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AULA 4 - SAÚDE COLETIVA (SUS)

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Saúde coletiva 
AULA 4 – SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE 
Identificar e divulgação dos fatores condicionantes e 
determinantes da saúde 
Formulação de políticas de saúde destinadas a 
promover, nos campos econômicos e social, a 
redução de riscos das doenças e outros agravos. 
Execução de ações de promoção, proteção e 
recuperação da saúde, integrando as ações 
assistenciais com as preventivas, de modo a garantir 
às pessoas a assistência integral à saúde 
 
CAMPOS DE ATUAÇÃO 
• Execução de ações de vigilância em saúde 
(sanitária, epidemiológica e de saúde do 
trabalhador) 
• Assistência integral (básica e especializada) 
• Ordenação da formação de recursos humanos 
• Formulação de política de medicamentos, 
equipamentos, imunobiológicos e outros 
insumos. 
• Formulação e execução da política de sangue e 
seus derivados, e a coordenação das redes de 
hemocentros. 
• Participação na formulação da política e na 
execução de ações de saneamento básico 
• Vigilância nutricional e orientação alimentar 
• Colaboração na proteção do meio ambiente 
• Controle e fiscalização de serviços, produtos e 
substancias 
• Fiscalização e inspeção de alimentos, água e 
bebidas. 
• Incremento do desenvolvimento cientifico e 
tecnológico. 
 
COMPETÊNCIAS PRINCIPAIS 
Nível federal: normatização e coordenação geral do 
sistema no âmbito nacional a ser desenvolvido. 
Ministério da saúde deve oferecer cooperação 
técnica e financeira 
 
Nível estadual: planejamento do sistema estadual 
regionalizado e o desenvolvimento da cooperação 
técnica e financeira com os municípios. 
 
Nível municipal: gestão do sistema de saúde no 
município, com planejamento, gerenciamento e a 
execução de serviços públicos de saúde, e a 
regulação dos prestadores privados. Responsáveis 
pela melhor política de saúde a nível local. 
PACTO PELA SAÚDE 
Surgiu a partir da portaria 399/GM, de 22 de 
fevereiro de 2006, como uma ferramenta de 
responsabilização pública de cada esfera 
governamental na consolidação do SUS 
 
Pacto realizado entre o ministério da saúde, 
conselho nacional de secretários de saúde e 
conselho nacional de secretários municipais de 
saúde 
 
Divide-se em três partes: Pacto pela vida, pacto em 
defesa do SUS e pacto pela gestão do SUS 
 
PACTO PELA VIDA 
Compromisso firmado entre os gestores do SUS em 
relação as prioridades que apresentam impacto 
sobre a saúde da população brasileira, estabelecidas 
por meio de metas nacionais, estudais e municipais 
 
Prioridades pactuadas: 
1. Saúde do idoso 
2. Controle do câncer de colo uterino e de mama 
3. Redução da mortalidade infantil e materna 
4. Fortalecimento da capacidade de resposta às 
doenças emergentes e endemias 
5. Promoção da saúde 
6. Fortalecimento da atenção básica 
 
1. SAÚDE DO IDOSO 
• Considerando pessoas idosas acima de 60 anos 
• Promoção do envelhecimento ativo e saudável 
• Atenção integral e integrada à saúde do idoso 
• Implantação de serviços de atenção domiciliar 
• Acolhimento preferencial em unidades de saúde 
respeitando-se o critério de risco 
• Formação e educação permanente dos 
profissionais de saúde do SUS, na área do idoso. 
• Divulgação e informação sobre a política 
nacional de saúde da pessoa idosa para 
profissionais de saúde, gestores e usuários do 
SUS 
AÇÕES ESTRATÉGICAS: 
• Caderneta de saúde do idoso: deve conter as 
informações relevantes ao acompanhamento da 
saúde da pessoa idosa 
• Manual de atenção básica à saúde do idoso: 
serve de apoio e fundamenta-se nas diretrizes da 
politica nacional de saúde da pessoa idosa 
• Programa de educação permanente na área 
do envelhecimento: capacita os profissionais 
abordado assuntos referentes ao processo de 
envelhecimento. 
• Acolhimento: processo de acolhimento nas 
unidades de saúde deve ser reorganizado como 
forma de enfrentamento das dificuldades atuais 
de acesso 
• Assistência farmacêutica: desenvolvimento de 
ações que tenham como objetivo a qualidade na 
dispensação dos medicamentos e no acesso a 
eles. 
• Atenção diferenciada na internação e na 
atenção domiciliar: garantindo que toda 
pessoa idosa internada em hospital pode aderir 
ao programa de atenção domiciliar, passando a 
ser avaliado por uma equipe multidisciplinar. 
 
2. CONTROLE DO CÂNCER DO COLO DO 
ÚTERO E DA MAMA 
Metas para o ano de 2006: 
• Câncer de colo uterino: cobertura de 80% 
do exame preventivo e incentivo para 
reabilitação da cirurgia de alta frequência 
• Câncer de mama: ampliar para 60% a 
cobertura de mamografia e realizar a punção 
em 100% dos casos necessários. 
 
3. REDUÇÃO DA MORTALIDADE INFANTIL 
E MATERNA 
• Redução da mortalidade infantil em 5% 
• Redução em 50% dos óbitos por doença 
diarreica e 20% por pneumonia 
• Apoio na elaboração de propostas de 
intervenção para qualificação da atenção às 
doenças prevalentes 
• Criação de comitês de vigilância do óbito 
• Reduzir em 5% a razão da mortalidade materna 
• Garantir insumos e medicamentos para 
tratamento das síndromes hipertensivas no 
parto. 
• Qualificação pontos de distribuição de sangue 
para que atendam às necessidades das 
maternidades e outros locais de parto. 
 
4. FORTALECIMENTO DA CAPACIDADE DE 
RESPOSTA ÀS DOENÇAS EMERGENTES 
• Dengue: plano de contingencia para atenção 
aos pacientes em munícipios prioritários. Reduzir 
para menos de 1% a infestação em 30% dos 
municípios 
• Hanseníase: atinge o patamar de eliminação 
como problema de saúde pública, ou seja, 
menos de 1 caso por 10.000 habitantes em todos 
os municípios prioritários 
• Tuberculose: atinge pelo menos 85% de cura de 
casos novos diagnosticado a cada ano. 
• Malária: reduzir em 15% a incidência parasitária 
anual, na região da Amazônia legal 
• Influenza: implantar plano de contingência, 
unidades sentinelas e o sistema de informação. 
 
5. PROMOÇÃO DA SAÚDE EM ÊNFASE NA 
ATIVIDADE FÍSICA REGULAR E 
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL 
• Elaboração e implementação de uma política de 
promoção à saúde, sendo uma responsabilidade 
dos três gestores. 
• Mudança de comportamento da população por 
meio da internalização da responsabilidade 
individual da prática de atividade física regular, 
alimentação adequada e saudável, e combater 
ao tabagismo. 
• Articulação e promoção de diversos programas 
de promoção de atividade física; elaboração da 
política nacional de promoção a saúde. 
 
6. FORTALECIMENTO DA ATENÇÃO 
BÁSICA 
• Adoção de estratégia saúde da família, 
ampliação nos grandes centros urbanos e 
consolidação nos pequenos e médios 
municípios. 
• Garantia da infraestrutura necessária ao 
funcionamento das unidades básicas de saúde, 
dotando-as de recursos materiais, 
equipamentos e insumos suficientes para ações 
propostas. 
• O financiamento da atenção básica é definido 
como responsabilidade das três esferas de 
gestão. 
 
ATUALIZAÇÕES 
• Fortalecimento da capacidade de resposta a 
AIDS 
• Saúde do trabalhador 
• Saúde mental 
• Fortalecimento da capacidade de resposta às 
pessoas com deficiência 
• Atenção integral às pessoas em situação ou risco 
de violência 
• Saúde do homem 
 
 
 
PACTO EM DEFESA DO SUS 
Objetivo: discutir a questão da saúde pública e da 
repolitização do SUS, buscando a consolidação da 
política pública de saúde como política de estado e 
não de governo. 
 
Os gestores das esferas do governo devem 
expressar os compromissos com a consolidação da 
reforma sanitária e desenvolver ações que videm 
qualificar e assegurar o SUS como política publica 
 
Perspectiva: repolitização da saúde; promoção da 
cidadania e garantia de financiamento de acordo 
com as necessidades do sistema. 
 
Ações propostas: 
• Articulação e apoio à mobilização social pela 
promoção e desenvolvimento da cidadania 
• Estabelecimento de diálogo com a sociedade 
• Ampliação e fortalecimento de relações comos movimentos sociais 
• Elaboração e publicação da carta dos direitos 
dos usuários do SUS 
• Aprovação do orçamento do SUS, composto 
pelos orçamentos das três esferas de gestão. 
 
PACTO PELA GESTÃO DO SUS 
Objetivo: estabelecer as responsabilidades claras 
de cada ente federado, de forma a diminuir as 
competências concorrentes e a tornar mais claro 
quem deve fazer o quê, contribuindo para o 
fortalecimento da gestão compartilhada e solidária 
do sus 
 
Trata-se de um direcionamento para a efetivação de 
um sistema que garanta o respeito às diversidades 
regionais (no planejamento, na execução e 
avaliação), com eficiência, maior transparência 
financeira e participação social. 
 
1. DESCENTRALIZAÇÃO 
Estabelecer as corresponsabilidades no âmbito do 
processo de descentralização do SUS 
 
Visa oficializar as comissões Inter gestores 
Bipartite – CIB (composta por representantes 
estadual e municipal) e as comissões Inter gestores 
Tripartite – CIT (composta por representantes 
federal, estadual e municipal), como espaço legítimo 
para a pactuação e deliberação das estratégias. 
 
 
2. REGIONALIZAÇÃO 
Orientar o processo de descentralização na 
perspectiva de construir redes de atenção à saúde 
(regiões de saúde) 
 
Regiões de saúde: recortes territoriais inseridos em 
um espaço geográfico continuo, identificadas pelos 
gestores municipais e estaduais a partir de 
identidades culturais, econômicas e sociais, de redes 
de comunicação e infraestrutura de transporte 
compartilhados no território. 
 
Podem ser intramunicipais, interestaduais e 
fronteiriças. 
 
3. FINANCIAMENTO DO SUS 
Princípios gerais de financiamento: 
• Responsabilidade das três esferas de gestão 
• Redução das iniquidades macrorregionais, 
estaduais e municipais durante a distribuição 
de recursos 
• Financiamento de custeio com recursos 
federais constituídos, organizados e 
transferidos em blocos de recursos (cinco 
blocos) 
• Atenção básica; atenção média e alta 
complexidade; vigilância em saúde; 
assistência farmacêutica e gestão do SUS 
 
4. PLANEJAMENTO DO SUS 
Propôs um processo de institucionalização da 
pratica do planejamento sob a forma do sistema de 
planejamento do SUS, garantindo a articulação e 
integração 
 
O sistema tem como objetivo pactuar as diretrizes 
ferais para o processo de planejamento do SUS e os 
instrumentos para tal em cada nível de gestão. 
 
As necessidades de saúde da população devem 
nortear o planejamento e deve haver integração de 
instrumentos, e articulação de propostas em todas 
as esferas. 
 
5. PROGRAMAÇÃO PACTUADA 
INTEGRADA (PPI) 
Visa definir a programação das ações de saúde em 
cada território e nortear a alocação de recursos 
financeiros para a saúde a partir de critérios e 
parâmetros pactuados entre os gestores 
 
 
6. REGULAÇÃO DA ATENÇÃO À SAÚDE E 
REGULAÇÃO ASSISTÊNCIAL 
• Contratação 
• Regulação do acesso à assistência ou 
regulação assistencial 
• Complexos reguladores 
• Auditoria assistencial ou clínica. 
 
7. PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL 
• Define ações para apoiar os conselhos de 
saúde, conferencias de saúde e os 
movimentos sociais em saúde 
• Apoiar o processo de formação dos 
conselheiros 
• Estimular a participação e avaliação dos 
cidadãos 
• Apoiar os processos de educação popular 
em saúde 
• Apoiar a implantação de ouvidorias e o 
movimento social em defesa do SUS 
 
8. GESTÃO DO TRABALHO 
• Importância do desenvolvimento de uma 
política de recursos humanos em saúde 
• Garantia de autonomia aos entes gestores na 
contratação dos profissionais 
• Estabelecimento de vínculos de trabalho 
 
9. EDUCAÇÃO NA SAÚDE 
• Propor ações em educação permanente 
como meio de capacitação 
• Capacitação na formação e no trabalho 
 
CONTRATO ORGANIZATIVO DA 
AÇÃOPÚBLICA DE SAÚDE (COAP) 
Publicado no decreto 7.508 de 28 de junho de 
2011 
Acordo de colaboração firmado entre os entes 
federativos para a organização da rede 
interfederativa de atenção à saúde 
 
Objetivo: organização e integração das ações e dos 
serviços com a finalidade de garantir a 
integralidade da assistência aos usuários do SUS 
 
Definiu as responsabilidades com relação as ações 
de serviços, os indicadores e metas, os critérios de 
avaliação de desempenho, os recursos financeiros 
disponibilizados, a forma de controle e fiscalização 
de execução. 
 
Disposições essenciais: 
• Identificação das necessidades de saúde 
locais e regionais 
• Oferta de ações e serviços de vigilância em 
saúde, promoção, proteção e recuperação da 
saúde 
• Responsabilidades dos entes federativos no 
processo de regionalização 
• Indicadores e metas de saúde 
• Estratégias para a melhoria das ações e 
serviços 
• Critérios de avaliação dos resultados e 
monitoramento permanente 
• Investimentos nas redes de serviços 
• Recursos financeiros que serão 
disponibilizados por cada um dos partícipes 
 
O sistema nacional de auditoria e avaliação do SUS, 
por meio de serviços especializado, fará o controle e 
a fiscalização do COAP, com auxílio do conselho de 
saúde no monitoramento.

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