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1 ANATOMIA DA ORELHA E DIAGNÓSTICO AURICULAR 2 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 Sumário ANATOMIA DA ORELHA E DIAGNÓSTICO AURICULAR ............................ 1 NOSSA HISTÓRIA ......................................................................................... 2 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 4 CONHECENDO A ANATOMIA DA ORELHA................................................. 5 VASCULARIZAÇÃO ...................................................................................... 8 MÚSCULOS E LIGAMENTOS ..................................................................... 10 INERVAÇÃO ................................................................................................ 12 REPRESENTAÇÃO EMBRIOLÓGICA DAS REGIÕES AURICULARES .... 14 ZONAS REFLEXAS ..................................................................................... 16 ZONAS AURICULARES .............................................................................. 18 A ORELHA COMO FORMA DE DIAGNÓSTICO ......................................... 20 CONHECENDO O TRAJETO DOS MERIDIANOS ...................................... 35 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO E DIAGNÓSTICO EM AURICULOTERAPIA: INSPEÇÃO AURICULAR E PALPAÇÃO AURICULAR ...................................... 39 RECOMENDAÇÕES PARA UMA AVALIAÇÃO DO PAVILHÃO AURICULAR ........................................................................................................................... 40 MÉTODO DE INSPEÇÃO OU OBSERVAÇÃO DO PAVILHÃO AURICULAR ........................................................................................................................... 41 MÉTODO DA PALPAÇÃO ........................................................................... 43 COMO REALIZAR A PALPAÇÃO COM O APALPADOR DE METAL? ....... 45 MÉTODO DE PRESSÃO ............................................................................. 45 EXPLORAÇÃO ............................................................................................ 46 DETECÇÃO AURICULAR ELÉTRICA ......................................................... 47 DIAGNÓSTICO AURICULAR COMPLETO ................................................. 47 REFERÊNCIAS ............................................................................................ 49 file:///C:/Users/EDUARDO/Documents/FACUMINAS/AURICULOTERAPIA%20CHINESA/ANATOMIA%20DA%20ORELHA%20E%20DIAGNÓSTICO%20AURICULAR/ANATOMIA%20DA%20ORELHA%20E%20DIAGNÓSTICO%20AURICULAR.docx%23_Toc79855793 4 INTRODUÇÃO O pavilhão auricular tem uma anatomia específica, muitos ensinam que ela tem semelhança ao feto de cabeça para baixo, mas devemos sempre usar como base a relação existente entre a aurícula e organismo humano e as terminações nervosas da orelha com o cérebro. Nossa orelha apresenta-se como uma lâmina dobrada sobre si mesma, nos mais variados sentidos, sendo no geral, na forma de corneta musical, devido a sua principal função, a de captar os sons. A aurícula é constituída por tecido fibrocartilaginoso, ligamentos, tecido adiposo e músculos. A região inferior é rica em nervos, vasos sanguíneos e linfáticos, mas a região central e superior é formada principalmente por cartilagem. A região que contém a maior quantidade de tecido adiposo é o lóbulo. A orelha é dividida em três partes, sendo elas: externa, média e interna. O pavilhão auricular é a parte externa da orelha em forma de concha, constituído de cartilagem elástica única, inervada e vascularizada. O lóbulo da orelha é a única região do pavilhão que não apresenta cartilagem, pois é constituída de tecido adiposo. A morfologia da orelha é diferente em cada indivíduo, tem cerca de seis centímetros de comprimento no adulto e está localizada, em parte, no osso temporal, a sua conexão com o crânio se dá através dos ligamentos e dos músculos auriculares. O pavilhão auricular está dividido em duas faces: a anterior e a posterior. A orelha, do latim aurícula, é um órgão presente em todos os animais mamíferos. Estas podem ter dimensões diferentes, mas a sua função é apenas uma, a de captar a origem dos sons. A captação dos sons permite aos animais caçar ou fugir e no caso dos seres humanos se comunicar e estar envolvidos no meio que os rodeia. CURIOSIDADE 5 CONHECENDO A ANATOMIA DA ORELHA São essas as estruturas anatômicas da orelha: Hélix, Raiz do Hélix, Hélix Ascendente, Hélix Descendente, Sulco Hélico Lobular, Lóbulo, Tragus, Anti Tragus, Ponte Intertragiana, Anti Hélix, Cruz Superior do Anti-Hélix, Cruz Superior do Anti-Hélix, Fosseta Triangular, Concha Superior (Cimba) Concha Inferior (Cava), Escafa. ORELHA EXTERNA A orelha externa é formada basicamente por duas partes. A parte que se projeta lateralmente à cabeça é a orelha, também intitulada de pavilhão auricular ou aurícula, e a parte que adentra ao osso temporal, é o meato acústico externo. A estrutura que divide a orelha externa da média é a membrana timpânica, tendo como barreira medialmente a sua face externa. Saliências e depressões da orelha, como a hélice, ante hélice, trago, antítrago, concha e fossa triangular auxiliam no direcionamento e condução do som até o meato acústico externo, sendo essas originárias da face lateral da cartilagem da orelha. Já o lóbulo da orelha não apresenta cartilagem, e sim tecido celular subcutâneo rico em adipócitos e bastante vascularizado. Com isso, as funções da orelha externa são captar e conduzir as ondas mecânicas sonoras para a orelha média, auxiliar na localização do som e amplificá-lo, além da proteção das regiões média e interna da orelha. A manutenção de umidade e temperatura ideais para manter a elasticidade da membrana timpânica faz com que essa estrutura seja protegida por ação de glândulas ceruminosas, pelos e a migração epitelial da região interna para a externa. 6 Agora, você irá identificar as estruturas anatômicas do pavilhão auricular. Isso é muito importante para a localização dos pontos auriculares. ESTRUTURAS ANATÔMICAS DA FACE ANTERIOR DO PAVILHÃO AURICULAR (RASPA; JR., 2018) 1. Hélice: margem superior, curva e proeminente da orelha, que começa na cavidade da concha do pavilhão da orelha e segue circundando o pavilhão até encontrar o lóbulo. 1.1 Ramo da Hélice: é o início da formação hélice, situa-se na concha da orelha. 7 1.2 Tubérculo da Hélice (Darwin): É uma proeminência localizada na face póstero-superior da hélice, junto a transição do ramo transverso da hélice com o ramo descendente. Nem todas as orelhas possuem esse acidente anatômico, umas possuem o tubérculo deslocado e outras dois tubérculos. 1.3 Cauda da Hélice: situa-se naparte terminal da Hélice, que se conecta com o lóbulo da orelha. 2 Antélice: Situa-se na saliência longitudinal ascendente mais interna e central da orelha que se bifurca na parte superior dando origem a 2 ramos: superior e inferior. 2.1 Ramo superior da antélice: ramo superior da bifurcação da antélice. 2.2 Ramo inferior da antélice: ramo inferior da bifurcação da antélice. 2.3 Fossa triangular: Depressão triangular entre o ramo superior e inferior da antélice. 3. Escafa: depressão curvilínea entre a hélice e a antélice. 4. Trago: proeminência localizada sobre o meato acústico externo, em geral é triangular ou arredonda. Sua parte interna é chamada de subtrago. 5. Incisura anterior (superior do trago): uma depressão formada pela região anterior e externa da hélice e a margem superior do trago pouco visível, mas facilmente identificável por palpação. 6. Antítrago: pequena proeminência triangular de pontas abauladas localizada abaixo da antélice, oposta ao trago e superior ao lóbulo da orelha. 7. Incisura intertrágica: sulco formado entre o trago e o antítrago. 8. Incisura antitrágica: depressão formada entre o antítrago e a antélice. 9. Lóbulo da orelha: região não cartilaginosa, de tecido adiposo, localizada na parte inferior do pavilhão auricular. 10. Concha da orelha: sulco (escavação) mais profundo e interno localizado entre os limites da antélice, trago e antitrago. O ramo da hélice divide a concha em duas partes: uma superior e mais estreita denominada cimba da concha (cimba) e uma parte inferior denominada cavidade da concha (cava). ESTRUTURAS ANATÔMICAS DA FACE POSTERIOR DO PAVILHÃO AURICULAR 8 A face posterior do pavilhão auricular é dividida em quatro regiões e formada por faces, sulcos e eminências. (RASPA; JR., 2018) VASCULARIZAÇÃO São inúmeros os vasos sanguíneos que formam a rede arterial e venosa. Sendo assim, serão citadas somente algumas artérias bem como alguns ramos provenientes delas, de acordo com o que é mais indicado na literatura para a estrutura denominada artéria (A.). A vascularização da orelha externa e média ocorrerá pelos ramos das artérias temporal superficial, auricular posterior, faríngea ascendente e maxilar, ambas provenientes da artéria carótida externa. 9 A vascularização da orelha interna é feita pela artéria do labirinto, considerado como um ramo da artéria cerebelar inferior anterior (AICA) ou da artéria basilar. A artéria do labirinto divide-se em artéria vestibular anterior para nutrir o nervo vestibular, o utrículo e as ampolas dos canais semicirculares anterior e lateral, e artéria coclear comum se ramifica em artéria coclear própria para suprir acóclea e artéria vestibulococlear para suprir parte da cóclea e parte inferior do sáculo, além da ampola do canal semicircular posterior. Para melhor visualização da rede arterial, a figura 1 indica a artéria (A.) citada textualmente e suas ramificações, se necessário. (RASPA; JR., 2018) As artérias que irrigam o pavilhão auricular procedem da artéria temporal superficial e da artéria auricular posterior, ambas, ramos da artéria carótida externa (uma artéria importante que se localiza na região do pescoço). 10 (FARIAS; SILVA, 2018) PRINCIPAIS RAMOS DE IRRIGAÇÃO E SUPRIMENTO SANGUÍNEO DO PAVILHÃO AURICULAR (FARIAS; SILVA, 2018) MÚSCULOS E LIGAMENTOS Na orelha externa encontram-se músculos e ligamentos extrínsecos e intrínsecos. Os extrínsecos são os músculos auriculares anterior, posterior e superior. Já os intrínsecos são os músculos menor e maior da hélice, trágico, ante trágico, piramidal da orelha, transverso da orelha e oblíquo da orelha. Os ligamentos extrínsecos são o auricular anterior, posterior e superior, e os ligamentos intrínsecos por serem menos importantes não foram citados. 11 Os músculos auriculares se dividem em extrínsecos e intrínsecos. Os extrínsecos conectam a orelha ao crânio e couro cabeludo e movem a orelha como um todo. Os intrínsecos conectam as diferentes partes da orelha. Os músculos extrínsecos são os músculos: auricular anterior, auricular superior e auricular posterior e os intrínsecos são os músculos: maior da hélice, menor da hélice, transverso da orelha e oblíquo da orelha. (FARIAS; SILVA, 2018) PRINCIPAIS MÚSCULOS DO PAVILHÃO AURICULAR (FARIAS; SILVA, 2018) 12 INERVAÇÃO Semelhante à vascularização, são inúmeros os nervos e ramos advindos do sistema nervoso periférico. Por este motivo, serão citados alguns nomes relacionados às partes da orelha, mas não necessariamente todo o trajeto neural, desde sua origem até sua chegada à estrutura. Na orelha externa, o pavilhão auricular é inervado pelos nervos auricular magno e occipital menor (plexo cervical), auriculotemporal (nervo trigêmeo), ramos auriculares (nervos facial e vago). O meato acústico externo é inervado pelo nervo auriculotemporal (nervo trigêmeo), ramo auricular (nervo glossofaríngeo), ramo auricular (nervo vago) e nervo para o meato acústico externo (nervo facial). Você sabia que, apesar de escassez do movimento auricular, os mesmos são importantes para detectar os níveis limiares auditivos e auxiliam na neurologia clínica investigativa? CURIOSIDADE 13 A seguir, na figura 2, serão apresentadas de forma esquemática a região da orelha com sua estrutura correspondente e nervo (N.). (FARIAS; SILVA, 2018) A inervação sensorial do pavilhão auricular é complexa e abundante. A orelha é inervada por 3 nervos principais: Nervo auricular magno (maior) do plexo cervical. Ramo auricular do nervo vago (10º par de nervos cranianos) Ramo auriculotemporal do nervo trigêmeo (5º par de nervos cranianos). Compõem ainda a inervação da orelha: nervo occipital menor, nervo facial e nervo glossofaríngeo. Há uma predominância conforme ilustração abaixo: 14 (FARIAS; SILVA, 2018) REPRESENTAÇÃO EMBRIOLÓGICA DAS REGIÕES AURICULARES O uso da auriculoterapia reflexa é uma prática terapêutica que se baseia na correlação das regiões do pavilhão auricular com os órgãos e regiões do corpo. Esse princípio terapêutico se dá através da hipótese embriológica de que os órgãos e tecidos se desenvolvem a partir das 3 camadas germinativas (ou folhetos embrionários) do feto – o endoderma, o ectoderma e o mesoderma. A orelha é uma das poucas estruturas anatômicas que são constituídas por cada um destes 3 tipos primários de tecido encontrados no embrião desenvolvendo assim uma rede neural na orelha do feto e do adulto. Observe na figura a relação das 3 camadas germinativas na constituição do pavilhão auricular: 15 (FARIAS; SILVA, 2018) Agora vamos observar nos desenhos as correlações entre a inervação, a representação embriológica e as estruturas anatômicas do pavilhão auricular: (FARIAS; SILVA, 2018) 16 No mesoderma temos a origem dos músculos esqueléticos, músculos lisos, vasos sanguíneos, ossos, cartilagem, articulações, tecido conjuntivo, glândulas endócrinas, córtex renal, músculo cardíaco, órgãos urogenitais, útero, tubas uterinas, testículos e células sanguíneas da medula espinal e tecido linfático. Na endoderma temos a origem da maioria dos órgãos internos (exceto o coração e os rins) como: o estômago e os intestinos, pulmões, tonsilas palatinas (amígdalas), fígado, pâncreas, sistema urinário, glândula tireoide, glândulas paratireoides e o timo. A ectoderma dá origem à pele, a medula espinal, a regiões subcorticais e aos nervos, glândula pineal, glândula hipófise, medula renal, cabelos, unhas, glândulas sudoríparas, córnea, dentes, mucosa do nariz e lentes oculares. Do ponto de vista embriológico e considerando que as camadas germinativas dãoorigem à estruturas anatômicas que compõem o corpo humano podemos observar que o pavilhão auricular é uma zona de convergência complexa e rica, capaz de gerar uma reação reflexa em várias regiões do corpo. Agora. vamos utilizar o aprendizado desta etapa da unidade para compreendermos a próxima. Nela iremos conhecer as zonas reflexas e os pontos utilizados na auriculoterapia. ZONAS REFLEXAS As chamadas zonas reflexas ou áreas se baseiam no conceito do pavilhão auricular como um microssistema em que é encontrada a representação de todos os órgãos e estruturas do corpo humano. De acordo com a representação embriológica e a inervação do pavilhão auricular, a distribuição dos pontos e zonas reflexas corresponde à posição de um feto invertido no pavilhão auricular. Assim temos: A representação embriológica do pavilhão auricular e sua rede neural constituem teorias que procuram explicar a ação reflexa da auriculoterapia. CURIOSIDADE 17 Os pontos na área do lóbulo da orelha estão relacionados à cabeça e a face; Os pontos na área da escafa estão relacionados aos membros superiores; Os pontos na área da antélice representam o sistema músculo-esquelético e no ramo superior da antielice os membros inferiores e no ramo inferior a região glútea e ciático; Os pontos na região da concha representam os órgãos internos sendo que na área da cimba da concha estão os órgãos da região abdominal e na cavidade da concha(cava) os órgãos da região torácica; Os pontos da região da fossa triangular estão relacionados aos órgãos da pelve e genitais internos. É importante lembrar e relacionar a representação embriológica e a inervação do pavilhão auricular para melhor compreensão das zonas e dos pontos reflexos e sua ação no organismo. (FARIAS; SILVA, 2018) Há outras formas de representação das zonas auriculares e pontos auriculares. 18 ZONAS AURICULARES Esta nomenclatura foi estabelecida 1990 pela OMS. Cada zona auricular baseia-se na subdivisão proporcional das principais estruturas anatômicas (escafa, antélice, hélice, etc). Cada zona auricular é identificada por uma abreviatura de duas letras para a região anatômica representada e um número que indica a subseção da área anatômica. Por exemplo, LO = corresponde a estrutura anatômica Lóbulo da orelha. Este é um modelo de representação que auxilia na localização dos pontos auriculares. Veja as diferenças dos mapas utilizados na localização das zonas e dos pontos no pavilhão auricular. 19 A representação dos pontos auriculares seguindo o conceito de microssistemas/ reflexologia auxilia na localização dos pontos ou áreas reflexas. 20 A ORELHA COMO FORMA DE DIAGNÓSTICO Os antigos médicos chineses (acupunturistas) utilizavam o pavilhão auricular como forma de diagnóstico, principalmente em relação aos rins, mas é de longa data que os chineses estudam os pontos auriculares. Observando os antigos tratados de acupuntura, foram desenhando um mapa de auriculopuntura. Aproximadamente na década de 50 começou um estudo sério que foi sendo atualizado até a década de 80 e o que vamos estudar aqui é o mapa desenvolvido pelos chineses. Podemos observar na orelha, o que chamamos de marcas fundamentais, lembrando também que a auriculopuntura é conhecida como ponto dor, ou seja, quanto maior a dor maior o desequilíbrio. É possível analisar, observando a reação dos pacientes, que ao apalpar o ponto franze os olhos, significa um nível de desequilíbrio. Ao queixar-se da dor ou gritar, significa um nível maior de desequilíbrio e se o paciente tentar segurar a mão do terapeuta, significa um nível alto de desequilíbrio. Também existem pessoas que tem grandes desequilíbrios e não sentem dor alguma. Essas pessoas possuem uma deficiência grande no meridiano do rim, nesse caso é preciso tonificar primeiro o ponto do rim com moxa na agulha, aguardar uns 5 minutos e aí palpar novamente os supostos pontos em desequilíbrios. Não se deve tonificar pontos do rim se houver um problema grave no órgão, como nefrite ou grandes cálculos. A melhor forma de localizar pontos é o apalpador de pressão. O apalpador possui uma haste com mola que ao pressionar o ponto serve como referência, não deve baixar muito, para localizar um ponto com desequilíbrio basta encostar o apalpador. Não basta localizar o ponto, mas a direção onde o ponto encontra-se, movimentando o apalpador para cima, para baixo e para os lados, até encontrar a direção exata e como deve-se aplicar. A direção exata é a posição em que o paciente sente mais dor. A forma e o tamanho do apalpador não influenciam, mas a pressão que se usa sim. Sun Simiao (Wikimedia) 21 A pressão sempre deve ser leve, lembre-se de proteger o ouvido do paciente com um pequeno pedaço de algodão para evitar acidentes. Sendo assim, toda vez que for aplicar qualquer tipo de material, agulha sistêmica, semipermanente, ponto esfera e ponto semente, deve ser observado a direção da aplicação, seguindo a mesma do apalpador. Prancha 2 Marcas na orelha As formas mais frequentes de marcas na orelha são: * Orelha muito dura: pode significar pessoa rígida. Gosta das coisas de seu jeito e pode ser rígida consigo mesma. * Orelha roída na hélice: “roeu de raiva”. Em alguém que passou muita raiva durante a vida a orelha apresenta-se dessa forma. Prancha 3 * Orelha vermelha: ascensão do Yang do fígado, pessoa que irrita-se com facilidade * Orelha vermelha ou não, mas com vinco em diagonal no lóbulo: pode significar desequilíbrio no meridiano do coração. Prancha 4 22 * Orelha torta, pontiaguda com qualquer tipo de deformação: pessoa também muito irritável. Prancha 5 * Orelha muito grande: deficiência de rim, é comum pessoas de idade avançada crescer a orelha, demonstrando a deficiência. * Orelha pequena desproporcional ao rosto e com lóbulo curto: pessoa de constituição física debilitada, fica doente facilmente, como gripe, alergias. * Escamações na orelha: pode significar inflamação ou pequenas infecções, mas se o paciente tiver dermatite seborreica pode também apresentar escamação na orelha descartando o diagnóstico. * Pontos negros na orelha: podem significar tumores, mas se o paciente apresentar pintas no corpo e no rosto ou for de nascença o diagnóstico deve ser descartado, lembrando também que tumor não é necessariamente câncer. Prancha 6 * Orelha de cor opaca: sem brilho, deficiência do meridiano do rim. * Orelha de cor cinza: problemas de pulmão, se for craquelada como um isopor problemas de pulmão causado por cigarro. 23 * Orelha com cordão (vasos sanguíneos edemaciados): pode significar energia estagnada. Prancha 7 * Orelha com cravos: pode significar energia estagnada, retire-os. * Orelha de cor amarelada: desequilíbrio de baço, pâncreas e estômago. * Orelha de cor verde azulada: pode ser desequilíbrio de fígado e vesícula biliar. * Todo e qualquer tipo de deformação pode significar algum tipo de desequilíbrio referente a região afetada. Prancha 8 * Orelha inchada no ante trago: pode significar excesso de pensamentos ou dificuldade de concentração. Prancha 9 24 * Orelha com manchas acastanhadas: pode significar doença degenerativa, osteoporose ou osteopenia. Em alguns casos manchas acastanhadas podem ser causadas pelo sol. Prancha 10 * Orelha com a ante hélice colada na hélice pode significar doença autoimune. Prancha 11 25 Quando se usa o apalpador algumas marcas ficam na orelha, dependendo da profundidade e tempo que essas marcas demoram para voltar pode significar algum tipo de desequilíbrio. Esses desequilíbrios ainda não são claros, pode ser que quanto maior o tempo de retorno ao estado natural,maior o desequilíbrio, ou somente pode significar retenção de liquido causado por desequilíbrio dos rins. Outra marca que pode aparecer é a presença de nós, esses nós podem representar algum problema frequente, estabelecido, crônico, como exemplo: constipação. Um fator importante é que não se deve apalpar a orelha toda, normalmente todos os pontos irão doer. Devemos ouvir a queixa do paciente, fazer a observação visual da orelha, como forma de diagnóstico, fazer o diagnóstico utilizando os cinco elementos, então explorar os pontos que devem ser tratados. Cuidado Não devemos aplicar Aurículo em mulheres grávidas, dar estímulos fortes com agulha em pessoas muito fracas, apáticas e com anemia, fazer sangria em pacientes com diabetes alta e coagulação demorada, fazer moxa no ponto do rim em pacientes com problemas graves estabelecidos no órgão. E usar o ponto Shen Men em pacientes maníaco depressivos. Nunca dispensar os cuidados médicos. FORMAS DE APLICAÇÃO Agulha sistêmica, podemos usar esse tipo de agulha para tratar qualquer tipo de desequilíbrio, a agulha que uso com frequência é a chinesa 0,25x25mm, ou 0,25x30mm Koreana ou Japonesa. Após aplicar as agulhas deve-se estimulá-las a cada 5 min. durante 30 min. aproximadamente. Esse tamanho de agulha é bom pela facilidade de manipulação. Prancha 12 26 Agulha semipermanente de 1,0 ou 1,5 mm, esse material pode ser fixado com micropore e permanecer na orelha por até 7 dias. Prancha 13 Ponto esfera, em aço inox, também pode permanecer por 7 dias e fixado por fita de micropore. Ao aplicar pressione com cuidado, pode causar lesões ao exceder a pressão. Prancha 14 Ponto semente: normalmente usa uma semente de mostarda, essa pode peranecer também por 7 dias, mas, se houver algum tipo de lesão não deve ser utilizada, por tratar-se de material orgânico pode causar algum tipo de infecção. Esta forma de tratamento é a que menos dá resultados, por não fazer pressão necessária para o estímulo do ponto. Apesar de muitos terapeutas utilizarem essa técnica. Prancha 15 27 Os materiais: agulha sistêmica, semipermanente, semente de mostarda, ponto esfera em aço inox, agulha akabani e até o apalpador estimulam os pontos, fazendo circular melhor a energia e melhorando a circulação nos meridianos. Gostaria de salientar que acupuntura e auriculopuntura são formas de tratamento sérias e não devem ser misturadas a técnicas místicas, todo material novo, deve ser testado e comprovada sua eficácia. COMEÇANDO A APLICAR Antes da aplicação é bom firmar que, a forma de aplicação chinesa usa- se o menor número possível de agulhas, entre 2 a 11. Outra dúvida é como aplicar e em qual orelha, o ideal é aplicar cada semana em uma orelha diferente, intercalando as aplicações, não aplique nas duas ao mesmo tempo, você pode fazer isso, mas, ao aplicar nas duas ao mesmo tempo, na semana seguinte as duas vão estar sensíveis, tratando-se de ponto dor, você não vai saber se os pontos na orelha precisam ser tratados, porque doem ou estão sensíveis por ter sido aplicado recentemente. Sendo assim o melhor é intercalar, enquanto aplica- se em uma orelha a outra descansa. Atenção o ponto shen men é um ponto que deve sempre ser utilizado, mas em casos de pessoas com problemas graves de depressão ou extrema apatia é um ponto que deve ser evitado caso contrário pode agravar o problema. É preciso ter muito cuidado ao aplicar as agulhas, ter o máximo de precisão, se por um acaso aplicar em ponto errado o paciente pode piorar e agravar seu problema, só aplique com absoluta certeza. Antes de começar a aplicar é preciso observar a orelha, é importante não tocá-la para evitar que a textura e coloração sejam alteradas, podendo interferir no diagnóstico. O primeiro ponto a ser aplicado é o shen men, deve-se aplicar e aguardar pelo menos 5 minutos e observar se houve aparecimento de marcas ou mudança de coloração, após esse tempo comece a aplicação. Vamos começar com a agulha sistêmica, coloque a agulha no ponto e com movimentos horário e anti- horário faça uma pequena pressão, quando a agulha ficar firme, pare de aprofundar, cuidado para não transpassar a orelha. Nesse método você aplica 28 todas as agulhas necessárias que deve permanecer entre 30 e 40 minutos e a cada 5 minutos deve ser estimulada, movimentando-a em movimentos horários e anti-horários sem aprofundar, a não ser que a agulha esteja saindo, deve-se colocá-la de volta até ficar firme novamente. Após a aplicação desse método você pode aplicar as agulhas semipermanentes, esfera ou ponto semente, cuidado, quando ao remover a agulha sistêmica se o ponto sangrar, limpe o local com algodão seco, e não aplique a semente, por tratar-se de material orgânico em contato com o sangue, pode deteriorar e causar infecção. * Outra forma de aplicação é a utilização da agulha semipermanente, que pode variar entre dois tamanhos, 1,0 e 1,5 mm a forma de aplicação depende da espessura da orelha, limpe bem a orelha com álcool 70%, para aplicar essa agulha podemos utilizar uma pinça simples ou um aplicador de agulhas, prefira os feitos em alumínio por serem leves, melhora em muito sua sensibilidade na hora de aplicar. Prancha 16 * Ponto esfera em aço inox, vidro ou cristal, também podem ser utilizados, todos servem somente para estimular os pontos, como esses materiais são muito rígidos, deve-se tomar cuidado ao pressioná-los, dependendo da força aplicada pode gerar lesões. * Ponto semente, várias sementes são utilizadas para esse fim, mostarda de cor clara Koreana, a de cor escura chinesa, vacária e colsa. O período de aplicação também pode ser de 7 dias, apesar de este método ter uma resposta menor, o ponto fica superficial e perde seu efeito, a cola do micropore também 29 enfraquece devido a oleosidade da semente. Não existe nenhuma propriedade especial na semente. A pressão que executa sobre o ponto é que auxilia no tratamento. Deve-se usar apenas uma em cada ponto. Os pontos de aurículo são muito próximos, se aplicarmos duas sementes, uma pressiona o ponto e a outra, outro ponto, que não deveria ser estimulado, então na hora de aplicar utilize apenas uma semente em cada ponto, o objetivo é ser preciso. * Agulha permanente, conhecida como akabani, normalmente utiliza-se essa agulha, em aurículo, para ligar dois pontos ao mesmo tempo, esse método potencializa alguns tratamentos. Deve ser aplicada de forma superficial como se fosse uma farpa. Essa forma de aplicação é difícil, não é recomendável o paciente permanecer com esta agulha por vários dias é preferivel aplicar uma agulha sistêmica que dá mais apoio ao aplicar. O ideal é fazer a aplicação e após 40 minutos retirar. SEDAR E TONIFICAR * Ponto esfera ouro: normalmente uma esfera em aço inox banhada em ouro serve para tonificar um ponto em deficiência, pode-se aplicar a esfera diretamente no ponto, mas tratando-se de ser uma esfera banhada, a energia do ouro é fraca, uma forma de melhorar é aplicar uma agulha semipermanente e a esfera sobre a agulha. Prancha 17 30 * Ponto esfera prata: também em aço inox banhada em prata serve para sedar um ponto que esteja em excesso de energia e pode ser utilizado da mesma forma que o ponto ouro. * Magnetos: servem tanto para sedar como tonificar depende o lado que esteja em contato com a pele, ou seja, todo magneto tem uma marca, o lado arredondado ou com uma marca é sempre o lado norte, este lado seda, o lado reto e liso é sul, tonifica. Os magnetos têm um efeito muito mais potente e deve ser aplicado com cuidado. Magneto auricular deve ter no máximo 3mm de diâmetro. * Moxa também tonifica e a forma de utilizar é inserir a moxa na cabeça da agulha sistêmica, pode-se utilizar a moxa botão ou stiks que pode ser cortadono tamanho ideal. Nunca aplique moxa diretamente na orelha do paciente. Prancha 19 31 ENERGIA ESTAGNADA Quando existe energia estagnada, aparece na orelha um vaso escuro, conhecido como cordão, as vezes ao apalpar ou aplicar no shen men esses vasos aparecem. Você pode aplicar normalmente, que durante o tratamento esses vasos irão desaparecer, mostrando que o tratamento está dando bons resultados, mas você pode tirar a estagnação com uma lanceta de teste de glicemia. Se preferir utilize a caneta especial para sangria, a aplicação é rápida e praticamente sem dor, mas existe uma dificuldade em atingir o cordão com precisão, você pode utilizar somente a agulha e fazer pequenas punções em várias partes do cordão. É comum a região ficar edemaciada. Não utilize esta técnica sem orientação ou higiene adequadas. POTENCIALIZANDO ALGUNS TRATAMENTOS Uma forma de potencializar alguns tratamentos é utilizando as agulhas Akabani ou uma agulha sistêmica 0,25x25mm que é melhor de ser manipulada, para potencializar o tratamento de alguns desequilíbrios, ligamos dois pontos com a mesma agulha, é preferível utilizar a agulha sistêmica já que a akabani muitas vezes não alcança os dois pontos. A forma mais correta dessa aplicação é introduzir a agulha em um determinado ponto e seguir até atingir outro ponto, como se fosse uma farpa na pele, mas podemos usar esse método somente para alguns tratamentos. Não é recomendável deixar o paciente com a agulha akabani, o mais seguro é aplicar a agulha sistêmica e aguardar cerca de 40 minutos e retirar no final da sessão. Podemos usar essa técnica para tratar depressão, constipação, mal humor e parar de fumar. Prancha 20 32 APARELHO ELÉTRICO Você pode sedar e tonificar utilizando um aparelho elétrico específico para aurículo, já vem com ajuste até 40Hz que tonifica e de 100Hz que seda. Para aplicar você pode colocar a caneta (que pertence ao aparelho) direto no ponto e aumentar a intensidade no potenciômetro até o paciente sentir um formigamento, mas para melhor efeito aplique uma agulha semi permanente e a caneta diretamente sobre a agulha, aumente com cuidado o potenciômetro, até o paciente relatar pequeno formigamento, que deve ser confortável. Deixe por 5 minutos em cada ponto. Atenção, não devemos aplicar anestesia, medicamentos ou qualquer substância nos pontos de aurículo, não existe tratamento chinês que utiliza injeção de qualquer tipo de substância. SINTOMAS DE EXCESSO E DEFICIÊNCIA É possível sedar e tonificar pontos auriculares utilizando alguns materiais, mas para isso é preciso ter certeza absoluta que esse ponto deve ser estimulado, caso o procedimento seja equivocado pode ser prejudicial. Por exemplo: uma pessoa com ascensão de yang de fígado se for tonificado pode piorar o estado do paciente tornando-o mais irritadiço e impaciente. Para ajudar no diagnóstico, é preciso saber os sintomas que cada um dos meridianos apresenta, é fato que os pacientes apresentam certos sintomas, dependendo se os meridianos estão em deficiência ou excesso apresenta um tipo de comportamento, a seguir alguns dos sintomas de excesso e deficiência dos principais meridianos: Pulmão: Excesso: Respiração ruidosa, voz alta, peito de pombo, dor nos ombros, dor nos braços ao longo do meridiano do pulmão, tosse com chiado, calafrios, dor em regiões da pele, dor nas costas, região dorsal alta, expectoração purulenta. Deficiência: Respiração superficial e acelerada, muco fluido e aquoso, chiado seco, sudorese noturna, claustrofobia, melancolia, nostalgia, formigamento ou adormecimento ao longo do meridiano. 33 Intestino Grosso: Excesso: Dor de garganta, hemorragia nasal, constipação, borborigmo, dor abdominal, boca muito seca e inchaço no pescoço na parte lateral. Deficiência: Sensação de frio nas extremidades, ansiedade, diarreia e melancolia. Estômago: Excesso: Dor e distensão epigástrica, fome frequente, secura na boca, mau hálito, constipação, sensação de calor pelo corpo, espasmos nas pálpebras, gastrite, dor nas pernas ao longo do meridiano e inchaço na parte anterior do pescoço. Deficiência: Sensação de cansaço pelo corpo, calafrios, bocejos, suspiros, pessimismo, preguiça, perda de apetite, paralisia facial e desânimo. Baço/Pâncreas: Excesso: Icterícia, febre frequente, dor nas articulações, coceira no ouvido, epigastralgia, constipação e eructação e dor de cabeça frontal. Deficiência: sensação de barriga cheia, borborígmo, diarreia, indigestão, inapetência, náuseas, vômito, sono leve, fraqueza nos membros sem força, ascite, apatia, preguiça e dificuldade de concentração no trabalho e estudos. Coração e Pericárdio: Excesso: Boca seca, dor torácica, rosto avermelhado, ansiedade com insônia, aumento da pulsação, dor na axila, língua vermelha, transpiração em abundância ao mínimo esforço, dor no fundo dos olhos, falta de paladar, alegria eufórica e riso descontrolado. Deficiência: Dificuldade ao respirar, sensação de aperto no peito, calor e transpiração nas palmas da mão, insônia, falta de memória de situações antigas e tristeza. Intestino Delgado: Excesso: Dor e rigidez na nuca na parte posterior do pescoço e trapézio, dor de ouvido e dor no braço ao longo do meridiano. Deficiência: Diarreia, borborigmo, zumbido e adormecimento ou formigamento no braço ao longo do meridiano. 34 Bexiga: Excesso: Dor e rigidez na nuca, dor de cabeça parietal e occipital, ciúmes e possessividade, dor nas costas, na parte posterior das pernas, na panturrilha ao longo do meridiano. Deficiência: Sensação de frios nas costas, adormecimento ou formigamento ao longo do meridiano e medo constante de qualquer situação. Rim: Deficiência: Impotência, lombalgia, frio nas costas, queda de cabelos, dentes fracos, ossos fracos, dificuldade de audição, diminuição da urina, perda de memória de situações recentes, joelhos fracos, frigidez, rinite alérgica, joelho estala, medo e pânico, sonolência durante o dia e acorda cansado com desânimo. Triplo Aquecedor / Sanjiao: Excesso: Dor ao longo do meridiano, dor de garganta, dificuldade de urinar e distensão abdominal. Deficiência: transpiração espontânea, vertigem, zumbido, dificuldade de audição mãos frias e entorpecidas. Tratando-se de um meridiano que controla as três sedes, superior, média e inferior pode apresentar vários sintomas, inclusive de outros meridianos. Vesícula Biliar: Excesso: Febre com sensação de frio, boca amarga, dor lateral do corpo, icterícia, irritabilidade, dor de cabeça lateral, enxaqueca, com os olhos latejando e que lacrimejam com facilidade. Deficiência: Tontura, labirintite, perturbação da visão, visão turva e embaçada e tendência a sonhos agitados. Fígado: Excesso: Dor nas mamas, dor nos órgãos genitais, dor de cabeça, enxaqueca, olhos lacrimejam com facilidade, conjuntivite, tendinite, boca amarga, irritabilidade, náuseas, vômito e indignação. Deficiência: Tontura, visão turva, olhos secos, zumbido, magoa com facilidade e depressão. 35 CONHECENDO O TRAJETO DOS MERIDIANOS Já que sabemos que muitos sintomas referem-se a dores, formigamentos e adormecimentos no trajeto dos meridianos, é bom conhecer suas localizações para auxiliar com precisão no diagnóstico. PULMÃO: O pulmão tem início na cavidade subclavicular, sobe contornando a face anterior do ombro, desce pela borda lateral externa do músculo bíceps, cruzando a prega do cotovelo lateralmente ao tendão do bíceps. Segue descendo pela face anterior do antebraço e braço na face radial, chega ao punho pela borda radial da artéria radial. Segue pela borda externa da mão e termina no ângulo ungueal externo do dedo polegar. INTESTINO GROSSO: Tem início noângulo ungueal externo do dedo indicador, segue pela borda externa do segundo metacarpo, passa pela face posterior do antebraço pela face radial, cruza o cotovelo sobe pelo braço até a articulação do acrômio clavicular, cruza o ombro, passa a frente do músculo do trapézio, sobe pela lateral do pescoço cruza a face e termina na aba lateral oposta do nariz. 36 BAÇO/PÂNCREAS: Tem início no ângulo ungueal interno do hálux do pé segue pelo bordo medial interno do pé. Sobe anteriormente ao maléolo interno, segue a perna pelo bordo medial a uma polegada da borda da tíbia, cruza a articulação do joelho sobe pela coxa anterior ao músculo adutor magno. Chega ao abdômen, passa pelo tórax a 4 polegadas da linha média, sobe até o 2º espaço intercostal, para voltar a descer e terminar no 7º espaço intercostal. ESTÔMAGO: Inicia-se abaixo da pálpebra inferior, desce numa linha vertical contorna a face lateral e volta a subir indo até o ângulo superior frontal na linha do início do cabelo. Desce pelo pescoço, desce pela artéria carótida, descendo pelo tórax passa por cima do mamilo desce pelo abdome a duas polegadas da linha média anterior. Continua descendo pela perna ao lado do músculo reto femoral, cruza a articulação do joelho, desce a uma polegada lateral da tíbia chegando ao dorso do pé entre o segundo e terceiro metatarsos e termina no ângulo ungueal externo do segundo dedo do pé. CORAÇÃO: Tem início na parte central e mais profunda da axila, desce pela borda medial do músculo bíceps segue pela face interna lateral do braço e antebraço borda ulnar, segue pela palma da mão e termina no ângulo ungueal externo do dedo mínimo. 37 INTESTINO DELGADO: Tem início no ângulo ungueal do dedo mínimo, segue pelo bordo interno da mão, chega à face posterior do antebraço sobre a Ulna segue pela face posterior do braço cruza o ombro desce na escápula e volta a subir em direção ao pescoço. Corta a face até abaixo do arco zigomático e termina em frente ao trago da orelha. BEXIGA: Considerado o maior meridiano do corpo, tem início no ângulo medial interno do olho sobe verticalmente pela testa contornando a cabeça a uma distância de 1,5 polegadas da parte mediana. Desce pela região occipital e no pescoço na altura da T3 divide-se em duas e desce ao longo da coluna, a primeira linha a 1,5 polegadas do centro e a segunda a 3 polegadas do centro, continua descendo pela parte posterior da coxa, cruza a articulação do joelho desce pela panturrilha, chegando ao tornozelo descendo pela borda externa do pé e termina no ângulo ungueal externo do dedo mínimo do pé. 38 RIM: Inicia-se no meio da planta do pé, sobe pelo bordo interno passa entre o maléolo interno e o tendão calcâneo, sobe pela parte posterior interna da perna, cruza a articulação do joelho, segue pela face interna da coxa, cruza o púbis, sobe pelo abdômen e pelo tórax terminando a baixo da clavícula. PERICARDIO: Tem início a uma polegada lateral do centro do mamilo sobe pelo tórax contornando a axila, segue pelo braço, cotovelo e a face anterior e média do antebraço, chega ao centro da prega do punho, desce pela palma da mão e termina no ângulo ungueal externo do dedo médio. TRIPLO AQUECEDOR: Tem início no ângulo ungueal interno do 4º dedo da mão, segue pela parte dorsal entre o 4º e 5º metacarpos, segue pela face posterior do antebraço entre o rádio e a ulna, segue pela linha média até atingir o ombro, sobe pelo pescoço contorna o pavilhão auricular para terminar na extremidade externa da sobrancelha. 39 VESÍCULA BILIAR: Tem início no canto externo do globo ocular, dirige-se a cavidade auricular volta a subir contorna o pavilhão auricular até a base do crânio desce pela face latero-posterior do pescoço, passa anteriormente a articulação do ombro segue pela face lateral do tronco, pela face lateral da perna, lateral do joelho, desce em direção ao maléolo externo chega ao pé passa entre o 4º e 5º metatarsos e termina no ângulo externo do 4º dedo. FÍGADO: Tem início no ângulo ungueal externo do halux, segue entre o 1º e 2º metatarsos, cruza anteriormente o maléolo interno, segue pela perna margeando a borda posterior da tíbia, cruza a face medial interna do joelho segue pela coxa entre os meridianos rim e baço/pâncreas, sobe o músculo adutor magno chega ao abdômen e termina no 6º espaço intercostal. MÉTODOS DE AVALIAÇÃO E DIAGNÓSTICO EM AURICULOTERAPIA: INSPEÇÃO AURICULAR E PALPAÇÃO AURICULAR Método de avaliação ou de diagnóstico em auriculoterapia constitui-se em avaliar alterações no pavilhão que podem denunciar distúrbios ou problemas em áreas correspondentes e que auxiliarão na definição dos pontos a serem utilizados bem como monitorar a evolução do tratamento. O processo de análise do pavilhão auricular complementa dados de uma anamnese ou exame físico em relação ao paciente. É objetivo e não invasivo. Porque isso acontece? Vamos relembrar: Porque o pavilhão auricular está conectado ao organismo. Há várias reações espontâneas que se refletem no pavilhão auricular quando existem disfunções de órgãos internos ou outras partes do corpo. Quando ocorre uma disfunção orgânica o ponto ou área auricular correspondente ao órgão pode apresentar alterações de coloração da pele ou sensibilidade, ou seja, tornando-se doloroso ao toque leve. Também ocorrem alterações na condutibilidade elétrica, tornando-se possível detectar o ponto ou região em distúrbio com o uso de aparelhos eletrônicos apropriados. 40 Os métodos de avaliação auxiliam na detecção de um distúrbio. Oferecem um meio rápido de avaliação e monitoram a evolução clínica do tratamento. Os métodos se dividem em 2 categorias, em especial para utilização na prática terapêutica na Unidade Básica de Saúde: Inspeção/observação Palpação Antes de conhecer cada um deles, vamos observar algumas recomendações para desenvolver uma avaliação: RECOMENDAÇÕES PARA UMA AVALIAÇÃO DO PAVILHÃO AURICULAR O pavilhão auricular normal deve ser semelhante em tamanho, cor e umidade, indolor à palpação. É firme e flexível, tem a coloração da mesma cor que a pele do restante do corpo, a hélice deve ter uma cor avermelhada, livres de processos inflamatórios e hiperemia. Orelhas proeminentes e pendentes em idosos são um sinal de atrofia e envelhecimento, é normal para essa faixa etária. Então: Antes de iniciar a avaliação devemos conhecer as características do pavilhão auricular sem alterações; Boa iluminação: de preferência uma luz natural ou uma luz branca (pode ser usada lupa ou lanterna); Não tocar ou manipular o pavilhão auricular antes da avaliação; Não realizar higienização com água ou álcool no pavilhão auricular antes da avaliação; Orientar o paciente sobre a avaliação e possíveis alterações encontradas; Em caso de uso de foto para registro da avaliação de preferência sem flash ou uso de flash próprio (equipamento próprio) para não interferir no registro. Você pode utilizar um desenho do pavilhão auricular e ir identificando as alterações observadas; Sempre examinar e avaliar os dois pavilhões auriculares (direito e esquerdo); Na avaliação deve-se levar em conta a idade e o sexo do paciente. 41 MÉTODO DE INSPEÇÃO OU OBSERVAÇÃO DO PAVILHÃO AURICULAR Este método requer uma análise visual do pavilhão auricular. Observa-se as alterações de pele na superfície da orelha (como cor, descamação, etc...) e as informações coletadas são referentes a reações reflexas de possíveis problemas. Este é um método de diagnóstico usado para observar a descoloração, deformação, descamação, pápulas e alterações vasculares na orelha. É normalmente usado para diversas doenças agudas ou crônicase para as crises agudas de doenças crônicas. É aplicado principalmente para localizar ou tratar a área da doença e para o diagnóstico qualitativo. (Dr. Marcelo Milanda) Ao chegar o paciente à consulta, o primeiro passo é a observação do pavilhão auricular para conhecer o lugar onde aconteceu o processo patológico e a etapa de desenvolvimento do mesmo, servindo de antessala para logo realizar a palpação. (Huang Li Chun) A inspeção geralmente é iniciada na face anterior e parte superior do pavilhão auricular, prossegue descendo e segue da parte medial para a lateral. Depois de inspecionadas as regiões visíveis, investigar as regiões mais escondidas como a cimba da concha e a cavidade da concha, trago, antítrago e região interna da hélice, entre outras. Após a inspeção ser realizada na face anterior do pavilhão auricular, deve-se iniciar a inspeção da face posterior do pavilhão auricular seguindo a mesma dinâmica. As manifestações de alterações no pavilhão auricular incluem as seguintes características: Alterações de cor: eritema, rubor, palidez, manchas; O excesso de oleosidade; Crescimento anormal de pelos Marcas de nascença; Vasos sanguíneos ingurgitados e cor de sangue anormal (azul, vermelho, ou roxo); Capilares dilatados, varizes, hiperpigmentação; Furúnculos, bolhas, verrugas, lesões, pápulas, espinhas; Petéquias; 42 Depressões, sulcos, rugas; Edema; Descamação; Assimetrias. Se você observar uma alteração no pavilhão em determinado ponto ou região, provavelmente é um sinal de distúrbio na área correspondente. É importante avaliar e comparar com outros dados da anamnese. Lembramos que as pessoas podem apresentar alterações no pavilhão auricular e não apresentar queixa em relação ao ponto ou área com alteração. Neste caso, associe o método de palpação para investigar melhor. Se o ponto ou região apresentar sensibilidade alterada considere como um indicativo para ser melhor investigado na estrutura relacionada. 43 MÉTODO DA PALPAÇÃO O método da palpação consiste em aplicar pressão com instrumento próprio (indireta) ou com a ponta do dedo (direta) nas regiões do pavilhão auricular. Este movimento de pressão auxilia a identificar pontos mais sensíveis e doloridos à palpação indicando possíveis problemas na área correspondente. É um método de diagnóstico que emprega o uso de uma sonda ou a caneta de detecção através da pressão para identificação de pontos sensíveis auriculares, e assim realizar o diagnóstico. Quando uma pessoa sofre de uma doença, especialmente para uma doença aguda, os fenômenos de um limiar inferior de dor e sensação de dor aparecerão no ponto auricular. Esta é à base do Método de Palpação. Este método é aplicado para diagnosticar várias doenças agudas, doenças dolorosas, determinando a natureza ou diferenciação de um tumor, e tratamento de doenças. (Dr. Marcelo Milanda) Este método pode ser aplicado após a inspeção do pavilhão auricular corroborando com as alterações visualizadas. Pode ser realizada com o paciente deitado, para um relaxamento máximo; na posição sentada ou de pé. A intensidade da pressão vai de acordo com a sensibilidade do paciente. Alguns reagem à pressão mínima ou forte. Muitos fatores interferem e devem ser considerados na avaliação, principalmente no que se refere à condição crônica e aguda ou se são problemas recorrentes. Lembre-se: na avaliação diagnóstica do pavilhão auricular deve ser levado em consideração: 1- Os dados coletados na anamnese; 2- As alterações encontradas na inspeção e 3- Os dados obtidos na palpação A sensibilidade persistente do pavilhão auricular pode indicar um distúrbio funcional, é importante verificar possíveis sensibilidades das zonas auriculares como a concha, incisura intertrágica, lóbulo da orelha entre outros que são mais frequentemente relacionadas com distúrbios viscerais, endócrinos e psicossomáticos. 44 Através da palpação de determinados pontos dolorosos mais sensíveis, associando a palpação à observação da coloração das marcas que ficam após o exame dos pontos com um instrumento explorador, pode-se determinar o caráter crônico ou agudo da enfermidade. (Huang Li Chun) Segundo Huang Li Chun, o método de palpação é muito importante na prática clínica já que nele ficam reunidos os quatro métodos diagnósticos seguintes: Diagnóstico através do ponto doloroso à pressão. Diagnóstico através da marca deixada pela pressão. Diagnóstico através da palpação, usando a ponta dos dedos. Diagnóstico através da palpação, usando a ponta romba do lápis explorador. Verifique amplas regiões do pavilhão auricular usando movimentos longos com os dedos e aplicando pressão constante. Determinadas áreas apresentam um aumento da sensibilidade à palpação. O ideal é consolidar o exame em ambos os lados e simultaneamente. Monitorar as expressões faciais em resposta à pressão realizada. Pode- se solicitar ao paciente para que ele avalie o grau de sensibilidade que é sentida em cada ponto da orelha quando é aplicada pressão com um sistema de graduação com valores ou notas de 1 a 10, sendo 1 a mais leve e 10 a mais forte; ou com expressões como: leve, moderado ou forte; ou apenas observar as expressões faciais do paciente. 45 Durante a manobra realizada pela palpação digital direta deve-se investigar, além do ponto mais doloroso do pavilhão auricular, a textura, a temperatura, as protuberâncias, os nódulos, as lesões, entre outras alterações. A palpação indireta é realizada com instrumento próprio ou com o auxílio de materiais pontiagudos como: tampa de caneta, entre outros. O ideal é a utilização de material de metal e de ponta esférica (apalpador) para auxiliar na identificação dos pontos dolorosos. COMO REALIZAR A PALPAÇÃO COM O APALPADOR DE METAL? Segurar e esticar o pavilhão auricular firmemente com uma mão, enquanto segura o apalpador com a outra mão. Deslizar sobre a superfície lentamente, parando em pequenas regiões sensíveis a pressão levemente aplicada. Apalpe áreas auriculares que você suspeita serem reativas por sua correspondência com as partes do corpo em que o paciente tem dor ou queixas relatadas. LEMBRE-SE Os métodos de diagnóstico auricular auxiliam para a seleção dos pontos a serem utilizados como recurso terapêutico. Não devem ser utilizados como base para diagnósticos. MÉTODO DE PRESSÃO É um método de diagnóstico que utiliza a caneta de palpação para pressionar os pontos auriculares e à observação da marca pressionada. Quando uma pessoa está doente, uma deformidade como uma eminência ou inchaço aparecerá no ponto correspondente na orelha. As marcas de pressão têm uma diferença de coloração, profundidade e do tempo de recuperação. Isto é à base do diagnóstico clínico. Este método é usado principalmente para doenças agudas e crônicas. Também é utilizada para diferenciar síndromes de deficiência e excesso. (Dr. Marcelo Milanda) 46 Ao produzir-se um estado patológico, podemos encontrar na zona ou ponto correspondente do pavilhão, uma diminuição do limiar doloroso, um ponto sensível à dor. Isto pode ser observado, com mais evidência, nas enfermidades agudas e tumores. Este método é um dos mais frequentemente utilizados e é realizado usando a ponta romba de um lápis explorador ou com a mesma ponta do instrumento elétrico para o diagnóstico auricular. Para sua execução, realiza- se pressão de igual magnitude sobre os pontos ou áreas relacionadas com a patologia, obtendo como zona ou ponto implicado o que mostre uma sensibilidade maior à pressão. (Ernesto G. Garcia) Nas zonas ou pontos do pavilhão que guardam estreita relação com a patologia, podem-se observar, em geral, mudanças morfológicas como proeminências ou edema. Ao realizara pressão sobre os ditos pontos, fica neles uma marca ou impressão como parte da reação do ponto. Nesta marca, são tomados em conta diferentes características como a profundidade, a coloração e o tempo de permanência da mesma. Na prática clínica, são usadas estas características para determinar o caráter agudo ou crônico da enfermidade e para diferenciar se é por vazio (Xu) ou plenitude (Shi). (Ernesto G. Garcia) EXPLORAÇÃO Este método de diagnóstico emprega o uso do toque. Uma caneta de detecção é utilizada para reações de toque, como saliência, depressão, edema ou inchaço. O ponto da aurícula vai alterar a sua forma variando, juntamente com a ocorrência e desenvolvimento das alterações patológicas quando a pessoa sofre de uma doença. Para doenças crônicas e orgânicas, uma marca permanente se manterá na orelha depois que a doença foi curada. O Método de exploração desenvolveu- se rapidamente nos últimos dez anos. Além disso, melhora a aplicação do ponto único, especialmente o diagnóstico e diferenciação de um ponto para várias doenças. O método de palpação é aplicado principalmente para o diagnóstico de doença crônica, ou o estudo de uma história do caso do paciente. (Dr. Marcelo Milanda) 47 DETECÇÃO AURICULAR ELÉTRICA Este é um método de diagnóstico que mede a resistência cutânea auricular. Analisando os pontos auriculares e tendo os resultados, pode ser uma referência para o diagnóstico e como fundamento de seleção do ponto. Quando uma pessoa está sofrendo ou teve uma doença, as resistências cutâneas dos pontos auriculares que se relacionam com a doença irão diminuir drasticamente. Assim, com um detector auricular, pode medir essa mudança. Detecção elétrica é usada para a doença aguda e crônica, crises agudas de doença crônica, tumor, doença dolorosa, e a estimativa e julgamento da pressão arterial. Pode aumentar a taxa de diagnóstico usando palpação em conjunto com detecção elétrica. (Dr. Marcelo Miranda). Com este método obtêm-se as reações positivas do ponto através das variações auditivas ou visuais do instrumento elétrico usado. Pode combinar a palpação com a exploração elétrica, podendo-se obter, em uníssono, os dados de diagnóstico que brindam ambos os métodos. (Huang Li Chen) DIAGNÓSTICO AURICULAR COMPLETO Os métodos de diagnóstico múltiplos atribuem valores de diagnóstico de acordo com a fase da doença. Alguns são aplicáveis para o diagnóstico de doenças agudas ou dolorosas e alguns são aplicáveis no diagnóstico de desordens crônicas ou orgânicas. Através da observação clínica, observa-se que a principal alteração para a doença aguda é um decréscimo de limiar da dor e da resistência dos pontos relevantes auriculares. Assim, palpação e detecção elétrica são utilizados para a doença aguda. Para uma doença crônica, a principal alteração é a deformidade dos pontos relevantes auriculares. Esta é a razão que a exploração é sempre usada para doença crônica. Portanto, a fim de realizar uma avaliação completa no pavilhão auricular, utiliza-se uma junção de vários métodos diagnósticos que se complementam. (Dr. Marcelo Milanda) 48 Primeiro: Inspeção. A inspeção é também chamada de observação. Para a primeira visita de um paciente, o melhor é a fazer a inspeção auricular primeiro para descobrir a localização e a fase da doença. Então, podemos fazer um julgamento mais de acordo com os achados de palpação e detecção elétrica. Segundo: A palpação. A sensibilidade é a principal mudança de doença aguda ou doença dolorosa. A deformidade é a principal mudança de doença crônica e orgânica. A palpação é muito importante, a fim de descobrir alterações especiais dos pontos auriculares. Palpação inclui quatro métodos de detecção. Terceiro: Detecção Elétrica e Ouvir. É um método de detecção da aurícula com um detector auricular elétrico, o qual pode mostrar o distúrbio de várias maneiras. Em seguida, analisamos as reações positivas. Normalmente, vamos terminar a palpação, a detecção elétrica e ouvir ao mesmo tempo. Quarto: Diferenciação de síndromes. É um método abrangente das reações positivas que obtemos através dos três métodos mencionados acima, combinadas com o histórico do caso e aplicar o conhecimento da MTC e Medicina Ocidental, então podemos fazer um diagnóstico, preciso, diferencial e proporcionar uma base para o tratamento. 49 REFERÊNCIAS FARIAS, Fátima Terezinha Pelachini; SILVA, Teresa Cristina Gaio Da. Auricu- loterapia segundo a reflexologia. [S.l.]: Universidade Federal de Santa Cata- rina, 2018. RASPA, Dr. Alexander; JR., Dr. Domingos Belasco. Acupuntura Auricular. Santos/ SP: Bueno Editora, 2018. SILVÉRIO-LOPES, Sandra; SEROISKA, Mariângela Adriane. Auriculoterapia para Analgesia. Analgesia por Acupuntura, p. 1-22, 2013. Acesso em: 21 jul. 2021. TESSER, Charles Dalcanale; NEVES, Marcos Lisboa; SANTOS, Melissa Costa. Formação em Auriculoterapia para profissionais de saúde da Aten- ção Básica. [S.l.]: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA, 2016.
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