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RELATORIO UBS_SAUDE PUBLICA

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – ICS 
CURSO DE NUTRIÇÃO 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE NUTRIÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA 
 
 
 
VALDILANE DOS SANTOS LIMA 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO FINAL DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE NUTRIÇÃO EM SAÚDE 
PÚBLICA NA UBS DR. JOSÉ DE BARROS MAGALDI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2019 
 
 
 
 
VALDILANE DOS SANTOS LIMA 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO FINAL DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE NUTRIÇÃO EM SAÚDE 
PÚBLICA NA UBS DR. JOSÉ DE BARROS MAGALDI 
 
 
 
 
Relatório de Estágio em Saúde Públi-
ca – UBS Dr. José de Barros Magaldi, 
apresentado ao Curso de Nutrição, da 
Universidade Paulista – UNIP. 
 
Supervisão: Luara Bellinghausen Al-
meida. 
 
Orientação: Profª Rosana Anna Bettini 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2019 
 
 
 
 
 SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................... 5 
1.1 Sistema Único de Saúde (SUS) ............................................................. 5 
1.1.1 Histórico do SUS ................................................................................... 5 
1.1.2 Princípios do SUS ................................................................................. 8 
1.1.3 Diretrizes do SUS ................................................................................... 8 
1.2 Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) ...................................... 9 
1.2.1 Princípios gerais ................................................................................... 10 
1.2.2 fundamentos e diretrizes ...................................................................... 10 
1.2.3 Território de atuação ............................................................................ 12 
1.2.4 Equipe .................................................................................................. 13 
1.2.5 Processo de Trabalho da Equipe Estratégia Saúde da Família .......... 13 
1.3 ÚLTIMOS RESULTADOS DE PESQUISAS NACIONAIS ..................... 13 
1.3.1 Vigitel 2017 .......................................................................................... 13 
1.3.2 Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) .............................. 15 
2. DESCRIÇÃO DO LOCAL DE ESTÁGIO ................................................. 18 
2.1 Localização ............................................................................................ 18 
2.1.1 Estrutura física ..................................................................................... 18 
2.1.2 Funcionamento ..................................................................................... 18 
2.2 Profissionais da área da saúde que atuam ......................................... 18 
2.3 Profissionais de outras áreas que trabalham no local ....................... 19 
2.4 Perfil da população atendida ................................................................ 19 
3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ............................................................. 24 
3.1 Estratégia de enfrentamento das DCN até 2025 ................................. 24 
3.2 Novo guia alimentar da População Brasileira (2014) ......................... 25 
3.2.1 Atividade realizada na sala de espera ................................................. 27 
3.2.2 Avaliação sobre o conhecimento e frequência do consumo de alime- 
ntos orgânicos e transgênicos na UBS Dr. José de Barros Magaldi .............. 27 
3.2.3 Avaliação da Frequência Alimentar e Relação com a Comensalidade 28 
3.3 Programa Saúde na Escola (PSE) ........................................................ 29 
3.4 Programa Mãe Paulistana (Rede Cegonha) ........................................ 31 
3.5 Programa Acompanhante do Idoso (PAI) ............................................ 32 
 
 
 
 
3.6 Programa de Automonitoramento Glicêmico (PAMG) ....................... 34 
3.7 Programa Saúde Do Homem ................................................................ 35 
3.8 Programa Saúde Do Idoso ................................................................... 36 
3.9 Práticas Integrativas e Complementares (PICS) ................................ 37 
3.10 Combate ao Tabagismo ..................................................................... 38 
3.11 Programa Saúde da Família (PSF) e Núcleo de Apoio à Saúde da 
 Família (NASF) ........................................................................................... 39 
3.12 Atividades complementares .............................................................. 41 
3.12.1 Visita à zona cerealista ....................................................................... 41 
3.12.2 Visita a Feira NaturalTech 2019 ........................................................ 41 
3.12.3 Festa Junina da UBS ......................................................................... 42 
3.12.4 Sala de espera: Atividade educativa sobre açúcares escondidos ..... 42 
3.12.5 Avaliação sobre a prevenção da Osteoporose .................................. 43 
3.12.6 Avaliação sobre o tema: Afinal, você sabe o que é glúten? .............. 43 
4. ATUAÇÃO DO NUTRICIONISTA EM SAÚDE PÚBLICA ....................... 44 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................... 45 
5.1 Parecer sobre o estágio ....................................................................... 46 
5.2 Propostas para melhorias ................................................................... 46 
REFERÊNCIAS ............................................................................................. 48 
ANEXOS E APÊNDICES ............................................................................. 51 
 
5 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
1.1 Sistema Único de Saúde (SUS) 
 
Todas as ações e serviços de saúde prestados por órgãos e instituições pú-
blicas federais, municipais e estaduais, formam o Sistema Único de Saúde (SUS). É 
um órgão administrado pelo poder público, os sistemas privados podem participar do 
SUS de forma complementar (GUERRA, 1990). 
Consagrado um dos maiores programas sociais conquistados na Constituição 
de 1988, seus princípios têm foco para a democratização em ações e serviços de 
saúde, serviços estes antes restritos e hoje são universais, assim como descentrali-
zados (BRASIL, 2000). 
Trata-se de concepção nova de saúde no Brasil, que antes não era vista com 
atenção, o que consequentemente agravavam-se cura de doenças, com esta nova 
visão é possível prevenir agravos e promover saúde. A alimentação, o trabalho, o 
nível de renda, a educação, o meio ambiente, o saneamento básico, moradia, o la-
zer, a vigilância sanitária e farmacológica, entre outros, são fatores essenciais para a 
qualidade de vida da população (BRASIL, 2000). 
 
1.1.1 Histórico do SUS 
 
Antes da criação do Sistema Único de Saúde (SUS), o Ministério da Saúde 
(MS), com o apoio dos estados e municípios, desenvolvia quase que exclusivamen-
te ações de promoção da saúde e prevenção de doenças, com destaque para as 
campanhas de vacinação e controle de endemias. Todas essas ações eram de-
senvolvidas com caráter universal, ou seja, sem nenhum tipo de discriminação com 
relação à população beneficiária (BRASIL, 2002). 
 Na área de assistência à saúde, o MS atuava apenas por meio de alguns 
poucos hospitais especializados, nas áreas de psiquiatria e tuberculose, além da 
ação da Fundação de Serviços Especiais de Saúde Pública (FSESP) em algumas 
6 
 
 
 
regiões específicas, com destaque para o interior do Norte e Nordeste (BRASIL, 
2002). 
Essa ação, também chamada de assistência médico-hospitalar, era prestada 
à parcela da população definida como indigente, por alguns municípios e estados 
e, principalmente, por instituições de caráterfilantrópico. Essa população não tinha 
nenhum direito e a assistência que recebia era na condição de um favor, uma cari-
dade (BRASIL, 2002). 
A grande atuação do poder público nessa área se dava através do Instituto 
Nacional de Previdência Social (INPS) que depois passou a ser denominado Insti-
tuto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS), autarquia do 
Ministério da Previdência e Assistência Social (BRASIL, 2002). 
O INPS foi o resultado da fusão dos institutos de aposentadorias e pensões 
(os denominados IAPs) de diferentes categorias profissionais organizadas (bancá-
rios, comerciários, industriários, dentre outros), que posteriormente foi desdobrado 
em Instituto de Administração da Previdência Social (IAPAS), Instituto Nacional de 
Previdência Social (INPS) e Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdên-
cia Social (INAMPS). Este último, tinha a responsabilidade de prestar assistência à 
saúde de seus associados, o que justificava a construção de grandes unidades de 
atendimento ambulatorial e hospitalar, como também da contratação de serviços 
privados nos grandes centros urbanos, onde estava a maioria dos seus beneficiá-
rios (BRASIL,2002). 
A assistência à saúde desenvolvida pelo INAMPS beneficiava apenas os 
trabalhadores da economia formal, com “carteira assinada”, e seus dependentes, 
ou seja, não tinha o caráter universal que passa a ser um dos princípios fundamen-
tais do SUS. Desta forma, o INAMPS aplicava nos estados, através de suas Supe-
rintendências Regionais, recursos para a assistência à saúde de modo mais ou 
menos proporcional ao volume de recursos arrecadados e de beneficiários existen-
te (BRASIL, 2002). 
Portanto, quanto mais desenvolvida a economia do estado, com maior pre-
sença das relações formais de trabalho, maior o número de beneficiários e, conse-
quentemente, maior a necessidade de recursos para garantir a assistência a essa 
população. Dessa forma, o INAMPS aplicava mais recursos nos estados das Regi-
7 
 
 
 
ões Sul e Sudeste, mais ricos, e nessas e em outras regiões, em maior proporção 
nas cidades de maior porte. Nessa época, os brasileiros, com relação à assistência 
à saúde, estavam divididos em três categorias, a saber: Os que podiam pagar pe-
los serviços, os que tinham direito a assistência prestada pelo INAMPS, e os que 
não tinham nenhum direito. Esses recursos eram utilizados para o custeio das uni-
dades próprias do INAMPS (Postos de Assistência Médica e Hospitais) e, princi-
palmente, para a compra de serviços da iniciativa privada (BRASIL, 2002). 
Com a crise de financiamento da Previdência, que começa a se manifestar a 
partir de meados da década de 70, o INAMPS adota várias providências para raci-
onalizar suas despesas e começa, na década de 80, a “comprar” serviços do setor 
público (redes de unidades das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde), ini-
cialmente por meio de convênios (BRASIL, 2002). 
 A assistência à saúde prestada pela rede pública, apesar do financiamento 
do INAMPS apenas para os seus beneficiários, preservou o seu caráter de univer-
salidade da clientela. Também, nessa época, o INAMPS passa a dar aos trabalha-
dores rurais, até então precariamente assistidos por hospitais conveniados com o 
FUNRURAL, um tratamento equivalente àquele prestado aos trabalhadores urba-
nos. Mesmo com a crise que já se abatia sobre o INAMPS, essa medida significou 
uma grande melhoria nas condições de acesso dessa população aos serviços de 
saúde, particularmente na área hospitalar (BRASIL, 2002). 
No final da década de 80, o INAMPS adotou uma série de medidas que o 
aproximaram ainda mais de uma cobertura universal de clientela, dentre as quais 
se destaca o fim da exigência da Carteira de Segurado do INAMPS para o atendi-
mento nos hospitais próprios e conveniados da rede pública. Esse processo culmi-
nou com a instituição do Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde (SUDS), 
implementado por meio da celebração de convênios entre o INAMPS e os gover-
nos estaduais (BRASIL, 2002). 
Desde então, começou a se construir no Brasil um sistema de saúde com 
tendência à cobertura universal, mesmo antes da aprovação da Lei 8.080 (também 
conhecida como Lei Orgânica da Saúde), que instituiu o SUS. Isso foi motivado, 
por um lado, pela crescente crise de financiamento do modelo de assistência médi-
ca da Previdência Social e, por outro, à grande mobilização política dos trabalhado-
8 
 
 
 
res da saúde, de centros universitários e de setores organizados da sociedade, que 
constituíam o então denominado “Movimento da Reforma Sanitária”, no contexto da 
democratização do país (BRASIL, 2002). 
. 
1.1.2 Princípios do SUS 
 
Fundamentado nos preceitos constitucionais a construção do SUS se nor-
teia pelos seguintes princípios doutrinários: 
 
 UNIVERSALIDADE - A saúde é um direito de cidadania de todas as pesso-
as e cabe ao Estado assegurar este direito , sendo que o acesso às 
ações e serviços deve ser garantido a todas as pessoas, independen-
temente de sexo, raça, ocupação, ou outras características sociais ou pes-
soais (GUERRA,1990). 
 EQUIDADE - O objetivo desse princípio é diminuir desigualdades. Apesar 
De todas as pessoas possuírem direito aos serviços, as pessoas não são 
iguais e, por isso, têm necessidades distintas. Investindo mais onde a ca-
rência é maior (GUERRA, 1990). 
 INTEGRALIDADE - Este princípio considera as pessoas como um todo, 
atendendo a todas as suas necessidades. Para isso, é importante a integra-
ção de ações, incluindo a promoção da saúde, a prevenção de doen-
ças, o tratamento e a reabilitação. Juntamente, o principio de integralida-
de pressupõe a articulação da saúde com outras políticas públicas, para as-
segurar uma atuação intersetorial entre as diferentes áreas que tenham re-
percussão na saúde e qualidade de vida dos indivíduos (GUERRA, 1990). 
 
1.1.3 Diretrizes do SUS 
 
Do ponto de vista do funcionamento do SUS, devem-se considerar suas Dire-
trizes organizativas, as quais buscam garantir um melhor funcionamento do sistema, 
9 
 
 
 
são elas: a descentralização com comando único, a regionalização e hierarqui-
zação dos serviços e participação comunitária (GUERRA,1990). 
 
 REGIONALIZAÇÃO e HIERARQUIZAÇÃO - Os serviços devem ser organi-
zados e m níveis crescentes de complexidade, em uma determinada área geográfi-
ca, planejados a partir de critérios e epidemiológicos, e com definição e conheci-
mento da população a ser a tendida. A regionalização é um processo de articula-
ção entre os serviços que já existem, visando o comando unificado dos mesmos. 
Já a hierarquização deve proceder à divisão de níveis de atenção e garantir formas 
de acesso a serviços que façam parte da complexidade requerida pelo caso, nos 
limites dos recursos disponíveis numa dada região (GUERRA, 1990). 
 RESOLUBILIDADE – O serviço tem que ser capaz de atender com eficiência 
tanto um cidadão quando busca atendimento, como a comunidade em casos 
necessários, e o mesmo deve está capacito do para o atendimento (GUER-
RA,1990). 
 DESCENTRALIZAÇÃO – No SUS, a responsabilidade pela saúde deve ser 
descentralizada até o município, ou se já, devem ser fornecidas ao município con-
dições gerenciais, técnicas, administrativas e financeiras para exercer esta função. 
Para que valha o princípio da descentralização, existe a concepção constitucional 
do mando único, onde cada esfera de governo é autônoma e soberana nas suas 
decisões e atividades, respeitando os princípios gerais e a participação da socie-
dade (GUERRA,1990). 
 PARTICIPAÇÃO DOS CIDADÃOS - A sociedade deve participar no dia-a-dia 
do sistema. Para isto, devem ser criados os Conselhos e as Conferências de Saú-
de, que visam formular estratégias, controlar e avaliar a execução da política de 
saúde (GUERRA,1990). 
 
1.2 PolíticaNacional de Atenção Básica (PNAB) 
 
A atenção básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âm-
bito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a preven-
10 
 
 
 
ção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a 
manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que im-
pacte na situação de saúde e autonomia das pessoas e nos determinantes e condi-
cionantes de saúde das coletividades. É desenvolvida por meio do exercício de prá-
ticas de cuidado e gestão, democráticas e participativas, sob forma de trabalho em 
equipe, dirigidas a populações de territórios definidos, pelas quais assume a respon-
sabilidade sanitária, considerando a dinamicidade existente no território em que vi-
vem essas populações. Utiliza tecnologias de cuidado complexas e variadas que de-
vem auxiliar no manejo das demandas e necessidades de saúde de maior frequên-
cia e relevância em seu território, observando critérios de risco, vulnerabilidade, resi-
liência e o imperativo ético de que toda demanda, necessidade de saúde ou sofri-
mento devem ser acolhidos (BRASIL, 2012). 
 
1.2.1 Princípios gerais 
 
A PNAB Orienta-se pelos princípios da universalidade, da acessibilidade, do 
vínculo, da continuidade do cuidado, da integralidade da atenção, da responsabiliza-
ção, da humanização, da equidade e da participação social. A atenção básica consi-
dera o sujeito em sua singularidade e inserção sociocultural, buscando produzir a 
atenção integral (BRASIL, 2012). 
 
1.2.2 Fundamentos e diretrizes 
 
I - Ter território adstrito sobre o mesmo, de forma a permitir o planejamento, a pro-
gramação descentralizada e o desenvolvimento de ações setoriais e intersetoriais 
com impacto na situação, nos condicionantes e nos determinantes da saúde das co-
letividades que constituem aquele território, sempre em consonância com o princípio 
da equidade (BRASIL, 2012). 
II - Possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de saúde de qualidade e re-
solutivos, caracterizados como a porta de entrada aberta e preferencial da rede de 
atenção, acolhendo os usuários e promovendo a vinculação e corresponsabilização 
11 
 
 
 
pela atenção às suas necessidades de saúde. O estabelecimento de mecanismos 
que assegurem acessibilidade e acolhimento pressupõe uma lógica de organização 
e funcionamento do serviço de saúde que parte do princípio de que a unidade de 
saúde deva receber e ouvir todas as pessoas que procuram os seus serviços, de 
modo universal e sem diferenciações excludentes. O serviço de saúde deve se or-
ganizar para assumir sua função central de acolher, escutar e oferecer uma resposta 
positiva, capaz de resolver a grande maioria dos problemas de saúde da população 
e/ou de minorar danos e sofrimentos desta, ou ainda se responsabilizar pela res-
posta, ainda que esta seja ofertada em outros pontos de atenção da rede. A proxi-
midade e a capacidade de acolhimento, vinculação, responsabilização e resolutivi-
dade são fundamentais para a efetivação da atenção básica como contato e porta 
de entrada preferencial da rede de atenção (BRASIL, 2012). 
 III - Adscrever os usuários e desenvolver relações de vínculo e responsabilização 
entre as equipes e a população adstrita, garantindo a continuidade das ações de sa-
úde e a longitudinalidade do cuidado. A descrição dos usuários é um processo de 
vinculação de pessoas e/ou famílias e grupos a profissionais/equipes, com o objetivo 
de ser referência para o seu cuidado. O vínculo, por sua vez, consiste na construção 
de relações de afetividade e confiança entre o usuário e o trabalhador da saúde, 
permitindo o aprofundamento do processo de corresponsabilização pela saúde, 
construído ao longo do tempo, além de carregar, em si, um potencial terapêutico. A 
longitudinalidade do cuidado pressupõe a continuidade da relação clínica, com cons-
trução de vínculo e responsabilização entre profissionais e usuários ao longo do 
tempo e de modo permanente, acompanhando os efeitos das intervenções em saú-
de e de outros elementos na vida dos usuários, ajustando condutas quando neces-
sário, evitando a perda de referências e diminuindo os riscos de iatrogenia decorren-
tes do desconhecimento das histórias de vida e da coordenação do cuidado (BRA-
SIL, 2012). 
 IV - Coordenar a integralidade em seus vários aspectos, a saber: integrando as 
ações programáticas e demanda espontânea; articulando as ações de promoção à 
saúde, prevenção de agravos, vigilância à saúde, tratamento e reabilitação e manejo 
das diversas tecnologias de cuidado e de gestão necessárias a estes fins e à ampli-
ação da autonomia dos usuários e coletividades; trabalhando de forma multiprofissi-
onal, interdisciplinar e em equipe; realizando a gestão do cuidado integral do usuário 
12 
 
 
 
e coordenando-o no conjunto da rede de atenção. A presença de diferentes forma-
ções profissionais, assim como um alto grau de articulação entre os profissionais, é 
essencial, de forma que não só as ações sejam compartilhadas, mas também tenha 
lugar um processo interdisciplinar no qual progressivamente os núcleos de compe-
tência profissionais específicos vão enriquecendo o campo comum de competên-
cias, ampliando, assim, a capacidade de cuidado de toda a equipe. Essa organiza-
ção pressupõe o deslocamento do processo de trabalho centrado em procedimen-
tos, profissionais para um processo centrado no usuário, onde o cuidado do usuário 
é o imperativo ético-político que organiza a intervenção técnico-científica (BRASIL, 
2012). 
 V - Estimular a participação dos usuários como forma de ampliar sua autonomia e 
capacidade na construção do cuidado à sua saúde e das pessoas e coletividades do 
território, no enfrentamento dos determinantes e condicionantes de saúde, na orga-
nização e orientação dos serviços de saúde a partir de lógicas mais centradas no 
usuário e no exercício do controle social. A Política Nacional de Atenção Básica 
considera os termos “atenção básica” e “Atenção Primária à Saúde”, nas atuais con-
cepções, como termos equivalentes. Associa a ambos: os princípios e as diretrizes 
definidos neste documento. A Política Nacional de Atenção Básica tem na Saúde da 
Família sua estratégia prioritária para expansão e consolidação da atenção básica. A 
qualificação da Estratégia Saúde da Família e de outras estratégias de organização 
da atenção básica deverá seguir as diretrizes da atenção básica e do SUS, configu-
rando um processo progressivo e singular que considera e inclui as especificidades 
loco regionais (BRASIL, 2012). 
 
1.2.3 Território de atuação 
 
As Unidades Básicas de Saúde, instaladas próximo as moradias, local de tra-
balho e local de estudo da população, visa garantir acesso a atenção a saú-
de de qualidade (BRASIL, 2012). 
 
 
13 
 
 
 
1.2.4 Equipe 
 
A equipe multiprofissional (equipe de Saúde da Família – ESF) compos-
ta por, no mínimo: (I) médico generalista, ou especialista e m Saúde da Fa-
mília, ou médico de Família e Comunidade; (II) enferme iro generalista ou espe-
cialista em Saúde da Família; (III) auxiliar o u técnico de enfermagem; e (IV) 
agentes comunitários de saúde. Podem ser acrescentados a essa composição os 
profissionais de Saúde Bucal: cirurgião-dentista generalista ou especialista em 
Saúde da Família, auxiliar e/ou técnico em Saúde Bucal (BRASIL, 2012). 
 
1.2.5 Processo de Trabalho da Equipe Estratégia Saúde da Família 
 
O processo de trabalho das ESF caracteriza- se pelo trabalho interdisciplinar 
e em equipe, pela valorização dos diversos saberes e práticas na perspectiva 
de uma abordagem integral e resolutiva, e pelo acompanhamento e avaliação 
sistemática das ações implementadas, visando à readequação do processo de 
trabalho (BRASIL, 2014). 
 
1.3 ÚLTIMOSRESULTADOS DE PESQUISAS NACIONAIS 
 
1.3.1 Vigitel 2017 (BRASIL, 2018) 
 
Vigilância de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL), implan-
tando em 2006 em todas as capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Fede-
ral, tem como objetivo monitorar a frequência e distribuição dos principais determi-
nantes das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) por inquérito telefônico. 
O Vigitel compõe o sistema de Vigilância de Fatores de Risco de DCNT do Ministério 
da Saúde e, conjuntamente com outros inquéritos, como os domiciliares e em popu-
lações escolares, vem ampliando o conhecimento sobre as DCNT no país (BRASIL, 
2018). 
14 
 
 
 
Em estudos epidemiológicos, o diagnóstico do estado nutricional de adultos é 
feito a partir do Índice de Massa Corporal – IMC, obtido pela divisão do peso, medi-
do em quilogramas, pela altura ao quadrado, medida em metros (kg/m2). O excesso 
de peso é diagnosticado quando o IMC alcança valor igual ou superior a 25 kg/m2, 
enquanto a obesidade é diagnosticada com valor de IMC igual ou superior a 30 
kg/m2. Esses critérios são os utilizados pelo Vigitel para analisar as informações so-
bre peso e altura fornecidas pelos entrevistados (BRASIL, 2018). 
A última pesquisa do Vigitel ocorreu em 2017, obtendo os seguintes resulta-
dos em aspectos nutricionais (BRASIL, 2018): 
 Excesso de Peso e obesidade: No conjunto das 27 cidades, a frequência de 
adultos obesos foi de 18,9%, sem diferença entre os sexos. Em ambos os se-
xos, a frequência da obesidade foi menor nos adultos com até 34 anos de 
idade. Entre as mulheres, a frequência de obesidade diminui de forma acen-
tuada com o aumento da escolaridade. 
 Consumo regular de frutas e hortaliças: Considerou-se regular o consumo 
de frutas e hortaliças quando tanto frutas quanto hortaliças eram consumidos 
em cinco ou mais dias da semana. A frequência de adultos que consomem 
regularmente frutas e hortaliças variou entre 23,7% em Belém e 47,2% no 
Distrito Federal. As maiores frequências foram encontradas, entre homens, no 
Distrito Federal (39,5%), Curitiba (36,8%) e Florianópolis (36,1%) e, entre mu-
lheres, no Distrito Federal (54,0%), Belo Horizonte (53,4%) e Curitiba (53,0%). 
As menores frequências do consumo regular de frutas e hortaliças no sexo 
masculino ocorreram em Porto Velho (16,8%), Salvador (18,9%) e Belém 
(19,1%) e, no sexo feminino, em Belém (27,5%), São Luís (28,3%) e Salvador 
(29,5%). No conjunto da população adulta estudada, a frequência de consu-
mo regular de frutas e hortaliças foi de 34,6%, sendo menor em homens 
(27,8%) do que em mulheres (40,4%). Em ambos os sexos, o consumo regu-
lar de frutas e hortaliças tendeu a aumentar com a idade e com a escolarida-
de. A frequência de adultos que consomem cinco ou mais porções diárias de 
frutas e hortaliças (consumo recomendado de frutas e hortaliças) foi baixa na 
maioria das cidades estudadas, variando entre 15,5% em Fortaleza e 32,6% 
no Distrito Federal. As maiores frequências foram encontradas, entre ho-
mens, no Distrito Federal (27,0%), Vitória (24,1%) e Belo Horizonte (23,4%) e, 
15 
 
 
 
entre mulheres, em Curitiba (38,8%), Distrito Federal (37,5%) e Belo Horizon-
te (37,1%). As menores frequências no sexo masculino ocorreram em Porto 
Velho (11,3%), Salvador (12,5%) e Belém (12,8%) e, no sexo feminino, em 
Fortaleza (17,5%), Rio Branco, Macapá e Belém (19,7%). 
 Consumo de refrigerantes: No conjunto das 27 cidades, a frequência do 
consumo de refrigerantes em cinco ou mais dias da semana foi de 14,6%, 
sendo mais alta entre homens (17,4%) do que entre mulheres (12,2%). Em 
ambos os sexos, o consumo de refrigerantes em cinco ou mais dias da sema-
na tendeu a diminuir com a idade, não havendo um padrão uniforme de varia-
ção com o nível de escolaridade. 
 Consumo de feijão: No conjunto das 27 cidades, a frequência do consumo 
de feijão em cinco ou mais dias da semana foi de 59,5%, sendo maior entre 
homens (66,4%) do que entre mulheres (53,6%). A frequência de consumo de 
feijão em cinco ou mais dias da semana pouco variou entre as faixas de idade 
e diminuiu com o aumento da escolaridade. 
 
 
1.3.2 Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (Pense) 
 
A PENSE é uma pesquisa realizada com escolares adolescentes, desde 
2009, em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e 
com o apoio do Ministério da Educação (MEC). A pesquisa é realizada por amos-
tragem, utilizando como referência para seleção o cadastro das escolas públicas e 
privadas do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixei-
ra – INEP (BRASIL, 2019). 
 A coleta da terceira edição da pesquisa ocorreu em 2015, em escolares de 
escolas públicas e privadas localizadas nas zonas rurais e urbanas das 26 capitais, 
DF e municípios das Grandes Regiões brasileiras (IBGE, 2015). 
 
 
 
16 
 
 
 
Gráfico 1- Percentual de escolares frequentando o 9º ano do ensino fundamental com 
consumo de alimentos marcadores de alimentação saudável e não saudável igual ou 
superior a cinco dias nos sete dias anteriores à pesquisa, com indicação de intervalo 
de conança de 95%, por tipo de alimento consumido, segundo grupo alimentar Brasil - 
2015. 
 
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais, 
Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar 2015. Nota: Dados referentes à Amostra 1. 
 
 
Os resultados 2009/2015 para alunos de 9º ano de Municípios das Capitais 
revela redução de pouco mais de 10,0% na proporção de alunos com consumo se-
manal de feijão igual ou superior a cinco dias, associada ao crescimento (51,3 %) 
daqueles que referiram não terem consumido a leguminosa na semana anterior à 
pesquisa. Quanto às frutas, não houve diferença estatisticamente significativa no 
consumo dessa população. Dados do mesmo período, para os alimentos marcado-
res de alimentação não saudável, indicam melhora no perfil de consumo dos escola-
res residentes nos Municípios das Capitais: não obstante o crescimento de 16,0 % 
17 
 
 
 
no relato de consumo de salgados fritos, houve redução relativa nas proporções de 
consumo de guloseimas (-17,9 %) e (-22,6%) refrigerantes (IBGE, 2015). 
 
 
Gráfico 2 - Percentual de escolares frequentando o 9º ano do ensino fundamental, 
com indicação do intervalo de conança de 95%, por sexo, segundo o comportamento 
de realização de refeições nos sete dias anteriores à pesquisa - Brasil - 2015. 
 
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais, 
Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar 2015. Nota: Dados referentes à Amostra 1. 
 
A desagregação dos dados por sexo demonstra que, entre estudantes do se-
xo masculino, foram registrados os maiores percentuais para os quatro indicadores: 
71,7% tomou café da manhã cinco dias ou mais, 77,5% fez as refeições com os pais 
cinco dias ou mais, 59,6% comeu enquanto assistia televisão e 14,4% frequentou 
fast-food três dias ou mais, na semana anterior à pesquisa. Para os mesmos indica-
dores, as proporções entre as alunas foram, respectivamente, de 57,5%, 70,8%, 
56,3% e 12,8% (IBGE, 2015). 
18 
 
 
 
2. DESCRIÇÃO DO LOCAL DE ESTÁGIO 
 
O estágio curricular supervisionado em saúde pública foi realizado na Unidade 
Básica de Saúde Dr. José de Barros Magaldi. Os horários diários das atividades de 
estágio foram das 07:00 horas às 13:00 horas de quarta-feira a sexta-feira, com in-
tervalo das 10:00 horas às 10:15 horas, totalizando 6 horas diárias e 18 horas se-
manais. 
 
2.1 Localização 
 
A UBS Dr. José de Barros Magaldi está localizada na Rua Salvador Cardoso n° 
177, Itaim Bibi, São Paulo. 
 
2.1.1 Estrutura física 
 
A unidade possui sala da farmácia, vacinação e medicação e curativo, coleta 
e entrega de exames, procedimentos, enfermagem e orientação serviço social, sala 
para atividade de grupos, e salas de atendimento individual. 
 
2.1.2 FuncionamentoPertencente à subprefeitura de Pinheiros com funcionamento de Segunda a 
Sexta das 07h00 às 19h00 horas. 
 
2.2 Profissionais da área da saúde que atuam 
 
Atualmente a UBS conta com a colaboração de 31 profissionais da saúde, fo-
ra os profissionais que atuam no Programa de Atendimento ao Idoso (PAI). 
 
 
19 
 
 
 
As especializações encontradas na UBS são: 
Enfermeiros Fonoaudiólogo 
Auxiliar enfermagem Nutricionista 
Clinico Geral Dentista 
Ginecologista Psicologia 
Homeopatia Assistência Social 
Ortopedista Pediatra 
Oftalmologista Psiquiatra 
 
 
2.3 Profissionais de outras áreas que trabalham no local 
Nas outras diversas áreas a UBS encontramos, oficial administrativo, auxi-
liar de serviços gerais, agente administrativo (AGPP), segurança, auxiliar de lim-
peza. 
 
2.4 Perfil da população atendida 
 
 O público da unidade são moradores e trabalhadores da região (gestantes, 
crianças, adolescentes, adultos e idosos) atendidos por diversas especialidades. 
Durante o período de estágio foi realizado um questionário socioeconômico, 
possibilitando a determinação da classe social, do Índice de Massa Corporal 
(IMC) e da incidência de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) dessa po-
pulação. 
 
 
 
20 
 
 
 
Gráfico 3 – Classificação do percentual com relação à classe social dos in-
divíduos entrevistados 
 
Fonte: UBS, Dr. José de Barros Magaldi, São Paulo; 2019. 
 
Grande parte dos pacientes entrevistados pertence à classe D/E que segundo 
o IBGE compreende indivíduos com renda de 2 a 4 salários mínimos, no entanto a 
pesquisa foi realizada utilizando o Novo Critério Brasil da Associação Brasileira das 
Empresas de Pesquisa (ABEP), que utiliza o levantamento de características domici-
liares, sendo a presença e quantidade de alguns itens domiciliares de conforto e 
grau escolaridade do chefe de família para diferenciar a população, através de pon-
tuação para cada um destes itens. Na pesquisa referida, 18% de usuários perten-
cem a classe C1, com percentual igual 18% pertencendo a classe C2, com 11% es-
tão pacientes de classe B2, apenas 2% pertencentes a classe A, e não havia ne-
nhum indivíduo classificado como classe B1 (Gráfico – 3). 
 
 
 
 
A 
2% 
B1 
0% B2 
11% 
C1 
18% 
C2 
18% 
D/E 
51% 
Classe Econômica (%) 
A
B1
B2
C1
C2
D/E
21 
 
 
 
Gráfico 4 - Classificação do percentual com relação a faixa etária dos entrevis-
tados. 
 
Fonte: UBS, Dr. José de Barros Magaldi, São Paulo; 2019. 
 
Dos pacientes entrevistados, a maioria têm entre 40- 60 anos, seguido por 
25% de pacientes entre 36- 45 anos, 21% de 26-35 anos, 18% de 61-75, e 7% de 18 
– 25 anos (Gráfico – 4). 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 - 25 anos 
7% 
26 - 35 anos 
21% 
36 - 45 anos 
25% 
46 - 60 anos 
29% 
61 - 75 anos 
18% 
Faixa Etária (%) 
22 
 
 
 
Gráfico 5 - Classificação do Índice de Massa Corporal (IMC) 
 
 
 
Fonte: UBS, Dr. José de Barros Magaldi, São Paulo; 2019. 
 
Quando analisado o IMC dos participantes do questionário socioeconômico, 
38% eram eutróficos, 35% se encontravam com sobrepeso, 17% se encontrava em 
obesidade grau 1. Apenas 3% dos participantes se encontravam em obesidade grau 
2 ou 3, e 7% dos entrevistados estavam com peso abaixo do normal (Gráfico - 5). 
 
 
 
Abaixo do peso normal 
7% 
Peso normal 
38% 
Excesso de peso 
35% 
Obesidade grau I 
17% 
Obesidade grau III 
3% 
Estado Nutrinicional (%) 
23 
 
 
 
 Gráfico 6 - Incidência das doenças crônicas não transmissíveis (DNCT) 
 
 
Fonte: UBS, Dr. José de Barros Magaldi, São Paulo; 2019. 
 
 Dos indivíduos entrevistados 35% são hipertensos, 13% são portadores de 
diabetes e 12% são portadores de hipercolesterolemia. O restante dos entrevistados 
não possuem nenhuma das 3 doenças (Gráfico - 6). 
 
 
 
 
13% 
12% 
35% 
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
Diabetes Hipercolesterolemia Hipertensão
DCNTs (%) 
24 
 
 
 
3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 
 
3.1 Estratégia de enfrentamento das DCN até 2025 
 
 O Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das DCNT foi elaborado 
pelo Ministério da Saúde em parceria com vários ministérios, instituições de ensino e 
pesquisa, ONGs da área da saúde, entidades médicas, associações de portadores 
de doenças crônicas, entre outros. As DCNT se constituem como o grupo de doen-
ças de maior relevância no país, atingindo, especialmente, as populações mais vul-
neráveis, como as de baixa renda e escolaridade. Dessa forma, o Plano visa prepa-
rar o Brasil para enfrentar e deter as DCNT até 2025 (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 
2011). 
 O Plano de Enfrentamento de DCNT visa promover o desenvolvimento e a 
implementação de políticas públicas efetivas, integradas, sustentáveis e baseadas 
em evidências para a prevenção e o controle das DCNT e seus fatores de risco e 
apoiar os serviços de saúde voltados às doenças crônicas (MINISTÉRIO DA SAÚ-
DE, 2011). 
 A magnitude das DCNT dentre as causas de mortalidade global e o fato de 
seus fatores de risco serem comuns aos de outras doenças crônicas orientaram a 
formulação de estratégias preventivas pela Organização Mundial de Saúde (OMS, 
2005). 
 Em 2011, a Organização das Nações Unidas (ONU) realizou a Reunião de Al-
to Nível sobre DCNT, que resultou em uma declaração, na qual os países-membros 
comprometeram-se a trabalhar para deter o crescimento desse grupo de doenças, e 
a OMS a elaborar um conjunto de metas e indicadores para monitorar o alcance 
desses objetivos (MALTA, 2013). 
 Em 2012 foi pactuado o quadro de monitoramento global, contendo 25 indica-
dores e nove metas globais voluntárias, para a prevenção e o controle das DCNT. 
Os 25 indicadores foram inseridos em três blocos: a) mortalidade e morbidade; b) fa-
tores de risco; e c) respostas dos sistemas nacionais (MALTA, 2013). Para nove de-
les, foram definidas metas a serem atingidas em relação à linha de base. Metas, es-
25 
 
 
 
sas, que foram alinhadas às do Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento 
das Doenças Crônicas Não Transmissíveis no Brasil, 2011-2022, elaborado com 
protagonismo do Ministério da Saúde e participação de diversas outras instituições 
de relevância nacional e internacional (MALTA, 2013). 
 O Plano aborda os quatro principais grupos de doenças crônicas não trans-
missíveis (circulatórias, câncer, respiratórias crônicas e diabetes) e seus fatores de 
risco em comum modificáveis (tabagismo, álcool, inatividade física, alimentação não 
saudável e obesidade) e define diretrizes e ações em três eixos (MINISTÉRIO DA 
SAÚDE, 2011) : 
1. vigilância, informação,avaliação e monitoramento; 
2. promoção da saúde; 
3.cuidado integral. 
 Em aceitação com as prioridades enfatizadas pela ONU, o Brasil destaca no-
ve metas para o plano de enfrentamento das DCNT entre 2015 a 2025, sendo: redu-
ção da mortalidade por essas doenças em 25%, redução do consumo dos principais 
fatores de risco, sendo estes, uso de álcool, tabaco e sal, além de estilo de vida se-
dentário e obesidade, acesso a medicação para portadores de doenças crônicas, 
como a hipertensão arterial, diabetes e doenças cardiovasculares. Algumas metas 
estipuladas para o plano Brasileiro não estão em pauta Global, são; incentivo ao 
aumento de prática de atividade física, incentivo para aumento do consumo de frutas 
e verduras e aumento da cobertura de exames preventivos na rede SUS. (MALTA, 
2013). 
 
 
3.2 Novo guia alimentar da População Brasileira (2014) 
 
A intenção do Guia Alimentar é promover a saúde e a boa alimentação, com-
batendo a desnutrição, em forte declínio em todo o País, e prevenindo enfermidades 
em ascensão, como a obesidade, o diabetes e outras doenças crônicas, como AVC, 
infarto e câncer (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014). 
26 
 
 
 
Além de orientar sobre qual tipo de alimento comer, a publicação traz infor-
mações de como comer e preparar a refeição, e sugestões para enfrentaros obstá-
culos do cotidiano para manter um padrão alimentar saudável, como falta de tempo 
e inabilidade culinária (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014). 
Dados da pesquisa Vigitel 2013 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção 
para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) indicam que atualmente 50,8% dos 
brasileiros estão acima do peso ideal e 17,5% são obesos. Os percentuais são 19% 
e 48% superiores que os registrados em 2006 - quando a proporção de pessoas 
acima do peso era de 42,6% e de obesos era de 11,8% (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 
2014). 
O Guia orienta as pessoas a optarem por refeições caseiras e evitarem a ali-
mentação em redes de fast food e produtos prontos que dispensam preparação culi-
nária : sopas de pacote, pratos congelados prontos para aquecer, molhos industriali-
zados, misturas prontas para tortas (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014). 
Outras recomendações são o uso moderado de óleos, gorduras, sal e açúcar 
ao temperar e cozinhar alimentos, e o consumo limitado de alimentos processados 
(queijos, embutidos, conservas), utilizando-os, preferencialmente, como ingredientes 
ou parte de refeições. Na hora da sobremesa, o ideal é preferir as caseiras, dispen-
sando as industrializadas (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014). 
Destaque especial é dado também às circunstâncias que envolvem o ato de 
comer, aconselhando-se regularidade de horário, ambientes apropriados e, sempre 
que possível companhia (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014). 
O ideal é desfrutar a alimentação, evitar a refeição assistindo à televisão, falar 
no celular, ficar em frente ao computador ou atividades profissionais (MINISTÉRIO 
DA SAÚDE, 2014). 
No guia encontram-se os passos para uma alimentação adequada, os quais pode-
mos citar: 
 • Fazer uso de alimentos in natura ou minimamente processados; 
 • Utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e co-
zinhar alimentos; 
 • Limitar o consumo de alimentos processados; 
27 
 
 
 
 • Evitar o consumo de alimentos ultraprocessados; 
 • Fazer compras em locais que ofertem variedades de alimentos in natura ou mini-
mamente processados; 
 • Desenvolver, exercitar e partilhar habilidades culinárias; 
 • Planejar o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que ela merece; 
 • Dar preferência, quando fora de casa, a locais que servem refeições feitas na 
hora; 
• Ser crítico quanto a informações, orientações e mensagens sobre alimentação 
veiculadas em propagandas comerciais. 
 
3.2.1 Atividade realizada na sala de espera: Como Fazer Compras Mais Saudáveis 
 No dia 07/06/2019 a aluna Letícia Oliveira, realizou um questionário para reali-
zação de um artigo sobre aquisição de alimentos com 25 pessoas entre 18 e 65 
anos aonde foram realizadas perguntas sobre: influência na hora de adquirir um 
alimento aonde as principais respostas foram qualidade (68%), saudável (20%)e 
vencimento(20%) , influência da propaganda na compra de alimentos aonde 4 
disseram sim e 21 não , influência do custo aonde 21 disseram que sim e 4 não , 
escolhas de alimentos por facilidade e praticidade aonde 10 disseram sim e 15 
não, leitura de rótulos de alimentos aonde 19 disseram sim e 6 não e composição 
da compra alimentar em relação a alimentos in natura / minimamente processa-
dos e ultraprocessados aonde todos disseram que é composto em maior parte por 
in natura e minimamente processado , no final foi feita a entrega e explicação de 
folder (ANEXO 1) abordando os temas discutidos. 
 
3.2.2 Atividade realizada na sala de espera: Avaliação sobre o conhecimento e fre-
quência do consumo de alimentos orgânicos e transgênicos na UBS Dr. José de 
Barros Magaldi 
 No dia 31/05/2019 a aluna Valdilane Lima, realizou uma pesquisa com 25 
adultos com faixa etária de 23 a 70 anos de idade, em sua maioria o sexo femini-
no, para avaliar o conhecimento e frequência do consumo de alimentos orgânicos 
28 
 
 
 
e transgênicos. Dos 25 entrevistados 72% afirmam conhecer alimentos orgânicos, 
16% nunca ouviram falar, 12% ouviram falar mas não souberam explicar o que é 
exatamente. No decorrer da pesquisa lhes foram mostrado dois selos, um de ali-
mentos orgânicos e o outro de alimentos transgênicos, afim de verificar a atenção 
das pessoas na visualização destes selos nas embalagens na hora da compra, 64 
% informaram que já viram o selo de orgânico e 36% nunca viram, 68% nunca vi-
ram o selo de transgênico e apenas 32% viram. Por nível de escolaridade 36% 
não conhecem alimentos transgênicos são indivíduos com ensino fundamental in-
completo e fundamental completo 24%. Referente ao consumo de alimentos or-
gânicos, a maioria citou como dificuldades o acesso à estes alimentos e princi-
palmente o fator financeiro, pois geralmente são muito caros. Houve interesse 
significativo sobre o assunto, durante toda a pesquisa, foi explicado cada tópico 
do folder (ANEXO 2) para cada participante. 
 
 3.2.3 Atividade realizada na sala de espera: Avaliação da Frequência Alimentar e 
Relação com a Comensalidade 
 No dia 07/ 06/ 19 a aluna Fabiana Freitas, realizou uma pesquisa com 25 
adultos com faixa etária entre 22 a 63 anos de idade, sendo a maioria do sexo 
feminino, com finalidade de avaliar a frequência alimentar e sua relação com a 
comensalidade. Foi utilizado um questionário para a coleta dos dados, onde havia 
perguntas como: Ontem você realizou café da manhã? lanche da manhã? almo-
ço? lanche da tarde? Jantar, e ceia? Se realizou em companhia, se realizou a re-
feição em casa, ou fora de casa. Foram coletados também idade, sexo, peso e al-
tura. Dos 25 entrevistados, 96% realizam café da manhã, 60% realizam com 
atenção, 52% realizam em companhia, e 56% tomam café em casa. Lanche da 
manhã; 64% fazem lanche da manhã, somente 36% realizam com atenção, 24% 
estão em companhia, e 76% fazem fora de casa. Almoço; 100% dos entrevistados 
almoçam todos os dias, 68% comem com atenção, 48% comem em compa-
nhia,76% comem fora de casa. Lanche da tarde; apenas 48% realizam lanche da 
tarde, 40% com atenção, 36% em companhia, e 84% fora de casa. Jantar; 88% 
fazem essa refeição,72% realizam com atenção, 80% comem em companhia e 
84% realizam essa refeição em casa. Ceia; somente 32% fazem essa refeição, 
29 
 
 
 
24% fazem com atenção, porém 32% realizam em companhia e em casa. Durante 
a pesquisa foi entregue um folheto com orientações coletadas do guia alimentar, 
sobre como realizar as refeições. 
 
3.3 Programa Saúde na Escola (PSE) 
 
O Programa Saúde na Escola (PSE) visa à integração e articulação perma-
nente da educação e da saúde, proporcionando melhoria da qualidade de vida da 
população brasileira. Como consolidar essa atitude dentro das escolas? Essa é a 
questão que nos guiou para elaboração da metodologia das Agendas de Educação 
e Saúde, a serem executadas como projetos didáticos nas Escolas. (MINISTÉRIO 
DA EDUCAÇÃO, 2018) 
O PSE tem como objetivo contribuir para a formação integral dos estudantes 
por meio de ações de promoção, prevenção e atenção à saúde, com vistas ao en-
frentamento das vulnerabilidades que comprometem o pleno desenvolvimento de 
crianças e jovens da rede pública de ensino. (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2018) 
O público beneficiário do PSE são os estudantes da Educação Básica, gesto-
res e profissionais de educação e saúde, comunidade escolar e, de forma mais am-
plificada, estudantes da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica e da 
Educação de Jovens e Adultos (EJA). (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2018) 
As atividades de educação e saúde do PSE ocorrerão nos Territórios defini-
dos segundo a área de abrangência da Estratégia Saúde da Família (Ministério da 
Saúde), tornando possível o exercício de criação de núcleos e ligações entre os 
equipamentos públicos da saúde e da educação (escolas, centros de saúde, áreas 
de lazer como praças e ginásios esportivos, etc.). (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 
2018) 
No PSE a criação dos Territórioslocais é elaborada a partir das estratégias 
firmadas entre a escola, a partir de seu projeto político-pedagógico e a unidade bási-
ca de saúde. O planejamento destas ações do PSE considera: o contexto escolar e 
social, o diagnóstico local em saúde do escolar e a capacidade operativa em saúde 
do escolar. (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2018) 
http://sistemas.aids.gov.br/saudenaescola2010/index.php?q=node/67
30 
 
 
 
A Escola é a área institucional privilegiada deste encontro da educação e da 
saúde: espaço para a convivência social e para o estabelecimento de relações favo-
ráveis à promoção da saúde pelo viés de uma Educação Integral. (MINISTÉRIO DA 
EDUCAÇÃO, 2018) 
Para o alcance dos objetivos e sucesso do PSE é de fundamental importância 
compreender a Educação Integral como um conceito que compreende a proteção, a 
atenção e o pleno desenvolvimento da comunidade escolar. Na esfera da saúde, as 
práticas das equipes de Saúde da Família, incluem prevenção, promoção, recupera-
ção e manutenção da saúde dos indivíduos e coletivos humanos. (MINISTÉRIO DA 
EDUCAÇÃO, 2018) 
Para alcançar estes propósitos o PSE foi constituído por cinco componentes: 
 
a) Avaliação das Condições de Saúde das crianças, adolescentes e jovens que es-
tão na escola pública; 
b) Promoção da Saúde e de atividades de Prevenção; 
c) Educação Permanente e Capacitação dos Profissionais da Educação e da Saúde 
e de Jovens; 
d) Monitoramento e Avaliação da Saúde dos Estudantes; 
e) Monitoramento e Avaliação do Programa. 
Mais do que uma estratégia de integração das políticas setoriais, o PSE se 
propõe a ser um novo desenho da política de educação e saúde já que: 
(1) trata a saúde e educação integrais como parte de uma formação ampla para a 
cidadania e o usufruto pleno dos direitos humanos; 
(2) permite a progressiva ampliação das ações executadas pelos sistemas de saúde 
e educação com vistas à atenção integral à saúde de crianças e adolescentes; e 
(3) promove a articulação de saberes, a participação de estudantes, pais, comunida-
de escolar e sociedade em geral na construção e controle social da política pública. 
 
 
31 
 
 
 
Agenda de educação e saúde 
 
 A Agenda de Educação e Saúde é uma estratégia fundamental de implemen-
tação das ações compartilhadas nos territórios municipais. São escolhidos “recortes” 
do território integrando escolas e unidades de saúde, a fim de gerar uma articulação 
das práticas. A Agenda definirá as propostas comunitárias para estes microterritórios 
onde as escolas estão inseridas, refletindo as expectativas comunitárias em relação 
à interface educação e saúde. (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2018) 
No âmbito da escola as atividades de planejamento e gestão do coletivo, for-
mulação dos inventários detalhados e da condução de processos participativos inte-
grados aos estudos e ao Projeto Político Pedagógico representam uma oportunidade 
ímpar para os exercícios de cidadania. 
Por meio do diálogo entre comunidade escolar e equipe da Estratégia Saúde 
da Família, a Agenda de Educação e Saúde envolve interlocuções entre diferentes 
setores da sociedade e dos programas/políticas já em desenvolvimento na escola e 
com parceiros locais. (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2018) 
 
3.4 Programa Mãe Paulistana (Rede Cegonha) 
 
Toda mulher tem o direto ao planejamento reprodutivos e atenção humani-
zada à gravidez ao parto e ao puerpério (pós-parto), bem como as crianças têm o 
direito ao nascimento seguro e ao crescimento e desenvolvimento saudáveis 
(BRASIL, 2017). 
Assegurar esses direitos é o objetivo do Ministério da Saúde com a Rede 
Cegonha. Essa estratégia tem a finalidade de estruturar e organizar a atenção à 
saúde materno-infantil no País e está sendo implantada, gradativamente, em todo 
o território nacional. A implantação e expansão do programa segue critério epide-
miológico, taxa de mortalidade infantil e razão mortalidade materna e densidade 
populacional (BRASIL, 2017). 
 
32 
 
 
 
Componentes da Rede Cegonha 
 
 Pré-natal; 
 Parto e nascimento; 
 Puerpério e atenção integral à saúde da criança; 
 Sistema logístico (transporte sanitário e regulação). 
 
A Rede Cegonha é uma estratégia lançada em 2011 pelo governo federal para 
proporcionar às mulheres saúde, qualidade de vida e bem-estar durante a gesta-
ção, parto, pós-parto e o desenvolvimento da criança até os dois primeiros anos de 
vida. Tem o objetivo de reduzir a mortalidade materna e infantil e garantir os direi-
tos sexuais e reprodutivos de mulheres, homens, jovens e adolescentes. A propos-
ta qualifica os serviços ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no planeja-
mento familiar, na confirmação da gravidez, no pré-natal, no parto e no puerpério 
(BRASIL, 2017). 
A Rede sistematiza e institucionaliza um modelo de atenção ao parto e ao nas-
cimento que vem sendo discutido e construído no País desde a década de 80, com 
base no pioneirismo e na experiência de médicos e enfermeiras obstetras e neona-
tais, obstetrizes, parteiras doulas, acadêmicos, antropólogos, sociólogos, gestores, 
formuladores de políticas públicas, gestantes, grupos feministas, ativistas e institui-
ções de saúde, dentre outros (BRASIL, 2017). 
 
3.5 Programa Acompanhante do Idoso (PAI) 
 
 O Programa Acompanhante de Idosos é desenvolvido em regiões diferentes 
na cidade de São Paulo. A primeira experiência foi realizada com a Universidade 
Federal de São Paulo (UNIFESP), que se constituiu em entidade parceira, por meio 
do Instituto de Geriatria e Gerontologia (IGG). O principal objetivo desse projeto ini-
cial foi capacitar indivíduos a realizarem atividades comunitárias de cuidado e acom-
panhamento de pessoas idosas frágeis, para atuarem na identificação de situações 
33 
 
 
 
de risco que comprometessem a autonomia e independência, assim como contribuir, 
para minimizar os efeitos da dependência que as pessoas idosas possuíam. O perí-
odo da capacitação teórico-prática foi de seis meses, sendo que, durante três me-
ses, as 28 participantes do projeto desenvolveram atividades de acompanhamento 
de pessoas idosas na região central da cidade. Os profissionais de saúde da região 
de Santa Cecília sentiram a necessidade de implantar ações, que ultrapassassem as 
práticas tradicionais de intervenção em saúde, ao constatarem as necessidades pe-
culiares da população idosa que o seu território geográfico e social compunha. 
(BRASIL, 2012) 
Em 2012, após uma terceira expansão, o PAI passou a contar com 22 equipes, dis-
tribuídas em todas as regiões da cidade de São Paulo, através de parcerias com as 
seguintes instituições: Associação Saúde da Família, Centro Social Nossa Senhora 
do Bom Parto e Superintendência de Atenção à Saúde do Serviço Social da Cons-
trução Civil, as quais, sob a coordenação da Secretaria Municipal da Saúde, plane-
jam e executam o Programa Acompanhante de Idosos. O Programa encontra-se em 
atividade e já constitui importante opção de atendimento aos idosos em situação de 
fragilidade, pois rompe a exclusão em que esses indivíduos se encontram, decorren-
te da situação de sua saúde. Também se transformou numa prática positiva de polí-
tica pública, pois responsabiliza o gestor da política de saúde a exercer o seu papel 
no contexto do envelhecimento. (BRASIL, 2012) 
 
 As diretrizes definidas na Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa para o 
atendimento das necessidades de saúde das pessoas idosas são as seguintes: 
 Promoção do envelhecimento ativo e saudável; 
 Atenção integral à saúde da pessoa idosa; 
 Estímulo às ações intersetoriais, visando à integralidade da atenção; 
 Provimento de recursos capazes de assegurar qualidade da atenção à saúde da 
pessoa idosa; 
 Estímulo à participação e fortalecimento do controle social; 
 Formação e educação permanente dos profissionais de saúde do SUS na área 
de saúde da pessoa idosa; 
34 
 
 
 
 Divulgação e informação sobre a PolíticaNacional de Saúde da Pessoa Idosa 
para profissionais de saúde, gestores e usuários do SUS; 
 Promoção de cooperação nacional e internacional das experiências na atenção 
à saúde da pessoa idosa 
Apoio ao desenvolvimento de estudos e pesquisas. É responsabilidade dos gestores 
e dos profissionais de saúde a promoção da qualidade de vida da pessoa idosa. É 
importante viver muito, mas é fundamental viver bem. Preservar a autonomia e a in-
dependência funcional das pessoas idosas deve ser a meta de todos os níveis de 
atenção do SUS. (BRASIL, 2012) 
 
3.6 Programa de Auto monitoramento Glicêmico (PAMG) 
 
 Diabetes mellitus (DM), doença crônica, caracterizada pelo comprometimento 
do metabolismo da glicose é um dos principais problemas de saúde pública. As in-
tervenções terapêuticas devem direcionar-se ao rigoroso controle da glicemia e de 
outras condições clínicas, no sentido de prevenir ou retardar a progressão da doen-
ça para as complicações crônicas; bem como evitar complicações agudas, por 
exemplo, a cetoacidose. As duas abordagens fundamentais para avaliar o controle 
glicêmico são: dosagem da Hemoglobina glicada (A1c) e o Auto monitoramento da 
glicemia capilar (PSP, 2009). 
 A secretaria municipal de saúde de São Paulo iniciou o programa através de 
05 unidades de Referência, em agosto de 2005, o objetivo do Programa de auto 
monitoramento Glicêmico (AMG) é cadastrar e atender os portadores de Diabetes 
mellitus (DM) Insulinodependentes, possibilitando o acesso de forma contínua aos 
insumos: tiras, lancetas e seringas que garantam o auto monitoramento glicêmico 
(AMG), através de disponibilização de aparelhos monitores de glicemia capilar (PSP, 
2009). 
 O cadastramento que necessariamente deve ser realizado em Unidade de 
Saúde da rede ambulatorial de serviços, garante a disponibilização do aparelho mo-
nitor para dosagem de glicemia capilar e a entrega à: lancetas para coleta de san-
gue através de punção digital; tiras reagentes para determinação de glicose; serin-
35 
 
 
 
gas descartáveis (0,5 ml – 50 UI) com agulha 8 X 0,3 (para crianças e adultos de 
baixo Índice de Massa Corpórea - IMC); seringas descartáveis (1ml – 100UI) com 
agulha 12 X 0,3 (para adultos); recipiente (3 l) para descarte de material perfuro cor-
tante; assim como às Insulinas NPH e Regular para portadores de DM Insulinode-
pendentes. Os insumos que possibilitam a continuidade do tratamento serão sempre 
entregues a partir de agendamento e de acordo com as necessidades de cada por-
tador em suas Unidades de atendimento. Para os portadores Não Insulinodependen-
tes, recomenda-se a realização da dosagem de glicemia capilar nas Unidades de 
Saúde, uma vez que não existem evidências científicas suficientes de que o auto 
monitoramento rotineiro seja o melhor para o controle da glicemia nestes casos 
(PSP, 2009). 
 
3.7 Programa Saúde Do Homem 
 A proposição da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem vi-
sa qualificar a saúde da população masculina na perspectiva de linhas de cuidado 
que resguardem a integralidade da atenção. O reconhecimento de que os homens 
adentram o sistema de saúde por meio da atenção especializada tem como conse-
quência o agravo da morbidade pelo retardamento na atenção e maior custo para o 
SUS. É necessário fortalecer e qualificar a atenção primária garantindo, assim, a 
promoção da saúde e a prevenção aos agravos evitáveis (BRASIL, 2008). 
 Muitos agravos poderiam ser evitados caso os homens realizassem, com re-
gularidade, as medidas de prevenção primária. A resistência masculina à atenção 
primária aumenta não somente a sobrecarga financeira da sociedade, mas também, 
e, sobretudo, o sofrimento físico e emocional do paciente e de sua família, na luta 
pela conservação da saúde e da qualidade de vida dessas pessoas (BRASIL, 2008). 
 Os homens têm dificuldade em reconhecer suas necessidades, cultivando o 
pensamento mágico que rejeita a possibilidade de adoecer. Uma questão apontada 
pelos homens para a não procura pelos serviços de saúde está ligada a sua posição 
de provedor. Alegam que o horário do funcionamento dos serviços coincide com a 
carga horária do trabalho. Não se pode negar que na preocupação masculina a ati-
vidade laboral tem um lugar destacado, sobretudo em pessoas de baixa condição 
social o que reforça o papel historicamente atribuído ao homem de ser responsável 
36 
 
 
 
pelo sustento da família. Ainda que isso possa se constituir, em muitos casos, uma 
barreira importante, há de se destacar que grande parte das mulheres, de todas as 
categorias sócio-econômicas, faz hoje parte da força produtiva, inseridas no merca-
do de trabalho, e nem por isso deixam de procurar os serviços de saúde (BRASIL, 
2008). 
 A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, portanto, além 
de evidenciar os principais fatores de morbimortalidade explicita o reconhecimento 
de determinantes sociais que resultam na vulnerabilidade da população masculina 
aos agravos à saúde, considerando que representações sociais sobre a masculini-
dade vigente comprometem o acesso à atenção integral, bem como repercutem de 
modo crítico na vulnerabilidade dessa população à situações de violência e de risco 
para a saúde (BRASIL, 2008). 
 Este programa não é aplicado na UBS Dr. José de Barros Magaldi. 
 
3.8 Programa Saúde Do Idoso 
 
A Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, Portaria GM 2528 de 19 de 
outubro de 2006, define que a atenção à saúde dessa população terá como porta de 
entrada a atenção Básica/ Estratégia de Saúde da Família. A Rede de Atenção Psi-
cossocial (CAPS) e a Rede de Urgências e Emergências (UPAS e Pronto Atendi-
mentos) também são portas de entrada para atendimento (BRASIL, 2010). 
 A Área Técnica Saúde do Idoso vem desenvolvendo ações estratégicas com 
base nas diretrizes contidas na Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa e nas 
metas propostas no Pacto pela Vida de 2006, objetivando promover o envelhecimen-
to ativo e saudável, a realização de ações de atenção integral e integrada à saúde 
da pessoa idosa e de ações intersetoriais de fortalecimento da participação popular 
e de educação permanente, que serão descritas a seguir (BRASIL, 2010): 
 Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa 
 Caderno de Atenção Básica - Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa 
 Curso de Aperfeiçoamento em Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa 
 Curso de Gestão em Envelhecimento 
37 
 
 
 
 Oficinas Estaduais de Prevenção de Osteoporose, Quedas e Fraturas em 
Pessoas Idosas. 
 Ações desenvolvidas ou em desenvolvimento em parceria com outras áreas 
Dentre outras ações realizadas pela Área Técnica Saúde do Idoso, podem-se 
destacar ações estratégicas que foram elencadas no Pacto pela Vida (2006) e 
aquelas que a Área Técnica vem acompanhando com interface com outras 
áreas: acolhimento, assistência farmacêutica, atenção domiciliar, imunização, 
Programa Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis – DST/AIDS. 
Este programa é aplicado na UBS, nas terças e sextas-feiras a nutricionista da uni-
dade realiza atividade no parque do povo como Yoga, Tai chi chuan, caminhas e ou-
tras atividades físicas juntamente com um professor voluntário de educação física. 
 
3.9 Práticas Integrativas e Complementares (PICS) 
 
Implantada em 2006, a Política Nacional de Práticas Integrativas e Comple-
mentares (PNPIC) no SUS entende a necessidade de se implementar em caráter 
oficial as experiências bem sucedidas desenvolvidas na rede pública de alguns es-
tados e municípios (BRASIL, 2006). 
 As PICS tem como objetivo de complementar o tratamento tradicional alopáti-
co, promovendo o auto cuidado. Visando a saúde de maneira integral, melhorando o 
funcionamento do corpo independente de doenças específicas, as práticas integrati-
vas hoje contam com 29 terapias diferentes (BRASIL, 2006). 
Das mais populares como acupuntura, homeopatia, fitoterapia,yoga até as 
menos convencionais como Osteopatia que é uma prática que aborda diversas do-
enças através da manipulação dos ossos, músculos e articulações do paciente e 
Apiterapia por exemplo que é a utilização de produtos provindo das abelhas para a 
promoção de saúde (BRASIL, 2018). 
Na UBS Dr. José de Barros Magaldi, é disponibilizado duas dessas Práticas 
Integrativas, que é a Yoga e o Tai Chi Chuan. A Yoga é uma prática tanto mental 
quanto física, de origem oriental, tem por objetivo regularizar a respiração, diminuir o 
estresse, equilibrar a produção hormonal, aumentar a concentração melhorando de 
maneira geral, a qualidade de vida do paciente. Já o Tai Chi Chuan é uma arte mar-
38 
 
 
 
cial chinesa que traz foco, concentração, trabalha os grandes grupos musculares, 
melhora da flexibilidade, e redução do estresse (BRASIL, 2019). 
 
3.10 Combate ao Tabagismo 
 
O tabagismo é considerado uma doença crônica, desenvolvido pelas pessoas 
que consomem cigarros ou outros produtos que contenham tabaco. Nestes produtos 
é encontrado a nicotina, que leva à dependência. No Brasil o principal produto que 
causa a dependência ao tabaco é o cigarro, que é responsável por até 90% dos 
canceres de pulmão e colocam seus usuários como grupo de risco para desenvolve-
rem Acidente Vascular Encefálico e ataques cardíaco fulminante (INCA, 2018). 
 No Brasil, o tabagismo é considerado uma doença pediátrica já que 20% dos 
fumantes começam a fumar antes dos 15 anos. 428 pessoas morrem no Brasil por 
dia devido ao tabagismo, principalmente devido à doenças cardíacas, DPOC – Do-
ença Pulmonar Obstrutiva Crônica - câncer de pulmão, pneumonia, Acidente vascu-
lar Encefálico (INCA, 2018). 
Desde a década de 1950 o uso do tabaco passou a ser considerado fator de 
risco para diversas doenças, portanto a partir da década de 1970, profissionais da 
saúde começaram a fomentar o controle ao tabagismo em prol da saúde . Apenas 
em 1985 a atuação governamental começou a existir, com o Grupo Assessor para o 
Controle do Tabagismo no Brasil e em 1986 com o Programa Nacional de Combate 
ao Fumo (BRASIL, 2019). 
 Coordenado pelo INCA – Instituto Nacional de Câncer - e articulado pelo Mi-
nistério da Saúde, o Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT), por 
meio de ações educativas, de comunicação, como as imagens nos maços de cigar-
ro, e com o apoio das medidas legislativas e econômicas como o controle dos im-
postos sobre os produtos, tem como objetivo diminuir a prevalência dos fumantes, e 
por consequência diminuir as doenças adquiridas por eles (INCA, 2019). 
 
 
39 
 
 
 
3.11 Programa Saúde da Família (PSF) e Núcleo de Apoio à Saúde da 
 Família (NASF) 
 
 A Estratégia Saúde da Família (ESF) busca promover a qualidade de vida da 
população brasileira e intervir nos fatores que colocam a saúde em risco, como falta 
de atividade física, má alimentação, uso de tabaco, dentre outros. Com atenção in-
tegral, equânime e contínua, a ESF se fortalece como a porta de entrada do Sistema 
Único de Saúde (MINISTERIO DA SAUDE, 2017). 
 A Equipe de Saúde da Família está ligada à Unidade Básica de Saúde (UBS) 
local. Esse nível de atenção resolve 80% dos problemas de saúde da população. 
Entretanto, se a pessoa precisar de um cuidado mais avançado, a ESF faz este en-
caminhamento (MINISTERIO DA SAUDE, 2017). 
 A Estratégia Saúde da Família (ESF) é composta por equipe multiprofissional 
que possui, no mínimo, médico generalista ou especialista em saúde da família ou 
médico de família e comunidade, enfermeiro generalista ou especialista em saúde 
da família, auxiliar ou técnico de enfermagem e agentes comunitários de saúde 
(ACS). Também há equipe de Saúde Bucal, composta por cirurgião-dentista genera-
lista ou especialista em saúde da família, auxiliar e/ou técnico em Saúde Bucal (MI-
NISTERIO DA SAUDE, 2017). 
 O número de ACS deve ser suficiente para cobrir 100% da população cadas-
trada, com um máximo de 750 pessoas por agente e de 12 ACS por equipe de Saú-
de da Família, não ultrapassando o limite máximo recomendado de pessoas por 
equipe. Cada equipe de Saúde da Família deve ser responsável por, no máximo, 
4.000 pessoas de uma determinada área, que passam a ter corresponsabilidade no 
cuidado com a saúde (MINISTERIO DA SAUDE, 2017). 
Atividades básicas de uma equipe de Saúde da Família (PSF): 
 Conhecer a realidade das famílias pelas quais são responsáveis e identificar 
os problemas de saúde mais comuns e situações de risco aos quais a popu-
lação está exposta; 
40 
 
 
 
 Executar, de acordo com a qualificação de cada profissional, os procedimen-
tos de vigilância à saúde e de vigilância epidemiológica, nos diversos ciclos 
da vida; 
 Garantir a continuidade do tratamento, pela adequada referência do caso; 
 Prestar assistência integral, respondendo de forma contínua e racionalizada à 
demanda, buscando contatos com indivíduos sadios ou doentes, visando 
promover a saúde por meio da educação sanitária; 
 Promover ações intersetoriais e parcerias com organizações formais e infor-
mais existentes na comunidade para o enfrentamento conjunto dos proble-
mas; 
 Discutir, de forma permanente, junto à equipe e à comunidade, o conceito de 
cidadania, enfatizando os direitos de saúde e as bases legais que os legiti-
mam; 
 Incentivar a formação e/ou participação ativa nos conselhos locais de saúde e 
no Conselho Municipal de Saúde. 
 Os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) foram criados pelo Ministé-
rio da Saúde, em 2008, com o objetivo de apoiar a consolidação da Atenção Básica 
no Brasil, ampliando as ofertas de saúde na rede de serviços, assim como a resolu-
tividade, a abrangência e o alvo das ações (MINISTERIO DA SAUDE, 2017). 
 Atualmente, regulamentados pela Portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 
2011, os núcleos são compostos por equipes multiprofissionais que atuam de forma 
integrada com as equipes de Saúde da Família (PSF), as equipes de atenção básica 
para populações específicas (consultórios na rua, equipes ribeirinhas e fluviais) e 
com o Programa Academia da Saúde (MINISTERIO DA SAUDE 2017). 
 Esta atuação integrada permite realizar discussões de casos clínicos, possibi-
lita o atendimento compartilhado entre profissionais, tanto na Unidade de Saúde, 
como nas visitas domiciliares; permite a construção conjunta de projetos terapêuti-
cos de forma que amplia e qualifica as intervenções no território e na saúde de gru-
pos populacionais. Essas ações de saúde também podem ser intersetoriais, com fo-
co prioritário nas ações de prevenção e promoção da saúde (MINISTERIO DA SAU-
DE, 2017). 
41 
 
 
 
 Com a publicação da Portaria 3.124, de 28 de dezembro de 2012, o Ministé-
rio da Saúde criou uma terceira modalidade de conformação de equipe: o NASF 3, 
abrindo a possibilidade de qualquer município do Brasil faça implantação de equipes 
NASF, desde que tenha ao menos uma equipe de Saúde da Família (MINISTÉRIO 
DA SAÚDE, 2017). 
 
3.12 Atividades complementares 
 
3.12.1 Visita à zona cerealista 
 
 No dia 15 de Maio, foi feita uma visita a zona cerealista com finalidade de 
ampliar o conhecimento referente à comércios que trabalhem com alimentos natu-
rais com preços atrativos para o cliente, e também para acompanhar os produtos 
que são mais procurados, comparar preços, qualidade. O nutricionista precisa está 
atualizado sobre o mercado alimentício, para melhor conduzir seus paciente no 
atendimento clínico, para lhe indicar locais de compra, pois é de conhecimento de 
todos, que alimentos naturais costumam ser mais caros e de difícil acesso. 
 
3.12.2 Visita a Feira NaturalTech 2019 
 
 No dia 06 de Junho, foi feita uma visita a feira Naturaltech, que é realizada 
anualmente em São Paulo. A Naturaltech é voltada totalmente todo o universo da 
área de alimentos saudáveis, incluindo alimentos funcionais, suplementos, nutrição es-
portivae estética. Para o setor em expansão, a feira é uma forte plataforma de negócios, 
disseminação da cultura de uma vida saudável, relacionamento e troca de experiências 
entre fabricantes, profissionais do setor e consumidores em geral que visitam a feira em 
busca de lançamentos, serviços e conhecimento. Além da exposição, venda e lançamen-
to de produtos, a feira oferece várias palestras voltadas à saúde alimentar, neste ano de 
2019 pôde-se observar o grande crescimento do mercado de alimentos veganos, uma 
gama de variedade com preços bastante atraentes ao consumidor. Muitas empresas 
42 
 
 
 
também estão se adequando a produção de alimentos orgânicos, o que fortalece a sus-
tentabilidade e garante a segurança do meio ambiente e outros fatores importantes. 
 
3.12.3 Festa Junina da UBS 
 
 No dia 07 de Junho, a nutricionista da UBS Fátima organizou uma festa junina 
para seus pacientes no parque do povo, neste mesmo parque ela realiza outras ati-
vidades com os idosos. A festa junina acontece anualmente, cada paciente fica res-
ponsável pela preparação de um prato junino, também é realizado brincadeiras co-
mo pescaria e quadrilha, este ano as estagiárias ficaram responsáveis para julgar o 
melhor prato e indicar um vencedor da competição. Dentre as preparações haviam: 
Maria mole, bolo de fubá com goiabada, canjica, arroz doce, curau, bolo de milho. 
Os critérios de avaliação foram: Apresentação do prato, sabor, textura, cor, aroma e 
criatividade. A avaliação foi feita por cinco estagiárias de nutrição e duas nutricionis-
tas, obtendo como ganhador o bolo de fubá com goiabada, pois atendeu a todos os 
critérios. 
 
3.12.4 Sala de espera sobre açúcares escondidos 
 
 Nos dias 12 e 13 de Junho, as estagiárias de nutrição, desenvolveram uma 
atividade educativa na sala de espera sobre açúcares escondidos, aberta para paci-
entes e profissionais. O intuito da atividade foi de alertar aos indivíduos sobre os di-
versos tipos de açúcares que as indústrias colocam nos rótulos dos alimentos disfar-
çadamente (sacarose, xarope de milho, frutose, dextrose, maltodextrina, xarope de 
malte, açúcar invertido, entre outros). Durante a atividade o assunto foi abordado te-
oricamente explicando os danos que o açúcar pode causar quando seu uso é exage-
rado, os efeitos do açúcar no cérebro e a importância da leitura dos rótulos princi-
palmente quando se trata de diabéticos, pois normalmente diferentes nomes são 
dados ao açúcar para valorizar o produto e disfarçar a atenção para este ingredien-
te. Também foram mostrados aos pacientes as comparações do teor de açúcar exis-
tentes em alguns alimentos, até mesmo naqueles em que não são doce. Alguns ali-
43 
 
 
 
mentos usados como referência: achocolatado, wafer, macarrão instantâneo, boli-
nhos ultraprocessados, confeitos de chocolate, entre outros. 
 Os pacientes se mostraram interessados e curiosos no assunto, interagiram 
realizando perguntas e relatando experiências do cotidiano, porém afirmaram não se 
atentarem a leitura de rótulos. 
 
3.12.5 Atividade realizada na sala de espera: Avaliação sobre a prevenção da Os-
teoporose na UBS Dr. José de Barros Magaldi 
 
 No dia 22 de maio de 2019, a aluna Maria Carolina Albergaria Ferreira, entre-
vistou 28 pacientes que estavam aguardando na sala de espera sobre a prevenção 
da osteoporose, avaliando a quantidade consumida de Cálcio, a realização de ativi-
dade física e a exposição solar, além de histórico familiar. Foram entrevistados 19 
mulheres e 9 homens. Dos entrevistados, 86% não consomem nem 70% da quanti-
dade recomendada de Cálcio, 57% não realiza nenhuma atividade física, e dos 61% 
que se expõem ao sol, 47% usam protetor solar ao se exporem ao sol. A menopau-
sa é um grupo de risco para a Osteoporose devido à queda hormonal que acontece 
nessa fase. 58% das mulheres entrevistadas encontravam-se na menopausa e des-
sas, 27% consomem acima de 76% da recomendação de Cálcio por dia. Apenas 
36% praticam atividade física pelo menos 1 vez por semana e 27% se expõem ao 
sol sem protetor solar com frequência. Nenhuma das participantes na menopausa 
consome a quantidade adequada de Cálcio, se expõem ao sol sem protetor solar e 
pratica atividade física simultaneamente. Após a entrevista, foi entregue um panfleto 
com os assuntos abordados (ANEXO 3). 
 
3.12.6 Atividade realizada na sala de espera: Avaliação sobre o tema: Afinal, você 
sabe o que é glúten? 
 
No dia 23/05/2019 a aluna Jéssica Marie Lima de Oliveira, realizou uma pesquisa 
com 26 pessoas a faixa etária entre 20 a 66 anos de idade, em sua maioria o sexo 
44 
 
 
 
feminino, para avaliar o conhecimento das pessoas que frequentam a UBS sobre o 
tema: Afinal, você sabe o que é glúten 
O questionário foi constituído com perguntas e respostas fechadas onde foi 
obtidoas variáveis sim e não em seis questões. Umas das perguntas era você já ou-
viu falar sobre o glúten, (20 pessoas) responderam que sim (6 pessoas) responde-
ram que não. Já sobre você faz dieta sem glúten, (22 pessoas) responderam que 
sim (4 pessoas) responderam que não. Na infância só (2 pessoas) ouviram falar do 
glúten as outras (24 pessoas) nunca ouviram. Em questão de consumir os produtos 
sem glúten ou fazer alguma dieta restritiva (20 pessoas) responderam que não e (6 
pessoas) responderam que sim, (17 pessoas) não obteve diferença em trocar um 
alimento sem glúten por um com glúten (9 pessoas) responderam que sentiu dife-
rença. 
 Como resultados: 5% obtiveram informações sobre o glúten pela internet e 
TV, 4% no trabalho e com familiares, 2% em revistas e palestras e outras 4% não 
tem nenhuma informação. Quando comparamos com a outra pergunta se eles 
acham que fazem bem para a saúde, 12% responderam que se sente mais leve, 6% 
não sabe explicar, 4% disseram que depende de cada pessoa, 3% diz fazer mal e 
1% diz melhorar no controle do açúcar. 61% das pessoas entrevistadas não sabem 
o que é glúten, 23% acham que está presente no trigo, 8% dizem estar presente nas 
massas, e 8% dizem que o glúten engorda. 
 
4. ATUAÇÃO DO NUTRICIONISTA EM SAÚDE PÚBLICA 
 
 Compete ao nutricionista da saúde pública prestar assistência e educação nu-
tricional a coletividade e/ou indivíduos sadios ou enfermos, através de ações, pro-
gramas, pesquisas e eventos que tenham haver com alimentação e nutrição, a fim 
de prevenir doenças e promover a saúde (BOOG, 2008). 
 Como primeiro conduta nutricional o paciente é encaminhado para um gru-
po semanal realizado todas as quartas feiras, aonde acontece uma primeira expli-
cação sobre alimentação ao onde a nutricionista explica cada grupo de alimento e 
como deve ser seu consumo , neste grupo e questionado se as pessoas possuem 
45 
 
 
 
algum tipo de DCNT ,para que a explicação seja adequada em relação a cada ca-
racterísticas alimentar apresentado por essas doenças, o grupo também conta com 
a participação de um medico clinico que auxilia da explicação e possíveis duvidas 
sobre patologias. 
 Depois de passar pelo grupo o paciente é encaminhado para o atendi-
mento individual. A nutricionista não utiliza cardápio, ela apenas orienta passeado na 
alimentação e no estado antropométrico no paciente (Peso, Estatura e Circunferên-
cia ), e estimula metas ao longo prazo. 
 Se o paciente possui alguma patologia que precise de acompanhamento de 
outro profissional ela faz o encaminhamento, e se necessário solicita exames para 
acompanhar a evolução da doença. 
 Ainda como incentivo a pratica de exercícios e bem-estar, a nutricionista 
possui um grupo de pacientes que se reúnem todas as sextas no parque próximo a 
UBS aonde é a realizado a pratica de Tai-Chi orientado pela nutricionista, e exercí-
cios físicos com o auxílio de um educador físico voluntario. 
 
 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 Apesar deste curto período de estágio,

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