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ATIVIDADE PRATICA SUPERVISIONADA Aluna: Viviane de Oliveira Augusto RA: 5413450 Turma: 003206A01 Prof. Jose Luiz Parra Atividade Proposta: TREINO DE HABILIDADE DE AVALIAÇÃO JURÍDICA PROFISSIONAL Numa execução de título executivo extrajudicial, o juiz de direito da 2ª Vara Cível determinou a penhora de 30% dos vencimentos do executado, sob o argumento de que tal penhora preserva o suficiente para a manutenção do executado e da sua família. Considerando que o crédito não tem natureza alimentar e que a penhora não incidiu sobre o excedente a 50 salários-mínimos mensais, analise a decisão judicial à luz do art. 833 do CPC e da ponderação entre os interesses envolvidos, especialmente o direito do exequente à satisfação do crédito e a proteção da dignidade do executado e de sua família. O código de processo civil prevê outras modalidades de penhora, que deveriam ser esgotadas antes de eventual penhora de salário, tal qual mostra-se mais gravosa ao executado. O CPC atribui nos artigos 833 e 834 algumas hipóteses de impenhorabilidade. O STJ aponta a possibilidade de penhora de percentual do salário fora das hipóteses legais desde que não comprometa a subsistência da parte, conforme disposto na RESP Nº 1.818.716 - SC (2019/0159348-3). O julgado defende a possibilidade de mitigação da regra de impenhorabilidade, além de que, o próprio texto da lei permite essa interpretação pois o que antes era tido como “absolutamente impenhorável” no art. 649 do antigo Código de Processo Civil, passa a ser “impenhorável”, permitindo assim ampliação do espaço para aplicação da norma. Observando o art. 833, inciso IV e §2º, do CPC, vemos que a decisão proferida pelo juiz da 2ª Vara Civil é contrária ao dispositivo legal, na medida em que cria conteúdo jurídico inexistente na norma legal.
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