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Auriculoterapia - 2

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Prévia do material em texto

1 
 
ANATOMIA DA ORELHA E DIAGNÓSTICO AURICULAR 
 
 
 
2 
 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de 
empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como 
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua 
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, 
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o 
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
Sumário 
 
ANATOMIA DA ORELHA E DIAGNÓSTICO AURICULAR ............................ 1 
NOSSA HISTÓRIA ......................................................................................... 2 
INTRODUÇÃO ............................................................................................... 4 
CONHECENDO A ANATOMIA DA ORELHA................................................. 5 
VASCULARIZAÇÃO ...................................................................................... 8 
MÚSCULOS E LIGAMENTOS ..................................................................... 10 
INERVAÇÃO ................................................................................................ 12 
REPRESENTAÇÃO EMBRIOLÓGICA DAS REGIÕES AURICULARES .... 14 
ZONAS REFLEXAS ..................................................................................... 16 
ZONAS AURICULARES .............................................................................. 18 
A ORELHA COMO FORMA DE DIAGNÓSTICO ......................................... 20 
CONHECENDO O TRAJETO DOS MERIDIANOS ...................................... 35 
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO E DIAGNÓSTICO EM AURICULOTERAPIA: 
INSPEÇÃO AURICULAR E PALPAÇÃO AURICULAR ...................................... 39 
RECOMENDAÇÕES PARA UMA AVALIAÇÃO DO PAVILHÃO AURICULAR
 ........................................................................................................................... 40 
MÉTODO DE INSPEÇÃO OU OBSERVAÇÃO DO PAVILHÃO AURICULAR
 ........................................................................................................................... 41 
MÉTODO DA PALPAÇÃO ........................................................................... 43 
COMO REALIZAR A PALPAÇÃO COM O APALPADOR DE METAL? ....... 45 
MÉTODO DE PRESSÃO ............................................................................. 45 
EXPLORAÇÃO ............................................................................................ 46 
DETECÇÃO AURICULAR ELÉTRICA ......................................................... 47 
DIAGNÓSTICO AURICULAR COMPLETO ................................................. 47 
REFERÊNCIAS ............................................................................................ 49 
 
file:///C:/Users/EDUARDO/Documents/FACUMINAS/AURICULOTERAPIA%20CHINESA/ANATOMIA%20DA%20ORELHA%20E%20DIAGNÓSTICO%20AURICULAR/ANATOMIA%20DA%20ORELHA%20E%20DIAGNÓSTICO%20AURICULAR.docx%23_Toc79855793
 
 
 
4 
INTRODUÇÃO 
O pavilhão auricular tem uma anatomia específica, muitos ensinam que 
ela tem semelhança ao feto de cabeça para baixo, mas devemos sempre usar 
como base a relação existente entre a aurícula e organismo humano e as 
terminações nervosas da orelha com o cérebro. 
Nossa orelha apresenta-se como uma lâmina dobrada sobre si mesma, 
nos mais variados sentidos, sendo no geral, na forma de corneta musical, devido 
a sua principal função, a de captar os sons. 
A aurícula é constituída por tecido fibrocartilaginoso, ligamentos, tecido 
adiposo e músculos. A região inferior é rica em nervos, vasos sanguíneos e 
linfáticos, mas a região central e superior é formada principalmente por 
cartilagem. A região que contém a maior quantidade de tecido adiposo é o lóbulo. 
A orelha é dividida em três partes, sendo elas: externa, média e interna. 
O pavilhão auricular é a parte externa da orelha em forma de concha, 
constituído de cartilagem elástica única, inervada e vascularizada. 
O lóbulo da orelha é a única região do pavilhão que não apresenta 
cartilagem, pois é constituída de tecido adiposo. 
A morfologia da orelha é diferente em cada indivíduo, tem cerca de 
seis centímetros de comprimento no adulto e está localizada, em parte, no osso 
temporal, a sua conexão com o crânio se dá através dos ligamentos e dos 
músculos auriculares. O pavilhão auricular está dividido em duas faces: a 
anterior e a posterior. 
 
A orelha, do latim aurícula, é um órgão presente em todos os animais mamíferos. Estas 
podem ter dimensões diferentes, mas a sua função é apenas uma, a de captar a origem 
dos sons. A captação dos sons permite aos animais caçar ou fugir e no caso dos seres 
humanos se comunicar e estar envolvidos no meio que os rodeia. 
CURIOSIDADE 
 
 
 
5 
CONHECENDO A ANATOMIA DA ORELHA 
 
São essas as estruturas anatômicas da orelha: 
Hélix, Raiz do Hélix, Hélix Ascendente, Hélix Descendente, Sulco 
Hélico Lobular, Lóbulo, Tragus, Anti Tragus, Ponte Intertragiana, Anti Hélix, 
Cruz Superior do Anti-Hélix, Cruz Superior do Anti-Hélix, Fosseta 
Triangular, Concha Superior (Cimba) Concha Inferior (Cava), Escafa. 
 
ORELHA EXTERNA 
A orelha externa é formada basicamente por duas partes. A parte que se 
projeta lateralmente à cabeça é a orelha, também intitulada de pavilhão auricular 
ou aurícula, e a parte que adentra ao osso temporal, é o meato acústico externo. 
A estrutura que divide a orelha externa da média é a membrana timpânica, tendo 
como barreira medialmente a sua face externa. Saliências e depressões da 
orelha, como a hélice, ante hélice, trago, antítrago, concha e fossa triangular 
auxiliam no direcionamento e condução do som até o meato acústico externo, 
sendo essas originárias da face lateral da cartilagem da orelha. Já o lóbulo da 
orelha não apresenta cartilagem, e sim tecido celular subcutâneo rico em 
adipócitos e bastante vascularizado. Com isso, as funções da orelha externa são 
captar e conduzir as ondas mecânicas sonoras para a orelha média, auxiliar na 
localização do som e amplificá-lo, além da proteção das regiões média e interna 
da orelha. A manutenção de umidade e temperatura ideais para manter a 
elasticidade da membrana timpânica faz com que essa estrutura seja protegida 
por ação de glândulas ceruminosas, pelos e a migração epitelial da região 
interna para a externa. 
 
 
 
6 
Agora, você irá identificar as estruturas anatômicas do pavilhão auricular. 
Isso é muito importante para a localização dos pontos auriculares. 
 
 
ESTRUTURAS ANATÔMICAS DA FACE ANTERIOR DO PAVILHÃO 
AURICULAR 
 
(RASPA; JR., 2018) 
 
1. Hélice: margem superior, curva e proeminente da orelha, que começa 
na cavidade da concha do pavilhão da orelha e segue circundando o pavilhão 
até encontrar o lóbulo. 
1.1 Ramo da Hélice: é o início da formação hélice, situa-se na concha da 
orelha. 
 
 
 
7 
1.2 Tubérculo da Hélice (Darwin): É uma proeminência localizada na 
face póstero-superior da hélice, junto a transição do ramo transverso da hélice 
com o ramo descendente. Nem todas as orelhas possuem esse acidente 
anatômico, umas possuem o tubérculo deslocado e outras dois tubérculos. 
1.3 Cauda da Hélice: situa-se naparte terminal da Hélice, que se conecta 
com o lóbulo da orelha. 
2 Antélice: Situa-se na saliência longitudinal ascendente mais interna e 
central da orelha que se bifurca na parte superior dando origem a 2 ramos: 
superior e inferior. 
2.1 Ramo superior da antélice: ramo superior da bifurcação da antélice. 
2.2 Ramo inferior da antélice: ramo inferior da bifurcação da antélice. 
2.3 Fossa triangular: Depressão triangular entre o ramo superior e 
inferior da antélice. 
 
3. Escafa: depressão curvilínea entre a hélice e a antélice. 
4. Trago: proeminência localizada sobre o meato acústico externo, em 
geral é triangular ou arredonda. Sua parte interna é chamada de subtrago. 
5. Incisura anterior (superior do trago): uma depressão formada pela 
região anterior e externa da hélice e a margem superior do trago pouco visível, 
mas facilmente identificável por palpação. 
6. Antítrago: pequena proeminência triangular de pontas abauladas 
localizada abaixo da antélice, oposta ao trago e superior ao lóbulo da orelha. 
7. Incisura intertrágica: sulco formado entre o trago e o antítrago. 
8. Incisura antitrágica: depressão formada entre o antítrago e a antélice. 
9. Lóbulo da orelha: região não cartilaginosa, de tecido adiposo, 
localizada na parte inferior do pavilhão auricular. 
10. Concha da orelha: sulco (escavação) mais profundo e interno 
localizado entre os limites da antélice, trago e antitrago. O ramo da hélice divide 
a concha em duas partes: uma superior e mais estreita denominada cimba da 
concha (cimba) e uma parte inferior denominada cavidade da concha (cava). 
 
 
ESTRUTURAS ANATÔMICAS DA FACE POSTERIOR DO 
PAVILHÃO AURICULAR 
 
 
 
8 
A face posterior do pavilhão auricular é dividida em quatro regiões e 
formada por faces, sulcos e eminências. 
 
 
(RASPA; JR., 2018) 
 
 
VASCULARIZAÇÃO 
São inúmeros os vasos sanguíneos que formam a rede arterial e venosa. 
Sendo assim, serão citadas somente algumas artérias bem como alguns ramos 
provenientes delas, de acordo com o que é mais indicado na literatura para a 
estrutura denominada artéria (A.). 
A vascularização da orelha externa e média ocorrerá pelos ramos das 
artérias temporal superficial, auricular posterior, faríngea ascendente e maxilar, 
ambas provenientes da artéria carótida externa. 
 
 
 
9 
A vascularização da orelha interna é feita pela artéria do labirinto, 
considerado como um ramo da artéria cerebelar inferior anterior (AICA) ou da 
artéria basilar. A artéria do labirinto divide-se em artéria vestibular anterior para 
nutrir o nervo vestibular, o utrículo e as ampolas dos canais semicirculares 
anterior e lateral, e artéria coclear comum se ramifica em artéria coclear própria 
para suprir acóclea e artéria vestibulococlear para suprir parte da cóclea e parte 
inferior do sáculo, além da ampola do canal semicircular posterior. 
Para melhor visualização da rede arterial, a figura 1 indica a artéria (A.) 
citada textualmente e suas ramificações, se necessário. 
 
 
(RASPA; JR., 2018) 
 
As artérias que irrigam o pavilhão auricular procedem da artéria temporal 
superficial e da artéria auricular posterior, ambas, ramos da artéria carótida 
externa (uma artéria importante que se localiza na região do pescoço). 
 
 
 
10 
 
(FARIAS; SILVA, 2018) 
 
 
PRINCIPAIS RAMOS DE IRRIGAÇÃO E SUPRIMENTO SANGUÍNEO DO 
PAVILHÃO AURICULAR 
 
(FARIAS; SILVA, 2018) 
 
MÚSCULOS E LIGAMENTOS 
Na orelha externa encontram-se músculos e ligamentos extrínsecos e 
intrínsecos. Os extrínsecos são os músculos auriculares anterior, posterior e 
superior. Já os intrínsecos são os músculos menor e maior da hélice, trágico, 
ante trágico, piramidal da orelha, transverso da orelha e oblíquo da orelha. 
Os ligamentos extrínsecos são o auricular anterior, posterior e superior, e 
os ligamentos intrínsecos por serem menos importantes não foram citados. 
 
 
 
11 
Os músculos auriculares se dividem em extrínsecos e intrínsecos. Os 
extrínsecos conectam a orelha ao crânio e couro cabeludo e movem a orelha 
como um todo. Os intrínsecos conectam as diferentes partes da orelha. 
Os músculos extrínsecos são os músculos: auricular anterior, auricular 
superior e auricular posterior e os intrínsecos são os músculos: maior da hélice, 
menor da hélice, transverso da orelha e oblíquo da orelha. 
 
(FARIAS; SILVA, 2018) 
 
 
PRINCIPAIS MÚSCULOS DO PAVILHÃO AURICULAR 
 
(FARIAS; SILVA, 2018) 
 
 
 
12 
 
 
 INERVAÇÃO 
Semelhante à vascularização, são inúmeros os nervos e ramos advindos 
do sistema nervoso periférico. Por este motivo, serão citados alguns nomes 
relacionados às partes da orelha, mas não necessariamente todo o trajeto 
neural, desde sua origem até sua chegada à estrutura. 
Na orelha externa, o pavilhão auricular é inervado pelos nervos auricular 
magno e occipital menor (plexo cervical), auriculotemporal (nervo trigêmeo), 
ramos auriculares (nervos facial e vago). O meato acústico externo é inervado 
pelo nervo auriculotemporal (nervo trigêmeo), ramo auricular (nervo 
glossofaríngeo), ramo auricular (nervo vago) e nervo para o meato acústico 
externo (nervo facial). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Você sabia que, apesar de escassez do movimento auricular, os mesmos são importantes para 
detectar os níveis limiares auditivos e auxiliam na neurologia clínica investigativa? 
CURIOSIDADE 
 
 
 
13 
A seguir, na figura 2, serão apresentadas de forma esquemática a região 
da orelha com sua estrutura correspondente e nervo (N.). 
 
(FARIAS; SILVA, 2018) 
 
A inervação sensorial do pavilhão auricular é complexa e abundante. A 
orelha é inervada por 3 nervos principais: 
 Nervo auricular magno (maior) do plexo cervical. 
 Ramo auricular do nervo vago (10º par de nervos cranianos) 
 Ramo auriculotemporal do nervo trigêmeo (5º par de nervos 
cranianos). 
 
Compõem ainda a inervação da orelha: nervo occipital menor, nervo facial 
e nervo glossofaríngeo. Há uma predominância conforme ilustração abaixo: 
 
 
 
14 
 
(FARIAS; SILVA, 2018) 
 
REPRESENTAÇÃO EMBRIOLÓGICA DAS REGIÕES 
AURICULARES 
O uso da auriculoterapia reflexa é uma prática terapêutica que se baseia 
na correlação das regiões do pavilhão auricular com os órgãos e regiões do 
corpo. Esse princípio terapêutico se dá através da hipótese embriológica de que 
os órgãos e tecidos se desenvolvem a partir das 3 camadas germinativas (ou 
folhetos embrionários) do feto – o endoderma, o ectoderma e o mesoderma. 
A orelha é uma das poucas estruturas anatômicas que são constituídas 
por cada um destes 3 tipos primários de tecido encontrados no embrião 
desenvolvendo assim uma rede neural na orelha do feto e do adulto. 
Observe na figura a relação das 3 camadas germinativas na constituição 
do pavilhão auricular: 
 
 
 
15 
 
(FARIAS; SILVA, 2018) 
 
Agora vamos observar nos desenhos as correlações entre a inervação, a 
representação embriológica e as estruturas anatômicas do pavilhão auricular: 
 
(FARIAS; SILVA, 2018) 
 
 
 
16 
No mesoderma temos a origem dos músculos esqueléticos, músculos 
lisos, vasos sanguíneos, ossos, cartilagem, articulações, tecido conjuntivo, 
glândulas endócrinas, córtex renal, músculo cardíaco, órgãos urogenitais, útero, 
tubas uterinas, testículos e células sanguíneas da medula espinal e tecido 
linfático. 
Na endoderma temos a origem da maioria dos órgãos internos (exceto o 
coração e os rins) como: o estômago e os intestinos, pulmões, tonsilas palatinas 
(amígdalas), fígado, pâncreas, sistema urinário, glândula tireoide, glândulas 
paratireoides e o timo. 
A ectoderma dá origem à pele, a medula espinal, a regiões subcorticais 
e aos nervos, glândula pineal, glândula hipófise, medula renal, cabelos, unhas, 
glândulas sudoríparas, córnea, dentes, mucosa do nariz e lentes oculares. 
Do ponto de vista embriológico e considerando que as camadas 
germinativas dãoorigem à estruturas anatômicas que compõem o corpo humano 
podemos observar que o pavilhão auricular é uma zona de convergência 
complexa e rica, capaz de gerar uma reação reflexa em várias regiões do corpo. 
 
 
Agora. vamos utilizar o aprendizado desta etapa da unidade para 
compreendermos a próxima. Nela iremos conhecer as zonas reflexas e os 
pontos utilizados na auriculoterapia. 
 
ZONAS REFLEXAS 
As chamadas zonas reflexas ou áreas se baseiam no conceito do pavilhão 
auricular como um microssistema em que é encontrada a representação de 
todos os órgãos e estruturas do corpo humano. 
De acordo com a representação embriológica e a inervação do pavilhão 
auricular, a distribuição dos pontos e zonas reflexas corresponde à posição de 
um feto invertido no pavilhão auricular. 
 
Assim temos: 
A representação embriológica do pavilhão auricular e sua rede neural constituem teorias que 
procuram explicar a ação reflexa da auriculoterapia. 
CURIOSIDADE 
 
 
 
17 
 Os pontos na área do lóbulo da orelha estão 
relacionados à cabeça e a face; 
 Os pontos na área da escafa estão relacionados 
aos membros superiores; 
 Os pontos na área da antélice representam o 
sistema músculo-esquelético e no ramo superior da antielice os 
membros inferiores e no ramo inferior a região glútea e ciático; 
 Os pontos na região da concha representam os 
órgãos internos sendo que na área da cimba da concha estão 
os órgãos da região abdominal e na cavidade da concha(cava) 
os órgãos da região torácica; 
 Os pontos da região da fossa triangular estão 
relacionados aos órgãos da pelve e genitais internos. 
 
 
É importante lembrar e relacionar a representação embriológica e a 
inervação do pavilhão auricular para melhor compreensão das zonas e dos 
pontos reflexos e sua ação no organismo. 
 
(FARIAS; SILVA, 2018) 
 
Há outras formas de representação das zonas auriculares e pontos 
auriculares. 
 
 
 
18 
ZONAS AURICULARES 
 
 
 
Esta nomenclatura foi estabelecida 1990 pela OMS. Cada zona auricular 
baseia-se na subdivisão proporcional das principais estruturas anatômicas 
(escafa, antélice, hélice, etc). Cada zona auricular é identificada por uma 
abreviatura de duas letras para a região anatômica representada e um número 
que indica a subseção da área anatômica. 
Por exemplo, LO = corresponde a estrutura anatômica Lóbulo da orelha. 
Este é um modelo de representação que auxilia na localização dos pontos 
auriculares. 
Veja as diferenças dos mapas utilizados na localização das zonas e dos 
pontos no pavilhão auricular. 
 
 
 
19 
 
 
A representação dos pontos auriculares seguindo o conceito de 
microssistemas/ reflexologia auxilia na localização dos pontos ou áreas reflexas. 
 
 
 
20 
A ORELHA COMO FORMA DE DIAGNÓSTICO 
 
Os antigos médicos chineses (acupunturistas) 
utilizavam o pavilhão auricular como forma de 
diagnóstico, principalmente em relação aos rins, mas é 
de longa data que os chineses estudam os pontos 
auriculares. Observando os antigos tratados de 
acupuntura, foram desenhando um mapa de 
auriculopuntura. 
Aproximadamente na década de 50 começou um 
estudo sério que foi sendo atualizado até a década de 80 
e o que vamos estudar aqui é o mapa desenvolvido pelos 
chineses. 
Podemos observar na orelha, o que chamamos de marcas fundamentais, 
lembrando também que a auriculopuntura é conhecida como ponto dor, ou seja, 
quanto maior a dor maior o desequilíbrio. É possível analisar, observando a 
reação dos pacientes, que ao apalpar o ponto franze os olhos, significa um nível 
de desequilíbrio. Ao queixar-se da dor ou gritar, significa um nível maior de 
desequilíbrio e se o paciente tentar segurar a mão do terapeuta, significa um 
nível alto de desequilíbrio. Também existem pessoas que tem grandes 
desequilíbrios e não sentem dor alguma. Essas pessoas possuem uma 
deficiência grande no meridiano do rim, nesse caso é preciso tonificar primeiro o 
ponto do rim com moxa na agulha, aguardar uns 5 minutos e aí palpar 
novamente os supostos pontos em desequilíbrios. Não se deve tonificar pontos 
do rim se houver um problema grave no órgão, como nefrite ou grandes cálculos. 
A melhor forma de localizar pontos é o apalpador de pressão. O 
apalpador possui uma haste com mola que ao pressionar o ponto serve como 
referência, não deve baixar muito, para localizar um ponto com desequilíbrio 
basta encostar o apalpador. Não basta localizar o ponto, mas a direção onde o 
ponto encontra-se, movimentando o apalpador para cima, para baixo e para os 
lados, até encontrar a direção exata e como deve-se aplicar. A direção exata é 
a posição em que o paciente sente mais dor. A forma e o tamanho do apalpador 
não influenciam, mas a pressão que se usa sim. 
Sun Simiao (Wikimedia) 
 
 
 
 
21 
A pressão sempre deve ser leve, lembre-se de proteger 
o ouvido do paciente com um pequeno pedaço de algodão 
para evitar acidentes. Sendo assim, toda vez que for aplicar 
qualquer tipo de material, agulha sistêmica, semipermanente, 
ponto esfera e ponto semente, deve ser observado a direção 
da aplicação, seguindo a mesma do apalpador. Prancha 2 
 
Marcas na orelha 
As formas mais frequentes de marcas na orelha são: 
* Orelha muito dura: pode significar pessoa rígida. 
Gosta das coisas de seu jeito e pode ser rígida consigo 
mesma. 
* Orelha roída na hélice: “roeu de raiva”. Em alguém 
que passou muita raiva durante a vida a orelha apresenta-se 
dessa forma. Prancha 3 
* Orelha vermelha: ascensão do Yang do fígado, 
pessoa que irrita-se com facilidade 
* Orelha vermelha ou não, mas com vinco em diagonal 
no lóbulo: pode significar desequilíbrio no meridiano do 
coração. Prancha 4 
 
 
 
 
 
22 
* Orelha torta, pontiaguda com qualquer tipo de deformação: pessoa 
também muito irritável. Prancha 5 
 
 
* Orelha muito grande: deficiência de rim, é comum pessoas de idade 
avançada crescer a orelha, demonstrando a deficiência. 
* Orelha pequena desproporcional ao rosto e com lóbulo curto: pessoa de 
constituição física debilitada, fica doente facilmente, como gripe, alergias. 
* Escamações na orelha: pode significar inflamação ou pequenas 
infecções, mas se o paciente tiver dermatite seborreica pode também apresentar 
escamação na orelha descartando o diagnóstico. 
* Pontos negros na orelha: podem 
significar tumores, mas se o paciente apresentar 
pintas no corpo e no rosto ou for de nascença o 
diagnóstico deve ser descartado, lembrando 
também que tumor não é necessariamente 
câncer. Prancha 6 
* Orelha de cor opaca: sem brilho, 
deficiência do meridiano do rim. 
* Orelha de cor cinza: problemas de 
pulmão, se for craquelada como um isopor 
problemas de pulmão causado por cigarro. 
 
 
 
23 
* Orelha com cordão (vasos sanguíneos edemaciados): pode significar 
energia estagnada. Prancha 7 
 
* Orelha com cravos: pode significar energia estagnada, retire-os. 
* Orelha de cor amarelada: desequilíbrio de baço, pâncreas e estômago. 
* Orelha de cor verde azulada: pode ser desequilíbrio de fígado e vesícula 
biliar. 
* Todo e qualquer tipo de deformação pode significar algum tipo de 
desequilíbrio referente a região afetada. Prancha 8 
 
* Orelha inchada no ante trago: pode significar excesso de pensamentos 
ou dificuldade de concentração. Prancha 9 
 
 
 
 
24 
 
* Orelha com manchas acastanhadas: pode significar doença 
degenerativa, osteoporose ou osteopenia. Em alguns casos manchas 
acastanhadas podem ser causadas pelo sol. Prancha 10 
 
* Orelha com a ante hélice colada na hélice pode significar doença 
autoimune. Prancha 11 
 
 
 
 
25 
Quando se usa o apalpador algumas marcas ficam na orelha, 
dependendo da profundidade e tempo que essas marcas demoram para voltar 
pode significar algum tipo de desequilíbrio. Esses desequilíbrios ainda não são 
claros, pode ser que quanto maior o tempo de retorno ao estado natural,maior 
o desequilíbrio, ou somente pode significar retenção de liquido causado por 
desequilíbrio dos rins. 
Outra marca que pode aparecer é a presença de nós, esses nós podem 
representar algum problema frequente, estabelecido, crônico, como exemplo: 
constipação. 
Um fator importante é que não se deve apalpar a orelha toda, 
normalmente todos os pontos irão doer. Devemos ouvir a queixa do paciente, 
fazer a observação visual da orelha, como forma de diagnóstico, fazer o 
diagnóstico utilizando os cinco elementos, então explorar os pontos que devem 
ser tratados. 
 
Cuidado 
Não devemos aplicar Aurículo em mulheres grávidas, dar estímulos fortes 
com agulha em pessoas muito fracas, apáticas e com anemia, fazer sangria em 
pacientes com diabetes alta e coagulação demorada, fazer moxa no ponto do 
rim em pacientes com problemas graves estabelecidos no órgão. E usar o ponto 
Shen Men em pacientes maníaco depressivos. 
Nunca dispensar os cuidados médicos. 
 
FORMAS DE APLICAÇÃO 
Agulha sistêmica, podemos usar esse tipo de 
agulha para tratar qualquer tipo de desequilíbrio, a 
agulha que uso com frequência é a chinesa 
0,25x25mm, ou 0,25x30mm Koreana ou Japonesa. 
Após aplicar as agulhas deve-se estimulá-las a 
cada 5 min. durante 30 min. aproximadamente. 
Esse tamanho de agulha é bom pela facilidade 
de manipulação. Prancha 12 
 
 
 
 
26 
Agulha semipermanente de 1,0 ou 1,5 mm, esse material pode ser fixado 
com micropore e permanecer na orelha por até 7 dias. Prancha 13 
 
 Ponto esfera, em aço inox, também pode permanecer por 7 dias e fixado 
por fita de micropore. Ao aplicar pressione com cuidado, pode causar lesões ao 
exceder a pressão. Prancha 14 
 
Ponto semente: normalmente usa uma semente de mostarda, essa pode 
peranecer também por 7 dias, mas, se houver 
algum tipo de lesão não deve ser utilizada, por 
tratar-se de material orgânico pode causar 
algum tipo de infecção. Esta forma de 
tratamento é a que menos dá resultados, por 
não fazer pressão necessária para o estímulo 
do ponto. Apesar de muitos terapeutas 
utilizarem essa técnica. Prancha 15 
 
 
 
27 
Os materiais: agulha sistêmica, semipermanente, semente de mostarda, 
ponto esfera em aço inox, agulha akabani e até o apalpador estimulam os 
pontos, fazendo circular melhor a energia e melhorando a circulação nos 
meridianos. 
Gostaria de salientar que acupuntura e auriculopuntura são formas de 
tratamento sérias e não devem ser misturadas a técnicas místicas, todo material 
novo, deve ser testado e comprovada sua eficácia. 
 
COMEÇANDO A APLICAR 
Antes da aplicação é bom firmar que, a forma de aplicação chinesa usa-
se o menor número possível de agulhas, entre 2 a 11. Outra dúvida é como 
aplicar e em qual orelha, o ideal é aplicar cada semana em uma orelha diferente, 
intercalando as aplicações, não aplique nas duas ao mesmo tempo, você pode 
fazer isso, mas, ao aplicar nas duas ao mesmo tempo, na semana seguinte as 
duas vão estar sensíveis, tratando-se de ponto dor, você não vai saber se os 
pontos na orelha precisam ser tratados, porque doem ou estão sensíveis por ter 
sido aplicado recentemente. Sendo assim o melhor é intercalar, enquanto aplica-
se em uma orelha a outra descansa. 
Atenção o ponto shen men é um ponto que deve sempre ser utilizado, 
mas em casos de pessoas com problemas graves de depressão ou extrema 
apatia é um ponto que deve ser evitado caso contrário pode agravar o problema. 
É preciso ter muito cuidado ao aplicar as agulhas, ter o máximo de precisão, se 
por um acaso aplicar em ponto errado o paciente pode piorar e agravar seu 
problema, só aplique com absoluta certeza. 
Antes de começar a aplicar é preciso observar a orelha, é importante não 
tocá-la para evitar que a textura e coloração sejam alteradas, podendo interferir 
no diagnóstico. 
O primeiro ponto a ser aplicado é o shen men, deve-se aplicar e aguardar 
pelo menos 5 minutos e observar se houve aparecimento de marcas ou mudança 
de coloração, após esse tempo comece a aplicação. Vamos começar com a 
agulha sistêmica, coloque a agulha no ponto e com movimentos horário e anti-
horário faça uma pequena pressão, quando a agulha ficar firme, pare de 
aprofundar, cuidado para não transpassar a orelha. Nesse método você aplica 
 
 
 
28 
todas as agulhas necessárias que deve permanecer entre 30 e 40 minutos e a 
cada 5 minutos deve ser estimulada, movimentando-a em movimentos horários 
e anti-horários sem aprofundar, a não ser que a agulha esteja saindo, deve-se 
colocá-la de volta até ficar firme novamente. 
Após a aplicação desse método você pode aplicar as agulhas 
semipermanentes, esfera ou ponto semente, cuidado, quando ao remover a 
agulha sistêmica se o ponto sangrar, limpe o local com algodão seco, e não 
aplique a semente, por tratar-se de material orgânico em contato com o sangue, 
pode deteriorar e causar infecção. 
* Outra forma de aplicação é a utilização da agulha semipermanente, que 
pode variar entre dois tamanhos, 1,0 e 1,5 mm a forma de aplicação depende da 
espessura da orelha, limpe bem a orelha com álcool 70%, para aplicar essa 
agulha podemos utilizar uma pinça simples ou um aplicador de agulhas, prefira 
os feitos em alumínio por serem leves, melhora em muito sua sensibilidade na 
hora de aplicar. Prancha 16 
 
* Ponto esfera em aço inox, vidro ou cristal, também podem ser utilizados, 
todos servem somente para estimular os pontos, como esses materiais são 
muito rígidos, deve-se tomar cuidado ao pressioná-los, dependendo da força 
aplicada pode gerar lesões. 
* Ponto semente, várias sementes são utilizadas para esse fim, mostarda 
de cor clara Koreana, a de cor escura chinesa, vacária e colsa. O período de 
aplicação também pode ser de 7 dias, apesar de este método ter uma resposta 
menor, o ponto fica superficial e perde seu efeito, a cola do micropore também 
 
 
 
29 
enfraquece devido a oleosidade da semente. Não existe nenhuma propriedade 
especial na semente. A pressão que executa sobre o ponto é que auxilia no 
tratamento. 
Deve-se usar apenas uma em cada ponto. Os pontos de aurículo são 
muito próximos, se aplicarmos duas sementes, uma pressiona o ponto e a outra, 
outro ponto, que não deveria ser estimulado, então na hora de aplicar utilize 
apenas uma semente em cada ponto, o objetivo é ser preciso. 
* Agulha permanente, conhecida como akabani, normalmente utiliza-se 
essa agulha, em aurículo, para ligar dois pontos ao mesmo tempo, esse método 
potencializa alguns tratamentos. Deve ser aplicada de forma superficial como se 
fosse uma farpa. Essa forma de aplicação é difícil, não é recomendável o 
paciente permanecer com esta agulha por vários dias é preferivel aplicar uma 
agulha sistêmica que dá mais apoio ao aplicar. O ideal é fazer a aplicação e após 
40 minutos retirar. 
 
SEDAR E TONIFICAR 
 * Ponto esfera ouro: normalmente uma esfera em aço inox banhada em 
ouro serve para tonificar um ponto em deficiência, pode-se aplicar a esfera 
diretamente no ponto, mas tratando-se de ser uma esfera banhada, a energia do 
ouro é fraca, uma forma de melhorar é aplicar uma agulha semipermanente e a 
esfera sobre a agulha. Prancha 17 
 
 
 
 
30 
* Ponto esfera prata: também em aço inox banhada em prata serve para 
sedar um ponto que esteja em excesso de energia e pode ser utilizado da mesma 
forma que o ponto ouro. 
* Magnetos: servem tanto para sedar como tonificar depende o lado que 
esteja em contato com a pele, ou seja, todo magneto tem uma marca, o lado 
arredondado ou com uma marca é sempre o lado norte, este lado seda, o lado 
reto e liso é sul, tonifica. 
Os magnetos têm um efeito muito mais potente e deve ser aplicado com 
cuidado. Magneto auricular deve ter no máximo 3mm de diâmetro. 
 
* Moxa também tonifica e a forma de utilizar é inserir a moxa na cabeça 
da agulha sistêmica, pode-se utilizar a moxa botão ou stiks que pode ser cortadono tamanho ideal. Nunca aplique moxa diretamente na orelha do paciente. 
Prancha 19 
 
 
 
 
31 
ENERGIA ESTAGNADA 
Quando existe energia estagnada, aparece na orelha um vaso escuro, 
conhecido como cordão, as vezes ao apalpar ou aplicar no shen men esses 
vasos aparecem. Você pode aplicar normalmente, que durante o tratamento 
esses vasos irão desaparecer, mostrando que o tratamento está dando bons 
resultados, mas você pode tirar a estagnação com uma lanceta de teste de 
glicemia. 
Se preferir utilize a caneta especial para sangria, a aplicação é rápida e 
praticamente sem dor, mas existe uma dificuldade em atingir o cordão com 
precisão, você pode utilizar somente a agulha e fazer pequenas punções em 
várias partes do cordão. É comum a região ficar edemaciada. 
Não utilize esta técnica sem orientação ou higiene adequadas. 
 
POTENCIALIZANDO ALGUNS TRATAMENTOS 
Uma forma de potencializar alguns tratamentos é utilizando as agulhas 
Akabani ou uma agulha sistêmica 0,25x25mm que é melhor de ser manipulada, 
para potencializar o tratamento de alguns desequilíbrios, ligamos dois pontos 
com a mesma agulha, é preferível utilizar a agulha sistêmica já que a akabani 
muitas vezes não alcança os dois pontos. 
A forma mais correta dessa aplicação é introduzir a agulha em um 
determinado ponto e seguir até atingir outro 
ponto, como se fosse uma farpa na pele, mas 
podemos usar esse método somente para 
alguns tratamentos. 
Não é recomendável deixar o paciente 
com a agulha akabani, o mais seguro é aplicar a 
agulha sistêmica e aguardar cerca de 40 minutos 
e retirar no final da sessão. 
Podemos usar essa técnica para tratar 
depressão, constipação, mal humor e parar de 
fumar. Prancha 20 
 
 
 
 
 
32 
APARELHO ELÉTRICO 
Você pode sedar e tonificar utilizando um aparelho elétrico específico para 
aurículo, já vem com ajuste até 40Hz que tonifica e de 100Hz que seda. Para 
aplicar você pode colocar a caneta (que pertence ao aparelho) direto no ponto e 
aumentar a intensidade no potenciômetro até o paciente sentir um formigamento, 
mas para melhor efeito aplique uma agulha semi permanente e a caneta 
diretamente sobre a agulha, aumente com cuidado o potenciômetro, até o 
paciente relatar pequeno formigamento, que deve ser confortável. Deixe por 5 
minutos em cada ponto. 
Atenção, não devemos aplicar anestesia, medicamentos ou qualquer 
substância nos pontos de aurículo, não existe tratamento chinês que utiliza 
injeção de qualquer tipo de substância. 
 
SINTOMAS DE EXCESSO E DEFICIÊNCIA 
É possível sedar e tonificar pontos auriculares utilizando alguns materiais, 
mas para isso é preciso ter certeza absoluta que esse ponto deve ser estimulado, 
caso o procedimento seja equivocado pode ser prejudicial. Por exemplo: uma 
pessoa com ascensão de yang de fígado se for tonificado pode piorar o estado 
do paciente tornando-o mais irritadiço e impaciente. Para ajudar no diagnóstico, 
é preciso saber os sintomas que cada um dos meridianos apresenta, é fato que 
os pacientes apresentam certos sintomas, dependendo se os meridianos estão 
em deficiência ou excesso apresenta um tipo de comportamento, a seguir alguns 
dos sintomas de excesso e deficiência dos principais meridianos: 
 
 Pulmão: 
Excesso: Respiração ruidosa, voz alta, peito de pombo, dor nos ombros, 
dor nos braços ao longo do meridiano do pulmão, tosse com chiado, calafrios, 
dor em regiões da pele, dor nas costas, região dorsal alta, expectoração 
purulenta. 
Deficiência: Respiração superficial e acelerada, muco fluido e aquoso, 
chiado seco, sudorese noturna, claustrofobia, melancolia, nostalgia, 
formigamento ou adormecimento ao longo do meridiano. 
 
 
 
 
33 
 Intestino Grosso: 
Excesso: Dor de garganta, hemorragia nasal, constipação, borborigmo, 
dor abdominal, boca muito seca e inchaço no pescoço na parte lateral. 
Deficiência: Sensação de frio nas extremidades, ansiedade, diarreia e 
melancolia. 
 
 Estômago: 
Excesso: Dor e distensão epigástrica, fome frequente, secura na boca, 
mau hálito, constipação, sensação de calor pelo corpo, espasmos nas pálpebras, 
gastrite, dor nas pernas ao longo do meridiano e inchaço na parte anterior do 
pescoço. 
Deficiência: Sensação de cansaço pelo corpo, calafrios, bocejos, 
suspiros, pessimismo, preguiça, perda de apetite, paralisia facial e desânimo. 
 
 Baço/Pâncreas: 
Excesso: Icterícia, febre frequente, dor nas articulações, coceira no 
ouvido, epigastralgia, constipação e eructação e dor de cabeça frontal. 
Deficiência: sensação de barriga cheia, borborígmo, diarreia, indigestão, 
inapetência, náuseas, vômito, sono leve, fraqueza nos membros sem força, 
ascite, apatia, preguiça e dificuldade de concentração no trabalho e estudos. 
 
 Coração e Pericárdio: 
Excesso: Boca seca, dor torácica, rosto avermelhado, ansiedade com 
insônia, aumento da pulsação, dor na axila, língua vermelha, transpiração em 
abundância ao mínimo esforço, dor no fundo dos olhos, falta de paladar, alegria 
eufórica e riso descontrolado. 
Deficiência: Dificuldade ao respirar, sensação de aperto no peito, calor e 
transpiração nas palmas da mão, insônia, falta de memória de situações antigas 
e tristeza. 
 
 Intestino Delgado: 
Excesso: Dor e rigidez na nuca na parte posterior do pescoço e trapézio, 
dor de ouvido e dor no braço ao longo do meridiano. 
Deficiência: Diarreia, borborigmo, zumbido e adormecimento ou 
formigamento no braço ao longo do meridiano. 
 
 
 
 
34 
 Bexiga: 
Excesso: Dor e rigidez na nuca, dor de cabeça parietal e occipital, ciúmes 
e possessividade, dor nas costas, na parte posterior das pernas, na panturrilha 
ao longo do meridiano. 
Deficiência: Sensação de frios nas costas, adormecimento ou 
formigamento ao longo do meridiano e medo constante de qualquer situação. 
 
 Rim: 
Deficiência: Impotência, lombalgia, frio nas costas, queda de cabelos, 
dentes fracos, ossos fracos, dificuldade de audição, diminuição da urina, perda 
de memória de situações recentes, joelhos fracos, frigidez, rinite alérgica, joelho 
estala, medo e pânico, sonolência durante o dia e acorda cansado com 
desânimo. 
 
 Triplo Aquecedor / Sanjiao: 
Excesso: Dor ao longo do meridiano, dor de garganta, dificuldade de 
urinar e distensão abdominal. 
Deficiência: transpiração espontânea, vertigem, zumbido, dificuldade de 
audição mãos frias e entorpecidas. 
Tratando-se de um meridiano que controla as três sedes, superior, média 
e inferior pode apresentar vários sintomas, inclusive de outros meridianos. 
 
 Vesícula Biliar: 
Excesso: Febre com sensação de frio, boca amarga, dor lateral do corpo, 
icterícia, irritabilidade, dor de cabeça lateral, enxaqueca, com os olhos latejando 
e que lacrimejam com facilidade. 
Deficiência: Tontura, labirintite, perturbação da visão, visão turva e 
embaçada e tendência a sonhos agitados. 
 
 Fígado: 
Excesso: Dor nas mamas, dor nos órgãos genitais, dor de cabeça, 
enxaqueca, olhos lacrimejam com facilidade, conjuntivite, tendinite, boca 
amarga, irritabilidade, náuseas, vômito e indignação. 
Deficiência: Tontura, visão turva, olhos secos, zumbido, magoa com 
facilidade e depressão. 
 
 
 
35 
CONHECENDO O TRAJETO DOS MERIDIANOS 
Já que sabemos que muitos sintomas referem-se a dores, formigamentos 
e adormecimentos no trajeto dos meridianos, é bom conhecer suas localizações 
para auxiliar com precisão no diagnóstico. 
 
PULMÃO: O pulmão tem início na cavidade 
subclavicular, sobe contornando a face anterior do 
ombro, desce pela borda lateral externa do músculo 
bíceps, cruzando a prega do cotovelo lateralmente 
ao tendão do bíceps. Segue descendo pela face 
anterior do antebraço e braço na face radial, chega 
ao punho pela borda radial da artéria radial. Segue 
pela borda externa da mão e termina no ângulo 
ungueal externo do dedo polegar. 
 
INTESTINO GROSSO: Tem início noângulo ungueal externo do dedo 
indicador, segue pela borda externa do segundo metacarpo, passa pela face 
posterior do antebraço pela face radial, cruza o cotovelo sobe pelo braço até a 
articulação do acrômio clavicular, cruza o ombro, passa a frente do músculo do 
trapézio, sobe pela lateral do pescoço cruza a face e termina na aba lateral 
oposta do nariz. 
 
 
 
 
36 
BAÇO/PÂNCREAS: Tem início no ângulo 
ungueal interno do hálux do pé segue pelo bordo 
medial interno do pé. Sobe anteriormente ao 
maléolo interno, segue a perna pelo bordo medial a 
uma polegada da borda da tíbia, cruza a articulação 
do joelho sobe pela coxa anterior ao músculo adutor 
magno. Chega ao abdômen, passa pelo tórax a 4 
polegadas da linha média, sobe até o 2º espaço 
intercostal, para voltar a descer e terminar no 7º 
espaço intercostal. 
 
ESTÔMAGO: Inicia-se abaixo da pálpebra 
inferior, desce numa linha vertical contorna a face 
lateral e volta a subir indo até o ângulo superior 
frontal na linha do início do cabelo. Desce pelo 
pescoço, desce pela artéria carótida, descendo pelo 
tórax passa por cima do mamilo desce pelo abdome 
a duas polegadas da linha média anterior. 
Continua descendo pela perna ao lado do 
músculo reto femoral, cruza a articulação do joelho, 
desce a uma polegada lateral da tíbia chegando ao 
dorso do pé entre o segundo e terceiro metatarsos e 
termina no ângulo ungueal externo do segundo dedo 
do pé. 
 
CORAÇÃO: Tem início na parte central e mais 
profunda da axila, desce pela borda medial do 
músculo bíceps segue pela face interna lateral do 
braço e antebraço borda ulnar, segue pela palma da 
mão e termina no ângulo ungueal externo do dedo 
mínimo. 
 
 
 
 
 
 
37 
INTESTINO DELGADO: Tem início no ângulo 
ungueal do dedo mínimo, segue pelo bordo interno da 
mão, chega à face posterior do antebraço sobre a Ulna 
segue pela face posterior do braço cruza o ombro desce 
na escápula e volta a subir em direção ao pescoço. 
Corta a face até abaixo do arco zigomático e termina 
em frente ao trago da orelha. 
 
BEXIGA: Considerado o maior meridiano do 
corpo, tem início no ângulo medial interno do olho sobe 
verticalmente pela testa contornando a cabeça a uma 
distância de 1,5 polegadas da parte mediana. 
Desce pela região occipital e no pescoço na altura da T3 divide-se em 
duas e desce ao longo da coluna, a primeira linha a 1,5 polegadas do centro e a 
segunda a 3 polegadas do centro, continua descendo pela parte posterior da 
coxa, cruza a articulação do joelho desce pela panturrilha, chegando ao 
tornozelo descendo pela borda externa do pé e termina no ângulo ungueal 
externo do dedo mínimo do pé. 
 
 
 
 
 
38 
RIM: Inicia-se no meio da planta do pé, sobe pelo 
bordo interno passa entre o maléolo interno e o tendão 
calcâneo, sobe pela parte posterior interna da perna, 
cruza a articulação do joelho, segue pela face interna da 
coxa, cruza o púbis, sobe pelo abdômen e pelo tórax 
terminando a baixo da clavícula. 
 
PERICARDIO: Tem 
início a uma polegada lateral do 
centro do mamilo sobe pelo 
tórax contornando a axila, 
segue pelo braço, cotovelo e a 
face anterior e média do 
antebraço, chega ao centro da 
prega do punho, desce pela 
palma da mão e termina no 
ângulo ungueal externo do 
dedo médio. 
 
TRIPLO AQUECEDOR: Tem início no ângulo ungueal interno do 4º dedo 
da mão, segue pela parte dorsal entre o 4º e 5º metacarpos, segue pela face 
posterior do antebraço entre o rádio e a ulna, segue pela linha média até atingir 
o ombro, sobe pelo pescoço contorna o pavilhão auricular para terminar na 
extremidade externa da sobrancelha. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
VESÍCULA BILIAR: Tem início no canto externo do globo 
ocular, dirige-se a cavidade auricular volta a subir contorna 
o pavilhão auricular até a base do crânio desce pela face 
latero-posterior do pescoço, passa anteriormente a 
articulação do ombro segue pela face lateral do tronco, pela 
face lateral da perna, lateral do joelho, desce em direção 
ao maléolo externo chega ao pé passa entre o 4º e 5º 
metatarsos e termina no ângulo externo do 4º dedo. 
 
 
FÍGADO: Tem início no ângulo ungueal externo do 
halux, segue entre o 1º e 2º metatarsos, cruza anteriormente o maléolo 
interno, segue pela perna margeando a borda posterior da tíbia, cruza a 
face medial interna do joelho segue pela coxa entre os meridianos rim e 
baço/pâncreas, sobe o músculo adutor magno chega ao abdômen e 
termina no 6º espaço intercostal. 
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO E DIAGNÓSTICO EM 
AURICULOTERAPIA: INSPEÇÃO AURICULAR E 
PALPAÇÃO AURICULAR 
Método de avaliação ou de diagnóstico em auriculoterapia constitui-se em 
avaliar alterações no pavilhão que podem denunciar distúrbios ou problemas em 
áreas correspondentes e que auxiliarão na definição dos pontos a serem 
utilizados bem como monitorar a evolução do tratamento. O processo de análise 
do pavilhão auricular complementa dados de uma anamnese ou exame físico 
em relação ao paciente. É objetivo e não invasivo. 
Porque isso acontece? Vamos relembrar: 
Porque o pavilhão auricular está conectado ao organismo. Há várias reações 
espontâneas que se refletem no pavilhão auricular quando existem disfunções de 
órgãos internos ou outras partes do corpo. 
Quando ocorre uma disfunção orgânica o ponto ou área auricular 
correspondente ao órgão pode apresentar alterações de coloração da pele ou 
sensibilidade, ou seja, tornando-se doloroso ao toque leve. Também ocorrem 
alterações na condutibilidade elétrica, tornando-se possível detectar o ponto ou 
região em distúrbio com o uso de aparelhos eletrônicos apropriados. 
 
 
 
40 
Os métodos de avaliação auxiliam na detecção de um distúrbio. Oferecem 
um meio rápido de avaliação e monitoram a evolução clínica do tratamento. 
Os métodos se dividem em 2 categorias, em especial para utilização na 
prática terapêutica na Unidade Básica de Saúde: 
 Inspeção/observação 
 Palpação 
 
Antes de conhecer cada um deles, vamos observar algumas 
recomendações para desenvolver uma avaliação: 
 
RECOMENDAÇÕES PARA UMA AVALIAÇÃO DO 
PAVILHÃO AURICULAR 
O pavilhão auricular normal deve ser semelhante em tamanho, cor e 
umidade, indolor à palpação. É firme e flexível, tem a coloração da mesma cor 
que a pele do restante do corpo, a hélice deve ter uma cor avermelhada, livres 
de processos inflamatórios e hiperemia. Orelhas proeminentes e pendentes em 
idosos são um sinal de atrofia e envelhecimento, é normal para essa faixa etária. 
 
Então: 
 Antes de iniciar a avaliação devemos conhecer as características do 
pavilhão auricular sem alterações; 
 Boa iluminação: de preferência uma luz natural ou uma luz branca (pode 
ser usada lupa ou lanterna); 
 Não tocar ou manipular o pavilhão auricular antes da avaliação; 
 Não realizar higienização com água ou álcool no pavilhão auricular antes 
da avaliação; 
 Orientar o paciente sobre a avaliação e possíveis alterações encontradas; 
 Em caso de uso de foto para registro da avaliação de preferência sem 
flash ou uso de flash próprio (equipamento próprio) para não interferir no registro. 
Você pode utilizar um desenho do pavilhão auricular e ir identificando as 
alterações observadas; 
 Sempre examinar e avaliar os dois pavilhões auriculares (direito e 
esquerdo); 
 Na avaliação deve-se levar em conta a idade e o sexo do paciente. 
 
 
 
 
41 
MÉTODO DE INSPEÇÃO OU OBSERVAÇÃO DO 
PAVILHÃO AURICULAR 
Este método requer uma análise visual do pavilhão auricular. Observa-se 
as alterações de pele na superfície da orelha (como cor, descamação, etc...) e 
as informações coletadas são referentes a reações reflexas de possíveis 
problemas. 
Este é um método de diagnóstico usado para observar a descoloração, 
deformação, descamação, pápulas e alterações vasculares na orelha. É 
normalmente usado para diversas doenças agudas ou crônicase para as crises 
agudas de doenças crônicas. É aplicado principalmente para localizar ou tratar 
a área da doença e para o diagnóstico qualitativo. (Dr. Marcelo Milanda) 
Ao chegar o paciente à consulta, o primeiro passo é a observação do 
pavilhão auricular para conhecer o lugar onde aconteceu o processo patológico 
e a etapa de desenvolvimento do mesmo, servindo de antessala para logo 
realizar a palpação. (Huang Li Chun) 
A inspeção geralmente é iniciada na face anterior e parte superior do 
pavilhão auricular, prossegue descendo e segue da parte medial para a lateral. 
Depois de inspecionadas as regiões visíveis, investigar as regiões mais 
escondidas como a cimba da concha e a cavidade da concha, trago, antítrago e 
região interna da hélice, entre outras. Após a inspeção ser realizada na face 
anterior do pavilhão auricular, deve-se iniciar a inspeção da face posterior do 
pavilhão auricular seguindo a mesma dinâmica. 
As manifestações de alterações no pavilhão auricular incluem as 
seguintes características: 
 Alterações de cor: eritema, rubor, palidez, manchas; 
 O excesso de oleosidade; 
 Crescimento anormal de pelos 
 Marcas de nascença; 
 Vasos sanguíneos ingurgitados e cor de sangue anormal (azul, vermelho, 
ou roxo); 
 Capilares dilatados, varizes, hiperpigmentação; 
 Furúnculos, bolhas, verrugas, lesões, pápulas, espinhas; 
 Petéquias; 
 
 
 
42 
 Depressões, sulcos, rugas; 
 Edema; 
 Descamação; 
 Assimetrias. 
Se você observar uma alteração no pavilhão em determinado ponto 
ou região, provavelmente é um sinal de distúrbio na área correspondente. 
É importante avaliar e comparar com outros dados da anamnese. 
 
Lembramos que as pessoas podem apresentar alterações no pavilhão 
auricular e não apresentar queixa em relação ao ponto ou área com alteração. 
Neste caso, associe o método de palpação para investigar melhor. Se o ponto 
ou região apresentar sensibilidade alterada considere como um indicativo para 
ser melhor investigado na estrutura relacionada. 
 
 
 
43 
MÉTODO DA PALPAÇÃO 
O método da palpação consiste em aplicar pressão com instrumento 
próprio (indireta) ou com a ponta do dedo (direta) nas regiões do pavilhão 
auricular. Este movimento de pressão auxilia a identificar pontos mais sensíveis 
e doloridos à palpação indicando possíveis problemas na área correspondente. 
É um método de diagnóstico que emprega o uso de uma sonda ou a 
caneta de detecção através da pressão para identificação de pontos sensíveis 
auriculares, e assim realizar o diagnóstico. Quando uma pessoa sofre de uma 
doença, especialmente para uma doença aguda, os fenômenos de um limiar 
inferior de dor e sensação de dor aparecerão no ponto auricular. Esta é à base 
do Método de Palpação. 
Este método é aplicado para diagnosticar várias doenças agudas, 
doenças dolorosas, determinando a natureza ou diferenciação de um tumor, e 
tratamento de doenças. (Dr. Marcelo Milanda) 
Este método pode ser aplicado após a inspeção do pavilhão auricular 
corroborando com as alterações visualizadas. Pode ser realizada com o paciente 
deitado, para um relaxamento máximo; na posição sentada ou de pé. A 
intensidade da pressão vai de acordo com a sensibilidade do paciente. Alguns 
reagem à pressão mínima ou forte. 
Muitos fatores interferem e devem ser considerados na avaliação, 
principalmente no que se refere à condição crônica e aguda ou se são problemas 
recorrentes. 
 
 Lembre-se: na avaliação diagnóstica do pavilhão auricular 
deve ser levado em consideração: 
1- Os dados coletados na anamnese; 
2- As alterações encontradas na inspeção e 
3- Os dados obtidos na palpação 
 
A sensibilidade persistente do pavilhão auricular pode indicar um distúrbio 
funcional, é importante verificar possíveis sensibilidades das zonas auriculares 
como a concha, incisura intertrágica, lóbulo da orelha entre outros que são mais 
frequentemente relacionadas com distúrbios viscerais, endócrinos e 
psicossomáticos. 
 
 
 
44 
Através da palpação de determinados pontos dolorosos mais sensíveis, 
associando a palpação à observação da coloração das marcas que ficam após 
o exame dos pontos com um instrumento explorador, pode-se determinar o 
caráter crônico ou agudo da enfermidade. (Huang Li Chun) 
Segundo Huang Li Chun, o método de palpação é muito importante na 
prática clínica já que nele ficam reunidos os quatro métodos diagnósticos 
seguintes: 
 Diagnóstico através do ponto doloroso à pressão. 
 Diagnóstico através da marca deixada pela pressão. 
 Diagnóstico através da palpação, usando a ponta dos dedos. 
 Diagnóstico através da palpação, usando a ponta romba do lápis 
explorador. 
 
Verifique amplas regiões do pavilhão auricular usando movimentos longos 
com os dedos e aplicando pressão constante. Determinadas áreas apresentam 
um aumento da sensibilidade à palpação. O ideal é consolidar o exame em 
ambos os lados e simultaneamente. 
Monitorar as expressões faciais em resposta à pressão realizada. Pode-
se solicitar ao paciente para que ele avalie o grau de sensibilidade que é sentida 
em cada ponto da orelha quando é aplicada pressão com um sistema de 
graduação com valores ou notas de 1 a 10, sendo 1 a mais leve e 10 a mais 
forte; ou com expressões como: leve, moderado ou forte; ou apenas observar as 
expressões faciais do paciente. 
 
 
 
 
 
45 
Durante a manobra realizada pela palpação digital direta deve-se 
investigar, além do ponto mais doloroso do pavilhão auricular, a textura, a 
temperatura, as protuberâncias, os nódulos, as lesões, entre outras alterações. 
A palpação indireta é realizada com instrumento próprio ou com o auxílio de 
materiais pontiagudos como: tampa de caneta, entre outros. O ideal é a 
utilização de material de metal e de ponta esférica (apalpador) para auxiliar na 
identificação dos pontos dolorosos. 
 
COMO REALIZAR A PALPAÇÃO COM O APALPADOR DE 
METAL? 
Segurar e esticar o pavilhão auricular firmemente com uma mão, 
enquanto segura o apalpador com a outra mão. Deslizar sobre a superfície 
lentamente, parando em pequenas 
regiões sensíveis a pressão levemente 
aplicada. Apalpe áreas auriculares que 
você suspeita serem reativas por sua 
correspondência com as partes do corpo 
em que o paciente tem dor ou queixas 
relatadas. 
 
LEMBRE-SE 
Os métodos de diagnóstico auricular auxiliam para a seleção dos pontos a 
serem utilizados como recurso terapêutico. Não devem ser utilizados como 
base para diagnósticos. 
 
MÉTODO DE PRESSÃO 
É um método de diagnóstico que utiliza a caneta de palpação para 
pressionar os pontos auriculares e à observação da marca pressionada. Quando 
uma pessoa está doente, uma deformidade como uma eminência ou inchaço 
aparecerá no ponto correspondente na orelha. 
As marcas de pressão têm uma diferença de coloração, profundidade e 
do tempo de recuperação. Isto é à base do diagnóstico clínico. Este método é 
usado principalmente para doenças agudas e crônicas. Também é utilizada para 
diferenciar síndromes de deficiência e excesso. (Dr. Marcelo Milanda) 
 
 
 
46 
Ao produzir-se um estado patológico, podemos encontrar na zona ou 
ponto correspondente do pavilhão, uma diminuição do limiar doloroso, um ponto 
sensível à dor. Isto pode ser observado, com mais evidência, nas enfermidades 
agudas e tumores. Este método é um dos mais frequentemente utilizados e é 
realizado usando a ponta romba de um lápis explorador ou com a mesma ponta 
do instrumento elétrico para o diagnóstico auricular. Para sua execução, realiza-
se pressão de igual magnitude sobre os pontos ou áreas relacionadas com a 
patologia, obtendo como zona ou ponto implicado o que mostre uma 
sensibilidade maior à pressão. (Ernesto G. Garcia) 
Nas zonas ou pontos do pavilhão que guardam estreita relação com a 
patologia, podem-se observar, em geral, mudanças morfológicas como 
proeminências ou edema. Ao realizara pressão sobre os ditos pontos, fica neles 
uma marca ou impressão como parte da reação do ponto. Nesta marca, são 
tomados em conta diferentes características como a profundidade, a coloração 
e o tempo de permanência da mesma. Na prática clínica, são usadas estas 
características para determinar o caráter agudo ou crônico da enfermidade e 
para diferenciar se é por vazio (Xu) ou plenitude (Shi). (Ernesto G. Garcia) 
 
EXPLORAÇÃO 
Este método de diagnóstico emprega o uso do toque. Uma caneta de 
detecção é utilizada para reações de toque, como saliência, depressão, edema 
ou inchaço. O ponto da aurícula vai alterar a sua forma variando, juntamente 
com a ocorrência e desenvolvimento das alterações patológicas quando a 
pessoa sofre de uma doença. 
Para doenças crônicas e orgânicas, uma marca permanente se manterá 
na orelha depois que a doença foi curada. O Método de exploração desenvolveu-
se rapidamente nos últimos dez anos. Além disso, 
melhora a aplicação do ponto único, especialmente 
o diagnóstico e diferenciação de um ponto para 
várias doenças. 
O método de palpação é aplicado 
principalmente para o diagnóstico de doença 
crônica, ou o estudo de uma história do caso do 
paciente. (Dr. Marcelo Milanda) 
 
 
 
47 
DETECÇÃO AURICULAR ELÉTRICA 
Este é um método de diagnóstico que 
mede a resistência cutânea auricular. 
Analisando os pontos auriculares e tendo os 
resultados, pode ser uma referência para o 
diagnóstico e como fundamento de seleção do 
ponto. Quando uma pessoa está sofrendo ou 
teve uma doença, as resistências cutâneas 
dos pontos auriculares que se relacionam com 
a doença irão diminuir drasticamente. 
Assim, com um detector auricular, pode 
medir essa mudança. Detecção elétrica é usada para a doença aguda e crônica, 
crises agudas de doença crônica, tumor, doença dolorosa, e a estimativa e 
julgamento da pressão arterial. Pode aumentar a taxa de diagnóstico usando 
palpação em conjunto com detecção elétrica. (Dr. Marcelo Miranda). 
Com este método obtêm-se as reações positivas do ponto através das 
variações auditivas ou visuais do instrumento elétrico usado. Pode combinar a 
palpação com a exploração elétrica, podendo-se obter, em uníssono, os dados 
de diagnóstico que brindam ambos os métodos. (Huang Li Chen) 
DIAGNÓSTICO AURICULAR COMPLETO 
Os métodos de diagnóstico múltiplos atribuem valores de diagnóstico de 
acordo com a fase da doença. Alguns são aplicáveis para o diagnóstico de 
doenças agudas ou dolorosas e alguns são aplicáveis no diagnóstico de 
desordens crônicas ou orgânicas. Através da observação clínica, observa-se que 
a principal alteração para a doença aguda é um decréscimo de limiar da dor e 
da resistência dos pontos relevantes auriculares. 
Assim, palpação e detecção elétrica são utilizados para a doença aguda. 
Para uma doença crônica, a principal alteração é a deformidade dos pontos 
relevantes auriculares. Esta é a razão que a exploração é sempre usada para 
doença crônica. Portanto, a fim de realizar uma avaliação completa no pavilhão 
auricular, utiliza-se uma junção de vários métodos diagnósticos que se 
complementam. (Dr. Marcelo Milanda) 
 
 
 
48 
 Primeiro: 
Inspeção. A inspeção é também chamada de observação. 
Para a primeira visita de um paciente, o melhor é a fazer a inspeção 
auricular primeiro para descobrir a localização e a fase da doença. Então, 
podemos fazer um julgamento mais de acordo com os achados de palpação e 
detecção elétrica. 
 
 Segundo: 
A palpação. A sensibilidade é a principal mudança de doença aguda ou 
doença dolorosa. A deformidade é a principal mudança de doença crônica e 
orgânica. A palpação é muito importante, a fim de descobrir alterações especiais 
dos pontos auriculares. Palpação inclui quatro métodos de detecção. 
 
 Terceiro: 
Detecção Elétrica e Ouvir. É um método de detecção da aurícula com um 
detector auricular elétrico, o qual pode mostrar o distúrbio de várias maneiras. 
Em seguida, analisamos as reações positivas. Normalmente, vamos terminar a 
palpação, a detecção elétrica e ouvir ao mesmo tempo. 
 
 Quarto: 
Diferenciação de síndromes. É um método abrangente das reações 
positivas que obtemos através dos três métodos mencionados acima, 
combinadas com o histórico do caso e aplicar o conhecimento da MTC e 
Medicina Ocidental, então podemos fazer um diagnóstico, preciso, diferencial e 
proporcionar uma base para o tratamento. 
 
 
 
 
 
 
49 
REFERÊNCIAS 
 
 FARIAS, Fátima Terezinha Pelachini; SILVA, Teresa Cristina Gaio Da. Auricu-
loterapia segundo a reflexologia. [S.l.]: Universidade Federal de Santa Cata-
rina, 2018. 
 
RASPA, Dr. Alexander; JR., Dr. Domingos Belasco. Acupuntura Auricular. 
Santos/ SP: Bueno Editora, 2018. 
 
SILVÉRIO-LOPES, Sandra; SEROISKA, Mariângela Adriane. Auriculoterapia 
para Analgesia. Analgesia por Acupuntura, p. 1-22, 2013. Acesso em: 21 jul. 
2021. 
 
TESSER, Charles Dalcanale; NEVES, Marcos Lisboa; SANTOS, Melissa 
Costa. Formação em Auriculoterapia para profissionais de saúde da Aten-
ção Básica. [S.l.]: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA, 2016.

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