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Diagnóstico Prognóstico Tratamento Luana C de Melo Medicina Veterinária Fevereiro 2003 Universidade Estácio de Sá UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Luana Cabral de Melo Introdução à Semiologia Veterinária Diagnóstico, prognóstico e tratamento FEVEREIRO 2023 DIAGNÓSTICO É o reconhecimento de uma dada enfermidade por suas evoluções clínicas podendo prever sua evolução e seu prognóstico. Tipos de diagnósticos Clínico ou nosológico É obtido através de dados obtidos por anamnese e exames físicos e complementares. Diagnósticos exclusivamente clínicos trazem sinais patognomônicos, sendo a conclusão que o examinador chega sobre a doença do animal. Ex: Tétano e botulismo. Terapêutico É obtido através do levantamento de interpretações de sinais e sintomas inicia-se tratamento medicamentoso e tendo resposta positiva se fecha o diagnóstico. Ex: animal apático, mucosas hipocoradas, pelos eriçados entra-se com vermífugo. Anatômicos Doenças que causam modificações anatômicas podendo se determinar o local e o tipo de lesão. Ex: Fraturas. Etiológico É a conclusão do clínico sobre o fator determinante da doença quando se consegue isolar o agente patógeno. Ex: Botulismo. Histopatológico Obtido com estudo de amostra de tecidos. Citológico - Análise de células coletadas por punção. Histológico - Análise de fragmento de tecidos. Anatomopatológico Diagnósticos anatômicos e histopatológicos post mortem. Importante para grandes animais no controle de doenças no rebanho. Ex: Raiva. Por imagem Obtido através de exames de imagem. Ex: Raio x, tomografia, endoscopia... Laboratoriais Obtidos através de análises laboratoriais de amostras coletadas. Ex: Meningites. Anamnese preenchida incompleta ou erroneamente. Exame físico superficial ou feito às pressas. Avaliação precipitada ou falsa dos achados clínicos. Conhecimento ou domínio insuficiente dos métodos de exames físicos. Impulso precipitado de se tratar o paciente mesmo sem se fechar o diagnóstico. 50% anamnese 35% exame físico 15% exames complementares Fechamento de Diagnóstico É necessário a elaboração de hipótese através das duas primeiras etapas da semiotécnica. Levantar os sinais e sintomas e interpreta-los. após correlacionar com o caso clínico. Nem sempre é possível estabelecer de imediato o diagnóstico de um paciente, nesses casos adota-se o diagnóstico provável, provisório ou presuntivo. A maioria dos erros de diagnóstico está na incapacidade ou inabilidade de obter todos os sinais e sintomas. Principais causas de erro na elaboração do diagnóstico Deve-se formular uma anamnese bem detalhada com o máximo de perguntas. O ideal é criar um formulário com a maior quantidade de informações e correlacionar com os sinais e sintomas apresentados pelo paciente. Avalie o paciente com todas as técnicas de exame físico possíveis. Palpação de linfonodos, palpação, auscultação e percussão do campo pulmonar, auscultação dos batimentos cardíacos no 5º espaço intercostal de ambos os lados. O sinal clínico isolado sem contextualização perde a informação. É necessário correlacionar o sinal clínico com o exame clínico. Conhecer e aplicar todas as técnicas de exame clínico geral e específico. Tenha uma boa suspeita clínica para iniciar a tratamento. Divisão do diagnóstico Os procedimentos para a obtenção de um diagnóstico se divide em duas etapas: Elaboração das hipóteses. Se inicia com a obtenção de informações mínimas do animal como raça, idade, sexo e queixa principal e a partir da anamnese e a observação de sintomas e sinais obtidos por exame físico. É importante a elaboração de uma hipótese de trabalho precoce para nortear o exame clínico. Não seja demasiadamente sagaz. Não tenha pressa. Não tenha predileções. Não diagnostique raridades; pense nas hipóteses mais simples. Não tome um rótulo por diagnóstico. Não tenha prevenções. Não seja tão seguro de si. Não hesite em rever seu diagnóstico, de tempo em tempo, nos casos crônicos. Não é necessário fechar o diagnóstico para iniciar o tratamento, basta obter uma boa suspeita clínica. Avaliação das hipóteses obtidas. Durante a avaliação das hipóteses são feitas indagações iniciais e interpretação dos dados clínicos e dos exames complementares quando solicitados. Para a elaboração do diagnóstico é necessário levar em consideração os princípios de Hutchinson. PROGNÓSTICO Consiste na previsão das doenças e suas prováveis consequências. Favorável Quando se espera uma evolução satisfatória. Doenças com alta morbidade e baixa mortalidade. Desfavorável Quando não há possibilidade da recuperação integral do paciente. Doenças com alta mortalidade e baixa morbidade. Ex: Cinomose tem tratamento porém pode deixar sequelas neurológicas no paciente. TRATAMENTO É o meio utilizado para combater a doença, podendo ser cirúrgico, medicamentoso e/ou dietético, sendo aplicado individualmente. De acordo com sua finalidade o tratamento pode ser: Causal - O meio de tratamento combate a causa da doença. Ex: Administração de cálcio nos casos de hipocalcemia. Sintomático - Visa combater somente os sintomas. Ex: Analgésicos e vitaminas. Patogênico - Visa modificar o mecanismo de desenvolvimento da doença no organismo. Ex: Soro antitetânico. Vital - visa evitar o aparecimento de complicações que levem o animal a risco de morte. Ex: cirurgia. BIBLIOGRAFIA Aulas de Semiologia Veterinária Professor Rodrigo Hanke FEITOSA, Francisco Leydson F. Semiologia veterinária: a arte do diagnóstico - 3ª edição São Paulo: Roca, 2014
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