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AVALIAÇÃO DA ILUMINAÇÃO NATURAL – FATOR DE LUZ DIURNA Autor: Pedro Allan Azevedo Soares Docente: Prof. Dr. Eduardo Dias CONFORTO AMBIENTAL II ARQUITETURA E URBANISMO SUMÁRIO • Introdução; • Revisão da literatura; • Metodologia; • Discussão dos resultados; • Conclusão; • Referências; • Agradecimentos. Introdução • O presente trabalho possui como objetivo avaliar a iluminação natural, sendo aplicado o estudo sobre o Fator de Luz Diurna (FLD). E também averiguar as condicionantes de conforto dos ambientes internos de uma residência unifamiliar, localizada na cidade de Pau dos Ferros/RN, e por fim comparar os resultados obtidos aos índices exigidos por norma, podendo assim, determinar a insuficiência, entrada apropriada ou o excesso de iluminação no interior da residência. • As análises presentes neste documento ocorreram através de pesquisas e conceitos apresentados durante a primeira unidade da disciplina de Conforto Ambiental II Segundo o arquiteto Dimas Bertolotti, “A iluminação natural colabora com a fluidez estética da arquitetura. As pessoas têm tendência a observar a forma ou tamanho da edificação e não prestam muita atenção na iluminação, mas os principais arquitetos usam a luz como elemento de projeto. Nas grandes obras, o papel da luz é essencial, porque realça os espaços. Os profissionais que utilizam esse recurso conseguem desenvolver construções interessantes e esteticamente agradáveis” Revisão da literatura Segundo Corbin, 1987. “O desenho do edifício deve conduzir à divisão entre as exalações pútridas e as correntes de ar fresco, da mesma forma como deve permitir a distinção entre águas puras e águas usadas (...) a cúpula e o domo transformam- se em máquinas;sua missão é aspirar os miasmas. Metodologia • A pesquisa se quantitativa foi realizada com auxilio do aplicativo Arduino Science Journal, utilizado para coletar dados através dos sensores do aparelho de celular, esses com capacidade de captar a intensidade do som, frequência sonora, velocidade e luz do ambiente. • Com o aplicativo foi possível medir a iluminância no interior dos ambientes da residência, sempre mantendo o celular na vertical e a 75cm de distancia do piso. O mesmo disponibiliza um gráfico conforme varia a captação de luz, e arquiva as informações com a opção “instantâneo” disponibilizando detalhes como a data, o horário e a iluminância medida em lux. Os procedimentos da pesquisa foram realizadas na seguinte ordem: 1 – Levantamento da planta baixa da residência; 2- Digitalização da planta baixa no Revit; 3- Medição da iluminância externa e interna da residência, utilizando o aplicativo Arduino Science Journal; 4- Registros fotográficos dos ambientes; 5- Cálculo do Fator de Luz Diurna (FLD) 6- Comparação dos dados obtidos com os dados estabelecidos pela norma Metodologia Análises dos dados PLANTA BAIXA ESCALA: sem escala Metodologia Análises dos dados • Foi utilizado afim de analisar o FLD dos ambientes da residências as tabelas da NBR 15575-1 2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho. Tabela 01 – Fator de luz diurna para diferentes ambientes da habitação – nível minímo Tabela 02 – Fator de luz diurna para diferentes ambientes da habitação – níveis de desempenho Fonte: NBR 15575-1, 2013. Fonte: NBR 15575-1, 2013. Metodologia Análises dos dados • Foi utilizado para a medição do Fator de Luz Diurna o aplicativo Arduino Science Journal, que possibilitou a medição da iluminância nos ambiente com o uso do celular. Figura 01 – Aplicativo Arduino Science Journal Figura 02 – Aparelho celular utilizado Smartphone da Samsung linha Galaxy S21, com câmera 108MP abertura 1/1,33’. Metodologia Análises dos dados Conforme a NBR 15575-1, a medição foi realizada nos seguintes parâmetros: • A medição foi realizada com o aparelho celular posicionado no plano horizontal; • Medição feita no centro dos ambientes à uma altura de 75cm do piso. • Medição foi realizada às 15:02 • A iluminação artificial dos ambientes estavam desligadas, com janelas, cortinas e portas internas abertas; • Avaliação realizada em dia sem ocorrência de precipitações e com cobertura de nuvens maior que 50%. Para calcular o Fator de Luz Diurna (FLD), usou-se à seguinte equação: FLD = 100 X Ei Ee Ei - é a iluminância no interior da dependência; Ee - é a iluminância externa à sombra. Metodologia Análises dos dados Para calcular o FLD dos ambientes internos da residência é necessário medir a iluminância externa à sombra. Sendo assim, a medição do Ee foi feita no quintal da casa, à sombra do beiral do telhado. A medição foi realizada às: 15:06 do dia 17/03/2022. Figura 03 – Ee – Iluminância externa. PLANTA BAIXA ESCALA: sem escala Fonte: Aplicativo Arduino Science Journal, 2022. Metodologia Análises dos dados Ambiente: Garagem. Área: 26,69 m² Figura 05 – Ei – Garagem. PLANTA BAIXA ESCALA: sem escala Figura 04 – Garagem. Fonte: Aplicativo Arduino Science Journal, 2022. Fonte:Autor, 2022.FLD = 100 X Ei Ee FLD = 100 X 30 5000 FLD = 0,60% Metodologia Análises dos dados Ambiente: Sala de TV. Área: 10,40 m² Figura 07 – Ei – Sala de TV. PLANTA BAIXA ESCALA: sem escala Figura 06 – Sala de TV. Fonte: Aplicativo Arduino Science Journal, 2022. Fonte:Autor, 2022.FLD = 100 X Ei Ee FLD = 100 X 43 5000 FLD = 0,86% Metodologia Análises dos dados Ambiente: Sala de Estar. Área: 19,32 m² Figura 07 – Ei – Sala de Estar. PLANTA BAIXA ESCALA: sem escala Figura 06 – Sala de Estar. Fonte: Aplicativo Arduino Science Journal, 2022. Fonte:Autor, 2022.FLD = 100 X Ei Ee FLD = 100 X 17 5000 FLD = 0,34% Metodologia Análises dos dados Ambiente: Quarto 01. Área: 10,68 m² Figura 07 – Ei – Quarto 01. PLANTA BAIXA ESCALA: sem escala Figura 06 – Quarto 01. Fonte: Aplicativo Arduino Science Journal, 2022. Fonte:Autor, 2022.FLD = 100 X Ei Ee FLD = 100 X 7 5000 FLD = 0,14% Metodologia Análises dos dados Ambiente: Quarto 02. Área: 18,67 m² Figura 07 – Ei – Quarto 02. PLANTA BAIXA ESCALA: sem escala Figura 06 – Quarto 02. Fonte: Aplicativo Arduino Science Journal, 2022. Fonte:Autor, 2022.FLD = 100 X Ei Ee FLD = 100 X 55 5000 FLD = 1,1% Metodologia Análises dos dados Ambiente: Cozinha. Área: 20,48 m² Figura 07 – Ei – Cozinha. PLANTA BAIXA ESCALA: sem escala Figura 06 – Cozinha. Fonte: Aplicativo Arduino Science Journal, 2022. Fonte:Autor, 2022.FLD = 100 X Ei Ee FLD = 100 X 19 5000 FLD = 0,38% Metodologia Análises dos dados Ambiente: Banheiro. Área: 4,37 m² Figura 07 – Ei – Banheiro. PLANTA BAIXA ESCALA: sem escala Figura 06 – Banheiro. Fonte: Aplicativo Arduino Science Journal, 2022. Fonte:Autor, 2022.FLD = 100 X Ei Ee FLD = 100 X 9 5000 FLD = 0,18% Metodologia Análises dos dados Ambiente: Depósito. Área: 3,49 m² Figura 07 – Ei – Depósito. PLANTA BAIXA ESCALA: sem escala Figura 06 – Depósito. Fonte: Aplicativo Arduino Science Journal, 2022. Fonte: Autor, 2022. FLD = 100 X Ei Ee FLD = 100 X 37 5000 FLD = 0,74% Discussão dos resultados Com os dados obtidos pelo cálculo do FDL dos ambientes, elaborou-se a tabela 3, comparando com o FLD estabelecido por norma. Foi identificado que apenas três ambientes (sala de estar, quarto 02 e a garagem) tem FLD com nível de desempenho superior ao exigido pela norma. O depósito que também serve como área de serviço está dentro do indicado, e o restante dos ambiente não se enquadram em nenhuma classificação, segundo a NBR 15575-1 Ambiente Ei (LUX) FLD calculado (%) FLD estabelecido por norma (%) M SI Sala de TV Sala de Estar Quarto 01 Quarto 02 Cozinha Depósito Banheiro Garagem > / = à 0,50% > / = à 0,65% > / = à 0,75% > / = à 0,25% > / = à 0,35% Não requerido 44 0,86 17 0,34 7 0,14 55 0,3819 37 0,74 1,1 9 0,18 30 0,60 Tabela 03 – FLDs obtidos e FLDs estabelecidos pela norma (NBR 15575-1) Fonte: Autor, 2022. Conclusão Com base nos dados apresentado neste documento, e seguindo os parâmetros da norma NBR 15575-1,foi possível constatar a não adequação da residência à norma em termos de iluminação natural, a maior parte dos cômodos não possuem entrada de luz natural necessárias, ficando muito abaixo do quesito mínimo disposto na norma, tendo apenas 4 ambientes que estão dentro da regularidade. As áreas de maior uso diárias não possuem iluminação necessárias para as atividades dos seus moradores que acabam recorrendo a iluminação durante o dia. Identificado isso, é de suma importância que haja modificações na residência, que podem melhorar eficazmente a entrada de luz natural no interior do edifício, como abertura de novas esquadrias, principalmente na cozinha, no quarto 01 e no banheiro. Assim permitindo que luz entre com mais facilidade nesses ambientes. Referências ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15575-1: Edificações Habitacionais – Desempenho. Parte 1: Requisitos Gerais. Rio de Janeiro, p.25 e 53, 2013. Redação AECweb. Iluminação natural colabora para o desempenho e a economia das edificações. [S. l.], 2018. Disponível em: https://www.aecweb.com.br/revista/materias/iluminacao-natural-colabora-para-o- desempenho-e-a-economia-das-edificacoes/10561. Acesso em: 17 mar. 2022. Muito Obrigado.
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