à hematoscopia é bastante sugestivo do diagnóstico da
paciente?
Eritrograma
Hemácias 2,0 milhões/mm³
Hemoglobina 7,8 g/dL
Hematócrito 21,4 %
VCM 105,4 fL
HCM 38,4 pg
CHCM 36,4 g/dL
RDW 31,2 %
Leucograma
% /mm³
Leucócitos 3910
Neutrófilos 69,7 2725
Promielócitos 0 0
Mielócitos 0 0
Metamielócitos 0 0
Bastões 0 0
Segmentados 69,7 2725
Eosinófilos 2,5 97
Basófilos 0,2 7
Linfócitos 26,2 1027
Monócitos 1,4 54
Plaquetograma
Plaquetas 199000 /mm³
Obs.:
HEMÁCIAS MACROCÍTICAS: 30,4%.
HEMÁCIAS MICROCÍTICAS: 5,1%.
ANISOCITOSE. ANISOCROMIA. POIQUILOCITOSE.
PRESENÇA DE NEUTRÓFILOS HIPERSEGMENTADOS.
Hemograma | Caso 9
Idosa dengosa
Apresentação do caso clínico
Mulher, 77 anos, há sete dias com febre (38,5°C) e episódios de calafrios
esporádicos, mialgia, artralgia, cefaleia frontal e adinamia. Antecedentes: HAS,
DM2 e DPOC. Ao exame físico, encontrava-se orientada, eupneica, afebril
(36,0°C), acianótica, anictérica e corada. Extremidades: petéquias em membros
inferiores.
QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO
1. Quais são as alterações do hemograma?
2. Diante dos achados clínicos e do hemograma, que hipóteses
diagnósticas devem ser levantadas?
3. Que exames são necessários para o diagnóstico definitivo?
 
 
Eritrograma
Hemácias 4,4 milhões/mm³
Hemoglobina 12,4 g/dL
Hematócrito 39,3 %
VCM 89,4 fL
HCM 28,2 pg
CHCM 31,4 g/dL
RDW 14,7 %
Leucograma
% /mm³
Leucócitos 7000
Neutrófilos 40 2800
Promielócitos 0 0
Mielócitos 0 0
Metamielócitos 0 0
Bastões 1 70
Segmentados 39 2730
Eosinófilos3 210
Basófilos 0 0
Linfócitos Típicos 38 2660
Linfócitos Atípicos 15 1050
Monócitos 4 280
Plaquetograma
Plaquetas 59000 /mm³
Obs.: HEMÁCIAS NORMOCÍTICAS E NORMOCRÔMICAS.
Hemograma | Caso 10
Tem infecção?
Apresentação do caso clínico
Homem, 28 anos, encaminhado ao serviço de Hematologia para tratamento
de leucemia linfoide aguda T. Sorologias, inclusive para HTLV-I/II, não reagentes.
Paciente realizou quimioterapia, evoluindo com melhora clínica nos dois ciclos
iniciais. Não apresentava história pregressa relevante.
QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO
1. Comente as alterações do hemograma.
2. Justifique a importância da pesquisa de HTLV neste paciente.
3. Qual medicamento utilizado em protocolos de quimioterapia para
diminuir o tempo de neutropenia pode explicar os achados do
leucograma?
Eritrograma
Hemácias 3,3 milhões/mm³
Hemoglobina 9,0 g/dL
Hematócrito 26,3 %
VCM 79,8 fL
HCM 27,3 pg
CHCM 34,2 g/dL
RDW 13,5 %
Leucograma
% /mm³
Leucócitos 15530
Neutrófilos 85 12424
Promielócitos 5 776
Mielócitos 9 1397
Metamielócitos 15 2329
Bastões 23 3571
Segmentados 33 5124
Eosinófilos 0 0
Basófilos 0 0
Linfócitos 7 1091
Monócitos 8 1242
Blastos 0 0
Plaquetograma
Plaquetas 91390 /mm³
Obs.:
HEMÁCIAS EM ROULEAUX. ANISOCROMIA. POIQUILOCITOSE
EOSINÓFILOS EXTRACONTAGEM GRANULAÇÕES TÓXICAS NA
MAIORIA DOS NEUTRÓFILOS.
 
Hemograma | Caso 11
Foi-se o tempo
Apresentação do caso clínico
Jovem, 21 anos, apresentava dor abdominal difusa intensa, febre sem
calafrios, astenia e icterícia. Realizou exames que revelaram leucocitose,
aumento de bilirrubina indireta e colelitíase, sendo levantada a hipótese de
anemia hemolítica e infecção de sítio indeterminado. Nesse período, fez uso de
ampicilina-sulbactam por sete dias, obtendo melhora clínica. Antecedentes:
primos maternos com história de anemia de etiologia não esclarecida. Ao exame
físico, apresentava-se ictérica (+1/+4) e pálida (+2/+4). Exames: curva de
fragilidade osmótica da hemoglobina e dosagem de glicose-6-fosfato-
desidrogenase normais.
QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO
1. Quais as alterações do hemograma?
2. Com os achados clínicos e as alterações do hemograma, qual a
principal hemoglobinopatia a ser lembrada?
3. Que exame laboratorial confirmaria o diagnóstico etiológico da
anemia hemolítica?
4. Como explicar a dor abdominal difusa do paciente?
5. Como explicar a trombocitose do paciente?
Eritrograma
Hemácias 2,5 milhões/mm³
Hemoglobina 8,1 g/dL
Hematócrito 23,8 %
VCM 92,7 fL
HCM 31,8 pg
CHCM 34,3 g/dL
RDW 15,7 %
Leucograma
% /mm³
Leucócitos 22520
Neutrófilos 76 17115
Promielócitos 0 0
Mielócitos 0 0
Metamielócitos 0 0
Bastões 2 450
Segmentados 74 16664
Eosinófilos 2 450
Basófilos 1 225
Linfócitos 15 3380
Monócitos 6 1351
Blastos 0 0
Plaquetograma
Plaquetas 602000 /mm³
VHS 0,4 mm/h
Contagem de Reticulócitos
% /mm³
7,3 182500
Obs.:
ANISOCITOSE. ANISOCROMIA. POLICROMASIA. 
PRESENÇA DE DREPANÓCITOS E DE HEMÁCIAS EM
ALVO. 
PRESENÇA DE 3 ERITROBLASTOS EM 100
LEUCÓCITOS.
 
Hemograma | Caso 12
Artralgia não reumatológica
Apresentação do caso clínico
Homem, 22 anos, negro, com história de palidez progressiva e episódios de
icterícia desde a infância. Relatou crises álgicas em grandes e médias
articulações. Antecedentes: episódios frequentes de infecções respiratórias,
apesar da vacinação em dia. Exame físico: ictérico (+2/+4) e pálido (+2/+4).
Traube timpânico.
QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO
1. Quais as alterações no hemograma?
2. Diante da história clínica pretérita, trata-se de uma afecção adquirida
ou congênita?
3. Qual exame laboratorial e achado à hematoscopia levanta a hipótese
de células imaturas eritrocitárias no sangue periférico?
4. De acordo com as respostas das questões 1 e 2, qual exame
laboratorial confirma o diagnóstico?
5. A presença de trombocitose em um paciente adulto com provável
hemólise nos leva a pensar em um tipo específico de
hemoglobinopatia. Cite-a.
Eritrograma
Hemácias 3,1 milhões/mm³
Hemoglobina 10,8 g/dL
Hematócrito 31,9 %
VCM 101,9 fL
HCM 34,6 pg
CHCM 34,0 g/dL
RDW 22,6 %
Leucograma
% /mm³
Leucócitos 10820
Neutrófilos 66,1 7150
Promielócitos 0 0
Mielócitos 0 0
Metamielócitos 0 0
Bastões 0 0
Segmentados 66,1 7150
Eosinófilos 1,7 180
Basófilos 0,8 90
Linfócitos 23,1 2500
Monócitos 8,2 890
Blastos 0 0
Plaquetograma
Plaquetas 652000 /mm³
Contagem de Reticulócitos
% /mm³
25,5 790500
Obs.:
ANISOCITOSE. ANISOCROMIA. POLICROMASIA.
DREPANÓCITOS. HEMÁCIAS MICROCÍTICAS: 3,4%. 
HEMÁCIAS HIPOCRÔMICAS: 8,7%. PRESENÇA DE 3
ERITROBLASTOS ORTOCROMÁTICOS EM 100
LEUCÓCITOS.
AUSÊNCIA DE GRANULAÇÕES TÓXICAS NOS
NEUTRÓFILOS.
 
Hemograma | Caso 13
Um jovem carente
Apresentação do caso clínico
Homem, 22 anos, internado para investigação de bicitopenia. Relatava
astenia progressiva, adinamia, plenitude gástrica e episódios diarreicos. Ao
exame físico, mostrou-se anictérico, pálido, com glossite.
QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO
1. Quais os achados do hemograma?
2. Os exames laboratoriais demonstraram LDH 4000 U/L, Coombs direto
não reagente e contagem de reticulócitos normal. À hematoscopia,
houve presença de neutrófilos hipersegmentados. Qual o diagnóstico
mais provável?
Eritrograma
Hemácias 1,9 milhões/mm³
Hemoglobina 7,4 g/dL
Hematócrito 22,3 %
VCM 117,4 fL
HCM 38,9 pg
CHCM 33,2 g/dL
RDW 23,3 %
Leucograma
% /mm³
Leucócitos 2190
Neutrófilos 32,7 716
Promielócitos 0 0
Mielócitos 0 0
Metamielócitos 0 0
Bastões 0 0
Segmentados 32,7 716
Eosinófilos 0,1 17
Basófilos 0,7 15
Linfócitos 63,2 1386
Monócitos 2,3 56
Blastos 0 0
Plaquetograma
Plaquetas 126000 /mm³
Obs.:
HEMÁCIAS ANISOCÍTICAS. HIPOCRÔMICAS
MACROCÍTICAS. POIQUILOCITOSE.
AUSÊNCIA DE DESGRANULAÇÃO LEUCOCITÁRIA.
Hemograma | Caso 14
Cinderela do abdome
Apresentação do caso clínico
Homem, 34 anos, hipertenso, diabético (DM2), colecistectomizado há um
ano. Há dois dias evoluindo com náuseas, vômitos incoercíveis, dor difusa em
andar superior do abdome com irradiação para dorso e febre. Já havia
apresentado episódio clínico semelhante por 10 vezes ao longo de três anos.
Negou etilismo e tabagismo. Ao exame físico, apresentava-se eupneico, afebril,
ictérico (+1/+4) e com sinais vitais normais.
QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO
1. De acordo com o quadro clínico e o hemograma, quais os principais
diagnósticos diferenciais?
2. Quais os exames necessários para elucidar o diagnóstico? 
Eritrograma
Hemácias 6,0 milhões/mm³
Hemoglobina 16,2 g/dL
Hematócrito 48,1 %
VCM 80,0 fL
HCM 26,9 pg
CHCM 36,6 g/dL
RDW 13,3 %
Leucograma
% /mm³
Leucócitos 20400
Neutrófilos 85 17340
Promielócitos 0 0
Mielócitos 0 0
Metamielócitos 0 0
Bastões 1 204
Segmentados 84 17136
Eosinófilos 0 0
Basófilos 0 0
Linfócitos 8 1632
Monócitos 7 1428
Blastos 0 0
Plaquetograma
Plaquetas 318000 /mm³
Obs.:
HEMÁCIAS NORMOCÍTICAS E NORMOCRÔMICAS.
LINFÓCITOS SEM ATIPIAS.
 
Hemograma | Caso 15
Uma família premiada
Apresentação do caso clínico
Mulher, 60 anos, procurou o Centro de Saúde referindo palidez e episódios de
icterícia desde a infância. Realizou hemograma que revelou anemia, sendo
encaminhada ao serviço de Hematologia da região. Antecedentes: relatava
história de esplenectomia e colecistectomia precoces na família. Ao exame físico,
apresentava-se orientada, eupneica, afebril, ictérica (+1/+4) e pálida. Abdome:
plano, flácido, indolor à palpação superficial e profunda. Discreta
hepatomegalia. Baço palpável a 3,0 cm abaixo do RCE. Traube maciço. No
serviço de referência, realizou novo hemograma e teste de Coombs, o qual foi
negativo.
QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO
1. Comente os exames e o tipo de anemia.
2. Entre as anemias hemolíticas hereditárias e adquiridas, qual é a mais
provável? Por quê?
3. Para confirmar a hipótese de esferocitose hereditária, que exame
deve ser solicitado?
Eritrograma
Hemácias 2,4 milhões/mm³
Hemoglobina 7,6 g/dL
Hematócrito 20,1 %
VCM 81,9 fL
HCM 31,0 pg
CHCM 37,8 g/dL
RDW 23,7 %
Leucograma
% /mm³Leucócitos 15110
Neutrófilos 80 12088
Promielócitos 0 0
Mielócitos 0 0
Metamielócitos 3 453
Bastões 7 1057
Segmentados 70 10577
Eosinófilos 1 151
Basófilos 0 0
Linfócitos 15 2268
Monócitos 4 604
Blastos 0 0
Plaquetograma
Plaquetas 202700 /mm³
Contagem de Reticulócitos
% /mm³
9,5 228000
Obs.:
PRESENÇA DE ESFERÓCITOS. ANISOCITOSE.
POLICROMASIA E POIQUILOCITOSE. PRESENÇA DE 4
ERITROBLASTOS EM 100 LEUCÓCITOS.
Hemograma | Caso 16
Da Geriatria à Hematologia
Apresentação do caso clínico
Mulher, 86 anos, encaminhada da Geriatria para o ambulatório de Hematologia devido à alteração no
hemograma. Negou outras queixas constitucionais importantes. Possuía antecedente de esplenectomia
e avó natural de Portugal.
QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO
1. Que alterações podem ser encontradas no hemograma?
2. Quais as principais hipóteses diagnósticas?
3. Quais os principais exames laboratoriais para confirmar o diagnóstico?
Leucograma
Hemácias 5,7 milhões/mm³
Hemoglobina 11,9 g/dL
Hematócrito 34,9 %
VCM 61,2 fL
HCM 20,8 pg
CHCM 34,0 g/dL
RDW 15,9 %
  % /mm³
Leucócitos   8400
Neutrófilos 53 4452
Promielócitos 0 0
Mielócitos 0 0
Metamielócitos 0 0
Bastões 1 84
Segmentados 52 4368
Eosinófilos 4 336
Basófilos 1 84
Linfócitos 32 2688
Monócitos 10 840
Blastos 0 0
Plaquetograma
Plaquetas 200000 /mm³
Contagem de Reticulócitos
% /mm³
2,3 131100
Obs.: ANISOCITOSE. ANISOCROMIA. MICROCITOSE. POIQUILOCITOSE.HEMÁCIAS EM ALVO. LINFÓCITOS SEM ATIPIAS.
Hemograma | Caso 17
Cadê minha virose?
Apresentação do caso clínico
Mulher, 69 anos, advogada, há sete dias com febre (38,9oC), calafrios,
hiporexia, mialgia, astenia e episódios de diarreia aquosa sem sangue e sem
muco. Ao exame físico, apresentava-se febril (38,2oC) e levemente desidratada.
Não apresentava linfadenomegalias palpáveis. Pele: exantema maculopapular
disseminado em troncos, MMSS e MMII.
QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO
1. Quais as alterações do hemograma?
2. Diante dos achados clínicos, das alterações do hemograma e da
hematoscopia, pode-se pensar em dengue? Por quê?
3. Que outras duas etiologias virais devem ser lembradas?
Eritrograma
Hemácias 4,3 milhões/mm³
Hemoglobina 12,7 g/dL
Hematócrito 36,4 %
VCM 84,3 fL
HCM 29,3 pg
CHCM 34,8 g/dL
RDW 14,1 %
Leucograma
% /mm³
Leucócitos 11800
Neutrófilos 36 4248
Promielócitos 0 0
Mielócitos 0 0
Metamielócitos 0 0
Bastões 6 708
Segmentados 30 3540
Eosinófilos 0 0
Basófilos 0 0
Linfócitos 59 6962
Monócitos 5 590
Blastos 0 0
Plaquetograma
Plaquetas 22000 /mm³
Obs.:
HEMÁCIAS NORMOCÍTICAS E NORMOCRÔMICAS.
LINFÓCITOS ATÍPICOS EM TORNO DE 28%. 
AUSÊNCIA DE GRANULAÇÕES TÓXICAS NOS
NEUTRÓFILOS.
Hemograma | Caso 18
Perna ansiosa
Apresentação do caso clínico
Homem, 54 anos, branco, referia dor progressiva em MMII há dois anos,
acompanhada de “inquietude”. Apresentava ainda palidez, astenia, diminuição
do apetite e perda de peso nos últimos seis meses. História de etilismo desde os
19 anos de idade. Exame físico: taquidispneico, taquicárdico, ictérico (+1/+4) e
pálido (+4/+4). Língua despapilada e queilite angular bilateral. À ausculta
cardíaca, sopro sistólico pancardíaco (+1/+6).
QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO
1. Quais as principais alterações do hemograma?
2. Quais os possíveis diagnósticos diferenciais de macrocitose?
3. Que exames confirmariam a principal hipótese diagnóstica?
Eritrograma
Hemácias 1,6 milhões/mm³
Hemoglobina 5,9 g/dL
Hematócrito 16,0 %
VCM 95,1 fL
HCM 34,9 pg
CHCM 36,7 g/dL
RDW 30,5 %
Leucograma
% /mm³
Leucócitos 2996
Neutrófilos 67 1947
Promielócitos 2 59
Mielócitos 2 59
Metamielócitos 4 119
Bastões 8 239
Segmentados 51 1527
Eosinófilos 0 0
Basófilos 0 0
Linfócitos 31 934
Monócitos 2 59
Blastos 0 0
Plaquetograma
Plaquetas 76770 /mm³
Obs.:
PRESENÇA DE 4 ERITROBLASTOS EM 100
LEUCÓCITOS. POLICROMASIA. MACRÓCITOS.
MICRÓCITOS. RAROS LINFÓCITOS ATÍPICOS.
PRESENÇA DE PONTILHADO BASÓFILICO. 
EOSINÓFILOS EXTRA CONTAGEM.
Hemograma | Caso 19
Assim como o vinho
Apresentação do caso clínico
Homem, 82 anos, referia perda de peso (5,0 kg nos últimos 30 dias). Há três
semanas, sentia dor na região lombossacra de moderada intensidade e
diminuição da diurese, com piora da dor nos últimos três dias. Procurou
odontólogo por apresentar lesão oral, sendo solicitado hemograma, o qual
revelou trombocitopenia. Antecedentes: história de doença prostática. Negou
etilismo e tabagismo. Em consequência da trombocitopenia, procurou serviço
de Emergência. Ao exame físico, apresentava-se orientado, eupneico, afebril,
acianótico, anictérico e pálido (2+/4+). Pele: sufusões hemorrágicas em MMSS e
MMII.
QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO
1. Quais as alterações do hemograma?
2. Com base nos achados clínicos e no hemograma, qual hipótese
diagnóstica deve ser considerada?
3. Deve-se solicitar mielograma e biopsia óssea? Por quê?
4. Que exames confirmariam o diagnóstico?
Eritrograma
Hemácias 4,3 milhões/mm³
Hemoglobina 11,4 g/dL
Hematócrito 34,3 %
VCM 79,4 fL
HCM 26,4 pg
CHCM 33,2 g/dL
RDW 14,3 %
Leucograma
% /mm³
Leucócitos 11140
Neutrófilos 30 3342
Promielócitos 1 111
Mielócitos 1 111
Metamielócitos 2 222
Bastões 7 779
Segmentados 19 2116
Eosinófilos 1 111
Basófilos 0 0
Linfócitos 57 6354
Monócitos 7 779
Blastos 5 557
Plaquetograma
Plaquetas 13000 /mm³
Obs.:
ANISOCROMIA. PRESENÇA DE 5 ERITROBLASTOS
ORTOCROMÁTICOS EM 100 LEUCÓCITOS. PRESENÇA
DE DACRIÓCITOS.
Hemograma | Caso 20
As horas de ouro
Apresentação do caso clínico
Mulher, 26 anos, há quatro dias com febre alta, calafrios e polaciúria.
Encontrava-se no terceiro dia de antibioticoterapia (ciprofloxacino), mas sem
melhora clínica. Além disso, tinha história prévia de infecções urinárias de
repetição e urinocultura positiva para S. aureus, realizada há quatro meses. Ao
exame físico, apresentava-se febril e taquicárdica.
QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO
1. Quais as alterações do hemograma?
2. Diante de paciente taquicárdica, FC 120 bpm, febril (38,9 ºC),
leucocitose e foco bacteriano urinário, qual o diagnóstico principal?
3. Paciente evoluiu com sangramento incontrolável, trombocitopenia,
alargamento de TAP e TTPA e consumo de fibrinogênio. Qual o
diagnóstico?
4. Em quais condições podem ser observadas granulações tóxicas nos
neutrófilos à hematoscopia?
Eritrograma
Hemácias 4,5 milhões/mm³
Hemoglobina 12,7 g/dL
Hematócrito 38,9 %
VCM 85,7 fL
HCM 28,0 pg
CHCM 32,6 g/dL
RDW 14,4 %
Leucograma
% /mm³
Leucócitos 26150
Neutrófilos 91 23797
Promielócitos 0 0
Mielócitos 0 0
Metamielócitos 0 0
Bastões 9 2354
Segmentados 82 21443
Eosinófilos 0 0
Basófilos 0 0
Linfócitos 5 1308
Monócitos 4 1046
Blastos 0 0
Plaquetograma
Plaquetas 275000 /mm³
Obs.:
HEMÁCIAS NORMOCÍTICAS E NORMOCRÔMICAS.
GRANULAÇÕES TÓXICAS GROSSEIRAS EM
NEUTRÓFILOS. AUSÊNCIA DE EOSINÓFILOS.
Hemograma | Caso 21
Quanto mais alto, maior a queda
Apresentação do caso clínico
Homem, 28 anos, médico, apresentou dispneia, cefaleia e tontura ao esquiar
no Valle Nevado, no Chile. Ao descer, os colegas médicos que o acompanhavam
observaram taquidispneia, palidez e discreta icterícia. Além disso, o paciente
apresentava dor abdominal difusa e febre. Procurou serviço de assistência
médica local, onde realizou diversos exames laboratoriais, inclusive hemograma
e TC de abdome. Ao hemograma, evidenciou-se Hb 10,9g/dL; Ht 30,1%; VCM
88,8fL; CHCM 36,2 g/dL; RDW 13%; leucócitos 14210/mm³; plaquetas
79000/mm³. A TC de abdome revelou esplenomegalia. Retornou ao Brasil após
seis dias e procurou, novamente, assistência médica. Foi solicitado novo
hemograma com contagem de reticulócitos.
QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO
1. Quais as alterações do novo hemograma?
2. Sabendo que o evento ocorrido está relacionado a uma
hemoglobinopatia, qual o melhor exame para o diagnóstico
definitivo?
3. Como explicar a diferença de hemoglobina entre o primeiro e o
segundo hemograma realizados no Chile e no Brasil,
respectivamente?
Eritrograma
Hemácias 4,0 milhões/mm³Hemoglobina 12,5 g/dL
Hematócrito 37,7 %
VCM 93,4 fL
HCM 31,1 pg
CHCM 33,3 g/dL
RDW 13,8 %
Leucograma
% /mm³
Leucócitos 7072
Neutrófilos 79 5586
Promielócitos 0 0
Mielócitos 0 0
Metamielócitos 0 0
Bastões 1 70
Segmentados 78 5516
Eosinófilos 0 0
Basófilos 0 0
Linfócitos 13 921
Monócitos 8 565
Blastos 0 0
Plaquetograma
Plaquetas 253100 /mm³
Contagem de Reticulócitos
% /mm³
7,0 280000
Obs.:
HEMÁCIAS NORMOCÍTICAS E NORMOCRÔMICAS. 
EOSINÓFILOS EXTRA CONTAGEM.
Hemograma | Caso 22
Anemia da ginecologista
Apresentação do caso clínico
Mulher, 46 anos, compareceu ao serviço de Emergência com história de
fadiga, astenia progressiva, cefaleia holocraniana e episódios de tontura que
vinham progredindo em intensidade há um mês. Referia ainda, há 15 meses,
sangramento transvaginal, com hipermenorreia e episódios de sangramento
transvaginal sem correlação com ciclo menstrual. Antecedentes: G3P3A0. Negou
etilismo, tabagismo e transfusões prévias. No interrogatório por órgãos e
aparelhos, relatava perversão do apetite (amidofagia). Ao exame físico, paciente
orientada, eupneica, afebril, acianótica, pálida (+2/+4), com escleras azuladas.
Extremidades: discreto edema de MMII.
QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO 
1. Ao analisar o hemograma, como definir a anemia?
2. Que outras alterações podem ser encontradas no hemograma?
3. O que você espera do resultado da dosagem do ferro sérico, do índice
de saturação de transferrina e da ferritina, diante dos dados clínicos e
das alterações do hemograma?
4. Qual é a primeira categoria etiológica a ser pesquisada para a origem
da anemia ferropriva?
Eritrograma
Hemácias 3,8 milhões/mm³
Hemoglobina 8,9 g/dL
Hematócrito 28,3 %
VCM 72,9 fL
HCM 22,9 pg
CHCM 31,4 g/dL
RDW 16,3 %
Leucograma
% /mm³
Leucócitos 3510
Neutrófilos 69 2422
Promielócitos 0 0
Mielócitos 0 0
Metamielócitos 0 0
Bastões 1 35
Segmentados 68 2387
Eosinófilos 1 35
Basófilos 0 0
Linfócitos 22 772
Monócitos 5 176
Blastos 3 105
Plaquetograma
Plaquetas 120000 /mm³
Obs.:
HIPOCROMIA. MICROCITOSE ANISOCITOSE.
PRESENÇA DE LINFÓCITOS ATÍPICOS.
Hemograma | Caso 23
Aranhas gástricas
Apresentação do caso clínico
Mulher, 84 anos, relatava episódios de melena, perda de peso e astenia
importante. Negou história de neoplasias de TGI na família. Apresentou apenas
palidez no exame físico.
QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO
1. Quais achados do hemograma?
2. Qual o próximo exame mais importante a ser realizado?
3. Qual doença deve ser considerada como principal hipótese
diagnóstica?
Leucograma
Hemácias 3,8 milhões/mm³
Hemoglobina 9,4 g/dL
Hematócrito 30,3 %
VCM 78,7 fL
HCM 24,4 pg
CHCM 31,0 g/dL
RDW 16,9 %
% /mm³
Leucócitos 8700
Neutrófilos 74,9 6516
Promielócitos 0 0
Mielócitos 0 0
Metamielócitos 0 0
Bastões 0 0
Segmentados 74,9 6516
Eosinófilos 2,4 209
Basófilos 0,1 9
Linfócitos 14,0 1218
Monócitos 8,6 748
Blastos 0 0
Plaquetograma
Plaquetas 373000 /mm³
Obs.:
HEMÁCIAS MICROCÍTICAS E HIPOCRÔMICAS.
ANISOCITOSE. ANISOCROMIA.
 
 
Hemograma | Caso 24
Típica atipia
Apresentação do caso clínico
Homem, 74 anos, há cinco meses realizou gastrectomia total por
adenocarcinoma gástrico. Após três dias de quimioterapia adjuvante, passou a
apresentar episódios de diarreia líquida, sem sangue e sem muco por sete dias.
Negou febre, calafrios, HAS, DM2 e doença prostática. Estava em uso de
loperamida e capecitabina. Exame físico: orientado, eupneico, febril (37,9ºC),
acianótico, anictérico, corado. Abdome: cicatriz cirúrgica ao nível da linha alba,
plano, flácido, indolor à palpação superficial e profunda, sem
hepatoesplenomegalia, Traube timpânico.
QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO
1. Quais as alterações do hemograma?
2. Como explicar o hemograma e o quadro clínico?
 
Eritrograma
Hemácias 4,1 milhões/mm³
Hemoglobina 13,0 g/dL
Hematócrito 37,8 %
VCM 92,0 fL
HCM 31,6 pg
CHCM 34,4 g/dL
RDW 18,7 %
Leucograma
% /mm³
Leucócitos 1540
Neutrófilos 25 445
Promielócitos 0 0
Mielócitos 0 0
Metamielócitos 2 31
Bastões 7 168
Segmentados 16 246
Eosinófilos 1 15
Basófilos 0 0
Linfócitos 39 600
Monócitos 35 539
Blastos 0 0
Plaquetograma
Plaquetas 84000 /mm³
Obs.:
ANISOCITOSE. LINFÓCITOS ATÍPICOS EM TORNO
DE 10%.
 
 
Hemograma | Caso 25
Dias febris
Apresentação do caso clínico
Mulher, 27 anos, há sete dias apresentando náuseas, vômitos e dor
epigástrica de moderada intensidade. No terceiro dia de sintomas, referiu
artralgia, febre de 38,0ºC sem calafrios e presença de mialgia. PA de 140/90
mmHg, pulso de 72 bpm, temperatura de 36,0ºC, SATO2 98%. Pele: exantema
maculopapular. Abdome: plano, flácido, doloroso à palpação profunda na região
epigástrica e fossa ilíaca esquerda, discreta hepatomegalia, sem
esplenomegalia, Traube timpânico. Ao exame físico, apresentava-se orientada,
eupneica, apática, afebril, acianótica, anictérica e corada. Exames: AST, ALT, FA e
GGT aumentadas, bilirrubina total e frações normais. USG de abdome revelou
discreta hepatomegalia homogênea.
QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO
1. Quais as alterações do hemograma?
2. Diante do quadro clínico-laboratorial e do hemograma, quais as
possíveis hipóteses?
3. Foi realizada a dosagem de um componente associado à doença da
paciente no terceiro dia de sintomas. Que exame foi solicitado?
Eritrograma
Hemácias 4,8 milhões/mm³
Hemoglobina 12,7 g/dL
Hematócrito 39,1 %
VCM 80,3 fL
HCM 26,1 pg
CHCM 32,5 g/dL
RDW 15,8 %
Leucograma
% /mm³
Leucócitos 2619
Neutrófilos 47 1242
Promielócitos 0 0
Mielócitos 0 0
Metamielócitos 0 0
Bastões 1 27
Segmentados 46 1215
Eosinófilos 1 27
Basófilos 0 0
Linfócitos 43 1134
Monócitos 8 216
Plaquetograma
Plaquetas 100000 /mm³
Obs.:
ANISOCITOSE. PRESENÇA DE RAROS LINFÓCITOS
ATÍPICOS.
Hemograma | Caso 26
As mil e uma hemoglobinas
Apresentação do caso clínico
Homem, 28 anos, referiu histórico de palidez e adinamia desde a infância,
associado a episódios de artralgia. Relatou vários internamentos pelo quadro
álgico. Antecedentes: dois irmãos com história de “anemia falciforme”. Ao exame
físico, encontrava-se eupneico, afebril, acianótico, anictérico, pálido (+2/+4).
Coração: sopro sistólico mais audível em foco aórtico (+2/+4). Traube timpânico.
Extremidades: cicatrizes maleolares em MMII, sem edema.
QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO
1. Quais as principais alterações do hemograma?
2. Quais os possíveis diagnósticos?
2. Que exame solicitar para confirmar o diagnóstico? 
Eritrograma
Hemácias 2,9 milhões/mm³
Hemoglobina 8,0 g/dL
Hematócrito 23,2 %
VCM 78,9 fL
HCM 27,4 pg
CHCM 34,7 g/dL
RDW 21,7 %
Leucograma
% /mm³
Leucócitos 7900
Neutrófilos 39 3081
Promielócitos 0 0
Mielócitos 0 0
Metamielócitos 1 79
Bastões 1 79
Segmentados 37 2923
Eosinófilos 2 158
Basófilos 1 79
Linfócitos 51 4029
Monócitos 7 553
Blastos 0 0
Plaquetograma
Plaquetas 475000 /mm³
Contagem de Reticulócitos
% /mm³
8,1 234900
Obs.:
ANISOCITOSE. ANISOCROMIA. MICROCITOSE.
HEMÁCIAS EM ALVO. POIQUILOCITOSE.
POLICROMASIA. PRESENÇA DE DREPANÓCITOS.
PRESENÇA DE 1 ERITROBLASTO EM 100 LEUCÓCITOS.
Hemograma | Caso 27
α ou β?
Apresentação do caso clínico
Mulher, 32 anos, com história de palidez e episódios de icterícia desde a
infância. Antecedentes de colecistectomia aos 31 anos de idade. Ao exame físico,
encontrava-se orientada, eupneica, afebril, ictérica (+2/+4), pálida (+3/+4).
Abdome: cicatriz cirúrgica em hipocôndrio direito. Baço palpável a nível do RCE,
Traube maciço.
QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO
1. Quais são as alterações do hemograma?
2. Com os dados clínicos e as alterações do hemograma, que exames
laboratoriais devem ser solicitados para esclarecimento diagnóstico?
3. Qual é o diagnóstico mais provável?
Eritrograma
Hemácias 4,1 milhões/mm³
Hemoglobina 6,7 g/dL
Hematócrito 24,9 %
VCM 60,4 fL
HCM 16,4 pg
CHCM 27,2 g/dL
RDW 23,2 %
Leucograma
% /mm³
Leucócitos 6478
Neutrófilos 62 4016
Promielócitos 0 0
Mielócitos 0 0
Metamielócitos 0 0
Bastões 0 0
Segmentados 62 4016
Eosinófilos 0 0Basófilos 1 64
Linfócitos 28 1815
Monócitos 9 583
Blastos 0 0
Plaquetograma
Plaquetas 285400 /mm³
Contagem de Reticulócitos
% /mm³
12,8 524800
Obs.:
POIQUILOCITOSE. ANISOCITOSE. POLICROMASIA.
PRESENÇA DE HEMÁCIAS EM ALVO. LINFÓCITOS SEM
ATIPIAS. EOSINÓFILOS EXTRA CONTAGEM.
Hemograma | Caso 28
Escleras azuis, sangue pálido
Apresentação do caso clínico
Mulher, 40 anos, engenheira civil, procurou serviço de referência em
Hematologia com queixa de “anemia”. Referiu que há dois meses foi realizar
exames admissionais para concurso, nos quais a anemia foi evidenciada.
Relatou ter realizado cirurgia bariátrica há 18 meses. Sem comorbidades, negou
tabagismo e etilismo, não fazia uso de medicamentos e tinha ciclos menstruais
regulares (cerca de cinco dias de fluxo), sem presença de coágulos. Queixava-se
de astenia e perda de 37,0 kg em consequência da cirurgia. No exame físico,
encontrava-se eupneica, afebril, anictérica e pálida (+3/+4). Escleras azuladas.
QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO
1. Quais as alterações do hemograma?
2. Que hipóteses diagnósticas podem ser levantadas?
3. Que exames laboratoriais devem ser solicitados para confirmação do
diagnóstico?
4. Qual é a via de reposição preferencial de componente deficitário?
Eritrograma
Hemácias 3,7 milhões/mm³
Hemoglobina 6,8 g/dL
Hematócrito 24,3 %
VCM 65,5 fL
HCM 18,3 pg
CHCM 27,9 g/dL
RDW 17,2 %
Leucograma
% /mm³
Leucócitos 5430
Neutrófilos 63,1 3430
Promielócitos 0 0
Mielócitos 0 0
Metamielócitos 0 0
Bastões 0 0
Segmentados 63,1 3430
Eosinófilos 1,2 70
Basófilos 0,7 40
Linfócitos 30,7 1660
Monócitos 4,3 230
Blastos 0 0
Plaquetograma
Plaquetas 312000 /mm³
Obs.:
ANISOCITOSE. ANISOCROMIA.
HEMÁCIAS HIPOCRÔMICAS: 77,5%. 
HEMÁCIAS MICROCÍTICAS: 25,4%.
Hemograma | Caso 29
Palidez à portuguesa
Apresentação do caso clínico
Mulher, 20 anos, com história de palidez desde a infância, por diversas vezes
procurou assistência médica, tendo realizado vários hemogramas. Fez reposição
de ferro oral por tempo prolongado, mas persistia pálida e astênica. Negou
alteração do fluxo menstrual e icterícia. Antecedentes: avó de descendência
portuguesa. Ao exame físico, apresentava apenas discreta palidez, sem icterícia
e hepatoesplenomegalia. Traube timpânico.
QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO
1. Quais as alterações dos exames laboratoriais?
2. Com base nos dados clínicos acima e no hemograma, deve-se pensar
em que hipótese diagnóstica?
3. Que exame laboratorial confirma o diagnóstico?
Eritrograma
Hemácias 5,9 milhões/mm³
Hemoglobina 10,6 g/dL
Hematócrito 37,3 %
VCM 62,5 fL
HCM 17,9 pg
CHCM 28,6 g/dL
RDW 13,9 %
Leucograma
% /mm³
Leucócitos 8398
Neutrófilos 71 5962
Promielócitos 0 0
Mielócitos 0 0
Metamielócitos 0 0
Bastões 1 83
Segmentados 70 5878
Eosinófilos 1 83
Basófilos 0 0
Linfócitos 21 1767
Monócitos 7 587
Blastos 0 0
Plaquetograma
Plaquetas 255200 /mm³
Contagem de Reticulócitos
% /mm³
2,9 171100
Obs.:
MICROCITOSE. HIPOCROMIA. POIQUILOCITOSE.
PRESENÇA DE HEMÁCIAS EM ALVO.
Hemograma | Caso 30
Olhar suspeito
Apresentação do caso clínico
Homem, 39 anos, acompanhado no serviço de Gastroenterologia devido à
hepatite crônica por vírus C e litíase biliar com colecistectomia prévia. Foi
encaminhado à Hematologia por apresentar reticulocitose e aumento de
bilirrubina indireta, sem anemia. Antecedentes: pais consanguíneos; mãe e
prima com histórico de litíase biliar; realizou transfusão sanguínea na infância.
Exame físico: paciente ictérico (+1/+4), sem hepatoesplenomegalia palpável,
Traube maciço.
QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO
1. Quais dados da história clínica e dos exames laboratoriais falam a
favor de hemólise?
2. Baseado no histórico do paciente, seu quadro hemolítico seria
constitucional ou adquirido? Por quê?
3. O hematologista, devido a sua suspeita diagnóstica, solicitou uma
revisão da hematoscopia. O que deve ser feito para confirmar a
etiologia da hemólise?
Eritrograma
Hemácias 4,3 milhões/mm³
Hemoglobina 13,7 g/dL
Hematócrito 41,1 %
VCM 95,6 fL
HCM 31,9 pg
CHCM 33,4 g/dL
RDW 14,8 %
Leucograma
% /mm³
Leucócitos 6403
Neutrófilos 66 4225
Promielócitos 0 0
Mielócitos 0 0
Metamielócitos 0 0
Bastões 3 192
Segmentados 63 4033
Eosinófilos 1 64
Basófilos 0 0
Linfócitos 26 1666
Monócitos 7 448
Blastos 0 0
Plaquetograma
Plaquetas 206300 /mm³
Contagem de Reticulócitos
% /mm³
5,3 227900
Obs.: HEMÁCIAS NORMOCÍTICAS E NORMOCRÔMICAS.
Hemograma | Caso 31
Efeito borboleta
Apresentação do caso clínico
Mulher, 49 anos, há três meses apresenta palidez, adinamia, astenia
progressiva e artralgia. Há um mês notou escleras amareladas, aftas indolores
em cavidade oral, alopécia e cicatriz atrófica no couro cabeludo e no dorso do
nariz. Ao exame físico, apresentava-se afebril, taquicárdica (110 bpm), pálida
(+3/+4) e ictérica (+2/+4). Abdome: esplenomegalia a 3,0 cm abaixo do RCE. Sem
hepatomegalia. Exames: ECG com alternância de amplitude de QRS, VDRL 1:4.
QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO
1. Quais as alterações no hemograma?
2. Sabendo que a contagem de reticulócitos está elevada, qual exame,
diante da constatação de sinais e sintomas da paciente, deve ser
solicitado obrigatoriamente para definir que tipo de hemólise está em
questão?
3. Cite quatro exames laboratoriais imprescindíveis para selar o
diagnóstico.
4. Sabendo que, dos exames laboratoriais solicitados na questão
anterior, três foram positivos e um consumido, qual o diagnóstico?
Eritrograma
Hemácias 1,1 milhões/mm³
Hemoglobina 4,6 g/dL
Hematócrito 15,5 %
VCM 134,2 fL
HCM 40,0 pg
CHCM 29,8 g/dL
RDW 15,9 %
Leucograma
% /mm³
Leucócitos 3520
Neutrófilos 64,0 2256
Promielócitos 0 0
Mielócitos 0 0
Metamielócitos 0 0
Bastões 0 0
Segmentados 64,0 2256
Eosinófilos 1,7 59
Basófilos 0,9 31
Linfócitos 29,2 1030
Monócitos 4,1 144
Blastos 0 0
Plaquetograma
Plaquetas 268000 /mm³
Contagem de Reticulócitos
% /mm³
17,9 196900
Obs.:
HEMÁCIAS MACROCÍTICAS: 69,7%. 
HEMÁCIAS HIPOCRÔMICAS: 43,2%.
Hemograma | Caso 32
A vegana engana
Apresentação do caso clínico
Mulher, 42 anos, vegana, encaminhada da UBS ao serviço de Clínica Médica
de hospital terciário por relatar história, há quatro meses, de palidez, astenia,
adinamia, dispneia aos moderados esforços, episódios de fezes pastosas,
anorexia e perda de peso (5,0 kg nos últimos três meses). Antecedentes:
enxaquecas frequentes, fazendo uso de dipirona e paracetamol. Sinais vitais:
Pulso: 120 bpm; PA: 100x60 mmHg; FR: 18 irpm; T: 36,0ºC. Paciente orientada,
eupneica, afebril, acianótica, anictérica, pálida (+4/+4), taquicárdica. Coração:
discreto sopro aórtico ejetivo (+2/+6); FC: 120 bpm. Neurológico: paciente
orientada no tempo e no espaço, bastante ansiosa.
QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO
1. Quais as principais alterações do hemograma?
2. Qual índice do eritrograma mais direciona a investigação
diagnóstica?
3. A EGD é indicada?
Eritrograma
Hemácias 1,3 milhões/mm³
Hemoglobina 4,9 g/dL
Hematócrito 15,4 %
VCM 115,8 fL
HCM 36,8 pg
CHCM 31,8 g/dL
RDW 28,5 %
Leucograma
% /mm³
Leucócitos 9110
Neutrófilos 56,3 5128
Promielócitos 0 0
Mielócitos 0 0
Metamielócitos 0 0
Bastões 0 0
Segmentados 56,3 5128
Eosinófilos 3,3 300
Basófilos 0,8 72
Linfócitos 34,5 3146
Monócitos 5,1 464
Blastos 0 0
Plaquetograma
Plaquetas 242000 /mm³
Obs.:
HEMÁCIAS MACROCÍTICAS: 50%.
HEMÁCIAS MICROCÍTICAS: 8,6%.
HEMÁCIAS HIPOCRÔMICAS: 13,1%.
ANISOCITOSE. POLIQUILOCITOSE. POLICROMASIA.
PRESENÇA DE 1 ERITROBLASTO ORTOCROMÁTICO EM
100 LEUCÓCITOS.
 
Hemograma | Caso 33
Sem delongas
Apresentação do caso clínico
Mulher, 38 anos, relatou episódios de artralgia e infecções respiratórias de repetição desde a
infância. Por várias vezes, procurou a emergência devido a episódios frequentes de artralgia. História
familiar: pai, irmãos e sobrinhos diagnosticados com “anemia falciforme”. Ao exame físico, apresentou
discreta palidez (+1/+4) e icterícia (+1/+4). Abdome: plano, flácido, sem hepatoesplenomegalia. Traube
timpânico.
QUESTÕES PARAORIENTAR A DISCUSSÃO
1. Quais as alterações do hemograma? Baseando-se nelas, qual o possível diagnóstico?
2. Como confirmar o diagnóstico?
Eritrograma
Hemácias 3,3 milhões/mm³
Hemoglobina 10,3 g/dL
Hematócrito 30,7 %
VCM 92,3 fL
HCM 31,0 pg
CHCM 33,6 g/dL
RDW 14,4 %
Leucograma
  % /mm³
Leucócitos   18870
Neutrófilos 81,4 15373
Promielócitos 0 0
Mielócitos 0 0
Metamielócitos 0 0
Bastões 0 0
Segmentados 81,4 15373
Eosinófilos 0,1 28
Basófilos 0,7 144
Linfócitos 13,7 2601
Monócitos 3,8 724
Blastos 0 0
Plaquetograma
Plaquetas 674500 /mm³
Contagem de Reticulócitos
% /mm³
3,5 115500
Obs.:
POIQUILOCITOSE.
PRESENÇA DE HEMÁCIAS EM ALVO.
PRESENÇA DE DREPANÓCITOS. NEUTRÓFILOS SEM SINAIS
DEGENERATIVOS. LINFÓCITOS SEM ATIPIAS.
Hemograma | Caso 34
Time reserva
Apresentação do caso clínico
Homem, 45 anos, esplenectomizado há três dias por uma ruptura traumática
de baço, devido a acidente automobilístico. Observe o hemograma e responda: 
QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO
1. Quais as alterações do hemograma secundárias à esplenectomia?
2. Dessas alterações, quais devem desaparecer no pós-operatório
tardio?
3. Que profilaxia deve ser enfatizada nesse caso?
Eritrograma
Hemácias 5,5 milhões/mm³
Hemoglobina 14,3 g/dL
Hematócrito 43,5 %
VCM 88,4 fL
HCM 28,9 pg
CHCM 34,4 g/dL
RDW 13,6 %
Leucograma
% /mm³
Leucócitos 13000
Neutrófilos 70 9100
Promielócitos 0 0
Mielócitos 0 0
Metamielócitos 0 0
Bastões 0 0
Segmentados 70 9100
Eosinófilos 1 130
Basófilos 0 0
Linfócitos 20 2600
Monócitos 9 1210
Blastos 0 0
Plaquetograma
Plaquetas 900000 /mm³
Obs.: PRESENÇA DE CORPÚSCULOS DE HOWELL-JOLLY.
Hemograma | Caso 35
Linfocitose na Terceira Idade
Apresentação do caso clínico
Mulher, 78 anos, encaminhada para o setor de Clínica Médica de hospital
terciário para investigação de alterações hematológicas. Queixava-se apenas de
astenia e adinamia há um mês.
QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO
1. Qual alteração do leucograma chama mais atenção?
2. Nessa faixa etária, qual a condição que melhor explica os achados da
paciente?
Eritrograma
Hemácias 2,8 milhões/mm³
Hemoglobina 8,4 g/dL
Hematócrito 27,4 %
VCM 97,9 fL
HCM 30,0 pg
CHCM 30,7 g/dL
RDW 19,9 %
Leucograma
% /mm³
Leucócitos 51120
Neutrófilos 15 7668
Promielócitos 0 0
Mielócitos 0 0
Metamielócitos 0 0
Bastões 0 0
Segmentados 15 7668
Eosinófilos 1 511
Basófilos 0 0
Linfócitos 83 42430
Monócitos 1 511
Blastos 0 0
Plaquetograma
Plaquetas 103000 /mm³
Obs.: HEMÁCIAS ANISOCÍTICAS E HIPOCRÔMICAS.
Hemograma | Caso 36
Preste atenção na prescrição
Apresentação do caso clínico 
Mulher, 32 anos, internada na UTI por insuficiência respiratória aguda
associada a SIDA. Estava em tratamento empírico para pneumocistose com
sulfametoxazol trimetoprima (SMX-TMP) e ácido folínico. Medicamentos em uso:
vancomicina, meropenem e prednisona. Evoluiu com importantes alterações no
hemograma.
QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO
1. Descreva o hemograma.
2. Qual dos fármacos pode ser responsável pelas alterações
hematológicas?
3. Que outro medicamento relacionado a SMX-TMP está associado à
metemoglobinemia?
Eritrograma
Hemácias 2,1 milhões/mm³
Hemoglobina 5,9 g/dL
Hematócrito 17,0 %
VCM 79,8 fL
HCM 27,7 pg
CHCM 34,7 g/dL
RDW 15,1 %
Leucograma
% /mm³
Leucócitos 200
Neutrófilos 42,6 85
Promielócitos 0 0
Mielócitos 0 0
Metamielócitos 0 0
Bastões 0 0
Segmentados 42,6 85
Eosinófilos 1,8 3
Basófilos 0,6 1
Linfócitos 44,7 91
Monócitos 10,3 20
Blastos 0 0
Plaquetograma
Plaquetas 26000 /mm³
Obs.: HEMÁCIAS HIPOCRÔMICAS.
Hemograma | Caso 37
Calazar ou não calazar? Eis a questão!
Apresentação do caso clínico
Homem, 24 anos, admitido na Hematologia para investigação de
pancitopenia febril. Vinha encaminhado de área endêmica de leishmaniose
visceral. Relatou que há três semanas evoluiu com pródromo gripal associado a
dor abdominal difusa, dor torácica, evacuações diarreicas e urina “escurecida”.
Relatou também disfagia desde o início dos sintomas.
QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO
1. Descreva o hemograma.
2. Sabe-se que o Coombs direto foi não reagente, a vitamina B12
normal, LDH elevada (2000 U/L), haptoglobina consumida,
hemoglobinúria (2+/4+) e aspirado medular com hiperplasia eritroide.
Solicitou-se D-dímero para avaliar o risco de trombose. Diante do
caso, a conduta foi adequada?
Eritrograma
Hemácias 2,2 milhões/mm³
Hemoglobina 7,0 g/dL
Hematócrito 24,4 %
VCM 107,0 fL
HCM 30,7 pg
CHCM 28,7 g/dL
RDW 21,0 %
Leucograma
% /mm³
Leucócitos 800
Neutrófilos 55,2 441
Promielócitos 0 0
Mielócitos 0 0
Metamielócitos 0 0
Bastões 0 0
Segmentados 55,2 441
Eosinófilos 1,9 15
Basófilos 0,2 9
Linfócitos 37,6 303
Monócitos 4,1 32
Blastos 0 0
Plaquetograma
Plaquetas 19000 /mm³
Obs.: ANISOCITOSE. HIPOCROMIA. MACROCITOSE.
Hemograma | Caso 38
Te inibe!
Apresentação do caso clínico
Homem, 48 anos, há oito meses evoluindo com aumento de volume
abdominal e, nos últimos três meses, com plenitude gástrica e episódios de
sudorese, hiporexia e perda de 3,0 kg. No exame físico, apresentava-se
orientado, eupneico, afebril, acianótico e pálido (+1/+4). Abdome assimétrico,
discreto abaulamento a nível de hipocôndrio e de flanco esquerdos, doloroso à
palpação profunda no hipocôndrio esquerdo e acentuada esplenomegalia.
Traube maciço. Sem hepatomegalia.
QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO
1. Quais as alterações do hemograma?
2. Diante dos achados clínicos e do hemograma, em que doença
hematológica deve-se pensar?
3. Como confirmar o diagnóstico sugerido?
4. Qual terapia alvo modificou o tratamento da doença?
Eritrograma
Hemácias 4,3 milhões/mm³
Hemoglobina 11,0 g/dL
Hematócrito 35,4 %
VCM 80,8 fL
HCM 25,1 pg
CHCM 31,1 g/dL
RDW 14,2 %
Leucograma
% /mm³
Leucócitos 136000
Neutrófilos 81 106080
Promielócitos 3 4080
Mielócitos 14 19040
Metamielócitos 7 9520
Bastões 10 13600
Segmentados 47 63920
Eosinófilos 0 0
Basófilos 2 2720
Linfócitos 5 6800
Monócitos 8 10880
Blastos 4 5440
Plaquetograma
Plaquetas 110000 /mm³
Obs.:
ANISOCROMIA. HIPOCROMIA. POIQUILOCITOSE.
DISCRETA POLICROMASIA.
Hemograma | Caso 39
As sete perdas
Apresentação do caso clínico
Mulher, 38 anos, parda, encaminhada ao serviço de Cirurgia de hospital
terciário para realizar colecistectomia em consequência de litíase biliar
sintomática. Exames pré-operatórios normais, exceto hemograma, que revelou
alterações, sendo solicitado parecer à Hematologia. Antecedentes: sete perdas
fetais, apesar da realização de pré-natal; negou transfusões sanguíneas prévias.
Ao exame físico, apresentava-se discretamente ictérica (+1/+4) e pálida (+2/+4).
VHS 2 mm/h.
QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO
1. Quais as principais alterações do hemograma?
2. Diante dos dados clínicos, do hemograma, da contagem de
reticulócitos e da velocidade de hemossedimentação (VHS), que
hipóteses diagnósticas devem ser levantadas?
3. Qual o diagnóstico mais provável, levando em conta os achados
clínicos e as alterações do hemograma e como confirmar o
diagnóstico?
4. O que explica as perdas fetais da paciente?
Eritrograma
Hemácias 2,8 milhões/mm³
Hemoglobina 9,4 g/dL
Hematócrito 29,3 %
VCM 103,4 fL
HCM 33,4 pg
CHCM 32,3 g/dL
RDW 32,3 %
Leucograma
% /mm³
Leucócitos 8662
Neutrófilos 44 3811
Promielócitos 0 0
Mielócitos 0 0
Metamielócitos 0 0
Bastões 0 0
Segmentados 44 3811
Eosinófilos 8 692
Basófilos 1 86
Linfócitos 41 3554
Monócitos 6 519
Blastos 0 0
Plaquetograma
Plaquetas 356100 /mm³
VHS 2,0 mm/h
Contagem de Reticulócitos
% /mm³
8,7 243600
Obs.:
PRESENÇA DE DREPANÓCITOS. HEMÁCIAS EM ALVO.
MACROCITOSE E POIQUILOCITOSE. ANISOCITOSE E
HIPOCROMIA. LINFÓCITOS SEM ATIPIA.
Hemograma | Caso 40
A valva esquisita
Apresentação do caso clínico
Homem, 64 anos, com história de febre reumática, tendo realizado duas
vezes cirurgia cardíaca para implante de prótese mitral metálica. Antecedentes
de HAS e de AVCI há 17 anos, apresentando como sequela hemiparesia à
esquerda. Em uso de losartana e varfarina.Ao exame físico, apresentava-se
orientado, afebril, eupneico, acianótico, ictérico (+1/+4), pálido (+2/+4). Coração:
presença de estalido valvar em foco mitral. Neurológico: disartria e hemiparesia
à esquerda. O serviço de Cardiologia, onde o paciente é acompanhado, solicitou
parecer à Hematologia por anemia.
QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO
1. Quais as características da anemia?
2. Diante de uma anemia hemolítica, qual exame é o mais importante
para direcionar o diagnóstico? Sabendo que o paciente não tem
história familiar de anemia e, no hemograma, não apresenta
trombocitopenia, que tipo de anemia hemolítica o paciente tem?
3. Qual a explicação para a presença de esquizócitos na distensão
sanguínea?
Eritrograma
Hemácias 3,4 milhões/mm³
Hemoglobina 10,3 g/dL
Hematócrito 32,2 %
VCM 92,3 fL
HCM 29,7 pg
CHCM 32,1 g/dL
RDW 16,4 %
Leucograma
% /mm³
Leucócitos 5103
Neutrófilos 60 3061
Promielócitos 0 0
Mielócitos 0 0
Metamielócitos 0 0
Bastões 0 0
Segmentados 60 3061
Eosinófilos 5 255
Basófilos 1 51
Linfócitos 25 1277
Monócitos 9 459
Blastos 0 0
Plaquetograma
Plaquetas 153400 /mm³
Contagem de Reticulócitos
% /mm³
3,37 114580
Obs.:
ANISOCITOSE. ANISOCROMIA. 
PRESENÇA DE ESQUIZÓCITOS. LINFÓCITOS SEM
ATIPIAS.
Hemograma | Caso 41
Eliminando infecção
Apresentação do caso clínico
Mulher, 67 anos, em tratamento para linfoma não-Hodgkin difuso de grandes
células B, realizou três ciclos do esquema R- CHOP (rituximabe, ciclofosfamida,
doxorrubicina, vincristina, prednisona) e filgastrina (G-CSF). Exame clínico,
culturas, PCR e procalcitonina sem sinais infecciosos.
QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO
1. Quais as alterações do hemograma?
2. Qual medicamento pode estar relacionado com tais alterações?
Leucograma
Hemácias 3,9 milhões/mm³
Hemoglobina 10,1 g/dL
Hematócrito 31,4 %
VCM 80,5 fL
HCM 25,8 pg
CHCM 32,1 g/dL
RDW 16,3 %
% /mm³
Leucócitos 25600
Neutrófilos 84 21504
Promielócitos 0 0
Mielócitos 1 256
Metamielócitos 2 512
Bastões 11 2816
Segmentados 70 17920
Eosinófilos 0 0
Basófilos 0 0
Linfócitos 10 2560
Monócitos 6 1536
Blastos 0 0
Plaquetograma
Plaquetas 70000 /mm³
Obs.:
ANISOCITOSE. ANISOCROMIA POLICROMASIA.
LINFÓCITOS SEM ATIPIAS. AUSÊNCIA DE
EOSINÓFILOS. PRESENÇA DE GRANULAÇÕES
GROSSEIRAS EM ALGUNS NEUTRÓFILOS.
Hemograma | Caso 42
Nem de nenos, nem “DMARD”
Apresentação do caso clínico
Mulher, 52 anos, em acompanhamento ambulatorial na Reumatologia por
artrite reumatoide. Foi encaminhada ao serviço de Hematologia para avaliação
do hemograma. Não apresentava queixas e achados no exame físico. Em uso
exclusivo de DMARD.
QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO
1. Qual DMARD melhor explicaria a macrocitose? Por quê?
2. Como se confirmou o diagnóstico da etiologia de macrocitose neste
caso?
3. Qual classe de medicamento modificou o tratamento de pacientes
com artrite reumatoide grave/refratária aos DMARDs?
Eritrograma
Hemácias 3,7 milhões/mm³
Hemoglobina 12,2 g/dL
Hematócrito 33,4 %
VCM 100,5 fL
HCM 32,8 pg
CHCM 32,6 g/dL
RDW 13,0 %
Leucograma
% /mm³
Leucócitos 5010
Neutrófilos 49 2454
Promielócitos 0 0
Mielócitos 0 0
Metamielócitos 0 0
Bastões 1 50
Segmentados 48 2404
Eosinófilos 2 100
Basófilos 0 0
Linfócitos 46 2306
Monócitos 3 150
Blastos 0 0
Plaquetograma
Plaquetas 250000 /mm³
Obs.: MACROCITOSE.
Hemograma | Caso 43
Nos menores frascos, os piores venenos
Apresentação do caso clínico
Homem, 56 anos, há dois meses em tratamento com azatioprina para doença
de Crohn. Há quatro dias com dor abdominal em andar superior de moderada
intensidade, náuseas e vômitos persistentes. Negou febre e diarreia.
Antecedentes: HAS e etilismo crônico, exacerbado no último mês. No exame
físico encontrava-se orientado, eupneico, afebril, acianótico, anictérico, corado.
Pulso: 100 bpm. PA: 180x110 mmHg. Abdome: doloroso à palpação profunda na
região superior, sem hepatoesplenomegalia, Traube timpânico. Exames: VHS 23
mm/h; PCR 12,03 mg/L (VR < 5 mg/L).
QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO
1. Quais as alterações do hemograma?
2. Com os dados clínicos e as alterações do hemograma, devemos
pensar em um quadro inflamatório infeccioso ou não infeccioso?
3. Quais drogas utilizadas pelo paciente podem explicar o quadro
clínico?
Eritrograma
Hemácias 5,1 milhões/mm³
Hemoglobina 13,0 g/dL
Hematócrito 42,5 %
VCM 82,3 fL
HCM 25,1 pg
CHCM 30,6 g/dL
RDW 12,5 %
Leucograma
% /mm³
Leucócitos 14420
Neutrófilos 85,7 12357
Promielócitos 0 0
Mielócitos 0 0
Metamielócitos 0 0
Bastões 10,0 1442
Segmentados 75,7 10915
Eosinófilos 1,2 173
Basófilos 0,4 57
Linfócitos 8,5 1228
Monócitos 4,2 605
Blastos 0 0
Plaquetograma
Plaquetas 379000 /mm³
Obs.: HEMÁCIAS HIPOCRÔMICAS.
Hemograma | Caso 44
Picacismo
Apresentação do caso clínico
Homem, 51 anos, com antecedente de gastrectomia parcial por
adenocarcinoma gástrico há oito anos. Evoluiu com palidez, astenia progressiva
e adinamia há seis meses. Relatou perversão do apetite (pagofagia e
amidofagia), sem relato de sangramento aparente, e negou alteração do peso e
do hábito intestinal. Ao exame físico, apresentava-se bastante pálido e
emagrecido. Abdome: escavado e com cicatriz cirúrgica ao nível da linha alba.
QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO
1. Quais as alterações encontradas no hemograma? 
2. Baseado nos dados clínicos e no histórico do paciente, que exames
devem ser solicitados?
3. Quais os possíveis diagnósticos diferenciais?
4. Com os seguintes resultados: ferro sérico 7µg/dL (60- 160µg/dL);
índice de saturação de transferrina 2% (20-50%), ferritina 1,94 ng/mL
(21,81-274,6 ng/mL); LDH 122 U/L (100-190 U/L), vitamina B12, ácido
fólico e EGD normais, qual o diagnóstico encontrado?
Eritrograma
Hemácias 2,5 milhões/mm³
Hemoglobina 5,0 g/dL
Hematócrito 17,0 %
VCM 67,2 fL
HCM 19,6 pg
CHCM 29,2 g/dL
RDW 15,5 %
Leucograma
% /mm³
Leucócitos 6809
Neutrófilos 78 5311
Promielócitos 0 0
Mielócitos 0 0
Metamielócitos 0 0
Bastões 3 204
Segmentados 75 5106
Eosinófilos 0 0
Basófilos 0 0
Linfócitos 19 1295
Monócitos 3 204
Blastos 0 0
Plaquetograma
Plaquetas 535100 /mm³
Contagem de Reticulócitos
% /mm³
2,5 62500
Obs.:
ANISOCITOSE. MICROCITOSE. HIPOCROMIA.
POIQUILOCITOSE. LINFÓCITOS SEM ATIPIAS. 
EOSINÓFILOS EXTRA CONTAGEM.
Hemograma | Caso 45
Trama plaquetária
Apresentação do caso clínico
Homem, 58 anos, casado, encaminhado da UBS ao ambulatório de
Hematologia devido à trombocitopenia. Paciente relatou história de etilismo há
vários anos. Negou HAS, DM e transfusões sanguíneas prévias. Ao exame físico,
apresentava-se pálido (+1/+4). Pele: telangiectasias em tórax anterior e posterior,
hipertricose facial, ginecomastia e lesões úlcero-bolhosas em extremidades
fotoexpostas. Extremidades: discreto edema de membros inferiores.
QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO
1. Cite dois achados, um clínico e outro laboratorial, que, quando
associados, direcionam o diagnóstico.
2. Qual a causa mais provável da trombocitopenia do paciente?
3. Quais sorologias devem ser obrigatoriamente solicitadas?
4. Diante dos achados cutâneos, que doença pode estar associada à
hepatopatia?
5. Sabendo que, na tomografia, há presença de nódulos hipercaptantes
no fígado, deve-se dosar um marcador. Qual seria?
Eritrograma
Hemácias 3,8 milhões/mm³
Hemoglobina 12,2 g/dL
Hematócrito 36,5 %
VCM 94,8 fL
HCM 31,9 pg
CHCM 33,6 g/dL
RDW 14,0 %
Leucograma
% /mm³
Leucócitos 4225
Neutrófilos 60 2535
Promielócitos 0 0
Mielócitos 0 0
Metamielócitos 0 0
Bastões 0 0
Segmentados 60 2535
Eosinófilos 2 84
Basófilos 0 0
Linfócitos 29 1226
Monócitos 9 380
Blastos 0 0
Plaquetograma
Plaquetas 36860 /mm³
Obs.: HEMÁCIAS EM ROULEAUX.
Hemograma | Caso 46
Púrpura anêmica
Apresentação do caso clínico
Mulher, 20 anos, há três meses com episódios de tontura, dispneia aos
moderados esforços, astenia progressiva e aparecimento de equimoses em
membros superiores e inferiores. Ao exame físico, apresentava-se com febre
(38,5ºC), acentuada palidez de pele e de mucosas e equimoses

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