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1. PROTEÇÃO INTEGRAL Três entidades são obrigadas a garantir a efetividade dos direitos fundamentais das crianças e dos adolescentes. As três entidades são: A. Estado B. Sociedade C. Família (natural, extensa, afetiva) Essa proteção integral visa atender o melhor interesse da criança e do adolescente. CRIANÇAS - Ser humano de 0 a 12 anos incompletos ADOLESCENTES – entre 12 e 18 anos Pode se aplicar o ECA para maiores de 18 anos em dois casos específicos, previstos em lei: A. Durante o processo, na ação sócio educativa até 21 anos B. Medida sócio educativa pode ser cumprida até o limite de 21 anos (se o agente fizer 21 anos o processo ainda está em andamento, extingue-se o processo) SÚMULA 605 STJ - A superveniência da maioridade penal não interfere na apuração de ato infracional nem na aplicabilidade de medida socioeducativa em curso, inclusive na liberdade assistida, enquanto não atingida a idade de 21 anos. Criança e adolescente praticam ato infracional (tudo que no direito penal está tipificado como crime ou contravenção penal se praticado por criança e adolescente é ato infracional) 2. CONSEQUÊNCIAS DA PRÁTICA DO ATO INFRACIONAL 2.1. Medida protetiva (aplicada para criança e adolescente) – cunho pedagógico. Aplicada pelo juiz e pelo Conselho tutelar. As medidas protetivas podem ainda ser empregadas quando: A. Houver ameaça ou violação do direito de criança e adolescente por parte dos pais ou responsáveis. B. Quando houver ameaça ou violação da criança ou do adolescente por parte do Estado ou da sociedade. Medidas de proteção que em REGRA somente o juiz pode aplicar: Acolhimento familiar, colocação em família substituta. 2.1.1. Acolhimento Institucional (colocação da criança em uma casa lar) Em REGRA, somente pode ser aplicado pelo juiz, salvo em caráter de urgência, excepcionalidade o Conselho tutelar poderá aplicar o acolhimento institucional devendo ser comunicado ao juiz dentro de 24 horas. Prazo para acolhimento institucional: 18 meses prorrogáveis. A prorrogação fica a critério do juiz. 2.2. Medida sócio educativa (somente pode ser aplicada para adolescentes). São medidas sócio educativas: 2.2.1. Advertência – juiz adverte verbalmente o agente, ficando o registro na Vara de Proteção. 2.2.2. Reparação do dano – pecúnia/pagamento – dentro da possibilidade do adolescente e de seus pais para efetuarem o pagamento, senão cabe ao juiz a aplicação de outra medida. 2.2.3. Prestação de serviço comunitário – prazo máximo para a prestação = 6 meses. 2.2.4. Liberdade assistida – prazo mínimo de 6 meses e máximo de 3 anos. 2.2.5. Regime de semiliberdade – prazo máximo de 3 anos – o agente está no centro de reeducação mas cumpre tarefas externas diariamente (educação, profissionalização) – não existe a necessidade de autorização para a saída. 2.2.6. Internação – o agente fica fechado. Prazo máximo de 3 anos. Requisitos: A. Pratica de ato infracional que tenha violência ou grave ameaça B. Repetição de infração grave (ato infracional análogo a tráfico não pode ser aplicado a internação de imediato, somente em caso de reincidência) C. Descumprimento repetido e injustificado de medida anteriormente aplicada. Internação sanção – prazo máximo de 3 meses Internação provisório – prazo máximo 45 dias – internação cautelar aplicada na fase procedimental. 2.3. PROCEDIMENTO 2.3.1. Apreensão em flagrante A. Adolescente – delegacia – pode ser aplicada a internação provisória – com prazo máximo de 45 dias (termo a ser utilizado é apreensão. Criança e adolescente não vão presos) B. Criança – Conselho tutelar Passada a fase de flagrante ocorre a apresentação para o MP que terá três hipóteses a seguir: A. Promover o arquivamento B. Concessão da remissão ministerial C. Representação para ação sócia educativa (início a ação sócio educativa o adolescente vai responder ao processo) 2.3.2. Remissão ministerial – depende de homologação do juiz. Pode ser: A. Própria - aceito o perdão oferecido pelo juiz ao agente – extinção do processo B. Imprópria – perdão concedido com medida sócio educativa. Para a aplicação da remissão são necessários: A. Consentimento do adolescente B. Consentimento dos pais ou responsáveis C. Presença de um defensor técnico Medidas sócio educativas que não podem ser cumuladas com a remissão – semiliberdade e internação pois o juiz não tem autonomia para restringir ou privar de liberdade o adolescente. 2.4. Competência 2.4.1. Por ação do ato – fase do processo – local do ato 2.4.2. Momento da execução da medida sócio educativa – residência ou domicílio dos pais. 2.5. Direitos fundamentais 2.5.1. Vida e saúde – A vida desde a condição de nascituro 2.5.2. Liberdade 2.5.3. Respeito 2.5.4. Educação – equidade – todos têm direito a educação regular 2.5.5. Profissionalização 2.5.6. Prevenção – se qualquer pessoa, entidade pública ou privada violar a prevenção responderá por infração administrativa no ECA não obstando a aplicação de outras sanções. 2.5.7. Dignidade – não é permitido castigo físico (qualquer tipo de lesão ou castigo físico) e tratamento cruel ou degradante (humilhar, ameaçar gravemente ou ridicularizar) – atitudes de proteção feitas pelo Conselho tutelar – garantidores dos direitos fundamentais – que poderá encaminhar os pais a tratamento psicológico, para as crianças, profissional especializado, etc.) Se colocada a foto de uma criança ou adolescente exposta – ato ilícito – gera o dever de indenização. Em casos de maus tratos, abuso sexual ou opressão contra criança ou adolescente no ambiente intrafamiliar o agressor é de forma cautelar afastado dessa moradia, devendo o genitor pagar alimentos provisórios que serão fixados. 2.6. Corrupção de menores Induzimento conduzido por um maior de idade a uma criança ou adolescente a cometer um ato infracional – não interessa a resposta da criança ou do adolescente para a consumação do crime basta a proposta feita – crime formal