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Leis orgânicas de saúde

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Saúde coletiva, 13.02.23, semana 02.
Leis orgânicas de saúde
· História
Modelo previdenciário (só tinha direito à saúde quem tinha carteira assinada) reforma sanitária 8ª CNS (conferência nacional de saúde) modelo universal (em construção, o que justifica tantas leis para regulamentar).
O SUS surgiu a partir da constituição de 1981 na proposta de uma nova formulação política e organizacional para o reordenamento dos sérvios e das ações de saúde. Artigos 196 a 200.
Saúde como direito: poder público – regulamentar, fiscalizar e controlar as ações e serviços de saúde.
Rede regionalizada e hierarquizada – constitui um sistema único, organizado de acordo com as diretrizes:
I – Descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
II – Atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;
III – Participação da comunidade.
Participação da iniciativa privada | controlar e fiscalizar procedimentos, produtos, substâncias, medicamentos, equipamentos, insumos | executas vigilância sanitária, epidemiológica e de saúde do trabalhador | ordenar a formação de recursos humanos na área da saúde | saneamento básico – política e tecnológico | fiscalizar e inspecionar alimentos, bebidas e águas.
Leis importantes após a criação da constituição: 1990 lei nº 8.080 | 1990 lei nº 8.142 regulamentam o que está na constituição. Em 2011 teve o decreto nº 7.508.
· Lei 8.080/90
Regulamenta o SUS.
SUS é definido pela conjugação de ações e serviços de promoção, proteção e recuperação da saúde, organizados de forma regionalizada e hierarquizada e executados pelos entes federativos (municípios, estados, DF e União), mediante a participação complementar da iniciativa privada.
Saúde como direito fundamental.
- Determinantes e condicionantes de saúde: alimentação, moradia, saneamento básico, meio ambiente, trabalho, renda, educação, atividade física, transporte, lazer e o acesso a bens e serviços essenciais.
Assistência por meio de ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde, integrando ações assistenciais e preventivas.
- SUS deve realizar ações de: vigilância sanitária, vigilância epidemiológica, saúde do trabalhador e assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica.
- Formular políticas de saúde específicas: saneamento básico, medicamentos, equipamentos, insumos, imunobiológicos.
Ordenar a formação de recursos humanos na área da saúde.
Define os princípios doutrinários e as diretrizes organizacionais do SUS:
- Universalidade, integralidade e equidade*;
- Regionalização, hierarquização, descentralização e participação popular.
O Estado deve prover as condições indispensáveis ao exercício pleno da saúde. 
· Lei 8.142/90
Participação social na gestão do SUS. Essa participação se dá por meio de: conselhos de saúde (municipais, estaduais e federais). Os conselhos são permanentes e deliberativos.
Transferências intergovernamentais de recursos financeiros na saúde.
Composição paritária: governo, saúde e usuário (50%), sendo responsável pela formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros.
As conferências de saúde ocorrem a cada 4 anos para a formulação de políticas de saúde.
Fundo Nacional de Saúde: 70% municípios. A União faz as transferências para os municípios e os estados.
Requisitos para receber as verbas:
I – Alimentação e atualização regular dos sistemas de informações que compõem a base nacional de informações do SUS.
II – Conselho de saúde instituído e em funcionamento.
III – Fundo de saúde instituído por lei, categorizado como fundo público em funcionamento.
IV – Plano de saúde, programação anual de saúde e relatório de gestão submetidos ao respectivo conselho de saúde, contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orçamento e comissão e elaboração de plano de carreira, cargos e salários (PCCS). Objetivos, como fazer e relatório.
· Normas operacionais básicas (NOB)
- NOB 01/91: criação da autorização de internação hospitalar (AIH), do sistema de informação hospitalar (SIH) e do fator de estímulo a municipalização (FEM) – INAMPS. Tentando organizar o dinheiro.
- NOB 01/92: explicitou princípios da descentralização – MS. Começou a focar no município. 
- NOB 93: estabeleceu as instâncias intergestoras bipartite (CIB) e tripartite (CIT) como espaços de negociação, pactuação e integração entre os gestores. Iniciou a municipalização da saúde no país. Comissões que definem as ações e reuniões.
- NOB 96: avanços no processo de descentralização, caracterizando as responsabilidades sanitárias do município pela saúde de seus cidadãos e redefinindo as competências de estados e municípios. Elaboração da programação pactuada e integrada (PPI). Criação da PAB (piso da atenção básica, forma de financiamento da atenção básica), repassando fundo a fundo de forma automática e regular, baseada em valor nacional per capita para a população coberta. Ampliação da cobertura do PSF e PACS. Concepção ampliada de saúde, em consonância com a concepção determinada pela Constituição. Fortalecimento das instâncias colegiadas. Determinação dos estágios de habilitação para gestão dos municípios. 
· Normas operacionais de assistência à saúde (NOAS)
Plano diretor de regionalização, definindo que compete ao gestor estadual a sua confecção.
Todos os municípios da microrregião devem ser, no mínimo, gestores da atenção básica ampliada.
· Pacto pela saúde – 2006
Conjunto de reformas institucionais pactuado entre as 3 esferas de gestão do SUS com o objetivo de promover inovações nos processos e instrumentos de gestão.
O pacto deve ser revisado anualmente com ênfase nas necessidades de saúde da população e implica o exercício simultâneo de definição de prioridades, articuladas e integradas nos 3 componentes.
É divido em: pacto de gestão do SUS, pacto pela vida e pacto em defesa do SUS.
Conjunto de compromissos sanitários, expressos em resultados e objetivos de processos e derivados da análise da situação de saúde do país e das prioridades definidas pelos governos federal, estadual e municipal.
- Prioridades do Pacto pela Vida (2006): saúde do idoso, câncer de colo uterino e mama, mortalidade materno infantil, doenças endêmicas, promoção à saúde e fortalecimento da atenção básica. Em 2008 foi ampliado: saúde do idoso, CA de colo de útero e mama, mortalidade materno infantil, doenças emergentes e endêmicas (ênfase em dengue, hanseníase, tuberculose, malária, influenza, hepatite e AIDS), promoção à saúde, fortalecimento da atenção básica, saúde do trabalhador, saúde mental, fortalecimento da capacidade de resposta do sistema de saúde às pessoas com deficiência, atenção integral às pessoas e situações de risco ou violência, saúde do homem.
- Pacto de Defesa do SUS: ações concretas e articuladas pelas três instâncias federativas no sentido de reforçar o SUS como política de Estado. Elabora e divulga a Carta dos Direitos dos Usuários do SUS.
- Pacto de Gestão do SUS: estabelece as responsabilidades claras de cada ente federado, de modo a diminuir as competências concorrentes. Diretrizes dizem respeito a financiamento, regionalização, planejamento, programação pactuada e integrada, regulação da atenção à saúde e assistência, participação e controle social, gestão do trabalho e educação em saúde.
· Decreto nº 7.508/11
Regulamenta a lei 8.080/90. Como essa lei deve funcionar
Dispõe sobre a organização do SUS.
Planejamento da saúde.
Articulação interfederativa.
- Regiões de saúde: atenção primária, urgência e emergência, atenção psicossocial, atenção ambulatorial especializada e hospitalar, vigilância em saúde. Município que já tem tudo isso ou municípios vizinhos juntos podem formar uma região de saúde, o que forma uma rede de atenção à saúde.
- Rede de atenção à saúde.
- Portas de entrada: serviços especiais de acesso aberto.
- Mapas de saúde. Identificar os locais dos estabelecimentos de saúde.
- Protocolo clínico e diretriz terapêutica, RENAME (Relação Nacional de Medicamentos Especiais medicamentosdisponíveis pelo SUS).
- Comissões intergestoras. Pactuam as regras de continuidade do acesso às ações e aos serviços nas respectivas áreas de atuação, com vistas a ofertar e ordenar o fluxo de ações e serviços de saúde e monitorizar a integralidade e equidade no acesso. Exemplo: um município tem um serviço de alta complexidade e oferece serviço aos municípios vizinhos, essas comissões definem como é o acesso, pagamento etc.
- Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde (COAP). Contrato para organização feito entre entes federativos. Responsabilidades individuais e solidárias das entidades federativas. Indicadores e metas de saúde. Critérios de avaliação de desempenho. Recursos financeiros que serão disponibilizados. Forma de controle e fiscalização de sua execução.
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