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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ 
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS 
CURSO DE AGRONOMIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IANA DE PAULA BRITO MENDES 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA SILAGEM DE CAPIM-ELEFANTE BRS CAPIAÇU 
CONTENDO LEGUMINOSAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FORTALEZA 
2022 
 
IANA DE PAULA BRITO MENDES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA SILAGEM DE CAPIM-ELEFANTE BRS CAPIAÇU 
CONTENDO LEGUMINOSAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada ao Curso de 
Agronomia do Centro de Ciências Agrárias da 
Universidade Federal do Ceará, como requisito 
parcial à obtenção do título de bacharelado em 
Agronomia. 
 
Orientador: Prof. Aníbal Coutinho do Rêgo 
Coorientador: Dr. Francisco Gleyson da 
Silveira Alves. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FORTALEZA 
2022 
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação 
Universidade Federal do Ceará
Sistema de Bibliotecas
Gerada automaticamente pelo módulo Catalog, mediante os dados fornecidos pelo(a) autor(a)
M491c Mendes, Iana de Paula Brito.
 Composição química da silagem de capim-elefante BRS capiaçu contendo leguminosas / Iana de Paula
Brito Mendes. – 2022.
 33 f. 
 Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) – Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências
Agrárias, Curso de Agronomia, Fortaleza, 2022.
 Orientação: Prof. Dr. Aníbal Coutinho do Rêgo.
 Coorientação: Prof. Dr. Francisco Gleyson da Silveira Alves.
 1. Ensilagem. 2. Pennisetum purpureum. 3. Gliricidia sepium. 4. Leucaena leucocephala. I. Título.
 CDD 630
 
IANA DE PAULA BRITO MENDES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA SILAGEM DE CAPIM-ELEFANTE BRS CAPIAÇU 
CONTENDO LEGUMINOSAS 
 
 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada ao Curso de Agronomia 
do Centro de Ciências Agrárias da Universidade 
Federal do Ceará, como requisito parcial à 
obtenção do título de bacharelado em Agronomia. 
 
Aprovada em: 30/06/2022. 
 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
Prof. Aníbal Coutinho do Rêgo (Orientador) 
Universidade Federal do Ceará (UFC) 
 
 
Dr. Francisco Gleyson da Silveira Alves (Coorientador) 
Universidade Federal do Ceará (UFC) 
 
 
Prof. Magno José Duarte Cândido 
Universidade Federal do Ceará (UFC) 
 
 
Prof. Rafael Nogueira Furtado 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí (IFPI) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Deus. 
Aos meus pais, Adriana Montenegro de Paula 
Brito e José Agripino Mendes Júnior, que 
sempre me apoiaram. 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
A Deus por me dar forças nos momentos mais difíceis, permitindo que eu pudesse continuar 
seguindo em frente. 
Ao Prof. Aníbal Coutinho do Rêgo, por toda a orientação e ensinamentos durante esse período 
do trabalho de conclusão de curso. 
Ao Dr. Francisco Gleyson da Silveira Alves, pela orientação, por toda a ajuda e pela 
disponibilidade em esclarecer minhas dúvidas. 
Ao SIFISV-CE, pelo estágio e principalmente a Shirley Mapurunga, Francisco Leandro, José 
Wellington, Naiara Tais, por toda a convivência nesse último ano e por todos os ensinamentos 
repassados. 
Ao laboratório de nutrição animal da UFC, que tornou possível serem realizadas as análises do 
experimento. 
Ao Prof. Magno José Duarte Cândido e os membros e ex-membros do NEEF, pela convivência 
e aprendizado durante o período que passei sendo bolsista. 
Ao grupo NEON e ao Prof. Marcelo de Almeida Guimarães, por todas as oportunidades, 
ensinamentos, conselhos e orientação durante o início do curso. 
A Dra. Janiquelle da Silva Rabelo, pela amizade, confiança, por acreditar em mim e por todas 
as oportunidades e conselhos durante a graduação. 
A Helen Andrade e ao Silvio Junior, pela disponibilidade e ajuda durante a realização do 
trabalho de conclusão de curso. 
Aos meus colegas que entraram junto comigo no semestre 2017.2, pela amizade, conversas e 
pela nossa união e por tudo que compartilhamos nos momentos bons e também nos momentos 
difíceis da graduação. 
Ao Josias Wéricles Lima Freitas, por todo apoio, companheirismo e por sempre está ao meu 
lado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Você nunca sabe que resultados virão da sua 
ação. Mas se você não fizer nada, não existirão 
resultados.” (Mahatma Gandhi). 
 
RESUMO 
A região semiárida é caracterizada por apresentar um período seco acentuado, em que a 
produção de ruminantes pode ser limitada pela baixa oferta de alimento nessa época do ano. O 
uso da conservação de forragens, como a ensilagem de gramíneas e leguminosas de simples 
cultivo na região, podem ser uma estratégia a considerar nos sistemas. Desse modo, objetivou-
se com o presente trabalho avaliar o efeito da inclusão de leguminosas forrageiras na ensilagem 
do capim-elefante BRS capiaçu. Foi utilizado um delineamento inteiramente casualizado, com 
cinco tratamento e quatro repetições. Foram avaliadas as seguintes silagens como tratamentos: 
BRS capiaçu; 80% BRS capiaçu + 20% de leucena; 70% BRS capiaçu + 30% de leucena; 
80% de BRS capiaçu + 20% de gliricídia; 70% BRS capiaçu + 30% de gliricídia. Foram 
utilizados mini silos para compor as parcelas experimentais. Os silos foram fechados com 
tampa e fita adesiva durante um período de 30 dias. Após abertura realizou-se a 
homogeneização e quarteamento do material ensilado, sendo colhida uma amostra 
representativa para posterior análise. Foi avaliado a composição química, pH e perdas que 
ocorreram durante a fermentação. As silagens contendo leguminosas apresentaram menores 
perdas por efluentes, apresentando também resultados promissores com incremento de proteína 
bruta, principalmente as com leucena, apresentando teores de proteína bruta de 9,3 e 9,4%. O 
uso de leguminosas promoveu redução de fibra em detergente ácido. Acrescentar leguminosas 
no processo de ensilagem, não prejudicou os teores de recuperação de matéria seca, tendo todas 
as silagens apresentado valores favoráveis de recuperação de matéria seca. As silagens contendo 
30% de leguminosas apresentaram maiores valores de pH, porém próximos do recomendado, 
enquanto os outros tratamentos estavam dentro do padrão contendo pH entre 3,8 e 4,2. O uso 
de silagens de BRS capiaçu com leguminosas pode ser uma alternativa para alimentação animal 
no semiárido. Entretanto, o uso da silagem de capiaçu com 30% de gliricídia, não é proibido, 
mas sua produção deve ser vista com cautela, pelo valor do pH e por não ocorrer incremento na 
proteína. 
 
Palavras-chave: Ensilagem; Pennisetum purpureum; Gliricidia sepium; Leucaena 
leucocephala. 
 
ABSTRACT 
 
 
The semi-arid region may be limited by the dry period of ruminants and the production of 
ruminants at this time may be limited by the low supply of food per year. The use of forage 
conservation, such as silage of grasses and legumes of simple cultivation in the region, can be a 
strategy considered in the systems. Thus, the objective of the present work was to evaluate the 
effect of the inclusion of forage legumes in the silage of elephant grass BRS capiaçu. A 
completely randomized design was used, with five treatments and four replications. Capiaçu as 
the following silage treatments: BRS; 80% BRS capiaçu + 20% leucaena; 70% BRS capiaçu + 
30% leucaena; 80% BRS capiaçu + 20% gliricidia; 70% BRS capiaçu + 30% gliricidia. Mini 
silos were used to compose the experimental plots. The silos were closed with a lid and tape 
for a period of 30 days. After opening, the ensiled material was homogenized and quartered, 
and a representative sample was collected for further analysis. The chemistry, pH and 
composition it creates during manufacturing were evaluated. The silages containing 
leguminous plants have small species per effluent, also showing promising results with 
increased crude protein, especially as with leucaena, with crude proteincontents of 9.3 and 
9.4%. The use of legumes promotes fiber reduction in acid detergent. Adding legumes in the 
process, is not a legume process, not produced in dry matter recovery materials, all silage seized 
with juvenile pre-products of dry matter recovery materials. The silages containing 30% of 
legumes had higher pH values, but close to the recommended, while the other treatments were 
within the standard containing pH between 3.8 and 4.2. The use of BRS capiaçu silages with 
legumes can be an alternative for animal feed in the semiarid region. However, the use of 
capiaçu silage with 30% gliricidia is not prohibited, but its production should be viewed with 
caution, due to the pH value and because there is no increase in protein. 
 
Keywords: Ensilage; Pennisetum purpureum; Gliricidia sepium; Leucaena leucocephala. 
 
LISTA DE TABELAS 
 
 
Tabela 1 Proteína bruta e matéria seca de BRS capiaçu................................................. 18 
 
Tabela 2 
 
Teores de matéria seca e proteína bruta da Leucena......................................... 
 
19 
 
Tabela 3 
 
Teores de matéria seca e proteína bruta da silagem de Gliricídia................... 
 
20 
 
Tabela 4 
 
Proporção de componentes do BRS capiaçu, Leucena e Gliricídia................. 
 
23 
 
Tabela 5 
 
Composição química do material in natura...................................................... 
 
25 
 
Tabela 6 Composição química da silagem de acordo com o respectivo tratamento. 
(Parâmetros descritos em porcentagem de matéria seca) ................................. 
 
 
27 
Tabela 7 Valores de pH, densidade, recuperação de matéria seca, perdas por gases e 
efluentes(kg/t) ................................................................................................. 
 
30 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
 
BAL 
CF 
CNF 
CS 
CT 
EE 
FDA 
FDN 
HEM 
MS 
NEEF 
Bactérias acidoláticas 
Capacidade fermentativa 
Carboidratos não fibrosos 
Carboidratos solúveis 
Capacidade tampão 
Extrato etéreo 
Fibra em detergente ácido 
Fibra em detergente neutro 
Hemicelulose 
Matéria seca 
Núcleo de Ensino e Estudos em Forragicultura 
PB 
RMS 
UFC 
Proteína bruta 
Recuperação de matéria seca 
Universidade Federal do Ceará 
 
SUMÁRIO 
1 .INTRODUÇÃO 14 
2. REFERENCIAL TEÓRICO 16 
1.1 Ensilagem 16 
1.2 Capim Elefante BRS capiaçu (Pennisetum purpureum Schum) 17 
1.3 Leucena (Leucaena leucocephala) 18 
1.4 Gliricídia (Gliricidia sepium) 20 
3. MATERIAL E MÉTODOS 22 
3.1 Localização do experimento e caracterização das culturas 22 
3.2 Delineamento experimental e tratamentos 23 
3.3 Enchimento dos mini silos 23 
3.4 Perdas por gases e efluentes 24 
3.5 Análises químicas 25 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 27 
4 CONCLUSÃO 31 
REFERÊNCIAS 32 
14 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
A estacionalidade da produção de forragem é desafiadora, pois as variações no 
clima afetam a produção e qualidade da forragem. Na região semiárida, o fator climático que 
têm grande influência é a pluviosidade, pois o volume e a irregularidade nas precipitações 
dificultam o cultivo de forrageiras. O período seco restringe o desempenho dos sistemas de 
produção de ruminantes, pois nessa época a disponibilidade de biomassa de forragem é limitada 
e tem valor nutritivo reduzido (PEREIRA et al., 2004). No período chuvoso a biomassa em 
áreas de pastagens naturais habitualmente é adequada, sendo preferencialmente usada nas 
fazendas, pois quando a distribuição de precipitação favorece, ocorre produção de forragem 
acima da demanda dos rebanhos. Além disso, em áreas de cultivo, como capineiras e 
legumineiras, o período chuvoso favorece o acúmulo de biomassa que muitas vezes não são 
aproveitadas por excederem as demandas dos rebanhos nessa época. Entretanto, o manejo 
equivocado dessas áreas, como a ausências de colheita no período chuvoso, faz com que a 
forragem a ser fornecida tenha valor nutricional limitado, prejudicando a produção animal 
(RIET-CORREA et. al., 2013) e reduzindo a eficiência de uso da forragem produzida. 
Quando favorável e possível, no período seco as áreas de capineira e de 
legumineiras no Nordeste brasileiro são minimamente mantidas irrigadas ou cultivadas em 
áreas a jusante de barragens. Todavia, nem sempre esse tipo de manejo garante alimento aos 
rebanhos na época de déficit que precisam ser suplementados, tanto em quantidade como em 
qualidade. Por exemplo, para atender as necessidades de mantença de ruminantes, de maneira 
geral, é necessário fornecer uma alimentação que contenha no mínimo 7% de proteína bruta 
(ROCHA JUNIOR et al., 2002). No caso da exploração máxima de volumosos nas dietas, 
quando essa porção não atende as exigências nutricionais dos animais é frequente o uso de 
alimentos à base de grãos. Porém, essa prática em determinadas situações pode não ser 
economicamente viável, tendo em vista que a suplementação proteica, em geral, onera os custos 
de produção. Partir para estratégias que garantam alimentos volumosos associado a redução no 
emprego de ingredientes proteicos nas dietas é uma alternativa para assegurar a eficiência dos 
sistemas. Para isso o uso de silagens de capins tropicais produtivos com composição química 
que atendam as exigências nutricionais pode ser uma opção. 
O capim-elefante (Pennisetum purpureum), é uma das espécies de gramíneas mais 
utilizadas em áreas de capineira, devido ao cultivo ser simples, apresentar boa produtividade e 
15 
 
 
palatabilidade. A cultivar BRS capiaçu é considerada uma das mais produtivas da espécie, 
apresentando uma produtividade média de biomassa de 100 t ha-1 ano-1 e possui adaptação a 
diferentes condições edafoclimáticas (PEREIRA et al., 2016), apesar das limitações quanto ao 
teor de proteína (menor do que 70 g kg-1) e por ser um material fibroso (LOPES et al, 2021; 
MONÇÃO et al. 2020). Em legumineiras, o uso da leucena (Leucaena leucocephala) é 
observado de forma frequente, pois possui produção de biomassa por área razoável, tem 
capacidade de rebrota mesmo em períodos de seca, se adapta a diversos tipo de solo e é bem 
aceita pelos ruminantes (RODRIGUES et al., 2020). Além dessa espécie, há também a gliricídia 
(Gliricidia sepium), uma leguminosa adaptada ao clima tropical, que suporta as adversidades 
climáticas e possui bom valor nutricional, podendo ser utilizada na alimentação animal 
(SANTANA et al., 2019). 
Conservar na forma de silagem esses alimentos supracitados de forma associada 
pode ser uma estratégia capaz de explorar o potencial produtivo dos capins e a composição 
química da leguminosa (BUREENOK et al. 2016). Assim, a silagem de capins tropicais com a 
inclusão de leguminosas é uma possibilidade, pois aumenta a concentração de proteína bruta 
(PB) e melhora a digestibilidade da silagem, contribuindo para o melhor desempenho animal 
(SILVA et al., 2018; BUREENOK et al. 2016). De forma geral, os capins tropicais quando 
apresentam melhor valor nutritivo possuem limitada produção de biomassa. Portanto, para 
ensilar esse tipo de forragem é necessário realizar a colheita no momento em que ocorre melhor 
relação entre a produtividade e o valor nutricional da gramínea. Mesmo no momento ideal para 
o corte, capins tropicais apresentam considerável teor de umidade que potencializam as perdas 
por efluentes durante a ensilagem (PEREIRA et al., 2016). No caso de leguminosas, baixas 
concentrações de carboidratos solúveis em água e alta capacidade tampão podem limitar 
fermentações adequadas (KUNG JR. et al. 2018). Contudo, o desafio é garantir uma proporção 
de mistura de capim tropical e leguminosas que mantenham uma fermentação mínima e que 
preserve um volumoso de baixa custo que contribua no campo com o manejo dascapineiras e 
legumineira. 
Face ao exposto, hipotetizou-se que a silagem de capim-elefante BRS capiaçu 
contendo leguminosas apresenta composição química satisfatória para ser utilizada na 
alimentação animal sem aumentar perdas e sem prejudicar a fermentação. Dessa forma, 
objetivou-se com o presente trabalho avaliar o efeito da inclusão de leguminosas na silagem do 
capim-elefante BRS capiaçu, analisando a composição bromatológica e perdas durante o 
processo de ensilagem. 
16 
 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
2.1 Ensilagem 
 
 
A silagem é o produto final da fermentação de alimentos usados por animais em 
ambiente anaeróbio obtido através do processo de ensilagem (WOOLFORD, 1984). A 
qualidade das silagens depende tanto dos fatores intrínsecos ao alimento a ser ensilada, como 
também dos aspectos ligados às etapas da ensilagem (McDONALD et al. 1991). O processo de 
ensilagem tem como objetivo conservar o valor nutritivo da forragem, de modo que esse fique 
o mais próximo possível do original (BONFÁ et al., 2015). Assim, o processo de ensilagem 
conserva a forragem em ambiente sem oxigênio, onde ocorre o desenvolvimento de bactérias 
que utilizam os carboidratos solúveis como substrato para a produção de ácido orgânicos, 
principalmente do ácido lático (WOOLFORD, 1984). Durante essa ação ocorre diminuição do 
pH, aumento da temperatura e do N-amoniacal (SANTOS et al., 2010). 
Assim, com o pH baixo ocorre estabilidade dentro do silo, onde apenas bactérias 
anaeróbicas resistentes à acidez continuam em atividade, só que de forma reduzida, mantendo 
o meio estável até a abertura do silo. Dessa forma, o pH pode ser utilizado como um dos 
indicadores da qualidade do processo fermentativo, sendo um parâmetro que possui relação 
com o teor de carboidratos solúveis. Outro parâmetro seria o nitrogênio amoniacal, que quando 
apresenta teores superiores a 15% NH3/NT, é um indicativo de que ocorreu fermentação butírica 
(LIMA JÚNIOR et al., 2014). 
Para obter uma silagem de boa qualidade é necessário considerar alguns fatores 
durante o processo de ensilagem, principalmente os fatores relacionados a planta e as etapas do 
processo, como o tamanho das partículas, a eficiência na vedação do silo e o momento da 
colheita da forrageira a ser ensilada. Também há parâmetros intrínsecos à planta que devem ser 
considerados, como poder tampão, teor de carboidratos solúveis e o teor de matéria seca (MS) 
no momento da colheita, sendo recomendado valores de 30-35% de MS ou pelo menos possuir 
valores maiores que 25% de MS, para evitar maiores perdas por efluentes (RIBEIRO et al., 
2007). 
Esses fatores intrínsecos à planta, são relevantes na qualidade da massa ensilada 
(REIS; BERNARDES; SIQUEIRA, 2013), influenciando então na capacidade de fermentação 
(CF). Determinada pela fórmula de Weissbach e Honig (1996): 
CF = MS% + 8 (CHOs solúveis) / Poder Tampão 
17 
 
 
Com base na CF, é possível identificar espécies que possuem elevada ou limitada capacidade 
de fermentação, no geral plantas que apresentam valores adequados desses três fatores, que 
seriam CS de 6 a 8%, baixo poder tampão e teores de matéria seca entre 28 e 40% (REIS; 
BERNARDES; SIQUEIRA, 2013), são consideradas espécies de elevada capacidade de 
fermentação. De maneira geral os capins possuem média CF, já as leguminosas possuem baixa 
CF. 
Plantas que apresentam elevado teor de umidade, podem favorecer o 
desenvolvimento de bactérias do gênero Clostridium que produzem o ácido butírico durante o 
processo fermentativo. A fermentação butírica pode provocar a degradação da proteína e do 
ácido lático, causando perdas de matéria seca, pois há produção de CO2 e H2O e energia 
(BERNARDINO et al., 2005). Além disso, também podem ocorrer perdas de nutrientes na 
forma de efluente, sendo constituído por açúcares, proteínas e outros compostos orgânicos 
(LOURES et al., 2003). 
As bactérias desejáveis para realizar o processo fermentativo são as bactérias 
acidoláticas (BAL), que podem ser classificadas como homoláticas ou heteroláticas. As 
bactérias homoláticas produzem apenas o ácido lático durante a fermentação, já as bactérias 
heteroláticas tem como produto final da fermentação o ácido lático e outros produtos, como 
ácido acético e CO2. Quando ocorre a fermentação por bactérias homoláticas, são pequenas as 
perdas por matéria seca e energia, ocorrendo o processo: Glicose + 2 ADP + 2Pi = 2 lactato + 
2 ATP+ 2 H2O, ocorrendo apenas 0,7% de perda de energia (REIS; BERNARDES; 
SIQUEIRA, 2013). 
 
2.2 Capim-elefante BRS capiaçu (Pennisetum purpureum Schum) 
 
 
O capim-elefante é cultivado em diversas regiões de clima tropical e subtropical, 
destacando-se pelo potencial de produção de matéria seca, vigor e pela palatabilidade, sendo 
utilizado principalmente sob corte, mas também pode ser utilizada na forma de conservação de 
forragem, principalmente como silagem, e sob pastejo rotacionado. Desse modo, as 
características vantajosas da espécie, fez com que Embrapa Gado de Leite começasse um 
programa de melhoramento da espécie. Dentre as cultivares que foram lançadas oriunda do 
melhoramento tem-se a cultivar BRS capiaçu. Essa cultivar se destaca em relação as outras pela 
alta produtividade, resistência ao tombamento e facilidade da colheita mecanizada (PEREIRA 
et al., 2017). 
18 
 
 
A cultivar BRS capiaçu pode produzir em média 100 t ha-1 ano-1 de massa fresca. 
Para a utilização em silagens é recomendado ser colhido o capim entre 90 e 110 dias, com altura 
de 3,5 a 4 m, momento em que apresentaria melhor relação entre produtividade e qualidade 
nutricional da espécie. Entretanto, nesse momento a cultivar ainda apresenta teores de matéria 
seca abaixo do recomendado (Tabela 1), sendo necessário o uso de técnicas para aumentar 
teores de matéria seca, podendo ser realizado o emuchercimento (PEREIRA et al., 2016). Na 
tabela 1 é apresentado alguns resultados de proteína brita e matéria seca do capim-elefante BRS 
capiaçu. 
 
 
Tabela 1. Proteína bruta e matéria seca de BRS capiaçu 
 
Autor Caracterização do momento do corte PB% MS% 
PAULA (2020) 90 dias com 3,6 m de altura 6,5 18,5 
DE JESUS (2021) 90 dias com 2,9 m de altura 7,84 22,85 
LEAL (2020) 90 dias com 3,6 m de altura 9,43 17,71 
Proteína bruta (PB) e Matéria Seca (MS). 
Fonte: Elaborado pelo autor. 
 
Pode-se verificar que mesmo no momento considerado ideal para o corte dessa 
cultivar, a gramínea pode apresentar teor limitado de proteína. Teores de proteína reduzidos 
podem prejudicar a população de bactérias no rúmen. Quando se pretende utilizar gramíneas 
que apresentam baixo valor nutricional, uma alternativa seria a inclusão de outras plantas, que 
possam melhorar a qualidade da forragem oferecida, dentre essas plantas têm-se as leguminosas 
(MAGALHÃES et al., 2011). 
 
2.3 Leucena (Leucaena leucocephala) 
 
 
A leucena é uma leguminosa originária na América Central, mas atualmente 
encontra-se difundida em diversas regiões de clima tropical. A espécie é perene, possui porte 
arbóreo e possui usos múltiplos, sendo utilizada na alimentação animal, produção de madeira, 
sombreamento, cerca viva, como carvão vegetal e pode melhorar as condições do solo. Na 
região semiárida se destaca, pois além das variadas utilidades, se adapta às condições 
edafoclimáticas da região, possuindo boa capacidade de rebrota mesmo em períodos de seca, 
sendo bem aceita pelos animais que consomem folíolos e ramos (BARRETO et al., 2010). 
19 
 
 
A produtividade dessa cultura pode variar de acordo com o clima, solo e manejo 
adotado. Na região semiárida são relatados valores de matéria seca de 7,5 t/ha/ano (LIMA et 
al., 1986). Além desses aspectos, a leucena possui bons valores nutricionais, fazendo com que 
seja atrativo seu uso na alimentação animal, podendo ser empregada como bancos de proteína 
ou para a produção de forragem conservada, na forma de feno ou silagem (MAGALHÃES et 
al., 2011). Natabela 2; podem ser visualizados teores de proteína bruta e matéria seca da 
Leucena cortada em período chuvoso. 
 
Tabela 2 – Teores de matéria seca e proteína bruta da Leucena. 
 
Autor Caracterização do momento do 
corte 
PB% MS% 
SANTOS (2009) não definida (vegetação plena) 18,4 45,7 
LOPES (2000) 60 dias 22,98 28,41 
PIRES (2006) Apresentava folhas e ramos tenros 32,6 26,8 
Proteína bruta (PB) e Matéria Seca (MS). Fonte: Elaborado pelo autor. 
 
 
Diante da exposição das características desejáveis com relação à produção, 
qualidade e adaptação, a leucena se apresenta como uma alternativa para o uso na alimentação 
animal no semiárido. Podendo ser utilizada inclusive para a confecção de silagens mistas, 
principalmente com gramíneas. O emprego dessa espécie pode elevar os teores de matéria seca 
do material ensilado e o valor nutricional do produto final, agregando maior valor de proteína 
bruta, melhorando a digestibilidade da silagem (RODRIGUES et al., 2020). 
Alguns cuidados devem ser tomados no uso da leucena, pois essa planta tem entre 
seus constituintes a mimosina, um aminoácido não proteico, que pode ser tóxico aos animais. 
Em pastagens é recomendado que a leucena seja utilizada em consórcio com gramíneas, em 
uma proporção de 30% e há relatos que o teor de mimosina possa ser reduzido pela secagem 
das plantas. (SANTANA NETO et al., 2022). O efeito tóxico desse aminoácido pode causar 
perdas de pelo e em casos mais raros podem ocorrer atrofia da gengiva, ulcerações na língua e 
esôfago, formação de bócio e menores ganhos de peso (ALMEIDA et al., 2006). 
20 
 
 
2.4 Gliricídia (Gliricidia sepium) 
 
 
A Gliricidia sepium é uma leguminosa arbórea originária da América Central, que 
possui extensa distribuição por regiões tropicais, sendo considerada resistente à seca. No Brasil, 
foi introduzida e cultivada em diversas regiões, devido a versatilidade no uso pode ser utilizada 
para sombreamento, cerca viva e na alimentação animal (SILVA, et al., 2021). Na região 
semiárida, ganhou espaço de cultivo principalmente como banco de proteína, devido a sua 
capacidade de rebrota e produtividade. As folhas da espécie podem apresentar teores de proteína 
bruta de 25% e a cultura pode apresentar produtividade de 3,0 a 4,5 toneladas de matéria seca 
em um período de três meses (ANDRADE et al., 2015). 
O uso da cultura in natura para fornecimento na alimentação animal pode ser 
limitado, devido ao cheiro de compostos voláteis que ficam na superfície da folha, dificultando 
a aceitabilidade pelos animais, porém há processos como de ensilagem e fenação que podem 
melhorar a aceitação do alimento (CARVALHO et al., 2017). 
Outro fator limitante no uso na alimentação animal é a presença da cumarina (C9H6O2), que ao 
ser fermentada por bactérias forma o dicumarol (C19H12O6), um anticoagulante que pode causar 
hemorragias em animais. Isso faz com que a glirícidia possa ser considerada tóxica. Em não- 
ruminantes há relatos da inibição do crescimento, porém em ruminantes há poucos relatos sobre 
o efeito tóxico das folhas de gliricídia secas ou frescas utilizadas na alimentação (SIMONS et 
al., 1994). 
Em contrapartida, há estudos que apontam a glirícidia com um potencial forrageiro 
promissor para ser utilizado na alimentação animal, podendo apresentar teores de matéria seca 
de 22 a 30% e de proteína bruta de 20 a 30% (SÁ et al., 2021). Assim na tabela 3, podem ser 
visualizados os teores de matéria seca e proteína bruta das silagens de gliricídia, que foram 
obtidos em determinados estudos: 
 
Tabela 3 – Teores de matéria seca e proteína bruta de Gliricídia. 
 
Autor Caracterização do momento do 
corte 
PB% MS% 
SANTANA 
(2019) 
Plantas com altura 1,5m. 19,6 23,7 
LEMOS (2020) 12meses com ramos de 8 mm de 
espessura 
19,2 24,7 
Proteína bruta (PB) e Matéria Seca (MS). 
Fonte: Elaborado pelo autor. 
 
 
Por apresentar alto poder tampão e baixo teor de carboidratos solúveis, a gliricídia 
21 
 
não possui boa capacidade de conservação como silagem. Entretanto, é uma espécie que possui 
elevado teor de proteína bruta, possuindo características nutricionais favoráveis para sua 
inclusão em silagens mistas e o uso de silagem na região semiárida é atrativo, pode ser uma 
alternativa para o uso na alimentação animal durante o período seco, por ser um alimento úmido 
e com características nutricionais desejáveis. (CAMPOS, et al., 2017). 
22 
 
 
3 MATERIAIS E MÉTODOS 
 
3.1 Localização do experimento e caracterização das culturas 
O trabalho foi conduzido no Núcleo de Ensino e Estudos em Forragicultura (NEEF) 
do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal do Ceará-UFC, em Fortaleza, 
localizado a 04° 15’ 26’’ de latitude sul e 39° 25’ 18’’ de longitude oeste. Segundo a 
classificação de Köeppen. o clima da região é do tipo Aw’, tropical chuvoso. A determinação 
da composição química das silagens foi realizada no Laboratório de Nutrição Animal do 
Departamento de Zootecnia da UFC. 
O capim-elefante BRS capiaçu utilizado foi cultivado em capineira já estabelecida 
do NEEF entre os meses de outubro de 2021 e fevereiro de 2022 em regime de sequeiro. O 
corte foi realizado de forma manual rente ao solo, com auxílio de goiva, quando o capim estava 
com 97 dias de idade. Após o corte o capim passou pelo processo de emurchecimento, em que 
o capim foi cortado ao final da tarde e levado para um galpão, esse procedimento foi realizado 
pois no dia do corte estava nublado e com previsão de chuva. No galpão o capim foi espalhado 
e passou um período de 12horas, para aumentar o teor de matéria seca, pois no momento do 
corte o capim apresentava matéria seca de 144,7 g kg-1 MN. Em seguida foi picado em máquina 
picadora estacionária modelo JF50MAX BC. 
Para realizar a caracterização do capim-elefante BRS capiaçu coletou-se a biomassa 
de forragem presente em uma moldura de 1m², em seguida foi realizado fracionamento e 
determinado a massa de material morto, folhas e colmo, expressando em quilos de massa fresca 
(Tabela 4). 
As leguminosas utilizadas foram cortadas de forma manual com o auxílio de goiva e 
em seguida picadas em máquina picadora estacionária modelo JF50MAX BC. A leucena, 
oriunda da legumineira do NEEF, foi cortada aos 70 dias de idades, apresentando diâmetro 
médio da haste de 3,8 mm. A gliricídia foi obtida na legumineira do Setor de Forragicultura do 
Departamento de Zootecnia da UFC, e cortada aos 100 dias de idade, apresentando diâmetro 
médio das hastes de 9,52 mm. Coletou-se a biomassa das culturas presentes em moldura 1 m² 
para estimar a produção de forragem das culturas. Além disso, foi efetuado o fracionamento e 
obtido as proporções de hastes e folíolos (Tabela 4). 
23 
 
 
Tabela 4 – Proporção de componentes do BRS capiaçu, Leucena e Gliricídia 
 
 Folha/Folíolo Colmo/Haste Material Morto 
BRS capiaçu 2,78kg 8,39kg 0,425kg 
 23,97% 72,35% 3,66% 
Leucena 0,69kg 0,395kg 
 
63,59% 36,40% 
 
Gliricídia 3,655kg 2,77kg 
 56,88% 43,11% 
Fonte: Elaborado pelo autor. 
 
 
3.2 Delineamento experimental e tratamentos 
Foi adotado o delineamento inteiramente casualizado, onde os tratamentos foram 
compostos pelas seguintes silagens: BRS capiaçu; 80% BRS capiaçu + 20% de leucena; 70% 
BRS capiaçu + 30% de leucena; 80% de BRS capiaçu + 20% de gliricídia; 70% BRS capiaçu 
+ 30% de gliricídia, com quatro repetições, totalizando 20 parcelas (mini silo). 
 
3.3 Enchimento dos mini silos 
Os minis silos utilizados eram de cano PVC, possuindo diâmetro de 100 mm, 
comprimento médio de 26 cm e volume médio de 0,002 m³. Antes do enchimento dos silos foi 
adicionado no fundo aproximadamente 1 kg de areia que passou por tratamento térmico em 
estufa a 105ºC por 24 h. A areia foi coberta com tecido do tipo TNT para evitar o contato direto 
com a forragem ensilada e para permitir a estimativa das perdas por efluentes. Posteriormente, 
foi mensurado a massa de forragem que cada silo comportaria,totalizando uma massa de 1,435 
kg e a partir desse dado foram calculadas as porcentagens utilizadas em cada tratamento. 
Em cada parcela foi misturado as massas das espécies, de acordo com o seu respectivo 
tratamento, obtendo uma massa homogênea que foi compactada de forma manual com o auxílio 
de bastões de madeira. Ao final da compactação, os silos foram vedados com lona dupla face, 
tampa e fita adesiva, permanecendo fechados durante 30 dias. Além disso, foi calculado a 
densidade dos silos, a partir dos dados obtidos de massa e volume, apresentando densidade 
média 679,87 kg/m³. 
24 
 
 
3.4 Perdas por gases e efluentes 
 
Na determinação da produção de efluentes, após retirada de toda a silagem, a areia 
e o silo aberto foram pesados e a massa foi subtraída do peso original obtido antes do 
enchimento dos silos (Jobim et al. 2007). 
E = (SAE - SA) 
Onde: 
E = produção de efluentes (kg/ton) 
SAE = peso do silo + areia + efluente (kg); 
SA = peso do silo + areia (kg). 
As perdas por gases foram calculadas com base na equação proposta por Schmidt (2006): 𝐺 = [(𝑃𝐶𝑒𝑛 − 𝑃𝑒𝑛) ∗ 𝑀𝑆𝑒𝑛] − [(𝑃𝐶𝑎𝑏 − 𝑃𝑒𝑛) ∗ 𝑀𝑆𝑎𝑏] 𝑥100 
[(𝑃𝑐𝑒𝑛 − 𝑃𝑒𝑛) ∗ 𝑀𝑆𝑒𝑛] 
Onde: 
G = Perdas por gases em % da MS; 
PCen = Peso do silo cheio na ensilagem (kg); 
Pen = Peso do conjunto (silo+areia+tampa +tela+pano) na ensilagem (kg); 
MSen = Teor de MS da forragem na ensilagem (%); 
PCab = Peso do silo cheio na abertura (kg); 
MSab = Teor de MS da forragem na abertura (%). 
 
 
(2007): 
 
 
 
Onde: 
A recuperação de matéria seca, foi utilizada a equação descrita por Jobim et al. 
 
 
(𝑀𝐹𝑎𝑏 𝑥 𝑀𝑆𝑎𝑏) 
 
 𝑅𝑀𝑆 = 
(𝑀𝐹𝑓𝑒 𝑥 𝑀𝑆𝑓𝑒) 𝑥 100 
RMS = índice de recuperação de matéria seca; 
MFab= massa de forragem na abertura(g); 
MSab= teor de MS na abertura; 
MFfe = massa de forragem no fechamento(g); 
Msfe = teor de MS da forragem no fechamento 
25 
 
 
3.5 Análises químicas 
Foram realizadas análises químicas do material original utilizado no processo de 
ensilagem (capim-elefante BRS capiaçu, leucena e gliricídia) e do produto final após processo 
de ensilagem. No momento da abertura dos mini silos foram preparadas amostras para a 
realização das análises químicas. Para tanto, foi feito o quarteamento da silagem e foram 
selecionadas duas porções que foram homogeneizadas e utilizadas nas análises. Os valores 
obtidos das amostras in natura estão descritos conforme tabela 5. 
 
Tabela 5 – Composição química das forragens antes da ensilagem. 
 
Variáveis Capiaçu Leucena Gliricídia 
MS, g kg-1 MN 225,6 240,8 235,8 
PB, g kg-1 MS 63,3 179,8 185,9 
FDN, g kg-1 MS 682,4 597,4 582,5 
FDA, g kg-1 MS 458,5 408,2 410,5 
HEM, g kg-1 MS 223,9 189,2 172,0 
EE, g kg-1 MS 19,9 31,4 28,1 
MM, g kg-1 MS 65,5 69,5 57,1 
CNF, g kg-1 MS 168,9 121,9 146,4 
pH 6,11 6,55 6,78 
MN: matéria natural; MS: matéria seca; PB: proteína bruta; FDN: fibra em detergente neutro; FDA: fibra em 
detergente ácido; HEM: hemicelulose; EE: extrato etéreo; MM: material mineral; CNF: carboidratos não fibrosos. 
Fonte: Elaborado pelo autor. 
 
Na determinação do pH foi utilizado 25 g das amostras in natura e foram 
adicionados 100 mL de água destilada, deixando descansar por 15 minutos (BERNARDES et 
al., 2019) e depois foi determinado o pH com o pHmetro de bancada da marca KASVI. 
O restante das amostras in natura fora pesado em bandejas de alumínio e levadas para estufa 
de ventilação forçada a 55ºC até atingir peso constante, obtendo-se a matéria pré-seca. As 
amostras pré-secas foram moídas em moinho tipo Willey em peneira com malha de 1,0 mm, 
colocadas em recipientes plásticos, identificadas e armazenadas para posteriores análises 
laboratoriais. 
Os teores de matéria seca (MS; método n° 934.01), matéria mineral (MM; método 
nº 942.05), proteína bruta-PB obtida pela determinação do N total, utilizando a técnica micro- 
Kjeldahl (PB; método nº 920.87) e extrato etéreo (EE; método nº 920.85), foram determinados 
segundo a metodologia descrita pela AOAC (1990). Os teores de fibra em detergente neutro 
(FDN) e fibra em detergente ácido (FDA) foram determinados conforme metodologia descrita 
26 
 
 
por Van Soest et al. (1991). Os teores de carboidratos não fibrosos (CNF) foram obtidos 
mediante a equação de Sniffen et al. (1992): CNF= 100- (%PB+ %EE+ %FDN+ %MM). 
Os dados de cada variável foram submetidos a análise de normalidade dos resíduos pelo teste 
de Cramer-von-mises e homocedasticidade das variâncias pelo método de Brown-Forsyte. Os 
resultados das análises foram submetidos à análise de variância e as médias foram comparadas 
pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Nos teores de extrato etéreo por divergência entre 
a análise de variância e o teste de Tukey, foi aplicado o teste Duncan a 5% de probabilidade, 
considerado esse último como menos rigoroso. Todas as análises estatísticas foram processadas 
no software R (R Core Team, 2019). 
27 
 
 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Os teores de matéria seca obtidos não diferiram (P>0,05) entre os tratamentos e 
ficaram abaixo dos 280 g kg-1 de MS preconizados por Reis; Bernardes; Siqueira (2013), como 
ideal para que ocorra uma boa fermentação (Tabela 6). Dessa forma, a umidade pode ocasionar 
perdas por efluentes e o favorecer o crescimento de bactérias do gênero Clostridium, que 
prejudicam a qualidade da fermentação transformando parte do ácido láctico e proteínas em 
CO2 e água (BERNARDINO et al., 2005). 
O teor de material mineral na silagem com 20% de leucena apresentou diferença 
(P<0,05) das demais silagens sem leucena. As espécies forrageiras de modo geral, apresentam 
limitado teor de minerais e é difícil quantificar quais minerais constituem essa porção, já que 
essas espécies possuem grande variabilidade de minerais em sua composição (AOAC, 1990). 
 
Tabela 6 – Composição química da silagem de acordo com o respectivo tratamento. (Parâmetros 
descritos em porcentagem de matéria seca). 
Variável Silagem 
Capiaçu 
Silagem com 
leucena 
Silagem com 
gliricídia 
Valor de 
P 
CV 
 20% 30% 20% 30% 
MS, g kg-1 
MN 
216,7 209,0 207,6 210,8 205,0 0,1405 2,95% 
MM, g kg-1 
MS 
63,0b 87,8 a 70,7 ab 64,8 b 68,8 b 0,0066 11,93% 
PB, g kg-1 MS 49,1 c 93,6 a 94,7 a 70,1 b 62,2 bc < 0,0001 11,81% 
FDN, g kg-1 
MS 
726,3 a 664,0 b 643,3 b 667,0 b 669,3 b 0,0002 2,73% 
FDA, g kg-1 
MS 
455,9 a 409,4 b 417,8 b 446,4 ab 433,0 ab 0,0098 4,02% 
HEM, g kg-1 
MS 
268,9 244,0 221,1 222,5 236,3 0,0607 9,67% 
*EE, g kg-1 
MS 
30,1ab 31,7ª 27,1b 26,5b 26,5b 0,0277 8,85% 
CNF, g kg-1 
MS 
131,5 cb 122,8 c 164,3 ab 171,6 ab 173,2 a 0,0025 12,14% 
Médias seguidas de mesma letra entre as linhas não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. 
*Médias seguidas de mesma letra entre as linhas não diferem entre si pelo teste de Duncan a 5% de probabilidade. 
MN: matéria natural; MS: matéria seca; PB: proteína bruta; FDN: fibra em detergente neutro; FDA: fibra em 
detergente ácido; HEM: hemicelulose; EE: extrato etéreo; MM: material mineral; CNF: carboidratos não fibrosos. 
Fonte: Elaborado pelo autor. 
 
O teor de proteína bruta foi maior para a silagem contendo leucena, seguidos das 
que continham gliricídia, porém o tratamento que possuía 30% de gliricídia não apresentou 
28 
 
 
diferença estatística da silagem controle (Tabela 6), inclusive os valores dessas silagens ficaram 
abaixo da necessidade de mantença de 7% de proteína bruta (ROCHA JUNIOR et al., 2002). 
As leguminosas têm a característica de possuírem elevados teores de proteína bruta (TEIXEIRA 
et al., 2010). No caso da leucena e da gliricídia utilizadas neste trabalho por apresentarem 179,8 
e 185,9 g de PB kg-1 MS no material fresco, respectivamente, as mesmas puderam contribuir 
com o aumento desse nutriente nas silagens conteúdo a gramínea e a leguminosa. 
Porém, a silagem contendo 30% de gliricídia, não apresentou incremento na 
proteína bruta da silagem, esse fato pode estar relacionadoas perdas por efluentes, que podem 
conter compostos nutritivos da silagem, inclusive a proteína (LOURES et al., 2003). Além 
disso, pode ter ocorrido nesse tratamento uma extensão da atividade de enzimas proteolíticas, 
fazendo com que tenha diminuído os teores de proteína bruta, no geral ocorre inibição da 
atividade dessas enzimas quando o pH reduz de 4,5 a 4,0 (McDONALD et al., 1991) e 
possivelmente no tratamento com 30% de leucena não ocorreu a inibição dessa atividade, pois 
o pH se manteve em 4,5 (Tabela 7). 
Ao avaliar silagem com 80% capim-elefante cv. Napier e 20% leucena, Magalhães 
et al. (2014) observaram resultados de proteína bruta de 65,4 g kg-1 MS da silagem. Contudo, 
os teores de proteína bruta das espécies forrageiras antes da ensilagem, eram de 43,1 e 160,8 
65,4 g kg-1 MS do capim-elefante e leucena, respectivamente. 
Os teores de FDN e FDA implicam na quantidade e qualidade da fibra do material, 
assim teores elevados de FDN podem limitar o consumo e teores menores de FDA são bons 
indicadores de qualidade (VAN SOEST, 1994). Já que a FDA representa a porção da fibra que 
possui limitada digestão pelo animal (RODRIGUES et al., 2020). O teor de FDN foi maior na 
silagem exclusiva com BRS capiaçu, diferindo (P<0,05) dos demais tratamentos que 
apresentaram teores semelhantes (Tabela 6). De modo geral, os microrganismos do rúmen 
transformam a fibra em ácidos graxos voláteis que é utilizado como fonte de energia. Teores 
elevados de FDN, com baixo potencial de digestão, não são adequados para a dieta de 
ruminantes, pois pode causar diminuição do consumo voluntário, devido a repleção ruminal 
(RIBEIRO, 2010). A digestão da fibra no rúmen está relacionada a aderência de bactérias 
celulolíticas a fibra, essas bactérias se desenvolvem no rúmen a pH próximo a neutralidade 
(SOUSA, 2017). 
A silagem contendo apenas capim-elefante BRS capiaçu apresentou maiores teores 
de FDA (P<0,05) comparada as silagens com inclusão de leucena. As silagens com gliricídia 
não diferiram (P<0,05) das silagens controle e da silagem contendo leucena (Tabela 6). Esse 
fato pode ser explicado pelos menores teores de FDN e FDA das leguminosas. Além disso, 
29 
 
 
pelas possíveis perdas de componentes solúveis, fazendo com que o material apresentasse maior 
conteúdo de componentes fibrosos. Outro fator que pode ter influenciado seria a idade 
fisiológica da planta, à medida que essa idade avança os teores de fibra aumentam. De acordo 
com Silva (2012) os teores de FDA podem ser influenciados pela idade de colheita do material 
verde, em seu trabalho confeccionou silagens de leucena e gliricídia, apresentando teores de 
FDA de 243,0 e 277,2 g kg-1 de MS, respectivamente. Já Paula et al. (2020), observaram 600,0 
g de FDA kg-1 de MS da silagem contendo apenas BRS capiaçu. 
Na variável hemicelulose, os tratamentos não diferiram (P>0,05) (Tabela 6). As 
silagens de gramíneas apresentam maiores teores de hemicelulose, por possuírem maiores 
conteúdos fibrosos em sua composição. A hemicelulose dentre os carboidratos fibrosos é o 
constituinte mais digestível da parede celular, portanto, os teores de hemicelulose podem afetar 
no aproveitamento do alimento pelo animal. (SILVA, 2012). 
O extrato etéreo da silagem com 20% de leucena diferiu (P<0,05) das demais silagens contendo 
leguminosas (Tabela 6). O extrato etéreo apresentou teores adequados, pois o preconizado na 
dieta animal deve ser até 6 a 7% na matéria, visto que se ultrapassar esses valores pode interferir 
na fermentação ruminal e na digestibilidade da fibra (NRC, 2007). 
Os tratamentos BRS capiaçu e BRS capiaçu + 20% de leucena, apresentaram os 
menores valores para o parâmetro CNF, e os tratamentos com 30% de leucena e os de gliricídia 
apresentaram maiores teores de CNF (Tabela 6). Os carboidratos não fibrosos são constituídos 
principalmente por amido e açúcares, então quantidades maiores de CNF podem indicar que 
alimento possui mais energia. Valores de CNF menores que 10% podem prejudicar a produção 
de ácidos orgânicos que conservam a silagem (RIBEIRO, 2010), esse fato não foi observado 
nos tratamentos deste trabalho, em que os valores de CNF ficaram acima dos 10% em todos os 
tratamentos. O CNF, é considerado de elevada digestibilidade, serve de substrato para bactérias 
do gênero lactobacillus, que são responsáveis por melhorar a qualidade da silagem (VAN 
SOEST, 1994). 
Além das análises de composição química, foram determinados valores de pH, 
perdas por gás, efluentes e recuperação de matéria seca (Tabela 7). 
30 
 
 
Tabela 7 – Valores de pH, recuperação de matéria seca, perdas por gases e efluentes. 
 
Item Silagem 
de 
capiaçu 
Silagem de leucena Silagem de 
gliricídia 
Valor de P CV 
 20% 30% 20% 30% 
Perdas p/ 
gases, % 
4,41 9,01 10,27 7,80 10,00 0,0771 35,48% 
RMS, % 95,58 90,97 89,71 92,19 89,98 0,0769 3,21% 
Efluente, kg t- 
1 
141,08d 39,04 ab 17,12 a 96,74 c 78,25 bc <0,0001 26,41% 
pH 3,93 c 4,1 bc 4,4 ab 4,2 bc 4,5 a 0,0001 2,94% 
RMS: Recuperação de matéria seca. 
Médias seguidas de mesma letra entre as linhas não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. 
Fonte: Elaborado pelo autor. 
 
A adição de leguminosas não influenciou nas perdas por gases da silagem de capim- 
elefante e essas perdas estão diretamente relacionadas a recuperação de matéria seca, que 
também não apresentou diferença entre os tratamentos(P>0,05) (Tabela 7). A silagens que 
apresentam recuperação de matéria seca de 80%-90% são consideradas ótimas, pois valores 
abaixo a essa faixa podem ser indicadores que ocorreram fermentações indesejáveis, que podem 
produzir calor, CO2 e etanol (PEDROSO et al., 2005). 
Houve um aumento do pH de acordo com o aumento da porcentagem de 
leguminosas utilizada em cada tratamento (Tabela 7). As leguminosas possuem elevado poder 
tampão devido a maior presença de nitrogênio (WOOLFORD, 1984). Quando há elevada 
quantidade de nitrogênio livre no meio, ocorre a formação de NH4+, se acontecer a presença de 
grandes quantidades desse íon no meio, o pH desse meio torna-se mais elevado (RODRIGUES 
et al., 2020). É importante que ocorra a diminuição do pH do meio para que ocorra a 
conservação do material ensilado sem grandes perdas. Os valores pH recomendado para 
silagens é entre 3,8 e 4,2 (WOOLFORD, 1984), assim os tratamentos contendo somente capim- 
elefante e os com apenas 20% de inclusão de leguminosas se mantiveram dentro do padrão 
recomendado, já as silagens com inclusão de 30% de leguminosas o pH ficou próximo do 
recomendado. 
O efluente possui compostos solúveis do conteúdo celular que são lixiviados para 
o fundo do silo, neste fluido estão componentes de alta digestibilidade, que poderiam ser 
utilizados por microrganismos e contribuir na conservação do material ensilado (RIBEIRO, 
2010). Nesse sentido o uso de leguminosas ajudou a diminuir as perdas por efluentes, 
destacando-se o tratamento com 30% de leucena (Tabela 7). E o tratamento contendo apenas 
BRS capiaçu, apresentou elevadas perdas por efluentes, consequentemente apresentando 
31 
 
 
menores valores nutricionais. Isso pode ter ocorrido devido aos teores de matéria das 
leguminosas in natura terem sido maiores que os do capim e a adição delas até certo ponto pode 
ter evitado as perdas por efluentes. No caso das silagens que continham 30% de leguminosas 
pode ter ocorrido maiores perdas por efluentes, devido ao pH não ter reduzido até o padrão 
preconizado por Woolford (1984), o que pode ter favorecido a maior ação de bactérias do gênero 
Clostridium, fazendo com que contribuísse para a maior formação de moléculas de água e 
aumentasse as perdas por efluentes (BERNARDINO et al., 2005). 
A silagem contendo leguminosa, pode ser uma alternativa para o semiárido, pois 
estão sendo utilizadas espécies que possuem alta produtividade e são adaptadas ao semiárido. 
Porém, para testar de forma efetiva a qualidade desse alimentoé necessário que ocorram 
estudos com relação ao fornecimento dessa silagem ao animal. 
 
 
4 CONCLUSÃO 
 
A silagem de capim-elefante BRS capiaçu com leucena, diminui as perdas por efluentes 
da massa ensilada e melhora as características químicas da silagem, incrementando os teores de 
proteína bruta e reduzindo os componentes fibrosos. O uso da silagem de capiaçu com 30% de 
gliricídia, não é proibido, mas sua produção deve ser vista com cautela, pelo valor do pH e por 
não ocorrer incremento na proteína. 
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