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UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO PROFESSOR JOSÉ DE SOUZA HERDY SARA VITÓRIA LOURENÇO DA SILVA 4006907 DOENÇAS PROFISSIONAIS EM ODONTOLOGIA DUQUE DE CAXIAS-RJ 2022 SARA VITÓRIA LOURENÇO DA SILVA 4006907 DOENÇAS PROFISSIONAIS EM ODONTOLOGIA DUQUE DE CAXIAS-RJ 2022 Trabalho apresentado no curso de graduação em Odontologia da Universidade do Grande Rio Professor José de Souza Herdy. Professor: Jorge Baccaro 3 1. Introdução Os profissionais de saúde e, em especial, o cirurgião-dentista, encontram-se expostos a diversos riscos na sua prática diária, visto que as doenças ocupacionais na odontologia não são nada incomuns. Sabe-se que a rotina, o ambiente de trabalho e os movimentos repetitivos são fatores que contribuem para que os CD possam desenvolver alguns riscos, e dentre estes, destacam-se os riscos biológico, físico, mecânico, químico, psicossocial e o ergonômico, visto que o Cirurgião-Dentista interage constantemente com ferramentas e equipamentos na sua rotina de trabalho, tentando se adaptar para desenvolver suas atividades da melhor forma possível, entretanto, essa adaptação não é algo individual, aleatória e/ou espontânea e pode não ser bem sucedida. Diante disso, entende-se que a ergonomia é fundamental, pois fez-se presente, ainda que implicitamente, na história da Odontologia, em todas as circunstâncias onde se planejou ou se pensou na concepção, quer seja do local de trabalho, equipamento ou de um instrumento a ser utilizado para a realização de um determinado procedimento. Ademais, o avanço tecnológico vem permitindo a conquista de novos instrumentos e técnicas que simplificam o trabalho dos Cirurgiões-dentistas, que entretanto deixam em segundo plano a relação da postura no trabalho diário, ocasionando, na maioria das vezes, problemas de saúde que interferem na atuação clínica 2. A odontologia o trabalho Devido ao avanço tecnológico, os profissionais estão cada vez mais vulneráveis à vários acidentes, devido as técnicas utilizadas, aos reagentes químicos, ao material biológico suspeito de contaminação, aos equipamentos, aos materiais, perfurocortantes, dentre outros. Essa exposição só é minimizada à medida que forem adotadas as boas práticas de trabalho, os equipamentos de proteção individual e coletiva e implantadas instalações adequadas a cada nível de 4 biossegurança envolvido e a capacitação dos trabalhadores; sendo assim a avaliação rigorosa dos riscos é fundamental para a definição dos critérios e ações que poderão serem adotados. Outrossim, sabe-se que, no ambiente de trabalho, o homem está sujeito a um conjunto diversificado de agentes que podem causar danos à saúde, e dentre eles estão os acidentes de trabalho – acontecem por conta do ambiente de trabalho, como por exemplo: doenças devidas à ação de agentes físicos, mecânicos biológicos ou químicos por meio dos causadores de risco como o RX, equipamento de laser, fotopolimerizador, autoclave, ultrassom, instrumentais com defeito ou impróprio para o procedimento, desinfetantes químicos (álcool, glutaraldeído, hipoclorito de sódio, entre outros), contato com agentes etiológicos de doenças infectocontagiosas ou parasitárias, etc.- e as doenças profissionais - causadas de forma direta pela atividade profissional, como por exemplo: Distúrbios posturais, devido a longas horas de atendimentos movimentando a coluna no sentido de inclinações para frente, laterais, flexões e extensões; Tendinite, devido aos movimentos repetitivos, etc. Nesse sentido, a doença profissional ocorre pelo exercício do trabalho, pois tem relação direta com a atividade desempenhada, e já a doença do trabalho é causada pelo ambiente ou pelas condições em que o trabalho é desenvolvido. No entanto, mesmo que a doença seja adquirida no exercício do trabalho, não quer dizer que ela seja relacionada à sua profissão. 3. Conclusão A odontologia é reconhecida como uma das poucas profissões que expõe seus trabalhadores a todos os tipos de riscos ocupacionais, incluindo os de natureza física, química, mecânica e biológica, assim como aqueles produzidos nas relações da vida contemporânea que levam à precarização das condições psicossociais deste profissional. Desta forma, sugere-se aos cirurgiões- 5 dentistas a adoção de medidas preventivas como a realização de consultas com duração de até uma hora, e a adoção de exercícios de alongamento entre os atendimentos com o intuito de minimizar os danos causados pelo exercício profissional. Enfatiza-se também, sobretudo, a necessidade de o CD perceber o cuidado com a saúde como valor fundamental para o seu desempenho profissional, o que envolve não apenas a ausência de doenças ocupacionais e acidentes de trabalho, mas também a adoção de hábitos e atitudes saudáveis; organização do ambiente de trabalho e trabalhos preferencialmente em equipe; sempre valorizando os momentos de lazer com o grupo de trabalho. 6 4. Referências BRASIL. MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. Norma Regulamentadora 17-Ergonomia. Disponível em: http://portal.mte.gov.br/data/files/FF8080812BE914E6012BEFBAD7064803/nr_ 17.pdf BRASIL, Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária: Serviços Odontológicos: prevenção e controle de riscos. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. BRASIL, Ministério da Saúde. Saúde do trabalhador. Caderno de Atenção Básica n.5, Brasília/DF, 2002, 32p BRASIL, Ministério da Saúde. Doenças relacionadas ao trabalho; manual de procedimentos para os serviços de saúde. Brasília, 2001, 580p.
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